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Quem defendeu a tese usada pelos adeptos da Common Law e quem defendeu a tese usada pelos adeptos da Civil Law? Por quê?
No caso em tela, Flávio defende a posição da tradição do Civil Law ou sistema romano-germânico Law porque defendeu a tese de que um sistema de direito tem que se basear na vontade de quem faz a lei (legisladores) prevendo situações futuras, sendo que ao juiz caberia tão somente aplicar as regras produzidas por estes e, por sua vez, Aline é partidária da tese do sistema do Common Law porque entende que só diante do caso concreto é possível construir as regras, ou seja, a posterior, pois cada caso tem suas particularidades.
Por que se usa a denominação "sistema romano-germânico"?
A tradição jurídica romano-germânica ou “continental” (em termos geográficos) denominada pelos common lawers (britânicos) de civil Law formou-se na Europa Continental a partir do século XIII, cuja denominação romano-germânica está evidentemente correlacionada às raízes romanas contaminadas pelo direito dos diversos povos bárbaros (em boa parte, germânicos) após a queda do Império Romano no decorrer da Idade Média. Portanto, decorre dos princípios e regras dos antigos direito romano e direito canônico associados aos costumes dos povos germânicos que ocuparam a Europa após o século V, formando um conjunto elaborado de normas jurídicas que figuram na base dos ordenamentos dos países influenciados direta ou indiretamente pelas nações do continente europeu. Possui como característica prevalente a generalidade das normas jurídicas que são aplicadas pelos juízes aos casos concretos – expressa na codificação – por conseguinte, é o imperativo da escrita. Estabelecendo competência distinta e rígida entre o julgar (Poder Judiciário) e o legislar (Poder Legislativo).
Qual dos sistemas se vincula a tradição jurídica portuguesa e, por consequência, a tradição jurídica brasileira? 
O direito brasileiro, seguindo a tradição jurídica lusitana, está vinculado à tradição romano-germânica ou continental (Civil Law).
 Questão Objetiva nº 1 do Material Didático Capítulo 1– letra C
 O que foi e o que representou o fenômeno das Grandes Navegações? É possível relacionar o descobrimento do Brasil com este fenômeno?
Foi a partir do século XIII (1201-1300) que o comércio europeu começou a se expandir. Isso se deve ao reatamento das relações com o Oriente, depois das Cruzadas contra os muçulmanos e a crescente navegação pelo mar Mediterrâneo – as mercadorias orientais que despertavam maior interesse entre os europeus eram as especiarias, que incluíam desde o caro e disputadíssimo açúcar até os condimentos e temperos que davam gosto a carne (precariamente conservada no sal) como o cravo, canela, pimenta, noz-moscada e gengibre. Também, do Oriente vinham artigos de luxo, como as sedas, porcelanas e joias, além de outros produtos que paulatinamente foram sendo incorporados aos hábitos de consumo do europeu: arroz, damasco, figo e o algodão. Em contrapartida, para os orientais, eram vendidos os produtos fabricados na Europa, como os tecidos de lã, madeira de construção e armas. Em grande parte devido à localização geográfica de que desfrutavam no Mediterrâneo, as cidades italianas de Gênova e Veneza, com seus mercadores, exerciam o monopólio desse lucrativo comércio com o Oriente. Como mantinham boas relações com os muçulmanos, que à época dominavam a navegação mediterrânea, os italianos de Gênova e Veneza, puderam ter acesso às cobiçadas mercadorias que eram trazidas do Oriente Próximo e das Indias distantes e repassá-las aos comerciantes europeus. Portanto, a principal motivação era econômica. O canal de comunicação e transporte de mercadorias vindas do Oriente era o mar Mediterrâneo, dominado pelos italianos que passaram a ter maiores dificuldades de comunicação com o Oriente em razão do domínio do mar Negro pelos turcos-otomanos. A queda de Constantinopla, em 1453, acelerou a expansão marítima, pois com as rotas comerciais no Mediterrâneo oriental sob o controle dos turcos, as mercadorias asiáticas alcançaram um alto preço. Assim, era preciso descobrir novas rotas para evitar o domínio comercial dos turcos e italianos no Mediterrâneo e atingir as Indias diretamente, sem intermediação na aquisição dos produtos de luxo como tapetes, sedas, porcelanas e especiarias (pimenta, cravo, canela, gengibre, noz-moscada), tão valiosas e desejadas na Europa. Encontrar um novo caminho para as Indias, embora fosse uma empreitada difícil, era, porém, extremamente desejada. Dessa feita, Portugal e Espanha desejavam acesso às fontes orientais para poderem também lucrar com este comércio cobiçado. Por conseguinte, impulsionados pela necessidade e pelos avanços tecnológicos e cartográficos, as Grandes Navegações possibilitaram o contato entre culturas e a expansão do mundo até então desconhecido. 
