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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá! Esta é mais uma aula do pacote de exercícios para o Banco do Brasil. Hoje analisaremos algumas questões da FCC que tratam da regência de verbos e nomes e também da ocorrência da crase. São dois assuntos importantíssimos! Você não deve ir para a prova sem conhecer a principais regras sobre eles. Aproveite os exercícios seguintes para fazer uma boa revisão da matéria. 1. (FCC/2009/TRT 7ª Região/Analista Judiciário) Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase: Os impulsos missionários, de que o autor não se mostra carente, poderiam levá-lo a combater a fome do mundo. Comentário – O pronome relativo “que” substitui o termo antecedente “impulsos missionários”. Esse termo, por sua vez, completa o sentido do nome transitivo “carente” (carente de quê?). Percebeu a relação entre o nome carente (de algo) e o verbo carecer (de algo)? Escrita de outra forma, a oração adjetiva fica assim: “o autor não se mostra carente de impulsos missionários”. Resposta – Item certo 2. (FCC/2009/TRT 7ª Região/Técnico Judiciário) A busca por explicações para os diversos matizes da personalidade... (início do texto) A mesma regência assinalada acima NÃO está caracterizada na expressão: a) a influência dos hábitos e do estilo de vida. b) na formação da personalidade. c) produto apenas do ambiente. d) uma reação à série de barbaridades. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 2 e) em vários países da Europa. Comentário – O sentido do substantivo “busca” é satisfeito com a introdução de um complemento obrigatoriamente preposicionado (“por explicações”). Procure, dentre as opções, qual alternativa tem um nome que não exige um complemento preposicionado para encerrar o seu significado. Alternativa A: o substantivo INFLUÊNCIA exige a preposição DE (dos hábitos... do estilo). Alternativa B: o substantivo FORMAÇÃO exige a preposição DE (da personalidade). Alternativa C: o substantivo PRODUTO exige a preposição DE (do ambiente). Alternativa D: o substantivo REAÇÃO exige a preposição A (a + a série = à série). Alternativa E: o substantivo PAÍSES não exige complemento, pois possui sentido completo, o termo “da Europa” é seu adjunto nominal. Portanto aqui está a resposta procurada. Resposta – E Atenção especial deve ser dada aos nomes transitivos que regem preposição A, por possibilitarem a ocorrência de crase. Além disso, a omissão ou o uso inadequado da preposição trazem prejuízo à frase Há bons dicionários que nos orientam a utilizar as preposições adequadamente. Um deles é o Dicionário prático de regência nominal, do professor Celso Pedro Luft. É importante lê-los. 3. (FCC/2009/TJ-PI/Analista Judiciário) Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase: a) Os operadores controlam um capital especulativo, em cujos rendimentos representam uma incógnita. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 3 b) São impulsos eletrônicos, sobre os quais há pouco ou nenhum controle, que comandam as operações das bolsas. c) Os operadores das bolsas preferem apostar do que investir dinheiro em empreendimentos mais produtivos. d) A idade dos operadores das bolsas sugere o ímpeto de que as operações de investimento são executadas. e) Os adeptos da física quântica julgam que o acaso é também um princípio, do qual o comportamento da matéria não é alheio. Comentário – Na alternativa B, o pronome relativo “os quais” substitui o termo “impulsos eletrônicos”, o qual complementa o sentido do nome transitivo “controle”, o que justifica a presença da preposição “sobre”: ...há pouco ou nenhum controle sobre os impulsos eletrônicos (= os quais). Alternativa A: não há justificativa para o uso da preposição “em” diante do pronome relativo “cujo” que estabelece uma relação de posse/dependência entre os termos “capital especulativo” (antecedente) e “rendimentos” (consequente). Observe: ...rendimentos do capital especulativo representam uma incógnita. Alternativa C: por enquanto, aceite que o verbo preferir não admite elementos de comparação nem de intensificação, como a expressão “do que” empregada antes do verbo “investir”. Esse verbo rege preposição a (preferir uma coisa a outra): “Os operadores das bolsas preferem apostar a investir dinheiro...”. Mais à frente voltarei a falar desse verbo. Alternativa D: veja a correção, que requer a troca da preposição: “...sugere o ímpeto com que as operações de investimento são executadas”. Alternativa E: fique de olho no segmento “...do qual o comportamento da matéria não é alheio”. O pronome relativo “o qual” é o complemento do nome “alheio” e substitui o antecedente “princípio”. Ocorre CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 4 que a regência nominal de “alheio” requer a preposição a e não de, como foi utilizada: “...ao qual o comportamento da matéria não é alheio”. Resposta – B 4. (FCC/2009/TRT 4ª REGIÃO/Analista Judiciário) Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase: A produção e difusão de imagens constituem operações em que hoje todos têm fácil acesso. Comentário – O substantivo “acesso” é transitivo, rege preposição a e não “em”, tem seu significado complementado pelo pronome relativo “que”, substituto semântico do antecedente “operações” (...hoje todos têm fácil acesso a operações). Resposta – Item errado. 5. (FCC/2009/TRT 3ª Região/Analista Judiciário) Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase: Cláudio realizou várias aproximações de cujos riscos era consciente. Comentário – O adjetivo “consciente” requer um complemento regido pela preposição “de” (consciente de quê?). Parte desse complemento é retomado pelo pronome relativo “cujos” (riscos de aproximações). Isso justifica a preposição diante dele: “[Cláudio] era consciente dos riscos de aproximações”. Resposta – Item certo. 6. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) O que é o que é? CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 5 1 Se recebo um presente dado com carinho por pessoa de quem não gosto — como se chama o que sinto? Uma pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da 4 gente — como se chama essa mágoa e esse rancor? Estar ocupado, e de repente parar por ter sido tomado por uma desocupação beata, milagrosa, sorridente e idiota — como se 7 chama o que se sentiu? O único modo de chamar é perguntar: como se chama? Até hoje só consegui nomear com a própria pergunta. Qual é o nome? e é este o nome. Clarice Lispector. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199. No título do texto, as duas ocorrências da forma verbal “é” são sintaticamente equivalentes. Comentário – A classificação de um verbo em transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e indireto, intransitivo ou de ligação dependerá das relações semântico-sintáticas entre os termos da oração. Perceba, preliminarmente, que o título do texto é composto por duas orações: (1) O que é o... (2) ...que é? Notoriamente, trata-se de um período composto por subordinação. A primeira oração é aprincipal; a segunda, subordinada. Esta – repare bem – é introduzida pelo pronome relativo “que”. Portanto, é uma oração subordinada adjetiva. O verbo da primeira oração (“é”) liga o predicativo “o” (pronome demonstrativo substantivo) ao sujeito “que”. Em uma análise semântico-sintática, portanto, ele ocorre como verbo de ligação, copulativo, CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 6 não nocional. O mesmo verbo, na segunda oração, não faz esse tipo de “ponte”. Ressalte-se que nela nem existe adjetivo, substantivo ou pronome substantivo desempenhando a função de predicativo do sujeito. Em (2), o verbo é tomado como intransitivo, nocional. Resposta – Item errado. 