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DAS OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS ETIMOLOGIA – latim solidum totalidade CONCEITO – Há SOLIDARIEDADE quando na mesma obrigação CONCORRE mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda. (Savigny – artigo 264 CC) CARACTERÍSTICAS MULTIPLICIDADE DE CREDORES E/OU DEVEDORES MULTIPLICIDADE DE VÍNCULOS; UNIDADE DA PRESTAÇÃO A SOLIDARIEDADE NÃO SE PRESUME – DECORRE DA LEI OU DA VONTADE DAS PARTES (ARTIGO 265 DO CC) DEVE ESTAR EXPRESSA NA LEI OU CONTRATO (NÃO NECESSIDADE DE PALVARAS SACRAMENTAIS) – por inteiro; pelo todo; pro indiviso; um por todos, todos por um ESPÉCIES – ATIVA OU DE CREDORES / PASSIVA OU DE DEVEDORES/ RECÍPROCA OU MISTA SOLIDARIEDADE ATIVA Direito do credor de exigir a dívida por inteiro (art. 267 CC) A prestação paga por inteiro pelo devedor deve ser partilhada entre todos os credores (art. 272 CC) Efeitos – (i) mora – a constituição em mora por um dos credores, beneficia todos (ii) garantias prestadas beneficiam todos (iii) a INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO obtida por um dos credores beneficia todos O herdeiro do credor morto não pode exigir o cumprimento integral da prestação: apenas a cota do crédito a que corresponder seu quinhão EFEITOS DO JULGAMENTO FAVORÁVEL E CONTRÁRIO Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha direito de invocar em relação a qualquer deles. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de 2015) SOLIDARIEDADE PASSIVA O conjunto de devedores se apresenta como se fosse um DEVEDOR UNICO O CREDOR TEM O DIREITO DE EXIGIR DE QUALQUER UM DOS DEVEDORES O CUMPRIMENTO INTEGRAL DO CREDITO O DEVEDOR DEMANDADO PELA PRESTAÇÃO INTEGRAL PODE CHAMAR OS OUTROS DEVEDORES SOLIDÁRIOS AO PROCESSO – CHAMAMENTO AO PROCESSO – Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu: III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum. Art. 132. A sentença de procedência valerá como título executivo em favor do réu que satisfizer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou, de cada um dos codevedores, a sua quota, na proporção que lhes tocar. SE O PAGAMENTO FOR PARCIAL, OS DEMAIS DEVEDORES CONTINUAM SOLIDÁRIOS PELO RESTO EFEITOS DA: REMISSÃO (perdão) – o credor suporta o desfalque de eventual insolvência do que foi perdoado. Parte da doutrina entende que o devedor perdoado tem acrescida à sua cota a do insolvente. Contudo, fica dispensado de pagar (sua cota mais a do insolvente que foi acrescida) em razão do perdão (o desfalque é suportado pelo credor). Entretanto, o Enunciado 350 da IV Jornada de Direito Civil interpretando o disposto no artigo 284 do CC afirma que o devedor que teve sua dívida perdoada pelo credor, fica liberado do vinculo obrigacional, inclusive com relação ao rateio da cota do codevedor insolvente. EXONERAÇÃO DA SOLIDARIEDADE – o devedor fica obrigado apenas para com sua cota parte INSOLVÊNCIA – a cota do devedor insolvente é rateada pelos demais devedores, inclusive por aquele que foi exonerado da solidariedade (artigo 284 CC) CULPA de um dos devedores solidários (PERDAS E DANOS) – todos respondem pelo equivalente – POR PERDAS E DANOS SÓ RESPONDE O CULPADO (acréscimo) OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL A solidariedade tem origem pessoal (subjetiva) e decorre da lei ou da vontade das partes A indivisibilidade tem origem objetiva, da natureza do objeto da prestaçãoo Convertida em perdas e danos, a solidariedade é mantida Convertida em perdas e danos, a indivisibilidade se extingue Convertida em perdas e danos, todos devedores continuam coobrigados, mas por perdas e danos só responde o culpado Convertida em perdas e danos, todos devedores continuam coobrigados, mas por perdas e danos só responde o culpado ENUNCIADOS DA IV JORNADA DE DIREITO CIVIL - DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 347 — Art. 266. A solidariedade admite outras disposições de conteúdo particular além do rol previsto no art. 266 do Código Civil. 348 — Arts. 275/282. O pagamento parcial não implica, por si só, renúncia à solidariedade, a qual deve derivar dos termos expressos da quitação ou, inequivocadamente, das circunstâncias do recebimento da prestação pelo credor. 349 — Art. 282. Com a renúncia da solidariedade quanto a apenas um dos devedores solidários, o credor só poderá cobrar do beneficiado a sua quota na dívida; permanecendo a solidariedade quanto aos demais devedores, abatida do débito a parte correspondente aos beneficiados pela renúncia. 350 — Art. 284. A renúncia à solidariedade diferencia-se da remissão, em que o devedor fica inteiramente liberado do vínculo obrigacional, inclusive no que tange ao rateio da quota do eventual co-devedor insolvente, nos termos do art. 284. 351 — Art. 282. A renúncia à solidariedade em favor de determinado devedor afasta a hipótese de seu chamamento ao processo.
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