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Docfoc.com A Beleza Feminina Na História Da Arte

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ITB – Profª Mª Sylvia Chaluppe Mello
	
	
	Alunos:
	Números:
	
	
	Série/Turma: 2º Ano____
	Curso: ( ) INI ( ) LOG ( ) ANQ
	
	Período: manhã / tarde
	Data: ____/_____/2013.
	3º Trimestre
	
A beleza feminina na história da Arte
	
	Durante a Antiguidade, os gregos e os romanos destacaram-se pelos cuidados com a aparência e os padrões de beleza que obedeciam a uma proporção matemática, e reverenciavam a racionalidade e a ordem. Na imagem, a escultura Afrodite de Cnido (c.350 a.C), de Praxiteles - See more at: http://br.blouinartinfo.com/photo-galleries/a-evolucao-dos-padroes-de-beleza-femininos-na-historia-da-arte?back_to_article=node/969194#image=0
	
Os Romanos, que no final do século IV a.C iniciaram sua expansão para o Mediterrâneo, ficaram impressionados pelo naturalismo e detalhes das esculturas gregas e agregaram detalhes para uma reprodução fidedigna de fisionomias e cenas do cotidiano, ainda que por meio de alegorias, inaugurando o realismo na arte ocidental. Na imagem, a estátua de Vênus Agachada - See more at: http://br.blouinartinfo.com/photo-galleries/a-evolucao-dos-padroes-de-beleza-femininos-na-historia-da-arte?back_to_article=node/969194#image=1
	
	
	Já na Idade Média, a Igreja condenava atos excessivos de vaidade, o ideal de virtude e, consequentemente, beleza era sinônimo de castidade. Outro ideal que determinava a beleza nessa época era o uso de roupas com cores fortes, que somente quem era nobre podia usar. Na imagem, pintura de Giovanni Ambrogio de Predis, Bianca Maria Sforza - See more at: http://br.blouinartinfo.com/photo-galleries/a-evolucao-dos-padroes-de-beleza-femininos-na-historia-da-arte?back_to_article=node/969194#image=2
	No Renascimento, os padrões de beleza retomam os valores artísticos da Grécia e Roma antigas, refletindo uma observação mais cuidadosa da forma humana e da natureza, e também o uso da perspectiva. Na imagem, Primavera, de Sandro Boticcelli - See more at: http://br.blouinartinfo.com/photo-galleries/a-evolucao-dos-padroes-de-beleza-femininos-na-historia-da-arte?back_to_article=node/969194#image=3
	
	
	
A Mona Lisa, de Leonardo Da Vinci, é a personagem feminina mais famosa da arte e, embora não se saiba muito sobre a mulher que a obra representa, é possível captar o ideal dos renascentistas que sugerem uma visão exaltada do homem - See more at: http://br.blouinartinfo.com/photo-galleries/a-evolucao-dos-padroes-de-beleza-femininos-na-historia-da-arte?back_to_article=node/969194#image=4
	O rococó derivado do barroco apresenta uma mulher que mistura elegância, charme, graça e erotismo. Elas eram envolvidas por um cenário fantasioso, que resultava numa temática de conteúdo decorativo. Na imagem, Jovem com uma arara (c.1760), de Giambattista Tiepoldo - See more at: http://br.blouinartinfo.com/photo-galleries/a-evolucao-dos-padroes-de-beleza-femininos-na-historia-da-arte?back_to_article=node/969194#image=5
	
	
	No realismo, há um afastamento formal e estilístico das cenas idealizadas e da pintura histórica acadêmica, portanto a representação da mulher na arte sofre grandes mudanças quando os artistas passam a retratar de forma política e realista o período em que viviam, principalmente na França, após a Revolução de 1848. Na imagem, Olympia, de Édouard Manet, quadro que causou verdadeiro escândalo na época pelo seu caráter expressamente não alegórico, no qual o artista afirma a ideia realista de que a arte pode retratar a vida cotidiana de forma direta - See more at: http://br.blouinartinfo.com/photo-galleries/a-evolucao-dos-padroes-de-beleza-femininos-na-historia-da-arte?back_to_article=node/969194#image=6
	É no final do século XIX, com movimentos como o impressionismo, pós-impressionismo e art nouveau, que podemos ver com mais clareza novamente uma mudança na representação da mulher. Na imagem, As Banhistas, de Paul Cézanne - See more at: http://br.blouinartinfo.com/photo-galleries/a-evolucao-dos-padroes-de-beleza-femininos-na-historia-da-arte?back_to_article=node/969194#image=7
	
