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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FUNÇÕES DO ESTADO O poder estatal, conquanto uno e indivisível, desmembra-se em três funções: a) legislativa: - Perspectiva material: consiste na expedição de atos gerais e abstratos; - No sentido formal: legislativa seria a função por meio da qual se inova na ordem jurídica, com fundamento tão só na Constituição. b) jurisdicional: - Perspectiva material: solução de controvérsias jurídicas; - No sentido formal: que resolve controvérsias jurídicas com força de definitividade; c) administrativa: - Perspectiva material: na atividade concreta por meio da qual se busca de modo direto e imediato a realização de determinada utilidade pública. - No sentido formal: que se desenvolve por meio de comandos infra legais ou mesmo infra- constitucionais, produzidos na intimidade de uma estrutura hierárquica. CONCEITO Num sentido amplo, o vocábulo Administração Pública compreende num primeiro patamar os órgãos governamentais, superiores, e suas respectivas funções, eminentemente políticas, de comando e direção, mediante as quais são fixadas as diretrizes e elaborados os planos de atuação do Estado. Num segundo patamar, a expressão também abarca os órgãos e entida- des administrativos, subalternos, bem como suas funções, basicamente de execução dos planos governamentais. Em sentido estrito, por sua vez, a expressão tem sua abrangência limitada aos órgãos e entidades administrativos, que exercem apenas funções de caráter administrativo, em exe- cução aos planos gerais de ação do Estado. Ficam fora de seu alcance, portanto, os órgãos governamentais e as funções de cunho político que os mesmos exercem. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO SUBJETIVO, FORMAL OU ORGÂNICO Em sentido subjetivo, quanto aos sujeitos que exercem a função administrativa, conceitua-se Administração Pública como o conjunto de agentes, órgãos e pessoas jurídicas aos quais é atribuído o exercício da função administrativa. Nessa definição então contidos todos os agentes públicos que desenvolvem alguma função ligada à esfera administrativa; os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municí- pios) e os órgãos que os integram (a chamada Administração Direta); bem como as entidades administrativas, que desempenham suas funções de maneira descentralizada (a denominada Administração Indireta). Enfim, corresponde a Administração Pública, em sentido subjetivo, a todo o aparelhamento de que dispõe o Estado para a execução das atividades compreendidas na função adminis- trativa. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO OBJETIVO, MATERIAL OU FUNCIONAL Em sentido objetivo, a Administração Pública corresponde às diversas atividades exercidas pelo Estado, por meio de seus agentes, órgãos e entidades, no desempenho da função ad- ministrativa. Nessa acepção material, a Administração Pública engloba as atividades de fo- mento, polícia administrativa, serviço público e intervenção administrativa. O fomento consiste na atividade de incentivo à iniciativa privada de interesse público, mediante incentivos fiscais, auxílios financeiros e subvenções, entre outros instrumentos de estímulo. A polícia administrativa compreende as atividades relacionadas ao controle, fiscalização e execução das denominadas limitações administrativas, as quais constituem restrições e condicionamentos impostos ao exercício de direitos individuais em prol do interesse coletivo. Serviço público, por sua vez, é toda atividade concreta que a Administração exerce, por si ou por meio de terceiros, com a finalidade de satisfazer as mais variadas necessida- des coletivas, sob regime exclusivamente ou preponderantemente de Direito Público. A intervenção administrativa, por fim, compreende duas espécies de atividades: a regula- mentação e a fiscalização da atividade econômica de natureza privada e a atuação direta do Estado no domínio econômico, dentro dos permissivos constitucionais. Resumidamente: a) CONCEITO SUBJETIVO: consiste nos agentes, órgãos, entidades que desempenham a atividade administrativa. b) CONCEITO OBJETIVO: consiste na atividade pública