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Valuation Facce Review

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VALUATION: CALCULANDO O VALOR ECONÔMICO-FINANCEIRO DE UMA
EMPRESA COM BASE NO MÉTODO DE FLUXO DE CAIXA DESCONTADO
RESUMO 
Reflete-se qualitativa e quantitativamente sobre o tema da avaliação econômico-financeira
de empresas (valuation). Objetiva apresentar os procedimentos para a mensuração do valor
econômico-financeiro empresarial, ou da empresa no seu todo, com base no método do Fluxo de
Caixa Descontado (FCD). Realiza um levantamento bibliográfico e documental, por meio dos
quais foi realizada uma análise de conteúdo das principais bibliografias e documentos sobre o tema.
Conclui que o método de Fluxo de Caixa Descontado é o mais utilizado para tal fim por considerar
as três variáveis que fundamentam a avaliação de empresas, quais sejam: o quanto de fluxo de caixa
a empresa gera, quando ela o gera e os riscos nele envolvidos. 
Palavras-chave: Valuation. Avaliação de empresas. Fluxo de Caixa Descontado.
VALUATION: CALCULATING THE FINANCIAL VALUE OF A COMPANY BASED ON
CASH FLOW METHOD DISCOUNTED
ABSTRACT
Reflected qualitatively and quantitatively on the subject of economic and financial
evaluation of companies (valuation). Aims to present the procedures for measuring corporate
economic and financial value, or the company as a whole, based on cash flow method Discounted
(DCF). Surveys the literature and documentary, through which was conducted a content analysis of
the main bibliographies and documents on the subject. Concludes that the discounted cash flow
method is the most used for this purpose by considering the three variables that underlie the
valuation of companies, namely: how much cash flow the company generates, as she generates and
the risks involved in it .
Keywords: Valuation. Business valuation. Discounted Cash Flow.
VALORACIÓN: CÁLCULO DEL VALOR FINANCIERA DE UNA EMPRESA BASADA EN
EL MÉTODO DE FLUJO DESCONTADOS
RESUMEN
Reflejada cualitativa y cuantitativamente en el tema de la evaluación económica y financiera
de las empresas (valoración). Tiene como objetivo presentar los procedimientos para la medición de
valor de la empresa económica y financiera, o la empresa en su conjunto, basada en el método de
flujo de caja descontado (FCD). Encuestas de la literatura y documentales, a través del cual se llevó
a cabo un análisis de contenido de las principales bibliografías y documentos sobre el tema.
Concluye que el método de flujo de caja descontado es el más utilizado para este propósito,
considerando las tres variables que subyacen en la valoración de empresas, a saber: la cantidad de
flujo de efectivo de la empresa genera, ya que ella genera y los riesgos involucrados en ella .
Palabras clave: Valoración. Valoración de empresas. Descuento de Flujos de Efectivo.
1 INTRODUÇÃO
Este artigo tem como tema a avaliação econômico-financeira empresarial (valuation).
Baseia-se no método do Fluxo de Caixa Descontado (FDC) quando da sua mensuração,
considerando-o, tal como aponta a literatura, o mais seguro, confiável e eficaz para tal fim (FGV,
2015; COPELAND; KOLLER; JACK, 2002; DAMODARAN, 2002; MARTELANC, PASIN e
CAVALCANTE, 2005).
Esse tema se justifica porque no mundo corporativo a avaliação econômico-financeira é
necessária e fundamental para a tomada de decisões empresariais, seja para a abertura ou o
fechamento de capital, para a implementação de projetos de investimentos, tais como em fusões e
ou aquisições, ou para reestruturações empresariais diversas, necessária é uma avaliação precisa,
confiável (FGV, 2015; COPELAND; KOLLER; JACK, 2002).
A questão que move essa pesquisa é indagar a confiabilidade da mensuração do valor
econômico-financeiro de uma empresa baseado no método do Fluxo de Caixa Descontado (FCD),
apresentando, de acordo com a literatura crítica sobre o tema, os fundamentos para tal conclusão
(COPELAND; KOLLER; JACK, 2002). 
Para tanto, foram selecionadas da literatura crítica do tema obras relevantes, uma de
Damodaran (2002), uma de Martelanc, Pasin e Cavalcante (2005) e uma de Copeland, Koller e Jack
(2002). Também foram consultados materiais didáticos de apoio sobre o tema disponíveis em
cursos online da Fundação Getúlio Vargas (FGV, 2015). E para embasar metodologicamente o
artigo foram consultadas bibliografias específicas como as de Barros e Lefheld (2000; 2007), Bêrni
e Fernandez (2012), Gil (1999; 2010), Marconi e Lakatos (2003; 2007; 2008), Rodrigues (2006),
Severino (2007), Silva, Gobbi e Simão (2004), Soares (2003), Teixeira (2012), Vasconcellos (2010).
Neste diapasão, a literatura crítica sobre finanças e controladoria aponta dois métodos
básicos de avaliação econômico-financeira: o de ações e o da empesa (DAMODARAN, 2002).
Sobre esse aspecto, Damodaran (2002, p. 451) corrobora:
Há dois caminhos para a avaliação do fluxo de caixa (FC) descontado: o
primeiro é avaliar apenas o investimento em capital próprio da empresa; o segundo é
avaliar toda a empresa, incluindo o capital próprio e outros portadores de direitos
(portadores de títulos, acionistas preferenciais, etc.). Embora os dois métodos descontem
fluxos de caixa esperados, os fluxos de caixa relevantes e as taxas de desconto são
diferentes em cada um deles.
Os métodos de Fluxo de Caixa Descontado (DFC) é o mais utilizado por ser considerado
pelos pesquisadores e profissionais da área de finanças e controladoria como o mais confiável, visto
que analisa o valor de todo e qualquer ativo em função de três variáveis fundamentais: "quanto ele
gera em fluxo de caixa, quando estes fluxos de caixa ocorrem e o nível de incerteza associada a
eles" (DAMODARAN, 2004, p. 451). Consoante a literatura crítica corrobora, a avaliação
econômico-financeira com base nos métodos de Fluxo de Caixa Descontado reúne todas essas três
variáveis calculando o valor de todo e qualquer ativo como sendo o valor presente de seus fluxos de
caixa futuros esperados, e representado pela seguinte notação matemática:
VPL = ∑ [EVA projetados/(1+r)t], sendo:
EVA = cada fluxo de caixa projetado;
r = Custo Médio Ponderado de Capital = CMPC = taxa de desconto;
t = horizonte de projeção: lapso temporal do ano presente ao último ano de vida do ativo.
