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História da feiúra Humberto Eco

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História da Feiúra
Feio definido em oposição ao belo.
Os conceitos de belo e feio são relativos aos vários 
períodos históricos ou as várias culturas.
Imagem e semelhança:
Quem tem um olho só, se espanta com quem tem 
2 ou mais. Consideramos feios os etíopes negros, 
mas, entre eles, o mais negro é considerado mais 
belo. O belo é o que se assemelha a quem conceitua 
o belo.
Feiúra: critérios políticos e sociais 
(dominar/subjugar/subestimar/menosprezar)
• Karl Rosenkrantz- o mal e o pecado se opõem ao bem,
do qual são o inferno, assim o feio é o “inferno do belo”.
Para Rosenkrantz, „o feio é o contrário do belo, um erro
que o belo contém em si‟. (ECO, p.16)
• “autonomia do feio” que o transforma em algo bem mais
rico e complexo que uma série de negações do belo.
• Feio na natureza, feio espiritual, feio na arte, a ausência
de forma, a assimetria, a desarmonia, o desfiguramento
e a deformação ( o mesquinho, o débil, o vil, o banal, o
casual e o arbitrário, o tosco), as várias formas de
repugnante (o desajeitado, o morto e o vazio, o
horrendo, o insosso, o nauseabundo, o criminoso, o
espectral, o demoníaco, o feiticeresco, o satânico). O
feio continua sendo simples oposto do belo?
Belo- harmonia, proporção ou integridade.
Sinônimos de “belo” possível de conceber uma reação de
apreciação desinteressada, quase todos os sinônimos de
“feio” implicam sempre uma reação de nojo, se não de
violenta repulsa, horror ou susto. (ECO, p.19)
Feio em si – excremento, carcaça em decomposição...
Feio formal- desequilíbrio na relação orgânica entre partes
de um todo. O feio artístico é um feio formal.
História da Feiúra 
Umberto Eco
2007
Capítulo 1- O feio no mundo clássico
• Um mundo dominado pelo belo? (Homem Vitruviano: 1/10 do 
comprimento total, a cabeça 1/8, o comprimento do tórax, 1,4, e assim 
por diante.
• Aristóteles( Poética) : a feiúra pode ser redimida por uma 
representação artística fiel e eficaz. 
• Ideal grego da perfeição- kallokagathia (kállos- “belo” + agathós- “ 
bom”, valores positivos). Noção aristocrática de gentleman.
• Feiúra física (Sócrates, Esopo) e feiúra moral (Tersites era invejoso)
• Homero- Ilíada: Tersites era manco, vesgo e giboso e tinha o peito 
arcado e em pontuda cabeça umas falripas.
• Platão (República)- feio em relação à precedente. Facebook
• Aristóteles (Poética): “temos prazer em contemplar imagens perfeitas 
de coisas cuja visão nos repugna, como [as figuras dos] animais 
ferozes e dos cadáveres.
• Mitologia permeada de figuras feias, horrendas: Hades, 
Hefesto,Saturno, Medéia, Medusa...