	
	De 1900 a 1940, a história da arte apresenta uma sequência de movimentos artísticos sobrepostos e interrelacionados, além de muitos artistas que trabalharam de forma independente. Embaixo de um guarda-chuva intitulado Escola de Paris, a arte representativa ganha expressão, com foco na figura humana. Paralelo a isso, na Alemanha, o expressionismo tomava conta com sua distorção linear, mudança no conceito de beleza artística e a simplificação dos detalhes. Na imagem, Duas mulheres na rua, de Ernst Ludwig Kirchner - See more at: http://br.blouinartinfo.com/photo-galleries/a-evolucao-dos-padroes-de-beleza-femininos-na-historia-da-arte?back_to_article=node/969194#image=8
	O estilo radical do cubismo seria o movimento que influenciaria praticamente todos os próximos movimentos importantes do século XX. Especificamente sobre a representação da mulher, há uma abordagem plana e abstrata. Na imagem, Les Demoiselles d’Avignon (1907), de Pablo Picasso, primeira pintura cubista, retrata prostitutas de um bordel de Barcelona. As pinceladas energéticas de Picasso disfarçam a sexualidade implícita da obra - See more at: http://br.blouinartinfo.com/photo-galleries/a-evolucao-dos-padroes-de-beleza-femininos-na-historia-da-arte?back_to_article=node/969194#image=9
	
	
	Já no surrealismo, os artistas utilizam a criatividade para libertar o inconsciente de uma sociedade “organizada”. Na obra No limiar da liberdade (1937), de René Magritte, o artista apresenta oito painéis retratando paisagens diferentes. Em um deles está o torso feminino com curvas sugestivas, típicos de uma figura da Renascença. Reduzida a um torso, a mulher permanece anônima, sem personalidade, mas feminina. O tema da mulher como objeto sexual é recorrente em numerosos trabalhos do século XX, inclusive no filme de Luis Buñel - um dos expoentes do cinema surrealista - Esse Obscuro Objeto do Desejo - See more at: http://br.blouinartinfo.com/photo-galleries/a-evolucao-dos-padroes-de-beleza-femininos-na-historia-da-arte?back_to_article=node/969194#image=10
	Não há como falar da representação da mulher na arte sem falar do trabalho de Frida Khalo. Considerada uma pintora surrealista por suas obras carregadas de simbolismo, Frida negou essa alcunha, pois afirmava pintar sua realidade dolorosa. O sofrimento físico onipresente e o intenso tormento psicológico são aparentes em suas pinturas. Na imagem, Autorretrato com colar de espinhos e beija-flor (1940) - See more at: http://br.blouinartinfo.com/photo-galleries/a-evolucao-dos-padroes-de-beleza-femininos-na-historia-da-arte?back_to_article=node/969194#image=11
	
	
	
Embora os anos após Segunda Guerra Mundial tivessem ampla aceitação da arte abstrata, na Europa alguns artistas ainda faziam representações figurativas de forma reconhecível, como Francis Bacon, Lucian Freud e Frank Auerbach. Eles pintavam de forma pouco sentimental, às vezes poética e ocasionalmente brutal. Na imagem, Moça com um cão branco (1950-1951), de Lucian Freud - See more at: http://br.blouinartinfo.com/photo-galleries/a-evolucao-dos-padroes-de-beleza-femininos-na-historia-da-arte?back_to_article=node/969194#image=12
	
