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processo civil I

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Ação
Ação dispõe de um poder jurídico, que consiste na faculdade de obter a tutela para os próprios direitos e interesses, quando lesados ou ameaçados, ou para obter a definição das situações jurídicas controvertidas. 
A ação é um direito abstrato, que atua independentemente da existência ou inexistência do direito substancial que se pretende fazer reconhecido e executado, em outras palavras, o exercício da ação não fica vinculado ao resultado do processo.
SEMPRE haverá uma PRESTAÇÃO jurisdicional, porque, uma vez exercido regularmente o direito de ação, NÃO poderá o juiz a RECUSAR-SE a lavrar a sentença de mérito, seja favorável ou não, àquele que o exercitou. Distingue-se prestação de TUTELA, visto que está só será prestada a QUEM REALMENTE detenha o direito subjetivo, e aquela (prestação jurisdicional) independe da existência do direito.
CONDIÇÕES DA AÇÃO:
As condições da ação não se confundem com os pressupostos processuais. A jurisdição é imparcial. A jurisdição é imparcial. Para que se faça o correto julgamento, mister se faz que o processo se tenha formado validamente.
- Possibilidade jurídica: indica-se a exigência de que deve existir, abstratamente, dentro do ordenamento jurídico, um tipo de providencia como a que se pede através da ação. O processo é um instrumento de composição das lides e de efetivação do direito, sem razão fica o exercício da ação, quando o pedido, a providência invocada pelo autor, não tem permissibilidade.
A possibilidade divide-se em IMEDIATO (contra o Estado), que se refere à tutela jurisdicional, e o MEDIATO (contra o réu), que se refere à providencia de direito material.
- Interesse de agir: O estado se obriga à prestação jurisdicional. Ao cumpri-la, evidente que deva fazê-lo movido pela necessidade, ou pelo menos, pela utilidade de sua intervenção.
- Legitimidade: é a titularidade ATIVA E PASSIVA da ação. “Estará legitimado o autor quando for possível titular do direito pretendido, ao passo que a legitimidade do réu decorre do fato de ser ele a pessoa indicada, em sendo procedente a ação, a suportar os efeitos oriundos da sentença”. 
Elementos identificadores da causa:
Para identificar uma causa, a doutrina aponta três elementos essenciais: PARTES, PEDIDO E CAUSA DE PEDIR.
Esses elementos da ação servem para individualizar uma ação. Não se consideram iguais as causas apenas porque envolvem uma mesma tese controvertida, ou os mesmo litigantes, ou ainda a mesma pretensão. É preciso que ocorra a tríplice: MESMEIDADE DE PARTES, PEDIDO E CAUSA.
OBSERVAÇÃO: Causa de pedir divide-se em PRÓXIMA (FUNDAMENTOS JURIDICOS) e em REMOTA (FUNDAMENTOS FÁTICOS).
PROCESSO: Entre o pedido da parte e o provimento jurisdicional se impõe a prática de uma série de atos que forma o procedimento jurisdicional, e cujo conteúdo sistemático é o processo.
O processo se apresenta como série de atos coordenados regulados pelo direito processual, através dos quais se leva cabo o exercício da jurisdição. 
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS:
São elementos de VALIDADE da relação jurídica. Pode-se ter qualquer tipo de relação jurídica, contudo se esta não obedecer a estes pressupostos, é NULA.
Os pressupostos dividem-se em subjetivos e objetivos. Os pressupostos objetivos são compostos por: petição inicial (atendidos os requisitos do artigo 282 do CPC), citação e intimação do Ministério Público, regularidade procedimental, observância do rito até o final da sentença (artigo 475 do CPC), proibição da litispendência, coisa julgada e perempção. Já os subjetivos são aqueles relativos ao juiz e às partes. O juiz deve ser imparcial, investido legalmente e ter competência. Já em relação as partes deve se ter capacidade de direito, capacidade processual e capacidade postulatória.
PARTES:
Partes, no sentido processual, serão sempre autor e réu; partes, no sentido material, os sujeitos da lide, isto é, aqueles cujos interesses se conflitam, com pretensão de um e resistência do outro. Também vigora o principio da igualdade das partes. Tal principio reflete na posição própria de cada parte, pois há prerrogativas somente do autor e prerrogativas somente do réu.
Capacidade de ser parte: 
Por conceito puramente de processo, apenas a norma processual poderá definir quem pode ser parte, isto é, quem está apto a figurar como réu e autor no processo.
Em principio, apenas as pessoas, ou seja, os seres capazes de direitos e obrigações, tais como o homem, que a lei chama de pessoa natural e pessoas jurídicas têm capacidade de ser parte, exatamente porque, segundo a lei processual, quem pode ser titular de direitos pode pleiteá-los em juízo.
