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APOSTILA / 3º TERMO 
LÍNGUA PORTUGUESA RED. EXP. ORAL III
Gêneros Textuais
PROFESSOR ROGÉRIO DO AMARAL
2º SEMESTRE / 2013
Enunciado e contexto
	Competência - faculdade para apreciar e resolver qualquer assunto. Aptidão, idoneidade
	Na linguística - Para a teoria gerativa, capacidade que tem o falante nativo de uma língua para entender e produzir um número infinito de orações.
	Discurso - Fala proferida para o público; oração. Raciocínio lógico. Exposição didática de um assunto.
	Gênero - Agrupamento de indivíduos que possuem caracteres comuns.
	Na linguística - Divisão e classificação dos discursos de acordo com os fins que se têm em vista e os meios empregados.
	Texto - Palavras que se citam para provar qualquer doutrina.
	Enunciado – Exposição sumária de uma verdade expressa, sem desenvolvimento nem explicação, com a finalidade de demonstrá-la.
	Contexto – referências.
Enunciado e contexto:
	Considerando que cada enunciado é portador de um sentido estável, que lhe foi conferido pelo locutor, observa-se que:
	Esse mesmo sentido seria decifrado por um receptor que dispõe do mesmo código, que fala a mesma língua. Ou seja, o sentido estaria inscrito no enunciado, e sua compreensão dependeria do conhecimento do léxico e da gramática da língua.
	O contexto desempenharia um papel periférico, fornecendo dados para desfazer as ambiguidades dos enunciados.
	Mas, a reflexão contemporânea sobre a linguagem afastou-se dessa concepção da interpretação dos enunciados: o contexto não se encontra ao redor de um enunciado que conteria um sentido parcialmente indeterminado.
	Todo ato de enunciação é assimétrico: a pessoa que interpreta o enunciado reconstrói seu sentido a partir de indicações presentes no enunciado produzido, mas nada garante que o que ela reconstrói coincida com as representações do enunciador.
	Compreender um enunciado não é somente referir-se a uma gramática, mas mobilizar saberes muito diversos, fazer hipóteses, raciocinar, construindo um contexto que não é um dado preestabelecido e estável.
	O contexto não é necessariamente o ambiente físico, o momento e o lugar da enunciação. Consideremos esta sucessão de frases de um romance:
	O agente secreto OSS 117 dirige-se ao bar languidamente. O local é um espaço reservado a não-fumantes.
	O leitor só identifica o referente de “o local” observando o contexto linguístico, que denominamos cotexto, ou seja, a frase anterior, na qual o antecedente selecionado será “o bar”.
	Mas esse cotexto pode ser percorrido de diversas maneiras. Suponha que haja possibilidade de escolha entre dois antecedentes:
	OSS 117 sai da sala e se dirige ao bar languidameme. O local é um espaço reservado a não-fumantes e faz uma hora que ele está com vontade de fumar e de tomar um bom uísque.
	O leitor provavelmente escolhe a sala como antecedente de “o local”. Outra possibilidade seria:
	OSS 117 pega seu maço de cigarros, sai da sala e se dirige ao bar. O local é um espaço reservado a não-fumantes: ele precisa voltar a sala.
	A frase “ele precisa voltar a sala” conduz então o leitor a reconfigurar o cotexto, baseando-se em seu conhecimento de mundo e em algumas regras de senso comum que lhe indicam, que, normalmente, se uma pessoa pega um maço de cigarros, é porque ela tem vontade de fumar e, se quer fumar, procura um espaço para fumantes.
	Apontamos três tipos de “contextos”, que podem fornecer alguns elementos necessários para a interpretação.
	- o ambiente físico da enunciação ou contexto situacional:
	Valendo-se do contexto situacional, podem-se interpretar unidades como “esse lugar”, o presente do verbo, “eu” ou “você” etc.
	- o cotexto:
	São sequências verbais encontradas antes ou depois da unidade a interpretar. Diferentemente de enunciados autônomos como “Não fumar”', constituídos de uma única frase, os enunciados geralmente são fragmentos de uma totalidade mais ampla: um romance, uma conversa, um artigo de jornal etc.
	- os saberes anteriores à enunciação:
	São exemplos: a referência dos nomes próprios ou os conhecimentos a respeito das consequências prejudiciais do tabaco, o formato oficial dos avisos de interdições etc.
Discurso, enunciado e texto
No uso comum, chamamos de “discurso” os enunciados solenes (“O presidente fez um discurso”), ou, pejorativamente, as falas inconseqüentes (“tudo isso é só discurso”). 
O emprego do termo discurso é constantemente ambíguo, pois pode designar tanto o sistema que permite produzir um conjunto de textos, quanto o próprio conjunto de textos produzidos.
Atualmente vemos proliferar o termo discurso nas ciências da linguagem. Emprega-se tanto no singular (o domínio do discurso, a análise do discurso) quanto no plural (os discursos se inscrevem em contextos), conforme ele se refira à atividade verbal em geral ou a cada evento de fala.
A noção de discurso é muito utilizada por ser o sintoma de uma modificação em nossa maneira de conceber a linguagem. 
Essa modificação resulta da influência de diversas correntes das ciências humanas reunidas frequentemente sob a etiqueta da pragmática, que é uma certa maneira de apreender a comunicação verbal. 
Vejamos algumas de suas características essenciais:
- o discurso é uma organização situada para além da frase:
Isto não quer dizer que todo discurso se manifeste por sequências de palavras de dimensões obrigatoriamente superiores a frase, mas sim que ela mobiliza estruturas de uma outra ordem que as da frase. 
Um provérbio ou uma interdição como “Proibido fumar” são discursos, formam uma unidade completa, mesmo sendo constituídos por uma única frase.
Os discursos estão submetidos a regras de organização vigentes em um grupo social determinado:
- regras que governam uma narrativa, um dialogo, uma argumentação;
- regras relativas ao plano de texto (um fait divers não pode ser dividido como uma dissertação ou como um manual de instruções);
- regras sobre a extensão do enunciado etc.
- o discurso é orientado:
O discurso é orientado não somente porque é concebido em função de uma perspectiva assumida pelo locutor, mas também porque se desenvolve no tempo de maneira linear. 
O discurso se constrói em função de uma finalidade, devendo, dirigir para algum lugar. 
Mas ele pode se desviar em seu curso, retomar sua direção inicial, mudar de direção.
Sua linearidade manifesta-se frequentemente por um jogo de antecipações (veremos que...) ou de retomadas (ou melhor). 
O desenvolvimento linear do texto se processa em condições diferentes, caso o enunciado seja proferido por um só enunciador que o controla do início ao fim (monólogo), ou se inscreva em uma interação na qual possa ser interrompido ou desviado a qualquer momento pelo interlocutor (diálogo).
- O discurso é uma forma de ação:
Falar é uma forma de ação sobre o outro e não apenas uma representação do mundo.
Toda enunciação constitui um ato (prometer, sugerir, afirmar, interrogar etc.) que visa modificar uma situação. 
Em um nível superior, esses atos elementares se integram em discursos de um gênero determinado (um panfleto, uma consulta médica, um telejornal etc.) que visam produzir uma modificação nos destinatários.
- O discurso é interativo:
A atividade verbal é uma inter-atividade entre dois parceiros, cuja marca nos enunciados encontra-se no binômio EU-VOCÊ da troca verbal. 
No entanto, não se deve confundir a interatividade fundamental do discurso com a interação oral. Toda enunciação, mesmo produzida sem a presença de um destinatário, é marcada por uma interatividade constitutiva (dialogismo). 
Se admitimos que o discurso é interativo, que ele mobiliza dois parceiros, torna-se difícil nomear destinatário o interlocutor, pois, dá a impressão de que a enunciação caminha em sentido único, que ela é apenas a expressão do pensamento de um locutor que se dirige a um destinatário passivo.
- O discurso é contextualizado:Sabemos que não se pode atribuir um sentido a um enunciado fora de contexto; o mesmo enunciado em dois lugares distintos corresponde a dois discursos distintos,
O discurso contribui para definir seu contexto, podendo modificá-lo no curso da enunciação. Por exemplo:
Dois enunciadores podem conversar de igual para igual, de amigo para amigo e, após terem conversado durante alguns minutos, estabelecer entre si novas relações (um dos dois pode adotar o estatuto de médico, o outro, de paciente).
- O discurso é assumido por um sujeito:
O discurso só é discurso enquanto remete a um sujeito, um EU, que se coloca como fonte de referências pessoais, temporais, espaciais e, ao mesmo tempo, indica que atitude está tomando.
Ele indica quem é o responsável pelo que está sendo dito.
- O discurso é regido por normas:
Cada ato de linguagem implica normas particulares.
Um ato tão simples em aparência como a pergunta, implica que o locutor ignore a resposta, que essa resposta apresente algum interesse para ele, que ele acredite que seu co-enunciador tem condições responder-lhe.
Nenhum ato de comunicação pode efetuar-se sem justificar, de uma maneira ou de outra, seu direito a apresentar-se da forma como se apresenta.
- O discurso é considerado no bojo de um interdiscurso:
O discurso só adquire sentido interior de um universo de outros discursos.
