Buscar

Direito Internacional Público

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Direito Internacional Público
Conceito: conjunto de normas jurídicas que regulam as relações mútuas entre os Estados e as demais pessoas internacionais.
Sujeito: toda entidade jurídica que goze de direitos e deveres internacionais e que possui capacidade de exercê-los.
Correntes: 
Clássica: sujeito do DIP são apenas os Estados
Individualista/ realista: apenas os indivíduos
Moderna: o estado, os indivíduos e as organizações internacionais 
O Estado (principal sujeito), definição: Um agrupamento humano estabelecido permanentemente num território determinado e sob um governo independente.
Elementos constitucionais do Estado:
População permanente composta de nacionais e não nacionais
Governo soberano e independente
Território determinado
Capacidade de se relacionar com os demais Estados
OBS: Alguns doutrinadores questionam a determinação de Território. Pois quase todos os países da América Latina foram reconhecidos internacionalmente, muito embora suas fronteiras na época ainda não eram definidas.
Desenvolvimento do DIP: 4 períodos
1º Período
- Grécia Antiga: DIP era denominado de “direito das gentes”, que eram eles: direito de arbitragem, direito de asilo político e direito de declarar guerra.
- Império Romano: enfraquece o DIP, acaba com as garantias do Direito. 
- Igreja: recupera com os princípios da igualdade e fraternidade; teve um papel importante na criação e desenvolvimento das instituições do DIP até o final da Idade Média.
2º Período (importante)
- descobrimento das Américas: Surgiu a necessidade de conciliar suas mutuas relações e seus direitos divergentes, nascendo, assim, o DIP como “ciência”.
- Hugo Grottius (considerado pai do Direito Internacional): através do seu livro Guerra e Paz, publicado em 1625, sistematiza o Direito Internacional como Ciência Jurídica. 
- guerra dos 30 anos
3º Período
- queda de Napoleão
- organização política da Europa: Congresso de Viena de 1815, principais ações: fim do tráfico de escravos; liberdade de navegação nos rios; formação da Stª Aliança (Prússia, Rússia e Áustria); emancipação das colônias de Portugal de Espanha.
4º Período
- maior crescimento do Direito Internacional
- diversas organizações internacionais 
- leis internacionais
1945 – criação da ONU.
1947 – Criação da CDI (Comissão de Direito Internacional)
1961 – Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas
1963 – Convenção de Viena sobre Relações Consulares
1969 – Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados
1985 – Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados entre Estados e organizações Internacionais ou entre Organizações Internacionais.
Período pós II Guerra: guerra fria – O DIP começa a se preocupar com os espaços aéreos e marinhos, firmando-se tratados sobre estes.
Em 1972 – A preocupação com o meio-ambiente entra em pauta, com a Confederação das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Desenvolvimento, em Estocolmo, seguida de vários tratados.
Em 1992 – Rio 92 – programa minucioso para melhorar o meio-ambiente. Influência dos blocos econômicos: União Européia, NAFTA, Mercosul e outros.
Fontes do DIP: 
Princípios gerais do Direito
Normas Internacionais
Jurisprudências da Corte Internacional de Justiça
Doutrina dos publicistas
Unidade II
Tipos de Estado
Estado simples: única unidade normativa e poder centralizado, ex: França.
Estado composto: várias unidades normativas, o poder central é dividido, ex: Brasil e EUA. Pode ter duas formas: coordenação e subordinação. 
Subordinação: podem ser 4 tipos.
Estado Vassalo: gozam de autonomia nos negócios internos, mas quanto aos negócios externos dependem de outro Estado. (2 casos: guerra ou o próprio Estado se entrega a outro por livre vontade), o Estado que exerce a vassalagem é denominado de susserano.
Estado Protetorado (essa subordinação se dá por uma lei internacional): por força de um Tratado Internacional de prazo indeterminado, o exercício da soberania externa sabe ao estado protetor.
Estado Cliente: confiam a outro Estado alguns de seus negócios ou interesses.
Estado Tutelado: determina região sem governo que é entregue a um Estado para ser organizado.
Nascimento do Estado:
Fusão: Alemanha com muro de Berlim
Separação
Ocupação: condição Res Nullius (terra de ninguém)
Emancipação: Brasil emancipou-se de Portugal
Norma Internacional: Vaticano (criado por lei)
Extinção do Estado
Total: quando perde todos os elementos: território, governo e população.
Parcial: quando perde parte do seu território.