A cultura de massa americana, a propaganda, as embalagens e a música popular eram os interesses da pop art. O florescimento desse movimento como um fenômeno artístico e midiático aconteceu no começo da década de 1960 e, por mais que o popular e o efêmero tenham sido digeridos nesse período, algumas obras poderiam ser interpretadas como críticas à moderna sociedade do consumo. Na imagem Vinte Marilyns (1962), de Andy Warhol. A escolha de uma celebridade como base para o quadro questiona a distinção tradicional entre a grande arte e a arte popular - See more at: http://br.blouinartinfo.com/photo-galleries/a-evolucao-dos-padroes-de-beleza-femininos-na-historia-da-arte?back_to_article=node/969194#image=13
	
	
	Na ascensão da arte fotográfica no inicio dos anos 1960, a fotografia começoua mostrar sua consciência social. A fotógrafa americana Cindy Sherman e sua série Bastidores (1977-1980) foi pioneira entre as artistas femininas e buscava representar a feminilidade dos filmes americanos do pós-guerra. A obra de Sherman desafia os conceitos de gênero na América e foi influenciada pelas imagens sensuais do estereótipo feminino da época. Ela chama atenção para a objetificação da mulher e celebra a juventude em um período em que o feminismo se encontrava em crescimento - See more at: http://br.blouinartinfo.com/photo-galleries/a-evolucao-dos-padroes-de-beleza-femininos-na-historia-da-arte?back_to_article=node/969194#image=14
A HISTÓRIA DA BELEZA
	
