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Sistemas de Informações Gerenciais_Todas Aulas 1 a 6

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Prévia do material em texto

CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistemas de Informação Gerenciais 
 
 
 
 
Aula 1 
 
 
Professor Luciano Frontino de Medeiros 
 
 
 
 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
2 
Introdução 
Olá! Seja bem-vindo à primeira aula da disciplina “Sistema de Informação 
Gerencial”! Para introduzir os assuntos que serão trabalhados a partir daqui, 
tente se lembrar de uma situação na qual teve de lidar com informações relativas 
a alguma atividade específica em seu trabalho. A partir disso, reflita: 
 As informações que você tinha em mãos serviram para tomar alguma 
decisão importante? 
 Elas foram suficientes? 
 Qual o nível de tecnologia que você utilizou para lidar com as informações: 
hardware (computadores, notebooks etc.) ou software (planilhas, 
relatórios, telas etc.)? 
 É possível, nos dias de hoje, desempenhar as atividades de forma eficaz 
e eficiente sem o uso de tecnologia? 
 
Tais questões refletem a importância de lidar com os Sistemas de Informação 
nas atividades organizacionais. Por isso, deve-se identificar o papel das 
informações e a forma como circulam dentro das empresas, verificando seu 
gerenciamento e seu papel na era digital e da Revolução da Informação. 
Tudo isso você verá durante essa aula, vamos lá? 
 
 
Contextualização 
Essa aula é, principalmente, sobre a relação entre informação e tecnologia, fator 
determinante para o sucesso de uma organização. Para situar você, 
apresentamos um texto intitulado “A tecnologia aproximando clientes e 
empresas”. 
 
http://convergecom.com.br/tiinside/services/09/11/2015/a-tecnologia-
aproximando-clientes-e-empresas/?noticiario=TI 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
3 
TEMA 1 O papel das informações nas empresas 
 
As atividades de gestão, seja em grandes, médias ou pequenas empresas, 
necessitam da busca e do tratamento de informações. Elas são utilizadas a todo 
o momento para várias tarefas, tais como alertar, estimular, reduzir incertezas, 
revelar alternativas e embasar a tomadas de decisão. Além disso, permeiam a 
hierarquia, formando a base do processo decisório e sendo determinantes para 
a estratégia da organização. 
 
A qualidade das informações que recebemos influencia, em grande parte, o 
sucesso de nossas ações, auxiliando no enfrentamento das mudanças causadas 
por diversos fatores, sejam sociais, econômicos, normativos ou tecnológicos, os 
quais têm impacto na sustentabilidade das empresas. 
 
Os sistemas de informação representam uma importante área funcional da 
empresa, tendo tanta importância quanto as funções de contabilidade, finanças, 
gerência de operações, comercialização e administração de recursos humanos. 
Também contribuem para a eficiência operacional, para a produtividade, para o 
moral dos colaboradores e para a satisfação e atendimento do consumidor. 
 
Diferentes informações para diferentes tipos de decisão 
As informações se apresentam em diferentes tipos e formatos, dependendo do 
nível funcional e das situações de decisão enfrentadas pelos gestores. Clique 
para mais informações: 
 
Nível operacional 
As informações são utilizadas em situações do cotidiano, têm característica 
previsível e efeito imediato. Ocorrem, por exemplo, quando um gerente de 
produção resolve substituir um equipamento que vem apresentando níveis de 
falha acima da média. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
4 
Nível tático ou gerencial 
As informações são tratadas de maneira detalhada e analítica, sendo 
provenientes de diversas fontes e produzindo efeitos mais amplos. Ocorrem, por 
exemplo, quando um gerente de marketing decide lançar uma campanha para a 
promoção de uma nova linha de produtos. 
 
Nível estratégico 
Os executivos fazem uso das informações em situações complexas e de mais 
alta incerteza, que envolvem a elaboração de cenários, previsões, tendências e 
análises especializadas, as quais impactam os rumos da organização em longo 
prazo. Decisões de tal tipo acontecem, por exemplo, quando a diretoria executiva 
decide fazer a aquisição de uma concorrente ou se inserir em um novo mercado. 
 
Além do suporte à tomada de decisão, as informações são um elo para a sinergia 
entre equipes e um importante fator de motivação. Nas modernas organizações, 
os gestores criam condições para a motivação das pessoas, disseminando 
adequadamente as informações, estimulando os colaboradores à participação e 
contribuindo na produtividade. 
 
Quando as informações organizacionais são disseminadas de forma adequada 
e equilibrada entre equipes, as pessoas tendem a compreender os aspectos 
relevantes dos negócios da empresa e reconhecem os problemas e desafios 
enfrentados por ela, favorecendo a autonomia e proporcionando, portanto, um 
clima organizacional baseado em transparência e credibilidade. 
 
Então basta investir na correta utilização das informações para sucesso da 
empresa? 
 
Na verdade, a utilização correta das informações é apenas um dos fatores que 
afetam o desempenho das empresas. Os sistemas de segurança e as políticas 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
5 
de controle de acesso também são essenciais para preservar o conhecimento 
organizacional e garantir o retorno dos recursos investidos em novos produtos, 
em inovação e em elaboração de novas estratégias competitivas. 
 
Esses itens desempenham papel essencial, já que regulam a forma com que as 
informações são recuperadas e distribuídas nos diversos âmbitos da 
organização, de forma interna ou externa. 
 
Você já deve ter se deparado com alguma situação envolvendo problemas de 
segurança de dados sem saber. Isso porque mesmo os e-mails recebidos sem 
autorização que são encaminhados para caixa de spam são situações de 
potencial perigo. 
 
A proteção dos dados requer cuidados no uso de sistemas, geralmente utilizando 
senhas para acesso. Muitas pessoas não fazem ideia da criatividade dos hackers 
em obter os dados pessoais para fazer invasão de sistemas. Muitas vezes, 
cuidados simples como a troca periódica de senhas e o acesso a sites confiáveis 
permitem um bom nível de segurança das informações. 
 
O desenvolvimento de atividades na área dos sistemas de informação figura 
como oportunidade dinâmica de carreiras desafiadoras e compensadoras para 
milhões de profissionais. Além disso, são um componente central dos recursos, 
da infraestrutura e das capacidades das empresas que lidam com e-business. 
 
Quais carreiras de TI seguirão fortes até 2020? A seguir você confere uma 
reportagem sobre esse assunto. Começo a leitura agora mesmo: 
 
http://computerworld.com.br/carreira/2015/03/02/7-carreiras-de-ti-que-seguirao-
quentes-ate-2020 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
6 
No vídeo a seguir o professor Luciano traz mais informações sobre o papel das 
informações nas empresas. Acesse a versão online da aula e assista ao vídeo. 
 
 
Tema 2 A circulação das informações nas organizações 
 
As informações organizacionais são tratadas em um processo cíclico 
envolvendo, antes de qualquer coisa, a identificação da sua necessidade, 
passando pela sua aquisição, organização, armazenamento, distribuição e 
utilização (CHOO, 2003). A cada etapa em que as informações são manipuladas, 
elas tendem a circular entre pessoas e sistemas, seguindo os denominados 
fluxos informacionais, que ocorrem em vários níveis funcionais da organização. 
 
De acordo com Valentim (2012)“os fluxos informacionais perpassam do nível 
estratégico ao nível operacional, refletindo e impactando nos processos que 
compõem a organização, inclusive o processo decisório e, por consequência, as 
estratégias de ação”. 
 
Em relação às regras de circulação das informações, os fluxos podem ocorrer 
de maneira formal ou informal. A diferença entre os fluxos informais e os fluxos 
formais reside na agregação de diferentes possibilidades de interação, 
proporcionando maior liberdade de expressão e sendo essenciais para a gestão 
do conhecimento em uma organização. 
 
Fluxos formais 
 São os que seguem normas e procedimentos bem definidos, previstos, 
estruturados e documentados nas políticas da organização. Eles estão na base 
da gestão da informação, refletindo as regras de circulação e proteção. Como 
exemplo, pode-se citar o envio de um relatório pelo gestor de um projeto aos 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
7 
participantes, conforme previsto no termo de abertura e em conformidade com a 
política de comunicação da organização. 
 
Fluxos informais 
São iniciados de forma espontânea pelas pessoas, sem regras específicas e 
trafegando por múltiplos canais de comunicação. São as informações trocadas 
em ambientes interativos, como as salas de chat on-line, os fóruns de discussão 
e os ambientes de relacionamento. 
 
De acordo com a origem e o destino das informações, os fluxos informacionais 
são divididos em três categorias, como você pode ver a seguir: 
 
Adaptado de: Lesca e Almeida (1994). 
 
Leia a seguir o artigo “Os mitos sobre conversação e ambiente corporativo” e 
complemente seus estudos! 
http://idgnow.com.br/blog/tecnologiaecomunicacao/2012/01/31/os-mitos-sobre-
conversacao-e-ambiente-corporativo/ 
 
 
Para mais informações sobre a circulação da informação nas organizações, 
confira a seguir a videoaula do professor Luciano. Acesse a versão online da 
aula e assista ao vídeo! 
 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
8 
Tema 3 O mundo digital e a Revolução da Informação 
 
A partir da segunda metade do século XX, os computadores deram início a uma 
silenciosa revolução que mudou para sempre o cotidiano das pessoas e das 
organizações. Esse fenômeno foi denominado Revolução da Informação e 
trouxe grandes transformações, fazendo emergir novos modelos organizacionais 
e moldando o cenário competitivo das empresas. 
 
