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Resumo NP1 penal

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Resumo NP1 – Ilicitude e Culpabilidade
ILICITUDE: Representa a contrariedade entre a conduta do agente e que fora prescrito pelo ordenamento jurídico; todo fato típico a principio é ilícito. 
DIFERENÇA ENTRE ILÍCITO E INJUSTO: Fato meramente ilícito é aquele contrário à lei. É o ilícito o fato típico não acobertado pela exclusão da ilicitude. Ao passo que, o injusto é o fato típico que colide com o sentimento social de justiça. 
CAUSAS EXCLUDENTES DA ILICITUDE: Estado de necessidade, legitima defesa, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular do direito. Art. 23 
OUTRAS CAUSAS: existem também excludentes de ilicitude específicas na parte especial do C.P. e que somente são aplicáveis em determinados delitos e em casos concretos considerados supralegais. 
São eles – TIPOS PERMISSIVOS:
Aborto Legal - (necessário e sentimental)
Aborto Supralegal - (anencefalia)
Injúria e Difamação – (imunidade parlamentar)
Constrangimento Ilegal – (intervenção cirúrgica) 
Ortotanásia – (causa de redução da pena) 
(arts. 128, 146, 150) 
CAUSAS EXCLUDENTES DA ILICITUDE
1° ESTADO DE NECESSIDADE Art. 24
Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir outra atitude.
REQUISITOS
Ameaça ao direito próprio ou alheio;
Perigo atual e inevitável;
Inexigibilidade de sacrifício do bem ameaçado;
Situação não provocada voluntariamente (dolo);
Inexistência de dever legal de enfrentar o perigo;
Elemento subjetivo: razoabilidade do sacrifício e conhecimento da situação justificante, ou seja, qq um faria a mesma coisa e o agente sabia da situação. 
*causa da redução de pena: verifica-se quando o agente, para preservar o bem jurídico próprio ou alheio, sacrifica outro de maior valor. Subsiste a ilicitude, reduzindo-se a pena, de 1/3. 
ESPÉCIES DE ESTADO DE NECESSIDADE
Estado de necessidade próprio: quando o agente protege bem próprio;
Estado de necessidade de terceiro: quando o agente protege bem de terceiro;
Estado de necessidade real: quando existe efetivamente a situação de perigo;
Estado de necessidade putativa: quando a situação de risco é imaginada por erro do agente. (descriminantes putativas).
Estado de necessidade defensivo: quando sacrifica bem jurídico pertencente à própria pessoa que criou a situação do perigo;
Estado de necessidade agressivo: sacrifica-se bem de terceiro inocente, de pessoa que não crio a situação de perigo. 
2º LEGITIMA DEFESA Art. 25
Entende-se em legitima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessário, repele injusta agressão, atual e iminente, a direito seu ou de outrem.
REQUISITOS
Reação a agressão injusta, atual e iminente;
Defesa de direito próprio e alheio;
Uso moderados dos meios necessários;
Elemento Subjetivo: razoabilidade e ciência da situação. 
*Desafio, duelo, convite para briga: não age em legitima defesa aquele que aceita desafio para briga.
É ACEITO:
Legitima defesa contra inimputável: A agressão injusta deve ser auferida de forma objetiva, independentemente de se questionar se o agressor tinha ciência do seu caráter ilícito, como é o caso da legitima defesa contra agressão de inimputável, seja ele louco ou menor.
Legitima defesa putativa contra legitima defesa putativa: dois desafetos se encontram e imaginam um confronto e se atacam.
Legitima defesa real de legitima defesa putativa: uma pessoa atira em um parente ao confundi-lo com um invasor e o parente reage atirando primeiro.
Legitima defesa putativa contra legitima defesa real: Antonio agride Bruno, Antonio joga Bruno no chão. Bruno, em legitima defesa real imobiliza Antonio. Nesse instante chega Calebe e, desconhecendo que Bruno esta em legitima defesa real, o ataca agindo em legitima defesa putativa de Antonio. (achando que esta em Legitima Defesa de Terceiro)
Legitima defesa contra agressão culposa: isso porque ainda que a agressão seja culposa, sendo ela também ilícita, contra ela cabe a excludente. 
*nas putativas quando o erro for escusável (desculpável) exclui a culpabilidade, quando for inescusável o agente responde por crime culposo. 
NÃO É ACEITO:
Legitima defesa real de legitima defesa real;
Legitima defesa real de estado de necessidade real;
Legitima defesa real de exercício regular do direito real;
Legitima defesa real de estrito cumprimento do dever legal real;
*isto, porque em nenhum destes casos tem-se agressão injusta e ilícita. 
QUANDO É EXCESSO Art 23: 
É a intensificação desnecessária de uma conduta incialmente justificada. 
Doloso: descaracteriza a legitima defesa e a partir do momento em que é empregado o excesso o agente responde dolosamente pelo resultado que produzir.
Culposo: é o excesso inconsciente ou não intencional, quando o agente escolhe meio excessivo. Nesse caso responde pelo resultado de forma culposa.
