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O impedimento é vício mais grave que a suspeição, razão pela qual aquele pode ser argüido a qualquer tempo no processo, até o trânsito em julgado da sentença, e mesmo após esse momento, por mais dois anos, através de ação rescisória (art. 485,II,CPC). Já a suspeição deverá ser arguida no prazo previsto no art.305 do Código de Processo Civil, sob pena de se ter por sanado o vício, e aceito o juiz. Considera-se impedido o juiz quando: - for parte do processo, o que decorre da antiga parêmia segundo a qual ninguém pode ser juiz em causa própria; - interveio no processo como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento como testemunha; - tiver conhecido do processo em primeiro grau de jurisdição, nele tendo proferido sentença ou decisão, o que impede ao juiz que funcionou no processo que volte a nele atuar quando em grau de jurisdição superior (para onde tenha sido promovido ou convocado); - nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu cônjuge (ou companheiro ou quem se tenha estabelecido uma “união estável”), ou qualquer parente seu, consangüíneo ou afim, em linha reta, ou na colateral até o segundo grau; - cônjuge ou companheiro, parente, consangüíneo ou afim, de alguma das partes, em linha reta, ou na colateral até o terceiro grau; - qualquer das partes for credora ou devedora do magistrado, de seu cônjuge (ou companheiro), ou de parente destes, em linha reta, ou na colateral até terceiro grau; - herdeiro presuntivo (isto é, designado de antemão pelo parentesco), donatário ou empregador de qualquer das partes; - receber dádivas, antes ou depois de iniciado o processo, aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa, ou subministrar meios para fazer frente às despesas do processo; - interessado, por qualquer razão, em que o resultado do processo seja favorável a uma das partes; - por motivo íntimo. É de se notar que tanto o impedimento quanto a suspeição devem ser declarados de ofício pelo juiz (art. 137, CPC). Além disso, nos termos do art. 138 do CPC, os motivos de impedimento e suspeição se aplicam, também, ao órgão do Ministério Público, ao serventuário de justiça, ao perito e ao intérprete.
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