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Prática de Ensino na Educação Básica aula 1

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19/03/2023, 20:08 A observação do cotidiano escolar
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03084/index.html# 1/47
A observação do cotidiano escolar
Descrição
Guia de observação da escola para os alunos de formação de professores em Estágio Supervisionado, com
sinalização de cuidados e dinâmicas de seu estágio.
Propósito
Aproximar o aluno da dinâmica teoria-prática, por meio de uma observação ideal comparativa e diretiva de
sua vivência da observação escolar.
Objetivos
Módulo 1
A escola no mundo
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Reconhecer os processos de inserção no cotidiano escolar.
Módulo 2
Observando a escola
Identificar os principais processos de observação do aluno no cotidiano escolar.
Você está prestes a iniciar uma das atividades mais importantes na sua formação profissional: a
realização de um estágio supervisionado. O estágio supervisionado é a oportunidade que você terá
de entrar em contato com o ambiente escolar a partir de um novo olhar, não mais como um aluno,
mas como um futuro professor. A realização desse processo é indicada na segunda metade de seu
curso e deve ser um importante exercício de mediação entre teoria e prática.
A tônica das atividades de estágio supervisionado é fazer com que você, futuro professor, desenvolva
um olhar antropológico sobre o ambiente escolar, considerando-o um laboratório para a sua futura
prática docente. A escola é, sobretudo, um espaço de formação não só dos alunos que a frequentam,
mas também dos professores que nela atuam.
A escola é um espaço educativo em seu sentido mais amplo, e nela estão presentes elementos tanto
da educação formal quanto da informal. Na escola, são ensinados tanto os conteúdos relativos à
formação intelectual do aluno quanto os códigos de comportamento e convívio social aos quais os
alunos recorrerão para guiar sua interação nas diversas relações sociais.
A escola é um espaço vivo, cheio de relações que se estendem do campo administrativo, ao pessoal,
passando pelo pedagógico. Ao observá-lo, o estagiário deve estar atento a todas essas relações.
Vamos caminhar pela escola, perceber o ambiente e ajudá-los a direcionar seu olhar.
Introdução
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03084/index.html# 3/47
Caso concreto: chegando na escola
Assista agora a um vídeo que apresenta uma narrativa ilustrada sobre uma situação problema em uma
escola.
1 - A escola no mundo
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer os processos de inserção no cotidiano
escolar.

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Espaço escolar
Seja bem-vindo ao ambiente escolar! Esse espaço é privilegiado para o desenvolvimento da educação, mas
precisamos falar um pouco sobre ele.
A cultura escolar que se estabelece em cada escola é diferenciada. Nesse sentido, cada escola observada é
um universo próprio, com demandas, metas, componentes e estratégias diferenciadas, que só podem ser
plenamente compreendidas por aqueles que estão atentos às peculiaridades daquela cultura escolar.
Todos temos, em nossas mentes, uma escola modelo – aquela que imaginamos e
almejamos para nossa sociedade e mesmo aquela que as instâncias governamentais
pretendem implantar. No entanto, esse ideal é um modelo que não corresponde à
realidade. Qualquer escola, mesmo aquela que mais se aproxima de uma concepção
modelar, possui falhas que precisam ser sanadas.
O estagiário que adentra um espaço escolar, portanto, precisa saber contrapor, em suas observações, aquilo
que seria modelar e aquilo que se realiza na prática cotidiana escolar. Isso inclui diagnosticar as possíveis
falhas, ao mesmo tempo em que busca compreender o processo que leva ao seu desenvolvimento e às
estratégias que os membros da comunidade escolar empregam para solucionar tais falhas.
Aproveite os conteúdos e as reflexões que oferecemos aqui para se tornar um investigador da prática
educativa na escola em que você escolheu para estagiar. Use cada momento no ambiente escolar para
observar os erros e os acertos daqueles que estão cotidianamente imersos no processo de ensino e
aprendizagem, desde a direção da escola até os alunos, passando pela equipe de professores e de
profissionais da educação.
Aproveite para aprender, porque você deixará de ser um observador em breve e se tornará um protagonista
de todo esse processo!
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Observação escolar como estratégia para a formação
dos futuros professores
O estabelecimento da prática de estágio como instrumento obrigatório para a formação dos futuros
docentes está prevista na legislação educacional brasileira. Para tanto, a Lei Federal nº 5.692/71 provocou a
definição de uma legislação específica para o estágio profissional supervisionado, e a Lei Federal nº
6.497/77 regulamentou os estágios profissionais supervisionados na educação superior, no ensino de
segundo grau (técnico) e no ensino supletivo profissionalizante, estabelecida no Decreto Federal nº
87.497/82.
Os esforços de regulamentação da prática de estágio remetem-se à promulgação das Leis Orgânicas do
Ensino Profissional, publicadas entre 1942 e 1946, que foram traçadas em acordo com as normas
estabelecidas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Comentário
A base filosófico-educativa que fundamentou o instrumento pedagógico da prática de estágio
supervisionado previa o entendimento da relação prático-teórica e a devida preparação do futuro
profissional para o mercado de trabalho. Tais objetivos continuam presentes na recente resolução, de 2019,
que dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial em Nível Superior de
Professores para a Educação Básica.
A leitura das Diretrizes nos permite identificar o papel central que o estágio supervisionado alcança na
formação do futuro docente e também as competências que, espera-se, sejam desenvolvidas pelos alunos
durante os seus cursos de Licenciatura.
Em consonância com a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), os centros universitários devem oferecer aos
licenciandos uma formação sólida que lhes permita, entre outras competências, associar teorias e práticas
pedagógicas.
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É extremamente necessário, para isso, o desenvolvimento de disciplinas de estágios que
enfoquem o planejamento, a regência e a avaliação de aula, sob a mentoria de
professores ou coordenadores experientes da escola campo do estágio, de acordo com o
Projeto Pedagógico do Curso (PPC). (Resolução CNE/CP nº 2, de 20 de dezembro de 2019)
A resolução deixa claro que a observação do ambiente escolar é o ponto crucial na formação do
licenciando. É no espaço escolar, portanto, que ele terá oportunidade de contrapor a teoria e a prática,
experimentando a forma como esses dois campos se articulam no espaço escolar. Dessa forma, será
possível estreitar o diálogo entre o saber produzido na universidade e aquele que emana do espaço da
educação básica, elaborado, por vezes, de forma instintiva pelos docentes que atuam no cotidiano da sala
de aula.
A seguir, refletiremos sobre a importância da observação como forma de aprendizagem.
Lugar da observação na aprendizagem acerca do
ambiente escolar
Nós aprendemos por meio da observação desde que nascemos. O olhar é o primeiro instrumento que temos
para perceber o mundo que nos cerca e nos conectarmos com ele. É muito comum, para quem lida com
crianças, observar que elas aprendem a falar e a se comportar inspirando-se nas observações que fazem
dos adultos que as cercam.
Mesmo quando crescemos, continuamos a aprender por meio do olhar. Um exemplo dissoé que, quando
somos expostos a um ambiente com o qual não temos intimidade e cujos códigos de comportamento
adequados não dominamos, a nossa primeira reação é observar aqueles que ali estão para balizarmos a
forma como nos comportaremos.
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O mesmo acontece ao entrar no ambiente escolar como um estagiário. Nesse caso, o principal instrumento
de que você dispõe para tornar a sua aprendizagem produtiva é a observação. Madalena Weffort, em seu
livro Metodologia e Prática de Ensino (1992), chama atenção para o fato de que esse olhar deve ser “sensível
e pensante”:
Olhar que envolve atenção e presença. Atenção que segundo Simone Weil é a mais alta
forma de generosidade. Atenção que envolve sintonia consigo mesmo, com o grupo.
Concentração do olhar inclui escrita de silêncios e ruídos na comunicação.
(WEFFORT, 1992, p. 1)
O olhar do licenciando, portanto, deve ser proativo. Mas o que é um olhar proativo?
