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Resumo - Lei nº 13.155/2015 - PROFUT


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LEI Nº 13.155/2015 – PROFUT / LEI DE 
RESPONSABILIDADE FISCAL DO ESPORTE 
Guilherme Consul Charles 
 
Art. 1º. Estabelecimento de “princípios e práticas de responsabilidade fiscal e 
financeira e de gestão transparente e democrática para entidades desportivas 
profissionais de futebol”. Criação do Programa de Modernização da Gestão e de 
Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro. Ponto a ser visto: interferência do 
Estado na autonomia das entidades de organização e prática desportiva. 
 
CAPÍTULO I – PROGRAMA DE MODERNIZAÇÃO DA GESTÃO E DE 
RESPONSABILIDADE FISCAL DO FUTEBOL BRASILEIRO – PROFUT 
Seção I – Disposições Gerais 
Art. 2º. Busca pelo equilíbrio financeiro das entidades desportivas profissionais 
de futebol. Aqui, entidades de práticas desportivas são as previstas nos arts. 26 e 28 
da Lei Pelé (partícipes de competição profissional promovida para obter renda e 
disputada por atletas profissionais cuja remuneração decorra de CETD), as ligas em 
que se organizarem (Primeira Liga conta?) e as entidades de administração do 
desporto. Já que a adesão é obrigatória, por que não disponibilizar os dados dos 
parcelamentos das equipes e como está sendo realizado o controle de pagamento 
das parcelas? Ademais, quais os termos para a adesão das Federações? PS: 
previsão realizada no § único do art. 47. 
Art. 3º. Adesão feita por requerimento das entidades desportivas profissionais, a 
partir da apresentação dos seguintes documentos: estatuto/contrato social com atos 
de designação e responsabilidade dos dirigentes; demonstrações financeiras e 
contábeis (balanço) e relação das operações de antecipação de receitas com 
assinaturas dos dirigentes e conselho fiscal. 
Art. 4º. Condições para a permanência no Profut: 
I - Estar em dia com as obrigações trabalhistas e tributos federais vencidos a 
partir da data de publicação da lei (ago/2015) – tal previsão é realmente necessária, 
dado que há sanção legal para o descumprimento de tais fatos?; 
II - Mandato máximo de quatro anos para os cargos eletivos, sendo permitida 
apenas uma recondução – crítica feita aqui no tocante à autonomia de organização 
das entidades; 
III - Existência de conselho fiscal autônomo; 
IV - Fica proibida a antecipação de receitas referentes a períodos posteriores ao 
término da gestão – permitido antecipar 30% das receitas do primeiro ano 
subsequente ou quando se substituir passivos onerosos, havendo a redução do nível 
de endividamento – quando se recebe valores de contratos de patrocínio ou televisão 
referentes a um período posterior ao fim do mandato, há a possibilidade de 
recebimento ou comprometimento prévio desta verba? 
V - Redução do déficit – até 10% da receita bruta apurada no ano anterior a partir 
de 01/01/2017 e até 5% a partir de 01/01/2019 – ponto com mais dificuldade de ser 
cumprido. A esmagadora maioria dos clubes precisaria fechar suas portas por dois ou 
três anos para observar essa previsão. Uma coisa é prever isso para os clubes de 
série A com cotas consideráveis de TV. Outra coisa é pensar nos clubes da série D, 
que jogam apenas estaduais, etc; 
VI - Publicação das demonstrações contábeis feitas de maneira separada (por 
atividade econômica e modalidade esportiva), separando também atividades 
recreativas e sociais, realizadas por auditoria independente; 
VII - Cumprimento das obrigações trabalhistas e verbas salariais, inclusive direito 
de imagem – qual a fiscalização existente em cima do pagamento do direito de 
imagem? 
VIII - Previsão de afastamento por cinco anos de dirigente/administrador que 
praticar ato de gestão irregular ou temerária – mais uma interferência na autonomia 
desportiva. 
