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Oficina de Casamento Adão Carlos Nascimento

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ADÃ O CAR L O S NASC I M E N T O
N ão ex is te casamen t o t ão ru im que n ão possa ser conser tad o
N ão ex is te casamen t o t ão bom que n ão possa ser me l h o r a d o
APO I O PAS T O R A L
ED I T O R A
Copy r i g h t © 2001 by Adão Car l os Nasc i m e n t o
Pro j e t o Grá f i c o :
Sérgio Paulo da Silveira Nascimento
Capa:
Lucas Santos Heler
1 a Ed i ção:
A Conquista do Éden - Edi t o r a Cande ia -1994
2 â Ed i ção:
Oficina de Casamentos - mai o de 2001
Re im p r essões:
junh o de 2001, setemb r o de 2002
Ficha cata l o g r á f i c a:
Elizabete K. Karakida Figueiredo
B i b l i o t e cá r i a responsá ve l
CRB 1 152
Nasc i m e n t o, Adão Car l os
Of i c i n a de casamen t o s / Adão Car l os Fer re i r a do Nasc i m e n t o. — 2.ed. — 
Gove r na d o r Va la da res : Apo i o Pasto ra l , 2001.
128p.; 21cm.
T í t u l o da l.ed.: A conqu i s t a do Éden.
ISB N 85-88064-03-0
1. Casamen t o (Rel ig i ã o). 2. Or i en ta ção fam i l i a r (Rel ig i ã o). I. T í t u l o .
CD U 265.5
2002
Pub l i ca d o com auto r i za ção e com todos os di re i t os reser vad os à: Ed i t o r a Apo i o 
Pasto ra l
Cai xa Posta l 268
130 12- 970 - Camp i n as, SP
ww w .a m x . c o m . b r/apo i o p as t o r a l
SUMÁRIO
I NTRO D U Ç Ã O : O FIC I N A DE C AS A M E N T O S
1. O C OMPR O M I S S O
O Comp r o m i s s o Estabe lece A l v os a Serem A l c an çad os
O Comp r o m i s s o Produ z Segu rança
Comp r o m i s s o é Comp r o m i s s o
2. O A MOR
Ficar Ma i s Temp o Juntos
Rev i v e r e Prat i ca r Cor tes ias e Amab i l i d a d es
O Amo r Nasce, Cresce, Mo r r e e Ressusc i t a
3. A C OM U N I C A Ç Ã O DO A MO R
As Cin co L i n g ua ge ns do Am o r
Como Descob r i r a L i n g uagem de Amo r
4. O Sexo
A t o Sexua l Só no Casamen t o
O A to Sexua l Ent re Ma r i d o e Mu l h e r É Recomen da d o Por Deus 
O Ato Sexua l Ex i ge Respe i t o
5. A T RA N SP A R Ê N C I A
Am o r e Ace i t a çã o
A Comu n i c a çã o
O Respe i t o
6. C AR A C T E R Í S T I C A S E D EFE I T O S
Di f e re n ça Ent re Carac te r í s t i c as e De fe i t os
A Va l o r i z a çã o das Carac te r í s t i c as
A Cor re ção dos De fe i t o s
7. F EED B A C K NO C AS A M E N T O
As D i f i c u l d a d es de Dar Feedbac k
As D i f i c u l d a d es de Recebe r Feedbac k
Como Supera r as D i f i c u l d a d es de Dar e Recebe r Feedbac k
8. L UCR OS E P REJU Í Z O S DAS P EQU E N A S C OIS A S
Os Pequenos Er ros
Os Pequenos Abo r r e c i m e n t o s
As Pequenas Demo ns t r a ç ões de Amo r e Respe i t o
9. T EMP E R A M E N T O
Os Tip os de Tempe ra m e n t o
Compa t i b i l i d a d e dos Tempe ra me n t o s
Adap ta ção dos Tempe ra me n t o s
10. As F IN A N Ç A S
O Sign i f i c a d o dos Bens Ma te r i a i s
O Uso Cor re t o dos Bens
A l g u m as Recomen da ç ões Úte is
1 1. Os FI L H O S
O Luga r dos Fi l h os na Fam í l i a
O Deve r dos Pais Para Com os Fi l h os
Como Cu i da r dos Fi l h os Sem Sacr i f i c a r os Pais
12. O R EL A C I O N A M E N T O C OM OS F A M I L I A R E S
A Ap r o v a ç ão do Casamen t o
A Independên c i a do Casa l
Am o r , A tenção e Amab i l i d a d e no Tra t o
13. O E SPOSO NA C RISE DA M EI A -I DA D E
Conce i t u a ção e Causas da Cr ise da Me i a- Idade
Os Per i g os da Me i a- Idade
A j u d a Para En f ren t a r a Cr ise
14. A R EST A U R A Ç Ã O DO C AS A M E N T O
A Von t a de de Restau ra r o Casamen t o
A Con f i ssão e o Perdão
A Redescobe r t a das V i r t u d es
A Reconc i l i a ç ã o com Deus
15. A M AN U T E N Ç Ã O DO C AS A M E N T O
O M i t o do Casamen t o Per fe i t o
O Ma r k e t i n g no Casamen t o
A D isp os i çã o Para a Muda n ça
Deus, o Patron o do Casamen t o
O FIC I N A DE C AS A M E N T O S
Não ex is te casamen t o tão ru im que não possa ser conser tado. Não ex is te 
casamen t o tão bom que não possa ser mel h o r a d o .
O casamen t o nasceu no Éden. Deus o ins t i t u i u e celeb r o u a pr i me i r a cer i m o n i a. 
O noi v o, eufó r i c o e rad ian te, exc lam o u ; "Esta, af ina l, é osso dos meus ossos e carne da 
min ha carne" (Gênes is 2.23). A harmo n i a ent re o casal era comp l e t a: os do is eram uma 
só carne!
Mas o pecado ent rou na his tó r i a do casal. Os do is foram expu ls os do Éden. A 
harmo n i a acabou, a paz desapareceu, a fe l i c i d a de evapo r o u... As acusações mú tuas, os 
ressent i me n t o s e out ras formas de sof r i me n t o se insta la ram jun t o ao casal. E tão 
nefas tas co:npanh i as turva ram os hor i z o n t es de suas v idas. Cada manhã, em vez de 
trazer- lhes mav i o sa sin f o n i a de esperança, faz ia ressoar em seus corações o estrép i t o da 
insegu ra nça, do medo, do quase desespe ro. E entre nuvens carregadas de ameaças e 
breves apar i ç ões do sol da aleg r i a - cur tas e raras - os dois iam vi ven d o; v i ven d o não, 
vege tand o.
A his tó r i a de Adão e Eva tem mu i t a coisa em comum com vár i os casais de nossa 
época. Mu i t o s começam a vida con j u ga l no Éden, mas depo is tudo f ica pál i d o, ins í p i d o , 
sem sabor. Ou, o que é pio r, tur v o, ameaçado r. Mas não ex is te casamen t o tão ru im, que 
não possa ser conser tad o.
Oficina de Casamentos pretende mos t ra r que a fe l i c i d a de daque les pr ime i r o s 
dias, meses ou anos pode ser reconq u i s t ada. O sonho não acabou!
Este l i v r o é, também, uma obra de pesqu i sa. Aqu i estão ci tações de dezenas de 
l i v r os escr i t os por servos de Deus que pesqu isa ram, ref le t i r a m e ens ina ram casais a 
v i ve r me l h o r a vida con j u ga l . A obra ma is ci tada, porém, é Começar de Novo, l i v r o 
escr i t o pelo casal John e Bet t y Dresche r. Esta obra é va l i osa porque ref le te a expe r i ê n c i a 
de tr in ta anos de vida con j u ga l. Após três décadas de v ida em comum, o casal reso l v e u 
colo ca r no pape l o que far iam se fossem recomeça r o seu casamen t o. E da ref le x ã o deles 
ti ramos mu i t as l ições, que estão aqu i em Oficina de Casamentos.
An t es de trans f o r m a r- se em li v r o, este mate r i a l fo i testado em vár i os cursos para 
casais. Mu i t o s encon t ra r am o cam i n h o de vo l ta ao Éden através destas ref le x ões. Um 
casal, que antes se dec id i r a pelo di v ó r c i o , após fazer o curso reconqu i s t o u a harmo n i a, a 
paz e a fe l i c i d a de. Ou t r o casal, que v i v i a em harmo n i a mas quer ia aprende r mais para se 
aper fe i ç oa r, fez o curso. E, após conc l u í- lo, dec la r o u que nem na lua-de-mel sua v ida 
con j u ga l tinha sido tão harmó n i c a e fe l i z como estava sendo após fazer este curso.
Na I a edição, este li v r o recebeu o tí tu l o A Conquista do Éden. E centenas de 
casais foram abençoados com a sua lei t u ra. Nes ta 2 a edição ele vem amp l i a d o, com 
novos cap í t u l o s e com novo títu l o. Mas o obje t i v o é o mesmo: ajuda r os casais que 
enf ren tam di f i c u l d a de no casamen t o a encon t ra r o cam i n h o da fe l i c i da d e con j u ga l , po is 
não ex is te casamen t o tão ru im que não possa ser conser tad o; e mos t ra r aos casais fe l i z es 
que é poss í ve l ser mais fe l i z ainda, porque não ex is te casamen t o tão bom que não possa 
ser me l h o r a d o.
1
O C OMP R O M I S S O
O casamen t o fo i inst i t u í d o por Deus, na cr iação. "Cr i o u Deus, po is, o homem à 
sua imagem, à imagem de Deus o cr io u; homem e mu l he r os cr i o u. E Deus os abençoou, 
e lhes disse: Sede fecundos, mu l t i p l i c a i- vos, enche i a terra esuje i t a i- a" (Gênes is 
1.27,28). "Por issode i x a o homem pai e mãe, e se une à sua mu l he r, tornand o- se os dois 
uma só carne" (Gênes is 2.24).