Qual foi o direito aplicado pelos portugueses na colônia brasileira?
O direito aplicado na Colônia Brasil era, logicamente, o Direito Português, porém, devido a realidade social peculiar na colônia, na verdade, o direito da Metrópole foi aplicado na sua variante ou adaptação àquela realidade colonial na forma de um Direito Especial, se expressando na forma de Diplomas Legais tais como; Cartas (de Doação, de Lei, Régias), Alvará, Regimentos, Decretos-Régios, Foral.
 Questões Objetivas do Material Didático – Cap. 1: Questão objetiva nº 2 – letra D, Questão Qbjetiva nº 3 – letra B e Questão Objetiva nº 4 – letra E.
Há permanência ou ruptura no que se refere à ocupação do espaço rural/urbano no Brasil?
No que se refere à ocupação, a ideia é ressaltar que o Brasil colonial é fundamentalmente rural, mas que a inversão abrupta no decorrer do século XX, faz com que seja possível apontar para uma ruptura no que se refere ao perfil sócio cultural do povo brasileiro.
b)	Há permanência ou ruptura no que se refere à característica colonial de tratamento desigual entre homens e mulheres?
Por outro lado é interessante observar que embora as mulheres tenham conseguido grandes avanços no decorrer do último século, a verdade é que a preponderância social do homem ainda é facilmente observada em vários dados, como por exemplo, maiores salários para o exercício das mesmas tarefas, ocupação da maior parte dos cargos de maior importância, maior destaque nas carreiras científicas entre outros, o que caracteriza uma permanência da sociedade, no campos das mentalidades, eminentemente patriarcal da colônia.
É possível se falar em independência dos poderes na Carta de 1824? Por quê?
Não. Deve ser ressaltado o papel de influência do Poder Moderador, exercido pelo Imperador do Brasil, em todos os demais poderes. Assim, deve-se apontar para um tipo de "liberalismo conservador" (por mais contraditório que o termo representasse no período) ou mesmo um "semiabsolutismo" ou um “absolutismo disfarçado” na norma constitucional que versa sobre as atribuições ao exercício do 4º Poder, que concedia enormes poderes ao Imperador, mitigando a ideia de se vivenciar um Estado de Direito, caracterizado por ser um governo da lei e não um governo dos homens.
b)	Como os dispositivos constitucionais da Carta de 1824 acabaram por referendar aspectos de um continuísmo absolutista típico pré-constitucional?
Através da inserção de um 4º Poder na Organização Política do Império denominado Poder Moderador, sendo seu exercício privativo do Imperador do Brasil, por conseguinte, torna-se um Poder Absolutista disfarçado na norma constitucional que versa sobre sua competência. Porém, apresenta-se de acordo com o art. 98 apresenta-se como a chave de toda a organização política do Império, cabendo a ele, Poder Moderador, velar sobre a manutenção da independência, do equilíbrio e da harmonia dos demais Poderes Políticos (Poder Executivo, Poder Legislativo e o Poder Judicial).