Conforme apresentado, esse método de cálculo considera as variações econômico-financeira
do ativo no decorrer do tempo futuro, considerando como horizonte de projeção (t) o lapso
temporal que se estende do ano presente ao último ano de vida do ativo, e as taxas de desconto (r)
em função dos riscos envolvidos, ou seja, os ativos mais arriscados trazem consigo taxas mais altas
e os projetos mais seguros, taxas mais baixas (DAMODARAN, 2002). No presente trabalho, é
considerado o método de Fluxo de Caixa Descontado para a avaliação econômico-financeira de
uma empresa no seu todo, isto é, considerando todos os seus ativos.
Este artigo foi organizado em quatro capítulos. O primeiro se refere à introdução, na qual
são apresentados o tema, a justificativa, o problema, os objetivos, a contribuição, a metodologia, o
percurso do aluno, o referencial teórico, e a organização do artigo. O segundo capítulo se refere ao
desenvolvimento, o qual foi subdividido em quatro tópicos, o primeiro abordando a análise vertical,
o segundo a análise horizontal, o terceiro a análise do tamanho comum, e o quarto a análise por
índices ou quocientes. O terceiro capítulo foi dedicado à explanação de todas as metodologias
utilizadas para a elaboração do artigo. E, no quarto capítulo, são apresentadas as considerações
finais. Daí, por último, mas não menos importante, no intuito de finalizar de forma completa, o
artigo apresenta as referências consultadas.
2 O MÉTODO DE FLUXO DE CAIXA DESCONTADO
A determinação do valor financeiro da empresaé comumente realizada com base no Fluxo
de Caixa Descontado (JÚNIOR et al, 2010, p. 572), modelo adotado neste artigo. Por exemplo,
suponha-se que se esteja determinando o valor da Companhia Brasileira de Livros. Para a
determinação do seu valor financeiro, calcula-se: a) as projeções dos fluxos de caixa livres dos
últimos cinco anos; b) o custo de capital, ou taxa de desconto a ser utilizada. 
Primeiramente, projeta-se os fluxos de caixa livres da empresa, por meio de uma análise da
conjuntura econômica, estabelecendo uma série de premissas sobre receitas, despesas, taxas de
crescimento, taxas de retenção para reinvestimento e valor residual após o período de vida útil
considerado, conforme a tabela a seguir:
COMPANHIA BRASILEIRA DE LIVROS
Projeções dos fluxos de caixa livres - $1,00
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
1 Receitas líquidas 1000000 1150000 1320000 1450000 1650000
2 (-) CMV 750000 860000 980000 1100000 1250000
3 (=) Lucro Bruto 250000 290000 340000 350000 400000
4 (-) Despesas Administrativas 50000 55000 60000 65000 70000
5 (-) Despesas de vendas 70000 77000 90000 95000 100000
6 (-) Depreciação 75000 78000 80000 85000 90000
7 (=) LAJIR 55000 80000 110000 105000 140000
8 (-) Juros 28000 40000 50000 60000 70000
9 (=) LAIR 27000 40000 60000 45000 70000
10 (-) IR - 34% 9180 13600 20400 15300 23800
11 (=) Lucro líquido após o IR 17820 26400 39600 29700 46200
12 (+) Depreciação 75000 78000 80000 85000 90000
13 (=) Fluxo de caixa 92820 104400 119600 114700 136200
14 (-) Retenção para investimentos 37128 41760 47840 45880 54480
15 (+) Valor residual 1440000
16 (=) Fluxo de caixa livre 55692 62640 71760 68820 1521720
Fonte: Júnior et al, 2010, p. 572. Elaboração própria.
Daí, o segundo é calcular o custo de capital e o MVA. Por exemplo, adotando-se a taxa de
desconto de 18% e horizonte de projeção de 5 anos, deve-se calcular a Margem de Valor Agregado
(MVA), o valor residual da empresa no fim do horizonte de projeção e somar o valor presente do
MVA e do valor residual, acrescentando o capital em excesso, caso houver. Realiza-se tais cálculos 
pelas fórmulas apresentadas a seguir:
MVA = VPL = ∑ [EVA projetados/(1+r)t], sendo:
EVA = cada fluxo de caixa projetado;
r = Custo Médio Ponderado de Capital = CMPC = taxa de desconto;
t = horizonte de projeção: lapso temporal do ano presente ao último ano de vida do ativo.
Um terceiro e último passo é calcular o valor residual da empresa, também denominado na
literatura de valor perpétuo, valor terminal ou valor de reposição dos investimentos. Sobre o valor
residual (VR), Martelanc, Pasin e Cavalcante (2005, p. 44) explanam:
O valor residual é quanto se imagina hoje que o empreendimento valerá ao
final do horizonte de projeto. Em princípio, é o valor presente dos fluxos de caixa após o
horizonte de projeto, pelo método da perpetuidade. Se for essa a forma escolhida para seu
cálculo, o valor presente líquido (VPL) do empreendimento serpa igual ao que seria se o
horizonte fosse considerado infinito.
Existem métodos distintos de se calcular o valor residual da empresa. Todavia, este artigo
utiliza o método ensinado por Ross et al (2008, p. 163), apresentado a seguir: 
Por exemplo, um investimento oferece um fluxo de caixa perpétuo de $500
todos os anos. O retorno desejado para tal investimento é de 8%. Qual é o valor desse
investimento? O valor dessa perpetuidade é:
VP da perpetuidade = C/r = 500/0,08 = $6250
Adotando-se o modelo de Ross et al (2008) para o cálculo do valor residual da Companhia
Brasileira de Livros, constata-se que seu caixa perpétuo (C) trata-se, na verdade, do o último fluxo
de caixa de seu horizonte de projeto e sua taxa de retorno (r) consiste no Custo Médio Ponderado de
Capital (CMPC), isto é, sua taxa de desconto, representada na fórmula a seguir pela variável r:
VR = Valor residual = EVA5/r5
Valor da empresa = VP do FCLE + VP do VR + DISPONÍVEL
Valor da empresa = MVA + VP do VR + DISPONÍVEL
Para facilitar o cálculo, pode-se também somar o valor residual da empresa ao valor do FCLE
do último ano do horizonte de projeção e, a partir desse montante, adicionar o disponível,
encontrando assim o valor financeiro empresarial, pela seguinte fórmula:
Valor da empresa = EVA1/(1+i)1 + EVA2/(1+i)2 + EVA3/(1+i)3 
+ EVA4/(1+i)4 + (EVA5 + VR)/(1+i)5
Valor da empresa = [55.692/(1,18)1 + 62.640/(1,18)2 + 71.760/(1,18)3 
+ 68.820/(1,18)4 + (81720+1440000)/(1,18)5]
Valor da empresa = 47.196,61 + 44.987,07 + 43.675,35 
+ 35.496,55 + 665.160,09 = 836.515,67
Utilizando-se a calculadora HP-12C, o mesmo cálculo é corretamente efetuado da forma
apresentada a seguir:
f clear
0 CHS g Cf0
55.692 g CFj
62.640 g CFj
71.760 g CFj
68.820 g CFj
1.521.720 g Cfj
VPL = 836.515,67
Considerando-se nulo o valor do disponível, o valor da Companhia Brasileira de Livros seria
R$836.515,67, o que não significa que seja o preço a ser pago pela empresa adquirente. Destarte, o
valor financeiro da empresa pode ser definido, basicamente, como o somatório do VP dos seus FCs
projetados – podendo-se utilizar tanto o FCLE como o FCLS, dependendo do modelo adotado –
com o VP do seu VR, acrescentando-se a esse montante o valor do ativo disponível
(MARTELANC, PASIN e CAVALCANTE, 2005, pag. 45 e 62).
