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ENGENHARIA CIVIL Paulista Prof. Engº. MSc. Patricia Mendes T. Leite E-mail: patricia.teixeira@cruzeirodosul.edu.br Geotecnia II •TEMA I – Aula 1 •Apresentação do Plano de Ensino 5° e 6º Semestre. 3 GEOTECNIA Grego: Geo Tecno Terra Arte, Ciência Ciência que trata dos métodos e princípios de engenharia para a aquisição, interpretação e uso do conhecimento dos materiais da crosta terrestre para a solução de problemas de engenharia. Definição http://pt.wikipedia.org/wiki/Crosta_terrestre http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia 4 Metodologia de Aula EXPOSITIVAS Projetor Multimídia Quadro RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS EM SALA LISTA DE EXERCÍCIOS 5 Critério de avaliação PROVAS 1º BIMESTRE 2º BIMESTRE Trabalhos e/ou Lista de Exercícios - Até 2,0 pontos Prova até 3,0 pontos (Avaliação A2) Avaliação Regimental – 5,0 pontos COLA !!! ZERO !!! (SEM DIREITO A DISCUSSÃO) 6 ...E NÃO O PROFESSOR!!! O ALUNO DEVERÁ ADMINISTRAR SUAS NOTAS E FREQUÊNCIA...!!! Critério de avaliação 7 Critério de avaliação e PEA Conteúdo (matéria) n livros e n sites !!! Objetivos do PEA: 8 Conteúdo Programático do PEA Estado de Tensões. Círculo de Mohr. II. Tensões nos Solos Água no solo.Tipos de tensões. Pressão Total. Poro pressão. Pressão efetiva. Tensões geoestáticas. Tensões devido à sobrecargas. Cargas Concentradas e Cargas distribuídas. III. Tensões e Água nos Solos Apresentação e discussão do Plano de Ensino, focando os objetivos, conteúdos, estratégias, avaliação e bibliografia. I. Apresentação da disciplina 9 Conteúdo Programático do PEA Regime de Escoamento nos solos. Lei de Darcy-Permeabilidade. Fenômenos Hidráulicos nos Solos V. Hidráulica dos Solos Base teórica do calculo de recalques. Métodos de Calculo de Recalque. Calculo dos acréscimos de deformações verticais. Calculo dos acréscimos de pressões efetivas verticais. Pressão liquida atuante na base da fundação. IV. Calculo de Recalques 10 Conteúdo Programático do PEA Métodos de perfuração. Profundidade. Locação e número de sondagens. Amostradores. Ensaios de campo VII. Exploração do Subsolo Analogia do Sistema água mola de Terzaghi. Teoria do adensamento unidimensional de Terzaghi. Recalque no tempo. VI. Adensamento Avaliação Parcial, Regimental e Final VIII. Avaliações Bibliografia Básica CRAIG, R. F. Mecânica dos Solos. 8. ed., v. 1. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2014. (ebook); CAPUTO, H. P., CAPUTO, A. N., RODRIGUES, J. M. A. Mecânica dos Solos e suas Aplicações - Fundamentos - Vol. 1, 7ª edição. LTC, 08/2015 (ebook); POMEROL, C. LAGABRIELLE, Y, RENARD, M., GUILLOT, S.. Princípios de Geologia. Bookman, 01/2013 (ebook); PINTO, C. DE S. CURSO BÁSICO DE MECÂNICA DOS SOLOS. 3ª ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2013. Bibliografia Complementar BODÓ, B., JONES, C. Introdução à Mecânica dos Solos. LTC, 01/2017(ebook) CAPUTO, H. P., CAPUTO, A. N., RODRIGUES, J. M. A. Mecânica dos Solos e suas Aplicações – Exercícios e Problemas Resolvidos - Vol. 3, 7ª edição. LTC,08/2015.(ebook) CAPUTO, H. P., CAPUTO, A. N., RODRIGUES, J. M. A. Mecânica dos Solos e suas Aplicações - Mecânica das Rochas, Fundações e Obras de Terra - Vol. 2, 7ª edição. LTC, 08/2015 (ebook); DAS, B. M., KHALED S. Fundamentos de Engenharia Geotécnica. Tradução da 8ª ed. Norte-americana, 3rd edição: Cengage Learning, 03/2015. (e-book) WICANDER, R.; MONROE, J. S. FUNDAMENTOS DE GEOLOGIA. São Paulo: Cengage Learning, 2012. (e-book) GRATO PELA ATENÇÃO DE TODOS! www.cruzeirodosul.edu.br ENGENHARIA CIVIL Paulista Prof. Engº. MSc. Patricia Mendes T. Leite E-mail: patricia.teixeira@cruzeirodosul.edu.br Geotecnia II •TEMA II •Estado de tenões •Círculo de Mohr 5º e 6º Semestre. Tensões Geostáticas Horizontais • A condição geostática se caracteriza por: – Superfície do terreno horizontal. – Camadas alinhadas na horizontal (Espessura constante). – Não existem tensões cisalhantes atuando nos planos vertical e horizontal (Planos principais). • Estas condições correspondem a um processo de deposição de solo sedimentar. Neste processo, cada camada depositada gera deformações verticais. Entretanto, as deformações horizontais são nulas (εh = 0), em virtude da compensação de efeitos entre elementos adjacentes. – Para anular as deformações horizontais, surgem as tensões horizontais. A magnitude destas tensões depende não só da tensão vertical aplicada, mas também da compressibilidade do solo. Assim sendo, a tensão horizontal é definida como: COEFICIENTE DE EMPUXO EM REPOUSO • Onde ko é denominado coeficiente de empuxo no repouso. Este coeficiente está associado às propriedades de deformação do material. Para uma dada tensão vertical, solos mais compressíveis tendem a apresentar deformações horizontais mais elevadas, e conseqüentemente as tensões horizontais para anular estas deformações também seriam mais elevadas. • A compressibilidade de solos depende da capacidade de seus grãos mudarem de posição. Esta mobilidade depende das tensões aplicadas nos grãos e as características do mesmo. Por este motivo, o parâmetro ko é definido em termos de tensão efetiva e não em termos de tensão total. Tensões Geostáticas Horizontais • As tensões horizontais, também denominadas empuxos, existentes em um maciço de solo são muito importantes no cálculo dos esforços de solo sobre estruturas de contenção, como os muros de arrimo, cortinas atirantadas etc. Como toda estrutura sofre deformações, os empuxos variam em função dos deslocamentos. •6 Tensões Geostáticas Horizontais Resistência ao Cisalhamento • Vamos aplicar os conceitos de estado de tensões e critérios de ruptura na determinação dos parâmetros de resistência dos solos para dimensionar as obras de fundações e geotécnicas. Os solos, como outros materiais de construção, são suscetíveis a contração (contrabilidade), expansão (expansibilidade), compressão (compressibilidade), tração (tractividade) e corte ou cisalhamento. Resistência ao Cisalhamento • Vamos relembrar alguns desses fenômenos: • A contração e expansão dos solos são consequência da presença de água, como já sabemos, ou seja, a secagem proporciona a contração, enquanto o umedecimento causa a expansão. • A compressão, tração e cisalhamento são fenômenos produzidos por esforços mecânicos: • A compressão, por exemplo, reflete a aproximação dos grãos com redução do volume total do solo e aumento consequente da sua densidade. • A tração é o afastamento recíproco dos grãos com aumento do volume total do solo, porém com diminuição da densidade. • O cisalhamento ou corte significa o deslizamento recíproco dos grãos, havendo o aumento (Dilatância) ou redução (Contração) do volume total do solo. • Esses comportamentos estão relacionados com a resistência do solo a esses esforços e neste sentido a granulometria é de suma importância. • No campo, as tensões atuam sobre