As atribuições do Poder Moderador estavam relacionadas aos demais Poderes da seguinte forma:
Art. 101, CI/1824
Nomeando os senadores, na forma do art.43
Convocando a Assembleia Geral extraordinariamente nos intervalos das sessões, quando assim o pede o bem do Império
Sancionando os Decretos e Resoluções da Assembleia Geral para que tenham força de lei, art. 62
Aprovando e suspendendo interinamente as Resoluções dos Conselhos Provinciais, art. 86 e 87
Prorrogando ou adiando a Assembleia Geral e dissolvendo a Câmara dos Deputados, nos casos em que exigir a salvação do Estado, convocando imediatamente outra, que a substitua
Nomeando e demitindo livremente os Ministros de Estado
Suspendendo os magistrados, nos casos do art. 154
Perdoando e moderando as penas impostas aos réus condenados por sentença
Concedendo anistia em caso urgente e que assim aconselhem a humanidade e bem do Estado
Nesta relação quanto à competência constitucional atribuída ao Poder Moderador, é possível notar a ampla atuação do Imperador sobre os demais poderes: as cinco primeiras atribuições estavam ligadas à supremacia sobre o Poder Legislativo, tanto pela interferência direta nas leis e resoluções quanto na composição da Casa legislativa vitalícia do Senado bem como na dissolução da Câmara dos Deputados. Era também livre para nomear e demitir Ministros, que eram os agentes do Poder Executivo. Finalmente, as demais atribuições descritas definiam a sua interferência nos atos relativos ao Poder Judiciário. Suspendendo os magistrados, perdoando e moderando as penas impostas aos réus condenados por sentença ou concedendo anistia em caso urgente e que assim aconselhem a humanidade e bem do Estado.
Sendo assim, na verdade, o Poder Moderador entende-se quanto ao seu exercício ser privativo do Imperador e face às competências atribuídas na Carta Política outorgada de 1824 como “um poder absolutista disfarçado”!
No âmbito penal, é possível afirmar que o Código Criminal de 1830 e o Código Processual Criminal de Primeira Instância de 1832 encontram bases na Constituição de 1824? Explique.
No que se referem os Códigos de 1830 e 1832 deve-se observar que ambos seguem a linha liberalizante dos direitos fundamentais previstos no artigo 179 da Carta Política do Império, rompendo com os padrões medievais da mentalidade penal do Livro V das Ordenações Portuguesas, como a abolição do entendimento na aplicação das penas cruéis impostas ao réu através do conceito jurídico de castigo exemplar - O bem jurídico a ser preservado no caso é a fidelidade ao rei, considerado pela sociedade absolutista portuguesa como sendo o mais relevante em virtude de o poder do rei, naquele ideário, ser legitimado por Deus e sendo o monarca considerado seu próprio representante na terra. A traição cometida contra a pessoa do monarca poderia provocar sérios danos ao Estaco já que a substituição não poderia ser realizada facilmente em face de que tal legitimação levar em conta a hereditariedade. Portanto, à gravidade do delito, as penas aplicadas tinham como intuito advertir a todos na sociedade quanto às consequências nefastas em se praticar tal crime, ou seja, para isso as penas eram extremamente cruéis e infames a pessoa do réu para que tal sanção aplicada servisse de exemplo à sociedade lusitana. Pode-se afirmar que o castigo físico exemplar exibia o poder do Monarca e, consequentemente, do Estado a todos que acompanhavam ao suplício e difundido temor, produzia obediência e subordinação, fortalecendo tanto o Poder do Monarca quanto do Estado centralizador.
A Carta Política do Império dispunha no seu inciso XVIII do art. 179, a necessidade de se organizar o quanto antes um Código Civil e Criminal, fundado nas sólidas bases da Justiça e Equidade.
Questões Objetivas do Material Didático - Cap. 2: Questão Objetiva 1 – letra A, Questão Objetiva 2 – letra D e Questão Objetiva 3 – letra B.