Digno de nota é que “a definição do horizonte de projeção dos fluxos de caixa não influencia
o valor de uma empresa” (MARTELANC, PASIN e CAVALCANTE, 2005, p. 43). Contudo, os
autores salientam que a empresa estará sendo subavaliada caso esse horizonte seja menor do que o
período de crescimento acelerado da organização e se o valor residual for calculado antes da
estabilização de seus lucros e de seu fluxo de caixa. Ademais, ainda sobre o horizonte de projeção,
Martelanc, Pasin e Cavalcante (2005, p. 43) destacam:
A escolha do horizonte de projeção dos fluxos de caixa não tem uma regra
definida, dependendo do julgamento do analista, do setor da empresa e do crescimento
projetado. Números usuais são 7, 10 ou 12 anos, mas há casos de 2 ou 3, para pequenas
empresas. Também há situações em que o horizonte de projeto é fixado em 25 anos ou
mais. Horizontes largos assim são mais comuns para empreendimentos grandes, intensivos
em capital, que operam em ambientes relativamente estáveis, como é o caso de uma
siderúrgica.
Os autores (2005) ainda fazem questão de ressaltar que, na escolha do horizonte de projeção,
uma excelente forma de reduzir a arbitrariedade quando da sua decisão é considerá-lo pelo menos
superior ao período em que o projeto ainda não está estabilizado. Junta-se a isso a necessidade de se
considerar as seguintes variáveis: a) risco do empreendimento; b) período transiente; e c) vida útil
limitada. Exemplificando o cálculo do valor financeiro de uma empresa de porte maior,
consequentemente com horizonte de projeção maior, Martelanc, Pasin e Cavalcante (2005, p. 59)
apresentam o DRE projetado da empresa fictícia MATRIX para os próximos dez anos e efetua os
cálculos necessários:
DRE projetada da MATRIX para os próximos dez anos
DRE 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
RL 113750 131960 148039 162213 174317 185645 196058 205296 213733 221190
(-) CPV 57500 64500 64708 71024 76562 81272 85667 89697 93265 96518
(-) DO 25127 26568 27749 28728 29538 30267 30910 31457 31954 32395
(=) LAJIR 29460 39022 47614 55287 61887 68309 74068 79208 83912 88073
(-) IR/CS 9515 12675 15529 18094 20319 22506 24492 26291 27831 29186
(=) LL 19945 26347 32085 37193 41568 45803 49576 52917 56081 58887
Fonte: MARTELANC, PASIN e CAVALCANTE (2005, p. 59). Elaboração própria.
Daí, os autores (2005, p. 62) realizam o cálculo do valor da empresa fictícia MATRIX,
originária da consolidação das empresas fictícias ORGANIX e DINAMIX, apresentando-o no
seguinte quadro:Quadro 3.4 – Cálculos pelo método do valor presente da perpetuidade do fluxo de caixa
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
LL 19659 25823 31371 36336 40616 44803 48576 51965 55010 57756
(+) Dep. 2500 2850 3500 3500 3500 3500 3500 3500 3500 3500
(-) Invest. 3500 3500 3500 3500 3500 3500 3500 3500 3500 3500
(-) ∆NCG 1658 1655 1491 1332 1150 1084 1003 894 820 728
(=) FCLE 17002 23519 29881 35004 39467 43719 47573 51070 54189 57029
Valor residual 300150
Cálculo do valor financeiro da empresa - R$MIL
Cenário-base
Taxa de desconto 19,00%
VP do FC 146131
(+) VP do VR 52707
(+) Disponível 5000
(=) Valor da empresa 203839
Fonte: MARTELANC, PASIN e CAVALCANTE (2005, p. 62). Elaboração própria.
Percebe-se que, de fato, por meio do método do Fluxo de Caixa Descontado, a avaliação do
valor econômico-financeiro da empresa leva em considerações o quanto de fluxo de caixa é gerado
no momento presente até o último ano de vida útil do projeto, o tempo de retorno de cada um desses
fluxos de caixa, bem como o nível de incerteza associada a eles. Essas são as três variáveis
fundamentais apresentadas por Damodaran (2002) como sendo necessárias e suficientes para a
adequada avaliação de empresas (valuation). 
3 METODOLOGIA
Para a elaboração do presente artigo científico, foram considerados os seguintes fatores: a
especificidade do tema, os recursos disponíveis, os objetivos da pesquisa. Os recursos disponíveis
foram bibliografias e documentos da área de contabilidade e finanças, e o objetivo central do
trabalho é apresentar a avaliação de empresas com base no método do fluxo de caixa descontado.
Para tanto, foram selecionadas para tal fim as seguintes metodologias:
3.1 Eixo epistemológico: enfoque crítico-dialético (ou histórico-estrutural)
Com o objetivo de historizar o tema, ou seja, de mostrar a intersecção do seu caráter teórico
e do seu caráter empírico (TEIXEIRA, 2012; VASCONCELLOS, 2010). Considerando que os fatos
sociais não podem ser compreendidos quando considerados isoladamente, abstraídos de suas
influências políticas, econômicas e culturais, a tendência metodológica crítico-analítica fornece as
bases para uma interpretação dinâmica e totalizante da realidade (GIL, 2008; BARROS e
LEFHELD, 2000, 2007; SEVERINO, 2007; MARCONI e LAKATOS, 2003, 2007, 2008;
RODRIGUES, 2006; SOARES, 2003). Para Oliveira (1997, p. 69), são as seguintes as leis da
dialética:
a) Cada coisa é um processo, isto é, uma marcha, um tornar-se. Se se
examina uma pera, vê-se que é uma síntese momentânea deste processo. Antes de ser pera
foi flor e, posteriormente, poderá ser uma árvore. Conclui-se que está, no momento,
submetida a uma lei interna de movimento. Dessa forma, as coisas não são consideradas
como realizadas, mas, isto sim, em processo de realização. As coisas se modificam e se
transformam em virtude das leis internas, do seu autodinamismo e das contradições que
encerram.
b) Existe um encadeamento dos processos. A flor se modifica em pera, esta em árvore e a
árvore em húmus, este em novos processos vitais, químicos ou físicos, meio ambiente, etc.
O mundo é o conjunto de todos os processos, onde tudo sofre uma transformação
concentrada e progressiva. Este encadeamento dos processos não é circular, mas espiral.