A simetria não é absoluta. Por questões de ordem prática, a lei processual estende a capacidade de ser parte a determinadas universalidades de bens ou pessoas, muito embora não sejam dotadas de personalidade. A massa falida, herança jacente, o espólio, as sociedades irregulares e o condomínio não são pessoas, não têm personalidade, não são sujeitos de direitos e obrigações, mas a lei lhes atribui capacidade de ser parte, com atuação limitada às próprias razões que lhe informam a existência como um todo. Poderão reivindicar bens, cobrar dívidas e ser acionados dentro do restrito patrimonial que lhes diz respeito.
Anotações do caderno: 
Capacidade de direito ou de ser parte: é a aptidão conferida pela norma jurídica para ser sujeito de direitos e obrigações, isto é, PARA A PRÁTICA DE ATOS JURIDICOS INCLUSIVES PROCESSUAIS. TODA PESSOA TEM ESSA CAPACIDADE, inclusive crianças, estando ou não no gozo de suas faculdades mentais.
CAPACIDADE DE FATO OU PROCESSUAL: 
Os menores de dezesseis anos interditos têm capacidade de ser parte, pois são sujeitos de direitos e deveres. No entanto por força da lei, são incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil (ARTIGO 3º CC). No exercício de seus direitos e no cumprimento de suas obrigações, são representados por seus pais, tutores ou curadores.
O simples fato de a pessoa ser sujeito de direito não lhe atribui capacidade para estar em juízo. A capacidade de ser parte não se confunde com a capacidade para estar em juízo, também chamada capacidade processual. A última pressupõe a primeira, mas a reciproca NÃO É VERDADEIRA. Tem capacidade para estar em juízo quem pode litigar por si mesmo.
Não se deve confundir a capacidade de ser parte, a capacidade de estar em juízo e a legitimação para a causa. A primeira é a capacidade GENÉRICA de se figurar como parte; a segunda, a capacidade de defender direito próprio ou alheio em juízo; a terceira, importa na titularidade ativa ou passiva da ação. A parte, mesmo sendo ilegítima, é parte, mas a capacidade de ser parte e a capacidade de estar em juízo são pressupostos processuais. 
Quando se trata de irregularidade na representação ou assistência dos incapazes, deve o juiz mandar saná-la. O representante não juntou a prova de curatela e apenas o relativamente incapaz, sem assistência, ou o assistente, sem a presença do assistido, mas em nome dele, pleiteou em juízo. Os defeitos são perfeitamente sanáveis, por permissão judicial no PRAZO DE DEZ DIAS.
Em se tratando de ilegitimidade para a causa, o juiz deve declará-la, pois os defeitos é insuprível, já que não se pode alterar a pretensão da parte. 
A união, o estado, o distrito federal e o território federal são representados em juízo por seus procuradores e o Município, pelo Prefeito ou procurador. (art. 12, II).
A massa falida não tem personalidade jurídica, mas tem capacidade processual e é representada pelo administrador judicial. A massa da insolvência é representada pelo administrador.
A herança jacente ou vacante se faz representar pelo curador e o espólio pelo inventariante e pelo administrador provisório quando em atividade.
As pessoas jurídicas são representadas por quem os estatutos designarem ou por seus diretores.
Sociedades irregulares são as que, embora já organizadas por contrato ou estatuto, ainda não chegaram a se constituir legalmente por falta de registro próprio das sociedades civis ou de arquivamento na JuntaComercial das sociedades mercantis. Sociedades de fato são as que existem como o fato, sem nenhuma documentação informada apenas circunstancias exteriores que as revelam.
O artigo 12 só se refere à sociedade irregular e não às de fato, pois qualquer critério tomado pra a identificação da última é duvidoso e não revela, com segurança, a representação. Se assim se entender, a representação da sociedade irregular caberá a quem os documentos respectivos indicarem, ou aos membros que teriam, na sociedade constituída, função de diretores.
O condomínio é o que decorre de incorporações construções imobiliárias, com autonomia e independência das unidades. O síndico ou administrador o são das partes e interesses comuns e para isto têm representação, muito embora o condomínio, tendo capacidade processual, não tenha personalidade jurídica.
Anotações do caderno: 
Capacidade de fato por ele próprio, per si, para estar em juízo: pessoa física, maior de 18 anos, ou a pessoa jurídica, esta necessita de um representante.
Diferença entre representantes legais ou processuais- para as pessoas físicas jurídicas ou entes fictícios, são os representantes legais. A representação processual surge quando a pessoa não pode por si exercer seus direitos.
Distinção entre representação processual e substituição processual X legitimidade ativa extraordinária >> substituição processual age em nome próprio sobre direitos alheios, dão legitimidade a entes para que estes protejam esses direitos. A lei assim escreve que é necessário este dar legitimidade. Não representa ninguém, ele é o próprio autor, substituto. 
Sucessão processual que consiste no fato de alguém ocupar o lugar de outrem no polo processual, no caso das partes ou na representação.
