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TEORIA MICROECONÔMICA I Prof. Giácomo Balbinotto Neto UFRGS Comportamento do Consumidor Comportamento do Consumidor A Teoria da Utilidade e Preferência: A abordagem Histórica Historicamente, ao observar-se o desenvolvimento da teoria do consumidor, nota-se a existência de duas abordagens, segundo as quais uma série de autores procuraram analisar o comportamento do consumidor: Slide 2 (i) a abordagem cardinal - Jevons, Menger e Walras (cerca de 1871) e (ii) a abordagem ordinal - Pareto (1906), Slutsky (1912), Samuelson e Hicks (1938). A Teoria da Utilidade e Preferência: A abordagem Inicial Os economistas Gossen (1854), Jevons (1871) e Walras (1874), os formuladores da teoria cardinal, acreditavam que a utilidade era uma característica "mensurável" dos bens e serviços, que podia ser medida Slide 3 medida. Acreditavam que a utilidade era uma qualidade "aditiva", isto é, a satisfação do consumidor era a soma das utilidades obtidas no consumo dos bens e serviços de sua cesta de mercadorias. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 1 A Teoria da Utilidade e Preferência: A abordagem Inicial Utilidade: de um bem ou serviço é a sua capacidade de satisfazer as necessidades das pessoas. A utilidade representa o grau de satisfação que os Slide 4 ep ese ta o g au de sat s ação que os consumidores atribuem aos bens e serviços que podem adquirir no mercado. A Teoria da Utilidade e Preferência: A abordagem Inicial Em primeiro lugar, essa teoria supunha que a utilidade poderia ser medida. Em outras palavras uma xícara de café, por exemplo, daria ao consumidor 3 unidades de utilidade, ou 3 i Slide 5 utis. = 3 UTIS Se, juntamente com a xícara de café, o consumidor comesse um pedaço de pão que lhe oferecesse, por exemplo, 4 "utis", a satisfação total do consumidor seria de 7 "utis". A Teoria da Utilidade e Preferência: A abordagem Inicial Slide 6 + = 7 UTIS 43 Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 2 Utilidade Cardinal Aditiva Unidade de medida - "úteis" ou "utis“ Slide 7 Utilidade total )()()(),,( 321 zUyUxUzyxU ++= Utilidade Cardinal Que as utilidades dos diferentes indivíduos se podem adicionar. Slide 8 Que se podem fazer comparações interpessoais de utilidade Função Utilidade É uma função crescente côncava, ou seja a primeira derivada é positiva e a segunda é negativa. Utilid d i l d b U Slide 9 Utilidade marginal de um bem - Umg dx dUUMg = Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 3 Lei da utilidade marginal decrescente (Jevons) UMg – positiva 2∂∂ UUMg Slide 10 02 <∂ ∂=∂ ∂ x U x UMg William Stanley Jevons, 1835-1882 Graficamente Slide 11 Segunda Fase Edgeworth (1892), Antonelli (1886) e Irving Fisher (1892), entre outros, compreenderam que a teoria da utilidade não dependia de modo algum da hipótese da aditividade. Eles assumiram que a teoria da utilidade não dependia de modo algum do pressuposto da aditividade. Eles assumiram que a utilidade é uma qualidade Slide 12 Eles assumiram que a utilidade é uma qualidade mensurável, geralmente não aditiva. A utilidade total dependia das quantidades de cada bem consumido em um período de tempo, mas não era a simples soma das utilidades independentes de cada bem obtidas separadamente. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 4 Segunda Fase Ao invés de construir uma função utilidade para cada bem, constroi-se agora uma superfície de utilidade relacionando simultaneamente o nível de utilidade às taxas de consumo de todos os bens. O enfoque de Edgeworth-Antonelli- Fisher removeu uma séria objeção á forma inicial da Slide 13 removeu uma séria objeção á forma inicial da teoria subjetiva do valor, isto é, a suposição de que as utilidades são independentes e aditivas. Apesar disso, nesta forma inovada, a teoria do comportamento do consumidor depende da suposição questionável de que a utilidade é medida cardinalmente. Utilidade Cardinal não Aditiva U = U(x,y,z) Slide 14 A Etapa Final (a construção de Pareto (1906) O trabalho de Pareto (1906) forneceu o alicerce para remover este último obstáculo a teoria do valor, mostrando qe Slide 15 teo a do a o , ost a do qe somente a medida ordinal é necessária para estudar o comportamento do consumidor e suas escolhas. Vilfredo Pareto, 1848-1923 Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 5 Utilidade Ordinal - Edgeworth (1881) ili da de A B C D E F I H Slide 16 Fatias de pão Pacotes de manteiga U ti y3 y2 y1 0 x1 x2 x3 F G H' C' B' I' E' F' Francis Ysidro Edgeworth, 1845-1926 Curva de Indiferença Conjunto de cestas de bens em relação aos quais o consumidor é indiferente - Pareto (1906) Slide 17 Mapa das curvas de indiferença z a importância da ordem As cestas B, A, & D proporcionam a mesma satisfação •E é preferida a qualquer cesta em U1 •Cestas em U1 são preferidas a H & G Curva de Indiferença 40 y 50 E H B Slide 18 U1 x 10 20 30 10 20 30 40 G D A Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 6 Existem basicamente, duas críticas podem ser feitas à teoria cardinal da utilidade. São elas: 1. A primeira refere-se à mensuração da utilidade Por ser uma qualidade avaliada Utilidade Cardinal Slide 19 utilidade. Por ser uma qualidade avaliada subjetivamente, ela depende da escala de utilidade estabelecida pelo consumidor para cada bem, o que impossibilita a generalização dessa forma de mensuração. Utilidade Cardinal 2. A Segunda crítica diz respeito à propriedade aditiva da utilidade. Sabemos que existem alguns bens que, quando consumidos ao mesmo tempo, têm utilidade maior do que quando consumidos isoladamente. Slide 20 Nesse caso, não é possível somar as utilidade de cada bem para se obter a utilidade total. Assim, uma pessoa que come um prato de arroz com feijão, por exemplo, está obtendo uma utilidade bem maior do que se consumisse o arroz e feijão separadamente. Os economistas Fischer (1892) e Pareto (1906) contornaram os principais problemas da teoria cardinal e deram à teoria do comportamento do consumidor a forma que conhecemos hoje. Essa formulação é conhecida como Teoria Ordinal do Teoria Ordinal Slide 21 comportamento do consumidor. Inicialmente, esses economistas reconheceram que a utilidade não é uma qualidade aditiva e passaram a estudá-la como sendo decorrente do consumo de todos os bens simultaneamente. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 7 Dessa forma, a quantidade consumida de um bem interfere na utilidade de outro bem. Por exemplo: geralmente, as pessoas tomam café com açúcar, numa dada proporção. Entretanto, se for colocado muito açúcar no café, ele ficará tão ruim Teoria Ordinal Slide 22 que não será bebido, perdendo, conseqüentemente, sua utilidade. Por outro lado, convencidos de que a utilidade dos bens, apesar de incontestável, é uma qualidade de avaliação subjetiva, os quatro economistas abandonaram a idéia de medi-lá. Antes, reconhecendo que o consumidor prefere alguns bens e serviços a outros, introduziram uma ordem de preferência para qualificar a utilidade. Assim pode-se dizer que um bem tem mais utilidade do t ã t b l tid d d Teoria Ordinal Slide 23 que outros, mas não se estabelece a quantidade de utilidade correspondente de cada um. Para a teoria ordinal, se uma pessoa prefere chá a café, o chá, para essa pessoa, tem mais utilidade do queo café. Mais uma vez, é importante ressaltar que a teoria ordinal apenas ordena bens, não lhes atribuindo qualquer quantidade de utilidade. Teoria Ordinal A abordagem ordinal da teoria do consumidor representa uma linha de pensamento mais recente, em relação à abordagem cardinal. Sua característica fundamental está no fato de rejeitar a hipótese de mensurabilidade quantitativa da utilidade, substituindo- Slide 24 a pela hipótese de comparabilidade. Assim, para a abordagem ordinal, a utilidade não é mensurável, mas comparável. É, portanto, pela comparação das utilidades das coisas que o consumidor escolhe as diferentes alternativas de consumo de bens ou de combinações de bens capazes de atender a suas necessidades. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 8 Teoria Ordinal Os problemas com a teoria cardinal levaram os economistas a abandonar a velha visão da utilidade como medida de felicidade e a reformular toda a teoria do t t d id b Slide 25 comportamento do consumidor com base nas preferências do consumidor. A utilidade passou a ser vista somente como um modo de descrever as preferências. Teoria Ordinal Os economistas reconheceram que, no que tange ao comportamento da escolha, tudo o que interessava saber a respeito da utilidade era se uma cesta tinha uma maior utilidade do que a outra – o quanto era maior não importava. Slide 26 q p As preferências do consumidor são a descrição fundamental para analisar a escolha, enquanto a utilidade constitui-se apenas uma forma de descrever as preferências. Teoria Ordinal A função utilidade é um modo de atribuir um número a cada possível cesta de consumo, de modo que se atribuam às cestas mais preferidas números maiores que os atribuídos às menos Slide 27 preferidas. Isto é, a cesta (x1,x2) será preferida a cesta (y1, y2) se e somente se a utilidade de (x1, x2) for maior do que a utilidade de (y1,y2). Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 9 Teoria Ordinal A única propriedade de uma atribuição de utilidade que interessa é o modo como ela ordena as cestas de bens. A grandeza da função utilidade só tem importância na medida Slide 28 em que hierarquiza as diferentes cestas de consumo. A extensão da diferença de utilidade entre quaisquer duas cestas não importa. Tópicos para discussão Preferências do consumidor Restrições orçamentárias A escolha por parte do consumidor Slide 29 A escolha por parte do consumidor Preferência revelada O comportamento do consumidor A teoria do comportamento do consumidor trata da explicação de como os consumidores alocam sua renda para a i i ã d d i i Slide 30 aquisição de mercadorias e serviços diversos, procurando maximizar o próprio bem-estar. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 10 Como é que podemos falar sistematicamente sobre as preferências dos consumidores se as pessoas são diferentes? Todos queremos o mesmo: ser felizes! E como se diz isso em economês? Preferências dos Consumidores Slide 31 isso em economês? zA principal idéia é que os consumidores, condicionados pelo seu rendimento, fazem escolhas (trade-offs) para comprar uma cesta de bens ou serviços que maximize o seu bem-estar. Preferências dos Consumidores zOs consumidores são racionaisracionais; Racionalidade não diz respeito às escolhas ã f it ( t ã di t !) Slide 32 que são feitas (gostos não se discutem!), mas sim com o modo como as escolhas são feitas: importa que sejam lógicas e consistentes. Princípios Básicos Para tentarmos explicar o comportamento dos seres humanos precisamos de uma estrutura de pensamento. Normalmente em economia seguimos os seguintes princípios: z Princípio da Optimização: As pessoas tentam escolher os melhores padrões de consumo que conseguem adquirir; Slide 33 z Princípio do Equilíbrio: Os preços ajustam-se até que a quantidade que as pessoas procuram de alguma coisa é igual à quantidade que é oferecida. (Nota: às vezes a noção de equilíbrio ultrapassa a de equlíbrio entre a oferta e a procura, devendo as acções dos agentes ser consistentes entre si). Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 11 Introdução Há três etapas no estudo do comportamento do consumidor: Comportamento do consumidor Slide 34 1. Estudaremos as preferências do consumidor. Para descrever como e por que as pessoas preferem uma mercadoria a outra. Introdução As preferências dos consumidores nos dizem como um consumidor individual ordena (isto é, compararia a desejabilidade) de duas cestas quaisquer, Slide 35 desejab dade) de duas cestas qua sque , supondo que as cestas estão disponíveis sem custos. Introdução 2. Depois, abordaremos as restrições orçamentárias. Comportamento do consumidor Slide 36 As pessoas têm rendas limitadas. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 12 Introdução 3. Finalmente, combinaremos as preferências do consumidor com as restrições orçamentárias para Comportamento do consumidor Slide 37 restrições orçamentárias para determinar as escolhas do consumidor. Que combinação de mercadorias os consumidores comprarão de modo a maximizar sua satisfação? Modelo Básico da Tomada de Decisão Individual 1) Preferências 2) Restrição orçamentária O que o indivíduo deseja fazer O que o indivíduo Pode fazer Slide 38 DECISÃO Levando em conta a restrição orçamentária, o indivíduo buscará alcançar o maior nível de satisfação possível. A análise econômica é baseada na noção de que os indivíduos atribuem prioridades aos seus desejos e escolhem as suas opções mais preferidas entre as alternativas preferidas. Modelo Básico da Tomada de Decisão Individual A teoria da escolha do consumidor examina como um indivíduo toma decisões razoáveis na presença de escassez de recursos. Slide 39 escasse de ecu sos Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 13 Modelo Básico da Tomada de Decisão Individual 1) Nós necessitamos conhecer o que o consumidor deseja fazer – sem conhecermos suas preferências pelos vários bens, nós não podemos saber o é b l ã bl Slide 40 que é uma boa solução para o problema da escassez. Assim, nós necessitamos uma representação dos gostos do consumidor – sua função utilidade. Modelo Básico da Tomada de Decisão Individual 2) Nós necessitamos conhecer o que um indivíduo pode fazer, dado sua renda e os preços que ele faz face – portanto, nós devemos modelar as restrições impostas Slide 41 de e os ode a as est ções postas sobre o tomador de decisões pelo orçamento limitado – restrição orçamentária. Modelo Básico da Tomada de Decisão Individual 3) Nós devemos colocar juntos tanto o desejo do consumidor e a restrição que ele faz face – isto nos permite determinar Slide 42 quão factível é a escolha que irá maximizar seu bem-estar. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 14 Modelo Básico da Tomada de Decisão Individual A teoria do comportamento do consumidor descreve como os consumidores alocam sua renda entre diferentes bens e serviços, procurando maximizar seu ó i b t Slide 43 próprio bem-estar. Na realidade, busca-se ver como um consumidor, com renda limitada decide que bens e serviços deve adquirir a fim de maximizar sua utilidade. Preferências do consumidor Cestas de mercado Uma cesta de mercado é um conjunto de uma ou mais mercadorias. Slide 44 Uma cesta de mercado pode ser preferida a outra quecontenha uma combinação diferente de mercadorias. O Conjunto de Consumo O conjunto de alternativas possíveis O ponto inicial para qualquer problema de decisão individual é um conjunto de alternativas (mutuamente exclusivas) possíveis das quais o indivíduo pode escolher uma. Slide 45 escolher uma. X - conjunto de alternativas possíveis. Uma alternativa é simplesmente uma coleção de bens. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 15 O Conjunto de Consumo As escolhas de consumo são tipicamente limitadas por várias limitações físicas. O exemplo mais simples é quando pode ser impossível para um indivíduo consumir um montante negativo de uma mercadoria tal como pão e água. Slide 46 p g Formalmente um conjunto de consumo é um subconjunto de bens no espaço , denotado por X ⊂ , cujos elementos são cestas de bens que um indivíduo pode consumir dada as restrições físicas impostas por seu ambiente. O Conjunto X x2 Consumo zero faz sentido econômico Mas consumo negativo é excluido por definição Slide 47 x1 p ç Sem pontos aqui… …ou aqui Os bens de consumo são teoricamente divisíveis… …e indefinidamente extendivel (alongado)… mas somente na direção ++ O Conjunto de Consumo Horas de lazer 24 A figura representa os possíveis níveis de consumo de pão e lazer num dia. Ambos os níveis devem ser não negativos e além Slide 48 pão0 X ser não negativos e, além disso, o consumo de mais de 24 horas de lazer é impossível. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 16 O Conjunto de Consumo X x2 2 3 Slide 49 x10 1 Aqui temos uma situação na qual o primeiro bem é perfeitamente divisível mas o segundo é disponível somente em montantes inteiros não negativos. O Conjunto de Consumo Consumo de x em SP X Slide 50 Consumo de x em NY0 A figura captura o fato de que é impossível consumir X no mesmo instante em Ny e SP, de modo que o consumidor deve se situar num dos eixos. [cf. Malinvaud (1978)] O Conjunto de Consumo 4 Pão branco X Slide 51 Pão preto0 4 Esta figura representa uma situação onde o consumidor requer um mínimo de 4 fatias de pão por dia para sobreviver e onde há apenas dois tipos de pães, preto e o branco. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 17 O Conjunto de Consumo Horas de lazer 24 Slide 52 Pão0 8 As restrições incorporadas no conjunto de consumo podem também ser institucionais em sua natureza, tal como representada acima na qual. Por exemplo, uma lei requer que ninguém trabalhe mais do que 16 horas por dia. O Conjunto de Consumo As cestas de consumo são os objetos que o consumidor escolhe. Trata-se de uma lista completa dos bens e serviços envolvidos no problema de escolha que estamos examinado. Slide 53 Se estamos analisando a escolha do consumidor nos termos mais amplos possíveis, gostaríamos não só de uma lista completa dos bens que o consumidor pode consumir, mas também uma decisão de quando, onde e em que circunstâncias tais bens estariam disponíveis O Conjunto de Consumo As mercadorias O problema enfrentado pelo consumidor numa economia de mercado é escolher níveis de consumo dos vários bens e serviços que estão di í i d T d Slide 54 disponíveis para a compra no mercado. Todas estes bens e serviços são chamados de mercadorias. - É assumido aqui que o número de mercadoria é finito e é igual a L. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 18 O Conjunto de Consumo Um vetor de mercadorias é uma lista de diferentes mercadorias. X1 X2 Slide 55 X = . . . xL Especificação de um mercadoria Uma mercadoria, segundo Debreu (1951), é um bem ou serviço que é completamente especificado física, temporal e espacialmente. Isto é, uma mercadoria é t i d i d d fí i Slide 56 caracterizada por suas propriedades físicas, a data em que ela será entregue e estará disponível para consumo e o local no qual ela irá estará disponível. Quando um destes fatores se modifica, nós temos uma mercadoria diferente. Espaço de mercadorias x2 Cesta de mercadorias x1 e x2 Slide 57 x10 Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 19 O conjunto de consumo O conjunto de consumo é um subconjunto do espaço de mercadorias denotado pela propriedade de que X ⊂ , nos quais os elementos são cestas de consumo que os indivíduos podem consumir dado uma restrição física que é imposta ao seu Slide 58 restrição física que é imposta ao seu ambiente. Assim, X é um subconjunto de e seus elementos x ∈ X são chamados de consumo factíveis. O conjunto de consumo O conjunto de propriedades X têm as seguintes propriedades: (i) X é não vazio – X ≠ ∅ Slide 59 (i) X é não vazio X ≠ ∅ Isto implica que existem alternativas de consumo para o indivíduo. Se X = ∅ não existiriam planos de consumo a considerar, não haveria alternativas e assim não haveria escolhas. O conjunto de consumo O conjunto de propriedades X têm as seguintes propriedades: Slide 60 (ii) X é um conjunto fechado, isto é, X é um conjunto que contém suas fronteiras. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 20 O conjunto de consumo O conjunto de propriedades X têm as seguintes propriedades: (iii) X é um conjunto convexo. Slide 61 O significado desta propriedade é que se x1, x2 ∈ X e λ é um número real entre 0≤ λ ≤ 1, então x’ = λx1 + (1- λ) x2 ∈ X. Geometricamente isto significa que para cada par de pontos como x1, x2 de X, todo o segmento de linha entre x1 e x2, escrito como || x1, x2|| deve pertencer a X. O conjunto de consumo Slide 62 X é um conjunto convexo X não é um conjunto convexo Um conjunto convexo é um conjunto com a seguinte propriedade: se dois quaisquer pontos estão no conjunto, então o segmento que os une também está contido nesse conjunto. O conjunto de consumo O conjunto convexo tem a propriedade de que se pegarmos dois pontos quaisquer do conjunto e traçarmos o segmento de linha que liga esses dois pontos, o Slide 63 a que ga esses do s po tos, o segmento de linha ficará todo dentro do conjunto. X é um conjunto convexo Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 21 O conjunto de consumo A propriedade da convexidade implica que é possível combinarmos 2 cestas para produzir uma terceira consumindo frações de ambas. Na realidade, a convexidade nos diz que se duas cestas Slide 64 x1 e x2 estão disponíveis para consumo, então qualquer cesta x3 formada por uma função λ de x1 e (1- λ) de x2. Por convexidade nós queremos dizer que é possível combinarmos duas cestas para produzirmos uma terceira consumindo uma fração de ambas. O conjunto de consumo Convexidade : a mistura de duas cestas são (no mínimo fracamente) preferidas as próprias cestas. E.g., a mistrura 50- 50 das cestas x e y é: Slide 65 z = (0.5)x + (0.5)y z é no mínimo tão preferível quanto x ou y. O conjunto de consumo xx22 ++ x x+y É estritamente preferidoÉ estritamente preferido Slide 66 yy22 xx22+y+y22 22 xx11 yy11xx11+y+y 11 22 y z = x y 2 É estritamente preferido É estritamente preferido tanto a x como y.tanto a x como y. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 22 O conjunto de consumo xx22 x z =(tx1+(1-t)y1, tx2+(1-t)y2) Slide 67 yy22 xx11 yy11 y 1 1 2 2 É preferido a x e y para todo o 0 < t < 1. O conjunto de consumo xx22 x Preferências são estritamente convexasquando todas as misturas z são estritamentez Slide 68 yy22 xx11 yy11 y estritamente preferidas as suas cestas componentes x e y Preferências bem-comportadas – convexidade fraca x’ z’ Preferências são fracamente convezas se, no mínimo uma das mistruras z é igualmente f í l d Slide 69 y’ preferível a um dos componentes das cesta. x z y Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 23 Preferências não convexas xx22 A mistrura de z é A mistrura de z é Slide 70 yy22 xx11 yy11 zz menos preferidamenos preferida do que x ou ydo que x ou y Preferências não convexas xx22 A mistrura z é A mistrura z é menosmenos preferida dopreferida do Slide 71 yy22 xx11 yy11 zz preferida do preferida do que que x ou y.x ou y. O conjunto de consumo (iv) X é “bounded below” Esta propriedade nos diz que um vetor b ∈ tal que x ≥ b para o qual todos os l d f tí i t Slide 72 planos de consumo factíveis, temos que x ∈ X. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 24 O conjunto de consumo (v) se x1 ∈ X e x2 ∈ satisfazendo a desigualdade x1 ≤ x2, então x2 ∈ X. A i d d i i li t é Slide 73 A propriedade acima implica que se a cesta x1 é factível a cesta x2 nos dá, no mínimo, tantas mercadorias como k, como x1, então x2 é factível. O conjunto de consumo (vi) 0 ∈ X Slide 74 A Relação de Preferências Uma relação de preferências tipicamente especifica os limites, se existirem, sobre a capacidade do consumidor perceber situações que envolvam escolhas, a forma das i tê i i i tê i lh Slide 75 consistências ou inconsistências nas escolhas dos consumidores, e a informação sobre seus gostos por diferentes objetos de escolha. A relação de preferência tem um papel crucial em qualquer teoria da escolha Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 25 Pressuposto Comportamental Postulado Comportamental: É assumido aqui que o consumidor busca id tifi l i lt ti Slide 76 identificar e selecionar uma alternativa disponível que seja a mais preferida em função de seus gostos pessoais (personal tastes). Pressuposto Comportamental Postulado Comportamental: Um tomador de decisão (decision maker) sempre escolhe a sua alternativa mais preferida Slide 77 p p do conjunto de alternativais disponíveis. Portanto, para analisarmos as escolhas indivíduos nós devemos modelar as preferências do tomador de decisão. Representação das Preferências As preferências dos consumidores nos dizem como um consumidor individual ordenaria (isto é, compararia a desejabilidade de) duas cestas quaisquer, Slide 78 desejab dade de) duas cestas qua sque , supondo que as cestas estão disponíveis sem custos. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 26 Pressupostos sobre as preferências dos consumidores (i) o consumidor pode estabelecer um conjunto ordenado de preferências para cada orçamento concebível [Axioma da comparabilidade] Por conjunto ordenado queremos dizer que um consumidor pode posicionar diversos orçamentos Slide 79 alternativos, isto é, primeiro, segundo, terceiro, etc. Assim, se o consumidor prefere x a y, nós não exigimos que ele diga que x é duas vezes preferido a y, só exigimos uma ordenação, isto é: x y ; y x ou x ∼ y ou y ∼ xp p Pressupostos sobre as preferências dos consumidores Quando assumimos que as preferências são completas isto indica que dois consumidores podem comparar e ordenar todas as cestas de mercado. Slide 80 todas as cestas de e cado Isto implica que o consumidor é capaz de comparar duas cestas quaisquer. Pressupostos sobre as preferências dos consumidores Se um consumidor não puder dizer qual das alternativas é preferida a outra, então ele não será capaz de predizer qual alternativa ele irá escolher sob várias circunstâncias. Slide 81 Portanto, se as preferências não são completas, nós não temos esperança de construir uma teoria da escolha. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 27 Pressupostos sobre as preferências dos consumidores O pressuposto da completitude nos diz que nós somos capazes de escolher qual a alternativa nos preferimos a outra ou que somos indiferentes entre elas. Slide 82 Em outras palavras, se as preferências são completas, não há ou não existe qualquer par de alternativas (x e y, por exemplo) que nós não possamos classificar e ordenar. Pressupostos sobre as preferências dos consumidores Na realidade, a propriedade da completitude implica ou impõe a teoria da escolha entre quaisquer duas alternativas, que um consumidor pode classificar como sendo preferível ou i dif t lt ti Slide 83 indiferente uma alternativa. Esta propriedade exclui a possibilidade de que o consumidor não possa decidir qual alternativa é preferível. Pressupostos sobre as preferências dos consumidores Quando nós dizemos que uma ordenação binária é completa, isto significa que, se quaisquer duas alternativas, no conjunto de possibilidades de consumo existem, elas são escolhidas. Assim, se existirem duas alternativas, tais como x e y, então os indivíduos irão ser capazes de classifica-las – isto é, eles irão preferir x a y ou y a x ou se x é indiferente a y Isto será válido para Slide 84 ou y a x ou se x é indiferente a y. Isto será válido para todas as possíveis alternativas (daí o termo completas). O resultado deste pressuposto é que nunca teremos uma situação em que os indivíduos não nos dirão que eles não podem decidir qual cesta ou alternativa é tão boa quanto a outra ou se eles prefere uma a outra. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 28 Pressupostos sobre as preferências dos consumidores O verdadeiro propósito do pressuposto da completitude é evitar situações como descritas na fábula do burro de Buridan Slide 85 na fábula do burro de Buridan, na qual, ele não era capaz de escolher entre comer a palha e beber água e, como resultado, morreu de fome ! Pressupostos sobre as preferências dos consumidores O pressuposto da completitude (completeness) formaliza a noção de que o consumidor pode fazer comparações, isto é, ele tem habilidade, capacidade e h i t li lt ti Slide 86 conhecimento para avaliar alternativas. Em outras palavras, ele pode examinar as alternativas e realizar uma escolha. (ii) As preferências são completas - o consumidor é capaz de ordenar duas cestas quaiquer. No caso de duas cestas x e y, o consumidor pode representar suas preferências sobre as cestas de acordo com uma das possibilidades: As preferências são completas se o consumidor puder Pressupostos sobre as preferências dos consumidores Slide 87 87 ordenar (rank) quaiquer duas cestas de bens, tais que: x seja estritamente preferido a y (x ⎬ y ); y estritamente preferido a x (y ⎬ x ); Exista indiferença entre x e y (x ~ y) Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 29 Pressupostos sobre as preferências dos consumidores Completitude (Completeness): para qualquer duas cestas x e y é sempre possível afirmar que: Slide 88 x y ou que y x. ~f ~f Pressupostos sobre as preferências dos consumidores Reflexividade (Reflexivity): qualquer cesta x é sempre, no mínimo, preferida a ela mesma, i.e: Slide 89 x x para todo x ∈ X~f Pressupostos sobre as preferências dos consumidores O axioma da reflexividade é trivial. Qualquer cesta é certamente tão boa quanto uma cesta idêntica. Este axioma simplesmente nos diz quese x1 e ã t ( ) id Slide 90 x2 são as mesmas cestas (x1 = x2), o consumidor deve ordena-las do mesmo modo. As preferências são reflexivas se dois conjuntos de cestas de consumo tem a mesma ordenação. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 30 ⎬ ⎬ ⎬ Pressupostos sobre as preferências dos consumidores (iii) As preferências são transitivas – as preferências são transitivas se um consumidor que prefere a cesta X e cesta Y e a cesta Y a cesta Z, também prefere a cesta X a cestaZ. Ou seja: Slide 91 91 X ⎬ Y e Y ⎬ Z → Z ⎬ Z A hipótese de transitividade exclui o comportamento inconsistente do estudo de escolha do consumidor. Pressupostos sobre as preferências dos consumidores Transitividade (Transitivity): se x é no mínimo preferido a y, e f Slide 92 y é no mínimo preferido a z, então x é no mínimo preferido a z; i.e. x y and y z x z.~f ~f ~f Pressupostos sobre as preferências dos consumidores Para que possamos ter uma teoria na qual as pessoas façam as melhores escolhas, as preferências tem de satisfazer ao axioma da transitividade. Slide 93 Se as preferências não fossem transitivas, poderia haver um conjunto de cestas para as quais não houvesse uma escolha melhor. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 31 Pressupostos sobre as preferências dos consumidores (iv) as preferências são monotônicas – em outras palavras sempre é melhor consumir mais unidades de um bem. Se as preferências são monotônicas ele Slide 94 Se as preferências são monotônicas, ele prefere consumir mais de um bem do que menos. A monotonicidade simplesmente nos diz que mais é melhor que menos. Pressupostos sobre as preferências dos consumidores Monotonicidade quer dizer que o indivíduo irá preferir sempre mais quantidade do(s) bem(s) que consome, de modo que se ele se deparar com duas cestas que t h b l í Slide 95 contenham os bens x e y e elas possuírem a mesma quantidade do bem x, mas uma delas possuir ao menos uma unidade a mais do bem y, o indivíduo sempre preferirá esta última. Pressupostos sobre as preferências dos consumidores A suposição da monotonicidade diz apenas que examinaremos situações antes de alcançarmos o ponto de saciedade – ou seja, enquanto ainda mais é melhor que menos. Slide 96 A suposição da monotonicidade implicará que as curvas de indiferença terão uma inclinação negativa). Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 32 Pressupostos sobre as preferências dos consumidores y Cestas melhores B Slide 97 x0 Cestas piores C (x, y) Pressupostos sobre as preferências dos consumidores Se partirmos de uma cesta (x, y) e nos movermos para algum lugar acima e á direita, teremos de estar nos movendo em direção a uma posição preferida. Se nos movermos para baixo e para a esquerda teremos que estar nos movendo para uma posição pior. Slide 98 que estar nos movendo para uma posição pior. Portanto, se nos movermos para uma posição indiferente (como B ou C), estaremos nos movendo para cima ou para baixo – assim, temos que a curva de indiferença tem que ter uma inclinação negativa. Pressupostos sobre as preferências dos consumidores As curvas de indiferença não podem ser “grossas”. Para entender essa propriedade veja a figura abaixo, que mostra uma curva de indiferença Slide 99 , q ç “grossa” passando por cestas distintas (A) e (B). Como a cesta B está a nordeste da cesta A, a utilidade de B deve ser maior do que a utilidade de A. Desse modo as cestas A e B não podem estar sobre a mesma curva de indiferença. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 33 Pressupostos sobre as preferências dos consumidores y Cestas melhores B Uma curva de indiferença grossa é representada pelas cestas A e B sobre a mesma curva de indiferença. Como B está nordeste de A a utilidade de B Slide 100 x0 Cestas piores A B nordeste de A, a utilidade de B deve ser maior do que a utilidade de A. Desse modo, A e B não podem estar sobre a mesma curva de indiferença. y Pressupostos sobre as preferências dos consumidores Se mais é preferido a menos, a CI não pode ser densa ou “grossa” (thick). B deveria ser preferida a A, de modo a não estar na mesma curva de indiferença. Slide 101 101 IC1 for U=4 x A B Direção das preferências Pressupostos sobre as preferências dos consumidores Compare duas diferentes cestas de consumo, x e y: z Preferência estrita: x é mais preferido do que Slide 102 z Preferência estrita: x é mais preferido do que y. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 34 Pressupostos sobre as preferências dos consumidores denota uma preferência estrita, então x y significa que a cesta x é preferida a cesta y. p p Slide 103 ∼ denota indiferença; x ∼ y significa que x e y são igualmente preferidos. denota sua preferência fraca; x y significa que x é preferido ao menos tanto quanto é y. ~f ~f Pressupostos sobre as preferências dos consumidores z Preferência fraca: x é no mínimo tão preferido quanto y. Se o consumidor prefere ou é indiferente Slide 104 Se o consumidor prefere ou é indiferente entre duas cestas, dizemos qe ele prefere fracamente x a y. Pressupostos sobre as preferências dos consumidores z Indiferença: se o consumidor é indiferente entre duas cestas, x e y, temos que, dadas suas prefrências, ele t i i l t ti f it Slide 105 estaria igualmente satisfeito consumindo x a y. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 35 Pressupostos sobre as preferências dos consumidores x y e y x implica que x ∼ y.~f ~f Slide 106 Pressupostos sobre as preferências dos consumidores x y e y x implica que x ∼ y. x y e (não y x) implica que x y. ~f ~f ~f ~f p Slide 107 Pressupostos sobre as preferências dos consumidores Três premissas básicas: 1) As preferências são completas. Cestas de mercado Slide 108 2) As preferências são transitivas. 3) Os consumidores sempre preferem quantidades maiores de uma mercadoria. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 36 Pressupostos sobre as preferências dos consumidores Uma relação de preferência que é completa, reflexiva, transitiva e contínua, pode ser representada por uma função de utilidade contínua. Slide 109 utilidade contínua. A continuidade significa que pequenas mudanças na cesta de consumo causam somente pequenas mudanças no nível de preferências. A Função UtilidadeA Função Utilidadeu ção Ut dadeu ção Ut dade A Função UtilidadeA Função Utilidade Um ordenação das preferências do consumidor podem ser representadas por uma função utilidade u(.) se, para duas cestas quaiquer x e y, Slide 111 duas cestas qua que e y, x y se e somente se u(x) > u(y)f Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 37 A Função UtilidadeA Função Utilidade Qualquer função é uma especie de mapeamento de um domínio a imagem. Slide 112 Domínio Imagem [cf. Chiang & Waingwright (2006, p.17-20)] O mapeamentoO mapeamento Uma função é uma espécie de mapeamento onde, para cada elemento no domínio exsite um, e somente um, elemento na imagem. Slide 113 e e e to a age O mapeamentoO mapeamento Podemos considerar uma função ƒ como uma regra para mapear cada ponto sobre um segmento de reta (o domínio) para algum ponto sobre outro segmento da reta (a imagem). Slide114 Representando o domínio no eixo x e a imagem no eixo y, obtemos imediatamente o gráfico bidimencioanl familiar no qual a associação entre os valores de x e os valores de y é especificada por um conjunto de pares ordenados como (x1, y1) e (x2, y2). Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 38 O mapeamentoO mapeamento y y2 (x2,y2) Slide 115 domínio imagem x0x1 y1 x2 x2x1y2y1 (x1,y1) A Função UtilidadeA Função Utilidade Uma função utilidade U(x) representa uma relação de preferência se e somente se: ’ ” U( ’) U( ”) ~f p Slide 116 x’ x” U(x’) > U(x”) x’ x” U(x’) < U(x”) x’ ∼∼ x” U(x’) = U(x”). p p A Função UtilidadeA Função Utilidade Continuidade: pequenas mudanças na quantidade de uma mercadoria podem ser “compensadas” por pequenas mudanças na quantidade de uma outra mercardoria. M i f l t d l t Slide 117 Mais formalmente: para cada elemento no domínio, o conjunto dos elementos fracamente preferidos e o conjunto dos elesmentos fracamente preferidos são um conjunto fechado. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 39 A Função UtilidadeA Função Utilidade Gerard Debreu (1954): A ordenação das preferÊncias dos consumidores pode ser representada por uma função de utilidade (continua) se e Slide 118 ( ) somente se a ordenação de preferências é completa, reflexiva, transitiva e contínua. Além disso, as preferências podem ser representadas graficamente por curvas de indiferenças contínuas. Curva de Indiferença xx22 x’ x’ ∼∼ x” x” ∼∼ x”’x”’x’ Slide 119 xx11 x”x” x”’x”’ 00 Pressupostos sobre as preferências dos consumidores Uma curva de indiferença contém todas as cestas igualmente preferidas. Igualmente preferidas ⇒ mesmo nível Slide 120 Igualmente preferidas ⇒ mesmo nível de utilidade Portanto, todas as cestas numa curva de indiferença tem o mesmo nível de utilidade. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 40 Funções Utilidade A utilidade é um conceito de ordem (ordenação). Slide 121 E.g. se U(x) = 6 e U(y) = 2 então a cesta x é estritamente preferida a cesta y. Mas x não é preferida três vezes a cesta y. Transformações Monotônicas Aplicando transformações monotõnicas a uma função utilidade representando uma função utilidade simplesmente cria-se uma outra função utilidade representando a Slide 122 out a u ção ut dade ep ese ta do a mesma relação de preferência. Transformações Monotônicas Para U(x1,x2) = x1x2 a TMgS= - x2/x1. Criando V = U2; i.e. V(x1,x2) = x12x22. Qual é a TMgS para V? Slide 123 Qual é a TMgS para V? A qual é a mesma TMgS para U. MRS V x V x x x x x x x = − = − = −∂ ∂∂ ∂ / / 1 2 1 2 2 1 2 2 2 1 2 2 Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 41 Transformações Monotônicas De um modo mais geral, se V = f(U) onde f é uma função estritamente crescente, então M R S V x f U U x′ ×∂ ∂ ∂ ∂/ ( ) /1 1 Slide 124 M R S V x f f U U x = − = − ×∂ ∂ ∂ ∂/ ( ) ' ( ) / 1 2 1 2 = − ∂ ∂∂ ∂ U x U x / / .1 2 Portanto a TMgS não se modifica por uma transformação monotônica positiva. Preferências do consumidor A 20 30 B 10 50 Cesta de mercado Unidades de alimento Unidades de vestuário Cestas de mercado alternativas Slide 125 D 40 20 E 30 40 G 10 20 H 10 40 Funções Utilidade Exemplos de funções utilidade: z Linear: u(x1,x2,x3) = ax1+bx2+cx3 Slide 126 zCobb-Douglas: u(x1,x2,x3) = x1ax2b x3c z Log: u(x1,x2,x3) = aln(x1)+bln(x2)+cln(x3) Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 42 Pressupostos sobre a função utilidade Assumimos que a função utilidade tenha as seguintes propriedades adicionais para todo x, y em X: E t it t t (St i tl i i ) Slide 127 z Estritamente crescente (Strictly increasing): U(x) > U(y) if yl ≤ xl para todos os bens l e yk < xk para algum bem k (o consumidor preferee mais a menos) Pressupostos sobre a função utilidade Assumimos que a função utilidade tenha as seguintes propriedades adicionais para todo x, y em X: Slide 128 zConcava: para qualquer a, 0 ≤ a ≤ 1, aU(x) + (1-a)U(y) ≤ U[ax+(1-a)y] (a diversidade é melhor , utilidade marginal decrescente) Pressupostos sobre a função utilidade Assumimos que a função utilidade tenha as seguintes propriedades adicionais para todo x, y em X: z Estritamente concava (Strictly concave): para Slide 129 ( y ) p qualquer a, 0 < a < 1, aU(x) + (1-a)U(y) < U[ax+(1-a)y] (diversidade é estritamente melhor, utilidade marginal decrescente estrita). Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 43 Pressupostos sobre a função utilidade Assumimos que a função utilidade tenha as seguintes propriedades adicionais para todo x, y em X: z Assumimos também que as funções utilidade são diferenciais para todo os valores de x, y em X; Slide 130 Este pressusposto elimina a possibilidade na qual as curvas de indiferença tenha uma quebra ou descontinuidade. [cf. Chiang & Wainwrigth (2006, p.137-141) e Gravele e Rees (2004, p.19-20)] Diagramas da Função Utilidade 10 10 3-D Cuvas de nível = Curvas de indiferença Slide 131 0 2 4 6 8 10 0 6 0 2 4 6 8 Utility Quantity of Good 1 Quantity of Good 2 0 2 4 6 8 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Quantity of Good 1 Quantity of Good 2 Diagramas da Função Utilidade Curvas de indiferença Slide 132 Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 44 Curva de Indiferença Curvas de indiferença Uma curva de indiferença representa todas as combinações de cestas de Slide 133 ç mercado que proporcionam o mesmo nível de satisfação a um consumidor. Curva de Indiferença Curvas de indiferença Uma curva curva de indiferença mostra s várias combinações de dois bens que Slide 134 ç q proporcinam ao consumidor uma mesma satisfação ou utilidade. Salvatore (2003, p.62) Curva de Indiferença Curvas de indiferença Uma curva de indiferença conecta todas as cestas de consumo infinitamente Slide 135 divisíveis que são indiferentes uma a outra. Binger & Hoffman (1998, p. 133) Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 45 Curva de Indiferença Curvas de indiferença Uma curva de indiferença é o lugar geométrico dos pontos ou orçamentos ti l i d bi õ d Slide 136 particulares ou ainda combinações de bens que proporcionam o mesmo nível de utilidade total, ou aos quais o consumidor é indiferente. Ferguson (1982, p.28) Curva de Indiferença Uma curva de indiferença representa um conjunto de cestas de mercado onde o bem-estar do consumidor é o mesmo, não importando qual cesta seja consumida. Slide 137 po ta do qua cesta seja co su da B. Peter Pashigian (1998, p.50) Curva de Indiferença Curvas de indiferença Uma curva de indiferença é um conjunto de todas as cestas de bens que um Slide 138 q consumidor vê como sendo igualmente desejáveis. Perloff (2001,p.77) Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 46 O consumidor prefere a cesta A a todas as cestas da área azul, enquanto todas as cestas da área rosa são preferidas a A. Preferências do consumidor 40 Vestuário (unidades por semana) 50 EH B Descrevendo preferências individuais Slide 139 Alimento (unidades por semana) 10 20 30 10 20 30 40 GA D As cestas B, A, & D proporcionam a mesma satisfação •E é preferida a qualquer cesta em U1 •Cestas em U1 são preferidas a H & G Preferências do consumidor 40 Vestuário (unidades por semana) 50 E H B Slide 140 U1 Alimento (unidades por semana) 10 20 30 10 20 30 40 G D A 00 Preferências do consumidor z A curva de indiferença apresenta inclinação negativa, da esquerda para a direita. Curvas de indiferença Slide 141 Uma inclinação positiva violaria a premissa de que uma quantidade maior de mercadoria é preferida a uma menor. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 47 Preferências do consumidor zQualquer cesta de mercado localizada acima e à direita de uma curva de Curvas de indiferença Slide 142 acima e à direita de uma curva de indiferença é preferida a qualquer cesta de mercado localizada sobre a curva de indiferença. Preferências do consumidor Mapas de indiferença Um mapa de indiferença é um conjunto de curvas de indiferença que descrevem as preferências de uma pessoa com relação a Slide 143 preferências de uma pessoa com relação a todas as combinações de duas mercadorias. Cada curva de indiferença no mapa mostra as cestas de mercado entre as quais a pessoa é indiferente. Preferências do consumidor Formas das curvas de indiferença z Finalmente, as curvas de indiferença não podem se interceptar. Slide 144 Isso violaria a premissa de que uma quantidade maior de mercadoria é preferida a uma menor. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 48 Preferências do consumidor y D A cesta de mercado A é preferida a B. A cesta de mercado B é preferida a D. Um mapa de indiferença Slide 145 U2 U3 x U1 AB 0 Consumidores valorizam mais a performance do que o design Design Preferências dos Consumidores - aplicação Consumidores valorizam mais o design do que a performance Design Slide 146 Performance Performance 00 00 U1U2 Preferências do consumidor y O consumidor deveria ser indiferente a Curvas de indiferença não podem se interceptar Curvas de indiferença não podem se interceptar Slide 147 x A D B A, B e D. Entretanto, B contém mais de ambas as mercadorias do que D. 0 Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 49 Taxa Marginal de Substituição Taxa marginal de substituição A taxa marginal de substituição (TMS) mede a quantidade de uma mercadoria d id tá di t Slide 148 de que o consumidor está disposto a desistir para obter mais de outra. z É medida pela inclinação da curva de indiferença. A B -6 Observação: A quantidade de vestuário de que se abre mão para se obter uma unidade de alimento diminui de 6 para 1. Taxa Marginal de Substituição y 10 12 14 16 Slide 149 B D E G-1 1 1 -4 -2 1 1 x 2 3 4 51 2 4 6 8 10 Pergunta: Essa relação também é válida ao abrir mão de alimento para obter vestuário? 0 Taxa Marginal de Substituição y 10 12 14 16 A B -6 TMS = 6 A VTMS ΔΔ−= Slide 150 x2 3 4 51 2 4 6 8 10 B D E G 1 1 1 1 -4 -2 -1 TMS = 2 0 Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 50 Taxa Marginal de Substituição Adicionaremos, agora, uma quarta premissa relativa às preferências do consumidor: Taxa marginal de substituição Slide 151 z A taxa marginal de substituição é decrescente ao longo da curva de indiferença. Observe que a TMS para AB era 6, enquanto para DE era 2. Taxa Marginal de Substituição Pergunta zQuais são as três primeiras premissas? Slide 152 p p Taxa Marginal de Substituição As curvas de indiferença são convexas porque, à medida que maiores quantidades de uma mercadoria são consumidas, espera-se que o consumidor esteja disposto a abrir mão de cada vez menos unidades de uma segunda Slide 153 de cada vez menos unidades de uma segunda mercadoria para obter unidades adicionais da primeira. Os consumidores preferem uma cesta de mercado balanceada. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 51 Taxa Marginal de Substituição xx22 TMgS em x’ ex’ e lim {lim {Δxx22//Δxx11}} Δxx11 00 Slide 154 xx11 Δxx11 00 = dx= dx22/dx/dx11 at x’at x’Δxx22 Δxx11 x’x’ 0 Taxa Marginal de Substituição xx22 dxdx22 = TMgS = TMgS × dxdx11 assim, em x’, TMgS é assim, em x’, TMgS é a taxa a qual o consumidor está a taxa a qual o consumidor está desejando trocar o bem xdesejando trocar o bem x11 pelo bem xpelo bem x22.. Slide 155 x1 dxdx22 dxdx11 x’x’ 0 Taxa Marginal de Substituição xx22 TMgS = TMgS = -- 55 A TMgS sempre aumenta com xA TMgS sempre aumenta com x11 (torna(torna--se se menos negativa) se e somente se as menos negativa) se e somente se as Slide 156 xx11TMgS = TMgS = -- 0.50.5 g )g ) preferências são estritamente convexas.preferências são estritamente convexas. 0 Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 52 Taxa Marginal de Substituição A equação geral para uma curva de indiferença é: U(x1,x2) ≡ k, onde k é uma constante. Slide 157 Diferenciando totalmente a equação acima, obtemos: ∂ ∂ ∂ ∂ U x d x U x d x 1 1 2 2 0+ = Taxa Marginal de Substituição ∂ ∂ ∂ ∂ U x dx U x dx 1 1 2 2 0+ = Rearranjando os termos obtemos: Slide 158 ∂ ∂ ∂ ∂ U x dx U x dx 2 2 1 1= − Rearranjando os termos, obtemos: Taxa Marginal de Substituição ∂ ∂ ∂ ∂ U x dx U x dx 2 2 1 1= − R j d t t e Slide 159 Rearranjando novamente os termos: d x d x U x U x 2 1 1 2 = − ∂ ∂∂ ∂ / / . Esta é a TMgS. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 53 Taxa Marginal de Substituição Suponha que U(x1,x2) = x1x2. Então: ∂ ∂ U x x x 1 2 21= =( )( ) Slide 160 ∂ ∂ U x x x 2 1 11= =( )( ) MRS d x d x U x U x x x = = − = −2 1 1 2 2 1 ∂ ∂ ∂ ∂ / / .então Taxa Marginal de Substituição MRS x x = − 2 1 TMgS(1 8) = 8/1 = 8 x2 8 U(x1,x2) = x1x2; Slide 161 TMgS(1,8) = - 8/1 = -8 TMgS(6,6) = - 6/6 = -1. x1 6 1 6 U = 8 U = 36 00 Substitutos Perfeitos Substitutos perfeitos Dois bens são substitutos perfeitos quando o consumidor se mostra totalmente indiferente entre um bem x e Slide 162 totalmente indiferente entre um bem x e um bem y. Eles podem ser considerados substitutos perfeitos quando o consumidor aceita a substituição de um pelo outro a uma taxa constante. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 54 Substitutos Perfeitos O caso mais simples de substituição perfeita é quando o consumidor deseja substituir os bens a uma taxa de 1:1. Slide 163 No caso de bens que são substitutos perfeitos é que as curvas de indiferença tem uma inclinação constante. Substitutos Perfeitos y) 3 4 Substitutos perfeitos U Slide 164 x 2 3 41 1 2 0 U = x + y x2 Substitutos PerfeitosSubstitutos Perfeitos Função Utilidade - exemplos U = u(x1,x2) = ax1 + bx2 U = 10 ⇒ x = 10/b Slide 165 x1 10/a 10/b 0 20/a 30/a 20/b 30/b U = 10 U = 20 U = 30 U = 10 ⇒ x2 = 10/b - ax1/b U = 20 ⇒ x2 = 20/b - ax1/b U = 30 ⇒ x2 = 30/b - ax1/b Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 55 Substitutos Perfeitos 9 13 x2 x1 + x2 = 5 x1+ x2 = 9 Slide 166 5 5 9 9 13 x1 x1 + x2 = 13 V(x1,x2) = x1 + x2. 0 Complementos Perfeitos Complementos perfeitos Os complementos perfeitos são bens que são consumidos juntos, em proporções Slide 167 j , p p ç fixas (1:1; 1:2; 1:4; 2:5). Complementos Perfeitos y 3 4 Complementos perfeitos Slide 168 x2 3 41 1 2 0 U (x1, x2) = min (ax1, bx2) a, b > 0 Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 56 Complementos Perfeitos x2 45o min{x x } = 88 W(x1,x2) = min{x1,x2} Slide 169 x1 min{x1,x2} = 8 3 5 8 3 5 8 min{x1,x2} = 5 min{x1,x2} = 3 0 Chávena de chá Função Utilidade - exemplos Complementos PerfeitosComplementos Perfeitos O João gosta de tomar 1 xícara de chá com 2 torrões U = u(Ch,Aç) = min(Ch, Aç/2) Slide 170 Torrões de açúcar20 10 0 40 60 20 30 U = 10 U = 20 U = 30 c de c co o ões de açúcar. Se toma 20 xícaras de chá, quer 40 torrões de açúcar; se toma 30 xícaras de chá, quer 60 torrões de açúcar... Bens, males e bens neutros Utilidade Unidades d á Unidades d á Função utilidade Slide 171 águax’ de água são bens de água são males Próximo a x’ unidades, um pequeno acréscimo de água é neutro. 0 Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 57 Males “Males” Um mal é uma mercadoria ou um atributo da qual o consumidor não gosta. mas Slide 172 boas0 Males Renda esperada Alta aversão a riscos: um aumento no desvio padrão faz com que seja necessário um grande aumento da renda para manter a satisfação U1 U2 U3 Slide 173 Desvio padrão da renda constante. Aversão ao risco e curvas de indiferença 0 Males “Males” Quando medimos a quantidade consumida de um bem em um eixo e a quantidade possuída de um mal em outro eixo, as curvas de indiferença ganham inclinação Slide 174 curvas de indiferença ganham inclinação positiva, indicando que um aumento na quantidade possuída de um mal deve ser compensada com um aumento na quantidade consumida de um “bem” para que o consumidor não tenha seu nível de satisfação alterado. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 58 Bens Neutros “Bens neutros” Um bem é neutro se o consumidor não se interessa por ele de alguma forma. Neste caso suas curva de indiferença seriam linhas verticais. Ele só se interessa pela quantidade de um bem e não pela Slide 175 interessa pela quantidade de um bem e não pela quantidade de outro. Assim, por exemplo, quanto mais do bem B, melhor, porém a adição de mais A não afeta ao consumidor nem para melhor nem para pior. Neste caso as curvas de indiferença são verticais. Bens Neutros Aqui, o consumidor somente se importa com a quantidade do bem B e não liga em absoluto para o número de A que possui. A Slide 176 B0 B2 B3B1 Saciedade Uma cesta é estritamente preferida a qualquer outra é um ponto de saciedade ou um bliss point. Slide 177 Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 59 Saciedade xx22 SatisfaçãoSatisfação (bliss)(bliss) Slide 178 xx11 pointpoint 0 Saciedade xx22 SaciedadeSaciedade ((bliss)bliss) Slide 179 xx11 M el ho r M el ho r ((bliss)bliss) pointpoint)) 0 Saciedade xx22 SaciedadeSaciedade ((bliss)bliss) pointpoint)) 1 2 Slide 180 xx11 M el ho r M el ho r 43 0 Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 60 Saciedade Nos quadrantes em que as curvas de indiferença possuem inclinação negativa, significa que o consumidor possui muito pouco ou demais de ambos os bens em relação ao ponto de saciedade. S i li ã d d i dif f iti i t Slide 181 Se a inclinação das curvas de indiferença for positiva, isto equivale a dizer que o consumidor tem demais apenas de um dos dois bens. Nesse caso, o bem passa a ser um mal, e o consumidor irá preferir diminuir o consumo desse bem para consumir mais do outro. Se ele tiver demais de ambos os bens, os dois bens serão males. Quadrante Inclinação das CIs Tipo de bens Implicações 1 Negativa Dois males O consumidor tem demais dos dois bens. A redução no consumo de ambos leva o consumidor para mais perto de seu ponto de satisfação. 