IX - Limitação dos custos com folha de pagamento e direito de imagem do plantel 
profissional em 80% da renda bruta anual – apesar de concordar com a limitação, tal 
previsão deveria vir pela CBF, não por meio de lei; 
X - Investimento mínimo na formação de atletas e futebol feminino, com oferta 
de ingresso a preços populares – extremamente vago. Injetar dinheiro em outras 
instituições que tenham esses projetos é válido?; 
§1º - Entidades de administração devem comprovar a representação da 
categoria de atletas nos órgãos e conselhos técnicos que aprovam os regulamentos 
das competições. 
§2º - Publicação nos sites das entidades acerca do cumprimento das obrigações 
supralistadas, guardado o sigilo dos salários – verificar o cumprimento da previsão. 
§3º - Conselho fiscal eleito por votação, exercício pré-determinado e regimento 
interno regulando seu funcionamento. 
§4º - Clubes com faturamento inferior a 1,5x do teto do faturamento da empresa 
de pequeno porte (R$ 5,4 mi) estão dispensados de cumprir a redução do déficit e da 
questão da limitação de gasto com folha. 
§5º - A existência de débitos em discussão judicial não interfere na questão do 
cumprimento das obrigações trabalhistas. 
§6º - Receitas que devem constar do balanço: TV, patrocínio, publicidade, luva, 
marketing, transferência de atletas, bilheteria, atividades sociais e decorrentes de 
repasse de recursos públicos de qualquer natureza. Despesas: com a modalidade 
desportiva profissional e não profissional, pagamento de direitos econômicos, direitos 
de imagem. 
Art. 5º. Em relação às entidades de administração ou liga que organizar 
competição profissional de futebol, deve haver: 
- Publicação da prestação de contas e demonstrações contábeis, realizada por 
auditoria independente; 
- Garantia de representação dos atletas quando da aprovação dos regulamentos 
das competições, prevista estatutariamente; 
- Conselho fiscal autônomo; 
- Mandato máximo de quatro anos para os cargos eletivos, sendo permitida 
apenas uma recondução; 
- Prever sanções, no RGC, para os clubes que descumprirem suas obrigações. 
Previsão de advertência e proibição de registro de CETD – a despeito do parágrafo 
único dispor que a sanção não tem natureza desportiva/disciplinar, tal previsão é 
questionável, dado que a proibição de registro pode afetar sim o desempenho da 
equipe dentro de campo. 
Seção II – Parcelamento Especial de Débitos das Entidades Desportivas 
Profissionais de Futebol perante a União 
Subseção I 
Art. 6º. Possibilidade de parcelamento dos débitos na Receita Federal, 
Procuradoria-Geral da Fazenda e no Banco Central, além dos débitos previstos no 
Ministério do Trabalho e Emprego (subseção II). 
 §1º - Fatos geradores dos débitos, tributários ou não, devem ter ocorrido até a 
data de publicação da Lei, independente de constituição, inscrição como dívida ativa 
(ainda que em execução) ou objetos de parcelamento anterior, cumpridos ou não. 
§2º - O requerimento de parcelamento implica confissão irrevogável dos débitos, 
configurando confissão extrajudicial. Débitos em discussão administrativa/judicial 
podem não ser colocados. 
§3º - Renúncia a impugnações ou recursos administrativos até o prazo final de 
adesão. 
§4º - Possibilidade de intimação para apresentação de requerimento de extinção 
dos processos. 
Art. 7º. Pagamento da dívida deverá se dar em até 240 parcelas, com redução 
de 70% das multas, 40% dos juros e 100% dos encargos legais. 
§1º - Valor das parcelas deve ser superior a R$3 mil. 
§2º - Reduções não são cumulativas com outras reduções previstas em lei. 
§3º - Em caso de reduções prévias à lei, essas continuarão a valer. 
§4º - Enquanto o parcelamento não for consolidado, a entidade deve manter o 
pagamento das parcelas previstas. 
§5º - Taxa SELIC usada no cálculo dos juros (acúmulo mensal), calculado a partir 
do mês seguinte ao da consolidação até o mês anterior ao do pagamento, sendo de 
1% relativamente ao mês em que o pagamento for realizado.§6º - As entidades desportivas profissionais poderão reduzir em 50% o valor das 
24 primeiras prestações; em 25% o valor das 24 parcelas seguintes e 10% das 12 
últimas. 