Capítulo 2- A paixão, a morte e o martírio
• Para Santo Agostinho, o feio contribuía para a 
ordem (prostitutas);
• O mal e feio não existem no plano divino;
• O Cristo morto- o corpo agonizante e a beleza 
do sacrifício, estigmatas, imolação;
• Mártires, eremitas e pertinentes;
• O triunfo da morte, as vanidades, memento 
mori, dança macabra;
Capítulo 3- O Apocalipse, o inferno e o diabo
• O Apocalipse (disaster movie), o infeno (são os outros?) e
o diabo (suas metamorfoses e suas tentações)
Capítulo 4 - Monstros e Portentos
• Portentos/prodígios: signos de desgraça iminente
(chuva de sangue, chamas no céu, nascimentos anômalos)
• A moralização dos monstros: os medievais
consideravam os monstros atraentes, monstros são filhos de
Deus (Santo Agostinho em Cidade de Deus)
• No renascimento os monstros assumem funções
amigáveis
Capítulo 5 - O feio, o cômico, o obsceno
• Príapo (solitário e engraçado) X David de
Michelangelo, os órgãos genitais não são belos;
• Cagar o juízo (ECO, p.134)
• Festas carnavalescas, festa dos bobos, rir deles e
não com eles (Corcunda de Notre-Dame)
• O grotesco, a boca escancarada e o prolongar o
corpo;
• Sade e as características asquerosas. O que antes
era obsceno, hoje é lido em escolas e visto como
entretenimento (Madame Bovary,Bruna Surfistinha )
• A caricatura (alcançar um conhecimento mais
profundo do caráter do sujeito). O exagero como redenção
da estética do feio, segundo Rosenkranz
Capítulo 6 -A feiúra da mulher entre a Antiguidade e o 
Barroco
• Vituperatio (injúria) em relação à mulher feia-
feiúra manifestaria a malícia interior e seu nefasto
poder de sedução
• Na Idade Média: velha (decadência física e
moral) X jovem ( beleza e pureza)
• No Renascimento, a feiúra feminina é objeto de
divertimento burlesco. Ugly Betty?
• Período barroco: avaliação positiva das
imperfeições femininas como elementos de atração.
• Amar uma mulher feia. O amor é cego? Vênus e
a inveja de Psique. Casar com a mais feia criatura. Não
podia ver Cupido. A bela e a fera?
Capítulo 7 - O diabo no mundo moderno
• Lúcifer
• Satanás (anjo rebelde)
• Mefistófeles (Goethe)- Aristocrata, 
mesquinhez pequeno- burguesa.
• A demonização do inimigo- O Outro, O 
estrangeiro, o diferente;
• O Anticristo.
Capítulo 8 - Bruxaria, satanismo e sadismo
• A Bruxa (ECO, p.205)
• A mulher dava luz aos demônios
• Bruxas nos contos de fadas
• Satanismo (rituais de adoração do diabo), sadismo
(Sade- prazer no sofrimento alheio) e prazer da crueldade
(O fascínio do horrendo, p.220)
• Drácula, lobisomens
• O diabo perde seu posto para a crueldade humana.
Jogos Mortais
Capítulo 9 - Physica Curiosa (p.242)
• Na Antiguidade e na Idade Média, os monstros eram indivíduos
de raça não humana, nascidos de genitores iguais a eles e desejados e
permitidos por Deus
• No Renascimento, com as navegações, as explorações, os
monstros ou eram indivíduos portentosos (eventos prodigiosos) ou
resultantes de partos anômalos;
• Origem dos monstros (p.244)
• A anatomia, a autópsia, exposições que mostram o interior do
corpo .
• O feio doente- Karl Rosenkranz (Estética do Feio, 1853): “ A
doença é sempre causa do feio quando comporta a deformação (...)”
p.256. Homem Elefante, Freaks...
• Fisiognomia: pseudociência que associava traços do rosto ( e
formato de outros órgãos) a características e disposições morais.
Frankenstein
• Quem é feio é mau por natureza?Preconceito. Ser diferente
incomoda?Negros, judeus, comunistas, homossexuais, prostitutas,
obesos, loucos...Todos feios e maus?
Capítulo 10 - O Resgate romântico do feio
• A pintura pode se servir de formas feias para atingir o ridículo
e o terrível?
• Schiller (Sobre o sublime, 1800) – Sublime como alguma coisa
diante da qual sentimos os nossos limites ( ECO,p.276)
• Hegel, na Estética, falará do feio como de um momento
necessário que entra em colisão com o belo. (ECO, p.279)
• O feio de Victor Hugo- O grotesco. “O belo tem apenas um
tipo, o feio tem mil.” (ECO, p.281)
• Feios e Danados. Schiller (Sobre a arte trágica, 1972), “é um
fenômeno geral na nossa natureza que aquilo que é triste, terrível, até
horrendo nos atraia com irresistível fascínio (...)” (ECO, p.282).