As tecnologias digitais estão na origem desta revolução como invenções sem 
par que transformam as informações em registros digitais processados de forma 
eletrônica. Os registros armazenados fisicamente em papel foram se tornando 
bancos de dados guardados digitalmente, organizando dados em grandes 
volumes. 
 
Fazendo uso de softwares específicos, as informações são processadas com 
altíssima velocidade e grau de precisão. A partir daí as tarefas repetitivas 
executadas pelos seres humanos foram sendo abolidas do cotidiano 
empresarial, criando novos patamares de produtividade. 
 
Entretanto, as informações revelam a sua utilidade somente quando alcançam 
as pessoas e são devidamente utilizadas por elas. Atendendo a essa 
necessidade, o avanço seguinte e não menos importante da Revolução da 
Informação foi o advento das redes digitais de comunicação. 
 
Ou seja, computadores e softwares passam a funcionar de forma interconectada, 
fazendo as informações circularem com velocidade e segurança, percorrendo 
grandes distâncias na velocidade da luz. Têm-se, assim, os três pilares 
tecnológicos da Revolução da Informação: 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
9 
 
 
A agilidade de comunicação alcançada pelas redes mudou o fluxo de informação 
nas empresas. As estruturas mais tradicionais, centralizadas e hierárquicas, nas 
quais as informações seguiam fluxos controlados e bem definidos, cederam 
lugar a modelos horizontais, nos quais as informações fluem de forma ágil e 
diretamente entre setores, interna ou externamente às organizações. 
 
Quando postamos uma informação em um site corporativo ou enviamos uma 
mensagem por e-mail ou por um sistema de mensagens instantâneas, fazemos 
com que a informação chegue de forma quase imediata a um número ilimitado 
de pessoas. Quando compramos um produto em uma loja virtual, produzimos, 
sem perceber, um fluxo invisível e instantâneo de informações entre uma 
infinidade de sistemas. Quer um exemplo? 
 
1. Você compra o produto no site de e-commerce. 
2. Paga por meio de um sistema bancário. 
3. Para verificar o pagamento e a disponibilidade, a loja utiliza os softwares 
financeiro e de estoque. 
 
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10 
4. Para que o produto chegue até você, é necessário um sistema eficiente 
de logística da transportadora. 
 
Assim, na prática, as novas formas de produzir e transmitir informações se 
traduzem em um imenso ganho de eficiência e produtividade. 
 
Os modernos ambientes corporativos são consequência dos avanços da era 
digital e permitem a interação, colaboração e compartilhamento de recursos de 
forma ubíqua. O trabalho em equipe já não exige mais a presença física, isso 
porque as informações estão presentes em qualquer lugar e a qualquer 
momento, sem barreiras geográficas. 
 
A comunicação digital acontece também de maneira assíncrona, permitindo 
interagir com os outros em momentos diferentes. A ubiquidade e a assincronia 
são características determinantes das novas formas de comunicação. 
 
Ubiquidade 
Segundo o Dicionário Houaiss (2009), ubiquidade é o “fato de estar ou existir 
concomitantemente em todos os lugares, pessoas, coisas”. 
 
Assincronia 
Segundo o Dicionário Houaiss (2009), assincronia é a “qualidade, condição ou 
estado de assíncrono; falta de concomitância (de coisas ou fenômenos) no 
tempo; assincronismo”. 
 
 
A tecnologia que move a informação 
A interação complexa e substancial entre computadores, softwares e redes de 
comunicação permite o alcance de uma alta capacidade de comunicação entre 
pessoas e sistemas, mantida pela Tecnologia da Informação e Comunicação 
 
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11 
(TIC), em inglês conhecida por ICT (Information and Communication 
Technology). 
 
A TIC, ao longo do tempo, vai incorporando novos avanços tecnológicos, 
aprimorados com base nas invenções e inovações produzidas desde que foi 
criada a informação digital. Nos dias de hoje, ela representa a principal força 
impulsionadora da nova era digital e o principal fator para que as empresas 
desenvolvam novos modelos de negócio. 
 
Mas qual o conceito de TIC? 
 
Podemos conceituar TI como sendo os recursos tecnológicos e computacionais 
para guarda, geração e uso da informação e do conhecimento (REZENDE, 
1999). Outra definição se refere ao hardware, ao software e à tecnologia de 
armazenagem, que representam a infraestrutura da informação (LAUDON & 
LAUDON, 2010). 
 
Uma forma interessante de pensar em sua importância é imaginar a realidade 
sem a evolução atual. Segundo Ritto (2005) “TI é como uma commodity como 
energia elétrica; não é a sua presença que faz diferença; é a sua ausência que 
exclui”. Se uma empresa não possui tecnologia equiparada a de seus 
concorrentes, então existe uma séria ameaça a sua própria sobrevivência. 
 
As TICs lidam com sistemas de vários tipos e de diferentes naturezas, que 
apresentam interações diversas e lógicas diferenciadas (se pensarmos que os 
seres humanos lidam com uma lógica diferente da lógica dos sistemas). A tarefade planejá-las adequadamente não se resume apenas em definir os tipos de 
equipamentos ou softwares, já que os desafios são muitos e tendem a ficar 
complexos ao longo do tempo. 
 
 
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12 
Observação 
Os sistemas são concebidos, dentro das organizações, de maneira simples, 
geralmente atendendo diretamente às necessidades de informação e visando 
controles finais para atendimento à legislação. Com o tempo, o crescimento e a 
interligação com outros sistemas, aparem novas interações e algumas 
dificuldades. Além disso, o ambiente também tende a mudar ao longo do tempo. 
Inevitavelmente, os modelos mentais que originaram esses sistemas já não 
servem mais, sendo necessárias soluções mais adequadas para lidar com a 
complexidade. 
 
Vários são os fatores críticos que têm impacto sobre o planejamento e a 
estruturação de uma área de TIC. A seguir você confere alguns deles. Clique 
para mais informações: 
 
Obsolescência programada 
Novos equipamentos já saem de fábrica com um prazo para término da 
fabricação definido. Computadores se tornam obsoletos em prazos mais curtos 
que um ano. Dessa forma, gerenciar os impactos da obsolescência é um grande 
desafio, principalmente para empresas que trabalham com estratégias 
inovadoras e precisam lançar novos produtos constantemente. 
 
Atualização permanente 
É necessário que os sistemas contratados desempenhem uma agenda de 
atualização, tanto para novas características a serem atendidas pelo software 
quanto para atualizações de segurança ou adequação a equipamentos. 
 
Implantação de novos sistemas 
Com a proliferação de novos equipamentos baseados em tecnologia multitouch, 
as plataformas de software precisam ter alto grau de conectividade e 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
13 
portabilidade, além disso é mais complicado para os sistemas mais antigos se 
adequarem às novas realidades. 
 
Treinamento e capacitação 
Esse é um problema permanente, pois à medida que novos softwares e 
equipamentos são lançados, é necessário que as pessoas sejam bem 
capacitadas para operar tais sistemas e extrair a eficiência desejada. 
 
Integração corporativa 
Empresas com estratégias de fusão ou aquisição precisam lidar com a 
integração, substituição ou desmobilização de outros sistemas já implantados, 
necessitando de programas de implantação que consigam abranger uma série 
de resistências culturais. 
 
Prestação de serviços 
Com a ideia de computação em nuvem (cloud computing) e do fornecimento de 
software como um serviço (SaaS – Software as a Service), as organizações 
precisam adaptar suas plataformas e infraestruturas para novas modalidades de 
contrato, conciliando-as com projetos já implantados. 
 
Gerenciamento de projetos 
É necessário que os gestores da área de TIC estejam habituados à dinâmica de 
gerenciamento de projetos, pois cada nova solução a ser implantada é um novo 
projeto a ser gerenciado, e o controle de cronogramas de implantação com 
prazos bem definidos é crucial para que os resultados previstos sejam 
alcançados. 
 
São vários os desafios de se lidar com novas tecnologias. A seguir você confere 
alguns: 
 
 
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14 
Cloud computing Trata-se da computação em nuvem, ou seja, existem 
servidores de dados localizados na internet para acesso 
remoto por parte da empresa. 
Interfaces homem-
máquina 
São as novas formas de interação com os sistemas, tais como 
operação por meio da movimentação de mãos; interfaces 
cérebro-máquina para movimentação de cursor de forma 
automática e dispositivos para portadores de necessidades 
especiais. 
Tablet computing A computação com tablets substituindo computadores e 
notebooks em vários setores das organizações. 
Computing intelligence Novos softwares e dispositivos inteligentes para tornar as 
tarefas mais intuitivas, tais como reconhecimento de voz e 
sintetização de fala. 
Business Intelligence + 
Big Data 
Novas ferramentas e softwares para mineração em 
quantidades massivas de dados. 
Redes sociais 
corporativas 
Redes sociais para uso das empresas, modificando os 
sistemas baseados em intranet e tornando mais colaborativas 
as atividades a serem desempenhadas. 
 