2 Positiva Tem-se demais de X2 e x1 é um bem Tem-se demais de um dos bens, que no caso é o bem X2, pois como a direção do aumento da preferência é para baixo e para a direita, o consumidor quer diminuir o consumo deste bem e aumentar o consumo Slide 182 consumo deste bem, e aumentar o consumo de x1, que é um bem e não um mal. 3 Negativa X1 e x2 são bens A inclinação negativa das curvas de indiferença indica que o consumidor tem muito pouco de ambos os bens, de forma que para se mover para seu ponto de satisfação, o consumidor deve aumentar o consumo dos dois bens. 4 Positiva X1 é um mal e X2 é um bem O consumido deve diminuir o consumo de X1 e aumentar o consumo de X2, a fim de chegar ao nível de satisfação desejado. Bens Discretos Uma mercadoria é infinitamente dividível se ela puder ser adquirida em qualquer quantidade, e.g. agua, queijo, gasolina etc. Slide 183 Uma mercadoria é discreta se somente se ela puder ser vendida em quantidades inteiras (não dividíveis), em unidades como 1, 2, 3, … e assim por diante, tais como aviões, barcos e refrigeradores. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 61 Bens Discretos Suponha que o bem 2 é um bem infinitamente divisível (gasolina) enquanto que o bem 1 é um bem discreto (avião). C t Slide 184 Como se parecem, neste caso as curvas de indiferença? Curvas de Indiferença para Bens Discretos gasolinagasolina As curvas de indiferença são As curvas de indiferença são coleções de pontos discretos.coleções de pontos discretos. Slide 185 aviõesaviões00 11 22 3 44 Preferências do consumidor Utilidade z Utilidade: Número que representa o nível Substitutos perfeitos e complementos perfeitos Slide 186 de satisfação que uma pessoa obtém ao consumir uma determinada cesta de mercado. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 62 Preferências do consumidor Utilidade z Se comprar três cópias do livro Mi i d i id i Substitutos perfeitos e complementos perfeitos Slide 187 Microeconomia deixa o consumidor mais feliz do que comprar uma camisa, então dizemos que os livros proporcionam mais utilidade a esse consumidor do que a camisa. Preferências do consumidor 15 Vestuário (unidades por semana) Suponha: U = AV Cesta de mercado U = AV C 25 = 2,5(10) A 25 = 5(5) B 25 = 10(2 5) Funções de utilidade e curvas de indiferença Slide 188 Alimento (unidades por semana)10 155 5 10 0 U1 = 25 U2 = 50 (Preferida a U1) U3 = 100 (Preferida a U2)A B C B 25 = 10(2,5) Preferências do consumidor Utilidade ordinal versus utilidade cardinal z Função de utilidade ordinal: Coloca as Substitutos perfeitos e complementos perfeitos Slide 189 z Função de utilidade ordinal: Coloca as cestas de mercado em ordem decrescente de preferência, mas não indica o quanto uma cesta é preferível a outra. z Função de utilidade cardinal: Função de utilidade que descreve o quanto uma cesta de mercado é preferível a outra. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 63 Preferências do consumidor Ordenação ordinal versus ordenação cardinal Substitutos perfeitos e complementos perfeitosSlide 190 z A unidade de medida da utilidade não é importante. z Logo, a ordenação ordinal é suficiente para explicar como a maioria das decisões é tomada pelo consumidor. 1. Cobb-Douglas: U = Axαyβ where: α + β = 1; A, α,β constantes positivas MUX = αAxα-1yβ Formas Funcionais Especiais Slide 191 191 MUY = βAxαyβ-1 TMgSx,y = (αy)/(βx) Substitutos perfeitos: U = Ax + By onde: A, B constantes positivas Formas Funcionais Especiais Slide 192 192 MUx = A MUy = B MRSx,y = A/B então, 1 unidade de x é igual a B/A unidades de y em qualquer lugar (a TMgS é constante). Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 64 Uma função utilidade da forma U(x1,x2) = f(x1) + x2 Formas funcionais especiais Slide 193 é linear somente x2 e é chamada de quase-linear. E.g. U(x1,x2) = 2x11/2 + x2. y MRS diminishes at the quantity of X increase But does not depend on quantity f Formas funcionais especiais Slide 194 194 Example: Quasi-linear Preferences (consumption of beverages) • x0 IC1 of y. y IC2 Formas funcionais especiais Slide 195 195 Exemplo: preferências quase-lineares (consumo de cerveja) • • CI’s tem a memsa inclinação sobre qualquer linha vertical x0 2 IC1 Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 65 Assim, para funções quase-lineares temos que: ∂ U ∂ U Preferências quase-lineares Slide 196 ∂ ∂ U x f x 1 1= ′( ) ∂∂ U x2 1= MRS d x d x U x U x f x= = − = − ′2 1 1 2 1 ∂ ∂ ∂ ∂ / / ( ). Preferências quase-lineares TMgS = - f (x1) não depende de x2 de modo que a inclinação das curvas de indiferença para uma função quase- li é t t l d l Slide 197 linear é constante ao longo de qualquer linha para a qual x1 é constante. Restrições orçamentárias e o ótimo do consumidore o ót o do co su do Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 66 Restrições orçamentárias e o ótimo do consumidor A principal hipótese sobre a qual a teoria do comportamento consumidor está construída é que ele procura alocar sua renda monetária limitadas entre bens e serviços disponíveis de tal f i i ti f ã Slide 199 forma a maximizar sua satisfação. Em resumo, o consumidor organiza suas compras de modo a maximizar a satisfação sujeita a sua renda monetária limitadas Restrições orçamentárias O comportamento do consumidor não é determinado apenas por suas preferências. Slide 200 As restrições orçamentárias também limitam a capacidade do indivíduo de consumir, tendo em vista os preços que ele deve pagar por diversas mercadorias e serviços. Restrições orçamentárias Linha do orçamento z A linha de restrição orçamentária indica todas as combinações de duas mercadorias para as quais o total de dinheiro gasto é igual à renda total. Slide 201 Ela representa as combinações máximas possíveis de bens (x e y por exemplo) que podem ser adquiridas com uma dada renda I e os preços px e py dados. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 67 Restrições orçamentárias z Seja A a quantidade adquirida de alimento e V a quantidade adquirida de vestuário. P d li t P d Linha do orçamento Slide 202 z Preço do alimento = PA e o preço do vestuário = Pv z Logo, PAA é a quantidade de dinheiro gasto com alimento e PvV é a quantidade de dinheiro gasto com vestuário. Restrições orçamentárias A linha do orçamento, então, pode ser escrita como: Linha do orçamento Slide 203 PA A + PV V = I (I/Py) = 40 Conjunto orçamentário 30 A B y A restrição orçamentária do consumidor requer que a quantidade total de recursos gasta nos dois bens, x e X não seja maior que a quantidade total de dinheiro que o consumidor possui para gastar. As cestas de bens que o consumidor pode adquirir são aquelas cujo custo não é maior do que I. Esse conjunto de cestas de consumo que d i id l id Slide 204 x 40 60 80 = (I/Px)20 10 20 30 0 D E G pode ser aqui rido pelo consumidor aos preços px e py e renda I é denominado de conjunto orçamentário do consumidor. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 68 Restrições orçamentárias A 0 40 $80 Cesta de Alimentação(A) Vestuário(V) Despesa total mercado PA = ($1) PV = ($2) PAA + PVV = I Cestas de mercado e a linha do orçamento Slide 205 B 20 30 $80 D 40 20 $80 E 60 10 $80 G 80 0 $80 Linha do Orçamento: A + 2V = $80 VA/PPAV -1-/Inclinação ==ΔΔ= (I/PV) = 40 Restrições orçamentárias 30 A B Vestuário (unidades por semana) PV = $2 PA = $1 I = $80 Slide 206 VA/PPAV 2 / Inclinação ΔΔ 10 20 Alimento (unidades por semana)40 60 80 = (I/PA)20 10 20 30 0 D E G Restrições orçamentárias A inclinação a reta de orçamento representa a taxa marginal de substituição no consumo dos dois bens que é possível o consumidor negociar ou encontrar no mercado. Slide 207 Ela mostra o que o consumidor pode fazer quando deseja substituir um bem pelo outro. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 69 (I/Py) = 40 Restrições orçamentárias 30 A B y Espaço orçamentário - é o conjunto de todas as cestas que podem ser compradas, gastando uma parte ou toda a renda monetária dada. Slide 208 x 40 60 80 = (I/Px)20 10 20 30 0 D E G Restrições orçamentárias z À medida que a cesta consumida se move ao longo da linha do orçamento a partir do intercepto, o consumidor gasta menos com uma mercadoria e mais com outra Linha do orçamento Slide 209 uma mercadoria e mais com outra. z A inclinação da linha mede o custo relativo de vestuário e alimentação. z A inclinação é igual à razão dos preços das duas mercadorias com o sinal negativo. Restrições orçamentárias A inclinação indica a proporção segundo a qual pode-se substituir uma Linha do orçamento Slide 210 mercadoria pela outra sem alteração da quantidade total de dinheiro gasto. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 70 Restrições orçamentárias zO intercepto vertical (I/PV) indica a quantidade máxima de V que pode ser d d I Linha do orçamento Slide 211 comprada com a renda I. z O intercepto horizontal (I/PA) indica a quantidade máxima de A que pode ser comprada com a renda I. Restrições orçamentárias A posição da restrição orçamentária impõe uma outra restrição ao comportamento do consumidor, pois nos dá a quantidade máxima que pode ser comprada com a Slide 212 á a que pode se co p ada co a renda I e os preços px e py. Restrições orçamentárias Efeitos das modificações na renda e nos preços zModificações na renda U t d d Slide 213 Um aumento da renda causa o deslocamento paralelo da linha do orçamento para a direita (mantidos os preços constantes). Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 71 Restrições orçamentárias zModificações na renda Uma redução da renda causa o Efeitos das modificações na renda e nos preços Slide 214 deslocamento paralelo da linha do orçamento para a esquerda (mantidos os preços constantes). Restrições orçamentárias Vestuário (unidades por semana) 60 80 Um aumento da renda desloca a linha do orçamento para a direita Efeitos de uma modificação na renda sobre a linha do orçamento Slide 215 Alimento (unidades por semana)80 120 16040 20 40 60 0 (I = $160) L2 (I = $80) L1 L3 (I = $40) Uma reduçãoda renda desloca a linha do orçamento para a esquerda Restrições orçamentárias zModificações nos preços Se o preço de uma mercadoria Efeitos das modificações na renda e nos preços Slide 216 aumenta, a linha do orçamento sofre uma rotação para a esquerda em torno do intercepto da outra mercadoria. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 72 Restrições orçamentárias zModificações nos preços Se o preço de uma mercadoria diminui, li h d t f t ã Efeitos das modificações na renda e nos preços Slide 217 a linha do orçamento sofre uma rotação para a direita em torno do intercepto da outra mercadoria. Restrições orçamentárias Vestuário (unidades por semana) Um aumento no preço do alimento para $2 modifica a inclinação da linha do orçamento e causa sua rotação para a esquerda. Efeitos de uma modificação no preço sobre a linha do orçamento Slide 218 Alimento (unidades por semana)80 120 16040 40 (PA = 1) L1L3 (PA = 2) (PA = 1/2) L2 Uma redução no preço do alimento para $0,50 muda a inclinação da linha do orçamento e causa sua rotação para a direita. 0 Restrições orçamentárias zModificações nos preços Se os preços de ambas as mercadorias Efeitos das modificações na renda e nos preços Slide 219 Se os preços de ambas as mercadorias aumentam, mas a razão entre os dois preços permanece inalterada, a inclinação da linha do orçamento não muda. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 73 Restrições orçamentárias zModificações nos preços Entretanto a linha do orçamento sofrerá Efeitos das modificações na renda e nos preços Slide 220 Entretanto, a linha do orçamento sofrerá um deslocamento paralelo para a esquerda. Restrições orçamentárias zModificações nos preços Se os preços de ambas as mercadorias Efeitos das modificações na renda e nos preços Slide 221 Se os preços de ambas as mercadorias diminuem, mas a razão entre os dois preços permanece inalterada, a inclinação da linha do orçamento não muda. Restrições orçamentárias zModificações nos preços Entretanto, a linha do orçamento sofrerá Efeitos das modificações na renda e nos preços Slide 222 um deslocamento paralelo para a direita. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 74 Restrições orçamentárias não lineares y Desconto de Quantidades Quando o preço por unidade de um bem depende do número de unidades compradas, a restrição orçamentária é não linear. Aqui temos que o preço de X cai a medida em que mais unidades de x são consumidas. Os preços declinantes por bloco de consumo implica que p1 > p2 > p3. Slide 223 x0 x2x1 x3 p q p p p ∠ = -p3∠ = -p2∠ = -p1 Restrições orçamentárias não lineares y Racionamento de Quantidades Neste caso para quantidades menores que x1, sua linha orçamentária coincide com B1. Mas a direita de F, o ponto B1 não está disponível, por exemplo, devido aos cupons de racionamento. O consumidor, neste caso não pode comprar qualquer cesta a direita de F. B1 Slide 224 x0 x1 q q F O Ótimo do ConsumidorO Ót o do Co su do Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 75 A escolha por parte do consumidor O ótimo do consumidor será obtido sempre que o consumidor maximizar sua satisfação dada sua restrição orçamentária. Slide 226 A escolha ótima do consumidor é aquela cesta de bens no conjunto orçamentário dos consumidores que está na curva de indiferença mais alta. Neste ponto temos que o que o consumidor deseja fazer é igual ao que ele pode fazer. Formalmente temos que: n maximizar a utilidade do consumidor U(x) U é assumidar satisfazer os axiomas pradrões. n sujeito a uma restrição factível Assumimos que o conjunto de Slide 227 sujeito a uma restrição factível x ∈X n e a uma restrição orçamentária n Σ pixi ≤ M i=1 Assumimos que o conjunto de consumo X está no quadrnate não negativo. Versão com renda limitada A escolha por parte do consumidor A cesta de mercado ótima deve satisfazer duas condições: 1. Ela deve estar situada sobre a linha Slide 228 do orçamento. 2. Ela deve fornecer ao consumidor sua combinação preferida de bens e serviços. Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 76 Vestuário (unidades por semana) 40 Escolha do consumidor, TMS > PCom/PV O Ponto B não maximiza a satisfação porque TMS = -10/10 = 1 é maior do que a razão dos preços = 1/2: TMS > P /P Slide 229 Comida (unidades por semana) 40 8020 20 30 0 +10C U1 -10V B TMS > PC/PV 1 > 1/2 Vestuário (unidades por semana) 40 Escolha do consumidor, TMS > PCom/PV O Ponto C não maximiza a satisfação porque TMS = 5/20 = 0,1 é menor do que a razão dos preços = 1/2: TMS < P /P Slide 230 40 8020 20 30 0 +20C U1 -5V C TMS < PC/PV 0,1 < 1/2 Comida (unidades por semana) x2 Escolha ótima do consumidor Cestas Slide 231 U2 x1 0 Cestas acessíveis C preferíveis Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 77 x2 (x1*,x2*) é a cesta acessível f id t f d Escolha ótima do consumidor Slide 232 U2 C x1 0 preferida, o most preferred affordable bundle. x2* x1* x2 Escolha do consumidor O que o consumidor deseja fazer é igual ao que ele pode fazer a mim de maximizar sua Slide 233 U2 C x10 x2* x1* mim de maximizar sua satisfação dada a limitação de sua renda e os preços de x e y. TMS = – MU1/MU2 – pCom/pVest Escolha do Consumidor No ponto de equilíbrio C = Slide 234 Declive da curva de indiferença Declive da restrição orçamentaria Vontade de trocar/ substituir do consumidor Vontade de trocar da sociedade Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 78 Escolha do Consumidor Então, podemos dizer que no ponto ótimo de consumo do consumidor, 1 1MU PTMS Slide 235 A utilidadeutilidade é maximizada quando a Taxa Marginal de Substituição é igual ao declive da restrição orçamentaria (– razão dos preços). 1 1 2 2 TMS MU P = − = − O ponto ótimo de consumo ocorre onde benefícios marginais igualm custos marginais: z Benefício Marginal = Taxa Marginal de Substituição Benefício associado ao consumo de mais uma unidade de Comida (em detrimento de uma unidade Escolha do Consumidor Slide 236 unidade de Comida (em detrimento de uma unidade de Vestuário) z Custo Marginal = custo de uma unidade adicional de Comida: 1 unidade de Comida = ½ unidade de Vestuário ⇒ PCom/PV O Ótimo do Consumidor A cesta mais preferida é chamada de quantidade demandada do consumidor dados os preços dos bens e a sua renda. Slide 237 A quantidade demandada será denotada por: x1*(p1,p2,m) and x2*(p1,p2,m). Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 79 O Ótimo do Consumidor Quando x1* > 0 e x2* > 0 é a cesta demandada é INTERIOR. Slide 238 Se a compra (x1*,x2*) custa $m então o orçamento é completamente exaurido. O Ótimo do Consumidor x2 (x1*,x2*) é interior. (x1*,x2*) exaure o orçamento Slide 239 x1x1* x2* 0 O Ótimo do Consumidor (x1*,x2*) satifaz duas condições: (a) o orçamento é exaurido; p x * + p x * = m Slide 240 p1x1* + p2x2* = m (b) a inclinação da restrição orçamentária, (-p1/p2), e a inclinação da curva de indiferença que contém (x1*,x2*) são iguais em (x1*,x2*). Teoria Microeconômica I 5/4/2010 Prof. Giácomo Balbinotto Neto [UFRGS] 80 O Ótimo do Consumidor ( ) ( ) ( )
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