Romance gótico. Posso desejar o monstro o feio. O Homem que ri
(ECO, p.286). O Golem (EMET). Mr. Hyde.
• Feios e infelizes. Dorian Gray, o monstro de Frankenstein.
Quasímodo, Gwynplaine. O espelho revela a condição de feio. “ Todos
os homens odeiam os desgraçados.” (ECO, p.294)
• Infelizes e doentes. Gregor Samsa (Metamorfose, Kafka)
(ECO, p.328)
Capítulo 11: O inquientante
• O estranho. O “inquietante é assustador justamente
porque não é conhecido nem familiar. Drácula, Lobo mau,
Casas assombradas, Edward mãos-de-tesoura, bruxas, Eu,
Você, Michael Jackson... O Duplo.
Torres de ferro e torres de marfim
• A feiúra industrial. O cinza de Londres. A multidão
necessitada.As obras arquitetônicas.
• “A fealdade era a única realidade” (ECO, p.340)
• O prazer da feiúra. “Sentei a beleza ao meu colo.
Achei-a amarga. E injuriei-a. (Uma estadia no inferno,
Rimbaud, 1873). (ECO,p.352)
Capítulo 12 -Torres de ferro e torres de marfim
• A feiúra industrial. O cinza de Londres. A multidão
necessitada.As obras arquitetônicas.
• “A fealdade era a única realidade” (ECO, p.340)
• O prazer da feiúra. “Sentei a beleza ao meu colo.
Achei-a amarga. E injuriei-a. (Uma estadia no inferno,
Rimbaud, 1873). (ECO, p.352)
Capítulo 13 - A vanguarda e o triunfo do feio
• Para Jung, o feio de hoje é sinal de grandes
transformações por vir. (ECO, p.365). Desagradável
ontem, arte hoje. Picasso, Van Gogh, Dali, Duchamp...
Feio como provocação, denuncia social (p.379).
• Estética do refugo. Andy Warhol, Vik Muniz ...
Capítulo 14 - O feio dos outros, o Kitsch e o Camp
• Para eles eram feios (p.393)
• O Kitsch (P.394).Feio como fenômeno cultural. Rico acha
desagradável o gosto do pobre. Sagrado Coração de Jesus,
bronzear, usar plumas, cabelo de Mª. Antonieta, botox, silicone,
Picasso no Lavabo (Flora).
• O Camp. HQ´s de entretenimento a relíquias nostálgicas e
produtos de qualidades artísticas. Jazz (música da área de
prostíbulo, filme New Orleans de 1947). Transformar o frívolo em
sério e o sério em frívolo. Camp existir com algum exagero ou
alguma marginalidade. Filmes que a crítica define como ruins.
TheRocky Horror Picture Show, 1975.
• Admite-se que muitos exemplos de Camp são Kitsch,
embora o Camp não seja necessariamente identificado com a “má
arte”. Camp é o amor pelo excêntrico, pelas coisas-que-são-como-
não-são.
• Extrema declaração de Camp: “é belo porque é horrível...”
Sontag (p.411).
• Camp e a sexualidade. Victor ou Victoria (p.412)
Capítulo 15 - O feio hoje
• Monstros feios e amáveis- E.T. , Yoda, Shrek
(vem do alemão Scherck, medo, susto, terror).
Dinossauros, pokemons, zumbis, gremlins, filmes
splatter, certos happenings, Frida Kahlo, roqueiros
(Ozzy, Manson), punks, góticos, tatuados/escarificados.
• Para Tim Burton não existe mais belo/feio,
apenas confusão e ambivalência.
Teórico Cognoscitiva:
Não atribuímos fealdade ao objeto real do
nosso conhecimento, nem tampouco ao objeto
teórico (conceito, lei ou hipótese) que
produzimos para produzir esse conhecimento.