A TIC deve considerar, portanto, as necessidades da empresa e dos usuários de 
tecnologia, primando pela visão da qualidade (de processos, produtos ou 
serviços) e ainda pela eficiência de processos e pela eficácia de objetivos. 
 
Vivemos na era do “everything as a service” você sabe o que isso quer dizer? 
Clique no botão a seguir e leia um texto que trata desse assunto: 
http://idgnow.com.br/blog/tecnologia/2013/03/21/a-era-do-
%E2%80%9Ceverything-as-a-service%E2%80%9D/ 
 
Para mais informações sobre o mundo digital e a Revolução da Informação, 
confira a seguir a videoaula do professor Luciano. Acesse a versão online da 
aula e assista ao vídeo. 
 
 
 
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15 
Tema 4 Os efeitos da era da informação na economia 
 
Nas últimas décadas, as consequências da Revolução da Informação 
ultrapassaram os limites das organizações e tiveram grande impacto na 
economia do planeta. A concorrência entre as empresas é cada vez mais 
acirrada, na mesma medida em que distâncias geográficas não são mais 
barreiras para o desenrolar das atividades econômicas. 
 
O fenômeno da globalização, impulsionado pela explosão no uso da internet, 
permitiu a criação de novos modelos de negócio, redirecionando estratégias de 
mercado. A tradicional economia da era industrial originada no século XVIII 
baseada na mecanização e na produção em massa, se transforma em uma nova 
economia “pós-industrial”, baseada na informação e no conhecimento. 
 
 
Que tal ver o que dois importantes autores falam a respeito da Revolução da 
Informação? 
 
Alvin Toffler (1980) se refere à Revolução da Informação como a terceira onda 
econômica mundial, em que a força das novas organizações não está mais na 
produção de bens e sim na informação, no conhecimento e na tecnologia. De 
acordo com o autor, a Revolução da Informação sucedeu as revoluções agrícola 
e industrial, criando uma espécie de economia digital, na qual o capital intelectual 
e a tecnologia são os principais fatores de sucesso. 
 
Peter Drucker(1999), considerado um dos pais da Administração e um dos mais 
influentes pensadores da gestão contemporânea, apontou que a Revolução da 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
16 
Informação não está na informação em si, nem mesmo nos efeitos práticos que 
a tecnologia produz no cotidiano das empresas. A real revolução está nos novos 
modelos econômicos oportunizados a partir das novas tecnologias. Conforme 
Drucker (1999), a internet está representando para a era da informação o que as 
ferrovias representaram para a era industrial. O uso exponencial da internet e o 
avanço do comércio nos meios eletrônicos são fatores vitais para a nova 
economia, criando canais inéditos de distribuição de produtos e serviços, 
reinventando os fluxos de produção e redefinindo o perfil dos consumidores 
finais. 
 
Big Data: o mais novo fenômeno da era digital 
 
O volume cada vez maior de dados produzidos a todo o momento pelos usuários 
na internet originou o fenômeno do Big Data. A partir de uma pesquisa na 
internet, as palavras de busca que são digitadas e cada link clicado são 
devidamente registrados. Ou seja, qualquer ação, como assistir a um vídeo, ler 
um jornal ou comprar um produto emuma loja virtual, é registrada. 
 
Não ficam registrados apenas os dados da transação, mas também os demais 
produtos visualizados que não foram adquiridos, a localização geográfica, os 
dados pessoais e o comportamento do consumidor. 
 
Dessa forma, o extraordinário volume de informações que são capturadas a todo 
momento, em escala global, está armazenado em servidores corporativos, 
formando imensos banco de dados, de valor inestimável para as organizações. 
 
Mas para que serve o Big Data? 
Ele é explorado pelas empresas para monitorar de forma contínua o 
desempenho dos negócios; para conhecer e estimular potenciais consumidores 
e para criar modelos preditivos, que sejam capazes de antecipar as tendências 
 
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17 
e, assim, realimentar as estratégias de mercado. O Big Data leva os Sistemas 
de Informações Gerenciais a um novo patamar, sendo o principal desafio conferir 
significado e utilidade para a imensa massa de dados originada das redes 
digitais. 
 
Para mais informações sobre a importância dos dados atualmente, clique no 
botão a seguir e leia o texto “Da era do ouro à era dos dados”. 
http://convergecom.com.br/tiinside/29/10/2015/da-era-do-ouro-a-era-dos-
dados/?noticiario=TI 
 
 
Tema 5 O gerenciamento das informações 
 
As informações têm o potencial de proporcionar agilidade e auxiliar na 
construção do sucesso das organizações, mas também podem afetar de forma 
negativa o desempenho da empresa caso sejam mal gerenciadas. Além de 
manter e cuidar do que possuem, as organizações precisam cuidar do que 
sabem ou conhecem, ou seja, do seu capital intelectual. 
 
Dessa forma, a gestão da informação e do conhecimento constituiu um 
importante campo, que chama a atenção da alta administração e provoca 
mudanças importantes nas estruturas das empresas. 
 
O volume crescente de informações tratado nas organizações, assim como sua 
dinâmica inerente, exige que sua gestão seja suportada por tecnologias. Dos 
anos 1970 em diante, com o uso intensivo das tecnologias de armazenamento e 
redes de computadores, o gerenciamento das informações tornou-se altamente 
especializado. 
 
 
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18 
Gerentes de tecnologia se tornaram gestores da informação, que lidam com os 
sistemas tecnológicos e com as políticas para garantir que as informações sejam 
devidamente captadas, organizadas, armazenadas, acessadas, mantidas e 
protegidas. Isso reflete a importância estratégica das informações para as 
organizações, originando a denominação CIO (Chief Information Officer) ou 
Executivo-Chefe de Informação. 
 
O cargo de gerente de sistemas tem se valorizado ao longo do tempo. Clique no 
botão a seguir e leia um texto que demonstra essa constatação, intitulado 
“Gerente de sistemas em empresas de grande porte será o cargo com a maior 
valorização salarial em 2016”. 
http://convergecom.com.br/tiinside/18/11/2015/gerente-de-sistemas-em-
empresas-de-grande-porte-sera-o-cargo-com-a-maior-valorizacao-salarial-em-
2016/?noticiario=TI 
 
Para mais informações sobre o gerenciamento das informações, confira a seguir 
a videoaula do professor Luciano. Acesse a versão online da aula e assista ao 
vídeo. 
 
 
Trocando ideias 
Quanta informação vimos até agora, não é mesmo? Esse é o momento de 
compartilhar suas impressões. Entre no fórum dessa aula e responda: 
 
Como deve agir o gerente de informação? De que forma seu desempenho 
influencia os ambientes complexos e de alta mudança no contexto 
organizacional? 
 
Dê sua opinião e veja o que seus colegas têm a dizer! 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
19 
Na prática 
 
Imagine a seguinte situação: 
A empresa XYZ atua na área de cosméticos e produtos de beleza fabricados a 
partir de matérias-primas naturais e orgânicas. A direção da empresa analisa 
alternativas para a implantação de um novo sistema de informação que busque 
aumentar a performance no atendimento aos pedidos feitos pelos 
representantes e diminuir o prazo de entrega da logística. 
 
No sistema atual, os representantes precisam acessar o site da empresa e fazer 
o pedido, registrando os produtos que deverão ser entregues para os clientes. 
Para isso, possuem notebooks com acesso à internet por meio de uma rede 3G 
contratada com a operadora de telefonia. Alguns representantes preferem fazer 
quando estão em casa, conectando o notebook à rede local, outros na própria 
empresa. 
 
O acompanhamento dos pedidos é feito mediante o acesso à opção de 
rastreamento. A empresa XYZ tem duas alternativas para a implantação de um 
novo sistema de informação, no mesmo patamar de custo. Clique e tenha mais 
informações: 
 
APPX 
Está sendo negociado na forma de locação e tem a alternativa de fornecer um 
aplicativo para ser instalado no celular ou tablet do representante, o que poderia 
agilizar os pedidos. O sistema prevê também que um aplicativo possa ser 
baixado pelo cliente para acompanhamento dos pedidos encomendados. 
 
Além disso, proporciona uma série de relatórios que permitem ao representante 
avaliar os pedidos efetuados em relação às metas estabelecidas e também 
analisar as vendas por grupos de produtos. No pacote a ser adquirido, a empresa 
 
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20 
XYZ contará também com um módulo para análises de inteligência de negócios 
(BI), pelo mesmo custo. 
 
CelSys 
A outra alternativa, oferecida por um fornecedor de softwares concorrente, é um 
sistema de e-commerce que permite que o próprio cliente faça a compra, sem 
intermédio de um representante. Esse sistema parece ser mais simples que o 
APPX e também possui um aplicativo para que o cliente faça os pedidos por 
tablet ou celular, permitindo o acompanhamento dos pedidos de forma on-line. 
 
Por meio deste sistema, os relatórios podem ser acessados diretamente pelos 
gerentes e analistas da XYZ. No entanto, requer uma modificação na estrutura 
de negócios da empresa. O módulo de BI deve ser negociado à parte. 
 