Capacidade postulatória:
A capacidade postulatória, definida como a capacidade de postular em juízo, é importante para assegurar a tutela no âmbito do processo judiciário, por profissionais dotados de conhecimento técnico jurídico, de modo a proporcionar a tutela judicial efetiva.
Funções essenciais à Administração da justiça:
- Ministério Público: é o órgão do Poder Executivo que atua junto ao Poder Judiciário, com a autonomia e independência, nas causas em que se revelar qualquer interesse público, além de funções outras que, em diversos campos do direito, lhe são reservado.
Atuando no processo civil, o Ministério Público pode fazê-lo como parte e como fiscal da lei. Como parte, ele representa o próprio estado junto À jurisdição, como se verifica nos pedidos de nulidade de casamento, ou, então, atua, pedindo pela parte, como medida do artigo 68 do CPP. 
O ministério público pode exercer o direito de ação, conforme os exemplos citados, mas também, embora raramente, assume a posição de réu, tal como se dá nas ações rescisórias de sentença onde foi autor, como órgão autônomo e independente. 
Como fiscal da lei, o ministério público atua nas causas em que há interesse de incapazes, seja absoluta ou relativa. Tal atuação tem sentido protetivo dos interesses dos incapazes. 
A intervenção se dá também em todas as causas em que há interesse público, evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte. Não há interesse seguro para definição de interesse público, mesmo porque a própria aplicação do direito sempre revela tal interesse. Melhor orientação, nesse caso, será a focalização da causa de seus diversos ângulos e a verificação, nesse caso, será a focalização da causa de seus diversos ângulos e a verificação de que, além do interesse particular manifestado, outro se revela, afetando diretamente a comunidade social. 
Quando a lei considera obrigatória a intervenção do MP, deverá ele ser intimado, sob pena de nulidade do processo. A intervenção, porém, considera-se efetivada com sua informação. Caso não compareça, o ato se realiza normalmente.
O MP atua como fiscal da lei e como parte. Como fiscal da lei, a seu órgão aplicam-se todos os motivos de impedimentos e suspeição do juiz.
Anotações do caderno:
Previsto nos artigos 127 a 130 da Constituição Federal e artigos 81 a 85 do Código de Processo Civil.
Dispõe o artigo 127 da CF algumas atribuições para o MP. Não pertence a nenhum poder. Art. 129 da CF trata das funções do MP, interesses coletivos são de competência do MP.
Ação penal>> todo crime após a abertura do inquérito passa para o MP, se dá uma ação penal. 
Órgão acusatório num primeiro momento e órgão de justiça em segundo. Mesmo o MP pedindo absolvição, há o livre convencimento do juiz. O MP apela em favor do réu, defendendo o interesse social de justiça. Ou o MP apela contra o réu, defendendo o interesse social de segurança.
O MP também pode investigar, tal como o GAECO, GAEMA etc. Esta investigação subsidia a ação pena, não os mesmos promotores, mas outros. Pode se pautar na investigação da polícia ou o MP pode ele mesmo ir investigar.
Na esfera cível o MP atua em favor dos interesses públicos, difusos e coletivos. 
As prerrogativas são equivalente a de um juiz, concedidas pela CF, vocação ativa, são carreiras paralelas. 
- Advocacia: a parte deve ser representada no processo por pessoa legalmente habilitada a procurar em juízo (ius postulandi), que a parte se manifestará sua vontade e exercerá sua vontade e exercerá as atividades concernentes à formação e desenvolvimento da relação processual. 
A intervenção do advogado, como procurador ad judicia da parte, no direito brasileiro é regra obrigatória.
“Ius Postulandi” é o poder de tratar diretamente com o juiz, de expor-lhe diretamente são os advogados. Em juízo poderão atuar em todo e qualquer processo, desde que investidos dos poderes de procuradores ad judicia de qualquer das partes, praticando todos os atos que tocarem às mesmas em qualquer juízo ou instancia, exceto os que exijam poderes especiais. 
Titulares por excelência do direito de postular são os advogados. Em juízo poderão atuar em todo e qualquer processo, desde que investidos dos poderes de procurador ad judicia de qualquer das partes, praticando todos os atos que tocarem às mesmas, em qualquer juízo ou instancia, exceto que exijam poderes especiais.
A parte que atue em causa própria, não necessita de procuração, dispensável.
Outra possibilidade se aturar sem procuração são em casos de medidas urgentes, onde há a possibilidade de se perecer o direito. Contudo o advogado tem o prazo de juntá-la de 15 + 15 dias, se não cumprido este pressuposto considerar-se-á inexistentes os atos praticados, por falta de um pressuposto processual.
Procuração é assinada pela parte ou representante da parte, não precisa de reconhecimento de firma. Para os atos que envolvam dinheiro ou disposição de direitos materiais necessitam conter poderes específicos, expressos.