7. (FCC/2010/TRE-AL/Técnico Judiciário) ... a sua capacidade de encarnar valores e princípios... A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é: a) Mas ela contribui para a formação da própria essência da democracia ... b) Afinal, a democracia repousa sobre a ficção ... c) O consentimento de todos seria a única garantia indiscutível ... d) ... mais as sociedades produzem conflitos ... e) ... e necessitam de lideranças ... Comentário – O verbo “encarnar” teve seu sentido complementado por um termo (“valores e princípios”) sem preposição. É, pois, verbo transitivo direto (VTD). Observe que os verbos “contribui” (contribui para quê?), “repousa” (repousa sobre o quê?) e “necessitam” (necessitam de quê?) reclamam complementos regidos por preposição. Eles são transitivos indiretos. Na alternativa C, o verbo “seria” funciona como o elo entre o sujeito (“o consentimento de todos”) e o seu predicativo (“garantia”). E, pois, um verbo de ligação. Resposta – D CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 7 8. (FCC/2010/TRE-AM/Técnico Judiciário) ... a Amazônia representa mais da metade do território brasileiro ... (2º parágrafo). A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento exigido pelo verbo grifado acima é: a) Essa visão mudou bastante nas últimas duas décadas... b) O vapor de água (...) responde por 60% das chuvas... c) ... que caem nas regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. d) ... pois o destino da região depende muito mais de seus habitantes. e) ... porque terão orgulho de sua riqueza natural, única no mundo. Comentário – Estamos diante de outro verbo cujo sentido é complementado por um termo sem preposição: “mais da metade do território brasileiro”. Portanto o verbo representar também é um VTD. A mesma regência é notada no emprego do verbo ter na alternativa E (ter o quê?). O termo “orgulho de sua riqueza natural” é seu objeto direto. Nas alternativas A e C, notamos verbos intransitivos (“mudou” e “caem”). Nas alternativas B e D, há verbos transitivos indiretos (“responder por” e “depende (...) de”). Resposta – E 9. (FCC/2010/TRF 4ª Região/Analista Judiciário) Houve muitas discussões sobre medidas para se minimizar o aquecimento global, já que todos consideram o aquecimento global uma questão crucial para a humanidade, embora poucos tomem medidas concretas para reduzir o aquecimento global, não havendo sequer consenso quanto às verbas necessárias para mitigar os efeitos do aquecimento global. Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 8 a) consideram-lhe - o reduzir - mitigar-lhe seus efeitos b) lhe consideram - reduzi-lo - mitigá-los aos efeitos c) o consideram - reduzi-lo - mitigar-lhe os efeitos d) consideram-no - reduzir-lhe - mitigar-lhes os efeitos e) o consideram - reduzir-lhe - mitigar-lhe os efeitos Comentário – A “chave” para resolver esta questão é saber qual a regência dos verbos envolvidos. Como transitivos diretos, as formas verbais “consideram” e “reduzir” reclamam objeto direto, função que é desempenhada pelo termo “o aquecimento global”. Quando completam verbos, os pronomes oblíquos o(s) e a(s) funcionam como objetos diretos; já o pronome lhe(s) funciona como objeto indireto. Perceba que somente na alternativa C os sentidos desses verbos são complementados pelo pronome oblíquo adequado: “o”. Registre-se que, quando um verbo termina por -R, -S ou –Z (como o verbo “reduzir”, por exemplo), a consoante final desaparece e os pronomes oblíquos o(s) e a(s) recebem a letra l (“reduzi-lo”). Tenha cuidado com o complemento do verbo “mitigar”, também transitivo direto (mitigar algo). O pronome oblíquo “lhe” que se liga a ele por meio do hífen funciona sintaticamente como adjunto adnominal do termo “os efeitos”. Semanticamente, equivale à expressão “do aquecimento global” e denota ideia de posse, como no exemplo a seguir: Cortou-me os cabelos = Cortou meus cabelos. Resposta – C 10. (FCC/2010/TRE-AL/Técnico Judiciário) ... encarregadas de fazer com que as rotinas administrativas essenciais à vida em comum sejam realizadas com certa eficiência e autonomia. (final do texto) A expressão grifada acima preenche corretamente a lacuna da frase: CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 9 a) Muitos políticos duvidavam ...... fosse possível chegar a um consenso naquela questão. b) A prática política . .... os idealistas sonhavam mostrou-se ineficaz diante de tantos conflitos. c) O regime democrático, ...... são respeitadas as liberdades individuais, foi finalmente restabelecido naquele país. d) Esperava-se apenas a publicação oficial das normas . ..... se marcasse a data das eleições. e) Nem sempre, em um regime democrático, são tomadas as decisões ..... a maioria espera. Comentário – Analise com cuidado a segunda alternativa. Nela há uma oração principal (“A prática política mostrou-se ineficaz diante de tantos con- flitos”) e uma subordinada adjetiva restritiva (“...os idealista sonhavam”). A gora me responda: os idealistas sonhavam com quê? Eles sonhavam com a prática política , termo que deve ser retomado pelo pronome relativo que e regido pela proposição com. Observe: “A prática política com que os idealistas sonhavam mostrou-se ineficaz diante de tantos conflitos”. As outras opções devem ser assim preenchidas: A: “...de que...”; C: “...em que...”; D: “...para que...”; E: “...que...”. Resposta – B 11. (FCC/2009/TJ-AP/Analista Judiciário) Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase: a) Otário é você, que confia de que Obama faça um governo competente, de cujo não há ainda qualquer indício. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 10 b) Prefira-se morar em Beverly Hills do que morar em Darfur; a esta região falta tudo o que aquela não falta. c) Esses doutores, de cujo pessimismo todos conhecem, estão sempre aplicados com a difusão fascinada dos horrores. d) É como se a barbárie e a crueldade, às quais esses doutores assistem com indiferença, fossem fenômenos cujo horror devesse ser naturalizado. e) O autor está convicto que tais doutores representam um radical pessimismo, de cujo parecem orgulhar-se de ostentar. Comentário – É importante notar as construções sintáticasque envolvem pronome relativo e verbos (ou nomes) que pedem complemento preposicionado. As preposições, além de terem que corresponder ao regime do verbo (ou nome), devem ser empregadas antes do pronome relativo. Alternativa A: o verbo confiar repele a preposição “de” (confiar em quê?). Ressalte-se que a preposição pode ser dispensada quando o complemento verbal for uma oração: “...confia que Obama faça...”. A preposição “de” que antecede o relativo “cujo” está bem empregada, pois é reclamada pela regência do no nome “indício” (indício de quê?). Mas o relativo “cujo” não é apropriado, visto que não estabelece relação de posse/dependência entre termos antecedente e consequente. Alternativa B: vamos aproveitar e verificar o regime do verbo preferir. VTDI (seu complemento indireto é regido pela preposição A): Prefiro cinema a televisão. Prefiro o cinema à (a + a) televisão. (CERTO). Prefiro mais cinema do (de + o) que televisão. (ERRADO). Obs.: O significado de PREFERIR não admite gradações (mais... que; menos... que; tanto... quanto). Além disso, a preposição que rege seu complemento indireto é, obrigatoriamente, A. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 11 Observe ainda a ausência da preposição A antes do relativo “aquela”: “...a esta região falta tudo o [= aquilo] que [a] aquela não falta.” (o verbo faltar aqui é bitransitivo: algo falta a alguém/algo). A fusão da preposição A com o A inicial do pronome relativo aquela origina o fenômeno linguístico conhecido como crase, a qual é indicada pelo acento grave: àquela. Alternativa C: “...de cujo pessimismo todos conhecem...”