Olhar proativo
O olhar proativo é aquele que utiliza a capacidade de observação de forma reflexiva a ponto de, a partir dos
elementos que foram observados, elaborar seu próprio conhecimento sobre a realidade e,
consequentemente, sobre a prática educativa.
Atenção
Para que o olhar seja realmente proativo, é preciso que o observador esteja livre dos estereótipos que o
acompanham. Estereótipos ligados a distinções socioeconômicas, étnicas e de gênero, por exemplo, podem
comprometer o olhar do observador. Na verdade, livrar-se de estereótipos é uma tarefa bastante difícil para
o observador.
Há estereótipos que foram cultivados pelo indivíduo em virtude do próprio ambiente cultural em que ele se
encontra inserido. Contudo, ao se predispor a ser um professor, o licenciando também abraçou a ideia de se
abrir para um entendimento diferenciado e mais amplo da sociedade. Desse modo, as suas predisposições
para o entendimento da realidade que o cerca serão inevitavelmente questionadas.
Estar aberto para entender o ponto de vista, as convicções e a compreensão da realidade do outro é uma
habilidade vital para um futuro professor.
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É muito comum, nas observações da prática de estágio, que o licenciando seja confrontado com uma
realidade socioeconômica com a qual, por vezes, não se encontra habituado. A partir desse contato, pode
surgir uma forte sensação de estranhamento.
O sistema educacional brasileiro, dada a sua diversidade cultural e espacial, oferece ao licenciando o
contato com realidades bastante diferenciadas. As escolas rurais, as escolas urbanas, as escolas públicas,
as escolas particulares etc. representam culturas escolares distintas que, além dessas tipologias gerais,
subdividem-se em categorias ainda mais específicas.
Outra característica que o licenciando deve desenvolver ao entrar no ambiente escolar é saber ouvir.
Escuta
O estagiário, ao frequentar o espaço escolar, estará cercado por inúmeras vozes – alunos, professores,
equipe diretiva, funcionários e responsáveis. Essas vozes são vitais para o bom andamento do processo
educativo e, no cotidiano escolar, expressam suas angústias, alegrias, esperanças e decepções com o
ambiente que as cerca.
Saber ouvir um desabafo ocasional, intencional ou não, de qualquer um desses personagens, de forma ética
e responsável, é um elemento importante na jornada do estágio. Além disso, é primordial que o licenciando
saiba ouvir as críticas que porventura a ele sejam dirigidas.
Re�exão
É comum termos certa resistência a receber críticas por considerarmos que elas estão imbuídas somente
de um valor negativo. No entanto, precisamos entender o valor positivo de uma crítica recebida. Uma crítica
pode expressar uma observação que alguém fez sobre nós ou as nossas atitudes a partir de uma
perspectiva que desconhecemos.
É sempre válido refletirmos sobre a forma como agimos, já que esse tipo de reflexão pode nos ajudar a
conhecer mais sobre nós mesmos. Melhor ainda é quando a crítica vem acompanhada de um conselho e de
uma orientação sobre como acertar naquilo que supostamente erramos.
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O estágio, por ser uma situação essencialmente pedagógica, oferece ao licenciando a oportunidade de
aprender, de receber conselhos e dicas de quem já está imerso na vida escolar há tempos e possui a
experiência necessária para ajudar na formação do futuro docente.
Com a sensibilidade que a experiência de observação invoca, Madalena Weffort alerta:
Observar uma situação pedagógica não é vigiá-la, mas sim fazer vigília por ela, isto é,
estar e permanecer acordado por ela, na cumplicidade da construção do projeto, na
cumplicidade pedagógica.
(WEFFORT, 1992, p. 4)
Perspectiva analítica – etnogra�a
O estagiário que adentra o ambiente escolar deve estar preparado para fazê-lo a partir de uma perspectiva
analítica e movido pela curiosidade de desvendar o complexo processo de ensino e aprendizagem que
permeia a cultura escolar. O estágio supervisionado permitirá ao futuro docente despir-se do seu papel de
aluno e iniciar a sua preparação para o desenvolvimento da sua própria prática docente. Para tanto, é
preciso que o estagiário apure seu senso de observação e seu potencial de registro do que foi observado.
A etnografia é a base metodológica sobre a qual se dá a observação das práticas educativas. Nascida na
Antropologia, a etnografia foi aplicada no campo da educação por George e Louise Spindler (1990),
fundadores da antropologia escolar. Os autores identificaram, no método etnográfico, o instrumento eficaz
para a observação da instituição escolar como um meio privilegiado de transmissão da cultura, e insistiram
na observação atenta e na descrição detalhada do que foi observado.
De acordo com Graciela López, o método etnográfico:
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[...] supõe uma ampla combinação de técnicas e recursos metodológicos; que dá uma
maior ênfase nas estratégias interativas, observação participante, nas entrevistas
formais e informais, no uso da variada tecnologia.
(LÓPEZ, 1999, p. 45)
Ao iniciar o estágio, você deve estar preparado para registrar tudo aquilo que for observado. O detalhamento
dos registros ajudará bastante na elaboração do relatório final de estágio e no preenchimento da
documentação exigida.
Observação, escuta e registro são os passos a serem seguidos nesse primeiro momento
em que você, futuro professor, retornará ao espaço escolar para iniciar a sua formação
docente. Nesse momento, a pergunta que se levanta é: o que observar?
Vamos responder a essa pergunta no próximo módulo!
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Por que um estagiário precisa ir à escola? Num mundo tão cheio de “virtualizações”, profissões
inimagináveis passam a ser “automatizadas” ou “virtualizadas”. Entre os motivos pelos quais o aluno
não pode, em nenhuma hipótese, fazer estágios de forma remota na formação de professores, temos:
I. A legislação retrógrada, que ainda não consegue perceber os meios digitais.
II. O entendimento da especificidade do complexo escolar, marcando a aprendizagem do futuro
docente na compreensão das variações de situações em que o repertório teórico tem de ser utilizado
e discutido.
III. Ajudar a treinar os adolescentes para serem melhores e, por isso, precisamos aumentar o
contingente de profissionais na escola.
Estão corretas as afirmativas:
A Apenas a I.
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Parabéns! A alternativa B está correta.
A aprendizagem discente passa pela relação teoria e prática. Tal prática precisa encontrar simulações
perfeitas do ambiente de trabalho, superando a ideia de que seu trabalho é transmitir conteúdo ou de
que existe somente em sala de aula.
Questão 2
“O ambiente escolar é marcado por sentimentos e está mergulhado de sociedade”. A frase de efeito
tenta indicar o que o aluno vivencia quando experimenta o campo de observação. Nesse sentido, são
marcas do cotidiano do estagiário:
I. Ao frequentar o espaço escolar, o estagiário está cercado por inúmeras vozes – as vozes dos alunos,
dos professores, da equipe diretiva, dos funcionários e dos responsáveis.
II. As diversas vozes da escola são vitais para o bom andamento do processo educativo e, no cotidiano
escolar, expressam suas angústias, alegrias, esperanças e decepções com o ambiente que as cerca.
III. Saber ouvir um desabafo ocasional, intencional ou não, de qualquer um desses personagens deve
servir para que o estagiário perceba as fragilidades da escola e as informe no relatório, mostrando
que está atento aos profissionais e grupos mais frágeis.
IV. É primordial que o licenciando se posicione como profissional e não aceite críticas ao seu trabalho,
uma vez que ele está aprendendo, e não cabe ao professor orientador cobrá-lo.
Estão corretas as afirmativas:
B Apenas a II.
C Apenas a III.
D Apenas I e II.
E Apenas II e III.
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Parabéns! A alternativa A está correta.
A escola é o espaço das vozes dos personagens que ele estudou. Apesar de conhecer e reconhecer
muitos, quando volta à escola, o licenciando assume outra função, tem outro campo de observação. No
entanto, ele deve ser ético ao ouvir essas vozes, já que não está ali para fazer juízos de valor, nem
imaginar que não deve receber críticas. Críticas são vitais, são mecanismos de reflexão e
aprimoramento.
A I e II apenas.
B I e III apenas.
C I e IV apenas.
D II e III apenas.
E III e IV apenas.