alguns planos dos solos (Vertical e horizontal, por exemplo) considerando certa profundidade (Figura abaixo). Nela, as tensões correspondem ao peso próprio e ao carregamento externo. Resistência ao Cisalhamento • Se após o carregamento o solo sofrer uma ruptura, o fenômeno pode ser estudado se conhecermos tanto a Tensão Normal (𝜎) quanto a Cisalhante (𝜏) ao longo do plano de ruptura. Resistência ao Cisalhamento • A próxima figura destaca o elemento apresentado anteriormente em que são mostrados o plano de ruptura e as tensões atuantes (externas), a partir do par de coordenadas XY. Se conhecermos essas tensões, podemos analisá-las e determinar o plano de interesse (Plano da ruptura). • Qualquer obra de engenharia que envolve conhecimentos geotécnicos, pode ocorrer a ruptura. • Qualquer ponto no interior de uma massa de solo é solicitado por forças devido ao peso proprio do solo e as forças externas aplicadas. Os esforços resistentes do solo são chamados de tensões, cuja intensidade é medida pela força por unidade de área. • A ruptura de um solo, representada de maneiraideal, se produz por cisalhamento ao longo de uma superfície de ruptura, ocorre o deslizamento de uma parte do maciço sobre uma zona de apoio que permanece fixa. • A lei de cisalhamento é a relação que une, no momento da ruptura e ao longo da superfícies de ruptura a tensão normal ou tensão de compressão (𝜎) e a tensão tangencial ou tensão de cisalhamento (𝜏), conforme esta representado na Figura a seguir. Resistência ao Cisalhamento • Qualquer problema de ruptura em Mecânica dos Solos envolve, portanto, uma superfície de ruptura, a qual poderá ser definida a priori como aquela onde, em todos os seus pontos, a tensão de cisalhamento atinge o valor limite da resistência ao cisalhamento do solo. Resistência ao Cisalhamento • A resistência ao cisalhamento de um solo em qualquer direção é a tensão de cisalhamento máxima que pode ser aplicada à estrutura do solo naquela direção. Quando este máximo é atingido, diz-se que o solo rompeu, tendo sido totalmente mobilizada a resistência do mesmo. • Os problemas de resistência dos solos são usualmente analisados empregando-se os conceitos do “Equilíbrio e Somatória de Forças", o que implica considerar o instante de ruptura, quando as tensões atuantes igualam a resistência do solo, sem atentar para as deformações. • Exemplos típicos onde a determinação da resistência ao cisalhamento do solo é que condiciona o projeto, são as análises de estabilidade de taludes (Aterros e cortes), empuxos sobre muros de arrimo ou qualquer estrutura de contenção, capacidade de carga de sapatas e estacas. Na Figura Anterior, estão representados de forma esquemática estas solicitações. • As forças estabilizadoras trabalham em função dos parâmetros de resistência do solo (Coesão e ângulo de atrito interno). As forças que atuam ao longo da superfície de ruptura arbitrada devem resistir à força aplicada no elemento de fundação. Resistência ao Cisalhamento • Em qualquer ponto da massa do solo existem três planos ortogonais onde as tensões cisalhantes são nulas. Estes planos são chamados “Planos principais de tensões”. Portanto, as tensões normais recebem o nome de tensões principais, onde a maior das tensões atuantes é chamada tensão principal maior – Tensão Efetiva Vertical (𝜎 1), a menor é chamada tensão principal menor – Tensão Efetiva Horizontal (𝜎3), e a terceira é chamada tensão principal intermediária (𝜎2). • Em Mecânica dos Solos, normalmente, despreza-se a tensão apenas com a tensão principal maior (𝜎1) e menor (𝜎3), trabalhando em dois eixos. principal intermediária (𝜎2). Embora “𝜎2” influencie na resistência ao cisalhamento dos solos, são desconsiderados nos cálculos, pois as soluções conseguem ser determinadas • No perfil geotécnico da Figura a Seguir, supondo k0 < 1, temos: Resistência ao Cisalhamento • A maior parte dos problemas de Mecânica dos Solos permitem soluções considerando um estado de tensões no plano, isto é, trabalha-se com um estado plano de tensões ou estado duplo de tensões. Admitindo-se esta simplificação, trabalha-se somente com as tensões atuantes em duas dimensões (X e Y). Estado de tensões no plano que contêm as tensões principais 𝜎1 e 𝜎3. Resistência ao Cisalhamento • A figura abaixo destaca o elemento apresentado anteriormente, em que são mostrados o plano de ruptura e as tensões atuantes (externas), a partir do par de coordenadas XY. Se conhecermos essas tensões, podemos analisá-las e determinar o plano de interesse (plano da ruptura). Veja que este plano é inclinado em função à referência inicial e, por este motivo, devemos fazer a rotação do sistema de coordenadas. Resistência ao Cisalhamento • Observe que para o novo sistema de coordenadas (X’Y’) foi girado um ângulo (∝) no sentido anti-horário. Por mera convenção, vamos considerar como positivo este sentido. • Conhecida a magnitude e direção de 𝜎 1 e 𝜎 3 é possível encontrar as tensões normal e cisalhante em outras direções, conforme o plano inclinado (Cinza) mostrado anteriormente e o desenho abaixo: • A tensão cisalhante (𝜏) é a máxima tensão antes da ruptura ou a tensão no momento que o solo entra em colapso. Resistência ao Cisalhamento • O fator de segurança (F) contra a ruptura é calculado como a razão entre as forças estabilizadoras (Resistentes) e as forças instabilizadoras (Atuantes), para que o solo não entre em colapso: • Se as forças instabilizadoras forem maior que as forças estabilizadoras, o fator de segurança será menor que 1 e isso nunca pode ocorrer. • Agora vamos determinar matematicamente as fórmulas da tensão cisalhante (𝜏) e da tensão normal (𝜎). Resistência ao Cisalhamento ESTADO DE TENSÕES E CRITÉRIOS DE RUTURA • No ESTADO PLANO DE TENSÕES, conhecidas as tensões principais 1 e 3 em um determinado ponto, pode-se determinar as tensões normais e de cisalhamento em qualquer plano passando por este ponto ( e ) TENSÕES EM UM PLANO GENÉRICO ESTADO DE TENSÕES E CRITÉRIOS DE RUTURA TENSÕES EM UM PLANO GENÉRICO ESTADO DE TENSÕES E CRITÉRIOS DE RUTURA •O CÍRCULO DE MOHR • O estado de tensões atuantes em todos os planos que passam por um ponto, pode ser representado graficamente num sistema de coordenadas em que as abscissas (eixo x) são as tensões normais e as ordenadas (eixo y) são as tensões cisalhantes. •TENSÃO NORMAL •EIXO DAS ABSCISSAS •TENSÃO CISALHANTE EIXO DAS ORDENADAS ESTADO DE TENSÕES E CRITÉRIOS DE RUTURA •O CÍRCULO DE MOHR Exercício • Vamos considerar a seguinte situação apresentada na Figura abaixo, que mostra o estado de tensões atuantes em um elemento de solo, e calcular as tensões normal e cisalhante que agem no plano inclinado (30º com a horizontal), considerando os sentidos das tensões no plano destacado. Resposta NA LOUSA! ESTADO DE TENSÕES E CRITÉRIOS DE RUTURA O CÍRCULO DE MOHR • Construído o círculo de Mohr, ficam facilmente determinadas as tensões em qualquer plano. 