Para interpretar qualquer enunciado, é necessário relacioná-lo a muitos outros (que são comentados, parodiados, citados).
O simples fato de classificar um discurso dentro de um gênero (a conferência, o telejornal etc.) implica relacioná-lo ao conjunto ilimitado dos demais discursos do mesmo gênero.
O enunciado se opõe a enunciação da mesma forma que o produto se opõe o ato de produzir; o enunciado é a marca verbal do acontecimento que é a enunciação.
Alguns linguistas definem o enunciado como uma unidade elementar da comunicação verbal, uma sequência dotada de sentido e sintaticamente completa.
Emprega-se também enunciado para designar uma sequência verbal que forma uma unidade de comunicação completa no âmbito de um determinado gênero de discurso: um boletim meteorológico, um romance, um artigo de jornal são, desse modo, enunciados.
Um enunciados se prende à orientação comunicativa de seu gênero de discurso (um telejornal visa informar sobre a atualidade, um anúncio comercial visa persuadir um consumidor etc.). Nessa acepção, enunciado possui um valor quase equivalente ao de texto.
Texto emprega-se igualmente com um valor mais preciso, quando se trata de apreender o enunciado como um todo como constituindo uma totalidade coerente. 
Um texto não é necessariamente produzido por um só locutor. Em um debate ou uma conversa, ele se apresenta como sendo atribuído a vários locutores.
As leis do discurso
Para construir uma interpretação, o destinatário deve supor que o produtor do enunciado respeita certas “regras do jogo”.
Em virtude desse princípio, os parceiros devem compartilhar um certo quadro e colaborar para o sucesso dessa atividade comum que é a troca verbal, em que cada um reconhece seus próprios direitos e deveres, assim como os do outro.
Esse princípio adquire todo seu peso nas conversações, quando os interlocutores (dois ou mais) estão em contato direto e interagem continuamente um com o outro. 
Mas as leis do discurso valem também para qualquer outro tipo de enunciação, até mesmo para a escrita, em que a situação de recepção é distinta da situação de produção.
- os subentendidos
As leis do discurso não são normas de uma conversação ideal, mas regras que desempenham um papel crucial no processo de compreensão dos enunciados. 
Pelo fato de serem supostamente conhecidas pelos interlocutores, elas permitem a transmissão de conteúdos implícitos.
O implícito evidenciado pelo confronto do enunciado com contexto de enunciação é denominado subentendido. 
Em oposição ao implícito temos os pressupostos, que aparecem inscritos no enunciado. Por exemplo:
Paulo deixou de fumar na sala de espera.
Essa informação pressupõe que antes ele fumava.
- As principais leis:
A lei da pertinência:
Ela recebe definições variadas, intuitivas ou sofisticadas.
Intuitivamente, estipula que uma enunciação deve ser maximamente adequada ao contexto em que acontece: deve interessar ao destinatário, fornecendo-lhe informações que modifiquem a situação.
Toda enunciação implica sua pertinência, o que leva o destinatário a procurar confirmar essa pertinência. Se um jornal publica na primeira página “Daniel voltou a ver a princesa Stéphanie”, só o fato de dizê-lo implica que esta informação é pertinente lá onde ela se encontra, do modo como se encontra e para o público ao qual se destina.
A lei da sinceridade:
Diz respeito ao engajamento do enunciador no ato de fala que realiza.
Cada ato de fala (prometer, afirmar, ordenar, desejar etc,) implica um determinado número de condições, de regras do jogo. Por exemplo:
Para afirmar algo, deve-se estar em condições de garantir a verdade que se diz; para dar uma ordem, deve-se querer que a ordem seja obedecida, não ordenar alguma coisa impossível ou já realizada.
A lei da sinceridade não será respeitada se o enunciador enunciar algo que não quer ver realizado, se afirma algo que sabe ser falso.
A lei da informatividade:
Incide sobre o conteúdo dos enunciados e estipula que não se deve falar para não dizer nada, que os enunciados devem fornecer informações novas ao destinatário. 
Mas uma regra desse tipo só pode ser avaliada em situação. 
É em virtude dessa lei que as tautologias (“Um marido é um marido”) geralmente obrigam o destinatário a inferir subentendidos: se alguém proferiu um enunciado que aparentemente não ofereceu nenhuma informação, é para transmitir-me um outro conteúdo. É o caso deste anúncio publicitário de 1997 para a Fiat:
Para aqueles a quem o Punto já não bastava, aqui está o Punto.
O enunciado que aparentemente não fornece nada de novo, vai inferir ao leitor a existência de uma informação nova, por exemplo, que se trata de um novo Punto.
A lei da exaustividade:
Não é uma repetição da lei da informatividade. Ela especifica que o enunciador deve dar a informação máxima, considerando-se a situação. Quando se lê em um artigo de jornal “Sete reféns foram libertados na embaixada do Japão”, supõe-se que o enunciado deu a informação máxima, isto é, que sete reféns ao todo foram libertados.
De um ponto de vista estritamente lógico, dizer que cinco reféns foram libertados não seria falso. lê-se “O Rio está localizado a uma certa distância da Bahia”, sem maiores precisões, pode-se considerar que a lei de informatividade foi transgredida, relativamente ao contrato imposto a esse tipo de livro, que visa fornecer informações práticas.
A lei da exaustividade exige também que não se esconda uma informação importante. 
Seria esse o caso se um jornal publicasse a manchete “Um grupo de jovens agride um homem” e se o homem em questão fosse um “policial fardado”.
Em contrapartida, se o título fosse “Um grupo de jovens agride um policial loiro de setenta e sete quilos”, a lei da exaustividade seria igualmente transgredida por excesso de informação.
As leis da modalidade:
Um determinado número de leis da modalidade prescreve clareza (na pronúncia, na escolha das palavras, na complexidade das frases etc.) e, principalmente, economia (procurar a formulação mais direta).
Essas normas são relativas aos gêneros de discurso, pois não pode existir uma norma universal de clareza. 
No início dos anos noventa, a marca de sabão em pó Omo lançou na televisão francesa uma campanha de publicidade em que macacos vestidos de homem produziam enunciados que transgrediam nitidamente as leis da modalidade. Por exemplo:
“Ké número so mini ripou” (imagem da família que olha o filhote bater palmas de alegria, porque seu macacão está limpo).
“Loukati papinou” (o filhote levanta o copo para brindar a fotografia do avô).Aqui, a compreensão só pode ser muito parcial; os enunciados não são destinados a ser compreendidos no sentido habitual da palavra, mas a suscitar a procura lúdica de sua significação.
Em um nível superior a compreensão funciona normalmente, respeitando as leis da modalidade.
Na qualidade de mensagem publicitária destinada a proclamar a superioridade do sabão em pó Omo, ela é perfeitamente clara.
Quanto ao discurso publicitário e jornalístico, existe uma diferença entre eles. Para o primeiro, a enunciação é por natureza ameaçada:
• o simples fato de pedir para ser lido constitui ao mesmo tempo uma ameaça para a face positiva do responsável pela enunciação, a marca do produto (que corre o risco de ser vista como uma “chatice”) e uma ameaça para as faces negativa e positiva do destinatário (tratado como alguém sem importância, a quem se pode pedir que dedique uma parte de seu tempo à leitura do enunciado publicitário);
• todo enunciado publicitário visa pedir dinheiro ao leitor-consumidor, o que representa também uma ameaça a sua face negativa, bem como a do locutor, em seu papel de solicitante.
Criar um anúncio que seja sedutor, isto é, que agrade ao destinatário, significa anular imaginariamente essa ameaça às faces, que é constitutiva da enunciação publicitária.
Em contrapartida, o discurso jornalístico é de certa forma antecipadamente legitimado, uma vez que foi o próprio leitor que o comprou.
O jornal procura apresentar-se como quem responde a demandas, explícitas ou não, dos leitores. 
Quando o jornal propõe uma seção “Sua saúde” ou “Resultados esportivos”, ele valoriza a face positiva do leitor, interessando-se pelas suas preferências ou necessidades, aceitando-as como legítimas ao satisfazê-las; ele valoriza também sua própria face positiva de locutor, ao mostrar-se preocupado com o bem-estar de seus clientes.
Definição de competência discursiva
	A questão da competência discursiva é o grande objetivo de estudar-se a língua. A prática da leitura e da produção escrita sob a ótica dos gêneros é essencial ao exercício e ao aprimoramento desta competência. 
O ensino de língua materna deve estar associado às necessidades reais do uso da linguagem pelos seus falantes reais em seu meio social. 
Esse uso requer certas capacidades que, em determinadas situações, os falantes devem atualizar para sentirem-se confortáveis na interação verbal. 
A competência discursiva engloba uma série de capacidades e saberes. Engloba a competência linguística ou gramatical; isto é, a capacidade de usar os recursos gramaticais linguísticos que a língua oferece nas diversas situações de comunicação: fonológicos, morfossintáticos e semânticos.
Engloba também a competência textual; isto é, a capacidade que todo usuário tem de reconhecer um texto como uma unidade de sentido coerente e de produzir textos coerentes de diversos tipos, a capacidade de resumir um texto, de dar um título ou de produzir um texto a partir de um título dado, de discernir entre um artigo de jornal e um questionário.
