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Alterações da Orientação

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Alterações da Orientação
Conceito
Orientação é um estado no qual temos consciência de nossa vida, da situação real em que nos encontramos.
Husserl e Heidegger
Passou a reconhecer a distinção entre os duas estruturas temporais, o tempo subjetivo e o tempo objetivo, correspondentes respectivamente ao tempo do eu e ao tempo do mundo. 
O Husserl equivale ao tempo interior ou verdadeiro, ou o tempo imanente das vivências.
O Heidegger, ver o tempo como cósmico ou cronométrico, o tempo da física, divisível e mensurável por meio de instrumentos.
Jaspers
Para ele o espaço e o tempo representam as qualidades essenciais na estrutura das vivências, tanto nas vivências normais como nas patológicas.
Enfatiza também que espaço e o tempo só seriam qualitativamente reais para nós quando ocupados por alguma coisa. Quando vazios, o espaço e o tempo possuiriam um traço comum de natureza quantitativa em termos de dimensões, continuidade ou infinitude e, ao serem preenchidos, se tornariam qualitativos. Assim sendo, como espaço e tempo só existem para a pessoa quando realmente preenchidos, surge o problema sobre o que se deve considerar, exatamente, como espaço e como tempo. 
Ao estudar os problemas relacionados com a vivência do tempo, Jaspers aponta três considerações preliminares:
 1. O saber sobre o tempo: Refere-se ao tempo objetivo e ao rendimento na avaliação correta ou falsa dos períodos de tempo e, além disso, à apreensão pessoal correta ou falsa da essência do tempo.
2. A Vivência do tempo: A vivência subjetiva do tempo não é uma avaliação particular do tempo, senão uma consciência total do tempo, para a qual o modo de avaliar o tempo pode ser apenas uma característica entre as demais.
3. Tratar o tempo: O homem deve tratar a situação básica da temporalidade da mesma maneira como se comporta para com o tempo na espera, no amadurecimento da decisão, a seguir na consciência biográfica total de seu passado e de toda a sua vida.
A Relatividade Têmporo-Espacial
Alterações das vivências do tempo e do espaço podem ser observadas em estados patológicos definidos e sempre que estiver prejudicada a relação entre o eu e o mundo. Recentemente, as categorias tempo e espaço passaram a ser melhor estudadas do ponto de vista psicológico e sociológico. Esses estudos conceituaram, principalmente, a noção de espaço pessoal e de tempo vivido. 
Os estudos sobre a consciência do tempo e do espaço, tiveram repercussões consideráveis na psicopatologia, onde possibilitaram a sistematização de suas alterações nas neuroses e psicoses. 
Dentre essas alterações destacamos, inicialmente, aquelas que concernem à dissociação ou dissincronia entre o tempo do ser e o tempo do mundo, alterações sobre a duração do tempo vivido, que ora se dilata, ora se comprime, lentificando ou acelerando o nosso devir subjetivo: 
Nos estados depressivos e obsessivos, a lentificação, um retardamento ou inibição do acontecer temporal, ao contrario do que ocorre em certas crises de ansiedade, bem como nos casos de uso abusivo de drogas entorpecentes, do acido lisérgico ou substâncias afins.
Em esquizofrênicos podemos observar diversos tipos de alterações das vivências temporais, inclusive quanto à duração do vivido e incluindo o fenômeno chamado de dupla cronologia, a sensação verdadeira ao lado da sensação de falsa cronologia. Também ocorre, na esquizofrenia e nos estados de euforia do transtorno do humor, a perda da continuidade da consciência do tempo onde o paciente carece da noção de um curso temporal, motivo pelo qual o tempo lhe parece vazio, como se fosse constituído de uma sucessão de presentes desarticulados.
