Buscar

1. BASES CONCEITUAIS DO SUS

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
BASES CONCEITUAIS
DO SUS
Profª. Esp. ALINE MAFRA
FACULDADE ESTÁCIO SÃO LUÍS
*
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
1500 até PRIMEIRO REINADO
Não existe modelo de atenção à saúde
	- Limitava-se aos recursos da terra
	- Curandeiros  conhecimento empírico
	- Vinda da Família Real ao Brasil
 Estrutura sanitária mínima.
*
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
1808
Fundação do Colégio Médico - Cirúrgico no Real Hospital Militar da Cidade de Salvador.
Criação da Escola de Cirurgia do Rio de Janeiro, anexa ao real Hospital Militar.
*
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Até 1850
As atividades de saúde pública estavam limitadas ao seguinte:
-Delegação das atribuições sanitárias as juntas municipais;
- Controle de navios e saúde dos portos;
*
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
1889
Falta de modelo sanitário  EPIDEMIAS
1990
Varíola, Malária, Febre Amarela e Peste.
Consequências tanto para a saúde coletiva quanto para o comércio exterior.
*
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
1910
Insatisfação do operariado urbano, levando à movimentos e GREVES.
1920
Médico Oswaldo Cruz, adota modelo de campanhas sanitárias: combater as epidemias urbanas e endemias rurais.
*
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
1923 - LEI ELOY CHAVES
Criação das CAPs
 Caixas de Aposentadoria e Pensões
Direito às CAPs é desigual:
- Existente somente para empresas ligadas à exportação e comércio.
*
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Organizadas pelas próprias empresas
 Caráter facultativo
O Direito a socorro médico, à aposentadoria/pensão e aos serviços funerários, estendiam-se aos dependentes.
*
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
A partir de 1930
Criação dos Ministérios do Trabalho, da Educação/Saúde; Indústria/Comércio e junta trabalhista.
As CAPs são substituídas pelos IAPs
 Instituto de Aposentadoria e Pensão
*
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Destinado somente para pessoas com vínculos empregatícios; cada setor criava o seu (ex: comércio, bancários, etc.).
Dirigidos por um representante do ESTADO, assessorado por um colegiado sem poder deliberativo.
*
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
1953
Ministério da Saúde separa-se do Ministério da Educação
Função: vigilância sanitária, programas de vacinas e doenças epidêmicas.
Foco na atenção 1ª.
*
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
1966 – Ditadura (1964-1985)
Unificação dos IAPs
Criação do INPS
 Instituto Nacional da Previdência Social
Função: previdência e assistência médica. Quem não tinha vínculo empregatício poderia pagar o INPS e ter acesso à saúde
*
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
O governo liberou verba a fundo perdido para empresas privadas construírem hospitais.
o INPS enviou seus segurados para estes hospitais, financiando-os e sustentando-os.
*
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
1974
Epidemias de poliomielite e meningite
Observa-se que doença é lucro
Industria da doença: Ações curativistas, de altos custos, pois não estavam trabalhando com promoção e prevenção
*
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
1974
Complexo Previdenciário: SINPAS
 Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social
Formado por 3 institutos
Surge o INAMPS
 Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social
Foco na atenção 2ª e 3ª
*
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
MPAS
SINPAS
INAMPS
INPS
IAPAS
Assistência Médica
Benefícios: Aposentadorias
Pensões e Auxílios
Administração e Controle Financeiro
*
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Posteriormente estes proprietários consideraram-se capitalizados e se descredenciaram do INPS.
Ocorre a falência da previdência devido os custos crescentes, determinados pela privatização da rede.
*
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
1985
Fim da Ditadura Militar.
1986
VIII Conferência Nacional de Saúde
- Propôs uma Constituição Federal;
- Ideia de um Sistema Único de Saúde
*
VIII Conferência Nacional de Saúde
Discussão entre profissionais a respeito de princípios de saúde pública (4/4 anos).
Composta por gestores municipais, estaduais e nacionais.
Objetivo: estabelecer metas e pactos em prol da saúde.
*
VIII Conferência Nacional de Saúde
Conceito ampliado de saúde
Habitação, alimentação e renda
Meio-ambiente, trabalho e transporte
Educação, emprego e lazer
Liberdade e acesso a posse da terra e aos serviços de saúde.
*
VIII Conferência Nacional de Saúde
Reforma Sanitária
A comissão da Reforma Sanitária definiu as diretrizes fundamentais:
Reconhecimento do Direito Universal à Promoção ativa e permanente das condições de saúde;
 Criação de um Sistema Único de Saúde e responsabilidade do Estado pela administração deste sistema;
 Organização de um sistema Descentralizado e articulado com a estrutura político-administrativa do país;
*
Reforma Sanitária
Projeto social que objetivou ampliação dos direitos de cidadania às camadas sociais marginalizadas do processo histórico de acumulação de capital.
