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Unidade VI - Da política de atendimento

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Isete Evangelista Albuquerque
Da política de atendimento
01. Introdução
 O Livro II – Parte Especial – trata das normas gerais que devem reger a política de atendimento aos direitos da criança e do adolescente violados ou ameaçados de serem violados.
	Assim, a política de atendimento está dividida em dois capítulos:
Capítulo I: Das Disposições Gerais;
Capítulo II: Das Entidades de Atendimento.
 A política de atendimento tem como ponto crucial a substituição da doutrina da situação irregular do menor (Lei 6697/79) por um novo paradigma: a doutrina da proteção integral da criança e do adolescente.
 O art. 227 da Constituição Federal sintetiza em sua redação os aspectos principais da doutrina da proteção integral 
 O conjunto de direitos fundamentais a ser promovido pelo Estado, pela sociedade e pela família se divide em três elencos básicos:
Direito à sobrevivência (vida, saúde, alimentação);
Direito ao desenvolvimento pessoal e social (educação, cultura, lazer  e profissionalização);
Direito à integridade física, psicológica e moral (dignidade, respeito, liberdade e convivência familiar e comunitária).
 Deste modo, a criança e o adolescente devem ser colocados à salvo de:
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
 Verifica-se, portanto, que a doutrina da proteção integral requer uma política de atendimento atuante e eficaz.
2. Política de atendimento
A aplicação da doutrina da proteção integral requer um conjunto articulado de ações governamentais e não governamentais, da União, dos Estados, do DF e dos Municípios (art. 86 do ECA). 
Estas ações podem ser divididas em quatro grandes linhas (art. 87 do ECA):
Políticas Sociais Básicas → são voltadas para os direitos de todos e dever do Estado, como educação e saúde.
Políticas de Assistência Social → voltadas para àqueles que se encontram em estado de necessidade (temporário ou permanente), como programas de renda familiar mínima.
Políticas de Proteção Especial → são voltadas para os que se encontram com os direitos à integridade física, psicológica e moral violados ou ameaçados de violação, como programas de acolhimento institucional.
Políticas de Garantia de Direitos → são voltadas para os que precisam de uma ação do Ministério Público na defesa de direitos.
 A implementação dos programas e das ações da política de atendimento é regida por diretrizes básicas, de acordo com o art. 88 do ECA.
 A partir das diretrizes, extraem-se os princípios reitores da política de atendimento do ECA:
Princípio da Descentralização: 
Municipalização do atendimento.
Princípio da Participação: 
Criação de conselhos nacional, estaduais e municipais dos direitos da criança e do adolescente.
Princípio da Focalização: 
Criação e manutenção de programas específicos.
Princípio da Sustentação: 
Manutenção de fundos nacional, estaduais e municipais.
Princípio da Integração Operacional: 
Atuação convergente e intercomplementar dos órgãos do Judiciário, Ministério Público, Segurança Pública e Assistência Social, bem como Conselho Tutelar no atendimento à criança e ao adolescente
Princípio da Mobilização: 
Desenvolvimento de estratégias visando a participação dos diversos segmentos da sociedade na promoção e defesa dos direitos da criança e do adolescente.
3. Das entidades de atendimento
 As medidas de proteção e as medidas socioeducativas aplicadas às crianças e aos adolescentes em caso de violação ou ameaça de violação de seus direitos, bem como aos adolescentes (cometimento de ato infracional) são:
Decisões dos Conselhos Tutelares e dos juízes da Infância e da Juventude. 
Para uma aplicação e execução eficaz destas medidas, é importante um sistema de atendimento estruturado, por meio das redes locais de entidades de atendimento.
As entidades de atendimento diferenciam-se umas das outras pelo tipo(s) de regime de atendimento praticado(s) na implementação das medidas protetiva e socioeducativas do ECA.
3.1 orIENTAÇÃO E APOIO SOCIOFAMILIAR
É o regime de atendimento mais importante e o menos praticado → fragilidade da posição familiar no contexto das políticas sociais. 
Na aplicação das medidas, é fundamental que o início seja pela família por meio de:
Orientação (ajuda não-material): informação, aconselhamentos psicossocial, jurídico e econômico. 
Apoio (ajuda material): cesta básica, materiais de construção, vestuário, medicamentos, renda.
3.2 APOIO SOCIOEDUCATIVO EM MEIO ABERTO:
Inadequação do termo socioeducativo.
Refere-se ao trabalho social e educativo dirigido a crianças e adolescentes fora dos regimes de institucionalização (acolhimento institucional e internação). 
Programas governamentais ou não-governamentais desenvolvidos na comunidade como instrumento de garantia ao direito à convivência familiar e comunitária. 
3.3 COLOCAÇÃO FAMILIAR:
É a colocação em família substituta por meio da guarda, tutela ou adoção , assegurando à criança e ao adolescente o direito à convivência familiar e comunitária, após exaurida a tentativa da manutenção em família natural.
Abrigo – risco de institucionalizar a criança de forma permanente (art. 19, §2º do ECA).
3.4 ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL:
O abrigo não é uma internação (privação de liberdade) de crianças e adolescentes que não cometeram ato infracional. 
Trata-se de uma medida de apoio residencial, afetivo e social de caráter provisório até que a criança ou o adolescente possa retornar à sua família ou colocado em família substituta.
3.5 LIBERDADE ASSISTIDA:
Considerada a "rainha das medidas“ pelos juízes, por ser a mais articulada nos casos de cometimento de ato infracional por adolescentes.
Mas, faz-se necessário o adequado desenvolvimento de medidas e técnicas de ação socioeducativa nas áreas de aconselhamento, terapia, reabilitação, educação básica e profissional. A orientação e o apoio sociofamiliar devem estar presentes. 
3.6 semiliberdade:
Atendimento ao adolescente autor de ato infracional. 
É a última alternativa antes da privação da liberdade. 
É a primeira alternativa no caso de progressão de regime para adolescente internado. 
É adequada tanto para adolescentes primários, que não se pretende privar inteiramente da liberdade, como para os que, no regime de privação de liberdade, demonstram ter condições de retorno controlado ao convívio humano mais amplo do que aquele existente na internação.
3.7 internação:
É o mais complexo e difícil de ser implementado. 
Na aplicação da medida →necessidade de compromisso com os princípios da brevidade e da excepcionalidade da medida.
Na implementação da medida → compromisso com a integridade física, psicológica e moral, bem como o desenvolvimento pessoal e social do adolescente autor de ato infracional.

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