A Orientação
Orientação é um estado psíquico funcional em virtude do qual temos consciência plena, em cada momento de nossa vida, da situação real em que nos encontramos. É indubitável que a orientação depende, antes de mais nada, da integridade psíquica e do estado de consciência e, uma vez perturbada esta consciência, altera-se concomitantemente a orientação. A orientação mobiliza, em sua execução, fatores que muito cooperam em sua eficácia funcional e que envolvem o exercício de certas operações mentais, bem mais complexas do que se conhece.
Orientação autopsíquica e a orientação alopsíquicas
Autopsíquica: Pode-se dizer que o paciente está bem orientado quanto a noção do eu, quando fornece ele próprio dados de sua identificação pessoal, revelando saber quem é, como se chama, que idade tem, qual sua nacionalidade, profissão, estado civil, etc.
Alopsíquica: a orientação da pessoa em relação ao tempo e ao espaço. 
Kraepelin
A partir dela se consideram a multiplicidade de fatores na orientação da pessoa e se distinguem 3 tipos de desorientação, segundo a mesma estivessem na dependência de alterações da percepção, portanto, decorrente de alterações da vida instintivo-afetiva, alterações da memória, ligada ao bloqueio dos processos mnêmicos e, finalmente, conseqüente a alterações na formação dos juízos da realidade. A primeira pode ser chamada de desorientação apática, a segunda de desorientação mnêmica e a terceira de desorientação delirante ou amencial, conforme veremos adiante.
Desorientação Apática
Depende de alterações da percepção, ou seja, de alterações decorrentes da vida instintivo-afetiva. Embora o paciente esteja lúcido e perceba com clareza sensorial o que se passa no ambiente à sua volta, existe enorme falta de interesse, expressiva inibição psíquica e insuficiente energia psíquica para a elaboração da representação e do raciocínio. O paciente percebe todas as particularidades do ambiente mas não tem capacidade para integrar essas informação e formar um juízo sobre a própria situação. A Desorientação Apática ocorre nos estados de profunda e grave depressão.
Desorientação Amnéstica
As perturbações da memória, que se acompanham de deficiência ou incapacidade de fixação resultam numa desorientação no tempo e no espaço denominada de Desorientação Amnéstica. Caracteriza-se pela incapacidade que o enfermo demonstra para fixar os acontecimentos e, conseqüentemente, para orientar-se no tempo, no espaço e em suas relações com as pessoas do ambiente.
Desorientação Amencial e Desorientação Delirante
Tanto os casos de obnubilação da consciência quanto os estados delirantes se acompanham de dificuldades da compreensão e, por conseqüência, de alterações da síntese perceptiva. As alucinações e a impressão das percepções, observadas nesses casos, influem também no aparecimento da Desorientação Amencial. Fala-se em Desorientação Amencial para aquela que se observa no delirium tremens e nas psicoses orgânicas, onde se verificam alucinações e transtornos da compreensão que dificultam a orientação.
Nas psicoses esquizofrênicas falamos em Desorientação Delirante, onde, apesar da completa lucidez da consciência, observa-se um tipo de desorientação resultado da adulteração da situação no tempo e no espaço. Nesses casos, é muito freqüente observar também uma dupla orientação, a delirante ao lado da orientação normal, como dissemos acima. De sorte que os pacientes possam estar orientados no tempo e no espaço mas, por outro lado, podem acreditam que se encontram numa prisão ou no inferno.
Desdobramento da Personalidade
Hoje em dia os casos de Desdobramento da Personalidade são considerados como dependentes de auto-sugestão, tratando-se em geral de pessoas histriônicas (histéricas), mas, de qualquer forma, há uma evidente desorientação autopsíquica onde o paciente, desdobrando-se em outra personalidade, perde a orientação da original.