A competência discursiva é a capacidade que os usuários da língua têm ou deverão ter para, ao criarem seus textos, escolherem o gênero que melhor lhes convier, dentro de um inventário de gêneros que existem.
Tais gêneros estão disponíveis nas formações sócio-discursivas contemporâneas para serem utilizados como modelos ou serem transformados em novos gêneros, através de sua atualização individual pelos usuários de uma língua natural.
A competência discursiva só pode ser adquirida nas atividades de linguagem, na interação verbal dos indivíduos através dos gêneros textuais, dentro das formações sócio-discursivas e dos
ambientes discursivos que existem em sociedade.
	A partir destas considerações, propomos uma reflexão sobre a prática do ensino da escrita em sala de aula centrada na redação escolar. Consideramos textos escolares os textos monológicos escritos por alunos endereçados ao professor de português, com a finalidade única de ganhar uma nota; isto é, uma produção dissociada do uso real da linguagem e sem o propósito de dialogar com o outro, de interagir em uma instituição social dada.
Portanto, é uma produção sem um ponto de vista expresso que demonstre a compreensão do mundo discursivo em que está contextualizada a prática escrita e sem uma posição assumida e defendida pelo aluno-sujeito-produtor, a partir de seu texto, neste mundo discursivo.
O que levou o aluno a encarar um pedaço de papel em branco não foi nenhuma crença de que ali estava uma chance de dizer, mostrar, conhecer, divertir, ou seja lá outra atividade a que possa atribuir um valor para um empenho pessoal. 
O que os problemas de redação apontam é que, atrás de cada um destes textos, ao invés de estar um sujeito de discurso, encontra-se um aluno e sua carga escolar.
Diferentemente de um aluno que escreve uma mera redação, um usuário competente discursivamente é aquele que pensa a produção de textos situando-os dentro de um gênero com sua estrutura estável, que pertence a um ambiente discursivo, como produção escrita dialógica, que busque atingir objetivos sócio-comunicativos específicos.
É aquele sujeito-produtor que pretende interagir com outros sujeitos dentro de uma instituição dada, de acordo com as situações de uso real da língua, que compreenda o mundo discursivo e as possibilidades de expressão de acordo com a variedade de gêneros textuais que esse mundo discursivo possibilita, levando-se em consideração não só o produto da interação - os textos e seus mecanismos de textualização - mas todo o processo de enunciação que sustenta as atividades de linguagem dentro das diversas instituições sociais.
As diversas competências
Existem um determinado número de leis do discurso que regem a comunicação verbal. Essas leis que se aplicam a cada atividade verbal devem, na realidade, ser adaptadas as especificidades de cada gênero de discurso.
O domínio das leis do discurso e dos gêneros de discurso (a competência genérica) são os componentes essenciais de nossa competência comunicativa, de nossa aptidão para produzir e interpretar os enunciados de maneira adequada às múltiplas situações de nossa existência.
O domínio da competência comunicativa não é suficiente para se participar de uma atividade verbal. Outras instâncias devem ser mobilizadas para produzir e interpretar um enunciado.
É preciso uma competência linguística, o domínio da língua. É preciso dispor de conhecimento sobre o mundo, uma competência enciclopédica.
A competência enciclopédica:
Ela nos diz, por exemplo, que uma sala de espera existe para que as pessoas esperem sua vez; que a proibição de fumar se aplica ao tabaco; que os cigarros, charutos, cachimbo, queimam tabaco e soltam fumaça e que a fumaça é geralmente considerada pelos médicos como prejudicial à saúde, etc. 
É, também o nosso conhecimento enciclopédico que nos diz quem é Drácula, como se chamam os nossos vizinhos etc.
Esse conjunto virtualmente ilimitado de conhecimentos, o saber enciclopédico, varia evidentemente em função da sociedade em que se vive e da experiência de cada um. Ele se enriquece ao longo da atividade verbal, uma vez que tudo o que se aprende em seu curso fica armazenado no estoque de conhecimentos e se torna um ponto de apoio para a produção e a compreensão de enunciados posteriores.
A competência genérica:
A competência comunicativa consiste essencialmente em se comportar como convém nos múltiplos gêneros de discursos: é antes de tudo uma competência genérica, pois o discurso jamais se apresenta como tal, mas sempre na forma de um gênero de discurso particular: um boletim de meteorologia, uma ata de reunião, um brinde etc.
Mesmo não dominando certos gêneros, somos geralmente capazes de identificá-los e de ter um comportamento adequado em relação a eles.
É a partir do momento em que identificamos um enunciado como um cartaz publicitário, um sermão, um curso de língua etc., que podemos adotar em relação a ele aatitude que convém. 
A competência genérica varia de acordo com os tipos de indivíduos envolvidos. A maior parte dos membros de uma sociedade é capaz de produzir enunciados no âmbito de um certo número de gêneros de discurso: trocar algumas palavras com um desconhecido na rua, escrever um carta-postal para amigos, comprar uma passagem de trem numa bilheteria etc. Mas nem todo mundo sabe redigir uma dissertação filosófica, uma defesa a ser apresentada junto a uma jurisdição.
Podemos ainda participar de um gênero de discurso de formas muito diferentes, desempenhando diferentes papéis. O aluno não é capaz de ministrar uma aula, mas pode desempenhar o papel de aluno: saber quando deve falar ou calar-se, que nível de língua usar para falar com o professor etc.
A interação das competências:
Enumeramos algumas competências que intervêm no conhecimento do discurso. Mas não especificamos em que ordem1 elas intervêm.
Seria simples se elas se manifestassem de modo seqüencial. Entretanto, elas interagem para produzir uma interpretação. Com estratégias diferentes, pode-se chegar à mesma interpretação.
Uma determinada competência permite remediar as deficiências ou o fracasso do recurso a uma outra competência. 
Geralmente acabamos conseguindo lidar com enunciados em determinadas línguas estrangeiras, ainda que não compreendamos o sentido da maior parte de suas palavras e frases, se pudermos dispor de um mínimo de informação acerca do gênero de discurso em que se incluem tais enunciados.
A competência linguística não é, portanto, suficiente para interpretar um enunciado: a competência genérica e a competência enciclopédica desempenham um papel essencial.
Classificação dos gêneros textuais
	Conhecer os gêneros textuais é condição necessária para desenvolver a competência discursiva dos usuários de uma língua.
	Os gêneros tratam-se de um conjunto de eventos codificados e chaveados no interior de processos sociais comunicativos.
	Reconhecer estes códigos e chaves torna-se um facilitador, tanto para a compreensão quanto para a produção.
	As contribuições da linguística no desenvolvimento dos estudos sobre gênero residem, a princípio, na ênfase dada a dois processos de análise: 
	a)	análise de gêneros como ocorrências em eventos discursivos e em ambientes discursivos específicos, voltados, para uma finalidade (relações entre língua e sociedade, suportes textuais, instituições sociais e seus enunciadores);
	Os gêneros refletem os avanços históricos e tecnológicos de uma sociedade.
	Com os avanços tecnológicos e a ampliação dos suportes textuais, os eventos discursivos sofrem contínuas modificações nas estruturas esquemáticas.
	Isso implica mudanças nos processos de textualização e nas relações dos usuários de língua materna, que conhecendo a diversidade dos gêneros existentes em seu meio, interagem nos eventos discursivos dentro dos ambientes discursivos específicos de uma sociedade.
	b)	análise de gêneros como sendo estruturas esquemáticas relativamente estáveis diferenciadas (relações intralinguísticas, processo de textualização).
	A questão não está na designação do gênero, mas na identificação dos elementos que distingam um enunciado do outro, e mostrem os traços básicos do modelo em pauta.
	NOMENCLATURA E DEFINIÇÕES
	a) Textos: unidades básicas de ensino organizadas a partir de certas restrições temática, composicional e estilística, caracterizando-os como pertencentes a um determinado gênero textual.
	b) Gêneros textuais: unidades triádicas estáveis, divididas para fim de análise em unidade composicional, unidade temática e estilo.
	c) Tipos de discurso: formas de organização linguístico-discursivas, ancorados em dois mundos discursivos arquetípicos: o mundo do Narrar e o mundo do Expor.
	d) Sequências textuais: modos de organização linear que formam uma unidade textual coesa e coerente. Pretendem instaurar a interação entre os interlocutores.
	e) Suportes textuais: espaços físicos e materiais onde estão grafados os gêneros textuais (livro, jornal, computador).
	f) Ambientes discursivos: lugares sociais ou instituições sociais onde se organizam formas de produção com estratégias de compreensão e ocorrem as atividades de linguagem (ambiente discursivo escolar, acadêmico, da mídia, jurídico, religioso, político).
	g) Eventos discursivos: atividades de linguagem que se dão no tempo e em determinados ambientes discursivos, através de gêneros textuais constituídos de tipos de discursos e de sequências textuais, envolvendo enunciadores determinados, com objetivos específicos de interagir com enunciatários reais.
	h) Gêneros de discursos: vistos como o discurso do judiciário, da mídia, da escola, da academia, o discurso religioso, o familiar, o político. Referem-se aos discursos oriundos dos ambientes discursivos correspondentes.
	i) Competência discursiva: mistura de capacidades que o usuário de uma língua atualiza e desenvolve, quando participa das atividades de linguagem que ocorrem nos diversos ambientes discursivos da sociedade.