§7º - Vencimento no último dia útil do mês. 
§8º - Exigência de regularidade no pagamento das prestações – grande dúvida 
em relação à observação da regularidade, o tempo mostrará se tal disposição será 
observada. 
Art. 8º. Se os débitos estiverem vinculados a depósitos administrativos ou 
judiciais, os percentuais de redução previstos no caput do art. 7º serão aplicados sobre 
o valor do débito atualizado à época do depósito, incidindo sobre o valor das multas 
de mora e de ofício, das multas isoladas, dos juros de mora e do encargo legal 
efetivamente depositados. 
Art. 9º. O requerimento de parcelamento deverá ser apresentado até o último dia 
útil do terceiro mês subsequente ao da publicação da lei – prazo foi adiado para 2016. 
§1º - O deferimento do parcelamento não autoriza o levantamento de garantias 
eventualmente existentes, as quais somente poderão ser liberadas após a quitação 
do parcelamento ao qual o débito garantido esteja vinculado, exceto a penhora de 
dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira, o qual 
poderá, a requerimento da entidade desportiva, ser utilizado para quitação automática 
do saldo da dívida ou de parcelas vincendas de que trata o caput do art. 7º desta Lei 
– verificar este parágrafo, mas creio que não se pode colocar no parcelamento dívida 
que o pagamento esteja garantido por uma verba futura, por exemplo. 
Art. 10. Não serão pagos honorários nas ações extintas em decorrência do 
parcelamento. 
Art. 11. Não se aplica ao parcelamento: 
LEI Nº 9.964, DE 10 DE ABRIL DE 2000 (REFIS). Art. 3o, §1o A opção pelo Refis exclui qualquer 
outra forma de parcelamento de débitos relativos aos tributos e às contribuições referidos no art. 1o. 
LEI Nº 10.684, DE 30 DE MAIO DE 2003 (Parcelamento com a Receita, PGFN e INSS). Art. 1º, 
§10. A opção pelo parcelamento de que trata este artigo exclui a concessão de qualquer outro, 
extinguindo os parcelamentos anteriormente concedidos, admitida a transferência de seus saldos 
para a modalidade desta Lei. 
Subseção II – Das Condições Específicas para o Parcelamento de Débitos 
relativos ao FGTS e às Contribuições instituídas pela Lei Complementar no 110, de 
29 de junho de 2001. 
Art. 12. O parcelamento do FGTS poderá ser feito em até 180 meses. 
§1º - O deferimento se dará pelo MTE ou pela Procuradoria-Geral da Fazenda 
Nacional (PGFN), ou ainda por intermédio da CAIXA, mediante autorização. 
§2º - Débitos relativos ao pagamento de FGTS aos trabalhadores não serão 
objeto das reduções previstas no art. 7º. 
§3º - Entidades devem, caso o trabalhador faça jus ao uso de valores da conta 
do FGTS durante o período de vigência do parcelamento, antecipar os recolhimentos, 
podendo observar o valor da parcela vigente para realizar as antecipações. 
§4º - Atualização dos valores de acordo com a Lei nº 8.036/90 (FGTS). 
Art. 13. Os depósitos existentes vinculados aos débitos a serem parcelados nos 
termos desta Lei serão automaticamente convertidos em renda para o FGTS após 
aplicação das reduções para pagamento ou parcelamento. 
§ Único – Emissão de guia própria pela Caixa. 
Art. 14. O deferimento do pedido de parcelamento representa confissão de dívida 
e é suficiente para a exigência do crédito devido ao FGTS. 
Art. 15. Subseção I aplicável no parcelamento do FGTS, exceto o previsto no art. 
8º quando cabe ao Conselho Curador do FGTS fixar critérios para parcelamento de 
recolhimentos em atraso. 
Subseção III – Da Rescisão do Parcelamento 
Art. 16. As hipóteses de revogação do parcelamento são: descumprimento do 
art. 4º; falta de pagamento de TRÊS parcelas ou a falta de pagamento de até duas 
prestações se extintas todas as demais ou vencida a última prestação do 
parcelamento. 
§ Único – Parcela paga parcialmente é considerada inadimplida. 