Despersonalização
O fenômeno conhecido como Despersonalização pode ser observado em alguns casos de reações afetivas muito intensas, em casos de acessos febris toxi-infecciosos e em certas intoxicações exógenas. Trata-se de um estado mental particular, de natureza paroxística, de rápida ou longa duração, caracterizado por um inexplicável sentimento de estranheza. Essa sensação de estranheza é inicialmente relacionado com o meio exterior e se estende, progressivamente, até a própria personalidade.Estados Patológicos
Delirium tremens; 
Sindrome de Korsakov e Psicoses orgânicas;
Esquizofrenia;
Transtornos do Humor. 
Delirium tremens
No Delirium Tremens, o paciente apresenta uma falsa orientação em relação ao tempo e ao espaço, mas normalmente se mantém bem orientado quanto à própria pessoa. Apesar do delirante tremens ser altamente sugestionável a respeito da situação, local onde se encontra, de objetos imaginários, de linhas, animais, etc., não é possível sugestioná-lo quanto a sua identidade. A desorientação alopsíquica, no delirium tremens, é uma conseqüência de falsas percepções, de alucinações e vivências oníricas ligadas à obnubilação a consciência, o que determina a fabulação delirante 
Sindrome de Korsakov e Psicoses orgânicas
Na Síndrome de Korsakov, como no Delirium Tremens, a orientação alopsíquica se acha profundamente alterada e a orientação autopsíquica está conservada. Em decorrência dos distúrbios da memória, existe também uma desorientação amnéstica, especialmente cronológica no tempo, embora os pacientes conservem relativa orientação no meio em que se encontrem.
Esquizofrenia
Nos esquizofrênicos catatônicos, a orientação no tempo, no espaço e em suas relações com as pessoas do ambiente está muito prejudicada, havendo inclusive, severa alteração da memória, da atenção e completa falta de interesse pelas ocorrências do mundo exterior.
 Os esquizofrênicos hebefrênicos costumam demonstrar certa desorientação em relação ao pessoal à sua volta e ao meio hospitalar, porém, podem estar melhor orientados no tempo e no espaço.
Já os esquizofrênicos paranóides costumam ter boa orientação no tempo e no espaço, mas estão desorientados em relação à própria situação. 
Transtornos do Humor
Os pacientes afetivos costumam manter sempre uma boa orientação auto e alopsíquica, muito embora, em alguns casos de episódios de euforia possa haver fuga de idéias de natureza confusional e desorientação quanto a própria situação ou quanto à morbidez. É comum esses pacientes maníacos se acharem muito bem e sadios, não conseguindo explicar os motivos da internação. 
Alterações da consciência 
Conceito
O estudo da consciência mostra como é frágil a atividade psíquica em diferentes partes e indispensável considerar a conexão casual existentes neste processo.
Mogli
Define a consciência como um complexo de fenômenos psíquicos que permite o conhecimento do próprio eu e do mundo exterior. 
Perez Villamil
Denomina consciência como a zona clara da vida psíquica oposta a zona escura chamado de inconsciente. 
Brentano
Assinala o caráter de intencionalidade convertendo a consciência em projeção ao que é mentado. 
Henri Pieron
Diz que há 3 significados diferentes de consciência: 
1º Designa o processo nervoso que escapa do conhecimento pessoal;
2º Quando tudo em um determinado momento escapa á consciência; 
3º Os processos dinâmicos atuam sobre a conduta sem interferir na consciência. Já inconsciência é empregada a determinado fato que escapa a conhecimento do individuo e serve para designar conjunto de processos psicológicos que escapam do consciente do individuo.
De acordo com Paim, é difícil precisar onde surgiram os primeiros estudos sobre a consciência. Para a filosofia moderna, a noção de consciência é a de uma “relação da alma consigo mesma”. Paim relembra que, de acordo com Hurssel, o psicólogo moderno pode definir a consciência como a ciência dos atos psíquicos enquanto unidades concretas de consciência. Pode defini-la também como a ciência da vida de certos indivíduos, sendo a soma total dos momentos da vida a unidade da consciência do indivíduo. Assim, a consciência é composta de atividades psicológicas que constituem as partes da consciência.
