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Psicodiagnóstico e Avaliação Psicológica PAULO TEIXEIRA OK

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Psicodiagnóstico 
e Avaliação Psicológica
Paulo André Sousa Teixeira
Psicólogo
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Conceituando
Avaliação Psicológica: processo técnico-científico de coleta de dados, integração e interpretação de informações psicológicas, realizada por meio de um conjunto de procedimentos confiáveis, com a finalidade de se obter maior conhecimento do indivíduo e assim fundamentar decisões e julgamentos de comportamentos.
Diagnóstico psicológico: nem sempre os testes são necessários ou convenientes.
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Quem pode realizar um Diagnóstico Psicológico
1) Psicólogo ou Psiquiatra (eventualmente o neurologista ou psicanalista): com vários objetivos (exceto a classificação simples, quando do uso de testes).
2) Apenas o psicólogo: quando usa o modelo psicológico, incluindo técnicas e testes privativos.
3) Equipe multiprofissional (psicólogo, psiquiatra, neurologista, assistente social, etc.): desde que cada profissional utilize seu modelo próprio.
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Conceituando
Psicodiagnóstico: visa identificar forças e fraquezas no funcionamento psicológico, com foco na existência ou não de psicopatologia. Devem ser considerados os limites da variabilidade normal.
Psicodiagnóstico 2: implica automaticamente a aplicação de testes e outros instrumentos para estudo profundo da personalidade.
“Pais” do Psicodiagnóstico: Galton (estudo das diferenças individuais), Cattell (testes mentais) e Binet (medidas intelectuais).
Diferença entre Psicometrista (ênfase na técnica) e Psicólogo Clínico (compreensão global).
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Características do Psicodiagnóstico
Procedimento científico (teoria, método, hipóteses e objetivos)
Situação com papéis bem definidos por um contrato.
Bipessoal (com paciente ou grupo familiar)
Duração limitada
Visa compreender/descrever, da forma mais profunda possível, a personalidade total do paciente ou grupo familiar.
Refere-se sempre a um determinado momento de vida do indivíduo. Hipótese diagnóstica.
Abrange passado (anamnese), presente (diagnóstico) e futuro (prognóstico).
Não é psicoterapia (mas pode ter seus efeitos)
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Tipos de Psicodiagnóstico
Psicométrico: prioriza os testes. Mais objetivo e distante.
Comportamental: prioriza os dados de observação objetiva. Exclui o “mundo interno”.
Psicanalítico: a psicanálise é usada como antevisão dos fenômenos.
Baseado no modelo médico: prioriza a doença.
Fenomenológico-existencial: modo de compreender o cliente baseado na experiência do sujeito de si e do outro. Paciente ativo.
Compreensivo (Walter Trinca): abarca a multiplicidade de fatores em jogo no estudo do caso, incluindo encontrar um sentido para o conjunto de informações obtidas, com uma visão globalizadora do indivíduo.
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Diagnóstico Compreensivo
Processo abrangente das dinâmicas intrapsíquicas, intrafamiliares e socioculturais, como forças em interação, que resultam em desajustamentos individuais.
Às vezes, em conformidade com o que requeira a situação, a avaliação pode enfatizar determinados aspectos, sem perder de vista o indivíduo como um todo.
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Fatores estruturantes do Diagnóstico Compreensivo
Objetivo de elucidar o significado das perturbações
Ênfase na dinâmica mental inconsciente
Considerações de conjunto para o material clínico
Busca de compreensão psicológica globalizada do paciente (forças intrapsíquicas, intrafamiliares e socioculturais)
Seleção de aspectos centrais e nodais
Predomínio do julgamento clínico
Subordinação do processo diagnóstico ao pensamento clínico
Prevalência do uso de métodos e técnicas de exame fundamentados na associação livre
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Diagnóstico gestáltico
Fenomenológico-existencial
Premissa básica: experiência estruturada, em vez de fragmentada.
No Diagnóstico Informal, deve-se estar atento:
Fatores estruturais: o quê e o como da experiência que ocorre num campo, o ciclo figura-fundo, o contato.
Fatores dinâmicos: qualidade e quantidade de energia psíquica e comunicação entre as estruturas.
Fatores desenvolvimentais: evolução do instinto de fome
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Psicodiagnóstico formal e informal
Formal: estruturado e sistematizado
Informal:
Usado para a adequação ou não de pacientes em atendimentos breves.
Intensificação do papel ativo e responsável do paciente no Psicodiagnóstico.
Processo de avaliação espontâneo que acontece quando o profissional recebe o paciente para o primeiro contato, o momento que avalia a possibilidade do “estar com” o paciente para tornar efetivo seu trabalho, seja de psicodiagnóstico ou de psicoterapia.
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Diagnóstico Colaborativo e Interventivo
Cunhado por Constance Fischer, objetiva:
salientar a importância de informar ao paciente os procedimentos que o psicólogo usa.
valorizar a experiência como dado primário.
estimular a capacidade compreensiva do cliente.
usar testes como metáfora para captar o estilo do cliente.
identificar no comportamento do cliente os fatos históricos e elemento humanos significativos que contribuem para a formação do seu estilo.
reconhecer a participação do ambiente, das condições sociais, neurofisiológicas e outras na constituição da experiência.
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Objetivos Gerais do Psicodiagnóstico
DESCREVER e COMPREENDER a personalidade do paciente.
RESPONDER às questões formuladas a partir do encaminhamento e das entrevistas iniciais.