. O verbo conhecer é VTD (conhecer algo/alguém), o que desautoriza o emprego da preposição “de” antes do pronome relativo “cujo”. Alternativa D: vamos conferir os regimes do verbo assistir. a) Transitivo indireto com sentido de VER, OBSERVAR; seu complemento é regido pela preposição A: Assistimos ao final do campeonato. b) Transitivo indireto com sentido de COMPETIR, CABER, TER DIREITO; seu complemento também é regido pela preposição A: Não assiste ao professor reclamar tanto. c) Transitivo direto ou transitivo indireto (neste caso, exige preposição A) com sentido de SOCORRER, PRESTAR ASSISTÊNCIA: O médico assistiu a vítima. Igualmente correta estaria a construção: O médico assistiu à vítima. Reparem o acento grave indicativo de crase (fusão da preposição A com o artigo feminino A(S) que antecede substantivo de mesmo gênero gramatical). d) Intransitivo com sentido de MORAR, RESIDIR: Há cinco anos resido em Brasília. Observem a presença da preposição “em” exigida pelo verbo e que introduz o adjunto adverbial de lugar (não confundam esse termo com objeto indireto). CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 12 Conclui-se, assim, que no segmento “...às quais esses doutores assistem [= ver, presenciar, observar]...” existe a presença da preposição “a” empregada diante do pronome relativo “as quais”, o que originou a forma “às quais”. Repare também que após o pronome relativo “cujo” não existe termo que exige preposição. Alternativa E: no segmento “...está convicto que tais doutores...”, faltou a preposição de (convicto de quê?). Por fim, no trecho “...de cujo parecem orgulhar-se de ostentar...” não há motivo para o emprego da preposição “de” e do pronome relativo “cujo”. Resposta – D 12. (FCC/2010/TRE-AM/Técnico Judiciário) O funcionário . ... o chefe se dirigiu era a pessoa ...... todos confiavam. a) para quem - em que b) em que - com quem c) por quem - de que d) a quem - em quem e) de quem - a quem Comentário – Aos poucos você vai percebendo que a FCC gosta de explorar casos de regência que envolvem o emprego de pronomes relativos. Responda-me: quem se dirige, dirige-se a quem? Mais uma: quem confia, confia em quem? Pronto, assim fica fácil perceber que as preposições adequadas são, respectivamente, a e em. Resposta – D 13. (FCC/2008/TRT 18ª Região/Técnico Judiciário) Pensam em novas formas de suprimento de energia ... (3º parágrafo) CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 13 O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está na frase: a) Durante milênios convivemos com a convicção... b) Há outros ângulos do problema... c) ... que entopem as caixas de recepção de mensagens no mundo ... d) ... que a própria ONU criou diretrizes mundiais ... e) ... se haverá um limite para a internet ... Comentário – O verbo pensar foi utilizado como transitivo indireto (atente para a preposição “em” que introduz o seu complemento – objeto indireto). Regência semelhante possui o verbo conviver (conviver com...), na alternativa A. Nas outras alternativas, os verbos são transitivos diretos. Veja que interessante: CRER/ACREDITAR/PENSAR a) VTI (EM) Î Creio em você. // Acredito em você. // Penso em você. b) VTD = objeto direto oracional Î Creio que seremos aprovados. // Acredito que seremos aprovados. // Penso que seremos aprovados. Resposta – A 14. (FCC/2008/TRT 18ª Região/Técnico Judiciário) Ganhos maiores também resultam em novos hábitos ... (início do 4º parágrafo) O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está na frase: a) A agricultura brasileira pode produzir mais ... b) ... que diminuíram depois de episódios de seca ... c) ... foi o aumento do uso do milho nos EUA para a produção de etanol. d) ... os exportadores têm obtido ganhos comerciais significativos. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 14 e) ... para se ajustar às novas conjunturas. Comentário – Já conseguiu identificar a regência do verbo grifado? Veja: ganhos maiores resultam em quê? O complemento do significado do verbo é regido por preposição, pois resultar é um VTI, assim como ajustar (para se ajustar a quê?). Nas alternativas A e B, os verbos são intransitivos. Cuidado com a alternativa C, pois o termo preposicionado “do uso” complementa um nome (“aumento”) e não um verbo. Na alternativa D, o verbo obter foi usado como transitivo direto. Resposta – E 15. (FCC/2009/TJ-PI/Técnico Judiciário) O Código de Defesa do Consumidor (CDC) atingiu sua maioridade plena em março de 2009 ... (início do texto) O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está na frase: a) ... serviu de inspiração para muitos países na construção de suas leis. b) ... que tanto os consumidores quanto as empresas estão mais conscientes e seletivos ... c) ... que a sociedade brasileira conta com mecanismos jurídicos adequados ... d) ... para aprimorar seu canal de comunicação com a clientela. e) ... pois ele é fonte de sustentabilidade para a sobrevivência de qualquer fornecedor. Comentário – Convenhamos: é ou não é uma questão fácil? O verbo sublinhado é transitivo direto (atingiu o quê?); seu complemento (“sua CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 15 maioridade plena”) é um objeto direto. Na letra D, o verbo “aprimorar” também é VTD. Nas alternativas A e C, os verbos são VTI (“serviu de” e “contacom”). Nas letras B e E, eles são VL (“estão” e “é”). Resposta – D 16. (FCC/2009/TRT 3ª Região/Analista Judiciário) ... que prevalece no conhecimento do torcedor comum sobre os dados históricos. (3º parágrafo) A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é: a) ... que homogeneíza todos os indivíduos. b) ... o sentimento tribal é muito forte ... c) ... acompanha o indivíduo por toda vida ... d) ... que (...) participam no rito das danças guerreiras. e) ... e estão espalhados por vários locais. Comentário – O verbo prevalecer (= exceder em importância; levar vantagem; vencer, preponderar, predominar) foi utilizado como transitivo indireto. Igual regência tem o verbo participar (= ter ou tomar parte de/em). Nas demais opções, os verbos são transitivos diretos (A e C) e de ligação (B e E). Resposta – D 17. (FCC/2009/TJ-SE/Analista Judiciário) Invenções? Sempre houve invenções, assim como sempre houve quem interpretasse as invenções como lampejos de gênio, porém é mais sensato que não se atribuam às invenções características milagrosas. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 16 Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: a) houve elas ? lhes interpretasse ? não se as atribuam b) houve-as ? as interpretasse ? não atribuam-se-lhes c) houve estas ? lhes interpretasse ? não lhes atribuam d) as houve ? intepretasse-lhes ? se não lhes atribuam e) as houve ? as interpretasse ? não se lhes atribuam Comentário – Boa questão, pois conjugou regência verbal com colocação pronominal. Os pronomes oblíquos átonos o(s) e a(s), como complementos de verbos, só funcionam como objetos diretos. Já o pronome lhe(s) funciona como objeto indireto. O verbo “houve” é transitivo direto e o termo “invenções” é seu objeto direto; o verbo “interpretasse” é transitivo direto e o termo “as invenções” é seu objeto direto. O pronome oblíquo utilizado na substituição só pode ser mesmo o pronome “as”, que, no texto, é atraído pelo advérbio “Sempre” e pelo pronome indefinido “quem”. Pronto, a questão está morta: letra E. Registre-se que o verbo “atribuam” é bitransitivo; os termos “às invenções” e “características milagrosas” são, respectivamente, objeto indireto e objeto direto. Resposta – E 18. (FCC/2009/TRT 7ª Região/Técnico Judiciário) Órgãos públicos, entidades não-governamentais e até mesmo internautas engajados aderiram à novidade ... (1º parágrafo) A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima é: CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 17 a) ... que o governo havia fraudado as votações. b) ... e, cada vez mais, interagem com as chamadas redes sociais. c) Alguns movimentos ecológicos nasceram em redes... d) Seu sucesso impulsiona o debate sobre o uso de redes sociais na internet ... e) ... intensificando contato direto com eles. Comentário – O verbo aderir foi empregado como transitivo indireto (aderir a quê?). O termo “à novidade” é o seu objeto indireto. Caso semelhante ocorre com o verbo interagir(com quem/o quê?), na alternativa B. Nas alternativas A, D e E, os verbos são transitivos diretos: fraudar algo; impulsionar algo; intensificar algo. Na alternativa C, o verbo nascer dá a falsa impressão de ser transitivo indireto. Cuidado, pois o termo que o acompanha (“em redes”) funciona sintaticamente como um adjunto adverbial de lugar, apesar de ser regido por uma preposição (“em”). Aliás, fique atento com os verbos abaixo, que também são intransitivos e podem apresentar adjuntos adverbiais regidos por uma preposição: MORAR/RESIDIR/SITUAR (vberbos estáticos, de permanência) VI (prep. EM): Ela reside na (em + a) rua Dr. Nilo Peçanha. (CERTO) / Ela reside à (a + a) rua Dr. Nilo Peçanha. (ERRADO) IR/CHEGAR (verbos dinâmicos, de movimento) VI (não admitem prep. EM com ADV. LUGAR) Î Vou à praia. // Cheguei ao Brasil. (certo) Vou na praia. // Cheguei no Brasil. (errado) Resposta – B CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 18 19. (FCC/2009/TRE-PI/Analista Judiciário) Esta tradição trabalha a ação política como uma ação estratégica ... (1º parágrafo) A frase em que o verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é: a) ... que identifica no predomínio do conflito o cerne dos fatos políticos. b) Neste contexto, política é guerra ... c) Recorrendo a metáforas do reino animal ... d) ... que obedece aos consagrados preceitos do "não matar" e do "não mentir" ... e) ... que a fraude é mais importante do que a força ... Comentário – A FCC usou o verbo trabalhar como transitivo direto (trabalhar algo). Com a mesma regência foi utilizado o verbo identificar, na alternativa A: “identifica (...) o cerne dos fatos políticos”. Nas alternativas B e E, os verbos de ligação unem os respectivos sujeitos (“política” e “fraude”) aos seus predicativos (“guerra” e “importante”). Nas alternativas C e D, os verbos “Recorrendo” e “obedece” são transitivos indiretos e regem preposição a. Frise-se que o verbo desobedecer segue a regência do verbo obedecer: VTI (prep. A): Obedeço a meu pai. Não desobedeça a seus pais. Resposta – A 20. (FCC/2010/TCM-CE/ACE) Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: a) O fato de haver tanta rotina numa repartição não implica de que um funcionário não deixe de cumprir seu ofício de escritor criativo. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 19 b) O cronista sugere que mesmo o tédio que marca a vida de uma repartição pública pode ser um impulso para a criação literária. Comentário – Fique de olho na regência do verbo implicar que surge na primeira alternativa, pois há um erro. Para você entender, leia o que se segue sobre as possíveis regências que esse verbo pode assumir. I. VTD = acarretar, trazer consequência Î Teu nervosismo implicou a tua reprovação. II. VTI (com) = contender Î Ela implica muito com o seu irmão. III. VTI (em) = pronominal Î Implicou-se em situações delicadas. Na alternativa A, o sentido do verbo implicar é o que consta no item I; portanto é descabido o emprego da preposição “de” após ele. Resposta – B 21. (FCC/2010/TCE-SP/Ag. da Fiscaliz. Financ.) Está plenamente adequado o emprego do elemento sublinhado na frase: a) Os dois tipos de transformação social com que o autor se refere no texto correspondem a aspirações populares. b) A convicção quanto a um direito subtraído é tamanha que há pobres em cuja crença é a de recuperarem o poder perdido. c) Ao autor não interessaram tanto as fábulas em si mesmas, mas os recados profundos, de que se mostrou um sensível intérprete. Comentário – Em se tratando de regência (nominal ou verbal), não basta empregar ou não uma preposição; é preciso empregar, se for o caso, a preposição adequada. Além disso, quando o termo regido for um pronome CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 20 relativo – e isso requer de você muita atenção –, a preposição deverá ser empregada antes dele. Vejaos esquemas abaixo. “com que o autor se refere” (quem se refere se refere a algo/alguém) Note, acima, que a preposição exigida pela forma verbal é a preposição a; o termo regido é o pronome relativo “que” (substituto da expressão “os dois tipos de transformação social”. “há pobres em cuja crença é a de recuperarem o poder perdido” Após o relativo “cuja” (que articula os termos “pobres” e “crença” numa relação de posse/dependência: crença dos pobres), não há nem verbo, nem nome que exija a preposição “em" empregada antes do relativo. “mas os recados profundos, de que se mostrou um sensível intérprete” Agora, o nome “intérprete” rege um complemento por meio da preposição “de” (intérprete de quê?). Esse complemento é o pronome relativo “que”, substituto da expressão “os recados profundos”. Resposta – C Eu julgo esta aula muito importante para o seu concurso. Por isso faço questão de frisar a regência de alguns verbos muito frequentes em provas de concursos. Ressalto, porém, que a correta identificação de seus regimes deve considerar o efetivo uso de cada um deles. ASPIRAR a) VTD = sorver, respirar: Gosto de aspirar o ar puro do campo. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 21 b) VTI (prep. A) = desejar, almejar: O escriturário aspira ao cargo de gerente. INFORMAR/AVISAR/CIENTIFICAR/NOTIFICAR a) VTDI: Informei a prova ao aluno. Informei o aluno da (de + a) prova. ESQUECER/LEMBRAR a) VTD Î Esqueceu o livro. b) VTI (DE) = verbo pronominal Î Esqueceu-se do livro. c) VTI = a coisa esquecida torna-se sujeito, e a pessoa torna-se objeto indireto Î Esqueceu-me o livro. PAGAR/PERDOAR/AGRADECER/OFERECER/DAR/DOAR/ENTREGAR a) VTD = coisa Î Paguei a dívida. (o “a” é artigo) b) VTI (A) = pessoa Î Perdoou ao devedor. c) VTI (A) Î Perdoou a dívida ao devedor. VISAR a) VTD = mirar, ver Î O caçador visou o tigre. b) VTD = rubricar, dar visto Î O gerente visou o cheque. c) VTI = almejar, ter como objetivo Î Visamos ao bom ensino da linguagem. 22. (FCC/2010/DNOCS/Agente Administrativo ) Muitos consumidores não se mostram atentos ...... necessidade de sustentabilidade do ecossistema e não chegam . .... boicotar empresas poluentes; outros se queixam de falta de tempo para se dedicarem . .... alguma causa que defenda o meio ambiente. As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 22 a) à - a - a b) à - a - à c) à - à - a d) a - a - à e) a - à - à Comentário – Primeira lacuna: o termo regente “atentos” é um nome trans- itivo que exige complemento regido pela preposição a; o termo regido é um substantivo feminino que admite o artigo a. Estando satisfeitas as condições para a ocorrência da crase, ela deve ocorrer: à. Vou lhe dar uma dica de ouro: troque a palavra feminina por uma masculina; se você usa ao(s) para o masculino, use à(s) para o feminino. Observe: “...atentos ao necessit- ado...” > “...atentos à necessidade...”