Diante do que foi exposto, responda às seguintes questões: 
1. Qual deverá ser a alternativa escolhida? Quais critérios estão sendo 
levados em conta com relação a essa decisão? 
2. Com relação ao tema “O mundo digital e a revolução da informação”, liste 
os fatores críticos de sucesso que podem ser identificados neste estudo 
de caso, referenciando com o que está descrito no texto. 
 
Anote as respostas em seu caderno! Em seguida, clique no botão a seguir, veja 
um comentário a respeito das questões e compare com o que você respondeu: 
 
Comentário 
 
1. Analisando o problema sob um contexto estratégico e sistêmico, o 
sistema CelSys parece ser o mais adequado. No entanto, irá requerer que 
a empresa mude o formato do seu negócio, necessitando assim de uma 
mudança estrutural que irá além dos detalhes de implantação do sistema 
 
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21 
propriamente dito e poderá ter um impacto muito grande no custo, 
evitando a mediação da compra pelo representante. 
2. Os itens são descritos abaixo: 
 Obsolescência programada: o sistema atual parece estar obsoleto em 
relação à possibilidade oferecida pelos novos sistemas. 
 Tablet computing: possibilidade dos novos sistemas serem operados por 
dispositivos móveis. 
 Big Data: novos sistemas permitirem novos tipos de análises dos dados. 
 
 
Síntese 
Nesta aula, vimos vários conceitos relacionados à informação no ambiente 
organizacional: seu papel, a forma comoela circula interna e externamente, os 
impactos de sua revolução e como a era digital influencia as atividades das 
empresas e a economia de um modo geral. 
 
Por fim, entendemos que o gerenciamento das informações é uma das 
atividades mais importantes a ser desempenhada nas organizações, tendo em 
vista que tudo depende da forma como as informações são tratadas. 
 
Confira no vídeo a seguir as considerações finais do professor Luciano. Acesse 
a versão online da aula e assista ao vídeo. 
 
 
 
 
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22 
Referências 
ACKOFF, R. From data to wisdom. Journal of Applied Systems Analysis, n. 16, 
1989. 
CHOO, C. W. A organização do conhecimento. São Paulo: SENAC, 2003. 
DAVENPORT, T.; PRUSAK, L. Conhecimento Empresarial. Rio de Janeiro: 
Campus, 1999. 
DRUCKER, P. Beyond the Information Revolution. Atlantic Monthly, 1999. 
DRUCKER, P. F. O gerente eficaz. Rio de Janeiro: Zahar, 1972. 
ELEUTÉRIO, M. A. M. Sistemas de Informação Gerencial. Curitiba: Intersaberes, 
2016. 
GONTIJO et al. Tomada de decisão, do modelo racional ao comportamental: 
uma síntese teórica. Caderno de Pesquisas em Administração. São Paulo, 2004. 
HARRIS, R. Introduction to Decision Making. VirtualSalt, 1998. Disponível em 
<http://www.virtualsalt.com/crebook5.htm>. Acesso em: 4 dez. 2015. 
LAUDON, K.; LAUDON, J. Sistemas de Informação Gerenciais. 11. ed. São 
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2014. 
______. Sistemas de Informação Gerenciais. 9. ed. São Paulo: Pearson Prentice 
Hall, 2010. 
LESCA, H.; ALMEIDA, F. C. Administração estratégica da informação. Revista 
de Administração. São Paulo, 1994. 
MEDEIROS, L. F. Banco de Dados – Princípios e Prática. Curitiba: IBPEX, 2007. 
O’BRIEN, J. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da internet. 
2. ed. São Paulo: Saraiva, 2004. 
POTTER, R.; RAINER, R.; TURBAN, E. Administração de Tecnologia da 
Informação – Teoria e Prática. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 
REZENDE, D. Planejamento de Sistemas de Informação e Informática. Atlas, 
2003. 
SIMON, H. Comportamento Administrativo: estudo dos processos decisórios nas 
organizações administrativas. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1979. 
 
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23 
STAIR M. R. Princípios de Sistemas de Informação: uma abordagem gerencial. 
Rio de Janeiro, 2004. 
TOFFLER, A. A terceira onda. Rio de Janeiro: Record, 1980. 
TURBAN, E. et al. Administração de Tecnologia da Informação. Rio de Janeiro: 
Campus, 2005. 
 
 
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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema de Informação Gerencial 
Aula 2 
 
 
Prof. Luciano Frontino de Medeiros 
 
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2 
Conversa Inicial 
Muitas vezes, quando falamos algo relacionado com dado e informação, 
tendemos a utilizar estes dois termos indiscriminadamente. Algumas vezes 
podemos dizer: “não tenho informação suficiente para tomar esta decisão” ou 
“não tenho dados suficientes para decidir sobre isto”. Porém, quando falamos 
em SIG, é importante definir de maneira distinta cada um destes conceitos. Na 
interação com sistemas organizacionais, os dados podem se transformar em 
informação, caracterizado pelo valor que proporcionam. 
Também há muitas situações em que apesar de termos uma grande 
quantidade de informações, elas são insuficientes para avaliar uma situação. 
Desta forma, tanto os aspectos quantitativos e qualitativos devem ser 
considerados. Assim, dados e informação relacionam-se entre si, pois fazem 
parte de uma estrutura comunicacional que abrange desde os níveis mais 
básicos até os mais complexos. 
Contextualizando 
 Atualmente, o universo digital já é tão vasto quanto o real e continua 
se expandindo. De acordo com o estudo da EMC, empresa líder do mercado 
internacional de armazenamento de dados, já existem disponíveis quase um 
septilhão de bits de informação no mundo (ou seja, o número 1 seguido de 24 
zeros), total similar ao de estrelas conhecidas no céu, segundo a Agência 
Espacial Europeia. A estimativa é que, até 2020, o número de dados 
armazenados em computadores, servidores, smarphones e tablets seja, no 
mínimo, multiplicado por seis; um volume tão gigantesco que os especialistas 
passaram a medi-lo em termos de distância da Terra à Lua. 
 Hoje, as informações disponíveis em formato digital equivaleriam a 
uma pilha de iPads Air (aqueles mais finos) de nada menos que 256 mil 
quilômetros ou dois terços da distância do nosso planeta até o satélite. No fim 
da década, no entanto, seriam seis pilhas e meia: 1,6 milhões de quilômetros. 
Se todas essas informações fossem divididas pela população conectada em 
 
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3 
2020, haveria quase 6 mil gigabytes de carga por pessoa. Uma família comum 
hoje preenche com informações 65 iPhones de 32GB por ano; daqui a seis anos, 
preencherá 318 smartphones. E se hoje os profissionais de TI já têm um pesado 
fardo sobre seus ombros, lidando com aproximadamente 230GB de dados, em 
2020, a carga dessa turma especializada em tech será de 1.200GB. 
Fonte: Adaptado de MACHADO, André. Estudo da EMC prevê que volume de dados virtuais 
armazenados será seis vezes maior em 2020. O Globo Online, 10/04/2014. 
Problematização 
Tema 1: Dado e Informação, qual é a diferença? 
A diferença entre dado e informação não é tão evidente. Tendemos a 
utilizar estes dois termos de forma sobreposta no dia a dia. Mesmo na literatura 
especializada, eles são frequentemente usados de maneira inadequada. Um 
exemplo é a frase: “A era digital gera uma sobrecarga de informações sobre as 
pessoas”. Interpretando de forma correta, não se trata de sobrecarga de 
informações, e sim de sobrecarga de dados. Mas qual é a diferença entre dado 
e informação? 
Dado: dados são sinais desprovidos de interpretação ou significado. São 
números, palavras, figuras, sons, textos, gráficos, datas, fotos ou qualquer sinal 
desprovido de contexto. Quando uma pessoa vê um cadastro em uma tela de 
computador ou olha para um relatório pela primeira vez, ela entra em contato 
com dados. Dados são entendidos então como estruturas sem significado. 
Informação: informação refere-se, portanto, ao dado dotado de 
significado, que o torna compreensível. Para terem significado, os dados devem 
conter algum tipo de estrutura ou contexto associado. À medida que as 
informações em um cadastro são assimiladas, analisadas e percebidas, os 
dados se tornam informações. 
Portanto, dados são símbolos ou signos que representam objetos ou 
fatos. Podem ser expressos de maneira numérica, textual ou visual, por exemplo 
um valor, uma imagem ou uma data. Os dados constituem-se registros de algo 
que foi observado e então mensurado. Quando um dado é interpretado e 
 
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4 
analisado, ele ganha relevância e alcança a sua finalidade: torna-se uma 
informação. Podemos dizer então que o dado é o elemento básico, ou a “matéria 
prima” de uma informação. Da mesma forma, podemos dizer que a informação 
é o resultado da interpretação dos dados. 
 Os dados geralmente são volumosos e capturados de forma automática 
ou semiautomática. Eles residem em grandes bancos de dados e são 
manipulados diretamente por sistemas computacionais. As informações, por 
outro lado, são produzidas em menor volume a partir dos dados. Elas são 
compreensíveis e significativas às pessoas em suas tomadas de decisão e 
normalmente se apresentam na forma de textos, relatórios, planilhas ou gráficos.Diferentes informações a partir dos mesmos dados 
O contexto em que os dados são interpretados podem originar diferentes 
informações. Analise os exemplos a seguir (ELEUTÉRIO, 2016). 
Exemplo 1. Cada vez que compramos um produto em um site de comércio 
eletrônico são coletados diversos dados sobre a transação. Entre eles estão o 
código do produto, a quantidade de itens adquiridos, a data e hora da compra e 
a localização geográfica do usuário. No banco de dados do sistema de e-
commerce, esses dados ficam armazenados em registros individuais, por 
exemplo: (5423), (3), (02/12/2014), (12:53) e (192.09.87.31), indicando 
respectivamente o código do produto, a quantidade informada, a data, a hora e 
o endereço IP do computador de origem (que pode ser usado para identificar a 
localização geográfica do usuário). Esses registros serão apenas um conjunto 
de dados até que sejam interpretados e relacionados entre si. Quando isso 
ocorre, eles se tornam informações, ganhando utilidade e relevância. 
Temos como exemplos de informações: avaliação do desempenho de 
venda de cada produto, identificação das preferências de cada região, produtos 
mais visitados no site, época do ano em que cada produto vende mais, horários 
de maior acesso, entre outras. 
 