O casamen t o fo i ins t i t u í d o por Deus para a fe l i c i d a de do ser human o. Por 
inte r mé d i o dele oco r re a "propagação da raça humana por uma sucessão leg í t i m a". 1 Mas 
o seu pr i n c i p a l ob je t i v o é o compan he i r i s m o ent re os côn j u ges. A proc r i a ção é uma 
bênção adic i o na l . A l i ás, isso deve f i ca r bem claro. N i c o l as Berd y ae v, em seu l i v r o The 
Destiny of Man (O Des t i n o do Homem), af i rma "que a un ião con j u ga l com o úni c o 
prop ós i t o de proc r i a ç ão deve ser cons i de rada imo ra l ". 2
O casamen t o é uma ins t i t u i ç ã o di v i n a, mas a forma como é fe i ta a esco l ha dos 
côn j u ges e a celeb ra ção da cer i m ó n i a nupc ia l não fo i determ i n a da na inst i t u i ç ã o. E, por 
isso, var ia de um povo para out r o, de uma época para out ra. O pr ime i r o processo de 
esco l ha de côn j u ge reg is t ra d o no An t i g o Testamen t o resu l t o u no casamen t o de Isaque e 
Rebeca. A hist ó r i a pode ser sin te t i z ada assim: Ab raão, já idoso, encar reg o u seu ma is 
ant i g o servo da esco lha de uma esposa para Isaque. "Tom o u o servo dez came l o s do seu 
senho r e, levando cons i g o de todos os bens dele, levan t o u- se e par t i u, rumo da 
Mesop o t â m i a, para a cidade de Nao r." (Gênes is 24.10). E fo i para r na casa de Betue l , 
onde expôs o mo t i v o da v iagem, e consegu i u atra i r Rebeca, com o consen t i m e n t o do pai 
e do irmão, para di r i g i r- se a Canaã e ser a esposa de Isaque. "Saí ra Isaque a med i t a r no 
campo, ao cai r da tarde; erguendo os olhos, viu, e eis que vinham came l os. Também 
Rebeca levan t o u os olhos e, vendo a Isaque, apeou do came l o, e pergun t o u ao servo: 
Quem é aque le homem que vem pelo campo ao nosso encon t r o? É o meu senho r, 
respondeu. Então tomou ela o véu e se cobr i u. O serv o con to u a Isaque todos as cousas 
que hav ia fe i t o. Isaque condu z i u- a até à tenda de Sara, mãe dele, e tomou a Rebeca, e 
esta lhe fo i por mu l he r." (Gênes is 24.63-67). Os dois nunca se tinham encon t r ad o antes; 
talvez Isaque nem soubesse da ex is tên c i a de Rebeca. Não fo i fe i ta nenhuma cer i m ó n i a 
nupc ia l . Simp l esme n t e foram vi ve r jun tos... Mas estavam casados, segundo os costumes 
da época.
Esse tipo de casamen t o tinha tudo para ser um grande fracasso... mas 
func i o na v a. E func i o n a v a bem porque era pro teg i d o por um comp r o m i s s o. O amor que 
un ia os côn j u ges era fru t o desse comp r o m i s s o.
O casamen t o de nossos dias é bem di fe ren te. Os pretenden t es têm amp las 
opo r t u n i d a d es de se conhece r antes da dec isão f ina l . Teo r i ca me n t e suas poss i b i l i d a d es 
de fazer um bom casamen t o, de estabe lece r uma união harmó n i c a e duradou ra são bem 
ma i o r es. Mas isso não tem acon tec i d o porque eles têm fe i t o deste sent i me n t o emoc i o n a l 
sub je t i v o, denom i n a d o amor, a base do seu casamen t o. E um sent i men t o , suje i t o a 
mu i t as v ic i ss i t u des , não pode garan t i r o êx i t o de uma inst i t u i ç ã o tão impo r t a n te.
Para trans f o r m a r o casamen t o que você tem no casamen t o que você quer, o 
pont o de par t i d a é a consc ien t i z a ção de que o verdade i r o fundame n t o do mat r i m ó n i o é o 
comp r o m i s s o. O amo r é impo r t a n te, mas até ele deve estar baseado no comp r o m i s s o. 
Pois, como disse Er i c h Fromm : "Ama r alguém não é apenas um sent i me n t o for te. É 
uma dec isão, um ju l game n t o, uma promessa". 3
Casamen t o que tem como base o amor não tem futu r o. Wa y l o n Wa r d escreveu: 
"Um dos fato res mais sign i f i c a t i v o s que afetam o casamen t o parece ser a ide ia de que o 
amor se torno u o fundamen t o sobre o qua l os casais tentam const r u i r em luga r do 
compromisso. A mai o r i a dos casais tem uma comp r eensão do amo r emoc i o n a l e 
super f i c i a l . Eles se apai x o nam, se casam, dei xam de amar e pedem di v ó r c i o ". 4
O Compromisso Estabelece Alvos a Serem Alcançados
John e Bet t y Dresche r rela tam o segu i n te: "No úl t i m o verão vis i tam os alguns 
amig os que estuda ram conosco nos tempos do sem iná r i o . D isc u t i m o s a di reção de 
nossas vidas desde aque les pr ime i r o s dias jun t os e fa lamos sobre os nossos casamen t o s 
e fam í l i a s. João e He lena nos con ta ram ter repet i d o seus vo tos con j u ga i s um ao out r o, 
pelo menos duas vezes por semana, desde que se casaram há tr i n t a anos". E conc l uem: 
"Ao ref le t i r m o s se*;re a ide ia de João e He lena e conve rsa r sobre ela, pensamos ter 
descobe r t o o segredo do seu sucesso no casamen t o e na v ida. É claro que ambos ti ve ram 
tempos di f í c e i s, como acon tece com todo casal, mas fo i esse tipo de comp r o m i s s o 
cons tan te que os ajudou a superá- los e torno u a cam i n h ada alegre e supo r tá v e l ". 5
Ao fazermos os vo tos con j u ga i s, assum i m o s o comp r o m i s s o de amar, hon ra r, 
cuida r e defende r o nosso côn j u ge e ser-lhe f ie l, na saúde e na doença, na prospe r i d a de e 
na adve rs i da de, na aleg r i a e na dor. Comp r o m e t e m o- nos também a vi ve r ao seu lado até 
que a mo r te nos separe. E estes comp r o m i s s os se tornam a nossa meta, o nosso alvo. 
"Mu i t as exper i ê n c i as já demons t ra r am que é mu i t o mais fác i l fazer uma coisa quando se 
tem um obje t i v o em vis ta. Quan t o ma is você se apro x i m a de uma meta, ma i o r é a fo rça 
que esta meta exerce sobre você". 6
Todo casamen t o está suje i t o a enf ren ta r prob le mas, lutas e di f i c u l d a d es. Mas 
quando o casal leva a sér io o comp r o m i s s o e o seu alvo é vi ve r jun t os até que a mor te os 
separe, torna- se mu i t o mais fác i l supera r as cr ises. A l g u ns miss i o ná r i o s amer i c an os que 
traba l ha v am no inte r i o r de nosso país usavam veí cu l o s equ ipa dos com uma pol i a e um 
longo cabo de aço. Quando encon t r a v am um ato le i r o na estrada, eles amar ra vam o cabo 
de aço no out ro lado do ato le i r o , l iga vam a po l ia e, à med i da que ela rodava, ia 
enro l an d o o cabo de aço. Ass i m, o carro ia sendo puxado até atravessar o ato le i r o . Isto 
i lus tra o pape l do compromisso no casamen t o. Todo casamen t o está suje i t o a cr ises. Às 
vezes deparamo- nos com "ato le i r os" que ameaçam a nossa "v iagem". Mas o nosso alvo 
é "vi ve r jun t os até que a mo r te nos separe". Temos de vence r as cr ises. Temos de 
transpo r os ato le i r os. E o compromisso func i o n a como o cabo de aço que nos leva para 
o out r o lado. Depo i s, tudo con t i n u a norma l m e n t e. E só nos lemb ram os das cr ises como 
águas que passaram.
O Compromisso Produz Segurança
O amo r é algo sub l i me, mas só o comp r o m i s s o prod uz segurança. Cre i o que 
todos os empresá r i os gosta r i am de ter emp regad os que amam o que fazem, que amam a 
empresa onde traba l ham. Con t u d o, é pro vá ve l que eles não que i ram ter como 
empre gado uma pessoa que cond i c i o n e o desempen h o de suas funções ao seu amor por 
aque le traba l h o. Pois tal pessoa não dar ia segurança à emp resa. O amor é um sent i me n t o 
emoc i o n a l sub je t i v o, que está suje i t o às nossas cond i ç ões f ís i cas, men ta i s e psíqu i c as. 
Ele poderá ser afetado por uma dor de cabeça, por uma discussão com alguém ou 
simp l esme n t e por uma inte rp r e ta ção inco r re t a de algum fato. O emp regad o que 
traba l hasse só por amo r pode r i a abandona r o traba l h o a qua l que r momen t o ou 
simp l esme n t e se negar a execu ta r alguma tare fa. Ele não dar ia segu rança ao 
empre gado r. O mesmo pode ser di to em relação ao casamen t o. 'Todos os que estão 
casados, pelo menos há alguns anos, sabem que nenhuma união sign i f i c a t i v a ou 
duradou ra pode ser cons t r u í d a sobre a f i l o so f i a : 'V i v e r em o s jun tos enquan t o o amor 
dura r '. Ao con t rá r i o , o casamen t o só irá dura r sob o comp r o m i s s o: 'Ama rem o s um ao 
out ro enquan t o v i ve r m o s '." 7
Prec isam os de segurança no casamen t o. E só o compromisso pode dar essa 
segu rança. Geo rge El i o t, num belo poema, fa la da beleza e da sub l i m i d a de da segu rança 
con j u ga l, com as segu i n tes pala v ras:
Que co isa mais sub l i me pode haver para duas almas humanas Do 
que sent i r que estão un idas para a vida inte i r a For ta l ecen d o uma à out ra em 
todas as di f i c u l d a des. Descansan d o uma na out ra em todos os sof r i m e n t o s, 
Un i n d o- se uma à out ra nas lemb ra n ças si lenc i osas, ind i z í v e i s No mome n t o 
do úl t i m o adeus.
Só o comp r o m i s s o é que pode dar esta segu rança. Depo i s de tr in ta anos de v ida 
con j u ga l, John e Bet t y Dresche r escreve ram: "Se est i véssemos, então, começand o nosso 
casamen t o de novo, ir íamos const r u i r sobre o comp r o m i s s o, um comp r o m i s s o mai o r do 
que qua lq ue r prob l ema a ser enf ren tad o". 8
Compromisso é Compromisso
Vamos vo l ta r à hist ó r i a do casamen t o de Isaque e Rebeca. Os anos se passaram. 