O artigo 39 do CPC impõe o dever aos advogados de informar o seu endereço para a intimação. A falta deste, causa nulidade do processo, o juiz mandará, antes de declarar nulidade, que se supra omissão no prazo de 48 horas.
O artigo 40 do CPC caracteriza os direitos dos advogados. Estes possuem o direito de examinar quaisquer processos, exceto os que correm em segredo de justiça. “o advogado tem o direito de examinar quaisquer autos de processo judicial. São ilegais as portarias judiciais que proíbem o advogado sem procuração de ter vista dos autos em cartório. Os autos que correm em segredo de justiça somente podem ser consultados pelas partes, por seus procuradores e pelo MP”.
Já para se retirar o processo é necessário ser advogado das partes e com despacho do juiz. Parar retirar temporariamente, somente por uma hora.
O processo civil, afora os casos de justiça gratuita, é pago.
Despesas processuais têm sentido mais amplo do que custas. As custas são remunerações previstas nos regimentos federais e estaduais, enquanto as despesas, além de abrange-las, envolvem também todas as outras exigidas pelo desenrolar do processo. 
Os depósitos deverão ser antecipados na medida de necessidade da prática do ato no curso do processo. A parte deve adiantar o pagamento das despesas a cada ato do processo.O nome destes atos é PREPARO (pagamento das custas processuais).
Para se propor a ação é necessário pagar a primeira custa judicial, denominada TAXA JUDICIAL, esta é calculada a partir do valor da causa, sendo de competência de cada tribunal atribuir uma porcentagem.
Honorários Advocatícios: 
Contratuais: são aqueles acordados entre o advogado e o cliente. Que se consubstanciam entre um acordo verbal ou um contrato escrito. Tem eficácia de título executivo extrajudicial, em caso de descumprimento cabe à ação de Execução baseada no contrato.
Sucumbenciais: são aqueles fixados pelo juiz na sentença, entre 10 a 20% sobre o valor da condenação.
“o vencido deverá pagar todas as custas e despesas do processo, incluídas aqui as que a parte vencedora antecipou, bem como os honorários dos advogados . os honorários fixados pelo juiz pertencem ao advogado”.
Gera título executivo gratuito judicial, quanto às partes as despesas, quanto ao advogado os honorários sucumbenciais. Em caso de descumprimento, basta pedir em requerimento junto ao próprio processo, após o transito em julgado, o cumprimento da sentença.
Litisconsórcio:
O litisconsórcio é pluralidade de partes. E, se as partes são o autor, que pede, e o réu, contra quem se pede, sempre haverá litisconsórcio, quando houver mais de um autor, ou mais de um réu. Litisconsórcio ativo, no primeiro caso; passivo, no segundo; misto, na hipótese de se formar litisconsórcio tanto em um polo quanto em outro da relação processual.
O processo, sob determinado ângulo, é a soma de atos que objetivam a composição do litigio, ou a efetiva realização do direito, ou o acautelamento de outro processo. De outro ângulo tem a natureza de relação jurídica, segundo a doutrina e nossa Lei.
No litisconsórcio, várias relações processuais são estabelecidas. Se existirem, por exemplo, dois réus e um autor, haverá necessariamente uma relação entre o autor e um réu, e outra relação entre o autor e outro réu.
O litisconsórcio pode ser facultativo, quando se forma por vontade das partes, e necessário, quando é de formação obrigatória, seja por determinação da lei, seja em razão da relação jurídica, deduzida no processo. Facultativo é o litisconsórcio cuja formação depende da vontade dos sujeitos, que podem promover a ação sozinhos ou em conjunto, a exemplo do que se dá com familiares de vítimas de um acidente aéreo. Tanto poderá cada um demandar sozinho contra a empresa, como se unirem para pleitear a indenização num só processo, em que o polo ativo estará formado por inúmeras pessoas (podendo, se excessivo, receber limitação).
Foi admitida a mesma intervenção, provocada pelo próprio juiz, com fundamento no principio da economia processual, na formação da coisa julgada com relação ao litisconsorte e no objetivo de se evitarem sentenças contraditórias. É chamada de intervenção iussu iudicis.
Os casos de litisconsortes facultativos estão taxativamente enumerados no artigo 46, não se admitindo hipóteses que não estejam ali consignadas.
Art. 46. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando:
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
II - os direitos ou as obrigações derivarem do mesmo fundamento de fato ou de direito;
III - entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de pedir;
IV - ocorrer afinidade de questões por um ponto comum de fato ou de direito.
Parágrafo único. O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa. O pedido de limitação interrompe o prazo para resposta, que recomeça da intimação da decisão.
O primeiro caso de litisconsórcio facultativo se verifica quando, sem obrigatoriedade na formação do litisconsórcio, ocorrer comunhão de direitos e obrigações relativamente à lide. Exemplo: é o caso do herdeiro que, com o espólio tem capacidade processual, mas entre ele e o herdeiro ocorre comunhão de interesses.