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5 
Exemplo 2. O supervisor de uma fábrica registra o volume de produção de janeiro 
a dezembro com os seguintes dados de produção (quantidade de itens 
produzidos). 
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 
130 200 250 300 700 800 900 250 230 220 30 240 
Veja algumas informações que podem ser extraídas a partir desse 
mesmo conjunto de dados: 
Informação 1: a maior parte da produção anual concentrou-se nos meses de 
maio, junho e julho. 
Informação 2: a produção média no ano foi de aproximadamente 354 peças por 
mês. 
Informação 3: no mês de novembro houve uma queda de produção de 90% em 
relação à média anual. 
Perceba que essas informações auxiliam o gestor de produção no 
planejamento e reorganização da operação, ou seja, são recursos essenciais e 
valiosos para a organização. 
Leitura Obrigatória: 
 “Sua Empresa Já é Digital? Tem Certeza?”. Essa é a pergunta-título de uma 
matéria interessantíssima de David Goulden. Acesse-a a seguir. 
http://computerworld.com.br/sua-empresa-ja-e-digital-tem-certeza 
O professor Luciano Frontino de Medeiros aborda as principais diferenças 
entre dado e informação no material online. Não perca! 
Tema 2: Informações Quantitativas e Qualitativas 
As informações podem ser divididas em dois grandes grupos: informações 
quantitativas e qualitativas. Informações quantitativas podem ser medidas, 
expressas em números. Por exemplo: “A inflação subiu 3% em relação ao 
mesmo período do ano anterior” ou “Nossa central telefônica processa em média 
60 ligações por minuto”. 
Por outro lado, as informações qualitativas têm natureza subjetiva e são 
representadas de forma descritiva, expressando julgamentos de valor ou 
 
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6 
opiniões. Por exemplo: “O produto avaliado revelou desconforto na sua 
utilização”. Veja como esses dois tipos de informações são utilizadas no meio 
organizacional. 
Informações Quantitativas: as informações quantitativas geralmente são 
usadas para comparar metas e resultados, especificar recursos ou produtos 
finais. 
Informações Qualitativas: as informações qualitativas são especialmente 
úteis para expressar opiniões sobre produtos ou serviços. 
Leitura Obrigatória: 
 Informações de qualidade são primordiais para o planejamento, a 
organização e a tomada de decisão das organizações, não é mesmo? Mas quais 
são os meios de obter essas informações? Saiba a resposta lendo o artigo 
indicado a seguir. 
http://www.devmedia.com.br/informacoes-com-qualidade/5459 
Fique por dentro das principais características das informações 
quantitativas e qualitativas assistindo à explicação do professor Luciano Frontino 
de Medeiros no material online. 
Tema 3: O Valor e a Qualidade das Informações 
É possível mensurar o valor de uma informação? Embora se trate de um 
recurso de característica intangível, pode-se afirmar que o valor de uma 
informação é compatível com o quanto ela pode afetar o negócio de uma 
organização. Esse valor potencial pode ser estimado pelo nível de atenção que 
ela provoca nas pessoas ou ainda pelo quanto as empresas estão dispostas a 
pagar por ela. 
O propósito das informações 
Outra forma de avaliar o valor de uma informação é compreender o seu 
propósito em uma organização. Segundo MORESI (2000), as informações são 
usadas basicamente para duas finalidades: compreender o ambiente de negócio 
(interno e externo) e agir sobre ele. Isso significa que as informações estão 
 
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7 
diretamente ligadas à avaliação das situações e ao processo de decisão. Com 
isso, a sua importância depende do nível de criticidade que ela representa na 
atividade gerencial. 
A relevância das informações 
Em relação ao nível de relevância (ou importância) as informações podem 
ser classificadas em quatro categorias: irrelevante, potencial, mínima e crítica. A 
figura a seguir ilustra essas categorias e o impacto que elas representam para 
as organizações. 
 
Informação crítica: informações críticas são aquelas que garantem a 
sobrevivência da organização, como os indicadores financeiros, por exemplo. 
Informação mínima: as informações mínimas são usadas para o gerenciamento 
das atividades, como os indicadores de desempenho operacionais, por exemplo. 
Informação potencial: as informações potenciais são aquelas que podem ter um 
impacto futuro, tipicamente usadas para buscar diferenciais competitivos para as 
empresas, como por exemplo, uma tendência de mercado. 
Informação irrelevante: as informações irrelevantes não causam impacto algum 
sobre a organização e devem ser descartadas. 
 
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8 
A qualidade das informações 
A qualidade de uma informação é avaliada pelos seguintes atributos: 
relevância, precisão, confiabilidade e temporalidade. Clique nas palavras 
destacadas, a seguir, e conheça melhor cada um deles. 
Relevância: reflete a importância da informação para a tomada de 
decisão. 
Precisão: indica a proximidade (ou margem de erro) da informação em 
relação ao fato em si. 
Confiabilidade: indica o grau de confiança na fonte produtora da 
informação. 
Temporalidade: refere-se ao tempo que a informação leva para ser 
apresentada ao tomador de decisão; quando esse tempo é muito curto, dizemos 
que a informação foi produzida em tempo real, como as utilizadas por operadores 
de bolsas de valores. 
Leitura Obrigatória: 
 A informação tornou-se amplamente valorizada nas organizações 
contemporâneas, sendo assim, qual é a forma ideal de administrá-la? Fique por 
dentro desse assunto lendo o artigo indicado a seguir. 
http://revista.crb8.org.br/index.php/crb8digital/article/viewFile/42/43 
No material online o professor Luciano Frontino de Medeiros aborda 
alguns aspectos interessantes sobre o valor e a qualidade das informações. 
Imperdível! 
Tema 4: Convertendo Dados em Informações 
Para transformar dados em informação a partir de um sistema de 
informação, são utilizadas algumas operações específicas. De acordo com 
Davenport e Prusak (1999), podemos caracterizar as seguintes operações: 
contextualização, categorização, cálculo, correção e condensação. Clique nas 
palavras destacadas para conhecer suas funções. 
Contextualização: saber qual é a finalidade dos dadoscoletados. 
Categorização: conhecer os componentes essenciais dos dados. 
 
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9 
Cálculo: analisar os dados de forma matemática ou estatística. 
Correção: eliminar os erros dos dados. 
Condensação: resumir os dados de forma mais concisa. 
A partir disso, para transformar os dados de uma planilha de produção em 
informações, é preciso seguir os seguintes passos: 
 Contextualizar a planilha e de acordo com o seu setor específico. 
 Verificar os diferentes tipos de produtos e categorizar aqueles que 
atingiram a meta ou não. 
 Calcular o atingimento geral em um prazo maior (uma semana ou um 
mês). 
 Informar a correção de algum dado que esteja com erro explícito na 
planilha. 
 Condensar os dados para um nível de informação mais resumido 
(como a produção do dia ao invés da produção de hora em hora). 
Porém, na prática os dados geralmente são coletados em grandes 
volumes e em formatos inadequados, impossíveis de serem utilizados pelas 
pessoas. Para que se tornem úteis, é preciso convertê-los por meio de um tipo 
de formatação ou configuração que permita sua interpretação. Esse tipo de 
conversão de dados em informações envolve três fases: filtragem, 
processamento e apresentação. Analise esses processos na figura a seguir.[ 
 
 
 
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10 
Filtragem dos dados 
A primeira etapa da conversão de dados em informações é a filtragem, na 
qual são selecionados apenas aqueles dados que interessam à nossa análise. 
Por exemplo, se pretendemos avaliar o desempenho de vendas de um 
determinado produto em uma determinada região serão descartados todos os 
dados que não atendem essas condições. Essa tarefa é desempenhada com 
muita eficiência pelos bancos de dados e seus mecanismos de filtragem. 
Processamento dos dados 
Depois de filtrados, os dados passam pela etapa de processamento onde 
são inter-relacionados, interpretados e manipulados para que se transformem 
em informações. Um relatório financeiro que agrupa receitas e despesas e 
calcula a margem de lucro de cada período é um bom exemplo de 
processamento. O processamento dos dados é realizado por rotinas de software 
e normalmente envolve operações aritméticas e estatísticas, como o cálculo de 
médias, frequências, percentuais, totalizações e sumarizações. 
Tecnicamente falando, os dados se tornam informações ao final do 
processamento. É nessa etapa que eles são inter-relacionados e se tornam 
significativos para fins de análise. Mas na prática, para que as informações sejam 
interpretadas pelos usuários, é necessário que elas sejam exibidas de forma 
adequada, o que é realizado na etapa de apresentação. 
Apresentação das informações 
Dados coletados e processados com qualidade terão pouca utilidade se 
não forem apresentados de maneira apropriada aos seus destinatários. A etapa 
de apresentação cumpre essa função, transformando as informações em um 
formato compreensível e útil ao usuário. Nessa transformação, as técnicas de 
comunicação usadas para apresentar as informações determinam, em grande 
parte, a forma com que as pessoas se apropriam das informações. 
 
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Uma comunicação eficiente deve garantir que as informações 
apresentadas sejam significativas e encaminhadas às pessoas certas. Para isso, 
identificamos dois importantes processos: a sumarização e o roteamento. 
A sumarização é o processo que reduz o volume de informações levadas 
aos destinatários, para que apenas as mais relevantes sejam apresentadas. 
Com a sumarização, evitamos apresentar excesso de informações que podem 
confundir o público. 
O roteamento garante que as informações cheguem até as pessoas 
certas, isto é, aquelas que efetivamente fazem parte do processo decisório ou 
que poderão contribuir com ele. Os softwares realizam o roteamento das 
informações com muita eficiência, permitindo a criação de grupos de usuários 
por departamento, projeto ou nível funcional, por exemplo. Na prática, o 
roteamento é feito por meio de mensagens de grupo ou arquivos em diretórios 
compartilhados nos servidores corporativos com as devidas permissões de 
acesso. 
Em relação ao formato, as informações podem ser apresentadas de forma 
textual, tabular ou gráfica por meio de relatórios, tabelas, planilhas e gráficos. A 
disposição gráfica das informações também facilita a interpretação dos dados 
pelo usuário, destacando os elementos relevantes da análise. 
Algumas técnicas especiais são utilizadas na apresentação de 
informações mais complexas com múltiplas dimensões de análise e dados em 
grande volume. Nelas, os usuários interagem com as informações e as observam 
seletivamente, alterando dinamicamente os dados, incluindo e excluindo 
variáveis e rotacionando os gráficos para observar melhor o resultado do 
processamento. Exemplos disso são as tabelas dinâmicas e os gráficos 
tridimensionais usados pelos executivos na análise de situações complexas. 
O fenômeno do big data impulsionou a criação de novos métodos de 
apresentação das informações (Taurion, 2013) por meio do uso intensivo de 
técnicas tridimensionais interativas para manipular dados heterogêneos em larga 
escala. 
 
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12 
Leitura Obrigatória: 
Quer saber mais sobre esse conteúdo? 
Então leia o artigo “Turbilhão de ideias: a dificuldade em converter dados 
em informação” disponível a seguir! 
http://www.ideiademarketing.com.br/2012/08/02/turbilhao-de-ideias-a-
dificuldade-em-converter-dados-em-informacao/ 
Fique por dentro dos principais aspectos da conversão de dados em 
informações assistindo à explicação do professor Luciano Frontino de Medeiros 
no material online. 
Tema 5: A Pirâmide do Conhecimento 
Agora que compreendemos a relação entre dado e informação, 
ampliaremos nosso estudo introduzindo dois outros níveis informacionais: o 
conhecimento e a inteligência. 
Conhecimento é o conjunto completo de informações, dados e relações 
que levam as pessoas à tomada de decisão, à realização de tarefas e à criação 
de novas informações. O conhecimento não é apenas uma informação 
conhecida, é a informação no contexto. É o valor adicionado à informação pelas 
pessoas que tem experiência para compreender seu real potencial. 
O conhecimento é uma mistura fluída de experiência condensada, 
valores, informação contextual e insight experimentado que proporciona uma 
estrutura para a avaliação e incorporação de novas experiências e informações. 
Ele tem origem e é aplicado na mente dos conhecedores. Apesar das definições, 
não existem limites bem definidos entre dado, informação e conhecimento. 
Existe uma dependência do contexto e da interpretação do agente (ou seja, da 
pessoa que percebe e entende os dados e as informações) para atribuir o 
significado. 
Dados, informações, conhecimento e inteligência se relacionam por meio 
de uma estrutura de quatro camadas, denominada pirâmide do conhecimento, 
também conhecida como estrutura DIKW (do inglês Data-Information-
Knowledge-Wisdom), como ilustra a figura a seguir. 
 
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13 
 
Na base da pirâmide estão os dados que são registros brutos e não 
interpretados, geralmente capturados em grande volume e sem um significado 
específico. No segundo nível estão as informações, produzidas a partir da 
filtragem e interpretação dos dados, portanto em menor volume e maior valor 
agregado. 
No próximo nível está o conhecimento, uma forma superior de 
compreensão construída a partir da análise das informaçõese usada para agir 
sobre o mundo real (Ackoff, 1989). E no nível mais alto da pirâmide está a 
inteligência (ou a sabedoria), que, segundo alguns autores determina como e 
quando usar o conhecimento. Na medida em que ascendemos na pirâmide, 
aumentamos nosso nível de compreensão sobre os fatos e reduzimos a 
quantidade de itens que manipulamos. Podemos dizer que, na pirâmide do 
conhecimento, volume e valor são grandezas inversamente proporcionais. 
A pirâmide do conhecimento é amplamente referenciada no estudo da 
informação e da gestão do conhecimento, embora sua estrutura verticalizada e 
reducionista seja criticada por alguns autores (Frické, 2007). A principal crítica 
está na parte superior da pirâmide, nas camadas do conhecimento e inteligência. 
Segundo Frické, a transformação de informações em conhecimento, e de 
conhecimento em inteligência, são processos cognitivos complexos, que não 
usam apenas as informações dos níveis inferiores da pirâmide, mas também a 
vivência, a experiência e os modelos mentais dos indivíduos. 
 
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14 
A transformação de informação em conhecimento também demanda 
algumas operações, caracterizadas da seguinte maneira por Davenport e Prusak 
(1999): 
Comparação: De que forma as informações relativas a esta situação se 
comparam a outras situações conhecidas? 
Consequências: Quais implicações estas informações trazem para as 
decisões e tomadas de ação? 
Conexão: Quais as relações deste novo conhecimento com o já 
acumulado? 
Conversação: O que as outras pessoas pensam desta informação? 
Com relação ao exemplo da transformação de dados em informação, 
podemos: 
 Comparar os resultados da planilha com os as anteriores; 
 Identificar as consequências do não atingimento da meta ou 
problemas de qualidade para a produção e o custo; 
 Fazer conexões com problemas que aconteceram anteriormente; 
 Conversar com os pares para alinhar os objetivos e articular as ações 
necessárias para manter a produção nos níveis previstos. 
Outra forma de visualizar a tríade dado-informação-conhecimento é em 
um contexto maior, do qual faz parte a estrutura hierárquica que se inicia desde 
o bit, até a aplicação da inteligência para a resolução de problemas. 
Do ponto de vista puramente físico, um arquivo nada mais é do que uma 
sequência de 0s e 1s gravada em um meio de armazenamento estático. A 
sequência de bits é ininteligível do ponto de vista do tratamento com os dados, 
considerado assim o primeiro nível ou o mais baixo de tratamento de dados na 
hierarquia do conhecimento. 
 
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Num segundo nível, quando consideramos uma sequência de 8 bits, 
podemos identificar um dígito ou caractere ASCII (American Standard Code for 
Information Interchange) e a informação começa a fazer um certo sentido. Em 
vez de 0s e 1s, temos uma sequência de caracteres padrões codificados de 8 
em 8 bits. 
No exemplo, a sequência de bits 01100001 corresponde ao número 61 
hexadecimal, ou 97 decimal. Pela tabela ASCII, 97 corresponde ao caractere “a”. 
 
As sequências de dígitos ou caracteres agrupados, num terceiro nível, 
formam os dados. 
 
 
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16 
Caso esse agrupamento seja quebrado, perde-se o sentido do mesmo. 
Assim, os dados podem ser caracterizados como átomos em termos de 
indivisibilidade. O nome próprio de uma pessoa (digamos, MARIA) não fará 
nenhum sentido se for separado em duas partes (por exemplo, MAR e IA). 
Porém, dados isolados não identificam bem os elementos ou entidades 
da vida cotidiana. Dados de diferentes naturezas precisam ser armazenados, 
como o endereço de um cliente (nome, endereço, complemento, cidade, estado, 
CEP), o saldo de uma conta bancária (cliente, conta, débito, crédito) ou a 
quantidade fabricada em uma linha de produção (produto, código, quantidade, 
custo). Arquivos com a característica de um banco de dados referem-se a uma 
sequência de dados de diferentes naturezas, armazenados numa disposição 
predefinida muitas vezes denominada de cabeçalho ou estrutura. 
 