Ao cientista não interessa a beleza ou fealdade
do objeto ou fenômeno que pretende explicar
(para o botânico não existe a rosa “bela” ou o
matagal “feio”) O que busca em sua prática é a
verdade, tentando descartar o erro e a
falsidade. Portanto, uma teoria não é
verdadeira por ser bela, nem por outro lado, é
falsa por ser feia.
O feio e o mundo:
O feio X mundo:
Moral: ”Bem” e “Mal”:
A estética tradicional, particularmente a
grega, associa o bem com o belo e mal
com o feio. E historicamente, inclusive
nos nossos dias, essa situação também
ocorre em sentido moral na TV, cinema,
contos de fadas.
Prático-Utilitária:
Regida pelos valores do útil e do inútil, do
eficiente e do ineficiente, não se pode atribuir
aleatoriamente uma dimensão estética positiva
ou negativa. Um objeto útil, eficiente não
necessita ser belo por sua aparência sensível..
O feio X mundo:
A dimensão Estética do Feio:
O feio tem uma dimensão estética que não se
identifica com outras dimensões ou valores
negativos (o falso, o mal, o inútil), com os quais
costuma ser associado por sua negatividade.
Conseqüentemente, não é sinônimo de não-
estético ou de Indiferente. Como todo o estético, o
feio ocorre em um objeto concreto-sensível e na
experiência de um sujeito ao percebê-lo
sensivelmente.
O Feio na Realidade:
O território do feio é extenso. E o é, na natureza: uma fruta podre,
certos animais: sapos, vermes..., ao serem percebidos suscitam em
nós, a experiência estética do feio. O mesmo ocorre com o corpo
humano em seu conjunto ou em partes. Junto com o feio natural
encontramos na realidade a fealdade dos produtos criados pelo
homem, quer sejam objetos técnicos, industriais ou objetos usuais
da vida cotidiana. O feio ganha cada vez mais amplos espaços em
nossos centros urbanos na medida em que estes crescem, com
suas construções caóticas e sua publicidade agressiva. Sem contar
com seus cinturões de misérias, cortiços e no rosto e vestimenta de
seus esfarrapados moradores. Portanto, se compararmos o lugar do
feio na realidade com aquele que ocupam outras categorias
estéticas, e especialmente o do belo, veremos que preenche uma
ampla faixa tanto na natureza quanto nas concentrações urbanas.
O Feio na Antiguidade Grega:
A sensibilidade estética que aflora na Grécia clássica, vive
sob o império do belo. O feio para o grego antigo,
dificilmente cabe nele. E quando é forçado a representá-lo
o faz idealizando-o, ou seja, negando-o. Pois para ele, o
feio não é somente uma antítese do belo, mas também do
bom em sentido moral; é o lado escuro, mau, da vida. Com
relação à arte, Platão refere-se negativamente ao feio
como dissonância e discórdia. Não pode ter cabimento o
que -como a arte- é, por sua natureza, belo. Já Aristóteles,
é o primeiro -e durante séculos solitariamente- a dar
certidão de cidadania ao feio. Com sua concepção de que
não só as coisas belas na realidade, mas também as feias,
podem ser representadas na arte, desde que sejam de
forma artisticamente criadora.
O Feio na Idade Média:
Reaparece o dualismo do ideal e do real,
entendido como dualismo do celestial e do
terreno, do divino e do humano. O feio neste
mundo terreno é o limite do belo. E por esse
caminho, ao acolher o feio a arte mostra o rosto
enganoso do belo mundano e permite assim
descobrir o divino como o verdadeiramente belo.
O Feio no Renascimento:
Com o Antropocentrismo, a beleza se desdiviniza e é
procurada sobretudo na natureza e no homem, e a arte
só se justifica como arte bela. Para a consciência
estética ocidental até o séc. XIX, o paradigma
renascentista do belo , a natureza ou o homem devem
ser representados segundo a beleza ideal, que é
incompatível com a presença do desarmônico,
desproporcional ou disforme; quer dizer, com o feio.