É possível a formação de litisconsórcio, quando os direitos e obrigações derivarem do mesmo fundamento de fato ou de direito. A causa de pedir, não se constitui apenas do fato, ou dos fatos, mas dos fundamentos de fato e de direito, o que toma nome de fato jurídico. O fundamento de direito é sempre a circunstância que, unida ao fato, provoca a consequência jurídica pleiteada. Exemplo: A contrata B para instalar um aparelho de som em seu estabelecimento. O trabalho deveria ficar concluído até determinado dia, quando, ali, se exibiria um conjunto musical. A não cumpre sua obrigação, não instalando a aparelhagem. O proprietário B pede indenização pelo não cumprimento do contrato e o conjunto musical pelos prejuízos causados pela não exibição. Mesmo fato, diversos fundamentos de direito.
A formação de litisconsórcio se pode dar também – e com muito mais razão- quando ocorrer conexão pelo objeto ou causa de pedir. O objeto, no caso, é sempre o mediato, o bem, o objeto de direito material, sobre o qual ela incidirá como ocorre, quando o credor aciona o devedor principal e o fiador, ou executa devedor e avalista. 
De identidade de causa de pedir cita-se o fato de várias pessoas beneficiadas pleitearem, cada qual, mas em conjunto, a quota respectiva que lhes cabe contrato de seguro, quando ocorre o fato jurídico que legitima as pretensões.
A causa de pedir, ou fato jurídico, é constituída pelo fato e fundamentos de direito do pedido. Se a causa de pedir é a mesma, pode-se formar o litisconsórcio por conexão. Se o fundamento de fato é o mesmo e diverso o fundamento de direito, ou vice-versa, pode-se formar o litisconsórcio, com fundamento no artigo 46, II. A possibilidade de litisconsórcio, porém, se estende à simples existência de um ponto comum de fato ou o fundamento de direito que formam a causa de pedir.
O litisconsórcio multitudinário é aquele com um número imenso de autores ou de réus. Melhor, às vezes, que o juiz determine o desmembramento dos processos e, quando for o caso, até com novas distribuições, para não causar excesso apenas em um juízo determinado.
O Litisconsórcio necessário é aquele que é de formação obrigatória. Dá-se por disposição de lei, ou pela natureza da relação jurídica, deduzida no processo.
Diz o artigo 47 do CPC que, se o litisconsórcio for necessário, a eficácia da sentença dependerá da citação de todos os litisconsortes no processo. Necessário e facultativo – entende-se por necessário aquele em que é exigida a presença de duas ou mais pessoas num dos polos do processo, seja em virtude da natureza da relação jurídica, seja por imposição da lei. Segundo Fredie Didier, "o litisconsórcio necessário está ligado mais diretamente à indispensabilidade da integração do polo passivo por todos os sujeitos (.). A necessariedade atua, por isso, na formação do litisconsórcio (.).” No litisconsórcio necessário, a prolação de uma decisão de mérito estará condicionada à presença de todos os sujeitos no polo da demanda.
Exemplos de Litisconsórcio necessário pela natureza da relação jurídica: ação pauliana, proposta por credor prejudicado contra os celebrantes do negócio celebrado em fraude contra credores (ação anulatória).
A lei o define como unitário, é aquele em que o juiz decide de forma igual para todos os litisconsortes. A lei impõe o litisconsórcio necessário. A doutrina reconhece que o necessário nem sempre é unitário, tal como a lei define. Unitário e simples – esta classificação é feita tendo em conta os efeitos da decisão em relação aos litisconsortes. Assim, ter-se-á litisconsórcio unitário quando o decisum (provimento jurisdicional) resolver de modo igual a situação dos litisconsortes ou, nas palavras de Didier, quando "o provimento jurisdicional tem que regular de modo uniforme a situação jurídica dos litisconsortes, não se admitindo, para eles, julgamentos diversos. O julgamento terá se de ser o mesmo para todos os litisconsortes”.
O litisconsórcio ainda pode ser: Inicial e ulterior – inicial é aquele que se dálogo no início do processo, isto é, contemporaneamente à formação da relação jurídica processual. Ex. : quando duas ou mais pessoas promovem a ação em face de somente uma (litisconsórcio ativo); quando somente uma promove a ação em desfavor de duas ou mais pessoas (litisconsórcio passivo); ou quando no mínimo duas demandam contra duas ou mais (litisconsórcio misto). Ulterior é o que surge logo após a formação do processo, como pode ocorrer pela sucessão processual, quando mais de um herdeiro se habilita, assumindo o lugar da parte falecida no processo.
Assistência:
No processo, quem não for parte é terceiro.
