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MECANISMOS DE ADAPTAÇÕES CELULARES Alterações de crescimento e diferenciação celular Profa. Cristiane Nascimento e Erica Viana Morfo IV – Aula 2 ADAPTAÇÕES CELULARES Células: unidades adaptativas Adaptações metabólicas fisiológicas Períodos de jejum Adaptações fisiológicas estruturais Atividade celular aumentada Atividade celular diminuída Alteração da morfologia celular I. HIPERPLASIA Aumento do número de células em um órgão ou tecido (que pode ter aumentado de volume). Hiperplasia fisiológica: Hormornal • Hiperplasia de mama na puberdade e gravidez, • Hiperplasia do útero gravídico Compensatória • Hepatectomia parcial Hiperplasia patológica: Estimulação hormonal excessiva ou resulta dos efeitos dos fatores de crescimento sobre as células. Histopatologia do endométrio. (A) Tecido endometrial normal. (B) Hiperplasia endometrial caracteriza- se por uma proliferação anormal de glândulas e estroma. Hiperplasia endometrial. Pode causar hemorragia uterina anômala, estar associada a tumores ovarianos e preceder câncer de endométrio Hiperplasia endometrial por estrógeno Hiperplasia prostática benígna Representação esquemática da Hiperplasia benígna de próstata (HPB). Observar aumento no número de células na próstata aumentada de volume. Hiperplasia benígna de próstata (HPB) – Tumor benígno II. HIPERTROFIA Aumento no tamanho das células (e da sua capacidade funcional) aumentando o tamanho do órgão ou tecido. Características: Elevada síntese dos componentes estruturais Intensa atividade metabólica Resposta a demanda funcional aumentada ou a estímulos hormonais. Ex.: músculos esqueléticos e cardíacos Hipertrofia fisiológica (compensatória) Aumento da massa muscular – hipertrofia das células do músculo esquelético por aumento da carga de trabalho. Hipertrofia de células do músculo cardíaco compensatória a uma hipertensão arterial ou sobrecarga hemodinâmica crônica. A B C D Hipertrofia fisiológica (compensatória) Hipertrofia do músculo cardíaco. Músculo cardíaco normal (A) e corte histológico mostrando tamanho e disposição normal das células (B). Em seguida observa-se uma hipertrofia do coração, com aumento do volume do órgão (C), em conseqüência do aumento do tamanho celular (D). Hipertrofia fisiológica (compensatória) Corte histológico de musculatura esquelética. Músculo e células de tamanho normais (a) e aumento do volume/tamanho celular caracte- ristico da hipertrofia (b) Hipertrofia + Hiperplasia Hiperplasia e hipertrofia das células endometriais por estímulos homonais durante a gravidez. III. ATROFIA Diminuição do tamanho da célula por perda de substância celular. Fisiológica: durante desenvolvimento embrionário Patológica: Resposta a diminuição da demanda • função • necessidades energéticas • volume Causas de atrofia patológica: Redução da carga de trabalho (atrofia por desuso); Imobilização de um membro - fratura/ paralisia Repouso prolongado OBS: No retorno a atividade, as células atróficas podem reassumir as funções normais e retornarem ao volume normal Paciente idoso considerado portador da síndrome da Imobilidade. Há um comprometimento, o sistema músculo-esquelético que mostra as manifestações mais evidentes da imobilização: a fraqueza e a atrofia por desuso. Nestes casos, a mobilidade reduzida (que leva ao leito), é uma manifestação comum da depressão. Perda da inervação (atrofia por desnervação): Perda de estímulo nervoso Desnervação do músculo esquelético Ausência de regulação do tônus muscular Atrofia da musculatura esquelética por perda da inervação. Miócitos normais (a) e atrofiados (b) Envelhecimento (atrofia senil); O envelhecimento está associado à perda celular; Tecidos com células permanentes: cérebro e coração Atrofia senil do cérebro de um homem com 85 anos de idade (A). Ao lado o cérebro de um homem de 36 anos. Em ambos as menines foram retiradas. Diminuição do suprimento sangüíneo Isquemia (doença oclusiva) do suprimento sangüíneo: perda de nutrientes e oxigênio Perda celular: cérebro Perda de estimulação endócrina Glândulas endócrinas; Órgãos reprodutivos Compressão tecidual Alterações isquêmicas Compromete do suprimento sangüíneo Nutrição inadequada Desnutrição protéico-calórica Busca de novas fontes de energéticas: tecido adiposo, músculo esquelético Emagrecimento acentuado IV. INVOLUÇÃO “Redução do número de células funcionais” Ativação de genes específicos • Dissolução • Eliminação das células e tecidos Morte celular programada: Apoptose Involução tímica. Inicia-se na puberdade e no adulto observa-se apenas resquícios de tecido tímico. Neste caso, o tecido linfóide vai sendo gradualmente substituído por tecido adiposo. Diferença entre atrofia e involução V. METAPLASIA Alteração para novo tipo celular “Alteração reversível na qual um tipo celular adulto (epitelial ou mesenquimal) é substituído por outro tipo celular adulto” Etiologia: Resposta adaptativa a estímulos: stress, ambiente adverso) Tipos: Metaplasia epitelial Metaplasia mesenquimal Estímulos persistentes: Predisposição à formações cancerosas Metaplasia colunar para escamosa Trato respiratório (fumantes crônicos) METAPLASIA. Diagrama esquemático da metaplasia colunar para escamosa. Metaplasia escamosa pulmonar Metaplasia escamosa para colunar Epitélio esofágico (Esofagite de Barrett) Células colunares semelhantes às do intestino Está associado à uma maior incidência de neoplasia maligna do esôfago Esofagite de Barret. Imagem endoscópica mostrando lesão tecdual (A) e histopatologia mostrando a metaplasia escamosa para colunar (B). A B Metaplasia Mesenquimal (de tecido conjuntivo) Formação de cartilagem, osso ou tecido adiposo em tecidos que normalmente não contêm esses elementos Miosite ossificante Quadro de miosite (fibrodisplasia). ossificante progressiva. Caracterizado por ossificação disseminada em tecidos moles e alterações congênitas das extremidades. Causa limitação da mobilidade osteoarticular, afetando coluna vertebral, ombros, quadril e articulações periféricas.
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