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Trabalho tempo, espaço e sujeitos nas instituições

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
TEMPO E ESPAÇO DOS SUJEITOS E INSTITUIÇÕES ESCOLARES
Genos Gomes Mendes Ru: 1305510 Turma: 2015/12
Resumo
 	O presente trabalho apresenta uma reflexão sobre tempo e espaço dos sujeitos e instituições escolares com ênfase na dinâmica dos processos escolares. Destaca como essas categorias estão sendo concebidas na modernidade sob a influência do pensamento de profissionais da educação, apontando as críticas que alguns pesquisadores atuais fazem dessa concepção. O texto argumenta em defesa de uma reestruturação desses mesmos conceitos na contemporaneidade, reestruturação essa que pode se traduzir em mudanças significativas nas formas de organização das instituições de ensino, espaço e tempo na atualidade. Defende que a reestruturação dos conceitos de tempo e espaço e instituição escolar estão sendo estimulada em contextos que incluem a democratização das escolas, como por exemplo, a construção do PPP (Projeto Político-Pedagógico). 
Palavras-chave: Tempo. Espaço. Instituições de Ensino.
As instituições escolares transformaram-se para atender as demandas da sociedade atual. Deste modo, o tempo e o espaço influenciam sujeitos e instituições escolares.
Fruto de uma construção histórica e social, a escola moderna foi pensada para atender a formação do homem-cidadão, do homem técnico, do intelectual e o espaço e o tempo, enquanto elementos estruturantes da situação escolar demarcam o que acontece na sala de aula. Porém, tais elementos, não influenciam apenas a vivência dos alunos. Os professores, também, acabam sendo influenciados por tais fatores.
Lembro-me que quando eu estudava da 1ª a 4ª série do ensino fundamental numa escola no interior, os lugares dos alunos eram pré-determinados pelo professor, onde cada um deveria senta-se para realizar suas tarefas. Já acerca do tempo, o horário de entrada e saída, duração das aulas, e do intervalo era simbolizado por um sinal sonoro vindo da diretoria da escola. 
Pude presenciar várias cenas de conflitos onde os alunos desejavam sentar-se nos lugares que eles julgavam convenientes e os professores vetavam com a justificativa que ele sabia o melhor lugar para cada um; ou que determinado aluno não poderia sentar-se próximo a outro colega porque isso resultaria em indisciplina e baixo aproveitamento de ambos. Tornando-se essa situação comum no ambiente da sala de aula.
A escola era composta por um prédio com dois pavilhões, onde funcionava a diretoria da escola, secretaria, copa e quatro salas de aula. Não havia uma área ampla e coberta, os alunos tinham que sair para o intervalo da merenda uma turma por vez, pois o espaço coberto era pequeno para comportar todas as turmas, a saída para merenda obedecia as sequencias das series de 1ª a 4ª. Os intervalos da merenda escolar, que em outras escolas nós alunos chamávamos de recreio, para nós era simplesmente mais uma obrigação que todos os dias de aula tínhamos que cumprir com meta da escola, merendar e voltar para a sala de aula, não havia recreio, nem socialização entre os colegas de outras turmas.
Para Lima (2012) A educação é uma prática social da humanização dos seres humanos em determinada cultura. Mas para nós esse contexto não era usado na nossa vivencia como alunos iniciantes do processo de aprendizagem. Segundo a mesma autora o processo educacional ocorre de maneira informal nas diversas instancias social, porém é no espaço escolar, de modo particular, que se dá esse processo de aprendizagem formal do indivíduo.
Mas para que o processo de aprendizagem possa acontecer é preciso que as instituições de ensino estejam adequadas a um projeto de política- pedagógica que contemple as necessidades dos alunos, professores e funcionários que nela prestam serviços.
Grochoska (2014) relata que a escola caracteriza-se como um espaço de relações e produção do conhecimento científico. Fundamentados nessa proposição, em que percebemos a instituição escolar numa constante dinâmica de construção, podemos afirmar que os agentes que nela se inserem (alunos, docentes, comunidade, diretor, pedagogos, funcionários da escola) são elementos significativos para definição da organização escolar, pois cada um se interpõe nas ações coletivas tendo como ponto de partida suas vivências individuais.
Podemos observar isso claramente nos relatos da Pedagoga e professora do 4º ano do ensino fundamental, da escola municipal Hildemar Pereira de Figueiredo do município de Rorainópolis-RR, Marilda de Lima. Para ela a escola tem evoluído muito no que se refere ao espaço, tempo e estruturação das instituições de ensino, com a criação de vários projetos inovadores e modernos. 
A professora relata que a escola que trabalha tem todas as salas climatizadas, ampla área coberta disponível aos alunos no intervalo da merenda, possui uma boa biblioteca, laboratório de informática com aulas regulares para todos os alunos do 1° ao 9° ano do ensino fundamental, o corpo docente todos têm nível superior e funcionários de apoio que supri a necessidade da escola. Porém para ela falta na escola uma boa gestão que contemple os anseios dos profissionais de educação que ali trabalham, pois o gestor é fruto de uma indicação política e muita vez se omiti em buscar melhorias reivindicadas por esses profissionais, gerando assim conflitos entre esses profissionais e a gestão.
No que se refere ao modo de pensar como profissional docente a professora disse que a nova proposta para a educação deve estar embasada numa perspec​tiva que rompa os paradigmas tradicionais de ensino e que, a integração se faça presente onde todos, participem da elaboração de propostas que levem para a escola autonomia de trabalhar a sua realidade. Segundo ela isso poderia ser alcançado com a implantação do projeto político-pedagógico
Conclusão
O papel da instituição neste mundo que se transforma, deve estar equi​librado entre uma função sistêmica de preparar cidadãos tanto para desenvolver suas qualidades como para a vida em sociedade. Ao mesmo tempo, deve exercitar sua função crítica ao estudar os principais problemas que interferem em sua localidade, devendo apontar soluções. Para isso, deve desenvolver características como o plu​ralismo de ideias, a liberdade e a autonomia didático-pedagógica e, de outro lado, ampliar a capacidade de resposta às necessidades da comunidade, buscando maior pertinência social e fazendo com que essa comece a participar das decisões em seu meio, ou seja, cada instituição deverá buscar a criação do projeto político-pedagógico a fim de trazer a comunidade para dentro da escola e juntos aos profissionais de educação construir um modelo amplo e flexivo de ensino. 
Para que este novo papel seja desempenhado com sucesso, torna-se necessário que reveja posições e estabeleça atitudes mais enfáticas e positivas em relação ao seu meio. O futuro precisa ser construído através de um processo que exige um pensar e um repensar contínuo e ações integradas na consecução dos obje​tivos, mas esse processo deve se dar de forma integrada, coletiva, envolvendo todos os interessados de forma direta, um novo olhar sobre tempo, espaço e a organização pedagógica da instituição. 
Referência
GROCHOSKA, Marcia Andreia. Organização escolar: Perspectivas e enfoque/ Marcia Andreia Grochoska – 2.ed. ver – Curitiba: InterSaberes, 2014.
LIMA, Michelle Fernandes. A Função do currículo no contexto escolar/Michelle Lima, Claudia Maria Petchak, Luciana Ribeiro. – Curitiba: InterSaberes, 2012.
LIMA, Marilda. Professora entrevistada. Email m.lyma@gmail.com Rorainópolis-RR, 2016.
						