Basta ver que uma pera gera uma árvore, mas uma árvore gera milhares de peras, que não
são integralmente idênticas à ancestral.
c) No movimento dialético, as coisas trazem em si suas contradições. São levadas a
transformar-se no seu contrário. O vivo, por exemplo, caminha para a morte. Conclui-se, de
acordo com Hegel, que uma coisa é ao mesmo tempo ela própria – Tese – e uma contrária –
Antítese. A coisa no momento é simplesmente uma Síntese. No método dialético temos
duas divisões opostas: a que leva o ser para a sua construção, para ser precisamente o que
não é.
d) Em várias oportunidades, um processo que se orienta em ritmo quantitativo de
repente muda qualitativamente. Considera-se qualitativo quando ocorre a mudança na
natureza. Se quisermos uma certa quantidade de água, sua temperatura vai subindo
quantitativamente 10, 15, 20 … 90 graus centígrados; aos 100 graus, entretanto, ocorre uma
mudança brusca de estado físico. Ela entra em ponto de ebulição. Trata-se de uma mudança
qualitativa. Ela deixa o estado líquido e passa para o gasoso, evaporação.
Similarmente aos outros dois eixos epistemológicos, o enfoque crítico-dialético, possui um
conjunto de elementos lógicos e pressupostos gnosiológicos e ontológicos que precisam ser levados
em consideração mormente quando do seu uso. Sobre esse aspecto, Vergara (2012, p. 132-133)
apresenta a seguinte tabela:
Nº Nível/Aspecto Características definidoras
1 Nível Técnico Utilização de todas as técnicas do enfoque fenomenológico-hermenêuticoe também a pesquisa-ação e a pesquisa participante.
2 Nível Teórico (comrelação aos autores)
Privilegia estudos sobre experiências, práticas pedagógicas, processos
históricos, discussões filosóficas ou análises contextualizadas a partir de
um prévio referencial teórico.
3
Nível Teórico ( com
relação ao tipo de
críticas e de
propostas de
mudança)
Questionam fundamentalmente a visão estática da realidade implícita nas
abordagens anteriores. É marcadamente crítica e tem a pretensão de
desvendar o conflito dos interesses. Têm um interesse transformador e
por práticas participativas de mudanças social e política.
4
Nível
Epistemológico
(critérios de
cientificidade)
Fundamentam-se na lógica interna do processo e nos métodos que
explicitam a dinâmica e as contradições internas (razão transformadora).
5
Nível
Epistemológico
(concepção de
ciência)
A ciência, como produto da ação do homem, é tida como uma categoria
histórica e a produção científica uma construção. Retoma as concepções
anteriores (explicação e compreensão), de forma crítica, para superá-las.
6
Pressupostos
Gnosiológicos
(concepção de objeto
e de sujeito e sua
relação)
Processo centralizado na relação dinâmica sujeito-objeto: concreticidade.
Esta se constrói na síntese objeto-sujeito.
7
Pressupostos
Ontológicos (noção
de homem)
O homem é tido tanto como ser social e histórico, determinado pelos
múltiplos contextos como criador e transformador de múltiplos
contextos. Educá-lo é formá-lo socialmente.
8
Pressupostos
Ontológicos (noção
de história)
Preocupação diacrônica: vê a dinâmica do objeto estudado, o movimento
(o filme do real).
9
Concepção de
realidade e visão de
mundo
Visão dinâmica, conflitiva, heterogênea. Uma percepção organizada da
realidade que se constrói através da prática cotidiana do pesquisador e
das condições concretas de sua existência.
Tabela única. Elementos lógicos e pressupostos do enfoque crítico-dialético. 
Elaborada pelo autor. Fonte: TEIXEIRA, 2012, p. 132-133.
Portanto, percebe-se que no encadeamento dos processos dialéticos as transformações
acontecem quantitativa e qualitativamente (OLIVEIRA, 1997; BARROS e LEFHELD, 2000, 2007;
TEIXEIRA, 2012; VASCONCELLOS, 2010). Por essas razões, por meio do método crítico-
dialético procurou demonstrar, a partir do encontro das ideias, que os métodos de fluxo de caixa
descontado são os mais práticos, precisos e confiáveis para a avaliação de empresas no seu todo
(FGV, 2015; COPELAND; KOLLER; JACK, 2002; DAMODARAN, 2002; MARTELANC,
PASIN e CAVALCANTE, 2005).
3.2 Eixo lógico: método hipotético-dedutivo
Adotou-se, para o presente estudo, como seu pilar lógico, a base estrutural de pensamento
hipotético-dedutiva porque o ponto de partida do mesmo se deu por meio do levantamento da
hipótese de partiu-se da hipótese de que o valor econômico-financeiro de uma empresa é, na
verdade e em suma, umasomatização que leva em consideração quanto ela gera de lucro livre
(fluxo de caixa), quanto tempo ele leva para gerá-lo e os riscos nesse processo envolvidos. Daí,
buscou-se na literatura crítica os embasamentos necessários para tal confirmação, nela os
encontrando facilmente (FGV, 2015; COPELAND; KOLLER; JACK, 2002; DAMODARAN, 2002;
MARTELANC, PASIN e CAVALCANTE, 2005).
A base estrutural dedutiva consiste no método de estrutura de pensamento mais utilizada,
aceita, respeitada e defendida pelos cientistas racionalistas, devido ao nível de certeza por ela
produzido. Originalmente desenvolvida pelo renomado filósofo Aristóteles, essa base vem sendo
comumente utilizada por meio da estrutura formal do raciocínio silogístico. E, como todos os
demais métodos, apresenta vantagens e desvantagens (BÊRNI e FERNANDEZ, 2012).
Cientificamente, o método dedutivo sempre foi o mais aceito e, em especial a partir do
surgimento da ciência moderna, com o desenvolvimento do método experimental por Newton.
Historicamente, esse método originou outros dois bem parecidos no que tange à estrutura de
pensamento: o axiomático-dedutivo e o hipotético-dedutivo. Sobre esses aspectos, Bêrni e
Fernandez (2012, p. 49) ratificam:
No método dedutivo, o caminho é inverso àquele seguido no método
indutivo, uma vez que, partindo de alguns enunciados de caráter universal, inferem-se
enunciados particulares. Como fruto do desenvolvimento conjunto da lógica e da
matemática, a partir do final do século XIX, o método dedutivo pode ser aplicado a dois
esquemas, historicamente mais recentes, que são o axiomático-dedutivo e o hipotético-
dedutivo.
O primeiro caso é útil quando as premissas de partida são axiomas, não demonstráveis,
como no caso das ciências formais. No segundo, ilustrado pelas ciências empíricas, os
melhores resultados emergem de situações em que as premissas sejam hipóteses que se
refiram a algum aspecto da realidade. [...]