OUTROS TIPOS DE EXCESSO:
Legitima defesa sucessiva: é a legitima defesa contra o excesso, ou seja, o agressor ao vitima do excesso pratica ato defesa de forma legitima.
Legitima defesa subjetiva: é o excesso por erro de tipo escusável, ou seja, quando o agente, por erro, supõe que ainda existe agressão, então comete o excesso. Nesse caso, exclui o dolo e a culpa. (Artigo 20, Paragrafo 1º, Primeira Parte)
 
DIFERENÇA ENTRE ESTADO DE NECESSIDADE E LEGITIMA DEFESA
No estado de necessidade, há um conflito entre bens jurídicos; na legitima defesa, ocorre a repulsa contra um ataque.
No estado de necessidade, o bem é exposto a risco; na legitima defesa, o bem sofre uma agressão atual e iminente;
No estado de necessidade, o perigo pode ser proveniente de conduta animal ou humana; na legitima defesa , a agressão deve ser humana;
No estado de necessidade, a conduta pode atingir bem jurídico de terceiro inocente; na legitima defesa, a conduta pode ser dirigida apenas contra o agressor. 
3º EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO (Art. 23, III)
Todo fato cometido no exercício de um direito não pode ser considerado ilícito; seria contraditório o ordenamento jurídico aceitar e punir a mesma conduta.
TIPOS:
OFENDÍCULOS: são aparatos visíveis destinados à defesa da propriedade ou de qualquer outro bem jurídico. O uso de ofendículos é licito, desde que não coloquem em risco pessoas não agressoras. 
Natureza: legitima defesa preordenada e exercício regular do direito.
Exemplos: Cão de guarda – cacos de vidros no muro – cerca elétrica. 
4º ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL (Art.23, III)
Não há crime quando o agente atua no estrito cumprimento de um dever legal. Esse dever deve constar de Lei, decretos, regulamentos ou atos administrativos fundados lei e que sejam de caráter geral. 
*Havendo excesso por parte do agente, este responderá por crime.
CONSENTIMENTO DO OFENDIDO
São alguns tipos que para sua existência há de ter o não consentimento. Exemplos: violação de domicilio. 
DESCRIMINANTES PUTATIVAS
As descriminantes aparecem quando em face das circunstâncias, suponha estarem presentes os requisitos que requerem as causas excludentes, quando, em verdade, não estão. A essa situação dá-se o nome de “putativa”, seja legitima defesa putativa, estado de necessidade putativa, assim em diante. A palavra “putativa” supõe algo imaginário, perto da realidade, mas não real. Por isso, a descriminante putativa é a excludente de ilicitude (antijuridicidade imaginária). 
ERRO DE TIPO: quando o agente erra sobre elementos de tipo: objeto, imagina que haja uma causa excludente de ilicitude ou culpabilidade, ou erra sobre a pessoa que recai a conduta, ou erra na execução do crime.
ERRO DE PROIBIÇÃO: quando o agente em seu imaginário supõe que haja alguma norma que permita sua conduta, ou seja, ele sabe que é ilícito mas pensa que a Lei permite sua conduta. 
QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS: para a Lei não se pode alegar desconhecimento, mas nesse caso, havendo erro inevitável (erro de proibição ou erro de proibição como causa de descriminante putativa),estará excluída a culpabilidade por ausência da potencial consciência da ilicitude. Se o erro, era evitável, responderá o sujeito pelo crime, com a pena reduzida de 1/6 a 1/3. 
*TEORIA NORMATIVA LIMITADA ADOTA PELO CP.
CULPABILIDADE
Atua como pressuposto para aplicação de pena; é o juízo de reprovabilidade de um fato típico e ilícito. 
TEORIA PSICOLÓGICA – 1907 (ANTIGA, ERA DO VERBO NÃO É MAIS)
A culpabilidade é a relação psíquica do agente com o fato, na forma do dolo ou de culpa. A culpabilidade, portanto, confunde-se com o dolo e a culpa, sendo pressupostos destes: a imputabilidade e exigibilidade de conduta diversa. 
TEORIA PSICOLÓGICA NORMATIVA (NÃO ADOTADA)
O dolo e a culpa não são espécies da culpabilidade, mas apenas elementos integrantes desta, ao lado da imputabilidade, da consciência da ilicitude e da exigibilidade de conduta diversa. Sem esses elementos a conduta não é considerada reprovável ou censurável e, assim, não há crime.
TEORIA NORMATIVA PURA (ADOTADA)
É a teoria defendida pela Escola Finalista (atualmente adotada por nossa legislação penal). Por essa teoria, já estudada anteriormente, o dolo e a culpa migraram da culpabilidade para a conduta (primeiro elemento do fato típico).
*O conteúdo da culpabilidade fica, portanto, esvaziado com a retirada do dolo e da culpa, passando a constituir mero juízo de reprovação ao autor da infração. 
ELEMENTOS: Imputabilidade, potencial consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa.
