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TRABALHO FINAL DE HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA

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TRABALHO FINAL DE 
HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA 
 
 
Universidade Federal de Juiz de Fora 
Bacharelado Interdisciplinar em Artes e Design 
 
 
 
 
ALINNE FERRAZ BANDEIRA MARTINS 
 
 
 
 
1° FOTOMONTAGEM 
A fotomontagem foi intensamente usada pela vanguarda russa e 
muito abordada em publicidades de caráter comunista da União 
Soviética, além de capas de livros, revistas e ilustração. Entre os 
artistas pertencentes a esse ramo estão Rodchenko, Klutsis e El 
Lissitzki. 
Esse processo de combinações de imagens fotográficas pode ser 
usado para passar uma simbologia de caos, uma forma de atingir 
seu espectador de forma chocante e passando diversas 
informações em uma mesma imagem, uma comunicação 
simultânea. 
 Esse exercício de fotomontagem na URSS pode ser enxergado, 
não como, mais uma forma estética de fotografia, mas tinha na 
sua representação os ideais de sua pós-revolução de caráter 
moderno, industrial e tecnológico que essa nação privilegiava 
aparentar. Concluindo o uso dessa arte para fins não apenas 
estético e informativo, mas também político. 
É interessante colocar a quebra da unidade da figura, que passa a 
ser formada em seu todo por várias fontes distintas e com diversas 
técnicas. 
 
Capa de Rodchenko para livro 
“Conversa com o Inspetor de Finanças sobre a Poesia”, 
de Mayakovsky (1926) 
 
 
 
 
 
 
 
2° RENAN CEPEDA 
É um fotografo brasileiro, carioca, que começou sua carreira fotografando em preto e 
branco. Estudou fotojornalismo, e se empenha atualmente em trabalhos autorais. 
Seu trabalho consiste em jogos de luzes, enfatizando o puctum ou ainda a formação de 
formas e cores inusitadas. Consegue anexar na fotografia uma movimentação 
provocada com iluminação, objetos não presentes na cena e cores impossíveis de se 
obter com o local ou/e objeto natural. 
Em seus trabalhos, consequentemente consegue impor um foco sobrenatural ao seu 
tema, que normalmente engloba o campo, lugares simples, abandonados e populares. 
Consegue “dar vida” a lugares com pouca ou nenhuma expressão. 
Mais uma vez com a cor tomando partido de suas fotos, ele faz trabalhos registrando a 
imagem por equipamentos de sensor de temperatura (infravermelho), obtendo uma 
imagem que pode já estar “gasta” na nossa memória visual, mas com luz e cores 
totalmente novos. 
Essa cor sendo a protagonista de muitas fotografias não deixa de lado a beleza de seus 
trabalhos em preto e branco. 
Em sua coleção chamada “ Pichações”, em que ele fotografa uma “pintura” em casas 
com iluminação na técnica chamada “light painting”, que consiste em manter a câmera 
durante cerca de 20 minutos com o diafragma aberto, usando negativo em formato grande, às 
vezes filtros coloridos e, inteiramente vestido de preto, “desenha” com uma lanterna a 
paisagem. Todos os efeitos na fotografia são realizados no ato fotográfico, sem manipulação 
posterior. Essa coleção já foi premiada três vezes 
Segundo o próprio Renan Cepeda, “ele trabalha o que o olho humano não vê.” 
 
 Foto de Renan Cepeda. Da série Night Paintings. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3° ANÁLISE DE UMA FOTO 
 
 Fotografia por Alinne Martins- “Virgem-Maria R$ 34,80” 
 
Essa fotografia traz em discussão não só a quantidade de ícones que a igreja católica 
põe a disposição para adorações, mas imagens, que como tudo que existe nesse 
mundo, também tem seu preço. 
Quanto custa seu perdão? Possuir uma imagem de expressão religiosa o torna menos 
pecador? 
Outro fato que pode ser analisado, além das etiquetas com os preços, é a colocação 
dessas imagens em uma vitrine. Vitrine, nesse mundo cada vez mais consumista, é 
direcionada principalmente para o mercado de roupas, por exemplo, ao colocar santos 
católicos pode se questionar a entrada tão maciça desses objetos como qualquer outro 
utensílio de cozinha ou vestuário. Ele não deveria ser sagrado? 
Uma ultima questão é de como esses santos com essa expressões sempre de piedade 
ou sofrimento, pode ser interpretadas semióticamente como um apelo de “ me 
compre, por favor”.

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