Tanto no caso do modelo axiomático-dedutivo como no modelo hipotético-dedutivo,
não mais se pressupóe que o conhecimento científico se inicie na experiência, tal como Bêrni e
Fernandez (2012, p. 50) salientam:
[...] Dados todos os problemas lógicos enfrentados pela ideia de que seria
possível acessar o universal a partir do particular, passou-se a supor que o conhecimento já
começa no nível abstrato e teórico. Ou seja, supõe-se que o ponto de partida da explicação
científica seja algum tipo de conhecimento prévio intelectualmente estruturado sobre o
assunto, que pode ser científico ou não. Popper, por exemplo, quando tratou dessa questão,
referiu-se a esse conhecimento prévio como “nossos mitos e preconceitos”. Sem tal
estrutura mentalmente preconcebida sobre como deve se comportar o mundo, nem sequer
seria possível reconhecer algo na realidade dos fatos como um “problema” a ser explicado,
ou como uma sentença do tipo explanandum. Somando-se a isso, seria necessário também o
engenho criativo do cientista, sem o qual uma hipótese interessante e inovadora jamais
poderia ser aventada.
Com base nos pressupostos apresentados, deduz-se que o método dedutivo é a base mais
confiável, razoável, e, portanto, segura de se estruturar o pensamento no processo de produção de
conhecimento (BÊRNI e FERNANDEZ, 2012).
3.3 Pilar técnico: pesquisa observacional não participante
Como pilar (ou eixo) técnico adotou-se, por sua vez: a abordagem qualitativa, por se tratar
de levantamento de dados predominantemente qualitativos e linguagem predominantemente
alfabética; a base procedimental observacional não participante, também dita indireta, que é aquela
em que o objeto é investigado por meio de consulta à literatura crítica, “à distância” por assim dizer;
o levantamento bibliográfico enquanto técnica; a leitura científica, como subté
3.3.1 Abordagem qualitativa
Sobre a abordagem qualitativa de pesquisa, autoridades do tema emprentam-nos suas ideias,
conforme apresentadas a seguir:
(TRIVIÑOS, 1987, p. 124):
No campo dos que trabalham em enfoques qualitativos estas têm recebido
outras denominações, além de serem conhecidas como estudos etnográficos. A pesquisa
qualitativa é conhecida também como “estudo de campo”, “estudo qualitativo”,
“interacionismo simbólico”, “perspectiva interna”, “intrepretativa”, “etnometodologia”,
“ecológica”, “descritiva”, “observação participante”, “entrevista qualitativa”, “abordagem
de estudo de caso”, “pesquisa participante”, “pesquisa fenomenológica”, “pesquisa-ação”,
“pesquisa naturalista”, “entrevista em profundidade”, “pesquisa qualitativa e
fenomenológica”, e outras que apontaremos posteriormente. Naturalmente, não
pretendemos ser exaustivos na busca das denominações da pesquisa qualitativa. E
tampouco vamos definir aquele tipo de pesquisa que melhor representaria o enfoque
qualitativo. Sob esses nomes, em geral, não obstante, devemos estar alertas em relação,
pelo menos, a dois aspectos. Alguns desses enfoques rejeitam total ou parcialmente o ponto
de vista quantitativo na pesquisa educacional; e outros denunciam, claramente, os suportes
teóricos sobre os quais elaboraram seus postulados interpretativos da realidade.
(RODRIGUES, 2007, p. 38):
Qualitativa é a pesquisa que - predominantemente - pondera,
sopesa, analisa e interpreta dados relativos à natureza dos fenômenos, sem
que os aspectos quantitativos sejam a sua preocupação precípua, a lógica
que conduz o fio do seu raciocínio, a linguagem que expressa as suas razões.
Também não denota filiação teórico-metodológica, nem implica o uso de
hipótese, de experimentação ou de qualquer outro detalhe. Sintetizando:
qualitativa é a denominação dada à pesquisa que se vale da razão discursiva.
[...] 
Concernente aos usos dessa abordagem de pesquisa, Soares (2003, p. 19) cita:
a) Descrever a complexidade de determinada hipótese ou
problema.
b) Analisar a intenção entre variáveis.
c) Compreender e classificar processos dinâmicos experimentados por
grupos sociais.
d) Apresentar contribuições no processo de mudança, criação ou formulação
de opiniões de determinado grupo.
e) Permitir, em maior grau de profundidade, a interpretação das
particularidades dos comportamentos ou atitudes dos indivíduos.
f) Interpretar dados, fatos, teorias e hipóteses, etc.
Explanando em que situações de pesquisa cabe a abordagem qualitativa, Soares (2003, p.
19) usa os seguintes dizeres:
1. Situações em que se faz necessário substituir uma informação
estatística por dados qualitativos.
2. Situações em que as observações qualitativas são usadas como
indicadores do funcionamento de estruturas sociais.
3. Situações em que se manifesta a importância de uma abordagem
qualitativa para efeito de compreender aspecto psicológico, cujos dados não
podem ser coletados de modo completo por outros métodos devido à
complexidade que envolve a pesquisa.
3.3.2 Base procedimental observacional não participante
A base procedimental observacional indica que o meio técnico utilizado para a coleta de
dados é a observação e os meios instrumentais a ela inerentes. Por observação entende-se a técnica
de coleta de dados em que o pesquisador observa o objeto investigado, quer participe ou não desse
processo. Quando o observador-pesquisador participa do processo de investigação, diz-se que se
trata de uma pesquisa observacional participante; quando, entretanto, o observador-pesquisador não
participa do processo de investigação, diz-se que se trata de uma pesquisa observacional não
participante.
A observação participante (OP) visa coletar dados primários, enquanto a observação
não participante (ONP), dados secundários. Por essa razão, na OP podem ser realizadas a pesquisa-ação, os estudos de caso, as biografias participantes e as etnografias participantes. Já na ONP
podem ser realizadas as pesquisas bibliográficas, as pesquisas documentais, as biografias não
participantes e as etnografias não participantes. Neste diapasão, Bêrni e Fernandez (2012, p. 176-
177) explanam:
Os dados primários obedecem ao delineamento de um estudo que gerará a
base informacional nos estilos alternativos de condução de experimentos ou de obtenção de
informações por meio do questionamento direto dos agentes envolvidos com o fenômeno.
Tal é o caso, seguindo o exemplo, das testemunhas de um acidente de trânsito.
Entre os dados primários a ser coletados, destacam-sea observação direta ou participante, a
entrevista formal ou informal, a entrevista estruturada por meio de questionário, a entrevista
livre baseada em roteiro, a discussão em grupo (distinguindo-se a construção de grupos
focais), a consulta a documentos pessoais, diários, correspondência ativa e passiva,
histórias de vida. [...]