Unidade III
Direitos e Deveres do Estado
Direitos Fundamentais:
Norma reguladora: Convenção de Montevidéu de 1933
Direito de existência: existir na comunidade internacional
Direito de liberdade: exercer sua soberania
Direito de defesa e conservação: se defender contra inimigos internos e externos
Direito de igualdade (há uma corrente minoritária que afirma que isso é uma utopia): todos os Estados têm os mesmos direitos perante a comunidade internacional
Limitação aos Direitos do Estado
Limitação à soberania interna: imunidade de jurisdição penal e civil
Limitação a propriedade de território: quando o governo pega um empréstimo com algum banco ou Estado estrangeiros, dão como garantia um pedaço de território, ou navios de bandeira do país. Ou no caso de servidão, que é quando o governo concede uma parte de seu território para ser utilizado por um determinado tempo, em troca da quitação de dividas.
Limitação do Direito de Defesa: o Estado pode ser atacado e não pode se defender se tiver feito uma declaração a ONU de que não vai entrar em guerra com ninguém, por nenhum motivo.
Deveres: 
Maior dever: não intervenção
Atos de intervenção: tentativa ou imposição a uma forma de governo, a um chefe de governo ou na celebração de tratados.
Exemplos de intervenção: entrar no espaço aéreo, marítimo ou terrestre sem permissão; ameaçar um estado a fazer uma lei; financiar uma guerra.
Intervenções aceitas pela DIP: intervenção diplomática que pode ser:
Quando um Estado estiver sofrendo uma intervenção, deve comunicar uma organização internacional, como a ONU.Verbal
Escrita
Por força (militar) 
Limitação ao dever de não Intervenção:
Por motivos de auto-defesa: se for atacado/invadido
Por motivos de guerra civil: outro Estado pode interferir para acabar com a guerra ou minimizar os efeitos.
Por questões humanitárias: por exemplo, em casos de terremotos e furacões, outro Estado por intervir para ajudar.
OBS: Essas limitações não são aceitas por uma corrente minoritária que sustenta que a organização internacional tem que resolver, e que dentro do Direito não há sustentabilidade para essas intervenções.
Unidade IV:
Tratados Internacionais
Conceito: é um ato jurídico por meio do qual se manifesta um acordo de vontade entre duas ou mais pessoas internacionais (estados e organizações) 
obs: indivíduos não podem fazer leis internacionais.
Norma reguladora: Convenção de Viena de 1969
Norma Complementar: Convenção de Viena de 1986
Terminologia dos Tratados:
Tratado: instrumento de veiculação de regras jurídicas
Convenção: matéria de maior relevância para a sociedade internacional
Pacto: restringe o objeto político do Tratado
Acordo: tratados de natureza econômica 
Carta: constitutivos de organizações internacionais
Protocolo: quando o objeto já faz parte de um tratado anterior
Declaração: utilizada para estabelecer regra e princípios jurídicos de interesse coletivo
Constituição: não mais utilizado
Partes que reformam o Tratado
Título: indica a matéria tratada 
Preâmbulo ou exórdio: as partes do Tratado
Considerandos: as intenções das partes em relação à celebração do acordo
Articulado ou dispositivos (parte principal): sequência de artigos numerados, onde se estabelecem todas as cláusulas de operabilidade do tratado.
Fecho: local, data, idioma e nº de exemplares.
Assinatura: do representante
Selo de lacre: compromisso das partes
Classificação dos Tratados
Quanto ao número das partes:
- Bilateral: 2 partes, geralmente são acordos
- Multilateral: maisde 2 partes
Quanto à natureza jurídica 
- tratados contratados ou executivos (acordos internacionais): menos complexos e de prazo determinado.
- tratados normativos: complexos e de prazo indeterminado; efeito suspensivo. 
Condição de validade dos Tratados
Capacidade das partes: capacidade/personalidade jurídica
Habilitação dos agentes: Os representantes das partes precisam ser habilitados, através da apresentação da “carta dos plenos poderes”. Obs: o Ministro das Relações Exteriores não precisa da carta.
Mutuo consentimento: todas as partes tem que concordar
Licitude do objeto: ex: não pode fazer uma lei que permite matar
Possibilidade jurídica: tem que ser possível sua aplicação
Ratificação do Tratado no Brasil
É enviado para o Congresso para a aprovação na integra ou com reservas, com a presença do Ministro das Relações Exteriores.
Após, é enviado para o Presidente da República para ser ratificado.
Depois de sua aprovação, é enviado para publicação no Diário Oficial da União.
E por fim, enviado para ser registrado na secretaria da ONU.
Obs: Reserva: se o Tratado permitir, pode ser feito reserva de uma obrigação, ou seja, ele não será obrigado a cumprir.
 Validade Internacional: somente após registro e publicação pela ONU. Cada Estado tem que mandar sua ratificação para a ONU.
 Congresso Nacional: não tem poder para recusar a Lei, somente o Presidente da República (isso é no ordenamento do Brasil).