Resolução:
Em 23 de novembro de 1826, a Inglaterra, em troca do reconhecimento da Independência, arrancou do Brasil um Tratado pelo qual, três anos após sua ratificação, seria declarado ilegal o tráfico de escravos para o Brasil de qualquer proveniência. A Inglaterra se reservou ainda o direito de inspecionar em alto-mar navios suspeitos de comércio ilegal. O acordo entrou em vigor em 13 de março de 1827, devendo, pois ter eficácia a partir de 13 de março de 1830 (três anos). Então, em 7 de novembro de 1831, o padre Diogo Feijó, Ministro da Justiça durante a Regência Trina, buscou pôr em andamento o referido Tratado, assinando uma Lei decretando que “todos os escravos que entrarem no território ou portos do Brasil vindos de fora ficam livres”, prevendo aplicação de severas penas aos traficantes e, consequentemente, declarando livre todos os cativos que entrassem no Brasil após aquela data. (a Lei foi aprovada em um momento de temporária queda no fluxo de escravos. Logo o fluxo voltou a crescer e os dispositivos da Lei não foram praticamente aplicados.). Os traficantes ainda não eram mal vistos nas camadas dominantes e se beneficiaram, também, das reformas descentralizadoras realizadas pela Regência. E os Júris locais, controlados pelos grandes proprietários, absolviam os poucos acusados que iam a julgamento. A Lei de 1831 foi considerada uma Lei “para inglês ver” (expressão comum para indicar alguma atitude que só tem aparência e não é para valer). Portanto, esse diploma veio ao mundo fadado ao fracasso, pois o julgamento era feito por um Júri, o que era sinônimo de impunidade, já que os membros do Conselho de Jurados de Sentença eram os únicos que podiam ser eleitores e, em geral, eram favoráveis ao tráfico e à escravidão, além do Poder de Polícia encontrar-se sob a ótica do Juiz de Paz, magistrado leigo e eleito que representava os interesses das elites patrimonialistas locais. Portanto, vigorava a impunidade e omissão por parte das autoridades legais, responsáveis por coibir este tipo de comércio ilegal e aplicar, consequentemente, a Lei.
Nesse quadro, a Inglaterra, percebendo a inação Brasileira, voltou à causa. 
Em agosto de 1845, o parlamento britânico aprovou a Lei Bill Aberdeen que autorizava a Marinha do Reino Unido a interceptar os navios negreiros brasileiros, submetendo sua tripulação aos tribunais ingleses. A Lei foi um golpe de morte no comércio de escravos entre a África e o Brasil.
Por conseguinte, é nesse quadro que se promulgou, em 4 de setembro de 1850, pelo então Ministro da Justiça, Eusébio de Queiróz, a Lei, à qual, tendo em vista o interesse premente da Coroa em ver terminar o tráfico negreiro, se fez efetiva – a partir dessa Lei, os traficantes seriam julgados por uma Auditoria da Marinha e não mais pela Justiça Comum ou Ordinária.
Você estudou que a legitimidade do exercício do Poder na Constituição de 1824 tinha fortes fundamentos na figura real e no carisma do Imperador, que o exercia principalmente por meio do denominado Poder Moderador. Porém, como você tece a oportunidade de estudar no decorrer do Capítulo 3 do Livro Didático de História do Direito Brasileiro, a abdicação do Imperador em 1831 abriu um vácuo no Poder, já que seu sucessor, o Infante Pedro, futuro D. Pedro II, tinha apenas 5 anos de idade nesta oportunidade. 
Neste sentido, responda:
Partindo-se de uma premissa que você já deve ter percebido, ou seja, de que o exercício do poder é sempre mais suave quando àquele que o exerce transmite autoridade aos que a ele devem se submeter, que soluções são colocadas em prática pelos governos regenciais com vistas a viabilizar o exercício do governo sem a presença de um “Imperador”?