GÊNEROS: CLASSIFICAÇÃO E TIPOLOGIAS
“Classificar um texto é operar uma aproximação entre os objetos de linguagem sempre unívocos e diferentes, a partir de propriedades que lhes são comuns".
"[...] É descobrir uma regra que funcione através de vários textos".
a) O objeto a classificar: o texto
Verbalizações orais ou escritas, emitidas em situação de uso, isto é, realidades semióticas complexas e pluridimensionais. 
Os textos são estratificados em níveis diferentes, é possível atribuir-lhes propriedades comuns muito heterogêneas, seguindo-se a isso um número incalculável de combinações possíveis.
CLASSIFICAÇÃO HOMOGÊNEA
Trabalha a partir de uma base tipológica única e homogênea sob a forma de um modelo abstrato, que se realiza completamente ou parcialmente num domínio de aplicação dada.
A classificação homogênea proposta por Werlich (1979) distingue cinco tipos de textos:
- o tipo descritivo, ligado à percepção no espaço;
- o tipo narrativo, ligado à percepção no tempo;
- o tipo expositivo, ligado à análise e à síntese de representações conceituais;
- o tipo argumentativo, concentrado no julgamento e na tomada de posição;
- o tipo instrutivo, ligado à previsão de um comportamento a seguir.
Relação entre seqüencialidades e alguns gêneros textuais:
• seqüencialidade narrativa (romance, novela, contos, etc);
• seqüencialidade injuntiva-instrucional (manual de instruções, de montagem, regulamentos, guias de viagem, boletim meteorológico, etc);
• seqüencialidade descritiva (descrição dentro da narração, publicidade, guia turístico, etc);
• seqüencialidade argumentativa (editorial, publicidade, textos de dissertações, teses, etc);
• seqüencialidade explicativo-expositiva (página de um livro didático, artigo de vulgarização, artigo de informação, etc);
• seqüencialidade dialógico-conversacional (diálogo, entrevista, conversa telefônica, etc);
• seqüencialidade poética-autotélica [Diz-se do que não tem finalidade ou sentido além ou fora de si] (poema, prosa poética, slogans publicitários ou políticos, letras de música, etc).
Os textos raramente são monosseqüenciais e se estruturam de modo completo ou parcial por diversas Sequências, idênticas ou diferentes.
O gênero textual manual de instruções tem em sua composição o predomínio de uma Sequência: injuntivo-instrucional, ou seja, corrobora para haver uma classificação homogênea para tipos ou gêneros.
Mas, observando outros gêneros, como, a fábula ou o fait divers, haverá a presença de inúmeras Sequências ou tipos de discursos, organizados em Sequências, fragilizando a idéia de uma base tipológica homogênea.
O LOBO E O CORDEIRO
Ao ver um cordeiro à beira de um riacho, o lobo quis devorá-lo, mas era preciso ter uma boa razão. Apesar de estar na parte superior do riacho, acusou-o de sujar sua água, o que o impedia de matar a sede. O cordeiro se defendeu:
- Eu bebo com a ponta dos lábiose, ainda, como eu ia sujar a água se ela está vindo daí de cima, onde tu estás?
Como ficou sem saber o que dizer, o lobo replicou:
- Sim, mas no ano passado insultaste meu pai.
O carneiro respondeu:
- Eu nem era nascido...
O lobo não se calou:
- Podes te defender como quiseres que não deixarei de te devorar.
Quando alguém está disposto a nos prejudicar, de nada adianta nos defendermos.
O gênero textual fábula é caracterizado pelo discurso da ordem do narrar.
Esse discurso funciona com ações apresentadas em Sequências narrativas, articuladas a uma Sequência descritiva.
O desfecho acional se dá com uma troca conversacional (discurso interativo - Sequência dialogal) sob a forma de uma argumentação polêmica.
A história está a serviço de uma tese que ela ilustra e também tem o papel de argumentar (linha 12 - Sequência argumentativa): a Moral da história.
CLASSIFICAÇÃO INTERMEDIÁRIA
Algumas classificações elaboram sua base tipológica com a ajuda de critérios heterogêneos, e o foco classificatório, essencialmente no modo enunciativo, a intenção de comunicação ou as condições de produção, dão conta da produção do texto de acordo com a situação de uso.
Numa determinada instituição há maior ou menor presença de um gênero textual qualquer.
O jornal é um suporte textual que pertence à instituição mídia.
Num jornal impresso qualquer, encontraremos uma manifestação explícita do discurso institucional da mídia impressa.
Por outro lado, nesse suporte de textos, encontram-se diversos gêneros textuais, constituídos por determinados tipos de discursos/modalidades discursivas que predominam na constituição de cada gênero e, na sua configuração seqüencial-textual, apresentando marcadores linguísticos específicos para os efeitos de sentido desejados.
É o caso do gênero editorial (discurso teórico/expor/argumentar com Sequências expositivas, e argumentativas), história em quadrinhos (narração com Sequências narrativas e Sequências dialogais), entrevista (discurso interativo com Sequências dialogais).
As tipologias intermediárias propostas por Petitjean (1989) são:
a) As tipologias enunciativas
Têm como princípio classificatório a relação entre o produtor do texto e a situação de enunciação.
Essa relação forma um quadro composto por três parâmetros diferentes: o locutor, o interlocutor e o tempo e espaço.
b) Tipologias comunicacionais
Reduz a diversidade das trocas sociais sob a forma de um modelo de comunicação construído a partir de parâmetros presentes num processo de comunicação: emissor - destinatário - o contexto de referência - o código comum ao emissor e ao destinatário - o canal de transmissão - e a mensagem realizada.
Percebe-se que todo discurso depende de circunstâncias particulares de comunicação, e que cada uma dessas circunstâncias é o produto de um certo número de componentes que se faz necessário desvendar.
c) Tipologias situacionais
Considerará o poema, a fábula, a peça de teatro, o romance, como gêneros de discurso literário; a parábola, a oração, o sermão, como gêneros de discurso religioso; a reportagem, a crônica policial, o editorial, a história em quadrinhos, como gêneros de discurso jornalístico; o artigo de lei, a defesa, a sentença, como gêneros de discurso jurídico.
"O conceito de discurso remete, enfim, a uma entidade, mais ampla, ou seja, àquela da formação discursiva da obra no texto, entidade que só pode ser depreendida levando-se em consideração um conjunto de parâmetros de natureza social".
O ponto de partida das tipologias ditas situacionais, para classificar os gêneros textuais, é o domínio social a partir do qual os discursos são produzidos.
CLASSIFICAÇÃO HETEROGÊNEA
Quando temos uma base tipológica totalmente heterogênea, com focos classificatórios diferentes, fala-se em classificação de gêneros textuais.
Exemplifica-se essa heterogeneidade de um gênero, a partir do estudo dos fait divers (Crônicas –reportagens– policiais escritas em jornais):
- o discurso caracteriza-se por narrativas expandidas, por multiplicação de agentes enunciadores (polifonia) e mistura de planos de enunciação.
- o discurso, do ponto de vista comunicacional, revela uma intenção informativa, mas não é desprovida de argumentação de valores.
- o discurso depende das condições situacionais de produção, assim um mesmo acontecimento tem tratamento semântico diferente.
- o texto possui construção seqüencial heterogênea, com seqüencialidade narrativa dominante, inserida por diálogo e descrição e seqüencialidade transversal, com a descrição possuindo enfoque argumentativo.
Classificação por relações estabelecidas entre os textos:
- quando há a presença de um texto em outro texto (citações, alusões), relação intertextual;
- quando um texto acompanha outro texto (prefácio, orelha), relação paratextual;
- quando há um comentário de um texto por outro texto (explicação, crítica), relação metatextual;
- quando há derivação de um texto a partir de outro texto (paródia), relação hipertextual.
A linguagem é uma característica da atividade social dos homens, que interagem no intuito de se comunicar, por meio de atividades e de ações de linguagem.
"Os homens se comunicam através de gêneros, não através de orações ou palavras [...]".
Toda produção lingüística é uma ação social situada, levada a efeito por indivíduos singulares em formações sociais específicas.
Os parâmetros necessários para que se entenda o processo pelo qual um agente, através de uma ação de linguagem, produz um texto; são:
1) a situação de ação de linguagem;
2) a ação de linguagem;
3) a noção de intertexto (Texto preexistente a outro texto.).
Para produzir um texto, um agente deverá mobilizar algumas de suas representações sobre esses mundos (físico, social e subjetivo) em dois parâmetros distintos:
- o contexto de produção;
- o conteúdo temático do texto que ele quer produzir.
Ele deve ter noção do contexto (situação de interação ou de comunicação em que ele está).
Num primeiro plano, relativo aos parâmetros do mundo físico, o agente produtor do texto precisa saber:
- o lugar de produção (lugar físico onde o texto é produzido);
- o momento de produção (espaço de tempo durante o qual o texto é produzido);
- o emissor (pessoa que produz o texto);
- o receptor (pessoa que percebe o texto).