*
Reforma Sanitária
Princípios Básicos:
Universalização da assistência 
Equidade no acesso aos serviços de saúde
Integração
Regionalização dos serviços de saúde
*
Carta de Otawwa
Surge da Conferência Nacional de Saúde
5 campos de atuação:
Implementação de políticas públicas saudáveis 
Criação de ambientes saudáveis
Capacitação da comunidade
Desenvolvimento de habilidades pessoais
Reorientação dos serviços de saúde
*
Carta de Otawwa
Implementação de políticas públicas saudáveis
Elaboração de políticas de promoção da saúde, combinando diversas abordagens: legislação, medidas fiscais, taxações e mudanças organizacionais.
Ação coordenada que aponta para a equidade em saúde, com distribuição mais equitativa da renda e políticas sociais
Identificar e remover obstáculos para a adoção de políticas públicas saudáveis nos setores que não estão diretamente ligados à saúde.
*
Carta de Otawwa
Criação de ambientes saudáveis
Acompanhamento sistemático do impacto que as mudanças no meio ambiente produzem sobre a saúde, particularmente, nas áreas de tecnologia, trabalho, produção de energia e urbanização. 
A proteção do meio ambiente e a conservação dos recursos naturais devem fazer parte de qualquer estratégia de promoção da saúde.
*
Carta de Otawwa
Capacitação da comunidade
O centro deste processo é o incremento do poder das comunidades – a posse e o controle dos seus próprios esforços e destino.
O desenvolvimento das comunidades é feito sobre os recursos humanos e materiais nelas existentes para intensificar a auto - ajuda e o apoio social, e para desenvolver sistemas flexíveis de reforço da participação popular na direção dos assuntos de saúde.
*
Carta de Otawwa
Desenvolvimento de habilidades pessoais
A promoção da saúde apoia o desenvolvimento pessoal e social através da divulgação de informação, educação para a saúde e intensificação das habilidades vitais.
Objetiva capacitar as pessoas, preparando-as para as diversas fases da vida, o que inclui o enfretamento das doenças crônicas e causas externas.
As ações devem ser realizadas por organizações educacionais, profissionais, comerciais, voluntárias e governo.
*
Carta de Otawwa
Reorientação dos Serviços de Saúde
A responsabilidade pela promoção da saúde deve ser compartilhada entre indivíduos, comunidade, grupos profissionais de saúde, instituições que prestam serviços de saúde e governo.
Os serviços de saúde precisam adotar uma postura abrangente, que perceba e respeite as peculiaridades culturais, abrindo canais entre o setor de saúde e os setores sociais, políticos, econômicos e ambientais.
*
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
1987
Criação do SUDS 
 Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde;
Foco atenção básica
Sob a forma de convênio do INAMPS com as SES (verba do INAMPS para os estados).
*
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Princípios do SUDS:
Descentralização das ações de saúde;
Integralidade dos cuidados assistenciais;
Prevenção + Promoção + Proteção + Recuperação
Implementação dos distritos sanitários;
Constituição de instância colegiada
*
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
1988
Criação
do SUS no Governo Sarney
 Sistema Único de Saúde;
O SUS unifica a administração e o financiamento, unindo o MS (atenção 1ª) e o INAMPS (atenção 2ª e 3ª).
*
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
O SUS não se pode exigir pagamento obrigatório, então é criada a CPMF (1996).
CPMF: Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira
Entra em vigor em 1997: o dinheiro só podia ser aplicado à saúde; arrecadação direcionada ao SUS.
*
Constituição Brasileira de 1988
Art. 196
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
*
Constituição Brasileira de 1988
Art. 197
São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao poder público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica do direito privado.
*
Constituição Brasileira de 1988
Art. 198
As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I Descentralização, com direção única em cada esfera do governo.
II Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistênciais.
III Participação da comunidade
*
Constituição Brasileira de 1988
Art. 198
Parágrafo único: O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes.
*
Constituição Brasileira de 1988
Art. 199
A assistência à saúde é livre à iniciativa privada
§1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do Sistema Único de Saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
§2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.
*
Constituição Brasileira de 1988
Art. 199
§3º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiras na assistência à saúde do país, salvo nos casos previstos em lei.
§4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado toso tipo de comercialização.
*
Constituição Brasileira de 1988
Art. 200
Ao Sistema Único de Saúde compete, além de outras atribuições nos termos da lei:
I Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos.
II Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador.