Nasce ram- lhes do is f i l h os: Esaú e Jacó. Isaque, velho e cego, chamou Esaú para lhe dar 
a bênção reservada ao pr i m o gé n i t o . "Disse- lhe o pai: Estou velho e não sei o dia da 
min ha mor te. Ago ra, po is, toma as tuas armas, a tua al ja va e o teu arco, sai ao campo, e 
apanha para mim alguma caça, e faze-me uma com i da saborosa, como eu aprec i o, e 
traze-ma para que eu coma, e te abençoe antes que eu mo r ra. Rebeca esteve escu tando 
enquan t o Isaque fa lava com Esaú, seu f i l h o. E fo i- se Esaú ao campo para apanha r a caça 
e trazê- la. Então disse Rebeca a Jacó, seu f i l h o : Ouv i teu pai fa la r com Esaú, teu irmão, 
assim: Traze caça, e faze-me uma com i d a saborosa, para que eu coma e te abençoe 
dian te do S ENH O R , antes que eu mo r ra. Ago r a, po is, meu fi l h o, atende às min has pala v ras 
com que te ordeno. Va i ao rebanho, e traze-me dois bons cabr i t os; deles fare i uma 
sabo rosa com i d a para teu pai, como ele aprec i a; levá- la-ás a teu pai, para que a coma, e 
te abençoe, antes que mo r ra." (Gênes is 27.2-10). Jacó segu i u as ins t ru ç ões da mãe, 
enganou o pai e recebeu a bênção. Quand o Esaú tomou conhec i m e n t o do que se hav ia 
passado, imp l o r o u ao pai: "Abenç oa- me também a mim, meu pai! Respon deu- lhe o pai: 
Ve i o teu irmão astuc i osamen t e, e tomo u a tua bênção" (Gênes is 27.34,35). Mesm o 
tendo sido enganado, Isaque entendeu que a sua pala v ra não pod ia vo l ta r atrás. Ass i m 
também é o nosso comp r o m i s s o con j u ga l : ele é mu i t o sér io e não deve ser revogad o, 
mesmo que o tenham os fe i t o sem toma r as dev i das precauç ões. Comp r o m i s s o é 
comp r o m i s s o!
Deus abom i n a a at i t u de daque les côn j u ges que renegam seus comp r o m i s s os. 
"A i n da faze is isto: cobr i s o altar do S EN H O R de lágr i m as, de cho ro e de gem i d os, de sor te 
que ele já não olha para a ofe r ta, nem a acei ta com prazer da vossa mão. E pergu n ta i s: 
Por quê? Porque o S EN H O R fo i testemu n ha da al iança ent re ti e a mu l he r da tua 
moc i da de, com a qua l tu fos te des lea l, sendo ela a tua compan he i r a e a mu l he r da tua 
al iança. Porque o S I .NHO R Deus de Israe l diz que ode ia o repúd i o ; e também aque le que 
cobre de v io l ê n c i a as suas vestes, diz o S ENH O R dos Exé r c i t o s; por tan t o cuida i de vós 
mesmos e não seja is in f i é i s." (Malaqu i as 2.13, 14 e 16).
N i n g uém tem o di re i t o de fug i r ao compromisso assum i d o no casamen t o. O 
argumen t o de que o amor mo r re u não jus t i f i c a a separação de um casal. D ie t r i c h 
Bonhoe f f e r , no sermão pregado no casamen t o de sua sobr i n ha, af i rm o u : "Ass im como é 
a posse da coroa, e não apenas a von tade de reina r, que faz um rei, da mesma forma, no 
casamen t o, não é somen te o seu amo r mú t u o que os une peran te Deus e os homens. 
Ass i m como Deus está acima do homem, assim também estão a sant i dade, os di re i t os e 
as promessas do casamen t o acima da sant i dade, dos di re i t os e das promessas do amo r. 
Não é o seu amor que suste rá o casamen t o, mas, dora van t e, é o casamen t o que susterá o 
seu amor." 9
Conclusão
A base sobre a qua l deve ser edi f i c a d o o mat r i m ó n i o é o compromisso. O amor é 
mu i t o impo r t a n t e, mas ele também só subs is t i r á se est i ve r edi f i c a d o sobre o 
comp r o m i s s o.
O comp r o m i s s o assum i d o dian te do altar deve ser levado até as úl t i mas 
consequênc i as. Pois com Deus não se br i n ca. É me l h o r não assum i r comp r o m i s s o, do 
que, assum i n d o- o, não o cump r i r . "Por tan t o, o que Deus ajun t o u não o separe o 
homem." (Mateus 19.6).
Para Refletir
"O cônjuge mais feliz não é aquele que se casou com a melhor
pessoa, mas aquele que consegue extrair o que há de melhor na
pessoa com quem se casou".1"
______________________________________________
1 Con f i ssão de Fé de Wes tm i n s t e r , cap í t u l o X X I X , parág ra f o I I
2 Ci tado por E. Cl i n t o n Gardne r , Fé Bíblica e ÉticaSocial, p. 263
3 Ci tado por Jonh & Bc t t y Dresche r, Começar de Novo, p. 8 
4 Ci tado por John & Bet t y Dresche r, op. cit., p. 9
5 John & Bet t y Dresche r, op. cit, p. 7
6 Joyce Bro t h c r c Edwa r d Eagan, Como Desenvolver a Memória, p. 1 13
7 John & Bet t y Dresche r, op. cit, p.9
8 John & Bet t y Dresche r, op. cit, p. 12
9 Ci tado por Lar r y Ch r i s tenso n, in A Família do Cristão, p. 28 
10 John & Bet t y Dresche r , op. cit, p. 17
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O A MO R
O fundame n t o do mat r i m o n i o é o comp r o m i s s o. Mas é o amo r que lhe dá 
aleg r i a, roman t i s m o, sabor. O comp r o m i s s o pode man te r uma un ião con j u ga l , levando- a 
a supera r todas as cr ises. Mas sem amor o casamen t o será fr i o, desin t e ressan te, 
monó t o n o . Por isso o casal deve cuida r do amo r, al imen t a r o amor, inves t i r no amo r.
O apósto l o Pau l o escreveu: "A i n d a que eu fa le as líng uas dos homens e dos 
anjos, se não ti ve r amo r, sere i como o bronze que soa, ou como o címba l o que ret i ne. 
A i n d a que eu tenha o dom de pro fe t i z a r e conheça todos os mis té r i os e toda a ciênc i a; 
ainda que eu tenha tamanha fé ao ponto de transpo r t a r mon tes, se não ti ve r amo r, nada 
sere i. E ainda que eu dist r i b ua todos os meus bens ent re os pob res, e ainda que ent regue 
o meu próp r i o corpo para ser que ima d o, se não ti ve r amor, nada disso me apro ve i t a r á" 
(1 Cor í n t i o s 13. 1- 3). Estas pala v ras do apósto l o foram di r i g i d as aos cren tes de Cor i n t o. 
Elas não são espec í f i c as para mar i d o e mu l he r. Mas são para eles também. Ap l i c a das 
aos côn j u ges, elas podem ser para f raseadas assim: "A i n da que eu fa le as palav r as mais 
belas e ma is agradáve i s de ouv i r , se não ti ve r amor pelo meu côn j u ge, sere i com um 
som harmo n i o s o que encan ta o ouv i d o, mas logo cessa. A i n d a que eu seja prat i can te da 
melh o r rel i g i ã o ; ainda que eu tenha grande conhec i m e n t o bíb l i c o e mu i t a fé, se não ti ve r 
amor pelo meu côn j u ge, nada sere i. A i n da que eu propo r c i o n e ao meu côn j u ge todo 
con f o r t o e comod i d a de, e ainda que a min ha v ida seja de cons tan tes sacr i f í c i o s pela 
m in ha fam í l i a , se não ti ve r amor pelo meu côn j u ge, nada disso me apro ve i t a r á".
Para trans f o r m a r o casamen t o que você tem no casamen t o que você quer, é 
necessár i o cul t i v a r o amo r.
Ficar Mais Tempo Juntos
Vamos lemb ra r a his tó r i a do casamen t o de Adão e Eva. Quando Deus cr io u a 
mu l he r e a ent rego u ao homem, celeb ran d o assim o pr i me i r o casamen t o, Adão disse: 
"Esta, af ina l , é osso dos meus ossos e carne da min ha carne; chama r- se-á varoa, 
porquan t o do varão fo i tomada" (Gênes is 2.23). Transbo r da v a de aleg r i a. Ma i s tarde, 
porém, quando fo i inte r r o ga d o por Deus sobre os mo t i v o s por que come ra do fru to 
pro i b i d o , ele se just i f i c o u assim: "A mu l he r que me deste por esposa, ela me deu da 
árvo re, e eu com i" (Gênes is 3.12). An t es Eva era "osso dos meus ossos e carne da 
min ha carne", mas agora era "a mu l he r que me deste por esposa". O que hav ia 
acon tec i d o? Os pr i me i r o s vers í c u l o s desse cap í t u l o três nos dão uma chave para 
comp reen de r o que acon tece ra. E não nos refe r i m o s à queda, mas à ausênc ia do esposo. 
Quand o a serpen te abord o u a mu l he r, ela estava só. E Adão, onde estava? Ta l v e z, se ele 
est i vesse ao lado da esposa, a hist ó r i a da human i d a de seria out ra.
"Um estudo fe i t o por um soc ió l o g o húnga r o, Ka ro l y Va rge, que inc l u i u 30.000 
pessoas em onze países, destaca que a estab i l i d a de do casamen t o e do lar j j j a pe n de do 
tempo gasto em conve rsa r. Quan t o mais tempo gastamos um coj T i o out ro, tanto mais 
desejam os a compan h i a rec í p r o ca." 1
No cap í t u l o anter i o r, obser vam os que o casamen t o de Isaque e Rebeca 
sobre v i v e u porque estava fundame n t a d o no comp r o m i s s o. Mas hav ia também amor 
ent re eles. E esse amo r era cul t i v a d o no dia-a-dia, mesmo em ci rc uns tânc i as adversas. 
Um exemp l o disso está reg is t rad o no cap í t u l o 26 de Gênes is. O casal estava em Gera r, 
ent re os f i l i s teus. Isaque hav ia di t o que Rebeca era sua irmã, por temer que os homens 
daque le luga r o matassem para toma r- lhe a esposa. O casal dev ia estar vi ven d o uma 
grande tensão, mas con t i n ua v a cul t i v a n d o o seu amor. Prova disso é que "Ab i m e l e q ue, 
rei dos f i l i s teus, olhand o da jane la, viu que Isaque acar i c i a v a a Rebeca" (Gênes is 26.8).