Num segundo plano, todo texto está associado às atividades de uma formação social, ou de uma interação social, que implicará o mundo social com seus valores e contratos, e no mundo subjetivo ou na idéia que o agente faz de si no momento da ação de linguagem. 
Cria-se então um mundo sociosubjetivo distribuído em quatro parâmetros:
I) o lugar social, instituição social ou ambiente de interação (ambiente discursivo), o texto é produzido (mídia, academia, interação comercial, política, escola);
II) a posição social do emissor. O papel social que o emissor desempenha na interação (professor, patrão, entrevistador, filho, pai);
III) a posição social do receptor (interlocutor);
IV) o objetivo da interação social ou o efeito que o texto poderá produzir no destinatário (interlocutor).
O referente é o conjunto de informações que estão explicitamente contidas no texto, apresentadas pelas suas unidades proposicionais (ou semânticas).
A noção de ação de linguagem integra os parâmetros do contexto de produção e do conteúdo temático, uma vez que um determinado agente, ao empreender uma interação verbal, estará sempre lançando mão desses dois parâmetros.
A ação de linguagem é a base de orientação a partir da qual o agente produtor de um texto empírico tomará um conjunto de decisões.
A primeira decisão do agente, consiste na escolha, dentre os gêneros de textos disponíveis, daquele que lhe parece mais adequado e mais eficiente em relação à sua situação de ação de linguagem específica.
No dia 10 de abril de 2002, o padre Vicente, no papel de autoridade religiosa da Igreja Católica (enunciador),dirigiu-se a um casal X (estatuto de destinatário), numa igreja católica, diante de uma platéia de católicos (ambiente discursivo religioso católico) com o objetivo de selar o matrimônio desse casal (objetivo ou efeito discursivo).
O exemplo demonstra uma ação de linguagem de registro oral, utilizando um gênero do ambiente discursivo religioso (gênero textual ordenação ou declaração de matrimônio constituído predominantemente do tipo de discurso interativo dialógico, com Sequências dialogal e injuntiva).
No dia 15 de fevereiro de 2002, o sr. Plínio, na qualidade de jornalista da Gazeta Iluminada (enunciador) dirigiu-se aos leitores do jornal (destinatários), na seção editorial (gênero textual editorial) do jornal (ambiente discursivo ou lugar social ou instituição - mídia) para convencê-los de que a sociedade brasileira deve repensar o uso que faz da água potável (objetivo ou efeito).
Nesse caso, o enunciador tomou a decisão de utilizar-se do gênero editorial para promover a interação verbal com seus leitores, mas poderia também lançar mão de outros gêneros para realizar sua ação de linguagem, que tinha como objetivo alertar os leitores para o mau uso da água potável pelos brasileiros. 
A escolha de um gênero textual, dentro do inventário intertextual dos gêneros, representa uma espécie de estratégia de produção de texto que o agente utiliza com o intuito de atingir seus objetivos comunicativos.
Como conceber um gênero?
Para um locutor, dominar vários gêneros de discurso é considerado fator de economia cognitiva.
Segundo Bakhtin, se os gêneros de discurso não existissem e não tivéssemos o domínio deles e fôssemos obrigados a inventá-los a cada vez no processo de fala, se fôssemos obrigados a construir cada um de nossos enunciados, a troca verbal seria impossível.
Graças ao nosso conhecimento dos gêneros do discurso, não precisamos prestar uma atenção constante a todos os detalhes de todos os enunciados que ocorrem a nossa volta.
Em um instante somos capazes de identificar um dado enunciado como sendo um folheto publicitário ou como uma fatura e, então, podemos nos concentrar apenas em um número reduzido de elementos.
Sendo partilhada pelos membros de uma coletividade, a competência genérica permite também evitar a violência, o mal-entendido, a angústia de um ou outro dos participantes da troca verbal, enfim, permite assegurar a comunicação verbal.
Ao escrever um cartão-postal de férias a um amigo; ele sabe tanto quanto você o que esperar desse tipo de mensagem, e cada um de nós sabe que o outro detém tal saber: ele não ficará magoado pelo fato de meu texto ser muito curto, nem chocado por eu falar somente do tempo e de meus passeios ou por eu não enviar o cartão em um envelope etc.
Respeitando, assim, as normas do gênero do cartão-postal, não corro o risco de ofender meu destinatário ou de perder sua consideração.
Além disso, como um certo número de direitos e deveres associados ao gênero são conhecidos pelos falantes, é possível fazer transgressões portadoras de sentido: se, estando a beira-mar, envio um cartão-postal da torre Eiffel a alguém que mora em Paris, posso esperar que ele procure descobrir o que está por trás dessa escolha.
A transgressão de uma regra implícita do gênero cartão-postal de férias permite indicar ao destinatário que ele deve procurar um subentendido, variável conforme a situação.
A noção tradicional de gênero foi inicialmente elaborada no âmbito de uma poética, de uma reflexão sobre a literatura. Só recentemente ela se estendeu a todos os tipos de produções verbais.
Os gêneros de discurso não podem ser considerados como formas que se encontram a disposição do locutor a fim de que este molde seu enunciado nessas formas.
Trata-se, na realidade, de atividades sociais que, por isso mesmo, são submetidas a um critério de êxito. Os atos de linguagem (a promessa, a questão, a desculpa, o conselho) são submetidos a condições de êxito: por exemplo, para prometer alguma coisa a alguém, é preciso estar em condições de realizar o que se promete, que o destinatário esteja interessado na realização dessa promessa.
Ato de linguagem de um nível de complexidade superior, um gênero de discurso encontra-se também submetido a um conjunto de condições de êxito.
Essas condições envolvem elementos de ordens diversas, especialmente, os apresentados a seguir:
- Uma finalidade reconhecida:
Todo gênero de discurso visa a um certo tipo de modificação da situação da qual participa. Essa finalidade se define ao se responder a questão implícita: Estamos aqui para dizer ou fazer o que?
Começar uma conversa tem por objetivo manter laços sociais, redigir uma dissertação visa mostrar aptidões a fim de obter uma avaliação etc.
Essa finalidade pode ser indireta: a publicidade visa seduzir, para, em última instância, vender um produto.
A determinação correta dessa finalidade é indispensável para que o destinatário possa ter um comportamento adequado ao gênero de discurso utilizado.
- O estatuto de parceiros legítimos:
Que papel devem assumir o enunciador e o co-enunciador? Nos diferentes gêneros do discurso, já se determina de quem parte e a quem se dirige a fala.
Um curso universitário deve ser ministrado por um professor, que se supõe deter um saber e ser devidamente autorizado para exercer o ensino superior; deve ser dirigido a um público de estudantes que, supostamente, não detêm esse saber.
Às vezes, essas relações são materializadas por um uniforme. A cada uma delas correspondem direitos e deveres, mas também saberes:
- o leitor de uma revista científica de cardiologia deve possuir um saber médico diferente do que detém o espectador de um programa de televisão sobre doenças cardiovasculares.
- O lugar e o momento legítimos:
Todo gênero de discurso implica um certo lugar e um certo momento. Não se trata de coerções externas, mas de algo constitutivo.
Suponhamos que um padre reze uma missa numa praça pública ou que um professor dê uma aula em um bar: são lugares normalmente ilegítimos para esses gêneros de discurso. Em consequência, a transgressão pode ser significativa: no primeiro exemplo, pode-se tratar de legitimar um espaço normalmente ilegítimo (mostrando que a Igreja deve abrir-se ao mundo); no segundo, pode ser, ao contrário, protestar contra a falta de locais de ensino.
As noções de momento ou de lugar de enunciação exigidas por um gênero de discurso não são evidentes.
Um cartaz publicitário fixado a beira de uma via férrea é feito para ser visto rapidamente, enquanto uma propaganda em uma revista é itinerante e fica disponível ao leitor por tempo indeterminado.
Quanto à temporalidade de um gênero do discurso, ela implica vários eixos:
• uma periodicidade: um curso, uma missa, um telejornal, por exemplo, são periódicos; já um pronunciamento de chefe de Estado não obedece a uma periodicidade;
• uma duração de encadeamento: a competência genérica indica qual é a duração de realização de um gênero de discurso.
• uma continuidade nesse encadeamento: uma piada precisa ser contada de uma só vez, enquanto um romance é normalmente lido com um número indeterminado de interrupções;
• uma duração de validade presumida: uma revista é considerada válida durante uma semana; o jornal, por um dia; já um texto religioso propõe-se a ser lido por tempo indefinido.
- Um suporte material:
Até aqui tratamos de jornais e cartazes; entraremos agora em um campo ao qual se atribui atualmente uma grande importância: a dimensão midiológica dos enunciados. Um texto pode passar somente por ondas sonoras (oralidade), ter suas ondas tratadas e depois restituídas por um decodificador (rádio, telefone), ser manuscrito, impresso em um único exemplar (impressora individual), figurar na memória de um computador.
Uma modificação do suporte material de um texto modifica radicalmente um gênero de discurso: um debate político pela televisão é um gênero de discurso totalmente diferente de um debate em uma salapara um público exclusivamente formado pelos ouvintes presentes.