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2 - Observando a escola
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os principais processos de observação
do aluno no cotidiano escolar.
Estudo de caso: o que eu faço na escola?
Assista agora a um vídeo que aborda o estágio supervisionado em seu aspecto de atividade de pesquisa.
Agora que você já entendeu a chegada e sua importância, notando a mediação entre teoria e prática, chegou
a hora de testar os olhos. Vamos guiar você pelo exercício da observação e organização de sua observação.
Lembre-se de que você não é fiscal, não é um crítico e não está ali para apontar como as pessoas fazem
errado. Lembre-se também de que você não é mais aluno, não está ali com a função de aprender o

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conteúdo, mas de pesquisar, cruzar dados e mediar aspectos do cotidiano.
Vamos lá?
O que observar?
O MEC lançou um documento, em 2004, intitulado Indicadores da Qualidade na Educação, que consiste em
uma espécie de caderno a ser preenchido com a participação de todos os membros da comunidade escolar.
De acordo com o MEC, há algumas dimensões que marcam a qualidade da educação e que devem servir
como base para que as escolas brasileiras, em suas diversas modalidades, fundamentem a sua
organização.
As sete dimensões de qualidade são: o ambiente educativo, a prática pedagógica, a avaliação, a gestão
escolar democrática, a formação e as condições de trabalhos dos profissionais da escola, o ambiente físico
escolar e o acesso, permanência e sucesso na escola.
Apesar de estabelecer os indicadores, o MEC esclarece, no documento Indicadores da Qualidade na
Educação (2004), que a qualidade da escola deve ser avaliada pela própria comunidade escolar.
Não existe um padrão ou uma receita única para uma escola de qualidade. Qualidade
é um conceito dinâmico, reconstruído constantemente. Cada escola tem autonomia
para re�etir, propor e agir na busca da qualidade da educação.
(BRASIL, 2004, p. 5)
Cada escola deve, portanto, em um esforço autoavaliativo, realizar um constante diagnóstico acerca das
suas ações e caminhar para a resolução das suas lacunas a partir de um esforço coletivo. Essa ação é
reforçada pelo mesmo documento:
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Os Indicadores da Qualidade na Educação foram criados para ajudar a comunidade
escolar na avaliação e na melhoria da qualidade da escola. Este é seu objeto principal.
Compreendendo seus pontos fortes e fracos, a escola tem condições de intervir para
melhorar sua qualidade de acordo com os seus próprios critérios e propriedades.
(BRASIL, 2004, p. 5)
Os sete indicadores mencionados são aqueles que tanto a escola usa para se autoavaliar quanto o MEC
utiliza como parâmetro para a sua observação. Desse modo, será a partir deles que estabeleceremos, aqui,
os pontos de observação que devem guiar o olhar e a escuta do licenciando nesse primeiro momento de
visita ao ambiente escolar.
Sabemos que o ambiente escolar é um palco de observação amplo e rico. No entanto, para que a
observação ocorra de forma a gerar conhecimento ao licenciando, é preciso direcioná-la. Sendo assim, é
preciso definir os focos de observação.
A seguir, vamos examinar alguns elementos vitais à observação, como aspectos físicos, humanos e
materiais da escola. Não perca o olhar sobre essas questões!
Aspectos da escola – físico, humano e material
De acordo com os Indicadores da Qualidade na Educação: “A escola é um espaço de ensino, aprendizagem
e vivência de valores. Nela, os indivíduos se socializam, brincam e experimentam a convivência com a
diversidade humana” (BRASIL, 2004, p. 19).
A escola não pode ser entendida somente a partir da sua estrutura física, uma vez que ela é um organismo
vivo, cujos integrantes se complementam e dependem um do outro para alcançar sucesso em seus
objetivos. Esse é o entendimento que o licenciando deve ter ao observar o espaço escolar, atentando tanto
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para os aspectos físicos que compõem o prédio escolar, mas também para a forma como as relações
humanas se desenrolam nele.
O aspecto físico do ambiente escolar é fundamental para o pleno desenvolvimento do processo de ensino e
aprendizagem. O prédio escolar deve ser fisicamente acolhedor e espacialmente adequado para viabilizar a
execução das atividades pedagógicas.
Os Indicadores definem o espaço físico escolar ideal da seguinte forma:
Ambientes físicos escolares de qualidade são espaços educativos organizados,
limpos, arejados, agradáveis, cuidados, com �ores e árvores, móveis, equipamentos e
materiais didáticos adequados à realidade da escola, com recursos que permitam a
prestação de serviços de qualidade aos alunos, aos pais e à comunidade, além de
boas condições de trabalho aos professores, diretores e funcionários em geral.
(BRASIL, 2004, p. 41)
Esses são, portanto, os pontos que o licenciando deverá observar acerca das condições físicas do espaço
escolar. Um primeiro ponto a se observar é a própria arquitetura do prédio que abriga a escola.
Arquitetura e seu contexto histórico
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O Colégio Pedro II, na cidade do Rio de Janeiro, foi fundado em 1837.
A arquitetura é, assim como outros elementos presentes na sociedade, um produto cultural, e diz muito
sobre como a sociedade entende a ocupação do espaço físico. Os prédios escolares, portanto, têm uma
história, fazem parte damemória coletiva e trazem consigo o simbolismo próprio dos valores de uma época.
De acordo com o período histórico em que foram construídos, foram utilizadas tendências arquitetônicas
diferenciadas. Os primeiros prédios escolares no Brasil começaram a ser construídos no final do século XIX
como resultado do projeto republicano de difundir o ensino formal para a população brasileira. Tais esforços
tiveram início com a construção das “escolas do imperador”. D. Pedro II mandou construir, com o dinheiro
que fora arrecadado para erigir uma estátua equestre em sua homenagem, prédios escolares no Rio de
Janeiro – a capital do Brasil à época. Até então, as escolas públicas funcionavam em prédios alugados.
A partir da parceria do imperador com a Câmara Municipal do Rio de Janeiro e com capitais particulares, as
“escolas do imperador” foram construídas. A primeira a ser construída foi a Escola da Freguesia de
Sant'Anna – Escola São Sebastião. Alguns desses prédios construídos em estilo neoclássico ainda estão
presentes na paisagem urbana do Rio de Janeiro.
O Colégio Estadual Amaro Cavalcanti foi construído entre 1874 e 1875.
Esses edifícios, construídos em importantes localidades da cidade, com proporções
avantajadas, dentro de tendências estéticas da época e com utilização de materiais
nobres, ganhavam destaque em meio à paisagem urbana. Essa monumentalidade e a
propaganda que envolviam o lançamento da pedra fundamental e da inauguração
desses prédios, que contavam com a presença do próprio Imperador, re�etem o
personalismo de D. Pedro II, sutil e encoberto sob a imagem do governante protetor de
uma grande causa, a “educação”, ainda que amasse sinceramente as artes e as
ciências. Era o “Imperador Mestre-Escola”.
(RIO DE JANEIRO, 2004)
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O fim do Império e a ascensão do governo republicano tornou ainda mais necessária a difusão da
escolarização para a sociedade brasileira. A ideia que guiou alguns governos locais foi erigir prédios que
tivessem a estrutura básica para abrigar professores e estudantes. Até aquele momento, as escolas
funcionavam, por vezes, nas casas ou em espaços mantidos pelos próprios professores e que, portanto,
tinham um acesso restrito e dificilmente contavam com o conforto básico para aqueles que os
frequentavam.
Segundo Célia Dórea, que estudou as transformações dos prédios escolares, relacionando-as às mudanças
na história política brasileira, o regime republicano investiu na difusão de um ideal de cidadania. Esse ideal
passava, sobretudo, pelo fomento do sistema educacional e, consequentemente, pela construção de prédios
escolares no território nacional.
Então, se a República era o lugar do homem novo, tornava-se necessário repensar
esse ambiente, organizando-o, higienizando-o, ou seja, ordenando o espaço físico da
cidade e, por consequência, o espaço físico da escola. Os edifícios escolares surgem,
nesse momento, com uma �nalidade especí�ca – o lugar onde se processa a
formação do cidadão –, e o “modelo” grupo escolar institui-se, a partir de então, como
representativo de uma época.