Art. 17. Após a rescisão do parcelamento, (I) será efetuada a apuração do valor 
original do débito, com os acréscimos legais da época dos fatos geradores, e (II) com 
a dedução das parcelas pagas. 
Art. 18. Rescindido o parcelamento, a entidade desportiva não poderá receber 
repasses de recursos públicos federais por dois anos. 
 
CAPÍTULO II – DA AUTORIDADE PÚBLICA DE GOVERNANÇA DO FUTEBOL 
(APFUT) 
Seção I – Disposições Gerais 
Art. 19. Competências da APFUT: 
(I) Fiscalizar as obrigações previstas no art. 4º e comunicar ao órgão federal 
responsável se houver descumprimento; 
(II) Expedir regulamentação sobre a maneira de fiscalização; 
(III) Solicitar informações e documentos às entidades desportivas 
profissionais; 
(IV) Elaborar e aprovar regimento interno. 
§1º - Participação plural na composição do APFUT – Ministérios da Fazenda, do 
Trabalho/Previdência Social e do Esporte, atletas profissionais, dirigentes de 
clubes, treinadores, árbitros e entidade de fomento ao desenvolvimento do 
futebol brasileiro. 
§2º - A APFUT pode fixar prazos para sanar irregularidades. 
§3º - Apoio e assessoria pelo Ministério do Esporte. 
§4º - Decreto do Executivo Federal que irá dispor sobre a organização e 
funcionamento da APFUT – Decreto nº 8.642/2016. 
Seção II – Da Apuração de Eventual Descumprimento das Condições previstas no 
art. 4o desta Lei 
Art. 20. Atuação da APFUT será de ofício ou mediante denúncia fundamentada 
para apurar o descumprimento da lei. 
§1º - Os legitimados para denúncia são: CBF ou Federações, Clubes, atletas 
vinculados ao clube denunciado, associação ou sindicato dos atletas, associação de 
empregados dos clubes, associação ou sindicato de empregados das entidades de 
administração ou clubes e Ministério do Trabalho e Emprego. 
§2º - Caso haja veiculação em dois veículos de comunicação acerca de 
possíveis irregularidades, a APFUT poderá realizar investigação a partir das 
denúncias presentes, quando considerá-las bem fundamentadas. 
Art. 21. A entidade denunciada terá 15 dias para apresentar defesa. 
Art. 22. Findo o prazo, a APFUT pode arquivar a denúncia; advertir a entidade 
desportiva profissional, podendo fixar prazo de até 6 meses para regularizar sua 
situação ou comunicar o órgão federal responsável pelo parcelamento para que este 
seja excluído. 
Art. 23. A comunicação ao órgão federal responsável pelo parcelamento não 
precisará ser realizada quando a entidade desportiva profissional adotar mecanismos 
de responsabilização pessoal dos dirigentes envolvidos na irregularidade ou 
regularizar a situação que tenha motivado a advertência. A comunicação pode não 
ser realizada também quando o clube já estiver proibido de registrar novos atletas. 
 
CAPÍTULO III – DA GESTÃO TEMERÁRIA NAS ENTIDADES DESPORTIVAS 
PROFISSIONAIS DE FUTEBOL 
Art. 24. De acordo com o art. 50, CC/02, os dirigentes possuem seus bens 
particulares submetidos aos efeitos de certas e determinadas relações de obrigações 
quando houver abuso da personalidade jurídica por meio de desvio de finalidade. 
§1º - Definição de dirigente: todo aquele que exerça, de fato ou de direito, poder 
de decisão na gestão da entidade. Inclui-se aqui os administradores. 
§2º - Solidariedade passiva e ilimitada dos dirigentes envolvidos em gestão 
temerária e atos ilícitos. 
§3º - Caso o dirigente que saiba de alguma infração cometida por antecessor ou 
administrador competente não comunique o fato ao órgão estatutário competente, 
também será responsabilizado. 
Art. 25. Restam configurados como atos de gestão temerária: 
(I) Aplicar de créditos ou bens sociais para proveito próprio ou de terceiros. 
(II) Obter vantagem em detrimento de benefícios ao clube. 