O que chamamos texto não é um conteúdo a ser transmitido por este ou aquele veículo, pois o texto é inseparável de seu modo de existência material: modo de suporte/transporte e de estocagem, logo, de memorização.
- Uma organização textual:
Todo gênero de discurso está associado a uma certa organização textual que cabe a linguística textual estudar.
Dominar um gênero de discurso é ter uma consciência mais ou menos clara dos modos de encadeamento de seus constituintes em diferentes níveis: de frase a frase, mas também em suas partes maiores. Esses modos de organização podem ser objeto de uma aprendizagem: a dissertação, as anotações de síntese etc., se ensinam; outros gêneros, na realidade a maioria, são aprendidos por impregnação. 
Um gênero elementar como o provérbio é constituído de um só enunciado estruturado de maneira binária ('Tal pai/tal filho, "Quem tudo quer, tudo perde.).
Ao lado dos gêneros de organização textual rígida, como a dissertação, há outros que seguem roteiros mais flexíveis, como a conversa em família. Uma conversa começa com falas ritualizadas sobre o tempo, a saúde, por exemplo, e encerra-se por despedidas e promessas de um novo encontro; entre essas duas partes, os co-enunciadores tomam sucessivamente a palavra e a conservam durante um tempo curto, sem seguir um plano rigoroso.
Gêneros textuais e tipos de discurso
Num quadro contextual, o agente produtor escolhe um determinado gênero de texto disponível no intertexto, segundo as experiências sociais historicamente acumuladas através de ações de linguagem verbal.
Num quadro cotextual, ele articulará o plano geral do texto, os tipos de discursos que configurarão os gêneros textuais, e que serão organizados através de Sequências e/ou de outros tipos de planificação.
O plano geral dos textos
Um texto pode apresentar características de homogeneidade ou de heterogeneidade.
Há uma minoria de textos homogêneos, como o gênero conto, em que não aparece nenhum outro tipo de discurso que não seja a narração, ou o gênero verbete de enciclopédia ou de dicionário, composto exclusivamente pelo tipo de discurso teórico.
Os demais textos são heterogêneos, compostos por mais de um tipo de discurso/modalidade discursiva, em que um tipo está em relação de predomínio e outro, ou outros tipos, em relação de subordinação.
É o caso do gênero romance, no qual ocorre predominantemente o tipo de discurso narrativo; porém, outros tipos podem surgir, como, por exemplo, o tipo de discurso interativo, composto por Sequências dialogais, ou o tipo de discurso teórico, composto por esquematizações, Sequências expositivas ou argumentativas.
Além disso, num romance, há uma grande possibilidade da ocorrência de Sequências descritivas, como, no exemplo:
[...] Marícia entrou no edifício, foi até o elevador e esperou pacientemente até que ele chegasse ao térreo. Era um desses elevadores do século passado com grades sanfonadas internas separando o veículo da porta de acesso. Sem perceber que precisaria fechar a grade para que o elevador subisse, ficou observando-se no espelho e aproveitou para retocar a maquiagem. Foi neste intervalo de tempo que entrou um homem ruivo com largas sobrancelhas, vestido como quem vai a uma importante reunião de negócios. Aparentava 40 anos e trazia consigo uma pasta de couro preto, semelhante à que Marícia tinha visto na casa da cartomante. A luz do lugar não era ex​celente, o clima era de nostalgia, misturavam-se aromas de diferentes fragrâncias dentro do elevador?
Mundos discursivos e tipos de discurso
Quando as operações de construção do conteúdo temático de um texto são apresentadas de maneira DISJUNTAS (separadas) das operações do mundo da ação da linguagem do agente produtor do texto (isto é, quando as representações mobilizadas como conteúdo referem-se a fatos passados - da ordem da história -, a fatos futuros e a fatos plausíveis ou ainda imaginários, com sua organização ancorada em uma origem no tempo e no espaço), temos o mundo do NARRAR. 
Quando as representações não são ancoradas em nenhuma origem no tempo e no espaço e organizam-se em referência direta às operações gerais do mundo da ação de linguagem em curso.
Quando os fatos são apresentados como acessíveis, e as operações de construção do conteúdo temático de um texto, são apresentadas CONJUNTAS ao mundo dos agentes produtores das ações de linguagem, temos o mundo do EXPOR.
Os tipos de discurso
Bronckart apresenta quatro tipos de discurso como tipos fundamentais: discurso interativo, discurso teórico, relatos interativos, narração. 
Para ele, existem quatro tipos de discursos, com a possibilidade de haver algumas variantes e algumas fusões em suas fronteiras, com os quais podemos elaborar inúmeros textos empíricos pertencentes a inúmeros gêneros textuais.
Discurso interativo:
- predominam frases interrogativas e frases imperativas;
- a interação é marcada pela alternância dos tumos de fala (diálogo);
- ocorrem unidades da ordem dêitica, que marcam a conjunção e/ou a implicação existente entre o mundo discursivo construído e o mundo ordinário do agente produtor, em virtude de uma dada interação social: os pronomes de pessoa (primeira e segunda no singular / segunda no plural), que remetem diretamente aos protagonistas da interação verbal;
- há maior presença de anáforas pronominais em relação às anáforas nominais e os dêiticos temporal e espacial;
- predomina o subsistema verbal em torno do presente, que inclui o pretérito perfeito e o imperfeito; ocorre alta densidade verbal e baixa densidade sintagmática.
Discurso teórico:
- via de regra é monologado;
- não ocorrem unidades dêiticas nem de organizadores temporais,
- estão presentes os organizadores lógico-argumentativos e organizadores intra-metaintertextuais (sumários, títulos de capítulos, citações de rodapé, citações de outras obras).
- caracteriza-se pela baixa freqüência de frases interrogativas e imperativas e tem o predomínio de frases declarativas;
- predomina o tempo presente com alguma freqüência do pretérito perfeito e raramente do futuro, a não ser quando tem função de remeter o leitor para uma parte adiante de um texto (isso ocorre com certa freqüência em monografias, dissertações e teses).
- os verbos aparecem em baixa densidade, apresentam mais um valor genérico do que um valor dêitico. A densidade sintagmática é bastante alta.
Relato interativo:
- em princípio é monologado e desenvolve-se em situações de interação que podem ser reais (originalmente orais), ou posta em cena, através de romances ou de peças de teatro;
- caracteriza-se principalmente pelo predomínio de frases declarativas sobre frases não declarativas;
- tem caráter disjunto-implicado;
- há presença de organizadores temporais (advérbios, sintagmas preposicionais, coordenativos, subordinativos), presença de anáforas pronominais associadas quase sempre a anáforas nominais na recuperação de sintagmas precedentes.
- possui uma alta densidade verbal e baixa densidade sintagmática;
- o sistema verbal assemelha-se ao da narração, com o predomínio do pretérito perfeito e do imperfeito e de algumas variações do passado como o mais-que-perfeito, além do futuro simples e do futuro do pretérito.
Narração:
- discurso monologado, predomínio de frases declarativas;
- caráter disjunto-autônomo;
- sistema de verbos com predomínio do pretérito perfeito e do imperfeito, podendo ocorrer formas verbais do passado, compostas ou não, para marcar a relação de retroação, ou formas compostas do futuro para indicar projeção;
- presença dos organizadores temporais (advérbios, sintagmas preposicionais, coordenativos e subordinativos).
- pouca freqüência dos pronomes de primeira e segunda pessoas do plural e do singular, que remetem diretamente ou ao agente produtor de texto ou a seus destinatários;
- caracteriza-se pela presença de anáforas pronominaise nominais com a freqüência da substituição lexical, no caso das anáforas nominais;
- a densidade verbal e a densidade nominal estão equilibradas na narração, o que indica um meio-termo entre o discurso teórico e o discurso interativo.
Discurso misto interativo-teórico:
- apresenta características tanto do discurso interativo quanto do discurso teórico, ou seja, a presença de unidades dêiticas, ao mesmo tempo que de unidades lógico-argumentativas;
- apresenta alta densidade sintagmática, e seu sistema de verbos é o mesmo dos dois tipos de discurso em questão.
As unidades organizacionais que configuram os tipos de discurso, são as unidades seqüenciais, unidades de planificação convencionais e mais duas unidades de planificação: o script e a esquematização.
Vejamos como se dá essa relação:
- Discurso interativo: predomínio da Sequência dialogal;
- Discurso teórico: predomínio do plano expositivo puro ou esquematização, ou Sequência descritiva, explicativa e argumentativa;
- Relato interativo: predomínio de script e Sequência narrativa;
- Narração: predomínio de Sequência narrativa e de Sequência descritiva.
Gêneros textuais e sequências discursivas
Estão a serviço dos tipos de discurso, que são baseados em operações constitutivas dos mundos discursivos.
As Sequências que se manifestam nos tipos de discurso, procedem do intertexto e são fundadas, em dimensões práticas e históricas, podendo modificar-se de acordo com a interação verbal entre os indivíduos de uma língua natural. 
São fruto de uma reestruturação do conteúdo temático, organizado na mente do produtor do texto, que devem ser organizadas linearmente para formar um todo coerente que vai expressar o efeito de sentido que o agente produtor pretende atingir diante de seu interlocutor.