*
Constituição Brasileira de 1988
Art. 200
III Ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde
IV Participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico
V Incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico
VI Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano
*
Constituição Brasileira de 1988
Art. 200
VII Participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos
VIII Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido e do trabalho.
*
Constituição Federal (artigos 196 a 200).
Lei 8080/90.
Lei 8142/90.
Emenda Constitucional número 29 (EC 29/2000).
Norma Operacional Básica (NOB/91/93/96). 
Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS/01/02).
Pacto pela Saúde 2006 – Consolidação do SUS e suas Diretrizes Operacionais.
Atualmente, o que existe de Legislação é:
*
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Profª. Esp. ALINE MAFRA
FACULDADE ESTÁCIO SÃO LUÍS
Doutrinas e Princípios
*
O que é Sistema Único de Saúde – SUS?
É uma nova formulação política e organizacional para reordenamento dos serviços e ações de saúde estabelecidas pela constituição de 1988
*
Por que Sistema Único?
Porque ele segue a mesma doutrina e princípios organizativos em todo o Território Nacional, sob a responsabilidade de três esferas autônomas de governo:
FEDERAL
ESTADUAL
MUNICIPAL
*
Qual a Doutrina do SUS?
Baseado nos preceitos constitucionais, norteia-se pelos seguintes princípios doutrinários.
*
UNIVERSALIDADE
Princípio: Trata da saúde como direito para toda a população, em todos os níveis de complexidade do sistema
Sepulta o modelo excludente anterior, sendo consequência direta da discussão ampla do direito à saúde.
*
EQUIDADE
Princípio: Assegura que a disponibilidade dos serviços de saúde considere as diferenças entre os diversos indivíduos.
Igualdade na assistência à saúde com ações e serviços priorizados em função das necessidades individuais de cada grupo.
*
INTEGRALIDADE
Princípio: Prática de saúde e sua relação com o modelo assistencial. “cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade”.
Oferta de ações e serviços de saúde de variadas naturezas e graus de complexidade.
*
Quais são os Princípios do SUS?
*
REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO
Os serviços devem ser organizados em níveis de complexidade tecnológica crescente, disposto em uma área geográfica delimitada e com a definição da população a ser atendida
*
RESOLUBILIDADE
É a exigência de que, quando o indivíduo busca o atendimento ou quando surge um problema de impacto coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível de sua competência.
*
DESCENTRALIZAÇÃO
É entendida como uma redistribuição das responsabilidades quanto às ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo, a partir da idéia de que quanto mais perto do fato for tomada a decisão, mais chance de acerto.
*
DESCENTRALIZAÇÃO
MUNICIPALIZAÇÃO DA SAÚDE
Profunda redefinição das atribuições dos vários níveis de governo, com nítido reforço do poder MUNICIPAL, sobre a saúde.
*
DESCENTRALIZAÇÃO
PAPEL DOS MUNICIPIOS
Maior responsabilidade na promoção das ações de saúde diretamente voltadas para os seus cidadãos.
*
PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS
Garantia constitucional de que a população, através de entidades representativas, participará do processo de formulação das políticas de saúde e do controle da sua execução, em todos as esferas: Municipal, Estadual e Federal.
*
PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS
*
PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS
CONSELHOS DE SAÚDE
Representação partidária de usuários, governo, profissionais de saúde e prestadores de serviço, com poder deliberativo.
*
COMPLEMENTARIEDADE DO SETOR PRIVADO
A constituição define que quando, por insuficiência do setor público, for necessária a contratação de serviços privados, esta deve se dar sob três condições:
1ª Celebração de contrato com interesse público prevalecendo sobre o particular.
*
COMPLEMENTARIEDADE DO SETOR PRIVADO
2ª A instituição privada deverá estar de acordo com os princípios básicos e normas técnicas do SUS. Prevalecendo os princípios doutrinários, uma vez que, quando contratado atua em nome público.
3ª A integração dos serviços privados deverá se dar na mesma lógica do SUS. Deverá estar claramente estabelecido quem vai fazer o que, em que nível e em que lugar.
*
COMPLEMENTARIEDADE DO SETOR PRIVADO
Preferência aos serviços não lucrativos
O gestor planejará 1º o setor público e, na sequência, complementar a rede assistencial com o setor privado,
com os mesmos conceitos de regionalização, hierarquização e universalização.
*
“O SUS ainda está em construção, pois as mudanças que ele propõe são muitas e complexas; assim como os interesses que ele questiona. Logo, o SUS como parte da Reforma Sanitária é um processo que estará sempre em aperfeiçoamento e adaptação!!!” 
*
OBRIGADA!!!!!
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando