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GRIPE E RESFRIADO

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3
18
INSTITUTO MUNICIPAL DE ENSINO SUPERIOR DE CATANDUVA - SP
IMES/FAFICA
Curso de Ciências Biológicas - Licenciatura
EVELYN NICOLLY DE ALMEIDA DA SILVA
LETÍCIA DE PAULA LEITE
LUANA GOMES DOLENSI
“GRIPE E RESFRIADO” 
CATANDUVA/SP
2016
EVELYN NICOLLY DE ALMEIDA DA SILVA
LETÍCIA DE PAULA LEITE
LUANA GOMES DOLENSI
GRIPE E RESFRIADO
Trabalho apresentado no Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Municipal de Ensino Superior de Catanduva, IMES Catanduva, para obtenção parcial do grau de Licenciatura em Ciências Biológicas.
Professor: João Ricardo Araújo dos Santos 
CATANDUVA/SP
2016
RESUMO
A gripe e o resfriado são doenças altamente transmissíveis devido ao seu fator de propagação, o ar. São causadas por determinados vírus presentes na natureza que afetam especificamente as células epiteliais do trato respiratório superior humano e diferenciam-se um do outro principalmente pelas lesões causadas no trato e por seus causadores. O vírus Influenza é constituído de RNA de fita linear simples e é dividido em três tipos, Influenza A, B e C, sendo A, o tipo que sofreu e ainda sofre diversas mutações ocasionando subtipos como, H1N1, H5N1, H3N2, estes que podem ocasionar complicações devido à falta de imunidade do ser humano a eles, já que possuem uma variação genômica em relação aos outros vírus, além disso, causam lesões e destroem o tecido epitelial quando em contato com o trato respiratório. O resfriado é causado por inúmeros vírus, sendo os mais comuns Rhinovirus (RV-A, RV-B, RV-C), Coronavirus, Parainfluenza, Metapneumovirus e Vírus Sincicial Respiratório que são constituídos de RNA de fita simples, e o Adenovirus constituído de DNA de fita dupla, estes por sua vez não causam lesões às células epiteliais do trato respiratório superior, apenas aderem-se nas mesmas e causam leves irritações. São vírus autolimitados e não costumam sofrer mutações. A gripe e o resfriado afetam qualquer faixa etária ao redor do mundo. Esses vírus não possuem restrições às temperaturas, mas, durante os períodos mais frios do ano são registrados os maiores números casos, um dos motivos é a grande aglomeração em locais fechados, o que pode facilitar a propagação desses vírus. Atualmente não existem vacinas que previnam os indivíduos contra os vírus causadores do resfriado, porém no caso da Influenza há disponível no sistema de saúde brasileiro dois tipos de vacina que previnem a doença, as vacinas tipo Split e as vacinas sub-unitárias. Se houver o cuidado e o tratamento necessário, em um período de 1 a 2 semanas, os vírus da gripe e do resfriado são excretados do organismo. O tratamento mais recomendado para a gripe é utilizando o medicamento Oseltamivir, e no caso do resfriado, não há medicamento que atuem sobre o vírus, porém, utilizam-se antialérgicos, descongestionantes nasais, entre outros para diminuir os sintomas do mesmo. Após contrair a gripe ou o resfriado, o sistema imunológico humano cria uma resistência contra esses organismos, diminuindo assim a possibilidade de contração das mesmas inúmeras vezes.
 
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
1.1 Gripe	3
1.2 Resfriado	4
2 ESTRUTURA	5
2.1 Influenza	5
2.2 Resfriado	5
2.2.1 – Picornaviridae	5
2.2.2 - Coronaviridae	5
2.2.3 – Adenoviridae	6
2.2.4 - Paramyxoviridae	6
4 TRANSMISSÃO	7
4.1 Gripe	7
4.2 Resfriado	7
5 SINAIS E SINTOMAS	8
5.1 Gripe	8
5.2 Resfriado	8
6 EPIDEMIOLOGIA	9
6.1 Gripe	9
6.2 Resfriado	10
7 TRATAMENTO	12
7.1 Gripe	12
7.2 Resfriado	12
8 PROFILAXIA	14
8.1 Gripe	14
8.2 Resfriado	14
9 VACINAÇÃO	15
9.1 Gripe	15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	16
1 INTRODUÇÃO
1.1 Gripe
O vírus Influenza é pertencente à família Orthomyxoviridae, gênero Influenzavirus e espécie Influenza (A, B ou C) é constituído por RNA de fita simples linear de sentido negativo com envoltório. O vírus possui alto grau de propagação e contaminação devido à segmentação do seu genoma que facilita o desenvolvimento de novas cepas através de mutações e rearranjos dos seus segmentos gênicos. Há vários subtipos de influenza, sendo esses definidos pela combinação das proteínas existentes em sua bicamada lipídica, denominadas Hemaglutinina (HA) e Neuraminidase (NA). 
Utiliza-se o termo “gripe” para denominar a doença causada pelo vírus influenza, este que age diretamente nas células epiteliais do trato respiratório do indivíduo e tem como sintomas principais a febre, cefaleia e dores pelo corpo.
“A influenza é uma das infecções virais mais prevalentes e significativas do mundo inteiro. Existem até mesmo descrições de epidemias (locais) de influenza que ocorreram na antiguidade”. (Murray, Rosenthal, Kobayashi, & Pfaller, 1998, p. 392)
Atualmente são conhecidos três espécies do vírus influenza, sendo eles a Influenza A, Influenza B e Influenza C. A influenza A é a mais suscetível a variações antigênicas, frequentemente sofrem variações em sua estrutura genômica, o que contribui para a existência de diversos subtipos, os mais frequentes são: Subtipo A: H5N1, que atinge especificamente as aves; Subtipo A: H3N2, que atinge especificamente seres humanos e possuem linhagens (H5, H7 e H8) e por fim, Subtipo A: H1N1 que atinge o grupo dos suínos, e ainda causa é uma das maiores causadoras de epidemias do mundo. Esses subtipos são classificados de acordo com as proteínas localizadas em sua superfície, a hemaglutinina (H) e a neuraminidase (NA). A proteína H associa-se a infecções das células do trato respiratório superior, onde o vírus se multiplica; enquanto a proteína N age na saída das partículas virais do interior das células infectadas. 
O vírus da Influenza B sofrem poucas variações antigênicas e, por isso, não causam tanta preocupação como A. E o vírus Influenza C é antigenicamente estável, não ocasionam epidemias, por isso tem menor destaque na saúde pública atualmente.
1.2 Resfriado
	Diferente do que todos acreditam o resfriado comum não é causado por um determinado vírus, mas sim inúmeros deles. Atualmente são reconhecidos 6 tipos de vírus responsáveis por causar a contaminação em humanos, o mais comum, responsável por mais de 50% dos casos de resfriado é o Rhinovirus, este que possui aproximadamente 100 sorotipos, sendo os mais frequentes os sorotipos RV-A, RV-B e RV-C. Além disso há os Coronavirus, que são o segundo agentes mais frequentes na síndrome do resfriado comum, podendo representar até 30% desses casos, esses vírus possuem diversos genomas e atualmente sabe-se que os maiores causadores de resfriado comum são os genótipos HCoV-229E e OC43, e por fim, com menor grau de incidência, estão os vírus: Adenovirus, Parainfluenza, Vírus Sincicial respiratório e Metapneumovirus. 
	Os vírus circulam durante o ano todo e afetam todas as faixas etárias, mas, devido o mecanismo de imunidade do nosso organismo, pessoas mais velhas tendem a contrair o resfriado com menor frequência do que as crianças e adolescente. Apesar de circular durante o ano todo, existe maior grau de incidência em períodos mais frios. O período de incubação do vírus varia de 1 a 9 dias dependendo de seu agente causador. 	
	Quando não estão relacionados a casos asmáticos ou pneumáticos, os vírus costumam afetar o trato respiratório superior e diferente de outros vírus respiratórios (Influenzae), os vírus do resfriado não costumam destruir a barreira epitelial das vias aéreas, e se não houver complicações, o vírus é excretado do organismo em aproximadamente 2 semanas. 
	Os sintomas são parecidos com os sintomas da gripe, como cefaleia, irritação na garganta, entre outros, e devido a esse fato há inúmeros casos que são diagnosticados errados, sendo necessário que haja a realização de um exame para o diagnóstico específico. 
2 ESTRUTURA
2.1 Gripe
Os vírus da espécie Influenza são helicoidais e possuem um diâmetro que varia de 80 a 120 nm. Os vírus influenza A e B são constituídos por oito segmentos de RNA lineares de fita simples e sentido negativo, enquanto a Influenza C é constituídapor apenas sete segmentos de RNA linear de fita simples, que são envoltos por uma camada interna de proteínas além de uma bicamada lipídica externamente, denominada envelope. Sob a bicamada lipídica, há projeções que são responsáveis por caracterizar o vírus. Denominamos as projeções de espículas de HA ou espículas de hemaglutinina, e espículas de NA ou espículas de neuraminidase. As espículas de HA são responsáveis pela fixação viral, que acontece através da ligação do ácido siálico com a superfície das células epiteliais promovendo a fusão do envoltório com a membrana celular do infectado. As espículas de NA atuam enzimaticamente possibilitando que o vírus se separe da célula infectada após a multiplicação intracelular.
2.2 Resfriado	
	2.2.1 – Picornaviridae
	O vírus da família Picornaviridae, rinovírus, é constituído de uma fita de RNA linear simples de sentido positivo, não é envelopado e é envolta por um capsídeo icosaédrico. Em relação ao seu tamanho, costumam variar de 18 a 30 nm, sendo um dos menores vírus encontrados. É composto de aproximadamente 30% de RNA 70% de proteína. As proteínas mais importantes são VP1, VP2, VP3 e VP4 sendo VP1 E VP3 proteínas de superfície e como proteína interna a VP4 que se liga com o RNA do vírus. 
	2.2.2 - Coronaviridae
	Os vírus da família coronaviridae, especificamente os coronavirus são pleomórficos e constituídos por uma fita de RNA simples e de sentido positivo, é envelopado e envolto por um capsídeo helicoidal e possui aproximadamente 100 a 160nm de diâmetro. Há em sua superfície de envelope, a projeção de espículas, essas que são as principais propriedades ligadas à virulência e variabilidade. Essas espículas são as glicoproteínas S (Spike), HE (hemaglutinina), M (glicoproteína de membrana), a proteína E (envelope) e no núcleo há a proteína N (nucleocapsídeo) que se une com a fita de RNA. 
	2.2.3 – Adenoviridae
	Os adenovírus são vírus não envelopados, de simetria icosaédrica e possuem aproximadamente 70 a 100 nm de diâmetro. Diferente dos outros vírus causadores do resfriado comum, o adenovírus tem seu genoma composto por uma fita dupla de DNA. A partícula viral é constituída por 11 proteínas, os polipeptídios II, III, IIa, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X e TP, dessas 11, 7 delas compõem o capsídeo viral (II, III, IIa, IV, VI, VIII e IX). O capsídeo viral é constituído por 252 subunidades denominadas capsômeros, das quais 240 são constituídas pela proteína hexon (pII) , que dá a forma icosaédrica ao vírus. Os 12 capsômeros restantes são proteínas peton-base (pIII) e fibra (pIV) que formam os vértices presentes da superfície.
	2.2.4 - Paramyxoviridae
	Os vírus da família Paramyxoviridae (Parainfluenza, Vírus Sincicial e Metapneumovirus) são vírus de RNA fita simples linear de sentido negativo, e o diâmetro varia entre 100 a 300 nm. É pleomórfico e envolto por um capsídeo de simetria helicoidal. Seu genoma não é segmentado, o que faz com que esses vírus sejam relativamente estáveis.
	A maior parte dos vírus são constituídas por 6 proteínas estruturais, sendo que três delas participam da formação do envoltório viral: a proteína da matriz (M), localizada sob o envoltório; A glicoproteína maior (HN ou G) que pode ou não apresentar atividade de hemaglutinação e de neuraminidase e a glicoproteína (F). Já as outras três proteínas são complexadas com o RNA, a nucleoproteína (N), e as grandes proteínas (P e L). 
	O Parainfluenza é pleomórfico e constituído por uma bicamada lipídica e em sua superfície há projeções compostas pela glicoproteína tretramérica hemaglutinina-neuraminidase (HN) e pela glicoproteína trimérica F. 
	
	
4 TRANSMISSÃO
4.1 Gripe
A transmissão da influenza (A, B e C) ocorre diretamente de pessoa para pessoa, e a maneira mais frequente de contaminação é através do contato com o vírus após ele ser excretado pelas vias respiratórias em meio às gotículas de secreções. Além disso, as mãos desempenham um papel importantíssimo na dispersão do vírus, carregando o agente diretamente para a mucosa oral, conjuntival ou nasal após o contato físico com superfícies contaminadas, mas esse tipo de contaminação depende da carga viral, contaminante a fatores ambientais, e ao tempo transcorrido entre a contaminação da superfície e o contato com a mesma.
Atualmente além da contaminação inter-humana, existe a contaminação da Influenza A (H5N1, H1N1) direta, ou seja, o vírus é transmitido entre seres de espécies diferentes, especialmente das aves e suínos para o homem. No caso das aves e dos porcos, o vírus está presente nas fezes, sangue e secreções respiratórias dos mesmos, ainda que raro, a contaminação pode ocorrer devido ao manuseio durante o abate desses animais infectados. 
4.2 Resfriado
	A transmissão ocorre principalmente através da inalação de partículas contaminadas liberadas no meio através de secreções das vias respiratórias (espirros ou tosses). Além disso, o contato direto com o vírus é um fator importantíssimo para sua propagação, após o contato geralmente pelas mãos, o indivíduo pode leva-las aos olhos ou a boca, vias que servem como porta de entrada para esse vírus. 
	A contaminação é mais comum em lugares onde há um grande número de indivíduos, como trabalho, transporte público, escola, etc. Isso porque, o vírus tem um grau maior de propagação, podendo infectar várias pessoas ao mesmo tempo, já que o mesmo é transportado pelo ar. 
5 SINAIS E SINTOMAS
5.1 Gripe
	De modo geral, os sintomas causados pelo vírus influenza surgem de maneira repentina e são caracterizados por calafrios, febre alta, cefaleia e dores musculares gerais. Os sintomas gripais geralmente estão correlacionados à febre. Pode ocorrer também dor de garganta, coriza, e dores nos olhos e nos ouvidos. 
	Os sinais podem variar de intensidade de acordo com que tipo de vírus o indivíduo é infectado, no caso do H1N1 e H5N1, os sintomas de febre alta costumam ser extremamente intensos, podem ocorrer náuseas, diarreia e fadiga. 
5.2 Resfriado
	Os sintomas do resfriado costumam surgir de maneira lenta e gradativamente e ocorrem geralmente após quatro dias da incubação do vírus. Seus sintomas são parecidos com os do vírus influenza, porém com algumas diferenças específicas, como por exemplo, a ausência da febre ou a febre muito baixa. 
	Há sensação de dor ou incômodo na garganta, espirros, rinorréia e em alguns casos dificuldade para respirar devido à inflamação da mucosa.
	Os sintomas podem variar de acordo com o vírus que infectou o indivíduo, há sintomas mais intensos que devem ser observados para não ocasionar uma piora no caso e o surgimento de uma nova doença. 
6 EPIDEMIOLOGIA
6.1 Gripe
O vírus influenza é um grande causador de epidemias anuais atingindo todas as faixas etárias ao redor de todo o mundo em um curto período de tempo, tudo isso devido ao fato de se dispersarem através do ar e pelo vírus possuir alta variabilidade gênica e grande capacidade de adaptação. As mutações causam o aparecimento de novas variantes, o que pode ocasionar novos casos e muitas mortes por Influenza, já que a população não apresenta imunidade a esse novo tipo. 
O período de incubação do vírus é relativamente curto, mas uma única pessoa pode transmitir a doença para um grande número de indivíduos em um curto espaço de tempo e em apenas um único lugar. 
Epidemias de influenza de gravidade variável têm ocorrido de maneira sistemática a cada 1 a 3 anos, predominantemente no inverno. Já as pandemias de influenza - que acometem extensos contingentes da população - têm ocorrido de forma irregular, geralmente com 30 a 40 anos de intervalo. Desde o século XVI descreveram-se ao menos 30episódios pandêmicos. (FORLEO-NETO, 2003)
Os vírus influenza podem sofrer dois tipos de variações antigênicas, as menores (antigenic drift) ou as maiores (antigenic shift). As variações antigênicas menores afetam os subtipos A e B, mas não são variações tão significativas, pois, afetam somente determinados pontos do segmento gênico da influenza, alterando assim os aminoácidos presentesem sua superfície, especificamente a hemaglutinina. No caso das variações antigênicas maiores ocorrem à substituição completa de um ou vários segmentos do genoma. Essas variações se devem devido a reagrupamento do vírus humano e vírus que são responsáveis por infectar outras espécies de animais. 
Quando ocorrem variações antigênicas maiores, a população não possui imunidade para esses novos vírus, causando assim a disseminação rápida da doença e podendo causar maiores complicações se o caso não for acompanhado. 
As grandes pandemias foram consequências de variações antigênicas maiores e responsáveis por milhões de mortes nos episódios das Gripes Espanhola (1918-1919), Asiática (1957), e de Hong Kong (1968). (FORLEO-NETO, 2003)
Os vírus B e C que não dispõem de reservatórios animais não tem apresentado grandes variações, tornando-se assim tipos mais simples e mais fáceis de serem controlados do que o A que dispõem de várias mutações e subtipos. 
	Até a SE 08 de 2016 foram notificados 883 casos de SRAG, sendo 485 (54,9%) com amostra processada. Destas, 20,8% (101/485) foram classificadas como SRAG por influenza e 5,2% (25/485) como outros vírus respiratórios. Dentre os casos de influenza 84 (83,2%) eram influenza A (H1N1)pdm09, 9 (8,9%) influenza B, 7 (6,9%) influenza A não subtipado e 1 (1,0%) influenza A(H3N2). (Saúde, 2016)
	
	Os casos por influenza apresentam uma média de idade de 41 anos, variando e 0 a 96 anos. Atualmente a região Sudeste do país apresenta maior número de casos por Influenza.
6.2 Resfriado
	Os vírus do resfriado são denominados vírus autolimitados, não possuem grande capacidade de sofrerem mutações ao longo do tempo como o vírus influenza, porém, isso não o torna menos frequente do que outros. Devido à alta capacidade de dispersão do vírus, em um curto período de tempo pode ocorrer a disseminação e então a infecção de uma grande parcela das populações, isso pode ocorrer em um único ambiente, por exemplo. 
	O resfriado costuma atingir toda a população mundial, incluindo, crianças, adolescentes, adultos e idosos. Porém, devido ao decorrer do tempo à imunidade estabelecida após ocorrerem muitos contatos com o vírus, os idosos costumam ocupar a menor parte da população atingida. Ao decorrer as infecções pelos vírus do resfriado, o sistema imunológico cria uma resistência contra os vírus que já estiveram presentes no organismo, por isso, quando o mesmo entra em contato com a pessoa que já foi infectada ao longo de sua vida, o sistema imunológico já possui uma resposta que irá combater esse vírus, evitando assim com que os idosos fiquem doentes novamente. 
	As crianças costumam ser as maiores vítimas desses vírus, devido ao fato dos seus sistemas imunológicos não estarem devidamente preparados para combatê-los quando em contato com o organismo do indivíduo. 
	O resfriado circula durante todo o ano em toda parte do mundo, porém, os períodos mais frios do ano costumam registrar maiores números de casos do que em períodos mais quentes. 
	Até a SE 08 de 2016 foram coletadas 2.287 amostras. Destas, 852 foram processadas e 151 delas tiveram resultados positivos para vírus respiratórios. Dentre essas amostras, 81 delas se tratavam de vírus responsáveis pelo resfriado, e o predominante foi o vírus Parainfluenza. 
7 TRATAMENTO
7.1 Gripe
Atualmente estão disponíveis quatro medicamentos antivirais específicos para influenza: Os fármacos amantadina e rimantidina, que apresentam algumas limitações, como espetro de ação restrito e o rápido desenvolvimento de resistência viral, além de provocarem reações no sistema nervoso central e gastrointestinal, o que restringe um pouco sua utilização. Além desses dois fármacos ainda existem os antivirais oseltamivir e zanamivir, que se encontram no mercado brasileiro desde 2000. Estes por sua vez representam novas opções para o tratamento da “gripe”, eles são indicados diretamente para os vírus influenza A e B, e são classificados como inibidores de neuraminidase. 
O oseltamivir é um dos medicamentos mais indicados para o tratamento da gripe nos adultos maiores de 18 anos que apresentam caso simples de influenza há menos de 36 horas. Já o antiviral zanamivir está aprovado para o tratamento de doença simples causada pelo vírus influenza em indivíduos maiores de 12 anos de idade, sintomáticos por um período máximo de 48 horas.
Costuma-se utilizar os antigripais Benegrip, Cimegripe, Antigripine, entre outros, esses por sua vez diminuem os sintomas causados pelo vírus influenza, causando o alívio dos mesmos durante o período que a doença se encontrar no organismo do indivíduo infectado. 
7.2 Resfriado
	O tratamento do resfriado costuma variar em relação à faixa etária, no caso de crianças, o emprego de sulfato de zinco pode surtir algum efeito. Em adultos, costuma-se receitar pseudoefedrina e vitamina C, mas seus efeitos são moderados em relação com a gravidade e duração dos sintomas. 
	Costuma-se receitar anti-histamínicos para causar a diminuição da secreção de muco, além disso, há o uso de antitussígenos, expectorantes, descongestionantes nasais entre outros remédios que servem somente para aliviar um pouco dos sintomas causados pelo resfriado. 
	Além disso, os médicos costumam recomendar que os pacientes infectados hidratem-se bastante com águas e sucos, pois, a hidratação previne o ressecamento do nariz e da garganta, facilitando assim a eliminação das secreções contaminadas.
	Contudo, mesmo que o paciente não seja medicado, por serem vírus autolimitados, o paciente melhorará e estará livre do causador em um período de cinco a sete dias nos adultos e em até duas semanas quando se trata de crianças. 
8 PROFILAXIA
8.1 Gripe
	A maneira mais eficaz até o momento que evita o contágio pela influenza é através da vacinação, que tem um alto índice de proteção (90%), mas a eficácia da vacina pode diminuir de acordo com a idade do paciente, sendo menos eficaz em indivíduos com idade mais avançada, a porcentagem de proteção pode chegar até 75 a 85%. 
	Além disso, deve-se evitar contato com pessoas já infectadas, cobrir a boca ou nariz ao espirrar, lavar as mãos com frequência ou desinfeta-las com álcool, evitar levar as mãos sujas a possíveis entradas desse microrganismo, como boca, olhos, nariz, evitar lugares com aglomerações de pessoas, o que pode causar um contágio em massa, entre outros métodos simples como, beber muito líquido e manter uma alimentação saudável. 
8.2 Resfriado
	No caso do resfriado comum, a profilaxia segue o padrão mais simples, atualmente não existem vacinas que sejam capazes de evitar a contaminação pelos vírus do resfriado, então é recomendado que o indivíduo mantenha uma alimentação saudável ao longo de sua vida, hidrata-se durante todo o dia, evite entrar em contato com pessoas infectadas pelos vírus causadores da doença, manter os ambientes sempre arejados e higienizados, além disso, é recomendado também que as pessoas evitem locais pouco arejados e com grande aglomeração de pessoas e com objetos que possam estar possivelmente contaminados. 
	
9 VACINAÇÃO
9.1 Gripe
Atualmente são encontrados três tipos de vacinas contra os vírus Influenza A e B, uma delas é denominada vacina tipo Split, são fragmentadas pela exposição a detergentes e purificadas de forma a conter os antígenos de superfície do vírus influenza e algumas nucleoproteínas virais. O outro tipo de vacina disponível são as vacinas sub-unitárias, as quais possuem proteínas de superfície hemaglutinina e neuraminidase. Ambas induzem respostas sorológicas semelhantes, que é induzir o organismo a produzir anticorpos contra os vírus Influenza. E por fim, as vacinas de vírus-inteiros, que não são utilizadas no Brasil. 
A rede pública disponibiliza gratuitamente vacinas para as determinadas faixas etárias: crianças maiores que 6 meses e menores que 5 anos, gestantes e puérperas, pessoas com mais de 60 anos, trabalhadores da área da saúde e doentes crônicos após apresentação de recomendação médica. Essas vacinas recebem o nome de trivalentes,ou seja, as que protegem contra três tipos de vírus da influenza, o A (H1N1 e H2N3) e uma cepa do vírus influenza B, na linhagem Yamagata.
 Já as clínicas particulares além de oferecer as vacinas trivalentes, oferecem também a vacina tetravalente essa que possui fabricação de dois laboratórios, e cada uma tem uma faixa etária a ser indicada. A vacina do laboratório de Sanofi Pasteur pode ser aplicada a partir dos 6 meses de idade, já a vacina de GSK pode ser utilizada somente a partir dos três anos de idade. A tetravalente além de proteger contra os três tipos (A H1N1, A H2N3 e B Yamagata) protege também contra mais uma linhagem de influenza B, a Victoria. Essas vacinas possuem valores avaliados entre R$ 85,00 à R$ 100,00. 
Para que as vacinas sejam eficientes elas precisam ser constantemente atualizadas, além de possuírem um mecanismo de combate a diferentes tipos de influenza. 
Foi comprovado que a vacina contra o vírus influenza tem 89% de eficácia em qualquer faixa etária, e a mesma começa a fazer efeito em aproximadamente 15 dias após a sua aplicação, assim começará surgir anticorpos que darão proteção contra a gripe, essa proteção tem um aumento gradual até o 45 dia, que é o máximo de proteção contra o vírus. 
Devido a grande variabilidade do vírus influenza, a vacinação dura somente um ano, por isso os pacientes são aconselhados a vacinar-se todos os anos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MURRAY, PATRICK R.; ROSENTHAL, KEN S.; PFALLER, MICHAEL A. Microbiologia Médica. 3 ed. Ed. Guanabara Koogan S.A., 2000.
INFLUENZA. Disponível em: < http://biolider.com.br/media/images/00002638_INFLUENZA.pdf>. Acesso em: 28 fev 2016.
Estrutura do vírus influenza. Disponível em: <http://www.gripenet.pt/pt/sobre-gripe/os-virus-da-gripe/estrutura-do-virus-influenza/>. Acesso em: 29 fev 2016.
MARTINEZ, N. Tire suas dúvidas sobre a gripe B. Disponível em:
<http://saude.estadao.com.br/noticias/geral,tire-suas-duvidas-sobre-a-gripe-b,840035<. Acesso em: 29 fev 2016.
VARELLA, D. Resfriado. Disponível em: <http://drauziovarella.com.br/letras/r/resfriado/>. Acesso em: 01 mar de 2016.
Resfriado. Disponível em: <http://www.minhavida.com.br/saude/temas/resfriado>. Acesso em: 01 mar 2016.
Portal Saúde. Situação Epidemiológica/Dados. Disponível em:
<http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/situacao-epidemiologica-dados-influenza>. Acesso em: 01 mar 2016.
HUNT, M. Virologia – Capítulo 4, Estratégias de Replicação de Vírus de RNA. Disponível em: <http://www.microbiologybook.org/Portuguese/virol-port-chapter4.htm>. Acesso em: 01 mar 2016. 
Vacina da Gripe (Influenza). Disponível em: <http://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/16663-vacina-da-gripe-influenza>. Acesso em: 03 mar 2016.
COMMED. Contágio pelo vírus “Influenza”. Disponível em: <http://www.vacinacontragripe.com.br/>. Acesso em: 03 mar 2016.
PINHEIRO, P. Vacina da Gripe – Benefícios e Efeitos Colaterais. Disponível em: <http://www.mdsaude.com/2015/02/vacina-da-gripe.html>. Acesso em: 03 mar 2016.
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