 
Dessa forma, num quarto nível, os dados são agrupados no que 
chamamos de grupos de dados ou moléculas, que possibilitam (em conjunto ou 
confrontação com outros conjuntos de dados) a transformação dos mesmos em 
informação. A informação diz respeito a algo novo inserido num certo contexto. 
 
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17 
 
Especificamos a informação como o quinto nível da hierarquia. Exemplos 
práticos de geração de informação são as consultas a banco de dados, onde 
uma ferramenta de consulta baseada em linguagem SQL (Standard Query 
Language) extrai os dados de um grupo (uma tabela ou um conjunto de tabelas) 
gerando relatórios que atendam a um critério específico de consulta. Desta 
forma, várias operações de transformação de dados em informação são feitas, 
tornando-os com significado no seu devido contexto. 
 
O acervo formado pela geração de informações nos processos de gestão, 
devidamente filtradas e sistematizadas ao longo do tempo, tal como um sistema 
de informação de uma empresa, irá constituir o conhecimento que compõe o 
sexto nível da pirâmide. Para que algo seja considerado conhecimento é 
necessário haver pessoas que atribuam valor às informações geradas por um 
 
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sistema de informação. Assim, são as pessoas que colocam as informações em 
contextos e fazem suas interpretações, ou seja, dão significado a elas. 
 
Ainda podemos elaborar um sétimo nível onde o conhecimento gerado 
pelas informações, sendo manipulado por pessoas ou sistemas, irá constituir a 
inteligência. Nele, o processo de tomada de decisão faz uso de todo o edifício 
elaborado, desde a estrutura simplificada dos bits até a ponte com o pensamento 
(humano ou de um agente de software). Dessa forma, dentro dessa pirâmide, os 
sistemas de informação desempenham um papel essencial nos procedimentos 
de nível mais alto, necessários para os negócios das organizações. 
 
 
 
 
 
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Leitura Obrigatória: 
Que tal aprofundar os seus conhecimentos sobre esse conteúdo? Não 
perca tempo e leia o artigo “Inteligência Competitiva em Organizações: dado, 
informação e conhecimento” disponível a seguir. 
http://www.dgz.org.br/ago02/Art_02.htm 
 
 O que será que o professor Luciano Frontino de Medeiros tem a dizer 
sobre a pirâmide do conhecimento? Assista no seu material digital. 
Trocando Ideias 
Agora é com você! Qual é a sua opinião em relação ao papel do gerente 
na percepção do valor da informação nos processos de tomada de decisão? 
Reflita a respeito e posicione-se nessa questão. 
Na Prática 
Estudo de caso: transformando dados em informação 
Patrícia faz análises de giro de estoque de matérias-primas no setor de 
PCP de uma fábrica, acessando os dados necessários no Sistema Integrado de 
Gestão. Ela mantém em sua estação de trabalho uma planilha de fornecimento 
de matérias-primas a partir das notas fiscais de entrada, o que dá mais 
segurança quanto à situação real dos estoques. 
O cálculo é feito dividindo a variação da quantidade consumida pela média 
de estoque em um determinado período. Por exemplo, se a quantidade de 
matéria-prima do estoque inicial do mês era de 400 unidades e no final era de 
800 unidades, a média de estoque será de (800+ 400) /2 = 600 unidades. No 
caso de serem consumidas 1200 unidades de matéria-prima no mês, o cálculo 
do giro de estoqueserá o consumo (1200) dividido pelo valor médio em estoque 
(600), ou seja, 1200/600 = 2. Assim o giro de estoque é “2”, ou seja, o estoque 
teve de ser renovado duas vezes neste período. 
Na planilha, Patrícia consegue classificar em ordem decrescente (do 
maior para o menor) o valor de giro de estoque. Isto permite indicar quais 
 
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matérias-primas giram mais e quais permanecem mais tempo no estoque. 
Patrícia faz também a classificação ABC, indicando na classe A os primeiros 
20% das matérias ordenadas, na classe B os 30% seguintes e o restante (50%) 
para a classe C. Dessa forma, ela pode otimizar a compra de matérias-primas, 
evitando comprar aquelas que não giram muito em um determinado período. 
Como a informação que ela atualiza na planilha tem um atraso de dois 
dias devido à digitação das notas fiscais de entrada no ERP, algumas 
informações sobre o giro podem estar equivocadas. Dessa forma, ela sempre 
precisa corrigir os valores de entrada para deixar a planilha mais atualizada 
possível. 
Diante desse cenário, quais formas de conversão de dados em 
informação são utilizadas por Patrícia faz diariamente para controlar o giro do 
estoque da empresa? 
Depois de formular a sua resposta, veja no material online o feedback do 
professor Luciano Frontino de Medeiros. 
Síntese 
Nesta aula foram vistos os conceitos de dado e informação, mostrando a 
diferença entre eles no contexto de sistemas de informação gerencial. Também 
foi estudado os tipos de informação (quantitativas ou qualitativas) e o valor da 
informação a partir do seu propósito, relevância e qualidade. Além disso, vimos 
as formas de conversão de dados em informação e a hierarquia da informação 
e do conhecimento, por meio da pirâmide do conhecimento. 
Assista às considerações finais do professor Luciano Frontino de 
Medeiros sobre os temas abordados nesta aula no material digital. 
 
Referências 
ELEUTÉRIO, M. Sistemas de Informação Gerencial. Curitiba: 
Intersaberes, 2016. 
LAUDON, K; LAUDON, J. Sistemas de Informação Gerenciais, 9ª ed. 
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. 
 
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21 
MEDEIROS, L. F. Banco de Dados – Princípios e Prática. Curitiba: 
IBPEX, 2007. 
REZENDE, D. Planejamento de Sistemas de Informação e 
Informática. Atlas, 2003. p. 65. 
TURBAN, E. et al. Administração de Tecnologia da Informação. 
Campus, 2005, p. 100. 
DAVENPORT, T.; PRUSAK, L. Conhecimento Empresarial. Rio de 
Janeiro: Campus, 1999. 
 
 
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Sistemas de Informação Gerencial 
 
 
 
Aula 3 
 
 
Professor Luciano Frontino de Medeiros 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2 
Introdução 
Um dos objetivos centrais dos sistemas de informações é fornecer 
subsídios para a tomada de decisão. Os gestores necessitam tomar decisões a 
todo o momento, visando o alcance das metas estabelecidas; logo, informações 
com qualidade auxiliam na redução da incerteza n que diz respeito a qualquer 
processo de tomada de decisão. 
Além dos sistemas de informação responsáveis pelo controle das 
atividades operacionais das organizações, existem ferramentas específicas para 
auxiliar o gestor; ferramentas que combinam e processam diferentes dados e 
informações, gerando apresentações elaboradas que potencializam os 
processos decisórios. 
Nesta aula veremos como isso acontece! 
 
 
Contextualização 
Saber tomar as decisões é a principal função do administrador da 
empresa, pois não existe decisão perfeita, ele terá que pesar as vantagens e 
desvantagens de cada alternativa para escolher a melhor, sempre visando o 
desempenho econômico. 
Lembrando que também existem os resultados não econômicos, 
como a satisfação dos membros do negócio e dos colaboradores! 
A tomada de decisão é um processo que demanda identificação do 
problema, dos critérios; da forma de elaborar, analisar e escolher alternativas, 
verificando a eficácia da decisão. O ato de tomada de decisão pode ser um ato 
de sofrimento para muitas pessoas. Algumas possuem dificuldades nas decisões 
mais simples, como escolher uma roupa para uma determinada ocasião ou um 
roteiro para as férias. 
A grande dificuldade para tomar decisões acontece frequentemente em 
qualquer situação, seja ela no ambiente profissional ou pessoal. Uma vez 
consumada, a decisão é uma estrada sem volta. As consequências virão – cedo 
 
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ou tarde, positivas ou negativas. Por isso, a decisão exige um compromisso 
efetivo com a escolha feita e suas consequências. Isso nem sempre é fácil, por 
três motivos: 
1. Não existe decisão perfeita porque não podemos analisar todas as 
alternativas e todas as consequências. 
2. Ao optar por uma alternativa, temos de renunciar às outras e isso gera 
sempre um sentimento de perda, mesmo quando a decisão é eficaz. 
3. Toda decisão é um ato absolutamente individual e intransferível. Não 
se pode decidir pelos outros nem culpar os outros pelas nossas más 
ações. 
No ambiente empresarial, essa dificuldade também existe, ela se torna 
muito mais grave, pode-se perder uma grande negociação apenas pelo titubear 
de decisão numa reunião, a indecisão tem levado muitas pessoas a erros difíceis 
de reparação. 
Um exemplo disso é o empresário que precisa tomar uma decisão de 
investimento em inovação de produtos, ou numa negociação com fornecedores 
e acaba perdendo uma excelente oportunidade de ganho ou lucro porque no 
momento de tomada de decisão ele é acometido pela indecisão. E o mercado 
não perdoa quem não toma as decisões nas horas certas! 
São inúmeras as implicações de uma tomada de decisão. A maior parte 
das consequências normalmente está fora do alcance visual. Um processo 
decisório pressupõe opções, escolhas (nem sempre muito fáceis de fazer). 
Existem perdas e ganhos, conflitos de valores e isso tudo é extremamente 
necessário. 
Por isso é importante tentar, de alguma forma, sistematizar um contexto, 
criar um cenário pelo menos próximo da realidade onde as possibilidades de 
decisão possam ser examinadas sob todos os ângulos. 
 