Se precisar de mais informação secundária, o pesquisador deverá recorrer a estatísticas
previamente disponíveis em livros técnicos, relatórios de pesquisa, artigos em revistas
técnicas, anais de congressos, documentos oficiais (censos, inquéritos, resoluções,
informes), documentos pessoais, correspondência ativa e passiva, história de vida, diários
publicados ou privados, documentos administrativos, contábeis e jurídicos.
Com base nos pressupostos apresentados, deduz-se que a base procedimental
observacional é parcialmente empírica (OP) e parcialmente não empírica (ONP),
dessemelhantemente das demais bases procedimentais, que são todas completamente empíricas.
Além disso, deduz-se que ela é a mais utilizada por parte dos pesquisadores em geral, por causa da
facilidade da sua compreensão e, especialmente, do seu uso. Por fim, deduz-se também que toda
pesquisa teórica, ou básica, baseia-se nos procedimentos observacionais, valendo-se de seus meios
técnicos e instrumentais.
3.3.3 Técnicas observacionais de pesquisa
Levantamento bibliográfico 
O levantamento bibliográfico, também denominado pesquisa bibliográfica, revisão
bibliográfica ou revisão literária, visa a coleta de dados secundários, ou seja, aqueles que já foram
submetidos a algum tipo de manipulação, denominados literatura crítica. Ele é utilizado para a
revisão da literatura e, portanto, necessário a todas as espécies de pesquisa. Configura-se na técnica
de coleta de dados dos livros e dos trabalhos acadêmicos em geral, tais como TCC’s, monografias,
dissertações, teses, artigos científicos, resenhas científicas, etc. Os seus instrumentos fundamentais
são as bibliografias.
O levantamento bibliográfico oferece meios que auxiliam na definição e resolução dos
problemas já conhecidos, como também permite explorar novas áreas onde os mesmos ainda não
se cristalizaram suficientemente. Permite também que um tema seja analisado sob novo enfoque ou
abordagem, produzindo novas conclusões. Além disso, permite a cobertura de uma gama de
fenômenos muito mais ampla, mormente em se tratando de pesquisa cujo problema requeira a
coleta de dados muito dispersos no espaço. 
Sobre essa técnica de pesquisa para coleta de dados, Rodrigues (2007, p. 43) assinala:
Bibliográfica é a pesquisa limitada à busca de informações em livros e
outros meios de publicação. É o oposto da pesquisa de campo, distinguindo-se também e
igualmente por oposição da pesquisa in victro. Geralmente, a pesquisa bibliográfica integra
o âmbito da pesquisa ex-post-facto, pelo simples fato de que os livros e artigos de revista
ou periódico qualquer tratam, via de regra, de fatos consumados, não sendo habitual a
pesquisa bibliográfica baseada em leitura do tipo futurologia.
O levantamento bibliográfico pressupõe trabalhos anteriores que servem como fonte ou
lente teórica para embasamento de estudos mais abrangentes e ou aprofundados. Sobre esse
aspecto, Severino (2007, p. 122) destaca:
A pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza a partir do registro
disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros,
artigos, teses, etc. Utiliza- se de dados ou de categorias teóricas já trabalhados por outros
pesquisadores e devidamente registrados. Os textos tornam-se fontes dos temas a serem
pesquisados. O pesquisador trabalha a partir das contribuições dos autores dos estudos
analíticos constantes dos textos.
Realmente, toda pesquisa acadêmica requer em algum momento a realização de trabalho
que possa ser considerado como levantamento bibliográfico. Prova disso é que nas dissertações e
teses da atualidade, em sua maioria, há um capítulo especial dedicado à revisão bibliográfica cuja
finalidade principal é fundamentar o trabalho acadêmico teórica e consistentemente, identificando,
não raro, o estágio atual do conhecimento referente ao tema. Gil (2010, p. 29) explana sobre tal
tipo de pesquisa com os seguintes dizeres:
A pesquisa bibliográfica é elaborada com base em material já publicado.
Tradicionalmente, esta modalidade de pesquisa inclui material impresso, como livros,
revistas, jornais, teses, dissertações e anais de eventos científicos. Todavia, em virtude da
disseminação de novos formatos de informação, estas pesquisas passaram a incluir outros
tipos de fontes, como discos, fitas magnéticas, CDs, bem como o material disponibilizado
pela internet.
Ressaltando a relevância de tal tipo de pesquisa, Gil (2010) destaca que ela permite ao
investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia
pesquisar diretamente, em especial quando o problema de pesquisa requer dados muito dispersos
pelo espaço. Entretanto, não se esquece de salientar que, como fontes secundárias, as bibliografias
podem apresentar dados coletados ou processados de forma equivocada, tornando possível a
reprodução e/ou ampliação desses erros em trabalhos nelas fundamentadas. Por essa razão, Gil
(2010, p. 30) fornece sugestões úteis para reduzir tal possibilidade, dizendo:
Para reduzir essa possibilidade, convém aos pesquisadores assegurarem-se
das condições em que os dados foram obtidos, analisar em profundidade cada informação
para descobrir possíveis incoerências ou contradições e utilizar fontes diversas, cotejando-
as cuidadosamente.
De acordo com Gil (2010), não existem regras fixas para a realização de pesquisas
bibliográficas, mas algumas tarefas que a experiência demonstra serem importantes. Dessa forma,
seguiu-se o seguinte roteiro de trabalho:
a) Exploração das fontes bibliográficas: livros, revistas científicas, teses,
relatórios de pesquisa entre outros, que contêm não só informação sobre determinados
temas, mas indicações de outras fontes de pesquisa;
b) Leitura do material: conduzida de forma seletiva, retendo as partes essenciais para o
desenvolvimento do estudo, e analítica, avaliando a qualidade das informações coletadas;
c) Elaboração de fichas: foram elaborados fichas de citações, de resumo e bibliográficas,
contendo as partes mais relevantes dos materiais consultados;
d) Ordenação e análise das fichas: organizadas e ordenadas de acordo com o seu conteúdo,
conferindo sua confiabilidade;
e) Conclusões: obtidas a partir da análise qualitativa e quantitativa dos dados.
Com base nos pressupostos apresentados, deduz-se que o levantamento bibliográfico é a
técnica própria e principal (mestra) para o embasamento teórico baseado em fontes secundárias.
Levantamento documental
O levantamento documental, técnica também denominada documentação, visa a coleta de
dados primários, ou seja, aqueles que ainda não foram submetidos a algum tipo de manipulação.
Configura-se na técnica de coleta de dados dedocumentos pessoais, registros institucionais,
registros estatísticos e da comunicação de massa em geral, isto é, TV, rádio, jornais, revistas,
internet, etc. Sobre essa técnica de pesquisa, Gil (1999, p. 160) salienta:
As fontes de “papel” muitas vezes são capazes de proporcionar ao
pesquisador dados suficientemente ricos para evitar a perda de tempo com levantamentos
de campo, sem contar que em muitos casos só se torna possível a investigação social a
partir de documentos.