	PRÉ HISTÓRIA
Os primeiros sinais de vaidade começaram na Pré História, quando o homem passou a se reunir em grupos e se fixou na terra, surgindo a diferenciação hierárquica. Os chefes, em geral os mais fortes do grupo, enfeitavam-se com as garras e dentes dos animais ferozes que caçavam. Surgiram também as primeiras "pinturas de guerra" que dariam mais força ao guerreiro, além de "assustarem" o adversário. 
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	EGITO
Homens e mulheres pintavam o rosto por acreditarem na relação entre espiritualidade e aparência. A maquiagem se tornou parte da higiene diária, um verdadeiro ritual de beleza. Os olhos tinham o maior destaque: eram delineados e aumentados com kohl (carvão), as pálpebras recebiam toques de índigo e sobre elas se esfumavam uma sombra em pó, colorida, feita de malaquita moída (pedra). Utilizavam também henna, açafrão, curry e outros pós coloridos. 
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	GRÉCIA
A maquiagem era usada mas não tanto quanto no Egito. A preocupação maior era com a saúde e a beleza do corpo. Os homens não se maquiavam e procuravam manter a forma com exercício físico, massagens e banhos aromáticos. As mulheres usavam maquiagem leve e os penteados eram elaborados com fitas e cachos. 
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	ROMA
Os romanos adquiriram dos gregos o costume dos banhos e dos exercícios. Os óleos perfumados de massagem, banhos (termas) faziam parte do ritual de beleza. A maquiagem era mais exagerada entre as cortesãs, mas não deixava de ser usada pelas mulheres dos senadores e da elite. 
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	IDADE MÉDIA
Teve início com a queda do Império Romano e o domínio do Cristianismo. A vaidade foi condenada pela Igreja que passou a considerar como "hábitos pagãos" o costume das termas, dos banhos e das massagens com óleos perfumados dos romanos. Sendo alvo dessa nova ordem, as mulheres se cobriram com longas e rodadas vestimentas e os cabelos ficaram escondidos sob toucados. Mesmo assim tinham alguns toques de vaidade - os cabelos eram clareados com água de lixívia (cinza do borralho colocada na água) e com o sol. As sobrancelhas eram depiladas e a testa aumentada pela depilação da linha dos cabelos. As faces eram beliscadas e os lábios mordidos para que ficassem rosados.
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	RENASCIMENTO
Os decotes desceram, os penteados mais elaborados voltaram a ser usados e novamente a maquiagem começou a ser introduzida no dia-a-dia. O luxo do vestuário entrou na moda e, quanto mais nobre, mais enfeitado se apresentava. Surgiram as mouches (moscas), que eram pintas feitas de veludo, colocadas nos seios e no rosto de homens e mulheres. Na pintura eram retratados rostos jovens, ideal de beleza buscado na Grécia. 
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	SÉCULO XVIII
Na França, homens e mulheres voltaram a exagerar na maquiagem. Foi um período caracterizado pelo exagero em muitas áreas: na pintura, na arquitetura, no vestuário, nos penteados. O empoamento (pó de arroz) deixava rostos e cabelos inteiramente brancos; as perucas chegavam a altura de 50 cm; sedas, rendas, cetim e as mouches estavam no seu apogeu. Os decotes chegavam até os mamilos e o colo era aspergido com vinho tinto para que ficasse mais rosado.
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	SÉCULO XIX
A era vitoriana influenciou o comportamento e o guarda roupa feminino e masculino na Europa e parte da elite nos Estados Unidos. Roupas mais fechadas, decotes discretos, espartilhos, saias enormes, pouca maquiagem caracterizaram essa época dos cavalheiros e das damas.
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	ANOS 10
O início do século XX foi marcado pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918), que foi a grande responsável pela mudança no modo de ser e pensar da humanidade. As mulheres assumiram novos papéis passando, pela primeira vez, a integrar o mercado de trabalho. O vestuário se tornou mais prático e adequado à rotina das fábricas e escritórios.
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	ANOS 20
Com o fim da guerra, o divertimento deu o tom desta década de prosperidade e liberdade. Época das melindrosas (eram as mulheres modernas) e dos vestidos chacoalhando ao som de Charleston e do jazz. A mulher começava a ter mais liberdade, os comprimentos subiram chegando à altura dos joelhos - era a primeira vez na história ocidental que as pernas femininas podiam ser vistas em público. Coco Chanel revolucionou a década de 20 com os seus cortes retos, blazers, cardigãs, colares compridos, reproduzindo a sua própria imagem - a mulher bem sucedida, independente, com personalidade e estilo. A maquiagem era forte, os lábios eram vermelhos pintados em formato de coração ou arco de cupido, os olhos bem marcados, as sobrancelhas tiradas e marcadas a lápis. Os cabelos eram curtos (Chanel) tinham franja e corte reto na altura das orelhas.
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	ANOS 30