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Pesquise 
TEMA 1: As atividades gerenciais 
Gerenciar é fazer com que as pessoas façam o que precisa ser feito. O 
gestor não é aquele que executa as tarefas diretamente, mas, sim, aquele que 
assegura que elas sejam realizadas pela sua equipe de acordo com os objetivos 
traçados. 
Portanto, a atividade gerencial pressupõe o planejamento e a 
coordenação sobre as pessoas e sobre os processos organizacionais. PETER 
DRUCKER (1972) resume as atividades de um gestor em cinco categorias: 
1. Estabelecer objetivos 
O gestor estabelece os objetivos a serem atingidos pela sua equipe e as 
tarefas a serem realizadas. 
2. Organizar atividades 
O gestor decompõe o trabalho em ‘atividades gerenciáveis’ e seleciona as 
pessoas que realizarão as tarefas. 
3. Motivar e comunicar 
O gestor integra as pessoas em uma equipe, através de decisões sobre 
salários, colocações, promoções e da comunicação com a equipe. 
4. Medir 
O gestor estabelece metas e métricas de desempenho apropriadas; 
analisa, avalia e interpreta o desempenho das pessoas. 
5. Desenvolver as pessoas 
O gestor promove o desenvolvimento pessoal e profissional de sua equipe 
por meio da capacitação e de espaços de criação do conhecimento. 
Em cada atividade gerencial, o principalpapel do gestor é tomar decisões 
que afetarão, em menor ou maior grau, o desempenho da organização. 
 
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Sugestão de Leitura 
Leia o artigo intitulado “A importância do sistema de informação 
gerencial para tomada de decisões”. 
http://www.unioeste.br/campi/cascavel/ccsa/VISeminario/Artigos%20apresent
ados%20em%20Comunica%E7%F5es/ART%203%20-
%20A%20import%E2ncia%20do%20sistema%20de%20informa%E7%E3o%
20gerencial%20para%20tomada%20de%20decis%F5es.pdf 
 
Vamos conferir o que mais o professor Luciano tem a dizer sobre o 
assunto deste tema? Acesse o material on-line! 
 
 
Tema 2: A tomada de decisão e tipos de decisão 
Em linhas gerais, tomar uma decisão é escolher o que deve ser feito em 
uma determinada situação. A tomada de decisão é necessária sempre que 
houver mais de uma alternativa para resolver um problema ou mudar uma 
situação. Tomar uma decisão significa não apenas identificar as possíveis 
alternativas, mas, sobretudo, escolher aquela que melhor atende aos nossos 
objetivos, desejos ou valores. Trata-se de uma atividade intelectual – ou 
cognitiva – em que, primeiramente, percebemos que algo deve mudar para 
depois elegermos a melhor alternativa de ação. 
Herbert Simon, precursor nos estudos do processo decisório, sintetiza a 
tomada de decisão como ‘uma combinação entre pensamento e ação que 
culmina em uma escolha’ (SIMON, 1965). Além de Simon, muitos outros 
pesquisadores têm estudado a racionalidade e a tomada de decisões no campo 
do comportamento humano e organizacional. 
Em uma organização, as decisões são tomadas a todo o momento, em 
todos os níveis funcionais, desde simples decisões operacionais, como decidir 
sobre a máquina mais apropriada para ampliar a linha de produção até 
 
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complexas decisões estratégicas, como a aquisição de uma empresa 
concorrente. 
A cada decisão que tomamos, usamos uma quantidade maior ou menor 
de informações que, quando combinadas, embasam nossas escolhas, e nos 
ajudam a formar uma espécie de “modelo racional” para decidir o que fazer. 
Informação e decisão são, portanto, conceitos inseparáveis! 
 
Tipos de decisão 
As decisões podem ser classificadas de acordo com a sua complexidade. 
Em um extremo, estão as decisões simples, que fazem parte de nosso cotidiano, 
em que as informações são suficientemente claras para reduzir a probabilidade 
de insucesso. No outro extremo, estão as decisões complexas, baseadas em 
informações estimadas ou imprecisas, que deixam margem para incerteza ou 
que podem causar grande impacto na organização. 
Como vimos anteriormente, a complexidade das decisões gerenciais 
cresce na medida em que ascendemos nos níveis funcionais da organização, 
porque os seus resultados se tornam menos previsíveis. De acordo com o grau 
de incerteza das informações e da previsibilidade das decisões, elas são 
classificadas em três tipos: estruturada, não estruturada e semiestruturada. 
 Decisões estruturadas: 
Decisões estruturadas são aquelas tomadas em situações bem definidas, 
com base em variáveis precisas e informações consistentes. Elas 
ocorrem tipicamente no nível operacional das organizações e geralmente 
fazem parte da rotina da empresa. Decisões estruturadas utilizam fontes 
de informação bem definidas e tendem a ser tomadas mais rapidamente, 
com maior segurança e assertividade. Por exemplo, o responsável pelo 
almoxarifado decide pela reposição de um determinado item no estoque, 
com base na quantidade atual de itens, na média de consumo desse item 
e no estoque mínimo desejado. 
 Decisões não estruturadas: 
Quando a decisão envolve um contexto de incerteza, uma situação 
imprevista ou quando as informações que apoiam a decisão são 
 
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imprecisas, estimadas ou desconhecidas, dizemos que a decisão é não 
estruturada. Decisões não estruturadas ocorrem tipicamente nos níveis 
estratégicos e de alta gestão das organizações, no qual os executivos 
precisam tomar decisões de grande impacto, baseadas em cenários 
futuros ou projeções contextuais. As decisões não estruturadas 
geralmente utilizam fontes de informação diversificadas, requerem uma 
cuidadosa análise de risco e são suscetíveis a revisões e planos de 
contingência. Por exemplo, a abertura de capital na bolsa de valores ou o 
lançamento de um novo produto no mercado. 
 Decisões semiestruturadas: 
Quando uma situação de decisão reúne as características dos dois tipos 
apresentados acima, dizemos que ela é semiestruturada. Decisões 
semiestruturadas ocorrem normalmente nos níveis gerenciais 
intermediários, nos quais os decisores se deparam com uma combinação 
de informações bem definidas com informações estimadas ou 
qualitativas. Um bom exemplo desse tipo de decisão é a seleção de 
fornecedores para um processo produtivo, conforme descrito em Lima 
(2013). Nessa situação de decisão, que é crítica para a efetividade de 
uma cadeia de suprimentos, cada possível fornecedor (ou alternativa de 
solução) é avaliado por uma combinação de informações quantitativas – 
prazo de entrega ou preço do produto – e qualitativas – qualidade do 
produto ou a solidez de sua operação. 
 
Exemplos de decisões 
Para melhor ilustrar os tipos de decisão, apresentamos na tabela a seguir 
exemplos de situações de decisão em três diferentes áreas de negócio. 
Setor 
Decisão 
estruturada 
Decisão 
semiestruturada 
Decisão não 
estruturada 
Industrial 
O supervisor de 
produção decide 
desativar a linha 
de montagem para 
realizar a 
manutenção 
preventiva, 
conforme 
estabelecido nas 
instruções de 
operação. 
O gerente de 
produção decide 
automatizar a linha 
de montagem, após 
observar os índices 
de falha e o custo da 
mão de obra e após 
a análise de 
viabilidade financeira. 
O diretor-
presidente decide 
investir na 
construção de 
uma nova unidade 
industrial em outro 
país, apostando 
no crescimento do 
setor naquela 
região. 
 
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Educacional 
O analista 
administrativo 
decide pela 
concessão de uma 
bolsa de estudo, 
conforme 
estabelece o 
regimento interno. 
O chefe de 
departamento decide 
sobre o lançamento 
de um novo curso 
para atender à 
demanda do 
mercado. 
A mantenedora 
decide adquirir 
faculdades no 
interior do estado, 
para aumentar a 
fatia de mercado 
da instituição. 
Varejo 
O analista 
financeiro decide 
aprovar o crédito 
de um cliente, 
observando que 
ele atende a todos 
os requisitos 
predefinidos. 
O gerente comercial 
decide redistribuir a 
equipe de 
vendedores, diante 
do aumento nas 
vendas em certas 
regiões. 
O diretor 
comercial decide 
estabelecer uma 
parceria 
estratégica com 
um grande 
fornecedor para 
entrar em um 
novo mercado. 
 
Na tabela que você acabou de visualizar temos uma matriz na qual o tipo 
de decisão é correlacionado com o nível organizacional, permitindo identificar 
que função ou subsistema da empresa é considerado para a tomada de decisão. 
Por exemplo: no nível operacional, uma decisão tipicamente estruturada é o 
controle de estoque – quando os níveis de segurança de estoque são atingidos, 
as ordens de compra podem ser automaticamente geradas etc. Já uma decisão 
não estruturada se adapta bem ao nível estratégico, como planejamento de 
novos negócios. 
Entretanto, mesmo decisões não-estruturadas podem ser tomadas em 
níveis mais operacionais, como, por exemplo, a administração de caixa: de 
acordo com a maneira como o mercado financeiro

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