Tipificando os documentos utilizados nesse tipo de técnica, Gil (1999, p. 160-165) apresenta
quatro, quais sejam:
1) Registros estatísticos
[...] Entidades governamentais como a Fundação IBGE dispõem de dados referentes a
características socioeconômicas da população brasileira, tais como: idade, sexo, tamanho da
família, nível de escolaridade, ocupação, nível de renda etc. Os órgãos de saúde fornecem
dados a respeito de incidência de doenças, causas de morte etc. Uma entidade como o
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos dispõe de dados sobre
desemprego, salários, greves, negociações trabalhistas etc. Organizações voluntárias têm
dados referentes a seus membros e também às populações que atendem. Institutos de
pesquisa vinculados aos mais diversos campos do conhecimento. Além disso, número cada
vez maior de entidades vem-se preocupando em manter bancos de dados. Isto se verifica em
hospitais, escolas, agências de serviço social, entidades de classe, repartições públicas etc.
[...]
2) Registros institucionais escritos
Além dos registros estatísticos, também podem ser úteis para a pesquisa social os registros
escritos fornecidos por instituições governamentais. Dentre esses dados estão: projetos de
lei, relatórios de órgãos governamentais, atas de reuniões de casas legislativas, sentenças
judiciais, documentos registrados em cartórios etc. [...]
3) Documentos pessoais
Há uma série de escritos ditados por iniciativa de seu autor que possibilitam informações
relevantes acerca de sua experiência pessoal. Cartas, diários, memórias e autobiografias são
alguns desses documentos que podem ser de grande valia na pesquisa social. [...]
4) Comunicação de massa
Os documentos de comunicação de massa, tais como jornais, revistas, fitas de cinema,
programas de rádio e televisão, constituem importante fonte de dados para a pesquisa
social. Possibilitam ao pesquisador conhecer os mais variados aspectos da sociedade atual e
também lidar com o passado histórico. Neste último caso, com eficiência provavelmente
maior que a obtida com a utilização de qualquer outra fonte de dados. […] (grifos meus)
Para a elaboração do presente artigo, consultou-se materiais didáticos universitários bem
como do GVcepe da Fundação Getúlio Vargas (FGV, 2015).
Análise de conteúdo
A análise de conteúdo é a técnica de interpretação de dados específica para a abordagem
quantitativa. Ela está muito atrelada à metodologia das pesquisas estatísticas, sendo bastante
utilizada no campo das ciências exatas, visando uma maior precisão, a inferencial, quando da
interpretação dos dados. (SILVA; GOBBI, SIMÃO, 2004). 
A análise de conteúdo se fez presente desde as primeiras tentativas da humanidade de
interpretar os antigos escritos, como as tentativas de interpretar os livros sagrados, sendo
sistematizada somente na década de 20, devido aos estudos de Leavell sobre a propaganda
empregada na primeira guerra mundial, adquirindo dessa forma, o caráter de método de
investigação (SILVA; GOBBI; SIMÃO, 2004).
Após muitas tentativas de aprimoramento e aprofundamento da análise de conteúdo enquanto
técnica de pesquisa, a mesma passa a ser definida como
um conjunto de técnicas de análise de comunicações, que utiliza
procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens,
indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às
condições de produção/recepção (variáveis inferidas) dessas mensagens (BARDIN apud
SILVA; GOBBI; SIMÃO, 2004, p. 4).
Desse modo, a análise do conteúdo Três etapas básicas da análise de conteúdo são
apresentadas por elas (SILVA; GOBBI; SIMÃO, 2004, p. 6), quais sejam:
A pré-análise: a organização do material, quer dizer de todos os materiais
que serão utilizados para a coleta dos dados, assim como também como outros materiais
que podem ajudar a entender melhor o fenômeno e fixar o que o autor define como corpus
da investigação, que seria a especificação do campo que o pesquisador deve centrar a
atenção.
A descrição analítica: nesta etapa o material reunido que constitui o corpus da pesquisa é
mais bem aprofundado, sendo orientado em princípio pelas hipóteses e pelo referencial
teórico, surgindo dessa análise quadros de referências, buscando sínteses coincidentes e
divergentes de ideias.
Interpretação referencial: é a fase de análise propriamente dita. A reflexão, a intuição,
com embasamento em materiais empíricos, estabelecem relações com a realidade
aprofundando as conexões das ideias, chegando se possível à proposta básica de
transformações nos limites das estruturas específicas e gerais.
Neste artigo, tal técnica foi utilizada quando da interpretação do conteúdo de livros e
documentos aplicáveis ao processo de avaliação de empresa com base no método do Fluxo de Caixa
Descontado, levando-se sempre em conta o ponto de vista dos seus respectivos autores.
3.3.4 Subtécnicas observacionais de pesquisa 
Leitura científica
A leitura científica é a principal subtécnica de investigação científica, utilizada em todos
os tipos de pesquisa sobretudo quando da revisão da literatura específica do tema. Ela é últil para
coletar, organizar, sistematizar e analisar/interpretar o dados. Desse modo, devido ao seu uso
multifuncional nesse processo, ela pode ser adequadamente denominada de a subtécnica mestra da
investigação científica. Sobre esta subtécnica de pesquisa, Diniz e Da Silva (2008, p. 3) passam a
dizer que
Apesar do avanço tecnológico referente aos recursos audiovisuais, todos
precisam ler, porque o conhecimento é adquirido através da leitura, e para obtê-lo é
necessário ler muito e ler bem. A leitura possibilita a ampliação de conhecimentos e a
reflexão sobre o mundo. Para que a leitura seja proveitosa e eficaz deve-se estar atento ao
que está sendo lido, evitando desconcentração e distração. O leitor deve sentir-se atraído
pela leitura e desenvolver uma velocidade adequada na leitura, não devendo ler
vagarosamente, para não esquecer o que foi lido no final do parágrafo, ou muito veloz
propiciando a incompreensão do que foi lido.
Para a correta compreensão e o adequado uso dessa subtécnica, faz sentido conhecer – e
sem dúvida é imprescindível – os diversos tipo de leitura, tais como Diniz e Da Silva (2008, p. 5-6)
apresentam:
a) pré-leitura ou leitura de reconhecimento, fase preliminar da leitura
informativa, a qual permite ao leitor o documento ou a obra que poderá ser aproveitada no
seu trabalho e também obter uma visão geral do tema abordado.
b) leitura seletiva, que consiste na leitura integral de um livro, tentando selecionar as
informações imprescindíveis, ou seja, escolher o material que realmente interessa à
pesquisa.
c) leitura crítica ou reflexiva, que é aquela em que o leitor se concentra nos aspectos mais
relevantes do texto, sendo capaz de separar as ideias secundárias da ideia central.
d) leitura interpretativa, que é uma leitura mais complexa, visando identificar quais as
intenções do autor e o que ele afirma sobre o tema, suas hipóteses, metodologia, resultados,
discussões e conclusões, bem como relacionaras afirmações do autor com os problemas
para os quais se está procurando equacionar.