A euforia dos anos 20 chegou ao fim com a crise de 1929 (queda da Bolsa de Valores de Nova York). Em geral, os períodos de crise não são caracterizados por ousadias na forma de se vestir. Os anos 30 - ao contrário da década anterior que havia destruído as formas femininas - voltou a valorizar o corpo da mulher, através de uma elegância refinada; as formas eram marcadas, porém naturais. As saias ficaram longas e os cabelos começaram a crescer. A moda dos anos 30 descobriu o esporte, a vida ao ar livre e os banhos de sol. Os mais abastados iam para lugares à beira-mar para passar as férias.  A mulher dessa época devia ser magra, bronzeada e esportiva. O cinema estava no auge e Hollywood, através de suas estrelas, foi um referencial de disseminação de novos costumes. O visual sofisticado da atriz Greta Garbo, com sobrancelhas e pálpebras marcadas com lápis e pó de arroz bem claro, foi muito imitado pelas mulheres.
MAX FACTOR, químico que revolucionou a história da maquiagem, criou uma série de truques que deixava as estrelas de Hollywood com um rosto muito especial. Abriu uma indústria de cosméticos, pois as atrizes estavam sempre "roubando" os seus produtos para usar no dia-a-dia. Criou maquiagem para ruivas, morenas e loiras, maquiagem líquida, à prova d´água e outra grande revolução o PanCake - lançado em 1938 para o filme "... E o Vento Levou". A atriz Vivian Leigh tinha a pele muito irregular e o PanCake a salvou nos closes. Surgiram os estojos de bolsa, as mulheres podiam retocar a maquiagem onde estivessem.
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	ANOS 40
A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) foi novamente um catalizador de mudanças, a moda se tornou mais simples e austera - cortes retos, estilo militar, uso de duas peças criando looks intercambiáveis, racionamento de tecido, roupas recicladas, popularização dos sintéticos (como a viscose). Com a escassez de cabelereiros (até o final da década de 30, a profissão era exercida predominantemente por homens, que estavam lutando) os cabelos eram penteados com uma variedade de ondas e presos com grampos. A simplicidade a que a mulher estava submetida despertou o interesse pelos chapéus, surgiram novos modelos e adornos. A alta costura ficou restrita às mulheres dos comandantes alemães, dos embaixadores em exercício e àquelas que de alguma forma podiam frequentar as grandes maisons.
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	ANOS 50
Com o fim da guerra, a mulher dos anos 50 se tornou mais feminina, glamurosa e sofisticada. Era a consolidação do New Look, uma das principais revoluções da moda, lançada por Christian Dior em 1947. Metros e metros de tecido eram usados para confeccionar um vestido bem amplo, na altura dos tornozelos, com cintura marcada. Os sapatos eram de salto alto, além dasluvas e outros acessórios como peles e jóias. As jovens começaram a trocar as orquestras pela música de Elvis Presley. A beleza era um tema de grande importância, com muitos lançamentos de cosméticos. Spray de cabelo, delineador, sutiãs pontudos são as heranças da década. Era também o auge das tintas para cabelos. Os penteados podiam ser coques ou rabos-de-cavalo, como os de Brigitte Bardot. O corpo da mulher se tornou mais feminino e curvilíneo, valorizando quadris e seios. Marilyn Monroe eternizou o look dos anos 50, estabelecendo um padrão de símbolo sexual que atravessa décadas.
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	ANOS 60
Foi uma das décadas mais ricas. Pílula anticoncepcional, homem na Lua, morte de John Kennedy, Martin Luther King, minissaia, os Beatles, hippies, Festival de Woodstock, Guerra do Vietnã, Revolução de 64 (no Brasil), Mao Tsé-tung, Guerra Fria,... Liberdade sexual feminina. Os anos 60 viveram a explosão da juventude, o desejo de liberdade. Os jovens entraram para o mercado de trabalho e as empresas criaram produtos específicos para esse novo consumidor, que pela primeira vez, teve a sua própria moda, não mais derivada dos velhos. A modelo Twiggy, uma modelo inglesa de 1,70m  com 45 quilos, tornou-se o biotipo imitado pelas jovens da época. Foi o auge da estética "lolita", com a sexualização de looks quase infantis. Para manter o ideal de corpo adolescente, as revistas femininas pregavam as dietas e os exercícios. A maquiagem era basicamente nos olhos. Batom e esmalte eram bem claros, em geral branco-leite e os olhos seguiam padrões de tonalidades do rosado ao verde-água, com cílios enormes, negros e bem "postiços". Os cabelos eram armados, cheios de laquê e as perucas estavam na moda.
No final da década, o reduto jovem mundial se transferiu de Londres (cidade da moda desta época), para São Francisco (EUA), berço do movimento hippie. Manifestações e palavras de ordem mobilizaram jovens em diversas partes do mundo. Era o movimento da contracultura, que se afastava da ostentação da jovem guarda, em busca de uma viagem psicodélica.
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	ANOS 70
Década da discoteca, de Dancing Days, John Travolta, calças boca-de-sino, golas pontudas, plataforma,....O movimento hippie traz referências de outras etnias. Os cabelos recebiam a influência afro e deviam ser enormes, crespos e bem armados. Na maquiagem os olhos eram muito enfatizados (sombras  verde, rosa, azul) e até 1974 os cílios continuaram com força total. As maçãs do rosto tinham muito blush. Em Londres surge o punk, quando um grupo de garotos desempregados, sintetizando a atmosfera do "No Future" e da falta de perspectivas, protestam com suas roupas rasgadas, muito preto, alfinetes, jaquetas de couro, coturnos e cortes de cabelos "moicanos".
	