3 1 máx = RAIO máx = (1-3)/2 2 = 90° = 45° 2a máx ESTADO DE TENSÕES E CRITÉRIOS DE RUTURA O CÍRCULO DE MOHR • Da análise do círculo de Mohr, chegam-se as seguintes conclusões: 1. A máxima tensão cisalhante (em módulo) ocorre em planos que formam 45° com os planos principais; 2. 2. A máxima tensão de cisalhamento é igual a semidiferença das tensões principais (1-3)/2 ESTADO DE TENSÕES E CRITÉRIOS DE RUTURA RESISTÊNCIA DOS SOLOS • A ruptura dos solos é quase sempre um fenômeno decisalhamento; • A resistência ao cisalhamento de um solo define-se como a máxima tensão de cisalhamento que o solo pode suportar sem sofrer ruptura. • Para entender melhor o fenômeno de ruptura por cisalhamento, vamos considerar o mecanismo de deslizamento entre corpos sólidos e, por extensão entre as partículas do solo: ATRITO E COESÃO ESTADO DE TENSÕES E CRITÉRIOS DE RUTURA •ATRITO • Se N é a força vertical transmitida pelo corpo, a força horizontal T necessária para fazer o corpo deslizar deve ser superior a fxN, onde f é o coeficiente de atrito entre os dois materiais. • Existe uma proporcionalidade •horizontal, sendo expressa por: •entre a força vertical e a força •𝑇= 𝑁.𝑡𝑔(𝜑) • Onde é chamado de ângulo de atrito ESTADO DE TENSÕES E CRITÉRIOS DE RUTURA •ATRITO • O ângulo de atrito pode ser entendido também como o ângulo máximo que a força transmitida pelo corpo à superfície pode fazer com a normal ao plano de contato sem que ocorra deslizamento. • Atingido esse ângulo, a componente tangencial é maior que a resistência ao deslizamento que depende da componente normal. ESTADO DE TENSÕES E CRITÉRIOS DE RUTURA RESISTÊNCIA DOS SOLOS ESTADO DE TENSÕES E CRITÉRIOS DE RUTURA •ATRITO • A resistência ao deslizamento é diretamente proporcional a tesão normal •aplicada e pode ser representada por uma reta ESTADO DE TENSÕES E CRITÉRIOS DE RUTURA •COESÃO • A resistência ao cisalhamento dos solos deve-se essencialmente ao atrito entre as partículas • Entretanto, a atração química entre essas partículas pode provocar uma resistênciaque não depende da tensão normal → COESÃO REAL, como se uma cola tivesse sido aplicada entre os dois corpos QUANDO OCORRE A RUPTURA DOSSOLOS? • CRITÉRIOS DE RUPTURA → são formulações que procuram refletir as condições em que ocorre a ruptura de um material • O critérios de ruptura que melhor representa o comportamento dos solos é o Mohr-Coulomb • Foi Coulomb (1770) o primeiro a procurar entender a ruptura em solo através da aplicação do conceito de atrito • Ele introduziu na expressão geral do atrito uma nova parcela que é independente da força ou tensão normal de contato (PARCELA DE COESÃO) 𝑐′τ = + ′. 𝑡𝑔() ATRITO COESÃO TENSÕES NUM PLANO GENÉRICO ’ τ = 𝑐′+ ′. 𝑡𝑔() c’ FIGURA A Combinação dos mecanismos de resistência Combinando os 2 mecanismos, a resistência ao cisalhamento entre partículas fica definida pelo esquema da Figura A. Neste esquema, a envoltória de resistência é definida pela equação de uma reta, segundo o critério de Mohr-Coulomb, dada por : ’ τ = 𝑐′+ ′. 𝑡𝑔() Região de instabilidade Lugar geométrico de pares de tensões () associados a planos de ruptura Região de estabilidade TENSÕES NUM PLANO GENÉRICO CRITÉRIOS DE RUPTURA • Na mecânica dos solos, este lugar geométrico é chamado de envoltória de ruptura de coulomb • Mohr (1990), estabeleceu outro critério de resistência expressa por um uma função matemática que apresenta a configuração de uma curva, e não como uma reta proposta por Coulomb • Para facilidade de cálculo, a envoltória de Mohr pode ser linearizada na faixa de tensões deinteresse. Este tipo de envoltória linearizada passou a ser chamada de ENVOLTÓRIA DE RESISTÊNCIA DE MOHR- COULOMB ENSAIOS PARA DETERMINAR A RESISTÊNCIA DOS SOLOS 1. ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO 2. ENSAIO DE COMPRESSÃO TRAXIAL •COMO DETERMINAR A RESISTÊNCIA DE UM SOLO? •Ensaio de cisalhamento direto •O ensaio de cisalhamento direto é o ensaio mais comum de determinação da resistência ao cisalhamento de solos. O ensaio consiste na imposição de um plano de ruptura em uma amostra prismática, podendo representar a condição de campo mostrada na Figura 31 . •Figura 32 •Ensaio de cisalhamento direto •As forças N e T divididas pela área transversal do corpo de prova indicam as tensões e •O equipamento empregado no ensaio de cisalhamento direto (Figura 32).consiste em uma célula, ou caixa bipartida, onde o corpo-de-prova é colocado Para facilitar a drenagem são colocadas duas pedras porosas, no topo e na base da amostra. A força normal é aplicada através de uma placa rígida de distribuição de carga e é possível manter o corpo-de-prova sob água, evitando a perda excessiva de umidade durante o ensaio em amostras saturadas (Figura 33). •A amostra prismática tem usualmente dimensões de 10x10x6cm. •Ensaio de cisalhamento direto •Ensaio de cisalhamento direto ESTADO DE TENSÕES E CRITÉRIOS DE RUTURA • Realizando o ensaio para várias tensões normais, obtém-se a envoltória de resistência de Mohr- Coulomb ’1 3 2 1 ’2 ’3 ENVOLTÓRIA DE MOHR-COULOMB •Ensaio de cisalhamento direto •Ensaio de compressão triaxial TENSÕES NUM PLANO GENÉRICO • Na mecânica dos solos, a envoltória de Mohr-Coulomb é obtida com no mínimo três corpos de prova. RESUMO → O critério de ruptura de Mohr-Coulomb define um limite entre a região de estabilidade e instabilidade, ou seja, define o par de pontos (tensão normal, tensão de cisalhamento) em que o solo apresenta ruptura. → A equação que define a envoltória de ruptura de Mohr-Coulomb é função de dois parâmetros: ÂNGULO DE ATRITO INTERNO E COESÃO DO SOLO GRATA PELA ATENÇÃO DE TODOS! www.cruzeirodosul.edu.br ENGENHARIA CIVIL Paulista Prof. Engº. MSc. Patricia Mendes T. Leite E-mail: patricia.teixeira@cruzeirodosul.edu.br Geotecnia II •TEMA III – Aula 1 •Tensões e água nos solos 5º e 6º Semestre. •Tensões • nos • Solos •3 •4 •Conceito de Tensões consiste na consideração de que os solos são constituídos de partículas e que as forças aplicadas à eles são transmitidas de partícula a partícula, além das que são suportadas pela água dos vazios. •Essa transmissão de esforços, para as partículas maiores (areias e síltes) se faz através do contato direto de mineral a mineral. Já para o caso das partículas menores (argilas), devido ao tamanho diminuto dos contatos e a presença de água adsorvida, a transmissão pode se dar através dessa água. •O conceito de tensão definido conduz ao conceito de tensão num meio contínuo σ = ∑ N área ζ = ∑ T área •5 • Tensões devidas ao peso próprio do solo Superfície horizontal •Assume-se que a tensão atuante num plano horizontal a uma certa profundidade seja normal ao plano • Tensões devidas a cargas aplicadas à superfície do terreno Tensões devidas ao peso próprio do solo •Assume-se que as tensões cisalhantes se anulam neste plano γnat .V A σv = γnat .Z= F A = PP A = Tensões Geostáticas x Y z z A Prisma de solo Tensões Geostáticas •6 •Camadas de solo aproximadamente horizontais •Resulta da somatória do efeito das diversas camadasσv Tensões Geostáticas •7 Exemplo: Calcule a tensão total a 15 m de profundidade Diagrama de tensões 0 m areia fina argilosa medianamente compacta g = 15 kN/m3 argila siltosa mole cinza escuro -4 m -7 m g = 21 kN/m3 g = 13 kN/m3 argila orgânica mole preta solo de alteração de rocha -15 m •8 •Pressão da água no interior dos vazios que dependa só da profundidade em relação ao N.A. Pressão neutra ou Poro-pressão u = (ZB -Zw).