Há cinco tipos básicos de Sequências: narrativa; descritiva; argumentativa; explicativa e dialógica.
Bronckart (1999), acrescenta a essas cinco Sequências a Sequência injuntiva.
Sequência narrativa:
Organização baseada num processo de intriga, envolvendo personagens implicados em acontecimentos estruturados no eixo do sucessivo.
No princípio há um estado de coisas equilibradas, cria-se uma tensão, que desencadeará uma ou mais de uma transformação.
Sequência descritiva:
Utilizada segundo decisão do produtor do texto, orientada pelo efeito de fazer ver, de guiar o olhar, de mostrar algum detalhe dos elementos do objeto do discurso ao seu interlocutor, sem influenciar na progressão temática do texto.
É freqüente encontrar uma Sequência descritiva a serviço de uma outra Sequência: narrativa, explicativa, argumentativa.
Nesse caso, ela funcionará como uma Sequência subordinada, articulada à Sequência principal, de acordo com os objetivos propostos por essa Sequência.
Sequência argumentativa:
Implica a existência de uma tese, supostamente admitida, a respeito de um dado tema. 
Articulados a essa tese, serão apresentados dados novos e, através de um processo de inferência, será encaminhada uma conclusão, apoiada em justificativas e/ou em restrições sobre a tese apresentada.
O agente produtor lança mão de uma Sequência argumentativa toda vez que entende haver uma tese, ou objeto de discurso passível de contestação pelo seu interlocutor.
Sequência explicativa:
Origina-se na constatação de um objeto de discurso incontestável. No final desse desenvolvimento, a informação inicial estará enriquecida e, por conseguinte, reformulada. 
Sequência dialogal:
A principal característica dessa Sequência é a de realizar-se apenas nos segmentos de discursos interativos dialogados.
Sequência monologal:
Ocorre como uma variante da Sequência dialogal, que organiza o relato interativo. 
Na Sequência monologal não há troca de tumos de fala, já que se pressupõe apenas um agente produtor com uma tomada contínua da palavra. Ex.: monografias científicas. 
Via de regra, os relatos interativos, as narrações e os discursos teóricos se organizam na forma de monólogo, enquanto que o discurso interativo se apresenta em forma de diálogo.
Sequência injuntiva [obrigatória]:
É uma Sequência autônoma, pelo fato de fazer agir o destinatário de um certo modo em uma determinada direção. 
As receitas em geral e os manuais de instrução são exemplos de gêneros textuais em que ocorre esse tipo de seqüencialização.
Como marcas lingüísticas aparecem verbos na forma imperativa e/ou infinitiva.
Outras formas de planificação – Script:
Quando os acontecimentos de uma história do mundo do narrar são dispostos simplesmente em ordem cronológica, sem que sua organização linear deflagre nenhum processo de tensão, de intriga, a forma de organização presente é designada por script.
Ex.: Acordou, foi até o banheiro, tomou uma ducha, escovou os dentes, vestiu-se e foi trabalhar [...].
Outras formas de planificação – Esquematização:
Quando um conteúdo temático no mundo do expor não é considerado nem contestável nem problemático, apresentando a característica de neutralidade, e o desenvolvimento de suas propriedades é feito a partir de um segmento de texto puramente expositivo ou informativo, então a organização desses segmentos não se dá nem por intermédio de uma Sequência convencional nem por um script, mas por outras formas de esquematização constitutivas da lógica natural, como é o caso da definição, da enumeração, do enunciado de regras, da cadeia causal.
Ex.: A teoria do Interacionismo Sociodiscursivo de Bronckart (1999) é fundada na teoria interacionista de Vygosky, na teoria do discurso de Bakhtin e na tese da formação discursiva de Foucault. Está inscrita num quadro da psicologia da linguagem [...]
Para Bronckart (1999), a planificação de qualquer segmento de um texto empírico pode ser realizada através das seis Sequências, dos scripts e/ ou das esquematizações.
Na ordem do EXPOR, a Sequência dialogal aparece somente no discurso interativo. A Sequência monologal, variante da dialogal, pode aparecer nos três tipos de discurso (teórico, misto e interativo).
Esses três tipos de discurso do mundo do EXPOR podem organizar o seu conteúdo temático através de cinco tipos de planifícação: quatro Sequências convencionais quando sustentadas por operações de caráter dialógico (explicativa - resolver um problema; argumentativa - convencer; descritiva - fazer ver ou injuntiva - fazer agir) e através da esquematização, quando a organização do conteúdo temático reflete etapas dos procedimentos de raciocínio da lógica natural.
Os discursos da ordem do EXPOR são organizados através de esquematizações, e as Sequências aparecem secundariamente de forma local e breve.
As esquematizações são mais freqüentes nos discursos teóricos, eventualmente acompanhadas de Sequências descritivas, enquanto que as Sequências argumentativa, explicativa e injuntiva [obrigatória] ocorrem mais nos discursos mistos e nos discursos interativos.
Isso se justifica pelo caráter dialógico dessas Sequências em relação ao seu interlocutor e por esses discursos manifestarem uma implicação direta ou parcial na situação de comunicação.
Na ordem do NARRAR os relatos interativos e as narrações se organizam em duas formas principais de planificação: o script e a Sequência narrativa, e numa forma secundária: a Sequência descritiva.
Esta aparece como a forma de planificação comum às duas ordens do Narrar e do Expor. 
O script organiza o objeto do discurso em uma ordem cronológica efetiva dos acontecimentos.
A Sequência narrativa e a Sequência descritiva, como forma de planificação convencional, organizam-se através de fases e são embasadas em operações de caráter dialógico.
A primeira com o intuito de criar uma tensão no seu interlocutor, e a segunda com o objetivo de fazê-lo ver algo. 
Os scripts são muito mais frequentes nos relatos interativos, enquanto que as duas Sequências aparecem principalmente na narração.
Os gêneros textuais e os mecanismos de textualização
Aqui, serão analisadas operaçõesque refletem a organização do texto em um todo coerente.
Esse todo coerente do texto, constitui-se numa unidade comunicativa articulada a uma situação de ação de linguagem interativa de um agente produtor de um texto empírico, com o objetivo de provocar um efeito de sentido específico no seu interlocutor.
Nas operações de textualização, será analisada a coerência dessa unidade comunicativa, sob o ponto de vista da progressão temática, através da semiotização característica de uma língua natural dada.
Há um subgrupo de unidades que não exercem nenhuma função sintática definida e funcionam exclusivamente para a marcação da textualização; essas unidades situam-se principalmente nos pontos de junção das frases. 
É o caso dos articuladores lógico-argumentativos e os articulares espaço-temporais: então, portanto, depois, a seguir. Esses mecanismos de textualização podem ser reagrupados em operações de dois níveis: a conexão e a coesão.
Conexão: é a operação responsável pelas grandes articulações da progressão temática, em que figuram os organizadores textuais, responsáveis pela marcação da transição entre os tipos de discursos que configuram o texto, entre as fases de uma Sequência ou de uma forma a outra de planificação. Nesse caso têm função de segmentação de um texto. 
Essa operação é também responsável pela articulação de duas ou várias frases sintáticas em uma só frase gráfica, exercendo função de ligação (justaposição, coordenação) ou de encaixamento (subordinação). Diversas categorias gramaticais configuram as marcas de conexão (substantivos, advérbios, preposições, conjunções coordenativas e subordinativas). Podem também se organizar em sintagmas (nominais, preposicionais), que se articulam nos âmbitos micro e macros sintáticos; e é em virtude da função específica que assumem de estabelecer a conexão no nível textual que essas marcas são denominadas de organizadores textuais.
Coesão: operação responsável pela marcação das relações de dependência e/ou de descontinuidade entre dois subgrupos de constituintes internos das frases (predicado e argumentos) compostos respectivamente por formas verbais e nominais. Essas formas nominais, dividindo-se em sintagmas nominais e preposicionais, preenchem funções sintáticas de sujeito, modificador de verbo.
Há dois tipos de operações de coesão: coesão nominal e coesão verbal.
Os mecanismos de coesão nominal servem para introduzir e retomar argumentos ao longo do texto, dando um efeito de estabilidade e de continuidade. São realizados por um subconjunto de unidades chamadas de anáforas.
Os mecanismos de coesão verbal servem para introduzir e retomar predicados ou sintagmas verbais. As unidades lexicais de ação (os verbos), bem como seus determinantes (auxiliares e flexões), contribuem sobretudo para a progressão do conteúdo temático.
Esses mecanismos, atribuídos com características de temporalidade, aspectualidade e de modalidade, são responsáveis pela marcação das relações de continuidade e de descontinuidade interna dos textos.
As duas primeiras características: temporalidade (simultaneidade, anterioridade, posterioridade) e aspectualidade (verbos de estado, de ação contínua, de ação acabada, de realização.) têm a ver mais com a progressão do conteúdo temático do texto, enquanto que a última característica, a modalidade ou modalização (asserção, hipótese, juízos de certeza, dúvida, apreciação.) está muito mais associada à ordem pragmático-interativa do texto.
Conexão e tipos de discursos
Os tipos de discursos e suas variantes, associados às duas ordens: do Expor e do Narrar, podem ser compostos por inúmeros organizadores textuais, de acordo com suas propriedades semânticas. 