ELUCIDAR o significado das perturbações e buscar compreensão psicológica globalizada do paciente.
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Objetivos Gerais do Psicodiagnóstico 2
1)DIAGNÓSTICO: explicar o que ocorre além do que o paciente pode descrever conscientemente.
2) AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO: re-testes.
3) MEIO DE COMUNICAÇÃO: pacientes com dificuldade de expressão e crianças pequenas.
4) INVESTIGAÇÃO:
Criação de novos instrumentos de exploração da personalidade (Ex.: Rorschach)
Planejamento da investigação de estudo de uma determinada patologia
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Objetivos específicos do Psicodiagnóstico
Classificação simples: COMPARA amostra do comportamento do examinado com resultados da população em geral, através de dados quantitativos. Ex.: avaliação de nível intelectual.
Descrição: INTERPRETA diferença de escores, identificando forças e fraquezas. Ex.: avaliação de déficits neuropsicológicos.
Classificação nosológica: TESTE de hipóteses, tomando como referencia critérios diagnósticos.
Diagnóstico diferencial: DIFERENCIA alternativas diagnósticas, através das irregularidades ou inconsistências do quadro sintomático.
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Objetivos específicos do Psicodiagnóstico
Avaliação compreensiva: DETERMINA nível de funcionamento da personalidade, através do exame das funções do Ego (especial o Insight), para indicar recursos terapêuticos e prever possíveis respostas. Ênfase na Psicanálise, mas pode ser de base comportamental ou cognitiva.
Entendimento dinâmico: PRESSUPÕE nível mais elevado de inferência clínica, com a integração de dados a partir de uma base teórica. 
Prevenção: IDENTIFICA problemas precocemente, avalia riscos e faz estimativas de forças e fraquezas do Ego.
Prognóstico: DERTERMINA o curso provável do caso.
Perícia forense: FORNECE subsídios para questões relacionadas à “insanidade” e o exercício da cidadania.
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Etapas do Psicodiagnóstico
1) Contato Inicial e entrevista(s): esclarecimento da demanda e dos sintomas/percepções/conflitos/ fantasias/expectativas, etc. Contrato de trabalho/enquadre (objetivo, frequência, lugar, horários, honorários e papéis).
2) Estudo do material e levantamento de hipóteses: planeja-se a sequencia da aplicação de estratégias e instrumentos, a partir dos objetivos e hipóteses levantadas. Plano de avaliação.
3) Realização das estratégias: no caso da bateria de testes (2-5), devem ter fundamentação teórica, validade (medir o que se propõe), fidedignidade (ou confiabilidade, precisão da interpretação), expectativa normativa atualizada e sistema de correção e interpretação de resultados. Levantamento quanti-quali.
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Etapas do Psicodiagnóstico
4) Estudo do material colhidoe integração das informações: lida-se com as concordâncias, discordâncias e contradições do material, tendo como ponto de referência as hipóteses iniciais e os objetivos do exame. Inferência clínica (Diagnóstico). Inputs e Outputs.
5) Devolutiva: depende do solicitante e da demanda avaliada. Feito através de um “informe” (resolução 007/2003 – CFP). Orientação sobre o caso e encerramento do processo. Distinção entre “solicitante” e “contratante”. O “receptor” do informe psicológico nem sempre é o contratante. Valorização da devolutiva oral para leigos. Pode ser sistemática ou assistemática/processual.
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Bateria de testes
Padronizadas: baseadas em pesquisas realizadas com determinados tipo de pacientes e recomendadas para exames bem específicos. Ex.: avaliação neuropsicológica. OS: Há liberdade do psicólogo acrescentar testes para adequar à especificidade do caso individual.
Não-Padronizadas: Previsto no Plano de Avaliação e programadas sequencialmente segundo sua natureza, tipo, propriedades psicométricas, tempo de administração, grau de dificuldade, qualidade ansiogênica e características do paciente individual.
Recomenda-se prioridade para instrumentos não-ansiogênicos.
Recomenda-se iniciar com técnicas gráficas, pois técnicas projetivas são mais ansiogências.
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A entrevista como recurso no Psicodiagnóstico
DEFINIÇÃO: conjunto de técnicas de investigação, de tempo delimitado, dirigido por um entrevistador treinado, que utiliza conhecimentos psicológicos, em uma relação profissional, com o objetivo de descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais ou sistêmicos (individual, casal, família, rede social), em um processo que visa fazer recomendações, encaminhamentos ou propor algum tipo de intervenção em benefício das pessoas entrevistas.
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Classificação das entrevistas
QUANTO À FORMA:
ESTRUTURADA: objetivas e fechadas. (Esquema: Pergunta Resposta)
SEMI-ESTRUTURADA: O entrevistador tem clareza de seus objetivos , do tipo de informações necessárias para atingi-lo, de como devem ser obtidas, quando ou em que sequencia e como deve ser considerada.
LIVRE ESTRUTURAÇÃO/NÃO-ESTRUTURADA: toda entrevista, na verdade, supõe alguma forma de estruturação.
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Classificação das entrevistas
QUANTO AOS OBJETIVOS/FINALIDADES:
Triagem: AVALIA a demanda do sujeito e fundamenta encaminhamentos.
Anamnese: LEVANTAMENTO detalhado da história de desenvolvimento da pessoa, principalmente na infância.
Diagnósticas: EXAME e ANÁLISE explícita de uma condição na tentativa de compreendê-la, explicá-la e possivelmente modificá-la. (sindrômica ou psicodinâmica)
Sistêmicas: FOCAM na estrutura ou história relacional ou familiar.
Devolutivas: COMUNICA ao sujeito o resultado da avaliação.
 