Ma r i d o e mu l he r prec isam fica r jun t os para cul t i v a r o amo r. "Ap ren dem o s a nos 
conhece r mu t uamen t e e a exper i m e n t a r um sent i men t o de união quando tomamos tempo 
para compa r t i l h a r da alma um do out r o, para ler a men te um do out ro e para gosta r da 
presença e daqu i l o que o out ro gosta." 2
Ficar ma is tempo jun t os é impo r t a n te para cul t i v a r o amor e, também, para 
reso l v e r no nascedou r o os prob le mas que possam surg i r ent re os côn j u ges. John e Bet t y 
Dresche r fa lam sobre isso con tan do a segu i n te expe r i ê n c i a: "Há vár ias semanas notamos 
que nosso carro não estava func i o na n d o bem. Por estarm os mu i t o ocupados, não o 
levam os ao mecân i c o. Fomos dei xan d o o barco cor re r. Cer ta manhã o carro não pegou. 
Fina l m e n t e, depo is de mu i t o tempo e esfo rç o, consegu i m o s levá- lo à of i c i n a e conser tá-
lo. O prob l ema no in í c i o era simp l es e poder i a ser fac i l m e n t e remed i a d o, se ti véssemos 
tomad o pro v i d ê n c i as imed i a tas. Por não ter sido atend i d o, ele causou out r os prob l emas 
mecân i c o s, além de ex ig i r ma is tempo e pro v o ca r ma is pre j u í z os. O casamen t o também 
é assim. Quando dei xam os passar as pequenas coisas por acharmos que não temos 
tempo para conve rsa r e reso l v e r a situação, elas se tornam sérias e afetam todo o nosso 
relac i o nam e n t o . Por não toma r m os o tempo in ic i a l necessár i o, reparos grandes são, 
algumas vezes, imp resc i n d í v e i s". 3
Mar i d o e esposa prec isam passar mais tempo jun tos para cul t i v a r o amo r.
Reviver e Praticar Cortesias e Amabilidades
As cor tes ias, as amab i l i d a des, o roman t i s m o e o car i n h o do per í o d o de namo r o 
não podem cessar após o casamen t o. John e Bet t y Dresche r af i rma m : "O amo r que dura 
não é o que nos levou ao alta r, mas aque le man i f es tad o e exper i m e n t a d o todos os dias. 
Se a bondade, a cor tes ia, a cons i de raçã o e as pala v ras e os atos amor osos fo ram 
necessár i os para a manu te nçã o do amor no namo r o , esses mesmos elemen t o s de afeto 
são igua l m e n t e ex ig i d o s para a manu te nçã o e preser vaçã o do amo r no casamen t o. A l ém 
disso, sabemos ho je que, quando pomos em práti ca até mesmo algumas das pequenas 
cor tes ias e bondades que prat i cam os antes do casamen t o, este avança glo r i osame n t e. Se 
os pequenos presen tes esco l h i d o s com cuidado, os bei j os ao se encon t ra r em e se 
desped i r em, e as palav r as 'amo você' e 'gos to de você' passarem do namo r o para o 
casamen t o, este não f i ca rá monó t o n o ".' 1
O apósto l o Pau l o af i rma que o amor é o dom supremo. E o descre ve assim: "O 
amor é pac ien te, é ben i g n o, o amo r não arde em ciúmes, não se ufana, não se 
ensobe rbece, não se conduz incon v e n i e n t e m e n t e, não procu r a os seus inte resses, não se 
exaspe ra, não se ressen te do ma l; não se alegra com a in j us t i ç a, mas regoz i j a- se com a 
verdade; tudo sof re, tudo crê, tudo espera, tudo supo r t a." (1 Cor í n t i o s 13.4-7). Estas 
pala v ras mos t ram que o amor se man i f es ta em atos conc re t os. Ma r i d o e esposa cul t i v a m 
o amor quando se empenham na busca do bem- estar um do out ro.
Mas o amo r deve man i f es ta r- se também em palav r as. O psicó l o g o Cl y de M. 
Nar ram o r e af i rma que "amar sem reaf i r m á- lo em palav r as não basta". E acrescen ta: 
"Prec isam os de que os out r os dec la rem que nos amam. Tan t o as cr ian ças como os 
adu l t os querem ser amados. A esposa bem pode pergu n t a r ao mar i d o : 'Quer i d o, você 
gosta de mim?'. Pode ela estar mais do que certa de que ele a ama; porém, é grato ouv i-
lo dize r isso de novo - uma e mu i t as vezes. É fa l ta de cons i de ra ção, e crue l dade até, 
dei xa rm o s nossos entes quer i d os em dúv i da quan t o ao afeto que lhes temos". 5
Em Prové r b i o s 5.18 está escr i t o : "Seja bend i t o o teu mananc i a l , e aleg ra- te com 
a mu l he r da tua moc i da de". Ma r i d o e esposa devem fazer do seu casamen t o uma un ião 
harmó n i c a, agradáve l e fe l i z . O amor que sentem um pelo out r o deve ser uma fon te de 
aleg r i a e praze r.
O Amor Nasce, Cresce, Morre e Ressuscita
O amor nasce... cresce... pode mo r re r... mas também pode ressusc i ta r.
Geo rge E. Sweaze y escre veu o segu i n te: "O casamen t o não é o resu l tad o do 
amor, é a opo r t u n i d a d e de amar. As pessoas se casam para descob r i r o que é o amo r. 
Não é o dest i n o que torna a pessoa o nosso amor verdade i r o e úni c o, mas a vida. São as 
di f i c u l d a des enf r entadas jun tos, o inc l i n a r- se dian te de uma cama de doen te e luta r para 
chega r ao f im do mês dent r o do orçamen t o ; é um mi l hã o de bei j os de boa-noi te e 
sorr i sos de bom- dia; são os dias de fér ias na pra ia e as conve rsas no escuro; é o respe i t o 
crescen te e mú tu o que nasce da afe ição e do amor." 6
O amo r pode ser compa ra d o a uma árvo re. No pr i n c í p i o é apenas uma semen te. 
Depo i s germ i n a, nasce, cresce, f lo resce, fru t i f i c a. Mas em todas essas fases a plan ta 
necess i ta de cuidados espec ia i s. Se não recebe r os cuidados necessár i os, o seu 
desenv o l v i m e n t o f i ca pre j ud i c a d o. Pois assim também é o amor. Do pr i me i r o encon t r o 
ao últ i m o adeus, ele necess i ta de cuidados espec ia is. Se não recebe r o cuidado 
necessár i o, pode até mor r e r.
Os côn j u ges devem cu l t i v a r o amor porque um casamen t o sem amor é como 
uma noi te sem luar. Fal ta- lhe roman t i s m o, luz e br i l h o. E o pio r é que as trevas da fa l ta 
de amor podem leva r os côn j u ges a cam i n h o s que eles jama is devem tr i l ha r. O ser 
humano sente uma inata necess i dade de amar. E quando não encon t ra o amor dent r o de 
casa, costuma buscá- lo lá fo ra. E lá fora não ex is te amor, ex is te pai xão - que atra i, 
seduz, i lu de e, por f im, machu ca. O amor só pode vi ve r à somb ra da comun hã o. E fora 
do casamen t o não há comun hã o - há comp r o m e t i m e n t o .
"E quando não ex is te mais amo r?", pergu n t am algumas pessoas.
John e Bet t y Dresche r respondem:
Ao aconselhar casais, encontramos alguns que nos 
dizem que nada restou de sua união. Eíes não têm mais 
qualquer sentimento de amor um pelo outro - cada gota de 
amor esgotou-se, dizem. A única alternativa que lhes sobra é o 
divórcio. E querem nossa aprovação para separar-se. Dizemos 
simplesmente a esses casais:
"Vocês se amaram um ciia, não é?"
"Sim!", respondem. "Mas tudo acabou. Nosso amor está 
morto".
"Só há então uma coisa a fazer", replicamos. (O casal 
espera aqui uma confirmação de que o casamento acabou e a 
única resposta é o divórcio.) Imagine a surpresa deles quando 
dizemos: "A única coisa que podem fazer é aprender a amar de 
novo".7
Eles af i r mam que "o amo r não é como uma vac i na que garan te a fe l i c i d a de para 
semp re, depo i s de receb i da. Não é um raio caído do céu que nos atinge e f i ca conosco 
para semp re. Não é uma flecha at i rada por Cup i d o , e de repen te f i cam os che ios dele. O 
amor é uma respos ta aprend i d a". 8
Cu l t i v a r o amo r faz com que ele cresça e amadu re ça. E ressusc i t e, caso tenha 
mor r i d o . Casa is que dei xa ram de se amar não prec isam de di v ó r c i o - prec isam 
ressusc i ta r o amo r, prec isam amar de novo. Uma senho ra que v i veu esta expe r i ê n c i a deu 
o segu i n te testemu n h o : "Eu não amava ma is Robe r t o. Então comece i a pergu n t a r : Como 
eu agi r i a se amasse meu mar i d o? Comece i a aprende r consc i en teme n t e aqu i l o de que ele 
gostava ou não gosta va. Prepare i os seus pratos favo r i t os. Part i c i p e i de seus 
passatemp o s. Comp r e i surp resas para coloca r em sua lanche i r a. Demo ns t r e i a ele o meu 
amor em todas as ocas iões poss í ve i s. Eu, agora, o amo de todo o coração". 9 Ta l v e z você 
diga que isso é hipoc r i s i a. Mas o Dr. Gar y Chapma n, conse l he i r o mat r i m o n i a l de 
renome inte rnac i o n a l , esc la rece: "Se você af i rma r ter sent i men t o s que não nut re, isso é 
hipoc r i s i a. Porém, exp ressar um ato de amor em bene f í c i o , ou para o praze r de out ra 
pessoa, é um ato de esco l ha". 10
Conclusão
O comp r o m i s s o susten ta a durab i l i d a d e do casamen t o. Mu i t o s casais perde ram 
por comp l e t o o amo r que ex is t ia ent re eles. E con t i n uam jun t os. E, por causa do 
comp r o m i s s o, f i ca rão casados até que a mor te os separe. Mas esse tipo de casamen t o 
está mu i t o distan te do sent i d o do mat r i m ó n i o inst i t u í d o por Deus. Casamen t o sem amo r 
é como carne sem tempe r o: nut re mas não tem sabor. O conv í v i o con j u ga l sem amo r é 
fr i o, monó t o n o , desin t e ressan te... e per i g oso. Por isso o casal prec isa lu ta r para man te r 
acesa a chama do amor. E se esta vie r a se apagar, deve luta r para reacendê- la.