Os organizadores temporais depois, antes que, inicialmente, ocorrem mais nos tipos de discurso da ordem do narrar.
Os organizadores lógicos em tese, ao contrário, porque, além disso, ocorrem mais nos tipos de discursos da ordem do expor.
Os organizadores espaciais embaixo, no alto, longe, perto, ocorrem, preferencialmente, nas Sequências descritivas que podem compor os discursos da ordem do Expor e do Narrar.
Também pode ocorrer, embora em menor freqüência, de organizadores temporais comporem tipos de discursos da ordem do Expor e organizadores lógicos comporem discursos da ordem do Narrar.
Coesão nominal e tipos de discursos
A retomada do conteúdo temático, através do recurso das anáforas, está relacionada com os tipos de discursos da seguinte maneira: 
- nos tipos de discurso da ordem do Narrar é freqüente a ocorrência de personagens, aparecem aí mais as anáforas pronominais de terceira pessoa;
- no âmbito das Sequências descritivas, será mais freqüente o uso de anáforas nominais com determinante possessivo.
Nos tipos de discurso interativo da ordem do Expor, aparecem mais anáforas pronominais:
- pronomes de primeira, segunda e terceira pessoa, que têm, ao mesmo tempo, um valor dêitico e anafórico: eu, você, nós, a gente.
Por outro lado, nos discursos teóricos, em que ocorrem argumentos de caráter mais abstrato, as retomadas por meio de anáforas nominais são em maior número e freqüentemente refletem as relações de associação, de contigüidade, de implicação, de inclusão.
Coesão verbal e tipos de discursos
As funções de coesão verbal devem ser observadas numa relação entre os tipos de discurso e a coesão verbal: temporalidade primária e secundária e contraste global e local.
Com relação à temporalidade primária, distinguem-se localizações de simultaneidade, anterioridade e de posterioridade, associadas ao ato de produção verbal.
Distinguem-se localizações neutras de isocronia [Que se realiza com intervalos iguais, ou ao mesmo tempo], retroação e projeção, associadas a um eixo global de referência de um determinado tipo de discurso.
Com relação à temporalidade secundária, trata-se de relacionar uma ação a uma outra ação, objeto de uma determinada localização na temporalidade primária.
Com relação ao contraste global, as ações são distinguidas em planos diferentes: primeiro e segundo planos, de acordo com a decisão do produtor do texto empírico, segundo sua intenção de destacar, topicalizar um determinado segmento de seu texto.
Nos tipos de discurso do mundo do Narrar, articulados ao mundo disjunto do mundo ordinário do agente produtor, com a presença de um espaço-temporal origem: 
- narração e relato interativo, por exemplo, para expressar a simultaneidade de uma ação verbalizada no texto no momento que se dá o narrado, o produtor do texto pode utilizar o pretérito perfeito combinado com o imperfeito. Ex.: Comeu a fruta enquanto caminhava no parque.
- para expressar a anterioridade, pode utilizar o mais-que-perfeito combinado com o pretérito perfeito e, às vezes, com o imperfeito: Ex.: Quando caminhava no parque, lembrou que esquecera (havia esquecido) o relógio em casa.
- para expressar a posterioridade, pode utilizar o imperfeito perifrástico ou o condicional. Ex.: Quando chegasse ao hotel ia tomar (tomaria) um banho quente.
Ainda na narração, o produtor de um texto empírico pode lançar mão, de acordo com sua intenção de dar continuidade, progressão ao conteúdo temático que está expressando, de uma Sequência narrativa, com verbos no pretérito perfeito e, de outra forma, quando optar por comentar, apresentar detalhes, pode utilizar uma Sequência descritiva, inserida na narrativa com o predomínio de imperfeitos.
Exemplo de narração: [...] correu até o bosque e não encontrou ninguém. O sol estava se pondo, fazia frio. Ao longe, via a fumaça de uma chaminé acesa. Era uma casinha modesta de madeira sem cercas, apenas com algumas árvores ao redor. Seguiu em direção do casebre. Bateu na porta, entrou e encontrou sua amiga preparando algo para comer. Saiu para buscar mais lenha [...].
Nota-se nitidamente o contraste obtido através da utilização das distintas formas verbais, em relação à progressão do conteúdo temático do texto. 
Num plano, o texto avança numa linha vertical (paradigmado pretérito perfeito) e, noutro plano, o texto se expande numa linha horizontal (paradigma do imperfeito).
Nos tipos de discurso da ordem do Expor, discurso teórico e discurso interativo, articulados a um mundo conjunto ao mundo ordinário do agente produtor, conjunção marcada pela ausência de um espaço-temporal origem, as ações verbalizadas podem ser expressas sob um parâmetro de temporalidade ilimitada, ou, ainda, sob um parâmetro de atemporalidade de referência, sendo objeto de uma localização neutra.
A marcação lingüística pode se dar ou com a presença de formas verbais do paradigma do presente (presente gnômico), ou com uma baixa densidade de sintagmas verbais, ou, ainda, com formas de localização de temporalidade isocrônica (presente), retroativa (pretérito perfeito ou imperfeito) ou projetiva (futuro simples ou condicional).
Sobre os mecanismos de textualização é interessante ressaltar que: 
- a relação de correspondência entre marcas de conexão, de coesão nominal e verbal e tipos de discurso será sempre verificada de forma estatística e parcial; portanto, não serve como um embasamento teórico-descritivo definitivo.
Os mecanismos de enunciação
Os mecanismos de enunciação são considerados como o nível mais superficial das três camadas superpostas.
São esses mecanismos responsáveis pela coerência pragmática do texto, trazendo à tona, ao mesmo tempo, diversas avaliações, julgamentos, opiniões, sentimentos, que podem ser formulados a respeito do conteúdo temático do texto, e as instâncias de agentividade que estão por trás dessas avaliações, desses julgamentos.
As instâncias de enunciação são regularidades de organização dos mundos coletivo-discursivos.
Elas dividirão com o autor a responsabilidade do que será dito no texto.
Além da figura de narrador, relativo ao mundo do narrar e do expositor, relativo ao mundo do expor, haverá o textualizador, como um responsável pela articulação dos tipos de discurso, do plano geral do texto e dos mecanismos de textualização.
Além dessa noção de instâncias de enunciação, há uma outra entidade que assume a responsabilidade do que é enunciado: a voz.
Essa entidade pode estar presente tanto no mundo do discurso do narrar, quanto no mundo discursivo do expor.
A instância discursiva pode lançar mão de uma ou de várias vozes que serão identificadas de forma superposta em relação ao narrador ou ao expositor.
Vejamos o exemplo de vozes identificáveis num texto empírico.
- A voz de personagens: seres humanos ou entidades humanizadas na função de agentes nas ações que constituem o conteúdo temático de um texto.
- As vozes sociais: provenientes de personagens ou grupos sociais que não intervém diretamente na ação que compõe o conteúdo temático, mas que servem como instâncias externas para a avaliação desse conteúdo.
- A voz do autor, que procede diretamente da pessoa que está na origem da produção verbal e que intervém no texto com comentários, avalian​do ou explicando algum aspecto do conteúdo temático.
Outros mecanismos de enunciação, presentes na constituição de um texto empírico, são as modalizações. 
Pertencendo à dimensão configuracional do texto e contribuindo para o estabelecimento da coerência pragmática ou interativa, as modalizações aparecem para orientar o interlocutor na interpretação do conteúdo temático do texto.
Destacam-se quatro tipos de funções de modalização que surgem no texto através de marcas lingüísticas específicas:
- As modalizações lógicas: que avaliam o conteúdo temático através de conhecimentos organizados no mundo objetivo sob o ponto de vista de suas condições de verdade, como fatos atestados, possíveis, eventuais, necessários. Ex.: É evidente que, é necessário que, provavelmente.
- As modalizações deônticas: que avaliam o conteúdo temático através da expressão de valores, opiniões, e regras do convívio social. Ex.: Jamais deves esquecer disso; é lamentável que penses assim. 
- As modalizações apreciativas: que avaliam o conteúdo temático atra​vés de expressões oriundas do mundo subjetivo, da voz originária dos julgamentos, que podem ser, de acordo com a entidade avaliadora: in​felizes ou felizes, benéficos ou maléficos, absurdos, estranhos. Ex.: Pasmem vocês; infelizmente agiu sem pensar.
- As modalizações pragmáticas: que indicam a responsabilidade das instâncias enunciativas em relação às ações, intenções, razões, na proposição de um conteúdo temático. Ex.: Quis gritar mas não pôde; pretendia sair mais cedo; se soubesse o que estava para acontecer...
As marcas lingüísticas que indicam a modalização podem ser os verbos na forma condicional e/ou modal: gostaria, querer, dever, ser necessário, poder.
Podem ser advérbios ou locuções adverbiais: certamente, infelizmente, talvez, necessariamente. 
Podem ser orações impessoais: é provável que, é lamentável que, sem dúvida que (oração adverbial).
Em princípio, não há uma relação direta entre as funções de modalização e os tipos de discurso. Entretanto, é possível identificá-las de acordo com sua freqüência na configuração de alguns gêneros de texto.
@elderjb

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