. Segunda lacuna: a crase não ocorre antes verbo (“boicotar”): Começou a chover. O “a” é somente preposição. Terceira lacuna: a crase não ocorre antes de pronomes indefinidos (“alguma”): Ofereci um presente a alguém desta sala. O “a” é apenas preposição. Resposta – A 23. (FCC/2010/TRE-AM/Técnico Judiciário) Sem nada perguntar . . ninguém, o rapaz dirigiu-se ...... um canto da sala, ...... espera de ser chamado pela atendente. a) a - a - a b) a - a - à c) a - à - à d) à - à - a e) à - a - a CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 23 Comentário – Primeira lacuna: a crase não ocorre antes de pronomes indefinidos (“ninguém”). O “a” é apenas preposição. Segunda lacuna: a crase não ocorre antes de artigo indefinido (“um”): Concedeu a bolsa de estudos a uma menina pobre. Você deve comparar o caso anterior com o caso seguinte, que constitui uma locução adverbial feminina e obriga o surgimento do acento grave indicativo de crase: Todos, à uma, aplaudiram a decisão do professor. Terceira lacuna: o acento indicativo de crase deve ser utilizado nas locuções adverbiais femininas, independentemente da relação entre termo regente e termo regido: Sairás às pressas. Resposta – B 24. (FCC/2008/TRT 18ª Região/Técnico Judiciário) ... poluição equivalente à de 455.000 carros rodando normalmente durante um ano. (3º parágrafo) O emprego do sinal de crase no período acima pressupõe a presença de um pronome que substitui a expressão: a) a carros. b) a poluição. c) a fabricação e reciclagem. d) a gases do efeito estufa. e) a toneladas de dióxido de carbono. Comentário – A crase não ocorre antes de palavras masculinas: Comprou a prazo. / Dei aquela calça a este homem. Assim sendo, descarte imediatamente as alternativas A e D. A crase também não ocorre quando o A precede palavras femininas no plural: Respondeu a cartas pouco elogiosas. Aqui, existe apenas a preposição a, em decorrência da regência da forma verbal CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 24 “Respondeu”. A ausência do artigo feminino plural (as) precedendo o substantivo “cartas” amplia, generaliza, indetermina o alcance semântico dele. Em resumo, é o seguinte: nunca use crase na seguinte estrutura: singular (“a”) + plural (“cartas”). Descarte a opção E. A alternativa C traz uma proposta que torna a passagem incoerente (é ilógico pensar em fabricação e reciclagem de 455.000 carros rodando normalmente). Restou a segunda opção: “...equivalente a + a poluição...” Resposta – B 25. (FCC/2009/TRT 2ª REGIÃO/Analista Judiciário) Atente para as seguintes frases: I. Não é possível estabelecer à medida que distancia um notório tímido de um notório extrovertido. II. Não assiste às pessoas extrovertidas o privilégio exclusivo de se fazerem notar; também as tímidas chamam a atenção. III. Ainda que com isso não se sintam à vontade, os tímidos costumam captar a atenção de todos. Justifica-se o uso do sinal de crase SOMENTE em a) II e III. b) I e II. c) I e III. d) I. e) III. Comentário – Item I: o verbo “estabelecer” é transitivo direto. A expressão “a medida” é o seu objeto direto. Como não existe a exigência da preposição a, a crase não tem vez. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 25 Notou a maldade da FCC? Ela quis que você raciocinasse em função da locução conjuntiva “à medida que” (indica proporcionalidade). Nas locuções conjuntivas femininas o acento grave é obrigatório: À me- dida que estudo, mais aprendo. / À proporção que vocês estudam, mais se aproximam da aprovação. Item II: o verbo “assiste” (termo regente) no sentido de cabe é transitivo indireto e rege preposição a. O termo regido “as pessoas extrovertidas” admite o artigo feminino. Use a dica que eu lhe dei: troque a expressão por uma palavra masculina: “...assiste aos homens...”. Então, lembrou-se da dica de ouro? Item III: constitui uma locução adverbial feminina, em que o surgimento do acento grave indicativo de crase é obrigatório. Res- posta – A 26. (FCC/2009/TRT7ª Região/Técnico Judiciário) Pela internet, um grupo de jovens universitários buscou a melhor formar de ajudar ...... vítimas de enchentes em Santa Catarina, e um deles foi ...... Itapema, disposto ..... colaborar na reconstrução da cidade. As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por: a) as - a - à b) as - a - a c) às - à - a d) as - à - à e) às - a - à Comentário – Primeira lacuna: o verbo “ajudar” (termo regente) é transitivo direto; seu complemento (“vítimas”) não é regido por preposição. O vocábulo “as” é apenas artigo. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 26 Segunda lacuna: com nome de lugar, a crase ocorrerá se você puder aplicar a seguinte dica: vai A e volta da, crase há. Por outro lado, não haverá crase se a dica que dei não se concretizar: vai A e volta DE, crase para que?. Agora aplique esse ensinamento no caso concreto: vai a Itapema, volta de Itapema. Conclui-se que não há crase. Terceira lacuna: não há crase antes de verbo, conforme já foi falado aqui. Resposta – B 27. (FCC/2009/TRT 15ª Região/Técnico Judiciário) A frase inteiramente correta quanto ao emprego ou ausência do sinal de crase é: a) O ensino permanente deve oferecer às pessoas os meios de superar obstáculos, para atingir os objetivos a que se propõem. b) Apesar da obrigatoriedade de crianças entre 7 e 14 anos irem a escola, boa parte delas é incapaz de escrever um bilhete à um amigo. c) Atender a todas as crianças, tornando-as capacitadas à uma vida digna e confortável, deve ser o objetivo maior de uma escola. d) Uma educação de qualidade oferece à qualquer pessoa as condições essenciais à entrada ou à permanência no mercado de trabalho. e) A medida que se avança na melhoria do sistema de ensino, é possível oferecer boas condições de trabalho à muitas pessoas. Comentário – Alternativa A: em “oferecer às pessoas”, o verbo é bitransitivo e pediu a preposição a para reger o objeto indireto; o substantivo “pessoas” admitiu o artigo as. Preciso comentar a passagem “a que se propõem”. É necessário ter cuidado com os pronomes relativos QUE e A QUAL. Em relação ao primeiro, a crase ocorrerá se o termo anterior a ele (seja verbo, CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 27 seja nome) reger preposição A e o termo seguinte for um dos pronomes demonstrativos A(S), AQUELA(S), AQUELE(S), AQUILO Dirigi-me às que estavam de serviço na recepção. Perceba que existe a contração da preposição A, exigida pelo verbo DIRIGIR-SE, com o pronome demonstrativo AS (= aquelas). Sou favorável à que chegou primeiro. Em relação ao pronome relativo A QUAL, a crase surgirá se o termo posterior a ele reger preposição A, que deverá ocupar posição imediatamente anterior ao pronome, contraindo-se com o A inicial que o integra. A festa à qual nos dirigimos começará agora. Alternativa B: no segmento “irem a escola”, é possível não empregar a crase, por atribuir ao substantivo “escola” valor semântico indefinido: Cristo não fazia jus a morte tão humilhante. No segmento “escrever um bilhete à um amigo”, a crase não existe, visto que se está diante de artigo indefinido. Alternativa C: também no segmento “capacitadas à uma vida digna”, a crase não ocorre, pois o vocábulo “uma” é artigo indefinido. Alternativa D: em “oferece à qualquer pessoa”, a crase também não existe, pois o pronome “qualquer” é indefinido. Alternativa E: a locução conjuntiva feminina “a medida que” deve receber o acento grave: à medida que. Além desse erro, há outro: nunca use crase na seguinte estrutura: singular (“a”) + plural (“muitas”): a muitas. Resposta – A CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 28 28. (FCC/2009/TRE-PI/Técnico Judiciário) Está correto o emprego ou a ausência do sinal de crase na frase: a) Consumidores menos abastados, com menor poder de negociação, submetem-se as exigências dos credores a fim de obterem crédito. b) Lado a lado com as conquistas econômicas, os estratos sociais mais baixos ascenderam a uma classe social superior. c) Os produtos destinados à classes sociais de maior poder aquisitivo estão a disposição da classe C, por conta do crédito fácil. d) O poder público busca atender, à todo momento, com medidas pertinentes, as necessidades das classes mais desfavorecidas. e) A mídia estampa de maneira persuasiva e à qualquer hora produtos destinados à uma classe emergente cada vez maior. Comentário – Alternativa A: o verbo submeter-se (termo regente) requer preposição a para reger seu complemento; o substantivo “exigências” admiti o artigo as. Estando satisfeitas as condições para a ocorrência da crase, o acento grave deve ser empregado: “submetem-se às exigências”. Alternativa B: construção correta. Em “Lado a lado”, a crase não ocorre porque a preposição a se encontra entre palavras idênticas. Veja outro exemplo: Perdeu o gol cara a cara com o goleiro. A crase também não ocorre antes de artigo indefinido: “ascenderam a uma classe social superior”. Alternativa C: nunca use crase na seguinte estrutura: singular + plural; repare o erro: “destinados à classes sociais”. Já no segmento “a disposição da classe C” faltou o acento grave, que ocorre obrigatoriamente nas locuções prepositivas femininas. Veja outros exemplos: Vivia às expensas do (de + o) tio. / A polícia saiu à procura da (de + a) quadrilha. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 29 Alternativas D e E: a crase não ocorre diante de palavra masculina nem de sentido indefinido: “à todo momento”; “à qualquer hora”; “destinados à uma classe emergente”. Resposta – B 29. (FCC/2009/TRE-PI/Analista Judiciário) A frase inteiramente correta, considerando-se a presença ou a ausência do sinal de crase, é: a) A mentira, mesmo justificada por certas circunstâncias, pode ser desmascarada à qualquer momento, à vista dos fatos apresentados. b) Submetida a avaliação da opinião popular, a política deve pautar-se pela lisura e pela veracidade voltadas para à resolução de conflitos. c) Quanto a defesa da ética, ela é sempre necessária, à fim de que a ação política seja vista como verdadeira representação da vontade popular. d) Os governados, como preceituam as normas democráticas, têm direito a informações exatas e submetidas à verdade dos fatos. e) A verdade dos fatos políticos está subordinada, segundo pensadores, à uma lógica particular, à depender dos objetivos do momento. Comentário – Alternativa A: a crase não ocorre diante de palavra de sentido indefinido: “desmascarada à qualquer momento”. Por outro lado, está bem empregado o acento grave no segmento “à vista dos fatos apresentados”, por se tratar de uma locução prepositiva feminina: “à vista de”. Alternativa B: lembra-se daquela dica de ouro? Vamos aplicá-la ao caso seguinte: “Submetida a avaliação” > “Submetida ao avaliador”. Pronto, está constatada a ocorrência da crase, que não foi indicada pela FCC. Analise agora a próxima construção: “voltadas para à resolução”. A crase não ocorre com outra preposição que não seja a ou até. Veja outros exemplos: Ele o esperava desde as oito horas. / O trabalho CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOSPARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 30 ficará pronto após as seis horas. Quando o a (artigo) vem precedido pela preposição até, a crase é facultativa. Correu até a (à) árvore. Se pensarmos na frase Correu até o poste, por exemplo, perceberemos que a preposição a (“...até ao poste”) não foi empregada comcomitantemente à preposição “até”. Daí vem a alegação de que o emprego da preposição a é facultativo em casos semelhantes. Alternativa C: aplique a dica de ouro no segmento “Quanto a defesa” Æ “Quanto ao defensor”. Se você usa ao(s) para o masculino, deve usar à(s) para o feminino: “Quanto à defesa”. Já a locução prepositiva “à fim de” não recebe crase, pois a base é uma palavra masculina “[o] fim”. Que fique bem claro que, com as locuções prepositivas, conjuntivas e adverbiais, a crase só ocorre se a base for uma palavra feminina: à vista/a prazo – à medida que/a não ser que – à procura de/a propósito de. Alternativa E: em “subordinada (...) à uma lógica particular”, o acento grave não deve ser empregado, pois a crase não ocorre diante de palavra de sentido indefinido (“uma” = artigo indefinido). A crase também não ocorre diante de verbo; perceba o erro: “à depender dos objetivos do momento”. Resposta – D 30. (FCC/2008/TRF 5ª Região/Analista Judiciário) Há rigorosa observância das normas que determinam o uso do sinal de crase em: a) A medida que afere o otimismo pode também avaliar o pessimismo, pois àquela ou à esta sensação corresponde alguma dose de idealismo. b) O texto não nos leva à paradoxos gratuitos, mas à necessidade de reconhecer uma intersecção entre o otimismo e o pessimismo. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 31 c) Cabe às pessoas decidir, à cada experiência, se lhes convém entregar- se à determinada sensação, a determinado humor. d) O otimismo não fica à léguas do pessimismo; tendem ambos à convergir, conforme comprovam nossas próprias experiências. e) Não assiste às ciências positivas o direito de aspirar à definição cabal da fronteira entre o pessimismo e o otimismo. Comentário – Alternativa A: a locução feminina conjuntiva à medida que deve receber o acento grave. Observe que a FCC não o empregou. Em relação ao segmento que surge depois da vírgula, melhor é reescrevê-lo na ordem direta: “pois alguma dose de idealismo corresponde àquela ou à esta sensação”. Realmente, o verbo “corresponde” requer preposição a para reger seus complementos (corresponde a quê?). Essa preposição, ao se unir ao a inicial do pronome demonstrativo “aquela”, dá origem ao fenômeno linguístico conhecido como crase: “àquela’. Todavia, a crase não ocorre antes dos pronomes demonstrativos esta, essa. Veja outro exemplo: Chegamos a esta cidade há cinco anos. Alternativa B: eu já disse aqui que a crase não ocorre na estrutura singular + plural. Perceba o erro da FCC: “à paradoxos”. Mesmo que você tivesse se esquecido desse ensinamento, bastaria perceber que a palavra “paradoxos” é masculina, o que também impede a ocorrência da crase. Quanto ao último caso, preste atenção no que vou lhe dizer. Antes de nomes masculinos, a crase só irá ocorrer se pudermos subentender as expressões moda de, maneira de: Cortou cabelo à (maneira de) príncipe Danilo. Usava sapatos à (moda de) Luís XV. Alternativa C: não há crase antes de palavras de sentido indefinido: “à cada experiência”, esse é um dos erros da terceira opção. O outro é o uso do acento grave no segmento “entregar-se à determinada CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 32 sensação, a determinado humor”. Essa veio de graça!!! Repare que, logo a seguir, a banca utilizou uma expressão masculina sem a ocorrência de ao. Bem, se não ocorreu ao para o masculino, também não deveria ter ocorrido à para o feminino. Alternativa D: “à léguas” Æ não há crase na estrutura singular + plural. Ela também não ocorre antes de verbo: “à convergir”. Não é raro as bancas usarem a expressão a partir de com crase: “à partir de”. Cuidado!!! O acento grave não deve ser usado. Resposta – E Vou fazer-lhe um pedido, certo? Não utilize o acento grave nas seguintes situações, por favor: • Casos proibidos 1. Antes de pronome de tratamento (exceções: SENHORA, SENHORITA) Referiu-se a Vossa Excelência. 2. Antes de pronomes oblíquos Dedico o meu trabalho a ela. 3. Com o pronome relativo CUJO(S), CUJA(S) A pessoa a cuja filha me refiro estuda neste colégio. O “a” que surge antes do pronome relativo é simplesmente a preposição exigida pela regência do verbo pronominal REFERIR-SE. Como o pronome relativo CUJO (e suas variações) não admite o uso de artigo que o acompanhe, não há o encontro de dois sons iguais. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 33 4. Com pronome relativo QUEM A pessoa a quem me refiro estuda neste colégio. Vale também para este caso a explicação dada anteriormente. 5. Diante de nome próprio feminino que designe personagens históricas ou entidades religiosas Refiro-me a Joana d’Arc. Rogou a Nossa Senhora que o ajudasse. 6. Antes da palavra DISTÂNCIA usada sem qualquer especificação A vítima reconheceu o ladrão a distância. Chegamos ao final desta aula. Espero que ela tenha sido produtiva para você. Com um pouco mais de calma, tente refazer cada exercício proposto aqui. Se persistirem as dúvidas, escreva-me. Fique com Deus e bons estudos! Professor Albert Iglésia CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 34 QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 1. (FCC/2009/TRT 7ª Região/Analista Judiciário) Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase: Os impulsos missionários, de que o autor não se mostra carente, poderiam levá-lo a combater a fome do mundo. 