(DÓREA, 2013, p. 169)
Um dos principais educadores brasileiros, Anísio Teixeira, foi responsável por incluir, em seu projeto de
reforma educacional, a construção de prédios escolares planejados e adequados às necessidades do
processo de ensino e aprendizagem. Em um texto publicado em um jornal, o educador afirmou: “Pelos
prédios e instalações escolares, e não pelas leis e regulamentos, é que se pode conhecer o verdadeiro
programa de ensino de uma localidade.” E ainda: “Prédios e instalações é que fixam os limites e marcam as
diretrizes de um sistema escolar” (TEIXEIRA, 1934, p. 5-6).
Os prédios escolares e a sua localização, portanto, têm uma história e um papel na difusão de uma política
educacional. Ao adentrar ao espaço escolar, o licenciando deve procurar inteirar-se sobre os aspectos
históricos dessa escola. Refletir sobre isso é uma boa forma de entender o espaço físico e simbólico que
essa escola ocupa na comunidade que a abriga. A partir daí, será muito mais fácil para o licenciando
entender a forma como a comunidade escolar lida com o seu prédio escolar.
Observação do prédio escolar
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A observação do prédio escolar passa por responder a algumas questões iniciais, tais como:
É importante que o prédio escolar seja atraente para o aluno. A escola deve ser vista pelo educando como
um local em que ele se sinta acolhido e motivado para realizar o seu aprendizado.
Os muros da Escola Municipal Araucária, em Curitiba, foram transformados em um imenso e colorido painel que incentiva o respeito às
diferenças entre os colegas.
As cores empregadas na pintura externa e interna do prédio, a presença de murais atualizados com
informações relevantes e visualmente atraentes, podendo conter a produção dos próprios alunos, tornam o
ambiente mais propício para a aprendizagem. Isso não envolve, necessariamente, gastos extremos, mas
uma compreensão adequada do uso do espaço para fins pedagógicos.
O prédio foi construído para abrigar a escola ou foi adaptado para ela?
Se tiver sido adaptada, a adaptação foi satisfatória para o desempenho adequado das atividades
escolares?
Os cômodos existentes no prédio são adequados para as funções a que se propõem?
Como é feita a conservação do espaço escolar?
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Um dos espaços mais visitados pelos estudantes é o pátio da escola. Por essa razão, o pátio deve ser
espaçoso e acolhedor. Os alunos, que passam boa parte do seu dia no espaço escolar, precisam de um
tempo e de um lugar onde possam relaxar, extravasar a sua energia e socializar entre o período de aulas. É
ideal que esse pátio seja construído em um espaço aberto, onde se possa ter contato com a luz solar,
árvores e ar puro.
A importância da socialização é assinalada nos Indicadores:
[...] No ambiente educativo, o respeito, a alegria, a amizade e a solidariedade, a
disciplina, o combate à discriminação e o exercício dos direitos e deveres são práticas
que garantem a socialização e a convivência, desenvolvem e fortalecem a noção de
cidadania e de igualdade entre todos.
(BRASIL, 2004, p. 19)
A socialização, portanto, é um fator primordial para o bom desempenho escolar do indivíduo, uma vez que
favorece a construção da sua própria identidade e lhe permite apropriar-se de estratégias a fim de aprimorar
a sua convivência com os diferentes sujeitos que o cercam.
Escola e sociedade
A escola tem sido identificada, por muitos daqueles que a tomaram como objeto de estudo, especialmente
no campo sociológico, como uma das instituições fundamentais de uma sociedade. Nesse sentido, a escola
ocupa um lugar especial na formação dos indivíduos e perde em importância e função socializadora
somente para a família.
Weber, por exemplo, identifica a escola como primordial no processo educativo de uma pessoa, mas
também na reprodução e na transformação do corpo social. Isso porque é por meio da escola que o
indivíduo iniciará o seu processo de socialização com outros elementos além do seu próprio grupo familiar.
ax Weber
Sociólogo e cientista social que valoriza o interesse dos indivíduos e a atratividade dos grupos, sinaliza como a
educação assume a forma de um mecanismo de status.
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Os códigos comportamentais que regem as relações sociais serão introduzidos nos alunos por meio da
orientação formal dada pelos professores, mas também da informalidade decorrente do convívio escolar.
Ao ter que dividir um espaço que é público, e não o particular que representa o seu ambientefamiliar, o
aluno aprenderá a agir de forma adequada com os outros elementos da sociedade. Portanto, a escola não é
somente um espaço de educação formal, mas também de educação informal advinda, sobretudo, da
socialização.
Durkheim, quando tratou do papel que a educação desempenhava na integração do indivíduo à sociedade,
considerou que era por meio da educação que as gerações adultas impunham às crianças a sua concepção
de mundo, já que elas, espontaneamente, não a desenvolveriam.
Cerimônia cívica realizada em escola na cidade do Rio de Janeiro.
mile Durkheim
Considerado um dos pais da sociologia moderna, estuda a educação como Fato Social, mecanismo conceitual
de sua filosofia que consolidava e impunha as práticas do tecido social.
Fernanda Müller (2008), comentando o pensamento durkheimiano, assinala que ele se fundamenta em uma
concepção passiva do indivíduo, especialmente da criança: “[...] Dessa relação, ela assinalaria a moral e os
costumes que conduzem ao convívio social e, aos poucos, incorporaria as regas coletivas aos seus valores
individuais, pois, do contrário, ela se tornaria excluída” (MÜLLER, 2008, p. 125).
Como alternativa à concepção passiva do indivíduo, a autora propôs o uso do conceito de “reprodução
interpretativa” de William Corsaro. Para esse autor, a socialização não é um processo somente adaptativo e
de internalização, mas um “processo de apropriação e reinvenção”.
[...] Por meio do termo “reprodução”, Corsaro (1997, p. 18) explica que as crianças são
constrangidas pela estrutura social que impõe a internalização das regras sociais,
mas, ao mesmo tempo, estão ativamente contribuindo para a produção e mudança
cultural. Enquanto “interpretativa”, captura os aspectos inovadores e criativos da
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participação da criança na sociedade. O conceito de “reprodução interpretativa”, logo,
compreende que as crianças contribuem para a preservação, assim como para a
transformação da sociedade.
(MÜLLER, 2008, p. 126)
A escola e, especialmente, o pátio escolar, é o lugar por excelência da socialização. É o espaço de troca de
ideias, de conversas e de interação que fazem com que o aluno reflita sobre o seu cotidiano escolar, sobre
as regras que lhe são impostas, sobre as suas próprias demandas e proponha alternativas e estratégias.
Quando combinadas com a equipe diretiva da escola, tais alternativas podem tornar o processo educativo
muito mais interessante e significativo para o alunado. Além disso, permitem que o aluno desenvolva
estratégias próprias e cotidianas para conviver com aqueles que são estranhos ao seu grupo familiar.
A socialização que ocorre no espaço escolar também é fundamental para que o aluno entenda a escola
como um local prazeroso. Sem dúvida, isso torna mais leve e efetivo o seu processo de aprendizagem.
Vygotsky – uma das grandes referências para a educação atual – já defendia o lugar que as emoções têm
no processo de aprendizagem, não podendo ser um elemento desprezado por aqueles que estão envolvidos
com um projeto educacional. Nesse sentido, o pedagogo afirmou que:
O pensamento não nasce de si mesmo, nem de outros pensamentos, mas sim da
esfera motivacional de nossa consciência que abrange nossas inclinações e
necessidades, nossos interesses e impulsos, nossos afetos e emoções. Por trás do
pensamento, existe uma tendência afetivo-volitiva. Só ela pode dar a resposta ao
último “por quê?” na análise do processo de pensar. Se antes comparamos o
pensamento com uma nuvem que derrama uma chuva de palavras, deveríamos
comparar a motivação do pensamento, continuando a metáfora, ao vento que põe em
movimento as nuvens.