O idea l do casamen t o é que mar i d o e esposa v i vam jun t os, com mu i t o amor, 
fe l i z es, até que a mo r te os separe.
Para Refletir
"Ass i m como um diaman te não passa de pedaços de carvão negro
soldados no mesmo pont o sob uma pressão tremen da, o amo r
con j u ga]pro f u n d o é aque la possessão prec i osa, que aumen ta de
va lo r a cada dia e ano, de luta r e permanece r jun tos". 1 1
1 John & Bc t t y Dresch c r , Começar de Novo, p. 31
2 John & Bet t y Dreshe r, op. cit., p. 21
3 John & Bet t y Dresche r, op. cit., p. 23
4 John & Bet t y Dresche r, op. cit, p. 13
5Cl y d c M. Nar ram o r e, Como Ser Feliz, p. 20 c 21
6 George E. Sweaze y, ci tado por John & Bet t y Dresche r, in op. cit, p. 15
7 John & Bet t y Dresche r, op. cit, p. 15
8 John & Bet t y Dresche r, op. cit., p. 14
9 John & Bet t y Dresche r, op. cit., p. 15
10 Gar y Chapma n, As Cinco Linguagens do Amor, p. 158
1 1 John & Bet t y Dresche r, op. cit, p. 10
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A C OM U N I C A Ç Ã O DO A MO R
Sent i r- se amado é uma das necess i dades bás icas do ser humano. Por isso, o amor 
tem grande impo r t â n c i a no casamen t o. Um casamento sem amo r é como uma noi te sem 
luar. Fal ta- lhe roman t i s m o , luz e br i l h o. No Cântico dos Cânticos, a esposa dec la ra ao 
esposo: "Me l h o r é o teu amo r do que o vinh o" (Cânt i c o 1.2). E o esposo faz este apelo à 
esposa: "Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o 
amor é for te como a mo r te" (Cânt i c o 8.6).
Mas, amar não é fác i l . D i f í c i l também é saber a fo rma cor re ta de comun i c a r ao 
nosso côn j u ge o nosso amo r. A di f i c u l d a de se torna ainda ma i o r por que as pessoas têm 
ins t rume n t o s di fe ren tes para capta r o amo r de seu côn j u ge. O Dr. Gar y Chapman, 
conse l he i r o mat r i m o n i a l , depo i s de estudos e pesqu isas, reun i u em cinco grup os as 
formas como as pessoas exp ressam e recebem man i f es taç ões de amor. Ele class i f i c o u 
esses grup os e deu-lhes a denom i n a çã o de As Cinco Linguagens do Amor}. São cias: (1) 
pala v ras de af i rma ção, (2) qua l i da de de tempo, (3) recebe r presen tes, (4) fo rmas de 
serv i r e (5) toque f ís i c o.
As Cinco Linguagens do Amor
Mu i t o s mar i d o s dizem: "Faço tudo por min ha esposa, e ela con t i n ua 
insat i s f e i t a". Gera l m e n t e tais mar i d o s fazem "tudo j, menos o "essenc ia l". Suponham o s 
que a esposa este ja com sede, e o mar i d o lhe ofe reça um copo do mel h o r v inh o 
impo r t a d o, ela se sent i rá sac iada? E se ele ofe rece r- lhe uma taça da_ jne l h o r champan he 
do mund o, isso pode rá mata r- lhe a sede? Clar o que não. 0 vinh o e a champa n he podem 
ser o me l h o r que o mar i d o quer ofe rece r- lhe, mas o "essenc ia l " para ela é água. Mu i t o s 
mar i d o s prop o r c i o n a m à esposa o que ex is te de me l h o r , mas não lhe dão o que ela 
rea lmen t e quer recebe r. Dessa forma exp ressam seu amor, mas numa l in guagem que ela 
não entende. O mesmo pode ser di t o também sobre as esposas. Todas as pessoas têm 
necess i dades e expec ta t i v as que devem ser supr i das no casamen t o. Essas necess i dades e 
expec ta t i v as var iam de uma pessoa para out ra. Por isso, prec isam os descob r i r e 
sat is faze r as necess i dades e as expec ta t i v as de nosso côn j u ge. Só assim 1 comun i c a r-
lhe-emos cor re tame n t e o nosso amo r.
1. Palavras de Afirmação
A l g u m as pessoas só se sentem amadas quando são alvo de pala v ras de 
af i rma ção. A mais pro f u n da necess i dade dessas pessoas é ser aprec i adas. Por isso, elas 
prec isam de elog i os, de pala v ras de aprec i ação ou de palav r as de enco ra j ame n t o para 
eleva r a sua áuto-est ima e se sent i r amadas e fe l i z es. Isso sign i f i c a que elog i os, pala v ras 
de aprec ia ção e palav r as de enco ra j ame n t o são os me i os pelos qua is elas captam a 
dec la ração e a af i rma ção de amor de seu côn j u ge. Esses inst r ume n t o s cr iam int i m i d a de, 
curam fer i das e perm i t e m a li v re expansão do potenc i a l dessas pessoas.
2. Qualidade de Tempo
Os elog i os, as palav r as de aprec ia ção e as pala v ras de enco ra j ame n t o não 
sat is fazem as necess i dades emoc i o n a i s de todas as esposas, nem de todos os mar i d o s. 
A l g u m as pessoas só captam a dec la ração e a af i r ma ção de amo r de seu côn j u ge por 
me i o da atenção ded i cada a elas. Elas só se sentem amadas, acei tas e quer i das quando 
seu côn j u ge ded i ca- lhe tempo, compa r t i l h a n d o, ouv i n d o e par t i c i p a n d o de suas 
at i v i d a des. Essas pessoas necess i tam da companhia atenciosa de seu côn j u ge. 
Destacamos a expressão companhia atenciosa porque, para elas, o impo r t a n t e é a 
atenção do côn j u ge. Elas têm necess i dade emoc i o na l e psico l ó g i c a de ser "cur t i das" 
pelo côn j u ge. Para elas, apro ve i t a r a v ida e o casamen t o sign i f i c a estar ao lado do 
côn j u ge e ter o côn j u ge ao seu lado.
3. Receber Presentes
Ex is tem, também, pessoas que só captam a dec la ração e a af i rma ç ão de amor de 
seu côn j u ge através dos presen tes que ele lhe dá. Para essas pessoas, os presen tes - 
sejam eles comp r a d os ou fe i t os pelo côn j u ge, simp l es ou luxu osos - são símbo l o s 
v isua is do amo r. Por isso, elas têm necess i dade emoc i o na l de recebe r presen te. Mas, 
para elas, o valo r mone tá r i o do presen te é secundá r i o . Tan t o faz um presen te caro, 
quan t o um presen te barato. A não ser "que haja uma enorme disc repânc i a ent re o que se 
deu e o que se pode r i a ofe rece r"^. Porque, para elas o impo r t a n t e é o presen te e não o 
valo r mone tá r i o do presen te. Ao recebe r o presen te, elas dizem para si mesmas: "Ele(a) 
se preocupa com i g o ; ele (a) me valo r i z a; ele (a) me ama!". Por tan t o, os elog i os, as 
pala v ras de aprec i ação, as pala v ras de enco ra j ame n t o ou a compan h i a atenc i osa do 
côn j u ge não são suf i c i e n tes para levar essas pessoas a se sent i r amadas. Po is a ma i o r 
necess i dade emoc i o n a l delas é recebe r presen te.
4. Formas de Servir
Out ras pessoas só se sentem amadas quando seu côn j u ge faz coisas que elas 
aprec i am. Essas pessoas captam a dec la ração e a af i rma ção de amor de seu côn j u ge por 
me i o dos serv i ç o s que o côn j u ge lhe presta, fazendo para elas aqu i l o que elas 
cons i de ram impo r t a n t e. Para algumas jesp osas que têm essa linguagem de amor, o 
impo r t a n te é o mar i d o ajudá- las a cuida r dos f i l h os; para out ras, é ajudá- las nas tare fas 
domés t i cas. Para alguns mar i d o s que têm essa l in guagem de amor, o impo r t a n t e é a 
esposa prepa ra r os pratos que eles aprec iam; para out ros, é dar- lhe tudo nas mãos. Para 
essas pessoas, os elog i os, as pala v ras de aprec i ação, as pala v ras de enco ra j ame n t o , a 
compan h i a atenc i osa do côn j u ge ou os presen tes não são pro vas de amo r. Elas só 
sentem- se amadas quando são serv i d as.
5. Toque Físico
Ex is tem também pessoas que só captam a dec la ração e a af i rma ç ão de amor de 
seu côn j u ge por me i o de toque f ís i c o. O toque f ís i c o pode ser afago, abraço, bei j o ou 
out ras fo rmas de toques amor os os.O tipo de toque var ia de uma pessoa para out ra. Mas 
todas têm isto em comum : emoc i o n a l m e n t e anseiam pelo toque f ís i c o de seu côn j u ge. 
No Cântico dos Cânticos, a esposa diz ao esposo: "Be i j a-me com os bei j os de tua boca; 
porque mel h o r é o teu amor do que o vinh o" (Cânt i c o 1.2). Ela não diz "me lh o r é o teu 
beijo do que o vinh o", mas. "me lh o r é o teu amor...", po is, para ela o bei j o era o me i o 
pelo qua l o esposo transm i t i a- lhe o seu amo r. D i v a gan d o sobre seus anseios, diz a 
esposa: "Toma r a fosses como meu irmão, que mamo u os seios de min ha mãe! Quand o 
te encon t r asse na rua, bei ja r- te-ia, e não me despreza r i a m! Leva r- te-ia e te int ro d u z i r i a 
na casa de min ha mãe, ... A sua mão esquerda estar ia deba i x o da min ha cabeça, e a sua 
di re i t a me abraçar i a" (Cânt i co 8.1-3). E também con f i d e n c i a: "O meu amado meteu a 
mão por uma fresta, e o meu coração se como v e u por amor dele" (Cânt i c o 5.4). Essa 
esposa, à seme l ha n ça de mu i t os mar i d o s e mu i t as esposas, tinha necess i dade emoc i o n a l 
e psico l ó g i c a de toque f ís i c o. Os elog i os, as pala v ras de aprec i ação, as palav r as de 
enco ra j ame n t o , a compan h i a atenc i osa do côn j u ge, os presen tes ou as coisas que seu 
côn j u ge faz para elas não sat is fazem as necess i dades emoc i o n a i s e psico l ó g i c as dessas 
pessoas. A i n da que isso seja impo r t a n te para elas, não será o suf i c i e n t e para que se 
sin tam realmen t e amadas.