	
Era do poder e dos exageros visuais. A mulher passou a ocupar áreas antes reservadas aos homens ganhando status e dinheiro - são engenheiras, arquitetas, gerentes de empresa, donas de seu próprio negócio,... Foi também a época dos yuppies norte-americanos, que lançaram moda para todo o globo com suas roupas de griffe. Com o culto ao corpo começaram a corrida para as academias (febre da ginástica aeróbica), as vitaminas, a geração saúde.
A multiciplidade das tribos urbanas alcançou algo nunca visto - coexistiam punks, góticos, skinheads, new wavers, rappers (do hip-hop americano). A música influenciou fortemente a moda. 
A ambiguidade foi um traço marcante da década - estampas de oncinha, cores cítricas, acessórios "fake" conviviam com discretos tailleurs e com roupas de moletom e cotton-lycra recém-saídas das academias. A maquiagem tinha batons de cores vivas como o pink e o vermelho, os olhos eram bem pintados com sombras fortes, os cílios eram alongados com máscaras coloridas (verde e azul). Os cabelos tinham gel para o look molhado, mousse para criar volume, ao lado das permanentes e topetes altos.
No fim da década apareceram as supermodels - Linda Evangelista, Naomi Campbell, Cindy Crawford, Claudia Schiffer - eram as mulheres mais glamourosas, desejadas e invejadas. Ocuparam o imaginário da mídia e do público, antes reservado às estrelas de Hollywood. 
A mistura de tendências e a ambiguidade que caracterizou os anos 80 provaram que todos os limites são relativos e que a moda não é mais que a projeção de sonhos, idéias e aspirações - tudo é possível no mundo da criação.
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	ANOS 90
Trouxe o low profile, o minimalismo, pregando a simplicidade em oposição à extravagância e aos excessos visuais dos anos 80. O ideal era uma calça Calvin Klein com uma camiseta pólo, um Keds,... O heroin chic (palidez, olheiras e magreza excessiva) se tornou padrão. A modelo Kate Moss personificou esse estilo, muito reproduzido nos editoriais de moda. 
O grunge conquistou o mundo e a moda com bandas de Seattle como Nirvana. No extremo oposto, a indústria do luxo se expandiu e revitalizou marcas esquecidas.
Os jovens dos anos 90 ganharam espaço com marcas e estilos para cada tribo. Os adolescentes passaram a mudar de estilo cada vez mais rápido. Entrou em ascensão as tatuagens e os piercings.
A moda mais plural, estimulou o estilo próprio e individual, dando pistas para a virada do milênio.
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	ANOS 2000
A globalização e o desenvolvimento da mídia aumentaram muito a velocidade da informação. Modelos brasileiras como Gisele Bündchen, Carol Trentini, Fernanda Tavares, Isabeli Fontana, ... passaram a estrelar campanhas de grandes grifes mundiais e invadiram as passarelas.
Estilistas brasileiros passaram a apresentar coleções nas semanas de moda de Nova York e Paris. 
O governo do presidente Lula deu continuidade à política de estabilização econômica iniciada na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso.
O Brasil se tornou um "país na moda". Guias e revistas de estilo voltaram-se para o país estendendo seus predicados para além do samba, praia, futebol e Carnaval. A moda tornou-se plural e subjetiva. Com várias possibilidades, a mulher faz a escolha baseada no seu estilo. O look ficou mais natural para cabelos e maquiagem. Iniciou-se a "ditadura da juventude" - nunca se usaram tantos recursos médicos e tecnológicos para frear o envelhecimento.
		
	
E a indústria de cosméticos se especializa cada vez mais em proporcionar bem estar, auto-estima, tornando os cuidados com a beleza, mais eficazes e mais práticos de serem inseridos no dia-a-dia.
Cremes nutritivos para cabelos usados durante a noite. Produtos naturais com ativos orgânicos em substituição aos derivados petroquímicos. Produtos específicos para homens como shampoos e tratamento facial. Loções corporais auto bronzeantes. "Spa em casa" - produtos de tratamento corporal  que proporcionam a auto indulgência, o prazer e o relaxamento. Loções corporais, desodorantes, sabonetes com edições limitadas de cuidados especiais com a pele no verão. Maquiagem que trata e protege a pele. Finalizadores que modelam e tratam os cabelos... A lista é grande... e os produtos irão oferecer cada vez mais recursos seguindo estilos de vida, tendências,... tudo é movimento e evolução.

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