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(VYGOTSKY, 2014, p. 314, tradução nossa)
O “vento” das emoções que alimenta o processo de socialização do alunado se move nos diversos
ambientes escolares, além do pátio.
Espaços de alimentação
O refeitório é outro espaço da escola onde os alunos se reúnem para realizar um dos atos mais
significativos de socialização e que os seres humanos praticam desde os períodos históricos mais remotos:
o ato de alimentar-se juntos.
Comer é um ato que vai além de uma necessidade biológica, pois nele estão imersos uma série de
referências simbólicas próprias de uma cultura. O tipo de alimento consumido, a forma como ele é
preparado e até a maneira como ele é saboreado pelo indivíduo ou por um grupo são elementos necessários
de serem observados quando o ato de comer e as relações de socialização estão em jogo.
É na escola, muitas vezes, que os alunos enriquecem as suas experiências alimentares. Os lanches
coletivos que as escolas promovem, a troca de alimentos entre os estudantes no refeitório, por exemplo,
propicia aos estudantes tanto o contato com novos sabores e formas de preparo, como também o exercício
de seu senso de generosidade.
As escolas, por vezes, especialmente as públicas, oferecem aos alunos a oportunidade de consumir
alimentos variados, que são selecionados para garantir uma dieta equilibrada. O resguardo da saúde do
educando por meio de uma boa alimentação facilita, sem dúvida, o seu aprendizado. Por isso, tem sido uma
preocupação dos órgãos governamentais garantir ações que favoreçam o desenvolvimento de uma
educação saudável nas escolas brasileiras.
Desde a década de 1950, o governo brasileiro criou a Campanha da Merenda Escolar e, em 1979, fundou o
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), vigente até hoje. Estudiosos do sistema de
planejamento, produção, distribuição e adequação da alimentação escolar nos informam acerca da
importância estratégica que a alimentação possui no processo educacional:
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A alimentação escolar visa a fornecer aporte energético e nutricional capaz de
contribuir para o crescimento biopsicossocial e o pleno exercício das aptidões dos
educandos, considerando-se o processo ensino-aprendizagem durante o período de
permanência na instituição educacional. Adicionalmente, a alimentação escolar
desempenha papel de relevância social, uma vez que, em muitos casos, é considerada
como a refeição principal do dia e a única garantia de alimentação da criança.
(ISSA et al., 2014, p. 97)
Atento a esses pontos, é importante que o licenciando, ao frequentar o espaço escolar, observe a cantina, o
refeitório ou outras áreas de alimentação para aferir elementos acerca da dieta alimentar dos alunos e
identificar a forma como a comunidade escolar valoriza ou não os aspectos referentes à saúde física do
alunado.
Espaços de leitura
Além de um pátio amplo e de áreas específicas destinadas à alimentação, que ampliam o processo de
socialização do alunado, é importante que a escola tenha, pelo menos, um espaço dedicado à leitura – uma
espécie de biblioteca escolar ou sala de leitura.
A leitura ocupa um papel decisivo na formação escolar de um aluno, sendo um dos instrumentos mais
significativos que lhe garantirá a inserção no mundo em que vive. O domínio da técnica da leitura e a
ampliação da capacidade de interpretação textual garantirá ao aluno a autonomia necessária para
compreender a realidade que o cerca.
A leitura abre a mente do indivíduo, transporta-o para outras realidades, estimula a
sua capacidade criativa, gera prazer e amplia o desenvolvimento de um senso de
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empatia do indivíduo em relação a quem o cerca.
O domínio da língua é fundamental para que o indivíduo se sinta integrado à sociedade. O ato de ler implica
o domínio de técnicas que envolvem operações cerebrais complexas. Ler é muito mais do que juntar
letrinhas, pois envolve a produção de sentido porparte do leitor, o que se dará a partir de um exercício
reflexivo.
Assim, a produção de leitura consiste no processo de interpretação desenvolvido por
um sujeito-leitor que, defrontando-se com um texto, analisa, questiona com o objetivo
de processar seu signi�cado projetando sobre ele sua visão de mundo para
estabelecer uma interação crítica com o texto.
(INDURSKY; ZINN, 1985, p. 56)
Cabe à escola, portanto, garantir ao aluno o acesso à leitura, não apenas no espaço da sala de aula. Por
isso, é importante que a equipe diretiva da escola invista na construção de um espaço leitor, uma biblioteca
escolar ou uma sala de leitura. Nesse espaço, o aluno deve encontrar um acervo variado e adequado ao seu
estágio de desenvolvimento das técnicas de leitura.
A presença de um bibliotecário ou de um professor responsável exclusivamente por esse espaço é
importante para garantir a escolha adequada do acervo, a sua catalogação e disponibilização atraente para
o público escolar, além da elaboração de atividades, como rodas de leitura, encontros com autores,
concursos literários etc.
Tais atividades estimularão os alunos a ampliarem o seu repertório de leitura e criarem o seu próprio gosto
literário. Por isso, os Parâmetros Curriculares Nacionais, publicados em 1998, já orientavam:
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É preciso que a escola ofereça condições para que os alunos construam
aprendizagens na leitura, além de conquistar o educando de forma prazerosa, para
que ele desenvolva o hábito de ler utilizando seus recursos e baseando-se num
planejamento que atenda não só aos alunos bem-sucedidos, mas que dê maior ênfase
aos que apresentam di�culdades como leitores, possibilitando um despertar para que
as di�culdades transformem-se em facilidade, sensibilizando-os e assegurando-os na
apropriação de textos orais e escritos.
(BRASIL, 1998, p. 48)
A leitura, portanto, descortina o mundo real e enriquece o mundo interior, alimentando a alma do indivíduo e
contribuindo para um exercício autorreflexivo fundamental a qualquer ser humano. Como já dizia Paulo
Freire:
O fato de me perceber no mundo com o mundo e com os outros me põe numa posição
em face do mundo que não é de quem nada tem a ver com ele. A�nal, minha presença
no mundo não é a de quem a ele se adapta, mas a de quem nele se insere.
(FREIRE, 1996, p. 60)
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A escola, muitas vezes, é o único lugar onde o aluno terá a oportunidade de ter acesso a um acervo rico de
leitura que lhe permita tomar ciência do seu lugar no mundo e explorar o seu potencial criativo por meio do
estímulo à sua imaginação.
O licenciando, ao frequentar o espaço escolar, deve estar atento à existência de um ambiente destinado
especificamente à leitura, observando o seu acervo, identificando quem é o membro da comunidade escolar
responsável pela gestão desse espaço e verificando se ele promove ações de leitura que envolvam o
alunado.
Sala de aula
Um dos espaços mais significativos do ambiente escolar é, sem dúvida, a sala de aula, onde alunos e
professores se dedicam ao processo de ensino e aprendizagem. Esse espaço, portanto, deve ser um
ambiente funcional e confortável para aqueles que passam a maior parte do tempo escolar.
Um dos pontos a serem observados em relação às salas de aula é a sua quantidade. As salas de aula da
escola observada são suficientes, em termos numéricos, para abrigar todas as turmas e alunos da escola? É
importante que seja assim, uma vez que, por limitações sérias de espaços, algumas escolas abrigam
turmas diferentes em uma mesma sala. Isso pode comprometer o trabalho do professor e também
confundir o alunado.
Não basta, no entanto, que cada turma tenha disponível para si uma sala de aula. Também é preciso que ela
obedeça às normas técnicas estabelecidas pelo MEC.
Um relatório produzido em 2000 pelo MEC para avaliar a infraestrutura das salas de aula das escolas
brasileiras aponta como critérios de aferição:
Um pé-direito mínimo de 2,60 metros;
A presença de ventilação e iluminação naturais, além da ventilação cruzada e da iluminação
artificial incandescente;
Critérios de aferição do MEC 
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A presença de paredes protegidas e com revestimento lavável (também para os pisos) e um
quadro.
Esses são elementos básicos necessários para a determinação de um cômodo como sala de aula. A
ocupação da sala, em termos de lotação por metro quadrado, será dada de acordo com o cálculo
previsto pelo governo, em que se leva em consideração a metragem do cômodo. Portanto, não há um
número preciso de alunos para a ocupação de uma sala – dependendo da metragem, a sua lotação
será variada.
O número de mesas e cadeiras presentes na sala deve ser compatível com o número de alunos, contando
com o docente. O mobiliário deve estar em bom estado de conservação e limpeza, além de estar adequado
ao tamanho do público que irá ocupá-lo. A disposição do mobiliário também é um ponto importante a ser
considerado pelo licenciando na sua observação. Veremos mais sobre isso em outro tópico.
Espaço escolar e seu papel disciplinador
Michel Foucault é um dos filósofos que tem influenciado boa parte dos estudos acerca do espaço escolar.
Analisando o sistema escolar da França no século XVIII, em sua obra Vigiar e Punir (2006), Foucault
identificou a escola como um dos espaços utilizados pelo Estado para disciplinar os indivíduos,
enquadrando-os em normas comportamentais que resultam na docilização dos seus corpos e das suas
vontades, a fim de garantir o respeito à hierarquia social.
Comentário
A forma como as escolas foram arquitetonicamente construídas favoreceria, portanto, o controle e a
disciplinarização de todos os personagens que a ocupam, especialmente, o alunado. A disposição das
cadeiras em fileiras separadas, com a mesa do professor à frente da sala, foi entendida por alguns dos
estudiosos do tema, inspirados nas teses foucaultianas, como uma maneira de fundamentar a hierarquia
existente entre professores e alunos. Contudo, é preciso relativizar essa observação.
Foucault analisou o sistema escolar do século XVIII, no qual a sociedade se pautava em uma hierarquia
social rígida. Hoje, no século XXI, a sociedade se transformou, e a escola é entendida como um espaço
interativo. Nesse sentido, os membros da comunidade escolar, cientes da sua função e do papel a ser
desempenhado no processo educacional, não se veem mais a partir de suportes hierárquicos rígidos, mas
entendem o valor da interação para o sucesso da aprendizagem.
Mobiliário
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O mobiliário da sala de aula deve ser, sobretudo, móvel, podendo ser disposto de acordo com as demandas
da atividade a ser desenvolvida no momento. Um trabalho em grupo só será bem executado se os
estudantes puderem unir as suas carteiras e trocar ideias.
O mesmo acontece no momento de um debate ou de uma roda de conversa, em que a formação de um
círculo com o mobiliário permite uma maior interação. Ao observar a disposição do mobiliário, o licenciando
precisa estar atento para sua utilização em adequação à atividade pedagógica proposta pelo professor.
Espaço das atividades físicas
Outro ambiente escolar importante que garante a qualidade da educação dada pela escola é a quadra
escolar ou um espaço onde os alunos, sob a orientação de professores especializados, possam desenvolver
atividades físicas.
É importante que esse espaço esteja bem conservado, oferecendo as condições de segurança necessárias
para os alunos e os docentes que o utilizam. Portanto, é importante que o licenciando observe em que local
da escola osalunos realizam as aulas que envolvem as atividades físicas. Também é preciso observar a
forma como esse espaço é ou pode ser utilizado para reunir a comunidade escolar em atividades que
envolvem todos os seus membros, como as festas e comemorações.
Espaços de reunião
É importante que a escola tenha um local em que possa reunir docentes, alunos, equipe diretiva,
funcionários e os responsáveis para apresentar os resultados das suas ações educativas.
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Isso não só permite o estreitamento dos laços sociais entre os alunos, favorecendo as atitudes de respeito
em relação ao trabalho desenvolvido pelo outro, como também aproxima as famílias da dinâmica escolar.
Essa proximidade é um fator facilitador do processo de ensino e aprendizagem.
Salas de informática
Pátio, refeitório, salas de aula, quadra, salas de leitura e de informática são os aparatos físicos que envolvem
o prédio escolar, mas também e, sobretudo, são espaços de produção de conhecimento em um processo
interativo que envolve professores e alunos.
Para que tudo funcione bem, no entanto, é preciso que a equipe diretiva esteja sempre atenta para a
manutenção da segurança, da limpeza e o cuidado do prédio escolar. É esse cuidado que também deve ser
observado pelo licenciando nas suas visitações escolares.
Comunidades nada imaginadas
As escolas são comunidades nas quais discentes, docentes, funcionários e responsáveis se veem
envolvidos no processo educacional. As condições físicas da escola são instrumentos que favorecem a
prática pedagógica, e a equipe diretiva é aquela que lidera o ambiente escolar, criando estratégias
facilitadoras para o bom andamento do processo educacional.
Uma equipe diretiva que desempenha bem a sua função o faz quando implementa uma gestão escolar
democrática, que é um dos elementos previstos nos Indicadores da Qualidade na Educação:
Algumas características da gestão escolar democrática são: o compartilhamento de
decisões e informações, a preocupação com a qualidade da educação e com a relação
custo-benefício, a transparência (capacidade de deixar claro para a comunidade
como são usados os recursos da escola, inclusive os �nanceiros).
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(BRASIL, 2004, p. 31)
A gestão democrática está fundamentada no documento que reúne o histórico, o perfil, as metas e os
desafios que a escola se propõe a enfrentar: o Projeto Político Pedagógico (PPP). Vamos conhecer o PPP no
tópico a seguir.
Projeto Político Pedagógico
De acordo com o Dia de discussão do projeto pedagógico (2018), documento produzido pelo MEC e que teve
como parâmetro a Base Nacional Comum Curricular:
O Projeto Pedagógico é um documento que traz unidade em relação à
intencionalidade educativa da escola, pois fortalece a identidade da escola, esclarece
sua organização, de�ne objetivos para a aprendizagem dos alunos e, principalmente,
de�ne como a escola irá trabalhar para atingi-los.
Também tem o potencial de ampliar o senso de pertencimento e o engajamento de
toda a comunidade escolar (gestores, professores, demais pro�ssionais da escola,
pais, alunos e comunidade) em torno de um projeto educativo comum.
(BRASIL, 2018, p. 3)
O Projeto Político Pedagógico é um documento elaborado coletivamente, com a participação de toda a
comunidade escolar. Os segmentos alunos, professores, funcionários, os responsáveis e a equipe diretiva se
reúnem para identificar os desafios que a escola precisa enfrentar e traçar estratégias de resolução.
Cada PPP, portanto, é um documento único, próprio de cada escola e que precisa ser continuamente
revisado pelos membros da comunidade escolar. Dessa forma, o PPP estará de acordo com as demandas
mais imediatas, sendo implementado no cotidiano escolar.
Três perguntas orientam a redação de um Projeto Político Pedagógico:
Onde estamos?
Diagnóstico atual sobre a situação da escola.
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Para onde queremos ir?
Qual é a intencionalidade educativa da escola?
Como chegar lá?
Qual o plano de ação para alcançar a intencionalidade educativa?
Ao frequentar a sua escola de estágio, é importante que o licenciando pergunte à equipe diretiva da escola
sobre o Projeto Político Pedagógico e busque, se ele estiver disponível para a consulta, identificar os seus
pontos principais, que são:
A contextualização histórica e a caracterização da escola;
O diagnóstico de indicadores educacionais;
A missão, a visão e os princípios da escola;
A fundamentação teórica e as bases legais;
O plano de ação.
Atenção!
O licenciando deve buscar conhecer a equipe diretiva da escola e procurar saber quais os desafios e as
estratégias que ela utiliza para a resolução das suas situações-problema. Além disso, é a partir do Projeto
Político Pedagógico que as ações educativas são pensadas e justificadas.
O projeto anual da escola, que deve funcionar como um fio condutor para a proposição das atividades
escolares, é oriundo do Projeto Político Pedagógico. Com base no Projeto Político Pedagógico, no projeto
anual da escola e nas determinações curriculares previstas na Base Nacional Comum Curricular, os
professores de cada área de conhecimento fazem o planejamento das suas aulas.