A coisa julgada opera inter partes e não beneficia nem prejudica terceiros (art. 472). Mas, se a sentença for favorável a uma das partes, pode acontecer que também outra possível lide se defina favoravelmente ao terceiro que dela seria sujeito. Demandado o afiançado, qualquer sentença condenatória que se venha proferir não vincula o fiador que, para ser condenado, deverá ser também demandado, em litisconsórcio ou separadamente.
Assistência simples
Em todos os casos, onde manifeste interesse jurídico, o terceiro poderá intervir adesivamente, assistindo a parte, cuja sentença favorável o beneficiará. É a assistência simples ou adesiva.
A origem da assistência é do período extra ordinem romano e tinha por objetivo permitir que o terceiro interviesse no processo, para combater a simulação e fraude, já que ele não se eximia da definitividade do julgamento. Agora, sua atuação é de auxilio à parte que assiste, exercendo os mesmos poderes e sujeitando-se aos mesmos ônus.
A posição do assistente simples não poderá ir além da simples ajuda da coadjuvação. Não pode ele contrariar a linha de defesa traçada pelo assistido. Esta contrariedade, porém, terá de ser por atos positivos. 
O assistente não fica inibido, porém, de alegar impedimento e suspeição do juiz, por fatos que lhe digam respeito. 
O assistente simples ingressa em processo e propugna em lide que não é sua. Não impede ele, por tais razões, que o assistido reconheça a procedência do pedido, desista da ação ou transija sobre os direitos controvertidos, cessando-se, em consequência, a assistência.
O assistente, antes, não poderia alegar prescrição, já que seria esta alegação privativa da parte. No entanto, como agora ela se decreta de oficio, em qualquer situação irrelevante será sua alegação ou não.
A presença do assistente não aumenta os poderes processuais do assistido. Assim, por exemplo, o numero de testemunhas do assistente e do assistido nunca deve passar de dez.
Se o assistido for REVEL, o assistido será considerado gestor de negócio. A figura da gestão se limita ao campo processual e, embora o assistente assuma posição que a doutrina chama de substituição processual, não evita as consequências das preclusões ocorridas no processo e tampouco sua presença tão- somente faz evitar os efeitos da revelia. Se o assistido não contestar no prazo, nem o assistente, os efeitos da revelia já ocorrem, muito embora venha o último a comparecer posteriormente. Com o mesmo tratamento, se os fatos não foram contestados expressamente. 
Assistência qualificada ou litisconsorcial.
 	Pode ocorrer que o terceiro, em tese, seja co–titular do direito disputado no processo, mas sem que sua presença se faça necessária, constitua-se ou não coisa julgada. A sentença influiu diretamente na relação jurídica entre o terceiro e a outra parte, exatamente pela co-titularidade daquele no direito discutido. Neste caso, a assistência é também permitida e, ao invés de ser simples, é qualificada, com poderes mais ampliados ao assistente.
	Acentua-se, porém, que, para a assistência qualificada, não basta simples influência do julgamento na relação jurídica entre o assistente e o adversário do assistido. A influência deve ser total, a ponto de se caracterizar apenas nos casos de co-titularidade do direito ou obrigação. 
O assistente qualificado não é parte, já que ele nada pede nem contra ele se pede nada. Não é ele litisconsorte, pois o litisconsorte também é autor ou réu. Mas ele se equipara a litisconsorte, no sentido de que, defendendo o que julga ser direito do assistido, tem plena liberdade de ação e atua nos limites da lide, como se fora parte litisconsorciada.
A posição do assistente litisconsorcial vai além da simples coadjuvação. Pode ele praticar qualquer ato processual, com ou sem oposição do assistido. Para ele não tem valor o reconhecimento do pedido, a desistência da ação ou a transição, feitos pelo assistido, podendo prosseguir no processo.
A restrição ao assistente litisconsorcial só poderá ocorrer quando ele se opuser ostensivamente aos interesses definidos pelo assistido, pois aí termina a razão da assistência. 
Caso muito comum de assistência qualificada é o do adquirente ou cessionário, ao assistir o alienante ou cedente, quando a parte contrária não consentiu na substituição do alienante ou cedente.
Anotações do caderno:
A distinção está na existência ou não da relação entre o assistente e o adversário do assistido. 
O litisconsorte é PARTE, já o assistente simples é TERCEIRO. Acabou disciplinado no capítulo de litisconsorte. A natureza do assistente é hibrida.
O assistente defende um direito próprio ou alheio? DEPENDE!!! Se for simples defende direito alheio, já o litisconsorte defende direito próprio, é parte!
Em qualquer momento, até mesmo depois da sentença, podendo até mesmo recorrer. Mas receberá o processo no estado em que se encontra, não podendo refazê-lo, os atos estão feito. 
Gestor de negócios: alguém que age em nome alheio, sobre direito alheio, se o assistido abandona, não comparece, o assistente pode assumir o seu lugar no processo, REFERE-SE SOMENTE A ASSISTENCIA SIMPLES.