 Emenda 45: quando a Lei é sobre Direitos Humanos tem que ser publicada como emenda, não como decreto.
Clausulas de Adesão
 Classificação:
Aberta: quando a lei não estabelece condição
Fechada: quando se estabelece uma condição obrigatória 
Mista: quando tem os dois tipos em uma clausula. 
 Nulidade do Tratado
Quando na sua conclusão conflita com uma norma da mesma matéria, cogente (é independente de ratificação) – em outras palavras: quando já existe uma Lei maior que já está em vigor e trata da mesma matéria. 
Por erro: não pode haver modificações.
Por corrupção entre as partes: ex: compra de assinaturas, ou mesmo em algo na elaboração da norma.
Por ameaça: um Estado ameaçar o outro a assinar em beneficio próprio.
Extinção do Tratado
Expiração do prazo do Tratado: validade
Acordo mutuo entre as partes: todas as partes renunciam
Renuncia unilateral por parte do Estado que é beneficiado: os Estados beneficiários renunciam a Lei
Unidade V
Agentes e Órgãos encarregados das Relações Internacionais pelos Estados
Hierarquia das Representações
Chefe de Estado: órgão máximo - está apto a representar seu Estado, fora dele; pode ser diferente de chefe de governo.
- Prerrogativas e imunidades: a prerrogativa da inviolabilidade, que cobre a pessoa do chefe de Estado, os seus documentos, os seus veículos, a casa da residência; a imunidade diplomática, que é a imunidade de jurisdição. Os usos e costumes internacionais estendem à família do Chefe de Estado as mesmas prerrogativas e imunidades.
Ministro das Relações Exteriores (chanceler)
- Função nacional: referendar (assinar) os atos ou decretos assinados pelo Presidente da República e comparecer ao Congresso Nacional, quando a matéria discutida for a aprovação de tratados e o orçamento do Ministro das Relações Exteriores.
- Função internacional: manter contato com os governos estrangeiros, negociação e assinatura de tratados internacionais. 
- Prerrogativas e imunidades: as mesmas do chefe de Estado, mas tem que estar em função de representação.
Missões Diplomáticas
Norma reguladora: Convenção de Viena de 1961
Funções das missões: proteger no Estado acreditado interesses do Estado acreditante; negociar com o governo do Estado acreditado; representar o Estado acreditante na sua totalidade no Estado acreditado; promover relações amistosas e desenvolver relações econômicas, culturais e cientificas. 
Prerrogativa: toda a missão diplomática é inviolável 
Agente diplomático: é todo funcionário de carreira diplomática 
Documento de identificação: “passaporte diplomático” 
Documento de habilitação da função diplomática: “credencial”
Prerrogativas (enquanto está no cargo): as mesmas do Ministro das Relações Exteriores, porém somente possui isenção de impostos (bens móveis duráveis e semi) diretos, ex: impostos de importação, ICM, IPI. 
Imunidade de jurisdição civil e penal: as mesmas do Ministro das R. Exteriores, porém tem exceções: 
Exceção da imunidade penal: renúncia do seu governo (o governo de seu Estado)
Exceções da imunidade civil (somente no exercício da sua função):
Na qualidade de autor da ação: pode utilizar a Justiça do país em que está em certos casos.
Quando renuncia sua imunidade: o próprio agente (renúncia exclusiva para o caso, não tem amplitude)
Nas ações (do agente) relativas à bens imóveis adquiridos no Estado acreditado (ex: comprou um AP e a construtora não entregou).
Repartições Consulares (quando não existir isso, as missões diplomáticas fazem os dois papéis)
Norma reguladora: Convenção de Viena de 1963
Prerrogativa: invioláveis 
Funções das Repartições consulares: (não representa o Estado na sua totalidade) são funções administrativas, tais como: visto de passaporte, emissão de certidões de casamento/nascimento, fiscalização de embarcações e aeronaves e atendimento as suas tripulações (ex: no caso de doenças). 
Cônsules quanto à espécie: cônsul, vice-cônsul e agentes consulares.
Tipos de cônsules: 
Missi: é de carreira diplomática e enviado pelo Estado acreditante.
Electi ou honorário: não necessita ser de carreira diplomática, basta ser descendente do Estado acreditante.
OBS: depende da parte e importância do consulado.
Prerrogativas e Imunidades do cônsul: somente em atos de oficio no consulado (exercício da sua função dentro do consulado).
Documento de identificação dos agentes consulares (cônsul e vice-cônsul): passaporte diplomático 
Documento que habilita a função consular: carta patente ou também denominado de carta de provisão. 
Ato pela qual o Estado declara aceita a Carta Patente: exequatur (Só existe na consular).

Outros materiais