Como Descobrir a Linguagem de Amor
O segredo para leva r seu côn j u ge a sent i r- se amado ,9} e fe l i z é expressar- lhe 
seu amo r por me i o da l in guagem <t que ele entende, ou seja, da fo rma como ele quer 
ser "amado". Isso é o que o Dr. Gar y Chapma n chama de pr i me i r a l ing uagem de amo r.
Mas, como descob r i r a l ing uagem de amor de seu côn j u ge?
1. Preste atenção nas reclamações de seu cônjuge
"Seja pron t o para ouv i r” (Tiago 1.19) é o conse l h o insp i rad o de Tiago. Ele se 
apl i ca a todas as áreas de nossa v ida, mas tem um luga r espec ia l no casamen t o. Ouv i r 
com atenção e respe i t o as rec lamaç ões do côn j u ge é a me l h o r fo rma para descob r i r a 
pr i me i r a linguagem de amo r dele. Se alguém rec lama de algo que gosta r i a de recebe r e 
não está recebend o, cer tamen t e é porque aqu i l o é impo r t a n t e para a pessoa. As emp resas 
mode r nas gastam mu i t o dinhe i r o para ouv i r as rec lamaç ões de seus cl ien tes. Elas usam 
as rec lamaç ões para apr i m o r a r seus prod u t os e seus serv i ç os. Ass i m também mar i d o e 
mu l he r devem ouv i r as rec lamaç ões do côn j u ge e usar as in fo r m a ç ões obt i da através 
dessas rec lamaç ões para me l h o r a r a qua l i d a de casamen t o.
2. Estimule seu cônjuge a revelar-lhe suas necessidades
Vo l t a n d o ao compo r t a me n t o das empresas mode r nas, elas também gastam mu i t o 
dinhe i r o em pesqu i sas de mercado. O obje t i v o é detec ta r o tipo de produ t o e serv i ç o que 
é o obje to de desejo do púb l i c o. Ao fazer tal descobe r t a, a emp resa inves te mac i çame n t e 
para ofe rece r ao púb l i c o aque le produ t o ou aque le serv i ç o. No casamen t o, o 
compo r t a me n t o dos côn j u ges deve ser idên t i c o, gox j ss o, est imu l e seu côn j u ge a reve la r-
he suas necess i dades .e se esmere para sat is fazê- las.
3. Três passos para descobrir sua primeira linguagem de amor
Nem semp re é poss í ve l obte r do côn j u ge a reve lação de suas necess i dades. 
A l g u ns rec lamam tanto que é di f í c i l detec ta r, através de suas rec lamaç ões, qua l é a sua 
pr i me i r a l ing uagem de amor. As rec lamaç ões de out ros são vagas e pouco reve lam. E 
out ros não reve lam suas necess i dades, tal vez até por que eles mesmos não as conhecem 
com a prec isão necessár i a. Se fo r essa a situação de seu côn j u ge, você deve (1) 
descob r i r sua próp r i a linguagem de amo r e (2) fa la r francamen t e ao seu côn j u ge sobre a 
forma como você gosta r i a de ser "amado(a)". Ass i m ele não só toma conhec i m e n t o de 
sua pr ime i r a linguagem de amo r mas também será est im u l a d o a descob r i r e a reve la r a 
l ing uagem dele.
O pr ime i r o passo para descob r i r sua pr i me i r a l ing uagem de amo r é fazer uma 
ret rospec t i v a em seu relac i o n ame n t o com seu relac i o n ame n t o com seu côn j u ge. O que 
seu côn j u ge dei xa de fazer lhe causa frus t ração, angús t ia, mágoa ou uma sensação de 
vaz i o em seu casamen t o? Respon den d o a essas pergu n t as, você pode rá descob r i r qua is 
são suas mai o res necess i dades emoc i o n a i s a ser supr i d as no casamen t o.
O passo segu i n te é rememo r a r suas cob ranças zofz? seu côn j u ge. O que você 
ma is tem ex ig i d o de seu côn j u ge? Poss i ve l m e n t e, suas ex igênc i as são fo rmas que você 
usa para pergu n t a r- lhe: "Você me ama?".
O terce i r o passo é obser v a r o que você faz e diz para exp ressar seu amor ao seu 
côn j u ge. Gera l me n t e,, procu ra m o s fazer por nosso côn j u ge aqu i l o que\ j* gosta r í am os 
que ele f i zesse por nós. Exp ressam os o nosso amor pelo côn j u ge da forma como 
gosta r í am os que ele exp ressasse seu amor por nós. Mas esse terce i r o passo prec isa ser 
v is t o com cuidado, porque nossa fo rma de exp ressar o amo r pelo nosso côn j u ge pode ter 
sido aprend i d a com nossos pais ou com alguém qud adm i r a m os. Nesse caso ela não 
expressará nossa pr i me i r a linguagem de amo r.
4. Recordando o passado
Caso não seja poss í ve l descob r i r sua pr i me i r a l ing uagem de amor através dos 
três passos, vo l te ao passado. Lemb r a- se daque la "pai xão" dos pr i me i r o s meses de 
namo r o? O que ele (a) faz ia ou diz ia que levou você a "se amar ra r" nele(a)? O que 
ele(a) faz ia ou diz i a que mo t i v a v a você a quere r estar semp re ao lado dele(a)? A 
respos ta a essas pergu n t as pode rá ajudá- lo(a) descob r i r sua pr i me i r a l ing uagem de 
amor.
5. Sonhando com o ideal
Se ainda não descob r i u sua pr i me i r a l ing uagem de amor, feche os olhos e 
sonhe... com o côn j u ge idea l. Se pudesse "fab r i c a r" alguém para ser seu côn j u ge, como 
seria esse alguém? A imagem que você pro je ta r do côn j u ge idea l poderá apon ta r- lhe os 
ins t rume n t o s por me i o dos qua is você capta a dec la ração e a af i r ma ção de amo r de seu 
côn j u ge. 
6. Revendo as cinco linguagens de amor
Ta l v e z o seu desejo é que seu côn j u ge expresse seu amo r por você das cinco 
formas descr i t as nas cinco l ing uagens de amor. Por isso, faça uma l is ta das cinco 
l ing uagens colo cand o- as na ordem de sua pre fe rên c i a. A pr i me i r a, por tan t o, será sua 
pr i me i r a linguagem de amo r.
7. Converse francamente com seu cônjuge
Gera l me n t e as pessoas estão inte ressadas na fe l i c i d a de de seu côn j u ge. E, na 
ma i o r i adas vezes, se não con t r i b u i para essa fe l i c i d a de é por que não sabem como fazê-
lo ou porque o fazem de forma equ i v o c a da. Por isso, você prec isa conve rsa r 
francamen t e com seu côn j u ge sobre a sua pr i me i r a l ing uagem de amo r, isto é, sobre o 
que você gosta r i a que ele f izesse e sobre a fo rma como você gosta r i a que fosse fe i t o.
Ao conve rsa r com seu côn j u ge, você deve toma r alguns cuidados para alcança r 
seus obje t i v o s.
Primeiro - Cu i da do com as palav r as. O seu ob je t i v o é intens i f i c a r sua comun hã o 
com seu côn j u ge. Por isso, suas palav r as prec isam ser bondosas, che ias de ternu ra, 
rep le tas de amo r. Fale para ser acei t o (a), comp r eend i d o(a) e amado (a).
Segundo - Cu i da do com a tona l i d a de de voz. Seu côn j u ge inte r p re ta rá sua 
mensagem com base mais em seu tom de voz do que em suas pala v ras. "Eu te amo" di to 
com ternu ra é uma dec la ração de amo r; mas di to com sarcasmo é uma expressão de 
desprezo. A té mesmo quando ti ve r de fazer alguma rec lamação ou censu ra, use um tom 
de voz que comun i q u e amor e verdade i r o inte resse pelo bem estar de seu côn j u ge.
Terceiro - Cu i dad o com o momen t o cert o para fa la r. Lem b r e- se de que há 
"tempo de estar calado e tempo de fa la r" (Ecles ias tes 3.7). Procu r e fa la r no momen t o 
cer to.
Conclusão
As pergu n t as aqu i propos tas devem ser respond i d as, pre fe renc i a l m e n t e, por 
escr i t o. Quando escrevem os, apro f u n dam o s e depu ram os nosso pensamen t o. Respos tas 
verba is podem ser super f i c i a i s e equ i v o c a das. Quando escrevem os nossas respos tas, nós 
as vemos com ma is obje t i v i d a d e. Por isso, se querem os dar respos tas cor re tas às nossas 
inqu i r i ç õ es, devem os fazê- lo por escr i t o.
Lemb r e- se de que inves t i r na fe l i c i d a de de seu côn j u ge é inves t i r em sua próp r i a 
fe l i c i d a de. Um côn j u ge sat is fe i t o, rea l i zad o e fe l i z será um(a) compan he i r o(a) 
agradá ve l, alguém com quem compensa vi ve r. O inve rs o, in fe l i z m e n t e, também é 
verdade i r o .
Inv i s t a no seu côn j u ge e no seu casamen t o, assim você estará inves t i n d o na sua 
fe l i c i d a de.
Para Refletir
"Quando a necessidade emocional de ser amado é suprida, cria-se
um clima onde o casal consegue lidar com as outras áreas da vida
de forma muito mais produtiva".3
__________________________________________________________
1 As Cinco Linguagens do Amor, Gar y Chapma n, Tradução Iara Vascon ce l l o s - NE X O Edi t o r i a l 
- São Pau lo, SP - 1997
2 Gar y Chapma n, op, cit, p. 77
3 Gar y Chapma n, op. cit., p. 178
4
O S EXO
A ma is ín t i ma comun i c a çã o ent re um homem e uma mu l he r se dá por mei o do 
sexo. O An t i g o Testame n t o usa o termo "conhece r" quando se refe re ao ato sexua l, 
demons t r an d o que "o ato em si envo l v e a pessoa toda, o ego comp l e t o, a persona l i d a de 
inte i r a", e que este é "o me i o pelo qua l o ser humano se reve la mais comp l e t ame n t e do 
que é poss í ve l em qua lq ue r out ra relação ent re duas pessoas". 1 E isso fo i ins t i t u í d o por 
Deus na cr iação.