Uma das medidas ocorridas com a ausência do exercício do 4º Poder do Estado Imperial, qual seja Poder Moderador, na medida em que o sucessor ao trono monárquico não possuía a maioridade constitucional para ser legitimado ao Poder (18 anos) e com isso ocorrer à descentralização do poder político pois passa agora a ser exercido através de Regentes eleitos, portanto, a primeira providência foi a de alterar à Constituição por via do Ato Adicional de 1834, que concedeu maior autonomia às províncias e, consequentemente, aos poderes locais através da criação das Assembleias Legislativas Provinciais.O Ato Adicional de 1834 permitiu maior autonomia às províncias? Pode-se dizer que, com o este Ato Adicional o Brasil teve uma experiência Federativa no Império?
Sim. Apesar do Ato Adicional não ter implantado uma FEDERAÇÃO por que os Presidentes das Províncias continuavam a ser escolhidos pelo Poder Central no Rio de Janeiro e as Províncias estavam impedidas de ter Constituições próprias, ele descentralizou a administração e concedeu mais autonomia às Províncias com a criação das ASSEMBLÉIAS LEGISLATIVAS PROVINCIAIS e com a DIVISÃO DAS RENDAS PÚBLICAS.
Como é possível relacionar o surgimento da chamada "Guarda Nacional" com o contexto histórico deste período regencial? No que se refere à Guarda Nacional, vale ressaltar que foi a mesma criada neste contexto de crise com a abdicação de D. Pedro I. Havendo diversos choques entre nacionais e lusos, temeu-se que os militares tomassem alguma atitude restauradora, posicionando-se pelo retorno de D. Pedro I. Se por um lado o exército tinha em suas fileiras basicamente negros, mulatos, homens pobres, sendo na  maioria dos casos, pessoas de baixa qualificação profissional e de pouca destaque social, por outro lado, os altos postos de comando eram ocupados por estrangeiros, o que acabava por gerar desconfiança quanto à fidelidade destes ao Poder Regencial, já que, pressupunha-se, a fidelidade do corpo do exército era para com o Imperador e não para com o Estado de modo geral.
Com os sinais de insubordinação do Exército, buscou-se o seu esvaziamento por diversas formas, criando-se a necessidade de se buscar outra forma de garantia à manutenção da ordem. Com isso criou-se a Guarda nacional cuja organização se baseava no reforço aos poderes das elites políticas locais, estando sua criação na base do fenômeno do "coronelismo". Como a confiabilidade dos Regentes no Exército fora fortemente abalada, o Ministro da Justiça à época, Diogo Feijó, foi autorizado a criar a Guarda Nacional. A nova tropa – também chamada de “milícia cidadã”, já que seus integrantes eram voluntários e não recebiam soldos, pois o requisito para ingressar na Guarda Nacional era ser cidadão ativo (ter direito político). Por conseguinte, foi também a partir deste episódio que os termos coronel e coronelismo começaram a se misturar à Histórica Política do Brasil, pois os chefes políticos de diversas províncias da nação – em geral grandes proprietários de terra – assumiram altas patentes na nova milícia.