γw •Ao notar a diferença de natureza das forças atuantes, Terzaghi identificou que a tensão total num plano qualquer deve ser considerada como a soma de duas parcelas: •1) A tensão transmitida pelos contatos entre as partículas, por ele chamada de tensão efetiva (σ’) •2) Pela pressão da água, a qual recebeu a denominação de pressão neutra ou poropressão. x Y z z A Prisma de solo B z A w N.A. z B Tensões Geostáticas •9 Princípio das Tensões Efetivas σ’= σ - u •Todos os efeitos mensuráveis resultantes de variações de tensões nos solos, como compressão, distorção e resistência ao cisalhamento são devidos a variações de tensões efetivas. Terzaghi 10 cm 10 cm 10 N P= 1KPa (10N/0,01m²) Δσ → efetivo P= 1KPa (10KN/m³ x 0,1m) Δσ → neutro Explicação Física Tensões Geostáticas •10 O mesmo fenômeno ocorre nos solos: Se um carregamento é feito na superfície do terreno, as tensões efetivas aumentam, o solo se comprime e alguma água é expulsa de seus vazios, ainda que lentamente. Mas se o nível d’água numa lagoa se eleva, o aumento da tensão total provocado pela elevação é igual ao aumento da pressão neutra nos vazios e o solo não se comprime. zw Nível d’água q σ’ u •Por esta razão, uma areia ou uma argila na plataforma marítima, ainda que esteja a 100 ou 1.000 m de profundidade, pode se encontrar tão fofa ou mole quanto o solo no fundo de um lago de pequena profundidade. Tensões Geostáticas Exercício: Camada 1 - Areia Fina σ1=γnat .Z1 σ1=19 .3 => σ1=57KPa u1=(Zc-Zw).γw u1=(3-1).10 => u1=20KPa Camada 2 – Argila Mole σ2= σ1+ γnat .Z2 σ2=57+16.4 => σ2=121KPa u2=(Zc-Zw).γw u2=(7-1).10 => u2=60KPa Camada 3 – Pedregulho σ3= σ2+ γnat .Z3 σ3=121+21.3 => σ3=184KPa u3=(Zc-Zw).γw u3=(10-1).10 => u2=90KPa σ’1=σ1-u1 => σ’1=37KPa σ’2=σ2-u2 => σ’2=61KPa σ’3=σ3-u3 => σ’3=94KPa Tensões Geostáticas Tensões Geostáticas •12 Exercício: Considerando o perfil abaixo, trace o gráfico da variação de σ, u e σ’. 0 m areia fina argilosa medianamente compacta g = 15 kN/m3 argila siltosa mole cinza escuro -4 m -7 m g = 21 kN/m3 g = 13 kN/m3 argila orgânica mole preta solo de alteração de rocha -15 m N.A. GRATA PELA ATENÇÃO DE TODOS! www.cruzeirodosul.edu.br ENGENHARIA CIVIL Paulista Prof. Engº. MSc. Patricia Mendes T. Leite E-mail: patricia.teixeira@cruzeirodosul.edu.br Geotecnia II •TEMA III – Aula 2 •Propagação deTensões 5º e 6º Semestre. •3 Propagação de Tensões nos • Solos •4 Propagação de Tensões: São as tensões decorrentes das cargas estruturais aplicadas (tensões induzidas), resultantes de fundações, aterros, pavimentos, escavações, etc. (a) Indicação qualitativa de como se dá a distribuição do acréscimo de tensões em planos horizontais e a diferentes profundidades. (b) Representação da variação do acréscimo da tensão vertical ao longo do eixo de simetria da área carregada. Esquema de distribuição do acréscimo de tensões com a profundidade •5 Propagação de Tensões Unindo-se os pontos no interior do subsolo em que os acréscimos de tensões são de mesmo valor (um mesmo % da tensão aplicada na superfície), tem-se linhas que são chamadas de bulbos de tensões. Bulbos de tensões •6 Existem várias teorias que abordam a propagação de tensões ao longo de perfis de solo. Teoria do Espraiamento Teoria da Elasticidade Teoria do Espraiamento Considera que as tensões se espraiam segundo áreas crescentes, mas sempre se mantendo uniformemente distribuídas. σv = 2.L 2.L+2.z.tg30o Espraiamento das tensões σo .σo Estimativa muito grosseira Mais utilizada Teorias aplicadas a Propagação de Tensões •7 Teorias aplicadas a Propagação de Tensões Teoria da Elasticidade Fundamentada nos estudos de Cauchy, Navier, Lamé e Poisson, a Teoria da Elasticidade teve suas equações fundamentais estabelecidas por volta de 1820. O estudo sobre a distribuição de tensões no solo, realizado por Boussinesq em 1885, baseia-se na Teoria da Elasticidade. Material seja: •Elástico •Homogêneo •Isotrópico Porém, para o caso de: •Acréscimo de tensões •Trecho linear do diagrama de tensões Tem gerado bons resultados em retroanálises com dados coletados em obras!!! •8 Solução de Boussinesq – Carga Concentrada •9 Solução de Boussinesq – Carga Concentrada Exercício: Foi aplicado na superfície de um terreno, conforme esquema abaixo, uma sobrecarga de 1500 KN. Determine as tensões iniciais, os acréscimos de tensões devido à sobrecarga e as tensões finais no ponto A. •10 Solução de Boussinesq – Carga Concentrada Solução: •11 Solução de Newmark – Carreg. Unif. Distr. Placa Retangular Newmark desenvolveu uma integração da equação de Boussinesq, à qual determina o acréscimo de tensões, num ponto abaixo da vertical que passa pela aresta da área retangular uniformemente carregada. •12 Solução de Newmark – Carreg. Unif. Distr. Placa Retangular Para facilitar a determinação do acréscimo de tensões, tendo em vista dispêndio de tempo que se teria com os cálculos, Newmark propôs um ábaco para facilitar a determinação do acréscimo de tensões verticais, o qual retorna um coeficiente de influência (I) que deve ser multiplicado pela tensão P para a determinação do ∆σ’v. •13 Exercício: Calcular o acréscimo de tensões, na vertical, no ponto A, a uma profundidade de 5,0m. A placa superficial tem 4,0m x 10,0m, e está submetida a uma tensão uniforme de 340 KPa. Solução: Solução de Newmark – Carreg. Unif. Distr. Placa Retangular •14 Solução de Newmark – Carreg. Unif. Distr. Placa Retangular •15 Solução de Newmark – Carreg. Unif. Distr. Placa Retangular Para o cálculo do acréscimo de tensões em qualquer outro ponto que não abaixo da aresta da área retangular, divide-se a área carregada em retângulos com uma aresta na posição do ponto em questão, considerando separadamente o efeito de cada retângulo. (a) Δσ’v = AJPM + BKPJ + DLPK + CMPL (b) Δσ’v = PKDM – (PKBL + PJCM) + PJAL •16 Solução de Carothers e Terzaghi – Placa Ret. Compr. Infinito Em áreas retangulares em que uma das dimensões é muito maior que a outra, os esforços induzidos na massa de solo podem ser determinados através das expressões propostas por Carothers e Terzaghi •17 Para facilitar a determinação do acréscimo de tensões, tendo em vista dispêndio de tempo que se teria com os cálculos, Carothers e Terzaghi propuseram um ábaco para facilitar a determinação do acréscimo de tensões verticais e horizontais, o qual retorna um coeficiente de influência (I) que deve ser multiplicado pela