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Bioenergética UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Disciplina Bioquímica II Profa. Dra. Taísa M. Dinamarco Ciclo CO2 e O2 entre o domínio autotrófico e heterotrófico na biosfera Princípios da bioenergética Relação energética entre vias catabólicas e anabólicas Bioenergética Estudo quantitativo das transduções energéticas que ocorrem nas células vivas: - mudança de uma forma de energia em outra; - natureza e dos processos químicos envolvidos nestas transduções; Leis da termodinâmica - Primeira lei: Lei da conservação de energia: Numa modificação química ou física, a quantidade total de energia no universo permanece constante, embora a forma de energia possa mudar; - Segunda lei: Em todos os processos naturais a entropia do universo aumenta; Parâmetros termodinâmicos • Entalpia • Entropia: mudança em seu interior – “desordem” • Energia livre de Gibbs - Função da termodinâmica que responde pelo fluxo de calor nas mudanças químicas que ocorre à pressão constante quando NENHUMA forma de calor é realizada a não ser trabalho de Pressão x Volume (PV) - Entalpia (H) = E (energia interna) + PV H= E + PV H = (E + PV) H = E + P V Pressão constante Entalpia COMBINAÇÃO DAS ENTALPIAS DE REAÇÃO: Algumas reações não apresentam sua entalpia tabelada – sabendo que a entalpia é uma função de estado, o valor da reação será determinado a partir de entalpias de reações conhecidas. Lei de Hess: A entalpia de uma reação é a soma das entalpias padrões das reações nas quais a reação global pode ser dividida Entalpia H = H1 + H2 Entalpia - Conteúdo de calor do sistema reagente; - Reflete o número e os tipos de ligações químicas nos reagentes e produtos; Reação Exotérmica Endotérmica Processos espontâneos - A termodinâmica está relacionada com a pergunta: uma reação pode ocorrer? - PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA: energia é conservada, • Qualquer processo que ocorra sem intervenção externa é espontâneo: - Quando dois ovos caem no chão eles se quebram espontaneamente. - A reação inversa não é espontânea Um processo espontâneo tem um sentido Processos espontâneos Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica Ex: Oxidação completa de Glicose Entropia Energia livre de Gibbs Energia livre de Gibbs O sinal de G diz se o processo é espontâneo O que é energia livre de Gibbs ? - G (Energia livre) é uma grandeza termodinâmica. - Por que o sinal do G nos diz sobre a espontaneidade da reação? - O que é “livre” na energia livre? - G sob condições de T e P constantes – podemos relacionar Suniverso às grandezas que dependem apenas das variações de Entalpia e Entropia. - A variação de energia livre para um processo = trabalho máximo útil que pode ser realizado pelo sistema em sua vizinhança em um processo espontâneo ocorrendo a T e P constantes . - ENERGIA LIVRE = é a parte da variação de energia de um processo espontâneo que está livre para realizar trabalho útil (O restante da energia entra no ambiente como calor). Estágio I: Fase preparatória Via glicolítica Fosforilação da glicose e sua conversão a gliceraldeído 3-P Conversão oxidativa do gliceraldeído -3P em piruvato e formação acoplada de ATP e NADH Estágio II: Fase de compensação Energia livre de Gibbs QUESTÃO CENTRAL DA BIOENERGÉTICA Energia livre de Gibbs (G): fração de energia disponível para realizar trabalho; Energia livre de Gibbs (G) Expressa a quantidade de energia capaz de realizar trabalho durante a reação com T e P constantes Acoplamento energético em um processo químico Gp < Gr: a reação libera energia: G = (-) Reação exergônica Gp >Gr : G = (+) Reação endergônica Cada composto tem um certo potencial energético (G: energia livre) que depende do tipo e do número de ligações em sua molécula Reações ocorrem no sentido em que a reação global é exergônica Energia livre e constante de equilíbrio • - Para qualquer processo químico, a relação geral entre a variação da energia livre padrão, Go , é dada R =constante ideal de gás – 8,314 J/ mol K T = temperatura absoluta Q = quociente de reação da mistura - Condições padrão: Concentração Reagentes e Produtos = 1 mol/L Q=1, logo lnQ =0 G = Go • No equilíbrio: - G =0 - Q = Keq Energia livre e constante de equilíbrio (carboidrato e lipídeo) 1 atm Variação energia livre de algumas reações químicas - Não está em equilíbrio: tendência em direção ao equilíbrio representa a força motriz cuja intensidade pode ser expressa como a variação de energia livre para a reação, ΔG (real). ΔGo= condições padrões (R e P com concentração =1M) ΔG’o= constante padrão aparente ΔG= ΔG’0 + RT ln [C]c.[D]d [A]a.[B]b G’0 = 13,8 kJ/mol + (-30,5 kJ/mol) = -16,7 kJ/mol (1) Glucose + Pi glucose 6-phosphate + H2O (2) ATP + H2O ADP + Pi _________________________________________ ATP + glucose ADP + glucose 6-phosphate G’0 = 13,8 kJ/mol Keq= 3,9x10-3 G’0 = -30,5 kJ/mol Keq= 2,0x105 Keq=(Keq1) (Keq2) Keq= 7,8x102 Calcule a variação de energia livre padrão da reação catalisada pela enzima fosfoglicomutase: Glicose-1-fosfato glicose-6-fosfato Sendo que iniciando a reação com 20 mM de Glicose-1-fosfato e ausência de glicose-6-fosfato, o equilíbrio da mistura a 25ºC e pH 7,0 contem 1.0 mM de Glicose-1-fosfato e 19 mM de Glicose-6-fosfato. A reação no sentido da formação de Glicose-6-fosfato ocorre com perda ou ganho de energia livre? • Keq= [glicose-6-fosfato] = 19mM/1mM=19 [glicose-1-fosfato] ΔG’0= -R T ln K’eq ΔG’0= - (8,315 J/mol k)(298 K)(ln 19) ΔG’0 = -7,3 KJ/mol • Glicose-6-fosfato + H2O glicose + Pi Keq1 = 270 • • ATP + glicose ADP + glicose-6-fosfato Keq2 = 890 Calcular a energia livre padrão para a hidrólise do ATP ΔG’0 1= -13,8 KJ/mol ΔG’0 2= -16,8 KJ/mol ΔG’0 = -13,8 + (-16,8) ΔG’0 = -30,6 KJ/mol
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