administrativa desempenhada pelo sujeito (agentes, órgãos e entidades públicas). II – Finalidade: Satisfazer o interesse público III – Organização Administrativa a) entidades da administração direta: 1- União Federal 2- Estados membros 3- Distrito Federal 4- Municípios Características: Todas essas entidades possuem personalidade jurídica de direito público Entidades políticas (Tem competência para elaborar leis) b) entidades da administração indireta: 1 - AUTARQUIAS: EX.: INSS Possuem personalidade jurídica de direito público Criadas por lei Desempenham atividades típicas do Estado (seguridade Social) Submetidas a um controle finalístico (TUTELA) 1.1- Autarquias Especiais: a) Agências Reguladoras: Ex.: ANATEL, ANEEL, ANAC, ANP OBSERVAÇÕES: Podem elaborar ato normativos, que estão abaixo da lei, eminentemente técnicos. Não elaboram leis. b) Associações Públicas: Ex.: consórcios públicos: ajustes celebrados entre entidades políticas. 2 – FUNDAÇÕES: Entidades com personalidade jurídica de direito público ou personalidade jurídica de direito privado que tem por objetivo desempenhar atividade de ordem social sujeitas também a um controle finalístico (Tutela). Ex.: FUNASA (Dir. Público) Fundação Padre Anchieta – TV cultura (Dir. Privado). 3 - Empreses Públicas e sociedades de economia mista a) Pontos comuns: - São criadas por lei; - Possuem personalidade jurídica de direito privado; (aplico princípios e regras próximos das empresas privadas, mas não de forma absoluta) Ex. O Banco do Brasil tem que fazer concurso para contratação de pessoal); Prestadoras de serviço público Ex.: CORREIOS, METRÔ ou exploradora da atividade econômica Ex. Banco do Brasil e CEF; b) Pontos Divergentes: Diferenças quanto a ... Empresa pública Sociedade de Economia Mista Composição do capital Capital inteiramente público Capital misto (público e privado) Organização Societária Qualquer forma societária (S/A, LTDA) Somente S/A Competência da justiça Justiça Federal (se Federal) art.º 109 I / CF Justiça Estadual IV- Princípios da Administração Pública (Artº 37 “caput”/CF) Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência (LIMPE) a) Legalidade: a administração só pode fazer o que a lei determina ou autoriza. Para os particulares, pode fazer tudo que a lei não proíba. Fundamentos: CF/88 - Art.37, caput “ A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 1998) ” - Art. 5º, II “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. - Art. 84, IV “Compete privativamente ao Presidente da República sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução”. b) Impessoalidade: a administração deverá atuar de forma objetiva, impessoal. Atuar sem privilégio, distinção, preconceito, autopromoção pessoal no desempenho da atividade administrativa. c) Moralidade: a administração deverá agir com ética, boa-fé na atuação e probidade. Fundamentos: CF/88 Artº 5º LXXIII “qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; ” Artº 37, caput “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dosEstados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 1998) ” Instrumentos para defesa da Moralidade: a) Ação Popular b) Ação Civil Pública de Improbidade administrativa c) Controle externo exercido pelos tribunais de contas d) Comissões parlamentares de Inquérito (CPIs) d) Publicidade: a atividade administrativa deverá ser em regra pública e acessível ao público. Exceções: Existe situações em que as informações são mantidas sob sigilo. Quando a atuação envolver segurança do Estado ou da Sociedade. OBS.: o que prescreve o Art.