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A entrevista como recurso no Psicodiagnóstico
Os objetivos de cada tipo de entrevista determinam suas estratégias, seus alcances e seus limites. A entrevista não é uma técnica única.
Única técnica capaz de adaptar-se à diversidade de situações clínicas relevantes e de testar os limites de aparentes contradições.
Primazia da forma não-estruturada: aumenta a confiabilidade (ou fidedignidade). Grande utilidade em que é necessária ou desejável a padronização de procedimentos e registro de dados.
A estruturada é de pouca utilidade clínica.
 
 
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Entrevista lúdica
Melaine Klein pode ser considerada como iniciadora dessa técnica psicanalítica para crianças, por sua compreensão de que, da mesma forma como nos adultos, haveria possibilidade de exploração dos conflitos inconscientes da criança.
O Jogo seria um equivalente a um fantasma masturbatório.
Através do brinquedo, a criança tem possibilidade de realizar o desejo dominante para sua faixa etária. Por exemplo: ser grande, ser forte, etc.
Este processo é possível porque, segundo Melaine Klein, a criança é capaz de simbolizar.
A Linguagem lúdica infantil se equipara à associação livre e aos sonhos. Ludodiagnóstico.
 
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Entrevista lúdica
Utilizado dentro do processo de Psicodiagnóstico. 
Hora do Jogo Diagnóstica (Aberastury): primeira hora do jogo terapêutico. Estabelece as condições do contrato terapêutico com a criança. A caixa com os brinquedos da criança funciona como símbolo do contrato e do sigilo.
Fundamentada em um referencial teórico psicodinâmico. A “interpretação lúdica”.
Em parte, o papel do psicólogo é passivo, funcionando como observador. Mas também ativo, pela atitude atenta de compreensão e formulação de hipóteses.
Dependendo da situação, o psicólogo poderá participar da brincadeira, caso seja solicitado. 
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Entrevista lúdica
8 INDICADORES PARA ORIENTAR A ANÁLISE:
1) Escolha dos brinquedos e jogos: 
Erikson: auto-esfera, microesfera e macroesfera; Piaget: exercício, símbolo e regras; Freud: fases oral, anal, fálica e genital
2) Modalidades de brinquedos: 
Plasticidade, rigidez (neurose), estereotipia e perseveração (psicose).
3) Avaliação da motricidade
4) Personificação: capacidade de desempenhar papéis na brincadeira (compreensão do equilíbrio entre Id, superego e a realidade). 
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Entrevista lúdica
5) Criatividade: manipulação do ambiente para resultar em novas ideias, formas e relações.
6) Capacidade simbólica: habilita a criança a transferir interesses, fantasias, ansiedades, culpas, tendências destrutivas para outros objetos/pessoas. Busca de obter o controle do mundo externo.
7) Tolerância à frustração.
8) Adequação à realidade

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