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Resumo informativo sobre Ghostwriting

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Resumo informativo de “Challenging Medical Ghostwriting in US Courts” 
O artigo tem o intuito de falar abertamente sobre um grande problema da literatura científica                             
que é o ​ghostwriting. ​A técnica do autor­fantasma é muito utilizada por gerar grandes lucros                             
para pesquisadores e principalmente para a indústria. A indústria quer promover seus                       
produtos e então patrocina escritores para terem seus nomes creditados em artigos que                         
mostram os benefícios dos produtos, omitindo muitas vezes efeitos colaterais graves.                     
Algumas revistas aceitam ​ghostwritings e outras adotam políticas contra, mas que não são                         
suficientes para diminuir o número de publicações. As políticas adotadas pelo Comitê                       
Internacional de Editores de Periódicos Médicos não conseguiram esclarecer como esta                     
prática poderia ser reduzida já que muitas vezes as mensagens de marketing são escolhidas                           
antes mesmo que o autor seja selecionado. Antes do artigo ser submetido à publicação, a                             
indústria assegura se os objetivos de marketing estão sendo atingidos e se o departamento                           
jurídico transferiu a propriedade para o autor responsável pela submissão. 
Stern e Lemmens lançaram teorias jurídicas em que os autores convidados podem ser                         
responsabilizados, tendo em vista que danos monetários podem reduzir o número de artigos                         
com autores­fantasmas. Quando um paciente é acometido por efeitos colaterais graves ou                       
morte, a família processa a indústria e o autor continua “intocável”. Porém, a ideia é que se os                                   
autores também se tornarem réus, a preocupação com a fixação de seus nomes nesses artigos                             
se tornará uma preocupação. Em se tratando do direito civil, é permitido que recorram os                             
indivíduos que foram lesados por pessoas que fizeram declarações falsas ou negligentes                       
envolvendo danos físicos, pois quando um autor compromete­se a dar informações que                       
podem interferir na saúde do paciente, estas devem ser precisas e não fraudulentas. Ou seja,                             
os objetivos englobam a responsabilidade por sua fraude e conduta negligente, o confronto                         
com as consequências de seus atos, revisão dos dados a serem publicados de forma                           
independente, além de perceberem que são co­responsáveis pelas lesões corporais de                     
pacientes e não queiram continuar com esse comportamento antiético e ilegal. 
O artigo também comenta acerca do uso de ​off­label, ​pois a indústria pode promover o uso                               
destes e aumentar a prescrição pelos médicos sendo que a FDA não aprovou o medicamento                             
para tal uso.  
O uso do médico como autor convidado pode ser relatado ao FCA (False Claims Act) por                               
violação do Estatuto Anti­Kickback, por influenciar sua clínica para aumentar o número de                         
vendas e pôr a saúde dos pacientes em risco.  
Ao tentarem se defender, autores convidados e réus farmacêuticas podem tentar argumentar                       
que eles têm um direito da Primeira Emenda a participar do que é escrito, porém essa                               
Emenda não se aplica a promoção da expressão de segurança que é exigida na                           
comercialização de um medicamento. Além disso, o Supremo Tribunal de Justiça dos EUA                         
tem a convicção de que a Primeira Emenda não protege fraude, portanto o argumento é                             
inválido. 
 
Rio de Janeiro, 09 de Dezembro de 2015 
Helen Moraes ­ 111026743

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