Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GEOLOGIA ESTRUTURAL Aulas 3 08/03/2007 Análise da Tensão (stress) Análise da Deformação (strain) ANÁLISE DA TENSÃO E DA DEFORMAÇÃO (COMPORTAMENTO MECÂNICO DAS ROCHAS) • O estado de tensão propicia deformação/movimentação (cinemática) e gera um forma final (geometria) da rocha. • Força ou tração: agente responsável pelos movimentos das rochas submetendo-as a solicitações diversas. Caso a solicitação seja tangencial ocorre o cisalhamento, que pode ser subdividido em componente normal (σn) e componente de cisalhamento (σs). A intensidade da força (ou tração) depende da área da superfície por onde é distribuída. CONCEITOS STRESS E STRAIN • Stress significa “tensão“, que tem por medida força/área ( N/m2 ). A tensão é a força/área necessária para produzir deformação (aplicando-se um stress em um corpo será gerado um strain). • Strain significa “deformação". É uma grandeza escalar medida somente pelo comprimento. Vetor é quantitativo que possui magnitude e direção. Tensor é quantitativo matemático usado para descrever a propriedade física de um material. Tanto o stress quanto o strain são materializados por elipsóides utilizados para representação espacial da tensão e da deformação, cujos eixos são inversamente proporcionais. ELIPSÓIDES Elipsóide de tensão (stress) Em geral no interior de um grande corpo geológico, a orientação do stress varia de lugar para lugar. Esta variação é conhecida como campo de tensão, que pode ser representado e analisado pelo digrama de da trajetória de stress. Nestes diagramas as linhas mostram a contínua variação na orientação do stress principal, mas localmente se observa que σ1 sempre é perpendicular a σ3. Assim, em cada ponto do corpo geológico o campo de tensão é representado por um sistema de eixos são representado pela letra grega "σ“, onde σ1>σ2>σ3 (ordem decrescente de tensão). O campo de tensão é caracterizado pelos eixos de tensão, cuja representação gráfica é o elipsóide de tensão. Elipsóide de deformação (strain) Eixos são representados pelas letras “x","y","z“, onde x>y>z representam uma ordem decrescente de deformação. O elipsóide de tensão é inversamente proporcional ao elipsóide de deformação. Numa comparação aproximada: σ1ÙZ /σ2ÙY /σ3ÙX Os eixos dos elipsóides variam de acordo com o stress aplicado na superfície rochosa. Desta forma os eixos podem sofrer: Estiramento/Encurtamento/Encurtamento Estiramento/Encurtamento/Estiramento Encurtamento/Estiramento/Estiramento REOLOGIA Conceitos • Reologia estuda o comportamento físico das rochas, mediante a aplicação de forças e tensões (stress). As propriedades mecânicas da rocha refletem aspectos das forças e dos movimentos que os corpos experimentaram. As rochas possuem propriedades elásticas e plásticas concomitantes. Métodos de estudo • Dinâmico: investiga a natureza e os tipos de tensões aplicadas nas rochas durante a deformação. • Cinemático: as relações geométricas e de simetria em relação a um plano de movimento são estabelecidas na análise da trama rochosa. • Analítico: ensaios teóricos de resistência de materiais, tais como metais agregados cerâmicos e concretos. As condições são simuladas em laboratório. • Modelos Reduzidos: constroem-se modelos em escalas das estruturas e deformações a fim de se descobrir as tensões regionais envolvidas. Situação da Deformação Forças agindo fora e dentro do corpo Condições que influenciam (temp.e pressão) Rochas com hetereogeneidades iniciais Aspectos mecânicos significativos (mineralogia, foliações, limites de grãos, ...) Sistema de Stress Propriedades mecânicas Intervalo de tempo Taxa de deformação (movimentos relativos entre as partes) Incremento da deformação (novas posições