2. (FCC/2009/TRT 7ª Região/Técnico Judiciário) A busca por explicações para os diversos matizes da personalidade ... (início do texto) A mesma regência assinalada acima NÃO está caracterizada na expressão: a) a influência dos hábitos e do estilo de vida. b) na formação da personalidade. c) produto apenas do ambiente. d) uma reação à série de barbaridades. e) em vários países da Europa. 3. (FCC/2009/TJ-PI/Analista Judiciário) Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase: a) Os operadores controlam um capital especulativo, em cujos rendimentos representam uma incógnita. b) São impulsos eletrônicos, sobre os quais há pouco ou nenhum controle, que comandam as operações das bolsas. c) Os operadores das bolsas preferem apostar do que investir dinheiro em empreendimentos mais produtivos. d) A idade dos operadores das bolsas sugere o ímpeto de que as operações de investimento são executadas. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 35 e) Os adeptos da física quântica julgam que o acaso é também um princípio, do qual o comportamento da matéria não é alheio. 4. (FCC/2009/TRT 4ª REGIÃO/Analista Judiciário) Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase: A produção e difusão de imagens constituem operações em que hoje todos têm fácil acesso. 5. (FCC/2009/TRT3ª Região/Analista Judiciário) Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase: Cláudio realizou várias aproximações de cujos riscos era consciente. 6. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) O que é o que é? 1 Se recebo um presente dado com carinho por pessoa de quem não gosto — como se chama o que sinto? Uma pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da 4 gente — como se chama essa mágoa e esse rancor? Estar ocupado, e de repente parar por ter sido tomado por uma desocupação beata, milagrosa, sorridente e idiota — como se 7 chama o que se sentiu? O único modo de chamar é perguntar: como se chama? Até hoje só consegui nomear com a própria pergunta. Qual é o nome? e é este o nome. Clarice Lispector. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199. No título do texto, as duas ocorrências da forma verbal “é” são sintaticamente equivalentes. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 36 7. (FCC/2010/TRE-AL/Técnico Judiciário) ... a sua capacidade de encarnar valores e princípios... A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é: a) Mas ela contribui para a formação da própria essência da democracia ... b) Afinal, a democracia repousa sobre a ficção ... c) O consentimento de todos seria a única garantia indiscutível ... d) ... mais as sociedades produzem conflitos ... e) ... e necessitam de lideranças ... 8. (FCC/2010/TRE-AM/Técnico Judiciário) ... a Amazônia representa mais da metade do território brasileiro ... (2º parágrafo). A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento exigido pelo verbo grifado acima é: a) Essa visão mudou bastante nas últimas duas décadas ... b) O vapor de água (...) responde por 60% das chuvas... c) ... que caem nas regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. d) ... pois o destino da região depende muito mais de seus habitantes. e) ... porque terão orgulho de sua riqueza natural, única no mundo. 9. (FCC/2010/TRF 4ª Região/Analista Judiciário) Houve muitas discussões sobre medidas para se minimizar o aquecimento global, já que todos consideram o aquecimento global uma questão crucial para a humanidade, embora poucos tomem medidas concretas para reduzir o aquecimento global, não havendo sequer consenso quanto às verbas necessárias para mitigar os efeitos do aquecimento global. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 37 Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: a) consideram-lhe - o reduzir - mitigar-lhe seus efeitos b) lhe consideram - reduzi-lo - mitigá-los aos efeitos c) o consideram - reduzi-lo - mitigar-lhe os efeitos d) consideram-no - reduzir-lhe - mitigar-lhes os efeitos e) o consideram - reduzir-lhe - mitigar-lhe os efeitos 10. (FCC/2010/TRE-AL/Técnico Judiciário) ... encarregadas de fazer com que as rotinas administrativas essenciais à vida em comum sejam realizadas com certa eficiência e autonomia. (final do texto) A expressão grifada acima preenche corretamente a lacuna da frase: a) Muitos políticos duvidavam ...... fosse possível chegar a um consenso naquela questão. b) A prática política ...... os idealistas sonhavam mostrou-se ineficaz diante de tantos conflitos. c) O regime democrático, ...... são respeitadas as liberdades individuais, foi finalmente restabelecido naquele país. d) Esperava-se apenas a publicação oficial das normas . ..... se marcasse a data das eleições. e) Nem sempre, em um regime democrático, são tomadas as decisões ..... a maioria espera. 11. (FCC/2009/TJ-AP/Analista Judiciário) Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase: a) Otário é você, que confia de que Obama faça um governo competente, de cujo não há ainda qualquer indício. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 38 b) Prefira-se morar em Beverly Hills do que morar em Darfur; a esta região falta tudo o que aquela não falta. c) Esses doutores, de cujo pessimismo todos conhecem, estão sempre aplicados com a difusão fascinada dos horrores. d) É como se a barbárie e a crueldade, às quais esses doutores assistem com indiferença, fossem fenômenos cujo horror devesse ser naturalizado. e) O autor está convicto que tais doutores representam um radical pessimismo, de cujo parecem orgulhar-se de ostentar. 12. (FCC/2010/TRE-AM/Técnico Judiciário) O funcionário . ... o chefe se dirigiu era a pessoa ...... todos confiavam. a) para quem - em que b) em que - com quem c) por quem - de que d) a quem - em quem e) de quem - a quem 13. (FCC/2008/TRT 18ª Região/Técnico Judiciário) Pensam em novas formas de suprimento de energia ... (3º parágrafo) O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está na frase: a) Durante milênios convivemos com a convicção... b) Há outros ângulos do problema ... c) ... que entopem as caixas de recepção de mensagens no mundo ... d) ... que a própria ONU criou diretrizes mundiais ... e) ... se haverá um limite para a internet ... CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 39 14. (FCC/2008/TRT 18ª Região/Técnico Judiciário) Ganhos maiores também resultam em novos hábitos ... (início do 4º parágrafo) O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está na frase: a) A agricultura brasileira pode produzir mais ... b) ... que diminuíram depois de episódios de seca ... c) ... foi o aumento do uso do milho nos EUA para a produção de etanol. d) ... os exportadores têm obtido ganhos comerciais significativos. e) ... para se ajustar às novas conjunturas. 15. (FCC/2009/TJ-PI/Técnico Judiciário) O Código de Defesa do Consumidor (CDC) atingiu sua maioridade plena em março de 2009 ... (início do texto) O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está na frase: a) ... serviu de inspiração para muitos países na construção de suas leis. b) ... que tanto os consumidores quanto as empresas estão mais conscientes e seletivos ... c) ... que a sociedade brasileira conta com mecanismos jurídicos adequados ... d) ... para aprimorar seu canal de comunicação com a clientela. e) ... pois ele é fonte de sustentabilidade para a sobrevivência de qualquer fornecedor. 16. (FCC/2009/TRT 3ª Região/Analista Judiciário) ... que prevalece no conhecimento do torcedor comum sobre os dados históricos. (3º parágrafo) CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 40 A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é: a) ... que homogeneíza todos os indivíduos. b) ... o sentimento tribal é muito forte ... c) ... acompanha o indivíduo por toda vida ... d) ... que (...) participam no rito das danças guerreiras. e) ... e estão espalhados por vários locais. 