tensão P para a determinação do ∆σ’v. Solução de Carothers e Terzaghi – Placa Ret. Compr. Infinito •18 Exercício: Determine os acréscimos de tensão vertical e horizontal nos pontos assinalados na figura abaixo que estão sob uma área retangular de comprimento muito maior do que a largura: Solução: Solução de Carothers e Terzaghi – Placa Ret. Compr. Infinito •19 Solução de Carothers e Terzaghi – Placa Ret. Compr. Infinito Solução: Pontos x z b x/b z/b P I1 Δσ'v A 0 1 1 0 1 200 0,82 164 B 1 1 1 1 1 200 0,64 128 C 2 1 1 2 1 200 0,28 56 D 0 2 1 0 2 200 0,55 110 E 1 2 1 1 2 200 0,47 94 F 2 2 1 2 2 200 0,33 66 G 0 3 1 0 3 200 0,39 78 H 1 3 1 1 3 200 0,37 74 I 2 3 1 2 3 200 0,28 56 •20 Solução de Love – Carreg. Unif. Distr. Área Circular Possui grande aplicação na estimativa de tensões induzidas no interior de uma massa de solo oriundo da construção de tanques e depósitos cilíndricos, fundações de chaminés e torres, etc. •21 Para facilitar a determinação do acréscimo de tensões, tendo em vista dispêndio de tempo que se teria com os cálculos e também para pontos fora da vertical, Love propôs um ábaco para facilitar a determinação do acréscimo de tensões verticais, o qual retorna um coeficiente de influência (I) que deve ser multiplicado pela tensão P para a determinação do ∆σ’v. Solução de Love – Carreg. Unif. Distr. Área Circular •22 Exercício: Calcular o acréscimo de tensão vertical nos pontos A e B transmitido ao terreno por um tanque circular de 6,0m de diâmetro, cuja pressão transmitida ao nível do terreno é igual a 240KPa. Solução: Solução de Love – Carreg. Unif. Distr. Área Circular •23 Solução de Osterberg – Carreg. Trapezoidal ( ∞) Possui grande aplicação na estimativa de tensões induzidas no interior de uma massa de solo oriundo da construção de aterros, barragens, etc. •24 Exemplo: Dados: ɤnat = 16 KN/m³ haterro= 4,0 m a= 4,0 m z= 2,0 m b=3,5 m P= ɤnat . haterro → P= 16.4 = 64 Kpa a/z= 2,0 b/z= 1,75 Do ábaco: I = 0,48 Δσ’v = 64.0,48 → Δσ’v = 30,7 KPa Solução de Osterberg – Carreg. Trapezoidal ( ∞) •25 Solução de Carothers – Carreg. Triangular ( ∞) Possui grande aplicação na estimativa de tensões induzidas no interior de uma massa de solo oriundo do empilhamento de agregados (estoque de materiais granulares), etc. •26 Solução de Carothers – Carreg. Triangular ( ∞) Exemplo: Dados: ɤnat = 12 KN/m³ hpilha= 5,0 m a= 5,0 m x=5,0m z= 2,0 m P= ɤnat . hpilha → P= 12.5 = 60 Kpa x/a= 1,0 z/a= 0,4 Do ábaco: I = 0,30 Δσ’v = 60.0,30 → Δσ’v = 18 KPa z x •27 Solução de Fadum – Carreg. Triangular •28 Exemplo: Dados: ɤnat = 16 KN/m³ hrampa= 2,0 m a1= 6,0 m b1=5,0m z= 2,0 m P= ɤnat . hrampa → P= 16.2 = 32 Kpa n= a1 /z= 3,0 m=b1/z= 2,5 Do ábaco: I2 = 0,195 Δσ’v = 32.0,195 → Δσ’v = 6,25 KPa m Solução de Fadum – Carreg. Triangular GRATA PELA ATENÇÃO DE TODOS! www.cruzeirodosul.edu.br ENGENHARIA CIVIL Paulista Prof. Engº. MSc. Patricia Mendes T. Leite E-mail: patricia.teixeira@cruzeirodosul.edu.br Geotecnia II •TEMA IV •Cálculo de Recalques 5º e 6º Semestre. •3 O recalque (português brasileiro) ou assentamento (português europeu) é o termo utilizado em Arquitetura e em engenharia civil para designar o fenômeno que ocorre quando uma edificação sofre um rebaixamento devido ao adensamento do solo sob sua fundação. O recalque é a principal causa de trincas e rachaduras em edificações, principalmente quando ocorre o recalque diferencial, ou seja, uma parte da obra rebaixa mais que outra gerando esforços estruturais não previstos e podendo até levar a obra à ruína. A Torre de Pisa é um exemplo típico de recalque diferencial, a qual permanece de pé devido às constantes intervenções de especialistas em geotecnia, visando o reforço do solo em sua base. Outro exemplo bastantecitado no Brasil são os prédios na orla da cidade de Santos. RECALQUES http://pt.wikipedia.org/wiki/Portugu%C3%AAs_brasileiro http://pt.wikipedia.org/wiki/Portugu%C3%AAs_europeu http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia_civil http://pt.wikipedia.org/wiki/Mec%C3%A2nica_dos_solos#Compressibilidade http://pt.wikipedia.org/wiki/Solo http://pt.wikipedia.org/wiki/Funda%C3%A7%C3%A3o_(constru%C3%A7%C3%A3o) http://pt.wikipedia.org/wiki/Obra http://pt.wikipedia.org/wiki/Estrutura http://pt.wikipedia.org/wiki/Obra http://pt.wikipedia.org/wiki/Torre_de_Pisa http://pt.wikipedia.org/wiki/Geotecnia http://pt.wikipedia.org/wiki/Solo http://pt.wikipedia.org/wiki/Funda%C3%A7%C3%B5es http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil http://pt.wikipedia.org/wiki/Orla http://pt.wikipedia.org/wiki/Santos#Edif.C3.ADcios_apresentando_recalque •4 RECALQUES •5 RECALQUES •6 RECALQUES •7 RECALQUES RECALQUES DEVIDOS A CARREGAMENTOS NA SUPERFÍCIE ✓ DEFORMAÇÕES → GRANDE INTERESSE DA GEOTECNIA ✓ A DEFORMAÇÃO DA MAIORIA DOS SOLOS, É MUITO MAIOR QUE A DOS MATERIAIS ESTRUTURAIS E MUITAS VEZES, ESTA DEFORMAÇÃO SE PRODUZ AO LONGO DO TEMPO. ✓ DEFORMAÇÕES ✓ RÁPIDAS → solos arenosos ou argilosos não saturados ✓ LENTAS → solos argilosos saturados •8 RECALQUES • Fases ar/água são expulsos dos vazios do solo . • Na prática → A compressibilidade das areias ocorrerá no período de construção onde todo o recalque se completará. •9 RECALQUES As argilas ( k↓ ) quando submetidas a um carregamento sua compressão é controlada pela velocidade com que a água é expulsa dos poros do solo → processo este chamado: CONSOLIDAÇÃO → sendo portanto um fenômeno dependente da σ x ε x t . As deformações podem ocorrer por meses, anos e décadas. Nas areias ( k↑ ) todo o processo de consolidação se dá muito rapidamente. •10 ENSAIO DE COMPRESSÃO •11 ENSAIO DE COMPRESSÃO ✓ ENSAIO DE COMPRESSÃO AXIAL ✓ ENSAIO DE COMPRESSÃO TRI-AXIAL ✓ ENSAIO DE COMPRESSÃO EDOMÉTRICA •12 ENSAIO DE COMPRESSÃO AXIAL O ensaio de compressão de um solo consiste na moldagem de um corpo de prova cilíndrico e no seu carregamento pela ação de uma carga axial. Registrando-se as tensões no plano horizontal (a carga dividida pela área da seção transversal) pela deformação axial (encurtamento do corpo de prova dividido pela altura inicial do corpo de prova), obtém-se a curva mostrada na Figura 9.1. se após atingido um certo nível de tensão, for feito um descarregamento, as deformações sofridas não se recuperam. O solo não é um material elástico. Por outro lado, observa-se que a relação entre a tensão e a deformação não é constante. Ainda assim, por falta de outra alternativa, admite-se frequentemente um comportamento elástico-linear para o solo, definindo-se um módulo de elasticidade para um certo valor da tensão (geralmente a metade da tensão que provoca a ruptura), E, e um coeficiente de Poisson, Ʋ, de acordo com expressões mostradas mais adiante. •13 ENSAIO DE COMPRESSÃO AXIAL •14 ENSAIO DE COMPRESSÃO AXIAL •15 ENSAIO DE COMPRESSÃO AXIAL • Aparelhos Prensa devidamente equipada com a célula de adensamento (edômetro): •16 Aparelhos Instrumento (extensômetro mecânico ou transdutor elétrico