Confissão, renúncia, desistência, transação, reconhecido do pedido do assistido. O assistente simples não pode fazer nada. Mas se for qualificada estes atos não o atingirão, não beneficiando, nem prejudicando, que continuará defendendo seu direito. O processo não se extingue. Estes atos não produzirão efeitos sobre o assistente litisconsorcial.
O assistente sofre os efeitos? Somente a qualificada, lembrando os efeitos erga omnes, pois este é PARTE. A assistência simples não sofrerá os efeitos, porém a lei lhe impõe uma restrição, por propor uma nova ação, podendo rediscutir a ação desde que se prove o “exceptio male gesti processus”, isto é, a má gestão do processo. Em razão do estágio de ingresso na causa, o assistido fez má gestão do processo, deixando de produzir provas que alterariam o resultado da sentença.
Nos juizados especiais cabe assistência? Cabe somente litisconsorcial, a simples não é cabível.
Na assistência qualificada, o assistente, se constar o assistido revel, defende um direito próprio, como consta no artigo 320, I. Não sendo gestor, e sim parte, cada um defende direito próprio.
Intervenção de terceiros:
- OPOSIÇÃO: É a ação promovida por terceiros que pretenda para si, no todo ou em parte, o direito ou a coisa sobre que controvertem autor e réu.
É uma ação, promovida dentro de outra ação. São necessários requisitos: condição da ação + requisitos das iniciais e os pressupostos processuais. Formalmente falando, é uma petição da ação, o juiz aprecia a petição.
O juiz em uma mesma sentença julgará as duas causas, ele julgará primeiro a oposição e se necessário, por fim, a ação. São duas relações: a primitiva (autor e réu) e segunda entre opostos(autor e réu) e opoente (terceiro).
A posição jurídica dos opostos, como consta no artigo 58 do CPC: “Se um dos opostos reconhecer a procedência do pedido, contra o outro prosseguirá o opoente”. Os réus serão considerados litisconsortes passivos e necessários, pois a LEI exige que eles sejam citados. Sem um dos opostos renunciar, não haverá consequência para o outro litisconsórcio.
A oposição dependerá do momento processual, artigos 59 e 60 do CPC. Será incidental, quando realizada antes da audiência, sendo juntada ao processo. E autônoma, quando realizada depois da audiência,não será anexada junto com os outros autos, gerará DUAS sentenças. Podendo suspender por 90 dias o primeiro para dar uma única sentença, evitando sentenças conflitantes.
- NOMEAÇÃO À AUTORIA: há determinadas pessoas que, embora estejam em relação física com a coisa, não são possuidoras, exatamente porque a detêm em nome de outro. É o caso do empregado que toma conta da casa e do motorista que dirige e cuida do veiculo alheio, sob ordem e dependência de proprietário ou possuidor. Em casos como tais, o detentor pode ser acionado, muito embora detenha a coisa em nome alheio. Simples detenção e não posse.
O detentor, demandado pela coisa, deverá nomear à autoria o proprietário ou o possuidor, isto é, aquele em nome de quem está detendo a coisa.
 A Nomeação só pode ser feita daquele com o qual O DETENTOR ESTÁ EM RELAÇÃO DE DEPENDENCIA DIREITA. Se o demandado é empregado do sublocatário, só poderá nomear à autoria o dito sublocatário e não o locatário.
A previsão legal da nomeação à autoria existe só com relação ao detentor. A palavra “autoria” não tem aqui o significado de quem pratica o ato, nem de parte autora, no sentido processual, mas sim de quem provém o fato que fez nascer o direito ou a responsabilidade.
A finalidade da nomeação à autoria é apenas de se fazer o acertamento ad causam passiva no processo. Não há sanção direta para a hipótese da não nomeação. Se o réu estiver em relação de dependência para com outra pessoa e for demandado, sem nomeá-la à autoria, nem por isso se tornará parte legitima e o autor poderá ser julgado carecedor de ação.
As sanções para a não nomeação à autoria são apenas indiretas e previstas em duas hipóteses: quando o réu deixa de nomear à autoria, e quando nomeia pessoa diversa daquela cujo nome detém a coisa demandada, artigo 69.
A responsabilidade do réu por perdas e danos, previstas no artigo 69, se apura em ação próprio. Qualquer lesado diretamente com a omissão poderá pleitear, com êxito, a indenização. O autor da ação, por exemplo, poderá cobrar do réu os prejuízos que lhe advieram com as despesas processuais, pagas em razão de sucumbência, e ainda as perdas e danos, ocasionados pela demora ou pelo não acertamento da legitimidade passiva ad causam no momento próprio.
O que devia ser nomeado e não o foi poderá também ter prejuízos, como na hipótese de perder a coisa momentaneamente. Prejuízos ainda poderá ter o que foi nomeado erradamente pelo denunciado.