Quand o Deus cr i o u o homem, "homem e mu l he r os cr io u. E Deus os abençoo u e 
lhes disse; Sede fecund os, mu l t i p l i c a i- vos, enche i a terra" (Gênes is 1.27,28). Deus já 
hav ia cr iado todos os anima i s, cada um segundo a sua espéc ie. E alguns eram 
herma f r o d i t as, isto é, tinham os órgãos de repro d u ç ão mascu l i n o s e fem i n i n o s. Se 
qu isesse, ele pode r i a ter cr iado o ser humano andróg i n o , mas Deus pre fe r i u cr ia r homem 
e mu l he r. E no reg is t r o da fo rma ção da mu l he r está escr i t o : "Por isso, dei xa o homem 
pai e mãe e se une à sua mu l he r, tornando- se os do is uma só carne" (Gênesis 2.24). 
Ma is tarde o apósto l o Pau lo exp l i c o u que é por mei o do ato sexua l que homem e mu l he r 
se tornam uma só carne (1 Cor í n t i o s 6.16). Por tan t o, Deus nos cr io u seres sexuados e 
ordenou que mar i d o e mu l he r vi vam a sua sexua l i d a de.
O ato sexua l ent re mar i d o e esposa fo i ins t i t u í d o por Deus e é apro va do por ele. 
O l i v r o de Prové r b i o s está rep le t o de expressões que incen t i v a m o mar i d o a ter relação 
sexua l com a esposa. Ve ja, por exemp l o , este conse l h o :" A l eg r a- te com a mu l he r da tua 
moc i da de, corça de amores e gaze la grac i osa. Sac iem- te os seus seios em todo o tempo; 
e embr i a ga- te semp re com as suas car í c i as" (Prové r b i o s 5.18, 19). E o auto r da Ep ís t o l a 
aos Heb reus dec la ra: "Di g n o de hon ra ent re todos seja o mat r i m ó n i o , bem como o lei t o 
sem mácu la" (Hebreus 13.4).
Mas Deus não se lim i t o u a cr ia r o sexo; ele também estabe leceu as normas para 
a vida sexua l dos seres humanos. Ve jam os, agora, algumas dessas normas.
Ato Sexual Só no Casamento
"De i x a o homem pai e mãe e se une à sua mu l he r, tornand o- se os do is uma só 
carne" (Gênes is 2.24). A ordem dada na cr iação é mu i t o clara: "Deixa o homem pai e 
mãe e se une à sua mulher", isto é, case-se, e só depo is tornem- se os dois uma só carne. 
O Dr. Car l os "Cat i t o" Grz y b o w s k i , em seu l i v r o Macho e Fêmea os Criou, mos t ra que, 
na Bí b l i a, "o sexo está rest r i t o ao casamen t o". E af i rma: "O sexo prec isa de uma relação 
duradou ra e permanen t e para desenv o l v e r- se na sua plen i t u d e". E, a segu i r, com a sua 
longa expe r i ê n c i a de psicó l o g o bem- suced i d o, fa la das consequên c i as desast rosas da 
desobed i ê n c i a a esse pr i n c í p i o , af i rma n d o : "Quem faz vio l ê n c i a a esse desígn i o de Deus 
encon t r a no sexo uma fon te de insat is f açã o e desencan t o".
D ian te disso, mu i t as pessoas pergun ta m: E os serv os de Deus, no An t i g o 
Testamen t o, que se relac i o na r a m com vár ias mu l he res? Ab raão, o pai da fé. enquan t o 
casado com Sara teve um fi l h o com Haga r (Gênes is 16. 1- 16). Jacó tinha duas esposas, 
Raque l e L ia, e ainda teve f i l h os com B i l a e Zi l p a (Gênes is 29.31-30.24). Elcana era um 
homem piedoso, que "sub ia da sua cidade de ano em ano a adora r e a sacr i f i c a r ao 
S EN H O R dos Exé rc i t os em Si l o". Mas "tinha ele duas mu l he res: uma se chama v a Ana, e a 
out ra, Pen i na" (1 Samue l 1.2,3). E Salomã o fo i mais longe do que todos os seus 
antepassados, chegando a ter "setecen tas mu l he res, pr i n cesas e trezen tas concub i n as" (1 
Reis 1 1.3). Esses homens estavam come ten d o adu l t é r i o? No per í o d o do An t i g o 
Testamen t o a po l i g am i a era to le rada. Naque la época, um homem pod ia casar-se com 
ma is de uma mu l he r. E a esposa pod ia ofe rece r sua serva ao mar i d o, ordenando que ela 
coab i t asse com ele. Esse costume tão estranh o tem uma exp l i ca çã o: o valo r da esposa 
era propo r c i o n a l à quan t i d a de de seus f i l h os. Quan t oma i o r o núme r o de f i l h os, me l h o r 
era a esposa. E como os f i l h os da serva com seu senho r eram cons i de rad os f i l h os de sua 
senho ra, as esposas ordena vam às suas servas que coab i t assem com seu mar i d o para 
aumen ta r- lhes o núme r o de f i l h os. E em relação às concub i n as, elas também eram 
cons i de radas esposas, ainda que de segunda catego r i a. Gera l me n t e, eram cr iadas ou 
escravas que passavam à catego r i a de esposa, com a apro vação das dema is esposas. 
Por tan t o, Ab raão, Jacó, Elcana, Salomã o e out r os que ti ve ram mais de uma esposa 
segu i ram o costume de seus con tem p o r â n eos, v i ven d o um est i l o de v ida con j u ga l que 
era amparad o pelas le is em vigênc i a e acei t o pela soc iedade daque la época. Mas hoje a 
situação é bem di fe ren te. Cada homem deve ter apenas uma esposa; e cada mu l he r , 
apenas um mar i d o. Este é o ens ino de Jesus: "Não tendes lido que o Cr iad o r , desde o 
pr i n c í p i o , os fez homem e mu l he r e que disse: Por esta causa dei xa rá o homem pai e 
mãe e se un i rá à sua mu l he r, tornando- se os do is uma só carne? De modo Que já não 
são dois, porém uma só carne. Por tan t o, o que Deus ajun t o u não o separe o homem" 
(Mateus 19.4-6).
O Ato Sexual Entre Marido e Mulher É Recomendado Por Deus
"O mar i d o conceda à esposa o que lhe é dev i d o, e também, seme l ha n t eme n t e, a 
esposa, ao seu mar i d o. A mu l he r não tem pode r sobre o seu próp r i o corpo, e sim o 
mar i d o ; e também, seme l ha n t eme n t e, o mar i d o não tem poder sobre o seu próp r i o 
corpo, e sim a mu l he r . Não vos pr i ve i s um ao out ro, salv o tal vez por mú t u o 
consen t i m e n t o , por algum tempo, para vos ded i ca r des à oração e, novamen t e, vos 
ajun ta r des, para que Satanás não vos tente por causa da incon t i n ê n c i a" (1 Cor í n t i o s 7.3-
5). O mar i d o tem o dever de sat is faze r as necess i dades sexua is de sua esposa; e a esposa 
tem a obr i ga çã o de sat is faze r as necess i dades sexua is de seu mar i d o. O Pro f. Cl i n t o n 
Gardne r, em seu li v r o Fé Bíblica e Ética Social, af i r ma: "De acord o com a Bí b l i a, o 
sexo é sagrado e deve ser acei t o com grat i dã o e não com temo r. O homem é un idade de 
carne e espí r i t o, e cada uma dessas par tes deve ser acei ta como boa na sua ordem. Como 
carna l , os desejos human os de al imen t o, água, descanso e relações sexua is per tencem à 
ex is tênc i a humana norma l , e se baseiam na von tade do Cr iad o r . Nat u ra l m e n t e, cada um 
desses desejos está suje i t o a abuso por causa da l ibe r dade do homem, mas nenhum deve 
ser cons ide ra d o mau por essa razão". 3 É claro que o ato sexua l é uma forma de 
dec la ração de amor, e não deve ser prat i cad o simp l esme n t e como cump r i m e n t o de um 
deve r, mas o mar i d o ou a esposa que pr i va seu côn j u ge da relação sexua l está expond o-
o à tentação. E, in fe l i z m e n t e, mu i t os servos de Deus - tanto homem quan t o mu l he r - têm 
caído em adu l té r i o por culpa de seu côn j u ge. Um mar i d o ou uma esposa abrasado pode 
ser presa fác i l de Satanás.
"Fel i z é a mu l he r que olha para o ato mat r i m o n i a l como me i o de demons t r a r o 
seu amo r ao mar i d o, e ele por ela. Num sent i d o v i ta l, esta pode ser a ún ica expe r i ê n c i a 
que ela e seu mar i d o têm jun tos, a qua l não têm que di v i d i r com out ra pessoa. Se ela é 
uma boa coz i n he i r a, seu mar i d o pode ter que di v i d i r a arte cul i n á r i a dela com seus 
amig os. O mesmo se dá com a aparênc i a, as mane i ras, as cor tes ias, e, prat i came n t e, com 
todas as dema is áreas da vida. O ato mat r i m o n i a l , con tu d o, é singu la r, por ser a 
expe r i ê n c i a da qua l exc l uem todo o resto do mundo.'" 1
O Ato Sexual Exige Respeito
"D i g n o de hon ra ent re todos seja o mat r i m ó n i o , bem como o lei t o sem mácu l a; 
porque Deus ju l ga rá os impu r o s" (Hebreus 13.4). O conce i t o mundan o de que "ent re 
quat r o paredes vale tudo" deve ser exo rc i za d o pelos cr is tãos. As chamadas prát i cas 
sexua is "l ibe radas" dete r i o r am a qua l i d a de do relac i o nam en t o do casal. Elas não são 
pro va de amo r. O casal que realmen t e se ama não prec isa prat i cá- las. A l ém de 
abso l u tame n t e desnecessár i as para o casal que realmen t e se ama, as prát i cas sexua is 
"l ibe radas", perve rsas, anima l escas e degradan tes são durame n t e condenadas por Deus. 
Na Ep ís t o l a aos Roman o s, o apósto l o Pau lo dec la r o u: "A ira de Deus se reve la do céu 
con t ra toda imp i e dade e perve rsão dos homens ... Por isso, Deus ent rego u tais homens à 
imund í c i a , pelas concup i s c ên c i as de seu próp r i o coração, para deson ra rem o seu corpo 
ent re si;... Por causa disso, os ent rego u Deus a pai x ões in fames; porque até as mu l he r es 
muda ram o modo natu ra l de suas relações ínt i mas por out r o, con t rá r i o à natu reza" 
(Romanos 1.18, 24, 26).