de deslocamento) para a realização das medidas de deformações: ENSAIO DE COMPRESSÃO AXIAL •17 ENSAIO DE COMPRESSÃO EDOMÉTRICA Ou ensaio de compressão confinada, na Mecânica dos Solos generalizou-se compressão edométrica. •18 ENSAIO DE COMPRESSÃO EDOMÉTRICA ✓ SOLO CONFINADO → SEM DEFORMAÇÃO LATERAL ✓ ENSAIO: ✓ Amostra é moldada em um anel rígido ✓ Pedras porosas → saída de água ✓ Ø = 3 x h → reduzir atrito lateral ✓ 5 < Ø < 12 cm ✓ Aplica-se cargas axiais por etapas ✓ Cada etapa → registra-se a deformação em f(t) •19 ENSAIO DE COMPRESSÃO EDOMÉTRICA ✓ ENSAIO (cont.): ✓ Cessadas as deformações de cada carregamento → aplica-se cargas com o dobro da intensidade anterior ✓ Índices de vazios de cada etapa (e1; e2; ... ;en) → f(e0) e da redução de altura do CP ✓ Apresentação dos Resultados graficamente (Tensão vertical x índice de vazios) •20 ENSAIO DE COMPRESSÃO TRIAXIAL Para o ensaio de compressão triaxial, o corpo de prova pode ser previamente submetido a um confinamento, quando, então, é chamado de ensaio de compressão triaxial. Ocorre que o módulo de elasticidade do solo depende da pressão a que o solo está confinado. Tal fato mostra como é difícil estabelecer um módulo de elasticidade para um solo, pois ele se encontra, na natureza, submetido a confinamentos crescentes com a profundidade. Para problemas especiais, pode-se expressar o módulo de elasticidade em função do nível de tensões axial de confinamento. Para os casos mais corriqueiros, entretanto, admite-se um módulo constante como representativo do comportamento do solo para faixa de tensões ocorrentes no caso em estudo. •21 ENSAIO DE COMPRESSÃO TRIAXIAL •22 RECALQUES Existem três parcelas de recalques a serem consideradas: ✓ Recalque imediato (Si) ✓ Recalque por adensamento primário (Sc) ✓ Recalque por compressão secundária (Ss) •23 RECALQUES Recalque imediato (Si) ✓ O recalque imediato ocorre principalmente devido à compressão dos gases (em solos não saturados). ✓ É calculado a partir de fórmulas empíricas ou pela a Teoria da Elasticidade Linear. ✓ Como estes recalques ocorrem concomitante com o carregamento, não costumam criar problemas para as obras em fundações rasas (sapatas, blocos e radier) . •24 RECALQUES Recalque imediato (Si) Onde: qo – é a tensão distribuída uniformemente na superfície; E, ν - são o módulo de Elasticidade e o Coeficiente de Poisson respectivamente; B – é a largura (ou diâmetro) da área carregada; I – Coeficiente de forma que leva em conta a geometria e a rigidez da fundação •25 RECALQUES Exemplo: E = 55 MPa; v = 0,35 •26 RECALQUES Como ordem de grandeza, pode-se indicar os valores apresentados na Tabela 9.1 como módulos de elasticidade para argilas sedimentares saturadas, em solicitações rápidas, que não dão margem à drenagem (note-se que esses valores são cerca de 100 vezes os valores da resistência a compressão simples que definem os intervalos da consistência das argilas não estruturadas como demonstrada na tabela da aula anterior). •27 RECALQUES Para as areias, os módulos que interessam são os correspondentes à situação drenada, pois a permeabilidade é alta, em relação ao tempo de aplicação das cargas. Os ensaios de compressão devem ser feitos com confinamento dos corpos de prova. Os módulos são em função da composição granulométrica, do formato e da resistência dos grãos. Uma ordem de grandeza de seus valores, para tensões de confinamento de 100 kPa, é indicada na Tabela 9.2. •28 RECALQUES Coeficiente de forma (I) para cálculo dos recalques •29 CÁLCULO DOS RECALQUES Há duas dificuldades para a aplicação da Teoria da Elasticidade. A primeira se refere à grande variação dos módulos de cada solo, em função do nível de tensão aplicado (não linearidade da relação tensão-deformação), e em função no nível de confinamento do solo. Mesmo em materiais homogêneos, o módulo cresce com a profundidade, pois o confinamento cresce com a profundidade. A segunda dificuldade reside no fato de que os solos são constituídos de camadas de diferentes compressibilidades. Mesmo no caso de ser bem identificada a camada mais compressível, responsável pela maior parte do recalque, não há como aplicar a teoria da elasticidade, na sua maneira mais simples, como acima apresentado, pois a teoria se aplica a um meio uniforme. •30 Cálculo de recalques pela compressibilidade edométrica Na prática, o cálculo do recalque costuma ser expresso em função da variação do índice de vazios. Considere-se como representado na Figura 9.8, o estado do solo antes e depois de um carregamento. A altura se reduziu de H1 para H2, tendo o índice de vazios diminuído de e1 para e2, permanecendoconstante a altura equivalente as partículas sólidas, chamadas altura reduzida H0. As alturas, antes e depois do carregamento, podem ser expressas da seguinte maneira: •31 Cálculo de recalques pela compressibilidade edométrica •32 Cálculo de recalques pela compressibilidade edométrica •33 RESULTADO DOS ENSAIOS •34 ENSAIO DE COMPRESSÃO EDOMÉTRICA. Como se observa nos resultados apresentados, a variação da deformação com as tensões não é linear. Ainda assim, para determinados níveis de tensão, os seguintes parâmetros são empregados: Coeficiente de compressibilidade (av) é a relação entre a variação do índice de vazios e a tensão (deve ser calculado para tensões de interesse pois a relação não é constante: av = e2-e1 δ2- δ1 Coeficiente de variação volumétrica (mv) refere-se a deformação específica, isto é, a relação entre o índice de vazios e a tensão: ε esp = e1- e2 e mv = ε esp 1 + e0 δ2- δ1 Módulo de compressão edométrica (D) (inverso do coeficiente de variação volumétrica: D= 1 mv •35 RECALQUES Recalque por adensamento primário (Sc) ✓ Requer atenção especial em casos de solos argilosos devido a ocorrerem ao longo de um tempo que pode ser bastante grande, podendo provocar o aparecimento de solicitações estruturais que não tinham sido previstas. ✓ É calculado quase sempre utilizando-se a teoria unidimensional de Terzaghi. •36 ✓ TENSÕES DE PRÉ-ADENSAMENTO ✓ Memória de Carga ✓ Máxima Tensão efetiva de carregamento durante a formação geológica ✓ Normalmente adensado (NA) – Tensão efetiva em campo. ✓ Pré adensado (PA) ou Sobreadensado – Tensão de Pré Adensamento > Tensão efetiva de campo. ✓ Em adensamento – Tensão de Pré Adensamento < Tensão efetiva de campo . RECALQUES •37 RECALQUES DE CONSOLIDAÇÃO SC O recalque é uma deformação muito rápida, geralmente em materiais arenosos e moles, já quando se tem uma argila saturada, ou seja, com todos os vazios preenchidos por água, a deformação se dá por adensamento (recalque lento). Antes de ocorrer a ruptura, muito provavelmente ocorreu uma deformação, as quais devem ser medidas muito precisamente. Quando o material sofre uma deformação muito lenta, é necessário o acompanhamento preciso. O solo é parte plástico e parte elástico, quando aplica-se uma tensão e descarrega-se o solo volta a posição