A responsabilidade prevista no inciso I no artigo 69 é OBJETIVA. Basta que não se nomeie, quando se devia nomear, para que ela nasça. A do inciso II, porém pode ser elidida, conquanto prove o nomeante erro justificável. 
A nomeação à autoria é feita no prazo de contestação (artigo 64), mas se, o réu contestar, mesmo sem esgotar o numero de dias, fixado pelo prazo máximo, a nomeação não pode ser feita, em razão da preclusão operada.
Da mesma forma, vedado é ao réu nomear à autoria e contestar o mérito, pois, se assim o fizer, está aceitando sua própria legitimidade.
A nomeação manifestamente inepta pode ser indeferida, in limine, pelo juiz, já que a matéria, além de envolver questão de ordem pública, também tem seus pressupostos de admissibilidade.
O autor pode ACEITAR OU NÃO a nomeação, tendo amplo direito de recusa, já que o juiz não pode, sem sua vontade, alterar-lhe o pedido e tampouco mudar a pessoa contra quem é ele dirigido. 
A intimidação do autor, prevista no artigo 64, é feita através de seus advogados, caso a procuração seja em termos gerais para o foro. Se houver, no entanto, no instrumento de mandato, determinação de que a ação seja proposta contra o nomeante ou outra pessoa que não o nomeado, o autor deve ser ouvido pessoalmente, além da intimação de seu procurador.
A aceitação do autor pode ser expressa ou presumida. Expressa, quando há manifestação inequívoca nos autos de que ele aceitou a nomeação. Presumida, quando nada requereu no prazo que lhe competia manifestar. O prazo normal é de cinco dias, aplicável, no entanto, o artigo 191, se for o caso.
Ocorrendo a aceitação pelo autor, o nomeado é citado e, no prazo de defesa, pode também aceitar ou recusar a nomeação.
- DENUNCIAÇÃO DA LIDE: pode-se resumir em uma única palavra chave: SEGURADORA.
Uma das partes tem uma relação de seguro com terceiro, caso perca a demanda. Trata-se da espécie de intervenção de terceiro que uma das partes convoca ao processo aquele que é obrigado, por lei ou contrato a ressarci-lhe o prejuízo caso perca a ação, a demanda.
As razões são as mesmas que se justificam a intervenção de terceiros: economia processual, isto é, denunciada a lide, a parte vencida poderá reclamar o ressarcimento em relação a terceiro dentro do mesmo processo.
O seu cabimento se dá de acordo com o artigo 70 do CPC:
Art. 70. A denunciação da lide é obrigatória:
I - ao alienante, na ação em que terceiro reivindica a coisa, cujo domínio foi transferido à parte, a fim de que esta possa exercer o direito que da evicção Ihe resulta; >> evicção significa: é a perda da coisa, por força de decisão judicial, fundada em motivo jurídico anterior, que a confere a outrem seu verdadeiro dono, o reconhecimento em juízo da existência de ônus sobre a mesma coisa, não denunciada oportunamente no contrato.
II - ao proprietário ou ao possuidor indireto quando, por força de obrigação ou direito, em casos como o do usufrutuário, do credor pignoratício, do locatário, o réu, citado em nome próprio, exerça a posse direta da coisa demandada; >> exemplo: quando a citação cai sobre o locatário, se perder o imóvel, há o direito de ser ressarcido pelo dono. Ilegitimidade passiva.
III – àquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo do que perder a demanda. >> o terceiro é obrigado por LEI.
A denunciação da lide introduz uma relação de garantia no processo. O torna mais complexo tanto objetivamente, em relação a ação, e subjetivamente, em relação as partes.
A denunciação é obrigatória? É obrigatória por força do artigo 70, CPC, entretanto o STJ declarou que a denunciação não é obrigatória, para a preservação de garantias.
O momento processual se dá: pelo autor na petição, ou pelo réu no prazo da contestação.
A posição jurídica do denunciado é de litisconsorte “ suis generis”, não se trata propriamente de litisconsorte, pois não existe uma relação jurídica entre o denunciado e o denunciante.
Atividade do denunciado no processo: vem para assistir, ajudar na defesa do denunciante.
O denunciante não pode eximir da obrigação que lhe cabe. Se não se manifestar é REVEL.
Denunciação da lide pode ser sucessiva, como consta no artigo 73, CPC. Isto ocorre quando há mais de um antecessor.
Denunciação da lide “per saltum”: está expresso em lei (CC), toda seguradora tem contrato com outra seguradora. Expressa disposição da lei.
Distinção entre denunciação da lide e o chamamento ao processo: a denunciação cabe tanto ao autor como ao réu, não há relação jurídica entre o denunciado e o adversário do denunciante. Já o chamamento somente o réu pode chama-lo e há relação entre o chamado e o adversário.

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