Entrevista realizada com a Pedagoga e Professora Marilda de Lima na Escola Municipal Hildemar P. de Figueiredo Rorainópolis –RR
Questionário
1 – Em sua opinião a escola que você trabalha está preparada a encarar os novos desafios da educação, levando em consideração a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN)?
Resposta: Acho no meu ponto de vista que ainda não! Vejo queas instituições de ensino têm buscado novos desafios de modernização do ensino, como implantação de laboratórios de informática, quadro branco, salas climatizadas, prédios que dão conforto aos alunos, etc. Mas por outro lado vejo que as autoridades que compõe o processo administrativo do país, dos estados e dos municípios não estão preocupadas em investir no principal mentor de todo esse processo de ensino, que são o corpo docente das escolas. Onde temos professores desestimulados, professores que não buscam aperfeiçoamentos, professores maus formados e maus remunerados pelo serviço que realiza.
2 – O que você acha da organização da sua escola? Contempla os anseios dos profissionais que trabalham nessa instituição?
Resposta: A escola está organizada igual à maioria das escolas públicas do país estão! Com muita deficiência na parte administrativa, onde o diretor da escola é escolhido (colocado) por indicação política, trazendo consigo apadrinhados políticos, parentes e amigos mais próximos para a administração da escola, tomando decisões pedagógicas como também estrutural. Gerando conflitos constantes com o corpo docente, principalmente nas decisões pedagógicas, pois a escola não possui ainda um projeto político-pedagogico aprovado, sendo que o mesmo ainda está em fase de elaboração, depois de aprovado esse projeto (PPP) espero que possamos ter uma gestão democrática e um melhor direcionamento das atividades docente e discente, trazendo a comunidade a participar das decisões e da vivência do dia-a-dia da escola.
3 – A escola após ser aprovado o projeto político-pedagogico vai tomar outro rumo na forma de ensino e aprendizagem?
( ) Discorda plenamente
( ) Discorda
( ) Concorda pacialmente
( ) Concorda
( x ) Concorda plenamente
4 – A estrutura da escola (prédio, salas de aula, biblioteca, etc) supre as necessidades e os anseios dos professores e alunos?
( ) Discorda plenamente
( ) Discorda
( ) Concorda pacialmente
( x ) Concorda
( ) Concorda plenamente 
5 – A escola promove eventos que possa trazer a comunidade para conhecer o funcionamento, o dia-a-dia dos alunos?
( ) Numca
( x ) Raramente
( ) Às vezes
( ) Muitas vezes
( ) Sempre
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA MUNCIPAL HILDEMAR P. DE FIGUEREIDO – RORAINÓPOLIS-RR
	
Deve considerar
Buscar uma compreensão crítica
Problematizar a realidade escolar
Precisa
Relação de Trabalho na comunidade escola
Avaliação
Processo de Decisão
Estrutura Administrativa
Estrutura Pedagógica
Participação da Comunidade Escolar
Período Escolar
Datas de Avaliações
Agenda de Reuniões
Define
Exclui
Currículo
Prioridade da Escola
Precisa conter
Tempo da Escola
Estrutura Organizacional
Projeto Político-Pedagogico
Contém
Finalidade da Escola
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