inicial (elástico). •38 Nesses cálculos, algumas simplificações são adotadas: homogêneo, isotrópico e cargas uniformes. No ensaio de compressão edométrica, ocorre a deformação vertical e o controle da água (drenado e não drenado), o ensaio leva em média 7 dias, a carga é aumentada, aguarda-se 24 horas e mede-se a deformação. O índice de vazios está diretamente relacionado a esse ensaio. Quando aumenta-se a carga, o índice de vazios diminui, tendo-se a deformação direta, quando essa deformação estabiliza, não há mais índice de vazios. Quando o ensaio é recarregado, até onde não há deformação, significa pré-adensado, a partir do momento que começa a haver deformação, o solo torna-se normalmente adensado, quando os valores apresentam um patamar, ele pode ser sobre-adensado. RECALQUES DE CONSOLIDAÇÃO SC •39 RECALQUES DE CONSOLIDAÇÃO SC •40 RECALQUES DE CONSOLIDAÇÃO SC •41 Causas do pré-adensamento • Pré- carregamento (geológico ou antrópico) • Variação de u por rebaixamento do NA • Geração de sucção (Ressecamento e capilaridade) • Cimentação RECALQUES DE CONSOLIDAÇÃO SC •42 Determinação da Tensão de Pré-adensamento Método de Pacheco Silva Passos: a) Prolonga-se a reta virgem até o encontro com uma horizontal traçada do índice de vazios inicial; b) Do ponto de interseção baixa- se uma vertical até a curva; c) Deste último ponto traça-se uma horizontal até o prolongamento da reta virgem. RECALQUES DE CONSOLIDAÇÃO SC •43 RECALQUES DE CONSOLIDAÇÃO SC •44 RECALQUES DE CONSOLIDAÇÃO SC •45 RECALQUES DE CONSOLIDAÇÃO SC •46 Abaixo são fornecidos os resultados de um ensaio de compressão edométrica: Profundidade = 8m Tensão efetiva σ= 40 kPa Altura do corpo de prova CP= 38mm Volume do corpo de prova 341,05 cm³ Massa do corpo de prova =459,8g Teor de umidade = 125,7% Massa específica real dos grãos = 2,62g/cm³ Tensão (Kpa) Altura do CP (mm) 10 37,886 14 37,746 20 37,698 28 37,585 40 37,315 56 36,845 80 35,966 160 32,786 320 29,530 640 26,837 1280 24,786 640 24,871 160 25,197 40 25,684 10 26,461 EXERCÍCIO •47 Determine: a) O gráfico de tensão x deformação em papel mono-log b) A tensão de pré-adensamento (δvm) pelo método: Pacheco Silva c) Razão de sobre-adensamento (RSA) d) Índice de Compressão (CC) e) Índice de Recompressão (CR) f) Com o acréscimo de pressão de 80 kPa, determine: •Coeficiente de compressibilidade (av) •Coeficiente de variação volumétrica (mv) •Módulo de compressão edométrica (D) EXERCÍCIO •48 Num terreno cujo solo é sobre-adensado, por conta de uma camada de 1 m de areia erodida, será construído um aterro que gerará um acréscimo de tensão de 40kPa. A tensão de pré-adensamento é um acréscimo 18 kPa da tensão vertical inicial. O Recalque por adensamento ocorre na argila, cujos índices de compressão e recompressão são respectivamente Cc = 1,8 e Cr = 0,3. Qual o valor do recalque? EXERCÍCIO •49 EXERCÍCIO Considerando a amostra da lista de exercícios, que correspondia ao ponto médio de um terreno constituído de 16m de argila mole. Neste terreno, sendo feito um carregamento de 80Kpa, que recalque deve ocorrer? Estime o recalque empregando os diversos parâmetros obtidos no exercício da lista. GRATA PELA ATENÇÃO DE TODOS! www.cruzeirodosul.edu.br ENGENHARIA CIVIL Paulista Prof. Engº. MSc. Patricia Mendes T. Leite E-mail: patricia.teixeira@cruzeirodosul.edu.br Geotecnia II •TEMA V •Hidráulica nos solos 5º e 6º Semestre. •3 A água ocupa a maior parte ou a totalidade dos vazios do solo, quando submetida a diferença de potenciais, a água sedesloca no seuinterior. O estudo da percolação da água nos solos é muito importante devido a três tipos de problemas práticos. A ÁGUA NO SOLO •4 a)No cálculo das vazões, como por exemplo, na estimativa da quantidade de água que se infiltra numaescavação; b)Na análise de recalques, pois frequentemente o recalque está associado com a diminuição de índice de vazios, que ocorre com a expulsão de água desses vazios. c)nos estudos de estabilidade, pois a tensão efetiva ( que comanda a resistência do solo) depende da pressão neutra, que por sua vez, depende das tensões provocadas pela percolação daágua. A ÁGUA NO SOLO •5 O grau de permeabilidade de um solo é expresso numericamente pelo “coeficiente de permeabilidade”. A determinação do coeficiente de permeabilidade é feita tendo em vista a lei experimental de Darcy de acordo com a qual a velocidade de percolação é diretamente proporcional ao gradientehidráulico. PERMEABILIDADE •6 A experiência de Darcy consistiu em percolar água através de uma amostra de solo de comprimento “L” e área “A”, a partir de dois reservatórios de nível constante, sendo “h” adiferença de cota entre ambos LEI DE DARCY •7 Os resultados indicaram que a velocidade de percolação = Q / A é proporcional ao gradiente hidráulico i = h / L LEI DE DARCY •8 Q é vazão de percolação (m/s3) , K é o coeficiente de permeabilidade do solo (m/s), a relação h/L representa a carga que dissipa na percolação por unidade de comprimento é chamada de coeficiente hidráulico (i) e A é aárea transversal ao escoamento m2 . LEI DE DARCY •9 A vazão dividida pela área indica a velocidade de percolação. Em função dela, a lei de Darcy ficasendo: LEI DE DARCY •10 A descarga total “Q” através de uma área durante um intervalo de tempo será: LEI DE DARCY Se A for expresso em cm2 , k em cm/s e t em s, o valor de Q será obtido em cm3. •11 K, portanto é inversamente proporcional a viscosidade da água, desta forma os valores de k são geralmente referidos àtemperatura de 20°C.FATORES QUE INFLUENCIAM NA PERMEABILIDADE onde: k20 = coeficiente de permeabilidade à temperaturade 20°C kT = coeficiente de permeabilidade à temperatura T. 20 = viscosidade da água à temperatura de 20°C T = viscosidade da água à temperatura de T. Cv= relação entre asviscosidades •12 Os valores de Cvsãofornecidospelo gráfico da figura2: FATORES QUE INFLUENCIAM NA PERMEABILIDADE •13 Segundo Helmholtz, a viscosidade da água em função da temperatura é dada pela fórmula empírica: FATORES QUE INFLUENCIAM NA PERMEABILIDADE •14 Em virtude da estratificação dos solo, os valores de k sãodiferentes nasdireções horizontal evertical. PERMEABILIDADE EM TERRENOS ESTRATIFICADOS Fluxo paralelo à estratificação •15 Na direção horizontal, todos os estratos estão sujeitos ao mesmo gradiente hidráulico. PERMEABILIDADE EM TERRENOS ESTRATIFICADOS •16 PERMEABILIDADE EM TERRENOS ESTRATIFICADOS Fluxo perpendicular à estratificação •17 Na direção vertical, sendo o escoamento contínuo, a vazão através de cada estrato é igual. Portanto: PERMEABILIDADE EM TERRENOS ESTRATIFICADOS Sabe-se que: •18 Substituindo: PERMEABILIDADE EM TERRENOS ESTRATIFICADOS •19 O Valor de k é comumente expresso como um produto de um número por uma potência negativa de10. Exemplo: k=1,3x10-8 cm/s, valor este, aliás característico de solos considerados como impermeáveis para todos os problemas práticos. Na figura 4 apresentamos, segundo