(III) Celebraçãode contrato com empresas em que dirigente ou parente até 
3º grau seja sócio ou administrador, exceto quando for de patrocínio ou 
doação em benefício da entidade desportiva. 
(IV) Receber pagamento ou doação oriundos de contrato com a entidade 
desportiva profissional dentro do prazo de um ano. 
(V) Antecipar ou comprometer receitas referentes a períodos posteriores ao 
do mandato, salvo se for até 30% da receita do primeiro ano do mandato 
subsequente ou se substituir passivos onerosos, diminuindo o grau de 
endividamento. 
(VI) Obter prejuízo anual superior a 20% da receita bruta do ano anterior. 
(VII) Atuar de maneira omissa quanto à diminuição das dívidas fiscais e 
trabalhistas. 
(VIII) Não divulgar informações acerca da gestão para associados e torcedores. 
§1º - O dirigente não será responsabilizado se agir de boa-fé, sem culpa grave 
ou dolo. 
§2º - É vedado o recebimento de pagamento ou doações de cônjuges, parentes 
até 3º grau e empresa ou sociedade civil que tenha dirigente como sócio ou 
administrador. 
§3º - A obtenção de dívidas para construção de estádios, CT’s e aquisição de 
terrenos não entrará nos 20% permitidos do Art. 25, IV, desde que haja comprovação 
da possibilidade de adimplemento da obra ou quando houver financiamento-projeto 
com contas separadas da entidade. 
Art. 26. Os dirigentes poderão ser responsabilizados por mecanismos internos 
das entidades, não obstante a possibilidade da responsabilização civil/penal. 
§1º - Haverá assembleia geral para definir como apurar a responsabilidade dos 
dirigentes quando não houver previsão administrativa. 
§2º - Convocação com 15% dos associados com direito a voto, em três meses 
da ciência do ato de gestão temerária ou irregular, se não houver instauração de 
procedimento ou convocação de assembleia em momento anterior. 
§3º - Inelegibilidade de 10 anos para dirigente responsabilizado. 
Art. 27. A entidade desportiva profissional pode adotar medida judicial para 
reaver os prejuízos causados. 
§1º - Os dirigentes responsabilizados não poderão participar da assembleia que 
decidirá a medida judicial a ser tomada. 
§2º - Para que haja o impedimento do dirigente, a medida judicial deve ser 
proposta em até três meses após deliberação da assembleia geral. 
 
CAPÍTULO IV – DAS LOTERIAS 
Art. 28. Autoriza-se a instituição da Loteria Instantânea Exclusiva (LOTEX), 
temática do futebol. 
§1º - Autorização do Ministério da Fazenda e execução pela Caixa. 
§2º - Podem participar os clubes que cederem os direitos de uso de imagem e 
publicarem os balanços da maneira prevista. 
§4º - Destinação do valor arrecadado: 65% para premiação, 10% ao Ministério 
do Esporte para aplicação em projetos de iniciação escolar, 2.7% para os clubes, 
18.3% para custeio e manutenção, 3% para o Fundo Penitenciário Nacional e 1% para 
formar a renda líquida. 
§5º - Autorização para a Caixa negociar o uso da imagem dos clubes no tocante 
à LOTEX. 
§3º, §6º, §7º, arts. 29 e 30: VETADOS. 
 
CAPÍTULO V – DO REGIME ESPECIAL DE TRIBUTAÇÃO DAS SOCIEDADES 
EMPRESÁRIAS DESPORTIVAS PROFISSIONAIS – VETADO INTEGRALMENTE 
 
CAPÍTULO VI – ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO 
Art. 37. Alteração na Lei de Contravenções Penais. 
Nova redação ao §2º do art. 50 – institui a multa de valor entre R$ 2.000,00 e R$ 
200.000,00 para quem participar de aposta como ponteiro ou apostador também na 
internet ou outro meio de comunicação. 
Art. 38. Alterações na Lei Pelé: 
Introdução do inciso IV no art. 3º - reconhecimento do desporto de formação 
como aquisição inicial de conhecimentos desportivos que permita a apreensão de 
conhecimentos desportivos e técnicos que melhorem o desempenho da prática 
desportiva. 