17. (FCC/2009/TJ-SE/Analista Judiciário) Invenções? Sempre houve invenções, assim como sempre houve quem interpretasse as invenções como lampejos de gênio, porém é mais sensato que não se atribuam às invenções características milagrosas. Evitam-se as viciosas repetições do texto acimasubstituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: a) houve elas ? lhes interpretasse ? não se as atribuam b) houve-as ? as interpretasse ? não atribuam-se-lhes c) houve estas ? lhes interpretasse ? não lhes atribuam d) as houve ? intepretasse-lhes ? se não lhes atribuam e) as houve ? as interpretasse ? não se lhes atribuam 18. (FCC/2009/TRT 7ª Região/Técnico Judiciário) Órgãos públicos, entidades não-governamentais e até mesmo internautas engajados aderiram à novidade ... (1º parágrafo) A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima é: a) ... que o governo havia fraudado as votações. b) ... e, cada vez mais, interagem com as chamadas redes sociais. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 41 c) Alguns movimentos ecológicos nasceram em redes... d) Seu sucesso impulsiona o debate sobre o uso de redes sociais na internet ... e) ... intensificando contato direto com eles. 19. (FCC/2009/TRE-PI/Analista Judiciário) Esta tradição trabalha a ação política como uma ação estratégica ... (1º parágrafo) A frase em que o verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é: a) ... que identifica no predomínio do conflito o cerne dos fatos políticos. b) Neste contexto, política é guerra ... c) Recorrendo a metáforas do reino animal ... d) ... que obedece aos consagrados preceitos do "não matar" e do "não mentir" ... e) ... que a fraude é mais importante do que a força ... 20. (FCC/2010/TCM-CE/ACE) Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: a) O fato de haver tanta rotina numa repartição não implica de que um funcionário não deixe de cumprir seu ofício de escritor criativo. b) O cronista sugere que mesmo o tédio que marca a vida de uma repartição pública pode ser um impulso para a criação literária. 21. (FCC/2010/TCE-SP/Ag. da Fiscaliz. Financ.) Está plenamente adequado o emprego do elemento sublinhado na frase: a) Os dois tipos de transformação social com que o autor se refere no texto correspondem a aspirações populares. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 42 b) A convicção quanto a um direito subtraído é tamanha que há pobres em cuja crença é a de recuperarem o poder perdido. c) Ao autor não interessaram tanto as fábulas em si mesmas, mas os recados profundos, de que se mostrou um sensível intérprete. 22. (FCC/2010/DNOCS/Agente Administrativo) Muitos consumidores não se mostram atentos ...... necessidade de sustentabilidade do ecossistema e não chegam . .... boicotar empresas poluentes; outros se queixam de falta de tempo para se dedicarem . .... alguma causa que defenda o meio ambiente. As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por a) à - a - a b) à - a - à c) à - à - a d) a - a - à e) a - à - à 23. (FCC/2010/TRE-AM/Técnico Judiciário) Sem nada perguntar . . ninguém, o rapaz dirigiu-se ...... um canto da sala, ...... espera de ser chamado pela atendente. a) a - a - a b) a - a - à c) a - à - à d) à - à - a e) à - a - a CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 43 24. (FCC/2008/TRT 18ª Região/Técnico Judiciário) ... poluição equivalente à de 455.000 carros rodando normalmente durante um ano. (3º parágrafo) O emprego do sinal de crase no período acima pressupõe a presença de um pronome que substitui a expressão: a) a carros. b) a poluição. c) a fabricação e reciclagem. d) a gases do efeito estufa. e) a toneladas de dióxido de carbono. 25. (FCC/2009/TRT 2ª REGIÃO/Analista Judiciário) Atente para as seguintes frases: I. Não é possível estabelecer à medida que distancia um notório tímido de um notório extrovertido. II. Não assiste às pessoas extrovertidas o privilégio exclusivo de se fazerem notar; também as tímidas chamam a atenção. III. Ainda que com isso não se sintam à vontade, os tímidos costumam captar a atenção de todos. Justifica-se o uso do sinal de crase SOMENTE em a) II e III. b) I e II. c) I e III. d) I. e) III. 26. (FCC/2009/TRT 7ª Região/Técnico Judiciário) Pela internet, um grupo de jovens universitários buscou a melhor formar de ajudar ...... vítimas CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 44 de enchentes em Santa Catarina, e um deles foi ...... Itapema, disposto ..... colaborar na reconstrução da cidade. As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por: a) as - a - à b) as - a - a c) às - à - a d) as - à - à e) às - a - à 27. (FCC/2009/TRT 15ª Região/Técnico Judiciário) A frase inteiramente correta quanto ao emprego ou ausência do sinal de crase é: a) O ensino permanente deve oferecer às pessoas os meios de superar obstáculos, para atingir os objetivos a que se propõem. b) Apesar da obrigatoriedade de crianças entre 7 e 14 anos irem a escola, boa parte delas é incapaz de escrever um bilhete à um amigo. c) Atender a todas as crianças, tornando-as capacitadas à uma vida digna e confortável, deve ser o objetivo maior de uma escola. d) Uma educação de qualidade oferece à qualquer pessoa as condições essenciais à entrada ou à permanência no mercado de trabalho. e) A medida que se avança na melhoria do sistema de ensino, é possível oferecer boas condições de trabalho à muitas pessoas. 28. (FCC/2009/TRE-PI/Técnico Judiciário) Está correto o emprego ou a ausência do sinal de crase na frase: a) Consumidores menos abastados, com menor poder de negociação, submetem-se as exigências dos credores a fim de obterem crédito. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 45 b) Lado a lado com as conquistas econômicas, os estratos sociais mais baixos ascenderam a uma classe social superior. c) Os produtos destinados à classes sociais de maior poder aquisitivo estão a disposição da classe C, por conta do crédito fácil. d) O poder público busca atender, à todo momento, com medidas pertinentes, as necessidades das classes mais desfavorecidas. e) A mídia estampa de maneira persuasiva e à qualquer hora produtos destinados à uma classe emergente cada vez maior. 29. (FCC/2009/TRE-PI/Analista Judiciário) A frase inteiramente correta, considerando-se a presença ou a ausência do sinal de crase, é: a) A mentira, mesmo justificada por certas circunstâncias, pode ser desmascarada à qualquer momento, à vista dos fatos apresentados. b) Submetida a avaliação da opinião popular, a política deve pautar-se pela lisura e pela veracidade voltadas para à resolução de conflitos. c) Quanto a defesa da ética, ela é sempre necessária, à fim de que a ação política seja vista como verdadeira representação da vontade popular. d) Os governados, como preceituam as normas democráticas, têm direito a informações exatas e submetidas à verdade dos fatos. e) A verdade dos fatos políticos está subordinada, segundo pensadores, à uma lógica particular, à depender dos objetivos do momento. 30. (FCC/2008/TRF 5ª Região/Analista Judiciário) Há rigorosa observância das normas que determinam o uso do sinal de crase em:a) A medida que afere o otimismo pode também avaliar o pessimismo, pois àquela ou à esta sensação corresponde alguma dose de idealismo. b) O texto não nos leva à paradoxos gratuitos, mas à necessidade de reconhecer uma intersecção entre o otimismo e o pessimismo. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 46 c) Cabe às pessoas decidir, à cada experiência, se lhes convém entregar- se à determinada sensação, a determinado humor. d) O otimismo não fica à léguas do pessimismo; tendem ambos à convergir, conforme comprovam nossas próprias experiências. e) Não assiste às ciências positivas o direito de aspirar à definição cabal da fronteira entre o pessimismo e o otimismo. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 3 www.pontodosconcursos.com.br 47 GABARITO 1. Item certo 2. E 3. B 4. Item errado 5. Item certo 6. Item errado 7. D 8. E 9. C 10. B 11. D 12. D 13. A 14. E 15. D 16. D 17. E 18. B 19. A 20. B 21. C 22. A 23. B 24. B 25. A 26. B 27. A 28. B 29. D 30. E
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