A. Casagrande e R. E. Fadum, os intervalos de variação de k para os diferentes tipos de solos. INTERVALOS DE VARIAÇÃO DO COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE •20 INTERVALOS DE VARIAÇÃO DO COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE •21 Para a determinação do coeficiente de permeabilidade dos solos, são empregados os seguintes procedimentos: a) Permeâmetro de cargaconstante O permeâmetro de nível constante é empregado, geralmente, para solos granulares (arenosos) e o coeficiente k é determinado medindo-se a quantidade de água, mantida a nível constante, que atravessa em um determinado tempo uma amostra de solo de seção A ealtura Lconhecidas. DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE •22 A quantidade de água que atravessa a amostra éQ. DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE •23 Através da fórmula : DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE onde h é o desnível entre a superfície de entrada da água easuperfície de saída, tem- se imediatamente: L = espessura da camadade solo, medida na direção do escoamento. A = área totalda seção transversal •24 b)Permeâmetro de nível variável – Este permeâmetro éindicado para solos finos: Argilosos. DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE Figura 7 –Permeâmetro de nível variável. Caputo,2000 •25 A descarga Q é medida na bureta graduada de seção a. Durante um pequeno intervalo de tempo dt o nível decresce de um certo valor dh. A descarga através da bureta vale, portanto: dQ = −adh com o sinal – porque h decresce quando t cresce. DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE •26 Poroutro lado, através daamostra de solo tem-se: DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE igualando essas duasexpressões: Adescarga total no período de tempo t = t2 − t1 durante o qual o nível decresceu de h1para h2 , é obtida integrando-se a equação acima entre limites convenientes. Assimtemos: •27 DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE ou, finalmente: transformando o loge em log10 28 MOVIMENTO DE ÁGUA NOS SOLOS – TRAÇADOS DE REDES DE FLUXO 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 Exercício: Através do traçado das redes de fluxo da barragem abaixo, considerando o coeficiente de permeabilidade k=10-5 m/s, determinar: A vazão por hora; A vazão total considerando 60 m de barragem; A pressão que ocorre no ponto A (circulado) da barragem; 60 61 62 63 Por que estudar percolação de água? • Importante para o dimensionamento da barragem; • Obtenção da Rede de Fluxo; • Gradientes hidráulicos (potencial de piping); • Poro-pressão (estabilidade de taludes); • Vazão (dimensionamento dos filtros); • Posicionamento dos filtros (geometrias). 64 65 66 SOLUÇÃO 67 68 69 Conceito da Rede: 70 71 72 73 74 75 76 GRATA PELA ATENÇÃO DE TODOS! www.cruzeirodosul.edu.br ENGENHARIA CIVIL Paulista Prof. Engº. MSc. Patricia Mendes T. Leite E-mail: patricia.teixeira@cruzeirodosul.edu.br Geotecnia II TEMA VI Adensamento 5º e 6º Semestre. ✓ TENSÕES DE PRÉ-ADENSAMENTO ✓ Memória de Carga ✓ Máxima Tensão efetiva de carregamento durante a formação geológica ✓ Normalmente adensado (NA) – Tensão efetiva em campo ✓ Pré adensado (PA) ou Sobreadensado – Tensão de Pré Adensamento > Tensão efetiva de Campo ✓ Em adensamento – Tensão de Pré Adensamento < Tensão efetiva de Campo RECALQUES RECALQUES DE CONSOLIDAÇÃO RECALQUES DE CONSOLIDAÇÃO Causas do pré-adensamento • Pré- carregamento (geológico ou antrópico) • Variação de u por rebaixamento do NA • Geração de sucção (Ressecamento e capilaridade) • Cimentação RECALQUES DE CONSOLIDAÇÃO Recalque por adensamento primário (Sc) ✓ Requer atenção especial em casos de solos argilosos devido a ocorrerem ao longo de um tempo que pode ser bastante grande, podendo provocar o aparecimento de solicitações estruturais que não tinham sido previstas. ✓ É calculado quase sempre utilizando-se a teoria unidimensional de Terzaghi. RECALQUES DE CONSOLIDAÇÃO Determinação da Tensão de Pré-adensamento :Método de Pacheco Silva Passos: a) Prolonga-se a reta virgem até o encontro com uma horizontal traçada do índice de vazios inicial; b) Do ponto de interseção baixa- se uma vertical até a curva; c) Deste último ponto traça-se uma horizontal até o prolongamento da reta virgem. RECALQUES DE CONSOLIDAÇÃO RECALQUES DE CONSOLIDAÇÃO RECALQUES DE CONSOLIDAÇÃO RECALQUES DE CONSOLIDAÇÃO TEORIA DO ADENSAMENTO Hipóteses da Teoria do Adensamento ➢O solo é homogêneo. ➢O solo é saturado. ➢As partículas sólidas e a água são praticamente incompressíveis, em relação a compressibilidade do solo. ➢O solo pode ser estudado como elementos infinitesimais. ➢A compressão é unidimensional. ➢O fluxo é unidimensional. ➢O fluxo é regido pela lei de Darcy. ➢As propriedades do solo não variam no processo de adensamento. ➢O índice de vazios varia linearmente com o aumento da pressão efetiva durante o processo de adensamento. TEORIA DO ADENSAMENTO TEORIA DO ADENSAMENTO COEFICIENTE DE ADENSAMENTO (CV) ✓ Coeficiente em função: ✓ Permeabilidade* (k) ✓ Porosidade* (e) ✓ Compressibilidade* (av)kPa -1 *As propriedades do Solo não variam com o adensamento. TEORIA DO ADENSAMENTO DISTÂNCIA DE DRENAGEM (Hd ou Hd/2) ✓ Maior distância de percolação da água AREIA AREIA AREIA ARGILA ARGILA ROCHA HdHd/2 FATOR TEMPO (T) Correlaciona os tempos de recalque às características do solo (cv) e às condições de drenagem (Hd) ✓ Adimensional TEORIA DO ADENSAMENTO TEORIA DO ADENSAMENTO GRAU DE ADENSAMENTO (UZ) ✓ Relação entre deformação (ε) ocorrida num elemento em f(z;t); e deformação final desse elemento; ✓ Variação entre índice de vazios (e) no instante (t) e variação total do índice de vazios ✓ Equivalente ao grau de acréscimo de Tensões Efetivas (Dσ’) ✓ Relação entre pressão neutra (u) dissipada no instante (t) e a pressão neutra total dissipada TEORIA DO ADENSAMENTO TEORIA DO ADENSAMENTO TEORIA DO ADENSAMENTO GRAU DE ADENSAMENTO (UZ) ✓ Objetivo → Determinar o grau de adensamento para qualquer instante (t), à qualquer profundidade (z) ✓ Obs: Quanto mais próximo da face de drenagem; mais rápidas são as dissipações das pressões neutras→ TODOS OS SOLOS O tempo de dissipação→ variável para cada tipo de solo TEORIA DO ADENSAMENTO Uz→ F(z;T) TEORIA DO ADENSAMENTOGRAU DE ADENSAMENTO MÉDIO ou PORCENTAGEM DE RECALQUE (U) ✓ Relação entre recalque sofrido no instante (t) e recalque total devido ao carregamento ✓ Todos os recalques por adensamento seguem a mesma evolução (Gráfico e Tabela a seguir) TEORIA DO ADENSAMENTO TEORIA DO ADENSAMENTO ✓ Aterro c/ 2,5m de altura ✓ ρ = 50 cm ✓ Coeficiente de Compressibilidade – av = 0,06 kPa -1 ✓ k = 3x10-6 cm/s → 3x10-8 m/s ✓ e = 3 a) Coeficiente de Adensamento Cv = ? b) U = 50% → t? c) t = 90 dias → U? ATERRO Y = 18 kn/m³ EXERCÍCIO ATERRO Y = 15 kn/m³ GRATA PELA ATENÇÃO DE TODOS! www.cruzeirodosul.edu.br
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