das partes em função do strain, deslocamentos e rotação que varia de ponto a ponto Corpo de rocha distorcido com novas hetero- geneidades Modificação da estrutura ou “fabric” Quadro que sintetiza a resposta da rocha à uma dada deformação Fatores extrínsecos (a) Pressão confinante: materiais friáveis tornam-se mais dúcteis, quanto maior a pressão confinante (PC). Os limites de elasticidade, resistência e esforço máximo se elevam com o aumento da PC, isto significa que a maiores profundidades maiores esforços são necessários para produzir a mesma deformação. (b) Temperatura: facilita a deformação, tornando os materiais mais dúcteis, principalmente quando a pressão confinante e a temperatura somam seus efeitos. O limite da resistência, o esforço máximo e o limite de elasticidade, diminuem com o aumento de temperatura, isto significa que a mesma deformação é causada por esforços, tanto menores, quanto maior for a temperatura. A temperatura age contrariamente em relação à pressão confinante. (c) Tempo de Aplicação do Esforço: se faz lentamente e com pausas - fenômeno comum na natureza – através de acréscimos infinitesimais. Quanto maior o tempo de aplicação do esforço mais dúctil será a deformação. T = Temperatura0 R Ú P T I L S Ó L I D O P L Á S T I C O BP -AT A P - BT L Í Q U I D O V I S C O S O t r a n s i ç ã o - p l á s t i c o / v i s c o s o P = = p r e s s ã o h i d r o s t á t i c a σ t r a n s i ç ã o d ú c t i l - r ú p t i l aumento da velocidade de deformaçãoR3 R2 R1 R = Ruptura E1 E2 E3 ε % σ σ σ σ E3 E2 E1 Deformação sob condições de velocidade e deformação variáveis Fatores intrínsecos (d) Presença de Fluídos O limite de plasticidade, o limite de resistência e o esforço máximo, diminuem com a presença das soluções (uma mesma deformação exige esforços menores se a rocha portar soluções). (e) Anisotropia Estrutural Corpos de provas, cortados paralelamente e perpendicularmente à xistosidade, mostram comportamentos diferentes (a orientação da anisotropia estrutural influi na deformação). (f) Heterogeneidade litológica Willis (1932) introduziu o conceito de competência: rochas competentes são aquelas que se deformam sem se romperem e transmitem os esforços por distâncias maiores; rochas incompetentes são relacionadas à deformação concomitante, com absorção de esforços em curtas distâncias. CIRCULO DE MOHR Diagrama de Mohr Representação cartesiana da tensão (σ), decomposta em grandezas vetoriais a partir de um corpo rochoso qualquer submetido à tensão. É uma técnica gráfica para mostrar o estado de stress de diferentes planos no mesmo campo de tensão (stress). As tensões (σn e σs) são plotadas em um plano como um ponto simples, sendo σn medido no eixo horizontal e σs na vertical. Valores de σn e σs F= σ.A σn = 1/2 ( σ1+ σ3 ) + 1/2 ( σ1 - σ3 ) . cos 2θ σs = 1/2 ( σ1 - σ3 ) . sen 2θ onde: F = Força máxima aplicada pela pressão A = Área do plano arbitrado para o estudo θ = Ângulo entre o plano arbitrado em relação á direção de Fz σ = Tensão total (A) Fratura de tensão (b) Fendas longitudinais (c) Fraturas de extensão (d) Fraturas conjugadas de cisalhamento Tipos de fraturas desenvolvidas durante experimentos na rocha em estado ruptil Envelope ou Envoltória de Mohr Exemplo de aplicação Cisalhamento dúctil (critério de Von Mises)Transição ruptil-ductil Fratura (critério de Coulomb) Campo submetido ao stress Fratura envoltória parabólica Modelo de falhamento de Anderson Principais tipos de falhas GEOLOGIA ESTRUTURAL ANÁLISE DA TENSÃO E DA DEFORMAÇÃO (COMPORTAMENTO MECÂNICO DAS ROCHAS) CONCEITOS ELIPSÓIDES REOLOGIA CIRCULO DE MOHR Envelope ou Envoltória deMohr Exemplo de aplicação Modelo de falhamento de Anderson Principais tipos de falhas
Compartilhar