Obnubilação da consciência
Uma síndrome de transtorno da consciência equivalente ao delírio, a própria amência e ao estado crepuscular. Diminui a clareza do sensório, com lentidão da compreensão, dificuldade de percepção e elaboração das impressões sensoriais. 
Sua característica: é a tendência de adormecer sem sonhar. Não acontece nada de novo para o obnubilado, reinando, em seu interior, o silêncio. Quando não, está ocupado por fragmentos de pensamentos ou por sentimentos imprecisos, que não determinam a tomada de uma atitude ou a ação.
Patologias
Coma: Estado mais acentuado da perda de consciência que se acompanha geralmente de perturbações neurológicas e somáticas gerais.
Delírio oniróide: É constituído por visões e cenas em movimento, como no sonho. O enfermo contempla as alucinações visuais como participa delas como um sonâmbulo. As visões podem ser, ora elementares, ora organizadas em cenas animadas, tomando elementos da vida profissional, das ocupações habituais ou de acontecimentos recentes, nos quais o enfermo teve algum tipo de participação. Este tipo de delírio é observado nas enfermidades infecciosas e nas intoxicações, podendo apresentar os mais variados graus, desde simples desvarios noturnos até a manifestação de fuga e a prática do suicídio por defenestração. Na intoxicação alcoólica, observa-se o delírio oniróide de forma aguda e intensa.
Amência ou confusão mental: É uma afecção ordinariamente aguda, ou seja, é o enfraquecimento e dissociação intelectual, que integra a confusão mental. Mais tarde foi definida como uma “síndrome psicopatológica de origem infecciosa ou tóxica”, sendo curável. Entre os fenômenos psíquicos estão: estado de torpor, embotamento, diminuição ou inibição de funções psíquicas.
 Estado crepusculares: Estreitamento transitório da consciência com uma conservação mais ou menos da atividade, a percepção do mundo exterior e imperfeita ou de todo inexistente.
Onirismo: Caracterizado pela predominância das representações imaginarias sobre as perturbações sensoriais e sensitivas.
Alterações da Consciência do Eu
Êxtase: É um termo empregado na filosofia antiga, especialmente pelos neoplatônicos, que designa a fase em que a procura intelectual de Deus cede lugar ao sentimento de estreita comunhão com ele, ou mesmo, de identificação. Representa o último grau de ascensão, isto é, a alienação da mente de si mesma. De acordo com Paim , o êxtase é considerado como a condição em que desaparecem os limites entre o interno e o externo.
 Transitivismo: Pode ser encontrado na criança, de 4 a 8 anos, caracterizando-se pela “despersonalização transitivista da criança, referindo-se a uma perturbação da organização do tempo e espaço, centralizada mais no setor privilegiado do próprio corpo (imagem de si) do que no espaço interior”. No que se refere ao transitivismo em adultos, pode ocorrer devido a choques emocionais violentos. Os sintomas são acompanhados por angústia.
 Posseção: Alterações da consciência do eu o individuo se sente possuído por entidades sobrenaturais especialmente espíritos ou demônios.
Convicção de inexistência: convicção da inexistência do próprio corpo ou órgãos e que o enfermo não se encontra vivo e sim morto.
Valor semiológico: Psicose exógena aparecem devido a algum tipo de intoxicação.
Psicoses sintomáticas: a obnubilação da consciência representa um sintoma obrigatório na maior parte das psicoses toxico-infecciosas,nesses casos a obnubilação tem valor sintomático objetivo visto que ela se reflete na expressão fisionômica e na conduta do enfermo. 
Psicoses alcoolicas: Na embriaguez observa alterações da consciência ,alucinações e impulsos patológicos.
Epilepsia: Alterações caracterizadas da consciência, supressão rápida da consciência perda súbita.
 
Psicoses carcerárias: Reações psicogênicas de natureza histérica. Obnubilação da consciência acompalhado de lentidão da percepção e dificuldade de compreesão.

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