Introdução do inciso VI no art. 6º - previsão da arrecadação de 10% da LOTEX 
para o Ministério do Esporte. 
Nova redação ao §1º do art. 14 – estatutos ou contratos sociais de acordo com 
o art. 217, II CF para COB, CPB e entidades de administração. 
Nova redação ao caput, §1º e §3º do art. 16 – inserção da possibilidade da 
constituição por meio de contratos sociais, não apenas estatutos. 
Nova redação ao inciso II do §1º do art. 16 – participação dos atletas na eleição 
para os cargos de direção da entidade. 
Introdução do §2º no art. 22 – Formação do Colégio Eleitoral nas entidades 
nacionais do desporto com, pelo menos, os representantes dos clubes da Série A e 
B. 
Introdução do art. 22-A – Os votos para deliberação em assembleia e nos demais 
conselhos das entidades de administração do desporto serão valorados a partir do 
disposto no sistema de votação composto pelos clubes da Série A e B. 
Nova redação ao caput do art. 23 – Inserção da possibilidade da constituição por 
meio de contratos sociais, não apenas estatutos. 
Nova redação aos incisos II, III, §1º e §2º do art. 23 – Previsão nos estatutos ou 
contratos sociais de inelegibilidade por 10 anos de dirigentes condenado por crime 
doloso em sentença definitiva, inadimplentes na prestação de recursos públicos, na 
prestação de contas da própria entidade ou das contribuições previdenciárias e 
trabalhistas, afastados de cargos eletivos ou de confiança por gestão temerária ou 
irregular e dirigentes falidos. Garantia à representação de atletas como votantes nos 
conselhos técnicos responsáveis pela aprovação dos regulamentos das competições. 
Afastamento dos dirigentes incorrentes em alguma das práticas supracitadas, 
independente de previsão estatutária, assegurados o processo regular e a ampla 
defesa para destituição. Os próprios atletas devem escolher seus representantes em 
votação organizada pela entidade de administração do desporto. 
Nova redação ao §2º do art. 27 – os clubes não podem dar bens patrimoniais, 
desportivos ou sociais para integralizar sua parcela de capital ou colocá-los como 
garantia, salvo concordância de maioria absoluta definida em Assembleia Geral. 
Nova redação ao art. 31 – pagamento de salário ou contrato de direito de imagem 
em atraso de mais 3 meses deixa o atleta livre para rescindir o contrato e exigir o 
pagamento da cláusula compensatória desportiva. 
Inserção do §5º do art. 31 – em caso do atleta rescindir seu contrato por atraso 
de salário ou contrato de imagem, ele está liberado para assinar com qualquer clube, 
de qualquer divisão, independentemente da quantidade de partidas disputadas. 
Nova redação ao §2º do art. 42 – captação para apostas legalmente autorizadas 
não é válida para a cobrança do direito de arena. 
Nova redação ao §3º do art. 53 – os 2,7% da arrecadação com loterias serão 
destinados a programas e projetos de fomento, desenvolvimento e manutenção do 
desporto, fomentando a participação e desenvolvimento dos atletas. 
Inserção do art. 82-B – obrigação de contratação de seguro de vida e acidentes 
pessoais aos atletas pelas entidades de prática desportiva com equipes de 
treinamentos de modalidades olímpicas ou paraolímpicas (atletas não profissionais), 
assim como as entidades de administração em competições nacionais. 
Inserção do § único do art. 87-A – limitação do direito de imagem em 40% do 
salário do atleta. 
Art. 39. VETADO 
Art. 40. Alterações no Estatuto do Torcedor: 
Nova redação ao §1º do art. 10 – importante mudança feita aqui, em relação ao 
critério técnico definido para a participação dos clubes em competições. Determina 
que, além da colocação obtida em competição anterior, o clube deve ter regularidade 
fiscal, por meio de CND, apresentação de certificado de regularidade do FGTS e 
comprovação de pagamento dos salários e direito de imagem dos atletas. 
Nova redação ao §3º do art. 10 – previsão de REBAIXAMENTO para o clube que 
não cumprir os requisitos acima – cadê a autonomia aqui?Quem assume a vaga é o 
primeiro clube que não obteve o acesso no ano anterior. 