Conexão com os alunos e as demandas da sociedade
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Um planejamento, para que seja eficaz, deve se pautar no entendimento do público a que se destina. Desse
modo, é preciso que o professor identifique as dificuldades e o potencial dos seus alunos ao elaborar o seu
planejamento. Os Indicadores da qualidade na educação reforçam:
Por meio de uma ação planejada e re�etida do professor no dia a dia da sala de aula, a
escola realiza o seu maior objetivo: fazer com que os alunos aprendam e adquiram o
desejo de aprender cada vez mais e com autonomia. Para atingir esse objetivo, é
preciso focar a prática pedagógica no desenvolvimento dos alunos, o que signi�ca
observá-los de perto, conhecê-los, compreender suas diferenças, demonstrar
interesse por eles, conhecer suas di�culdades e incentivar sua potencialidade.
(BRASIL, 2004, p. 23)
Para que a educação formal oferecida pela escola, por meio da veiculação dos conteúdos didáticos, faça
sentido, torna-se necessário que ela esteja aliada àquilo que é socialmente significativo.
Os conteúdos apresentados só alcançam o sentido real se relacionados aos desafios cotidianos
enfrentados pelos alunos. Daí a importância de o professor estar atento ao mundo que o cerca e que
também influencia o interesse dos seus alunos. A partir disso, o professor deve elaborar maneiras de
apresentar o conteúdo formal, estando ciente das habilidades que o seu aluno precisa desenvolver para
entender e se relacionar com a realidade em que vive.
A escola é, sobretudo, um espaço de produção de conhecimento, e não um local de transmissão de
informações que estejam desconectadas das demandas sociais.
Observar de forma prática
Fazer o conhecimento de algo ter sentido para o aluno é a tarefa do professor. É o professor que deve, em
seu planejamento, prever formas de ensinar que despertem, em sua turma, o desejo de aprender o conteúdo
a ser ensinado.
Atenção
Uma aula sem planejamento prévio é uma viagem de carro sem o motorista. O carro sequer irá se
movimentar. É preciso que o professor assuma a direção, trace um caminho que considere atraente para os
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seus companheiros de viagem. Desse modo, eles poderão, ao longo do trajeto, com as referências que
possuem e a sua curiosidade nata, enriquecer a viagem e sugerirpossíveis atalhos, mas é o professor que
deve saber onde quer chegar.
Vejamos os elementos principais que compõem o planejamento de uma aula:
Aquilo que se pretende ensinar.
Para que ano de escolaridade a aula se destina, o que vai ser definido pelo currículo escolar
fundamentado na Base Nacional Comum Curricular.
Por exemplo, História, Geografia, Língua Portuguesa etc.
Nome do professor responsável pela aula.
Dia, mês e ano em que a aula será ministrada.
Tema da aula 
Ano de escolaridade 
Área de conhecimento (ou disciplina) 
Professor(a) 
Data 
Escola 
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Nome da escola em que a aula ocorrerá.
O conteúdo que será a base da aula.
As habilidades que se espera que o aluno desenvolva com aquela aula.
O passo a passo, uma espécie de roteiro de como ocorrerá a aula.
Materiais necessários para a realização da aula.
Estratégia que o professor utilizará para avaliar se os seus alunos conseguiram desenvolver as
habilidades previstas.
Conteúdo 
Objetivos (ou habilidades) 
Desenvolvimento 
Materiais, equipamentos e recursos 
Avaliação 
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Tempo que a aula irá durar.
No link a seguir, disponibiliza-se um Modelo de Plano de Aula.
O licenciando, ao proceder as suas observações sobre a aula ministrada pelo professor, deve buscar
reconhecer nela esses elementos. Não é preciso que o professor compartilhe com o licenciando o seu plano
de aula, mas que o licenciando reconheça na regência do professor esses pontos fundamentais.
Atenção
É preciso lembrar que a aula é um momento dinâmico, e o planejamento previsto inicialmente pode ser
alterado em função de inúmeras circunstâncias. É isso o que torna a sala de aula um espaço tão
interessante e vivo! Mas cabe ao professor entrar nesse ambiente escolar sabendo o que pretende alcançar,
naquele dia e naquelas circunstâncias, com o seu aluno.
Com isso, partimos para o quarto e último ponto de orientação em relação ao estágio: como o licenciando
deve registrar o que ele observar.
Como registrar?
Começamos nossa conversa sobre a prática de estágio lembrando que ela é uma prática etnográfica. O
licenciando deve preparar o seu olhar antropológico ao entrar no espaço escolar. Para tal, ele deve renunciar
às suas ideias preconcebidas sobre o ambiente escolar e estar pronto para relacionar o que tem aprendido
na teoria, com os seus professores, acerca da educação.
Além disso, o licenciando deve procurar diagnosticar o quanto o ambiente escolar que ele está observando
se apropria desse conhecimento teórico e o enriquece com a sua prática cotidiana, marcada por desafios e
demandas com as quais, por vezes, os teóricos da educação ainda não lidaram.
Re�exão
A escola é um espaço vivo de pesquisa, e assim deve ser considerado pelos que a estudam teoricamente,
pelos que nela trabalham cotidianamente e por aqueles que nela estão para aprender como ser um futuro
docente em um mundo real. Dessa forma, é preciso que o licenciando tenha, sobretudo, respeito pelo
Duração 
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espaço e pelas pessoas com as quais lida ao realizar o seu estágio. Esse respeito deve estar presente
também na forma como registra as suas observações de estágio.
É recomendável que você separe um bloco de anotações físico ou virtual no qual registre tudo o que
observar enquanto estiver na escola. Esse material será muito importante no momento de elaborar o seu
relatório final de estágio.
O professor orientador de estágio poderá, por meio da riqueza e profundidade das suas observações,
conhecer a escola que você estagiou, além de conseguir inferir a importância que a experiência de estágio
teve na sua formação como futuro docente.
O relatório de estágio é a forma como o seu professor orientador terá condições de
avaliar a sua prática, portanto, capriche. Observe atentamente as regras de redação e os
pontos de observação que o professor lhe informará para a realização do relatório.
Caso queira, você pode incluir imagens da escola e das atividades realizadas, mas lembre-se de que elas só
podem ser registradas e utilizadas com a permissão dos que nela estão inseridos. Portanto, antes de tirar
qualquer foto, pergunte ao professor regente e à equipe diretiva se pode fazê-lo e se pode utilizá-la em seu
relatório.
É importante que você também entenda que o seu papel, como licenciando, é fundamentalmente de
observação. A sua participação mais efetiva no cotidiano escolar será definida pela equipe diretiva da
escola e pelo professor.
O aconselhável é que, ao se apresentar para o estágio em uma escola, você converse com a equipe diretiva
sobre como deve se portar e entender quais são as regras do ambiente escolar. Dessa forma, você não irá
transgredir essas regras intencionalmente.
Aja na medida do que a equipe diretiva e o professor docente lhe derem permissão, buscando respeitar o
que lhe foi informado e se esforçando para não alterar a dinâmica escolar, especialmente a da sala de aula.
Relatório de estágio
Dispondo de um bloco de notas farto em observações, você já está pronto para preencher o seu relatório de
estágio. Em geral, o relatório possui os seguintes pontos:
Capa
Folha de rosto
1. INTRODUÇÃO
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2. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA
1. Aspecto físico, humano e material da escola
2. Projeto Político Pedagógico
3. A escola como grupo social
4. Atividades docentes e discentes
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
4. REFERÊNCIAS
ANEXOS
No link abaixo, disponibiliza-se uma versão em PDF das informações acima.
Relatório de estágio
Documentação o�cial
A documentação oficial de estágio consiste, basicamente, na carta de apresentação, na ficha de frequência
e na ficha de avaliação do estagiário. Aqui, vamos apontar alguns modelos dessa documentação, que
podem ser alterados ao longo do tempo, mas cuja finalidade não é alterada.
O primeiro passo que o licenciando deve tomar antes de iniciar o seu estágio é providenciar, junto à escola
de estágio e à universidade, uma carta de apresentação e o termo de compromisso. A carta de
apresentação é o documento que apresenta o licenciando à escola em que ele pretende realizar o seu
estágio. Dessa forma, trata-se do seu cartão de visitas, que lhe garantirá acesso à equipe diretiva da escola
e ao ambiente escolar.