O Feio nos Tempos Modernos:
Já ocorrem algumas tentativas de abrir passagem a
fealdade na arte. Mas o modo de estar nela não deixa
de apresentar sérios problemas ao pensamento
estético, sobretudo se tratando de artes que, por sua
própria natureza, são ou hão de ser belas. O feio aqui
se salva, quando belamente representado.
Feio na Arte:
No séc. XVII o feio já havia entrado na arte, pelas mãos de três
grandes pintores: Velázquez, Rembrandt e Ribera. E entra com seu próprio
ser, sem se converter ao seu oposto: o belo. Entram assim em seus
quadros bufões, monstrengos, mendigos...O boi esfolado ou caça
pendurada de Rembrandt
Ribera (1588-1656) 
Quadro famoso, exposto no 
Museu do Louvre, no qual o Ribera 
mostra com muita felicidade e muitos 
detalhes 
um sorridente menino, com seu pé 
deformado, provavelmente indo para a 
escola.
O Pé Aleijado
Ou a monstruosa mulher barbada de Ribera.
O feio como tal,com sua realidade própria, está aí
na pintura deles para expressar certa relação do
homem com o mundo: uma relação tensa, que não pode
ser expressa com a serenidade e o equilíbrio do belo. O
feio irrompe, e agora não diminuirá seu ímpeto até
adquirir status de cidadania estética com a arte
Contemporânea.
E seguindo essa ruptura feia do campo estético, na arte
contemporânea encontramos Picasso, Orozco, Bacon ou José Luis Cuevas.
Francis Bacon
CABEÇA ENTRE OS QUARTOS DE UM BOI ESQUARTEJADO
Francis Bacon 1954 foto John Deakin
To Kalón (grego)- aquilo que agrada. 
Voltaire (Dicionário Filosófico, p.75-76) e Tokalon
Sobre o Tokalon, texto de um anúncio ao creme, publicado no 
jornal O Século, em Janeiro de 1940:
HÁ UMMÊS CHAMAVAM-ME PELE DE SAPO:
Agora a minha pele é maravilhosamente clara e fresca. Milhares
de senhoras tendo a tez horrorosamente feia conseguiram em
quinze dias ter uma pele clara e aveludada graças a este meio
simples e novo. Há já anos que os especialistas dermatologistas
recomendam o azeite especialmente preparado e o creme fresco
predigeridos como sendo o meio mais natural de purificar a pele.
Estes produtos estão hoje incluídos no Creme Tokalon, de côr
Branca (não gorduroso).
Infiltram-se nos poros e dissolvem as poeiras e
impurezas profundamente incrustadas, que a água
e o sabão não podem nunca atingir. Os pontos
negros são dissolvidos. O creme Tokalon, cor
Branca, contem também elementos nutritivos e
tônicos que apertam os poros, rejuvenescem a
pele, tornando-a fresca, branca e aveludada. Com
o Creme Tokalon, Cor Branca, obtêm-se ótimos
resultados pois de contrario devolve-se o dinheiro.
Á venda nas perfumarias e boas casas do ramo.
Não encontrando dirija-se á Agencia Tokalon - 88 -
Rua da Assunção – Lisboa
Fonte: http://santa-nostalgia.blogspot.com
A arte contemporânea, que surge com as
revoluções artísticas a partir dos finais do século
XIX contra a arte acadêmica burguesa, é de fato
uma rebelião contra a beleza à qual se rendeu
culto desde a Antiguidade Grega e, sobretudo, a
partir do Renascimento. O feio assegura sua
consagração estética. Mas o que o feio ganhou
praticamente na criação artística dificilmente é
reconhecido ainda no séc. XIX e XX , no campo da
teoria. Pois os teóricos, se ocupam
especificamente do feio girando em torno do belo.
A fealdade existe na arte porque existe no
mundo real. E não se trata de salvá-la
embelezando-a , mas mostrá-la com sua condição
própria.
The End...Bjomeliga

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