Entretanto, a leitura científica trata-se de, não meramente uma simples leitura, comum,
curriqueira, cotidiana, mas sim uma sistemática e rigorosa sequência de procedimentos capazes de
extrair dos dados qualitativos o máximo de informações neles contidas. Por essa mesma razão é que
Diniz e Da Silva (2008, p.7) explanam, em seguida, os procedimentos necessários para uma leitura
científica adequada, com os seguintes dizeres:
Quando o texto for selecionado, faz-se sua leitura completa, para ter uma
visão geral do todo. Em seguida deve-se reler o texto e assinalar palavras ou expressões
desconhecidas, que devem ser consultadas em dicionário. Esclarecidas as dúvidas, fazer
uma nova leitura para a compreensão do todo.
Tornar a ler, procurando a ideia central, que pode estar implícita ou explícita no texto.
Localizar acontecimentos ou ideias, comparando-as entre si e procurando semelhanças e
diferenças existentes. Agrupá-los pelo menos por semelhança importante e organizá-los por
ordem hierárquica de importância. Interpretar as ideias do autor e descobrir suas
conclusões. (DINIZ e DA SILVA, 2008, p. 7)
Conforme apresentada, a leitura científica é uma subtécnica multifuncional utilizada
para a coleta (pré-leitura, ou leitura de reconhecimento), a organização (leitura seletiva), a
sistematização (leitura crítica ou reflexiva) e análise/interpretação (leitura interpretativa) dos dados.
Por essa razão, ela é, por excelência, a subtécnica mestra da pesquisa científica.
3.3.5 Instrumento observacional de pesquisa
Protocolo observacional
O protocolo observacional é o instrumento próprio das pesquisas observacionais. Trata-
se de um meio para se registrar as informações produzidas durante a observação. Pode ser um
caderno, um bloco de anotações, ou mesmo uma página para rascunho. O objetivo é planificar tudo
o que foi observado sobre o objeto de pesquisa, suas características, suas variações, as possíveis
causas e os possíveis efeitos das variações, o que foi feito durante a observação, o que não foi feito
durante ela e o (s) seu (s) respectivo (s) porquê (s). Comumente, o registro das informações no
protocolo observacional é separado em notas descritivas (aquilo que se observa de fato) e notas
reflexivas (as interpretações ou reflexões daquilo que se observa). Sobre esses aspectos, Creswell
(2010, p. 2015) ratifica:
[...] Os pesquisadores com frequência se engajam em observações múltiplas
no decorrer de um estudo qualitativo e usam um protocolo observacional para registrar as
informações. Ele pode ser de uma única página, com uma linha dividindo-a ao meio no
sentido longitudinal para separar as notas descritivas (retratos dos participantes,
reconstrução de diálogo, descrição do local físico, relatos de determinados eventos ou
atividades) das notas reflexivas (os pensamentos pessoais do observador, tais como
“especulação, sentimentos, problemas, ideias, palpites, impressões e preconceitos” [...]).
Também podem ser escritas dessa forma as informações demográficas sobre o tempo, o
local e a data do local de campo onde ocorreu a observação. [...] 
Com base nos pressupostos apresentados, deduz-se que o protocolo observacional é
instrumento fundamental nas pesquisas observacionais e que, para não dificultar ou mesmo impedir
a sua adequada execução, ele só pode ser inutilizado quando substituído por outro instrumento
equivalente, tal como o diário de campo. 
Consultou-se, no decorrer da elaboração do presente artigo, bibliografias relevantes sobre o
tema aplicando os procedimentos técnicos acima descritos (COPELAND; KOLLER; JACK, 2002;
DAMODARAN, 2002; MARTELANC, PASIN e CAVALCANTE, 2005).
CONCLUSÕES 
Consoante apresentado na literatura crítica de finanças corporativas e controladoria
empresarial, o método do Fluxo de Caixa Descontado (DFC) é o mais utilizado por ser mais fácil de
se utilizar, por considerar de forma global a capacidade de geração de lucro que a empresa tem, e
porque permite maior precisão do valor financeiro empresarial por considerar o valor presente de
cada um dos fluxos de caixas anuais dentro do seu tempo de vida útil, conhecido nominalmente na
literatura como o seu horizonte de projeção.
O cálculo do valor financeiro empresarial é fundamental para as reestruturações
empresariais, abertura de capital e seus consequentes reenquadramentos jurídico e tributário. A
definição do horizonte de projeção nesse cálculo precisa levar em consideração o tempo de vida útil
do projeto de negócios da empresa, sendo, em alguns casos, quando não há exatidão desse tempo,
uma estimativa com base em negócios de natureza equivalente.
Nesse processo de avaliação econômico-financeira empresarial necessário se faz a presença
de um especialista em finanças, do contador da empresa e de um advogado, a fim de considerar
todos os aspectos financeiros, contábeis e jurídicos nele envolvidos. Os gastos oriundos das
transações necessárias para essa avaliação, e inclusive do due diligente, etapa chave do processo de
fusões e aquisições, são – e precisam ser – descontados do valor financeiro empresarial apurado do
valor a ser pago pela empresa compradora à empresa comprada (aquisição) ou do valor a ser
integralizado na empresa nova formada pelas empresas que se fundem (fusão).
Vale ressaltar, entretanto, que o valor financeiro empresarial calculado pelo método de Fluxo
de Caixa Descontado (FCD) não considera o valor de determinados ativos, dito intangíveis, como,
por exemplo, dos seus recursos humanos, o que não o torna inadequado, de modo algum, para os
fins mencionados no segundo parágrafo dessas conclusões. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O método de Fluxo de Caixa Descontado (DFC) é o mais utilizado por ser considerado pelos
pesquisadores e profissionais da área de finanças e controladoria como o mais confiável, visto que
analisa o valor de todo e qualquer ativo em função de três variáveis fundamentais: "quanto ele gera
em fluxo de caixa, quando estes fluxos de caixa ocorrem e o nível de incerteza associada a eles"
(DAMODARAN, 2004, p. 451; FGV, 2015). Conforme apresentado, esse método de cálculo é o
mais eficaz porque considera as variações econômico-financeira do ativo no decorrer do tempo
futuro, o seu horizonte de projeção (t), compreendido pelo lapso temporal que se estende do ano
presente ao último ano de vida do ativo, e as taxas de desconto (r) em função dos riscos envolvidos.
Os ativos mais arriscados trazem consigo taxas mais altas e os projetos mais seguros, taxas mais
baixas (FGV, 2015; COPELAND; KOLLER; JACK, 2002; DAMODARAN, 2002).
REFERÊNCIAS
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pesquisa: modelando as ciências empresariais. São Paulo: Saraiva, 2012. 440 p.
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