O le i t o mat r i m o n i a l deve ser testemu n ha de um relac i o nam en t o amor oso, 
educado, gen t i l e respe i t os o ent re mar i d o e mu l he r. "Ma r i d o s, vós, igua l m e n t e, v i ve i a 
v ida comum do lar, com discer n i m e n t o ; e, tendo cons i de ra ção para com a vossa mu l he r 
como par te mais frág i l , trata i- a com dign i da de" (1 Pedro 3.7).
Conclusão
Casamen t o não é só sexo. Mas por me i o do sexo mar i d o e mu l he r têm a ma is 
ínt i ma e comp l e t a comun i c a çã o. Por isso, o An t i g o Testamen t o usa o termo "conhece r" 
para refe r i r- se ao ato sexua l. Isso sign i f i c a "um entrega r- se tota lme n t e ao out r o, 
mos t ran d o- se vu l ne rá ve l , desarmad o peran te o out ro. ... Conhece r o out ro na sua 
plen i t u de é aven tu r a r- se também a reve la r- se plenamen t e, ou seja, tal qua l somos, com 
nossas belezas e nossas fe iú ras inte r i o r es". 5 O ato sexua l é ínt i m o e exc l us i v o : ele é a 
ún ica exper i ê n c i a que per tence exc lus i v a m e n t e ao casal e que não é compa r t i l h a d a com 
nenhuma out ra pessoa.
Fel i z é o homem e fe l i z é a mu l he r que olha para o ato sexua l como me i o de 
demons t r a r o seu amor ao seu côn j u ge.
Para Refíetir
"O mais importante é a aliança que tenho com meu cônjuge, que se
renova a cada dia nos pequenos gestos de ternura e de doação e
entrega ao outro; nos valores do perdão e de disposição de
perdoar; no deixar de pensar que meu umbigo é o centro do
universo e perceber no outro a maravilhosa criatura, imagem e
semelhança do Criador, que é capaz de me surpreender a cada dia
com novas e fascinantes maneiras de revelar-se a mim"6
(Carlos "Catito" Grzybowski).
_______________________________
1 E. Cl i n t o n Gardne r , Fé Bíblica e Ética Social, p- 261
2 Car l os "Cat i t o" Grz y b o w s k i , Macho e Fêmea os Criou, p. 40
3 E. Cl i n t o n Gardne r , op. cit., p. 256
4 T im LaHa y e, Casados mas Felizes, p. 54
5 Car l os "Cat i to" Grz y b o w s k i , op. cit, p. 68
6 Car l os "Cat i t o" Grz y b o w s k i , op. cit., p. 130
5
A T RA N S P A R Ê N C I A
O compromisso garan te a durab i l i d a de do casamen t o. E o amor dá alegr i a, 
roman t i s m o , beleza e sabo r à v ida con j u ga l .
M u i t o s casamen t os fracassaram porque foram al ice r çad os no amor. E um 
sent i men t o suje i t o a tantas vic i ss i t u des não pode susten ta r uma inst i t u i ç ã o tão 
impo r t a n te. Out r os casais vi vem jun t os até que a mo r te os separe, mas o seu casamen t o 
é fr i o, monó t o n o e des in te ressan te, porque lhes fa l ta o amor. Compromisso e amor 
devem andar jun tos no casamen t o. O compromisso dando estab i l i d a de ao casamen t o; e 
o amor dando beleza e aleg r i a à conv i v ê n c i a do casal.
O compromisso está ligad o ao caráte r do casal, o amor à comun hã o. E o 
aper fe i ç oam en t o do caráte r, bem como o apro f u n dam e n t o da comun hã o, dependem 
mu i t o de lea ldade, franqueza, con f i a n ça mú tua, enf i m, de transpa rên c i a no 
relac i o nam e n t o do casal. John e Bet t y af i rma m : "O fato de ocu l t a r nossos pensamen t o s 
e sent i men t o s enf raquece a un ião básica da v ida con j u ga l . S° quando há franqueza e 
since r i d a de podem os exper i m e n t a r cura, ajuda e fe l i c i d a de. Só à med i da que 
compa r t i l h a m o s é que as alegr i as se mu l t i p l i c a m e as tr is tezas dim i n u em ". 1
Amor e Aceitação
Todos nós costumam o s ava l ia r os riscos antes de toma r qua l que r del i be ra ção. 
Isto se apl i ca também à transpa rên c i a. An t es de abr i r o nosso coração, procu ra m o s 
aval i a r se seremos comp reen d i d o s, se con t i n ua r e m o s sendo amados e acei t os. Por isso, 
mar i d o e mu l he r só serão transpa ren tes um com o out ro se ti ve rem certeza de que 
con t i n ua r ã o sendo amados e acei t os.
A transpa rênc i a é uma necess i dade psico l ó g i c a bás ica do ser humano. Esconde r 
alguma coisa, diss im u l a r , men t i r , são prát i cas que enf raquecem o nosso caráte r e 
dest roem a nossa paz inte r i o r . Phi l l i p s Boo k s disse: "Man te n ham o- nos l i v res das 
diss im u l a ç õ es e até mesmo da necess i dade de diss im u l a r . É hor r í v e l quando se tem que 
encob r i r alguma coisa. Quando temos de ev i ta r olhares, quando para nós ex is tem 
assun tos que não podem ser menc i o na d os, então nossa aleg r i a de v i ve r fo i perd i da ' 1 .2 
Para a nossa próp r i a fe l i c i d a de, prec isam os agi r com tota l transpa rên c i a. E, para a 
fe l i c i d a de de nosso côn j u ge, devemos ofe rece r- lhe todas as cond i ç õ es para que ele seja 
transpa ren te. E estas cond i ç õ es são: amor e acei tação. O nosso côn j u ge só será 
transpa ren te conosco se ti ve r certeza de que con t i n ua r á sendo amado e acei t o, mesmo 
nos reve lan d o todos os seus defe i t os, erros e maze las.
Am o r e acei tação não sign i f i c a m bai xa r o nosso padrão mora l . Pelo con t rá r i o , 
sign i f i c a m dar ao nosso côn j u ge a opo r t u n i d a de de se aper fe i ç oa r, libe r ta n d o- se do erro.
Um exemp l o bíb l i c o do sign i f i c a d o de amor e acei tação pode ser encon t r ad o em 
1 João 1.5-10. Nos vers í c u l o s 5 e 6 fica claro que Deus ex ige de nós um compo r t a m e n t o 
cor re to. "Ora, a mensagem que da par te dele temos ouv i d o e vos anunc ia m o s, é esta: 
que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. Se dissermos que man tem os comun hã o 
com ele, e andarm os nas trevas, men t i m o s e não prat i cam os a verdade". O vers í c u l o 8 
nos con f r o n t a com as nossas impe r f e i ç ões. "Se dissermos que não temos pecado 
nenhum, a nós mesmos nos enganam os, e a verdade não está em nós". Mas o vers í c u l o 9 
mos t ra que Deus nos ama e nos acei ta, apesar de nossas impe r f e i ç õ es. "Se con fessa rm os 
os nossos pecados, ele é f ie l e jus to para nos perdoa r o pecado e nos pur i f i c a r de toda 
in j us t i ç a". Deus nos perdoa não para permane ce r m o s no erro, mas para nos libe r ta r do 
erro.
Am o r e acei tação ent re os côn j u ges não sign i f i c a reba i x a r os padrões mo ra is e 
acei ta r que o côn j u ge erre à von tade. Mas sign i f i c a que o côn j u ge que erra r será amado 
e acei t o, apesar do erro, para poder libe r ta r- se do erro. Por ma is que tenham os de 
perdoa r ao nosso côn j u ge, ainda será pouco dian te do mu i t o que Deus nos perdo ou. Por 
isso, a recomen da ção bíb l i c a é esta: "An tes sede uns para com os out ros ben ig n os, 
compass i v o s, perdoand o- vos uns aos out ros, como também Deus em Cr is t o vos 
perdo ou" (Efésios 4.32). Por out r o lado, a fa l ta de acei tação leva o côn j u ge errado a se 
auto j us t i f i c a r e a prossegu i r no erro.
A Comunicação
O inst r ume n t o básico da transpa rênc i a é a comun i c a çã o. Sem comun i c a çã o não 
pode haver transpa rênc i a.
A fa l ta de comun i c a çã o, além de imposs i b i l i t a r a transpa rênc i a, cr ia inúme r os 
out ros prob l emas para o casal. John e Bet t y af i rma m que "em 90% de todas as 
di f i c u l d a des no casamen t o, a comun i c a çã o é o ma i o r prob l ema, e as di f i c u l d a d es nos 
out ros 10% são, di re ta ou ind i re t ame n t e, causadas pela incapac i d a de de comun i c a r- se". 3
Jaime Kemp, em seu li v r o Sua Família Pode Sei Melhor, menc i o n a quat r o 
ní ve is de comun i c a çã o. 4 O ní ve l mais elemen t a r é aque le em que as pessoas se l im i t a m 
a repet i r exp ressões cor r i q u e i r as, tais como: "bom dia", "como vai você?", "gostou do 
jogo de dom i n g o?", "será que vai chove r ho je?". O ní ve l um pouco menos super f i c i a l é 
aque le em que as pessoas comen t am fatos oco r r i d o s com out ras pessoas ou coisas di tas 
por out r os. Ap r o f u n d a n d o um pouco ma is o ní ve l de comun i c a çã o, as pessoas 
compa r t i l h a m entre si suas ide ias e pensamen t o s. Ej i o. ní ve l ma is pro f u n d o, as pessoas 
compa r t i l h a m tudo: ide ias, pensamen t o s, ações, om issões, erros, frus t raç ões, etc. uste e 
o tipo de comun i c a çã o que deve ex is t i r ent re manao e mu l he r. Ent re os côn j u ges nunca 
deve ex is t i r segredo, om issões, diss im u l a ç õ es. Cada um deve ser para o out r o um liv r o 
aber t o.
A l ém destes quat r o níve i s, ex is te uma comun i c a çã o que pode ser chamada 
comunicação do coração ou da alma. Esta comun i c a çã o oco r re ent re as pessoas que 
estão ligadas por um pro f u n d o afeto. Elas não prec isam de palav r as para se comun i c a r - 
o si lênc i o já diz tudo. O Rev. James H. Jauncey con ta que, cer ta vez, fez o casamen t o de 
um soldado norueguês e uma moça mex i c a na. Ela não sabia fa la r o norueguês nem ele o 
espanho l . Também não conhec ia m uma terce i ra l ín gua em que se pudessem comun i c a r . 
Não consegu i am comun i c a r- se através de palav r as. Mas af i r ma o pasto r: "O meu casal 
de no

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