IMPUTABILIDADE: é a possibilidade de se atribuir a alguém a responsabilidade por algum fato, ou seja, o conjunto de condições pessoais que dá ao agente a capacidade para lhe ser juridicamente imputada a prática de uma infração penal. 
*o CP não define a imputabilidade. Ao contrário, enumera apenas as hipóteses de inimputabilidade. 
CAUSAS DE EXCLUSÃO 
Doença Mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado;
Menoridade;
Embriaguez Completa, proveniente de caso fortuito ou força maior;
Dependência de substância Entorpecente. 
CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO DE INIMPUTABILIDADE
Biológico – Leva em conta apenas o desenvolvimento mental do acusado (quer em face de problemas mentais ou da idade do agente). Basta a causa prevista em Lei.
*Essa é adotada para o caso do menor infrator, ou seja, basta o fato de ser biologicamente imaturo. (Art.27 do CP e 288 da CF)
Psicológico – Pouco importa a causa, considera apenas se o agente, ao tempo da ação e da omissão, tinha a capacidade e entendimento e autodeterminação.
Biopsicológico – Considera inimputável aquele que, em razão de sua condição mental (causal), era, ao tempo da ação ou omissão (cronológico), totalmente incapaz de entender o caráter ilícito do fato e determinar-se de acordo com tal entendimento (consequencial).
*Adotada quando tratar-se de doença mental biológica, mesmo que transitória. 
DISTURBIOS MENTAIS (Art.26)
Doença Metal – demência, psicose, maníaco-depressivo, histeria, paranoia, psicose traumática por alcoolismo, esquizofrenia, etc.
Desenvolvimento mental incompleto – que ocorre com os menores de idade, silvícolas (não adaptados à vida em sociedade), 
Desenvolvimento mental retardado – pessoas imbecis, idiotas, débeis mentais.
*Adotado critério biopsicológico. 
SEMI-IMPUTABILIDADE (Art.26)
Se o ato da ação ou da omissão o agente, estava parcialmente privado de sua capacidade de entender o caráter ilícito do fato e determinar-se diante dele, a pena será reduzida de 1/3 a 2/3. O agente é chamado de semi-imputável. 
EMOÇÃO E PAIXÃO 
A emoção e a paixão não excluem a imputabilidade, sendo a emoção um estado súbito e passageiro de instabilidade psíquica. Já a paixão é um sentimento duradouro, caracterizado por uma afetividade permanente. 
*não excluem o crime, mas são atenuantes genéricas e agravantes em outras. 
EMBRIAGUEZ
É uma intoxicação aguda e passageira provocada pelo álcool ou por substância de efeitos análogos (cocaína, maconha, etc.) que apresenta uma fase inicial da euforia, passando pela depressão e sono, podendo levar ao coma. 
TIPOS DE EMBRIAGUEZ
Não Acidental 
Voluntária – o agente quer embriagar-se. Pode ser completa, quando retira a capacidade de entendimento e autodeterminação do agente, ou incompleta quando não retira tal capacidade. 
Culposa – Pode ser completa ou incompleta, o agente não quer embriagar-se, mas, agindo imprudentemente, ingere doses excessivas e acaba embriagado.
Em ambos os casos, adota-se a tese “actio libera in causa”, segundo o qual o agente ao se embriagar, sabia da possibilidade de praticar o delito e era livre para decidir. 
Não há exclusão da imputabilidade.
*caso fosse imprevisível a ocorrência do fato, fica afastada a culpabilidade. (pessoa em casa, sozinha decide beber e algo inesperado acontece e ocorre o ilícito).
ACIDENTAL 
Proveniente de caso fortuito ou força maior, exclui a imputabilidade, desde que, em razão dela, o agente, ao tempo da ação e da omissão, tenha ficado inteiramente incapacitado de entender o caráter ilícito do fato. Já a incapacidade parcial apenas reduz a pena de 1/3 a 2/3.
Fortuito, quando por acaso ele mistura remédio com álcool.
Força maior, quando e forçado a ingerir bebida alcoólica. 
PATOLÓGICA
Em caso de doença, alcoolismo ou toxicômano, aplica-se o mesmo conceito do acidental.
PREORDENADA
Quando o agente se embriaga justamente para tomar coragem para a prática do delito. Atua como agravante genérica, nos termos do artigo 61, II, l, do CP. 
POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE 
É a capacidade que o agente tem de conhecer a norma penal, que proíbe determinada conduta, podendo ser afastada por erro de proibição. 
O agente por desconhecer a lei supõe que sua conduta seja permitida - escusável – não tendo a possibilidade de conhecer a norma, exclui a culpabilidade.
Se o erro poderia ser evitado, era inescusável, não exclui, mas reduz a pena. 
EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA 
Trata-se de elemento da culpabilidade fundado no princípio de que só devem ser punidas as condutas que poderiam ser evitadas. 
Então, se em caso concreto, não poderia ser exigido conduta diversa, fica excluída sua culpabilidade.
Coação Moral Irresistível.
Obediência Hierárquica (de ordem não manifestadamente ilegal).

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