º 37 §1º da CF/88: “A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social...” é uma regra de impessoalidade. A palavra publicidade está empregada no sentido de propaganda, não induzindo nenhuma relação com o princípio da publicidade. Do princípio da publicidade engloba dois subprincípios do direito administrativo: a) Princípio da transparência b) Princípio da divulgação oficial Objetivo da publicidade: a) Exteriorizar a vontade da administração pública b) Tonar exigível o conteúdo do ato c) Desencadear a produção de efeitos do ato administrativo d) Permitir o controle da legalidade e) Eficiência: a administração deverá atuar com presteza, com perfeição, com rendimento funcional. Eficiência, Eficácia e Efetividade Eficiência seria o modo pelo qual se exerce a função administrativa. A eficácia diz respeito aos meios e instrumentos empregados pelo agente. E a efetividade é voltada para os resultados de sua atuação. V – Princípios da administração pública “implícitos” no texto constitucional a) Supremacia do interesse público sobre o privado: Diante de um conflito de interesse envolvido interesse público e interesse privado/particular prevalecerá o interesse público. Ex.: Desapropriação b) Indisponibilidade do interesse público: o interesse público é indisponível, o agente público não pode abdicar do interesse público. c) Razoabilidade: a administração deve atuar com bom senso, de acordo com o senso comum. d) Proporcionalidade: Deverá haver adequação entre os meios empregados e os objetivos desejados. e) Devido processo legal: é garantia de liberdade, é um direito fundamental do homem consagrado na Declaração Universal dos Direitos Humanos. VI – Poderes da Administração: São instrumentos para fazer valer a supremacia do interesse público e a satisfação do interesse público. a) Poder Vinculado: a administração somente poderá tomar a conduta prevista em lei (não há liberdade ao agente público). Ex.: Aposentadoria compulsória. b) Poder Discricionário: a lei confere certa liberdade ao agente público para por meio de um juízo de oportunidade e de conveniência tomar a conduta mais satisfatória ao interesse público c) Poder Hierárquico: a administração distribui funções entre os órgãos, ordena e rever a atuação dos seus agentes. d) Poder disciplinar: a administração apura infrações administrativas e impõe as respectivas penalidades aos seus agentes e demais pessoas submetidas à disciplina administrativa. Ex.: além do servidor público, poderá ser punido em razão do poder disciplinar empresa contratada pela administração que não cumpre o contrato administrativo. e) Poder regulamentar ou normativo: a administração poderá expedir atos normativos visando complementar a lei. Decretos executivos ou regulamentar: estão abaixo da lei, podendo somente complementá-la, isto é, não pode inovar a ordem jurídica. Decretos não podem tratar de temas que foram tratados pela lei. Decretos Autônomos ou Decretos independentes: inovam o direito, tratam de temas sem necessidade de leis anteriores. Hipóteses do decreto autônomo: - Art. 84 – VI a, b - Organizar o funcionamento da administração federal. Extinção de funções ou cargos públicos quando vagos. f) Poder de Polícia: poder da administração em limitar o exercício de direitos individuais em benefício da coletividade. Atributos do Poder de Polícia: 1 – Discricionariedade: certa liberdade conferida pela lei ao agente público para realizar um juízo de valor (oportunidade e conveniência). Exceção: Licença (poder polícia, porém é um ato vinculado) 2 – Auto-executoriedade: administração praticando os seus atos de polícia diretamente, sem a necessidade de autorização do poder judiciário. 3 – Coercibilidade: a administração pode impor os seus atos de polícia aos administrados. Independentemente de concordância desses administrados. VII – Agentes Públicos: a) Conceito: são todas as pessoas que desempenham atividade administrativa transitoriamente ou não, com ou sem remuneração. b) Classificação: 1 – Agentes Políticos: os que ocupam os primeiros escalões do governo. 2 – Servidores Públicos ou Agentes Administrativos: Os servidores estatutários: detentor de cargo público, submetido a Lei 8.112/90 (estatuto) Empregados públicos: detentor de emprego público, submetido a lei geral (CLT) Os servidores temporários: são detentores de função pública e são contratados por prazo determinado para suprir necessidades temporária de excepcional interesse público. 