Posteriormente, com o aval da escola expresso por meio da assinatura da carta de apresentação, o
licenciando deve se informar sobre como ter acesso ao Termo de Compromisso. Por meio dele, a
universidade, a escola e o licenciando se responsabilizam legalmente pelo tempo de estágio a ser realizado.
Cumpridas essas etapas legais, com o estágio legalmente liberado, o licenciando
adentra o espaço escolar e inicia as suas observações. Como dito anteriormente,
as observações devem ser registradas para fundamentar a feitura do relatório e o
preenchimento da documentação de estágio.
Vamos explicar, a seguir, cada um dos documentos e a forma adequada de preenchê-los.
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A documentação disponível no link abaixo deve ser preenchida e assinada pelo professor regente
que foi o responsável pelo licenciando ao longo do estágio.
Clique aqui para baixar a Ficha de Avaliação do Estagiário.
Para que o licenciando seja bem avaliado, é importante que esteja atento às suas características que
serão avaliadas. Organização,capacidade de se comunicar com os demais, proatividade para
solucionar os problemas que surgirem dentro da sua alçada, saber agir com responsabilidade diante
de uma situação qualquer que se apresente e se mostrar pronto para reagir com tranquilidade às
possíveis pressões que venha sofrer no cotidiano escolar e que são próprias do mesmo.
O licenciando deve, por exemplo, saber como se posicionar respeitosamente diante dos alunos, mas
demonstrando a autoridade que permeia o trabalho docente, além de respeitar os limites e as regras
estabelecidas pelo professor regente da turma e a equipe diretiva.
Lembre-se de que essa declaração deve ser feita no papel timbrado da unidade escolar para que
tenha valor oficial.
Trata-se de um documento muito importante para você, licenciando, já que ele atesta para o seu
professor de estágio e para a universidade que você cumpriu a carga horária total da disciplina de
estágio.
Como demonstrado a seguir, trata-se de um modelo que deve ser seguido pela equipe diretiva da
escola ao produzir essa documentação.
Clique aqui para baixar o Modelo de Declaração de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado.
O documento deve ser assinado pela equipe diretiva da escola. Nesse caso, o documento deve ser
assinado manualmente e também deve constar o número de registro ou a matrícula do membro da
equipe diretiva que o assinou. Além disso, o documento deve ser carimbado para atestar a sua
oficialidade.
Tome muito cuidado com esse documento, pois ele precisa ser corretamente preenchido e não pode
conter nenhum tipo de rasura. Qualquer erro, rasura ou mal preenchimento da documentação, que
comprometa a sua autenticidade, pode inviabilizar a aceitação dessa documentação pelo professor
Ficha de avaliação do estagiário – unidade escolar 
Declaração de prática de ensino e estágio supervisionado 
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03084/doc/ficha-estagiario.pdf
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03084/doc/declaracao-ensino.pdf
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responsável pela disciplina de prática de ensino e estágio supervisionado e pelos representantes da
universidade.
As fichas de registro de frequência são documentos essenciais para o estágio. Nelas, devem ser
registradas, minuciosamente, as horas de estágio realizadas na unidade escolar. É muito importante
que todos os campos sejam preenchidos adequadamente e a ficha seja devidamente rubricada pelo
professor regente para que as horas sejam contabilizadas.
Você pode utilizar quantas fichas forem necessárias para registrar as horas de estágio. Cada data se
refere a um dia de estágio observado.
A ficha de registro de frequência é um documento duplo – possui 2 anexos que devem ser
preenchidos de forma correspondente.
Observe o modelo a seguir:
Clique aqui para baixar a Ficha de Registro de Frequência.
Nela, deve ser registrado o número somado das horas mencionadas em toda a folha da ficha.
Não há problemas em usar quantas folhas dessas forem necessárias para registrar a carga horária
total do seu estágio.
Note que, para cada data registrada no primeiro anexo da ficha de registro de frequência, deve haver
um registro correspondente no segundo anexo da ficha.
Observe, no entanto, que não é sempre assim. Existem variações nas diversas unidades escolares.
Apresentamos um modelo, um caminho que acaba por servir de guia para você e seu cotidiano como
estagiário.
Agora é hora de praticar!
Ficha de registro de frequência 
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
No processo de observação na unidade escolar, é função do aluno:
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I. Ter autonomia e desenvolver suas atividades como fosse um funcionário da unidade.
II. Estabelecer um regime de residência pedagógica, em que ele experimenta todos os segmentos da
escola.
III. Pesquisar e investigar sobre o funcionamento e cotidiano escolar visando mediar teoria e prática.
Estão corretas as afirmativas.
Parabéns! A alternativa C está correta.
O aluno tem papel de pesquisador no campo do estágio, mediando os conhecimentos teóricos
recebidos com seus aspectos práticos, percebendo adaptações e dificuldades do cotidiano. O estágio é
supervisionado, de modo que não podem ser confundidos com funções de trainee de outros campos
empresariais. O aluno deve estar ali para aprender, e sua supervisão deve ser constante.
Questão 2
Sobre a documentação do Estágio Supervisionado em Educação, podemos sublinhar que sua relação
com a prática da observação da escola se dá a partir de:
I. Organiza a observação da escola, de maneira investigativa a partir de pesquisa, para ter os dados, de
forma ordenada, para construir os relatos do que foi visto e possa gerar reflexão.
II. Dá veracidade às informações e ao cumprimento do tempo de observação e vivência do ambiente
educacional, promovendo a vivência do acordo celebrado formalmente entre a instituição de ensino e
A Apenas a I.
B Apenas a II.
C Apenas a III.
D Apenas a I e II.
E Apenas a II e III.
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a escola.
III. Avalia o processo de ensino-aprendizagem desenvolvido pelo aluno, por uma autoavaliação, e
comunica as experiências ao seu supervisor de estágio na IES.
Estão corretas as afirmativas:
Parabéns! A alternativa A está correta.
Notem que a documentação e a concepção de que o estágio é um campo de pesquisa se reúnem na
questão, de modo que ele deve auxiliar, organizar, dar sentido ao que o aluno desenvolverá. Não se trata
de uma burocracia, mas de um direcionamento de sua investigação. Investigar e tratar a escola como
um campo de investigação é vital; primeira afirmação correta. O documento é uma demostração de
cumprimento e dá fé que o acordo celebrado foi efetivado; correto. A terceira afirmativa começa com
sentido, mas além de uma autoavaliação, o estagiário é também avaliado por seu supervisor de estágio,
logo, falta isso para estar correta.
Considerações �nais
A Somente I e II.
B Somente I e III.
C Somente II e III.
D Somente a I.
E Somente a II.
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A prática de ensino na educação básica é o primeiro passo para entrar em um velho mundo percebendo-o de
forma muito diversa. Todas as legislações, da União aos municípios, apontam que o futuro da educação
passa pela melhoria da prática.
Propomos um caminho, uma explicação sobre o que você deve ver na escola, como você precisa se inserir
na comunidade, estando disposto a ouvir, aprender, estar aberto à crítica e aos desafios mais complexos.
Aqui não é hora de se alongar, é hora de lembrar: mãos à obra. A educação precisa de você!
Podcast
Ouça agora a um podcast que apresenta os principais pontos da prática da observação escolar.

Referências
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Brasília: MEC, SEF, 1998.
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FOUCAULT, M. Vigiar e punir. Nascimento da prisão. Petrópolis:Vozes, 2006.
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Espaço Pedagógico, 1992.
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Pesquise e leia a Lei de Estágio – Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008 –, disponível na Legislação
Federal.
Pesquise e leia a DCN de Formação de Professores – Resolução CNE/CP nº 2, de 20 de dezembro de 2019
–, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação
Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica.
19/03/2023, 20:08 A observação do cotidiano escolar
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03084/index.html# 47/47
Acesse o sítio da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior na Internet.
Leia o livro Da relação do saber às práticas educativas, de Bernard Charlot.

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