Inserção do §5º do art. 10 – dispõe da maneira que pode se dar a comprovação 
da regularidade fiscal – por meio de CPEND (Certidão Positiva com Efeitos de 
Negativa de Débitos relativos a Créditos Tributários Federais e à Dívida Ativa da 
União). 
 Nova redação ao caput e §1º do art. 32 – inclui a possibilidade de audiência 
pública transmitida pela internet como modo de escolha de árbitro para as partidas, 
no prazo de 48 horas antes do jogo. 
Nova redação ao §2º do art. 37 – disposição do valor das multas a serem 
cobradas por União, Estado e municípios: valor entre R$ 100,00 e R$ 2.000.000,00. 
Nova redação aos arts. 41-C, 41-D, 41-E – inclusão do termo “ou evento a ela 
(competição desportiva) associado” nas hipóteses de cometimento de crime. 
Art. 41. Alteração na Lei 10.891/2004 (Bolsa Atleta): 
Inserção dos §6º e 7º no art. 1º - determina que o atleta de modalidade olímpica 
ou paraolímpica com mais de 16 anos e que receba valor superior a um salário mínimo 
como bolsa atleta será filiado ao Regime Geral de Previdência Social como 
contribuinte individual, sendo de competência do Ministério do Esporte recolher a 
contribuição previdenciária dos beneficiários. 
Art. 42. Alterações na Lei 11.345/2006 (Timemania): 
Nova redação à alínea b, inciso IV do art. 2º - destinação de 1/3 do valor 
destinado ao Ministério do Esporte para ações dos clubes sociais com projetos 
aprovados pela Federação Nacional dos Clubes Esportivos (FENACLUBES). 
Inserção do art. 7º-A – após as amortizações previstas na lei, os valores da 
remuneração referidos nas demonstrações contábeis deverão ser utilizados 
exclusivamente em atividades de formação desportiva. 
Art. 43. Alteração na Lei 11.438/2006 (Incentivo ao Esporte): 
Nova redação ao caput do art. 1º - estende até o ano de 2022 a vigência da lei. 
 
CAPÍTULO VII – DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 
Art. 44. O Capítulo III é aplicável ao COB, CPB (Paraolímpico), entidades 
nacionais e regionais de administração do desporto, ligas regionais e nacionais, 
entidades de prática filiadas ou não às referidas aqui e também a CBC (Clubes). 
Art. 45. Podem aderir ao parcelamento as entidades nacionais e regionais de 
administração do desporto e as entidades de prática desportiva, que devem cumprir o 
previsto nos incisos I, II, III, VI, VII e VIII do caput do art. 4º - os clubes também devem 
cumprir o inciso V do caput do art. 5º. A fiscalização fica por conta da Apfut. MELHOR 
PARÁGRAFO DA LEI: §4º. O Poder Executivo regulamentará de forma diferenciada 
este artigo. 
Art. 46. Exigência a partir da vigência da lei as previsões nos incisos I a VII do 
caput do art. 4º e, a partir de 01/01/2016, o que está disposto nos incisos VIII ao X do 
caput do art. 4º e seu parágrafo único. 
Art. 47. A Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda, o 
Ministério do Trabalho e Emprego, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e a 
Procuradoria-Geral do Banco Central do Brasil, no âmbito de suas atribuições, 
editarão as normas necessárias à execução dos parcelamentos previstos nesta Lei. 
§ Único. O Poder Executivo deverá divulgar, semestralmente, o valor da 
arrecadação de receitas decorrente da adesão aos parcelamentos, sem infringir o art. 
198 do CTN (vedada a divulgação de informações obtidas acerca do estado de 
negócios ou atividades dos sujeitos passivos a ela submetidos). 
Arts. 48 e 49. VETADOS. 
Art. 50. Os TRT’s ficam autorizados a instaurar o Ato Trabalhista (Regime 
Centralizado de Execução) para as entidades desportivas profissionais (clubes 
envolvidos em competições de atletas profissionais, ligas e entidades de 
administração). 
Art. 51. VETADO. 
Art. 52. Lei entra em vigor a partir de sua publicação. 
Art. 53. Revogação da MP nº 669 (PROFUT).