3 – Particulares em colaboração com o Estado: Agentes delegados: aqueles que desempenham função pública por delegação da administração. Ex. Concessionário do serviço público. Agentes honoríficos: aqueles que desempenham função pública em razão de sua razão cívica. Ex.: jurados no tribunal do júri, mesários nas eleições. Gestores do negócio público: aqueles que desempenham função pública em situação de emergência porque chegaram antes a administração no local dos fatos. c) Disposições constitucionais sobre agentes públicos (art. 37, II- CF): - Regra: exigência de concurso público (administração direta e indireta, cargo/emprego público). - Exceção: contratação sem concurso público (cargo em comissão. EX. Ministros do Governo. - Prazo de validade do concurso público: até dois anos, prorrogável uma única vez por igual período. - Prioridade na nomeação. (Exceção: Art. 12, caput lei 8112, no âmbito federal, há proibição da abertura de novo concurso). - Reserva de vagas a portadores de deficiência: em concursos federais a lei poderá reservar até 20% das vagas aos portadores de deficiência (art. 5, 2º - lei 8112). Art. 37, VIII - CF: nos termos da CF é a lei que vai estabelecer o % de vagas reservadas para deficiente. - Direito a associação sindical: Servidor público civil. Servidor militar não poderá sindicalizar- se, nem fazer greve. - Direito de greve: servidor público civil, em razão da inexistência de Lei específica para o servidor público, aplica-se a lei 7783/89 lei do direito de greve da iniciativa privada. - Teto remuneratório: o servidor público não poderá ganhar além de um determinado limite. - Teto absoluto (servidores federais): igual a remuneração de ministro do STF. - Subtetos: Municipais = teto igual ao Prefeito Nos Estados: - Poder executivo = Governador - Poder Legislativo = Deputados - Poder judiciário = Desembargador do Tribunal de Justiça, os magistrados estão excluídos deste subteto. - Irredutibilidade de vencimentos: Art. 37 XV /CF - Acumulação de Cargos Públicos remunerados: em regra, é vedada a acumulação de cargos públicos remunerados (Art. 37 XVI/CF). Exceção: - Existindo compatibilidade de horários se estiver em dois cargos de professor. - Um Cargo de professor e outro técnico científico. - Dois cargos ou empregos da área da saúde com profissão regulamentada. - Regime jurídico único obrigatório (Art. 39/CF) na administração direta autárquica e fundacional utiliza-seum único regime para os servidores, o estatutário. - Estabilidade: direito de permanência do servidor público estatutário que completar três anos de efetivo exercício (art. 41/CF). - Disponibilidade: consiste na inatividade remunerada e provisória em razão da extinção do cargo público ou da declaração de sua desnecessidade (art. 41 §3º /CF). - Aposentadoria do Servidor: EC 41/2003: - Contribuição do servidor inativo - Fim da aposentadoria com proventos integrais Modalidades de Aposentadoria: - Aposentadoria por invalidez permanente (art. 40 §1º I) - Aposentadoria compulsória (art. 40 §1º II) – 70 anos - Aposentadoria voluntária (art. 40 §1º III) Com proventos quase integrais: dez anos de efetivo exercício no serviço público, cinco anos no cargo em que se dará a aposentadoria. - Se homem trinta e cinco anos de contribuição e sessenta anos de idade. - Se mulher trinta anos de contribuição e cinquenta e cinco anos de idade. - Se professor, reduz-se cinco anos na contribuição e cinco anos na idade. - Aposentadoria voluntária proporcional: Mantém-se as condições anteriores, porém observar a idade 65 anos para homens e 60 para mulheres. VIII – Improbidade Administrativa (lei 8429/92): a) sujeito passivo da improbidade administrativa (vitima): - Administração direta (união, estados, municípios e o DF) - Administração indireta (autarquias, fundações, empresas públicas, S.E.M.) - Entidades incorporadas pelo poder público - Empresa cujo poder público tenha contribuído com mais de 50% do patrimônio ou da receita anual. - Entidades em que o estado estimule atividades de fomento Empresa privada em que o poder público tenha contribuído com menos de 50% do patrimônio ou da receita anual. b) sujeito ativo da improbidade administrativa (autor) - Agente público - Agente político (STF: reclamação 2138) se for ao mesmo tempo um crime de responsabilidade e ao mesmo tempo ato de improbidade ele responderá pelo crime e não pelo ato de improbidade. - Terceiro não agente público, pode praticar o ato quando induzir, concorrer, beneficiar-se da improbidade direta ou indiretamente. c) Atos de improbidade administrativa - Enriquecimento ilícito (art. 9º - lei 8429/92) - Lesão ou prejuízo ao erário (art. 10º - lei 8429/92) - Atos que atentam contra princípios da administração (art. 11º - lei 8429/92) IX - Licitações (art.37 -XXI): Regra: antes da contratação de obras serviços compras e alienações deverá ser realizado licitação pública. Essa regra da licitação não é absoluta e a lei definirá hipóteses de contratação direta. - Uma das finalidades da licitação nos termos da CF é assegurar o princípio da isonomia com aqueles que querem contratar com a administração pública. - Não é qualquer pessoa que pode contratar com administração, somente as habilitadas poderão. Lei 8666/93 - Normas para Licitações e contratos da administração pública Objeto da licitação: obras, serviços, inclusive publicidade, compras, alienações e locações. Pessoas submetidas a lei de licitações: entidades da administração direta (união, estados, DF e municípios), entidades da administração indireta (autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista), outras entidades controladas direta ou indiretamente pela união, estados, DF e municípios. Conceito: é um processo administrativo que visa encontrar e contratar com a proposta mais vantajosa ao interesse público e a promoção do desenvolvimento nacional, assegurada a igualdade entre os participantes (licitantes) e desde que cumprido os requisitos de habilitação. Princípios gerais da administração (Art. 3 Caput lei 8.666) (...) os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos (...) Princípios específicos da licitação 1- A administração deverá seguir todas as formalidades previstas na lei; ex.: elaboração de edital. 2- Sigilo das propostas é imprescindível para manter o caráter competitivo da licitação. 3- Vinculação ao edital (lei da licitação). Tanto a administração como os licitantes estão vinculados as regras previstas no edital. 4- Julgamento objetivo, a administração no momento do julgamento não poderá se valer de critérios pessoais e subjetivos. Ex.: menor preço, melhor técnica, técnica e preço, maior lance e oferta. 5- Adjudicação compulsória, se a administração for contratar com alguém, deverá fazer com o vencedor da licitação. 6- Princípio da isonomia (Art3 §1º I) - impede tratamento discriminatório inclusive da naturalidade da sede ou do domicilio dos licitantes. OBS.: Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços: produzidos no País; produzidos ou prestados por empresas brasileiras e produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País. Se ainda sim continuar em empatado, a classificação se fará obrigatoriamente por sorteio em ato público para o qual todos os licitantes deverão ser convocados, vedado qualquer outro processo. Hipóteses de contratação direta 1- Inexigibilidade de licitação (art. 25/lei8.666), diante da inviabilidade de competição, em especial: I - Fornecedor exclusivo: a exclusividade deverá ser comprovada por atestado fornecido pelo órgão de registro local (junta comercial) ou sindicato, federação, confederação patronal ou entidades equivalentes. II - Serviços técnicos do art. 13, desde que esse serviço técnico tenha natureza singular e que ele seja prestado por alguém que possua notória especialização. Art.13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a: estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos; II - pareceres, perícias e avaliações em geral; III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias; IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços; V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas; VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal; VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico. III - Profissional do setor artístico, consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública, 2- Licitação dispensável (nas hipóteses do art. 24) a) Pequeno Valor: I- Obras e serviços de engenhara até R$15.000; II- Outros serviços que não de engenharia e obras até R$8.000; b) Situações excepcionais: III- Guerra ou grave perturbação da ordem; IV- Emergência ou calamidade pública; Em razão do objeto a ser contrato: XXIV- bens ou serviços prestados no país em envolvam alta complexidade tecnológica ou defesa nacional; Em razão da pessoa a ser contratada: XXVII - quando a administração pretende contratar com pessoas físicas de baixa renda, também conhecidas como catadores de materiais recicláveis; Outros casos: XXIX- quando a administração quiser adquirir bens ou contratar serviços para atender as forças militares de paz no exterior. XXX- contratação de instituição ou organização pública ou privada com o sem fins lucrativos para atender na agricultura familiar e na reforma agrária. c) Licitação Dispensada (art. 27/8.666): - Dação em pagamento (bens imóveis) - Doação de bens móveis para instituições de fins sociais Tipos de Licitações: Envolve os critérios objetivos de julgamento (art. 45 § 1º/lei 8.666) 1 - Menor preço 2 - Melhor técnica 3- Técnica e preço 4- Maior lance ou oferta Modalidades de licitação (espécies) 1- Concorrência 2- Tomada de preço 3- Convite 4- Concurso 5- Leilão 6- Pregão - não é modalidade da lei8.666 e sim da lei 10.520/2002 Obras e serviços de engenharia: Convite: até R$150.000 Tomada de preço: R$1,5 milhão Acima de R$1,5 milhão. 01) (PAPILOSCOPISTA DA PF/2000) O presidente da República pode, ao regulamentar uma lei, estatuir todos os direitos e deveres necessários ao cumprimento da lei regulamentada, ainda que nela não tenham sido expressamente previstos. 02) (ASSISTENTE JURÍDICO DO DF/2001) No princípio da impessoalidade, traduz-se a ideia de que a administração tem que tratar todos os administrados sem discriminações, benéficas ou detrimentosas. 03) No princípio da legalidade, a administração e seus agentes têm de atuar na conformidade dos princípios éticos. Acresça-se que esse princípio se vincula ao núcleo semântico da probi- dade administrativa prevista na Constituição da República. 04) O princípio da publicidade relaciona-se à divulgação oficial do ato para conhecimento pú- blico. 05) O princípio da impessoalidade da administração deve refletir-se e concretizar-se, também, no acesso a cargos públicos por concurso público. 06) (PROCURADOR DA AGU/2001) Marcos é o governador de um estado-membro do Brasil e, por isso, tem o poder de remover os servidores públicos de uma localidade para outra, para melhor atender ao interesse público. Um servidor do estado namorava a filha de Marcos, con- trariamente a sua vontade. A autoridade, desejando pôr um fim ao romance, removeu o servi- dor para localidade remota, onde, inclusive, não havia serviço telefônico. O princípio da im- pessoalidade da administração reflete-se e se concretiza, também, na reprovação de casos como o descrito, no qual há um desvio claro da função pública de proteção do interesse do bem-comum. 07) O Estado e o administrado comparecem, em regra, em posição de igualdade nas relações jurídicas entre si. 08) Os princípios de direito administrativo constantes na Constituição da República são apli- cáveis aos três níveis do governo da Federação. 09) (ESCRIVÃO DA PF/2002) Se a administração pública praticar ato que satisfaça a interesse seu, mas que desatenda ao fim especificamente previsto na lei autorizadora do ato, terá ha- vido ofensa ao princípio da finalidade, por ofensa desta. 16) (Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT 6ª Região/2002) - O princípio da publici- dade dos atos administrativos tem íntima correlação com o direito à informação, sendo o ha- beas data o instrumento processual adequado para a obtenção de informações relativas aos processos de interesse público ou coletivo cuja divulgação esteja sendo obstada. 17) (Juiz Substituto – TJBA/2002) - A administração pública, como atividade regida pelo di- reito, é sujeita a regras e princípios, como os da moralidade, da legalidade e da publicidade, entre outros; os princípios reitores da atividade administrativa pública podem decorrer da Constituição ou do ordenamento infraconstitucional e podem estar previstos normativamente de maneira explícita ou podem encontrar- se implícitos na ordem jurídica. Gabarito 1. * 1. E 2. C 3. E 4. C 5. C 6. C 7. E 8. C 9. C 10. E 11. A 12. D 13. E 14. E 15. C 16. E 17. E
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