Concluindo, então, como durante o Período Regencial, observa-se o aparecimento de diversos levantes (revoltas regionais) no País que questionavam a autoridade exercida pelos novos mandatários do poder (os regentes). Nessa mesma época, os quadros do exército brasileiro eram bastante limitados e não poderiam controlar todas as situações de conflito. Buscando definir tal situação, os dirigentes da Regência aprovaram em agosto de 1831, a criação de um novo organismo armado, a Guarda Nacional, para asseverar (garantir) a permanência política do País e para manter e restabelecer a ordem e a tranquilidade públicas, como instrumento dos setores conservador
Caso C
Leia a notícia abaixo (disponível em http://www.casacivil.gov.br/noticias/2014/06/lei-que-estabelece-cotas-raciais-no-servico-publico-federal-e-sancionada), noticiada em 09 de junho de 2014 e depois responda as perguntas que seguem:
Lei que estabelece cotas raciais no serviço público federal é sancionada
"Foi sancionada no dia 9 de junho de 2014 projeto de Lei que estabelece cotas raciais no serviço público, reservando 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos federais a candidatos pretos e pardos. O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, participou da cerimônia que aconteceu no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). Entre os anos de 2004 e 2013, a parcela de negros que ingressou no serviço público variou de 22% a quase 30%. De acordo com a edição mais recente da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), os negros representam 53% do universo da população brasileira. Para concorrer às cotas raciais, os candidatos deverão se declarar pretos ou pardos no ato da inscrição do concurso, conforme o quesito de cor ou raça usado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Eles concorrerão em todas as etapas de seleção, da mesma maneira que os outros candidatos - provas teóricas, provas de títulos e entrevistas, de acordo com cada edital de seleção - garantindo, portanto, o mérito como critério para o ingresso. Com a sanção da lei, a regra valerá até dez anos para órgãos da administração pública federal, autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista controladas pela União. A adoção das cotas raciais deve acontecer sempre que o número de vagas oferecidas no concurso público for igual ou superior a três e os candidatos negros e pardos aprovados nas vagas gerais não serão computados como cotistas, dando espaço para um novo candidato preencher a vaga." (Fonte: Portal Brasil e Blog do Planalto)
Baseado nos estudos realizados no Capítulo 3, mais especificamente no que se refere a utilização intensiva do sistema de escravidão dos negros originários do continente africano até o fim do Império,
É possível fundamentar no processo histórico a implantação de uma política de cotas para negros e pardos no Brasil? Justifique.
Embora se trate ainda de uma questão extremamente polêmica à sociedade, pode-se afirmar que existe sim uma relação de interdependência entre a implantação de uma política pública de cotas para negros e pardos no País e a consequência pela forma com que ocorreu a abolição definitiva da escravidão no Brasil, percebido nitidamente entre a relação existente entre as condições históricas a que foram submetidos os negros (vide o processo de início da aplicação da mão de obra escrava a partir do século XVI e a forma com que as ideias abolicionistas foram se concretizando no País até o século XIX), a partir do sistema escravocrata vivenciado no Brasil e o quadro social em que se encontra boa parcela da população descendente dos cativos.
b)	Há quem afirme que a Lei do Ventre Livre e a Lei dos Sexagenários foram concebidas de forma estratégicas para a manutenção da escravidão. Explique essa afirmação, fundamentando-se em dispositivos das próprias Leis.
No que se refere à Lei do Ventre Livre e a Lei dos Sexagenários, deve-se, com base no próprio texto das leis, observar que não havia por parte do legislador (claro representante das elites do período) a intenção de se obter a liberdade imediata dos cativos, mas sim diminuir a pressão externa (inglesa) e interna (abolicionistas) do movimento pela libertação dos escravos. Como podemos observar a respeito das leis abolicionistas o que na verdade se propõe é:
A Lei do Ventre Livre propunha a extinção gradual da escravidão, não somente através da emancipação dos filhos de escrava nascido a partir da data da edição da lei, 28 de setembro de 1871, mas também através da emancipação de cotas anuais de escravos nas Províncias e nos Municípios, cujas alforrias seriam pagas através dos recursos arrecadados em um fundo de emancipação em prol do pagamento indenizatórios aos proprietários.
A Lei do Ventre Livre respeitava em parte a noção advogada por muitos de que a propriedade do escravo era, afinal de contas, um direito adquirido. Por isso, mandava que o Tesouro
Imperial pagasse aos senhores uma indenização de seiscentos mil reis por filho de escrava chegado aos 8 anos entregue ao Estado. Para indenização, o Tesouro Imperial emitiria Títulos de Renda resgatáveis em 30 anos, vencendo juros de 6% ao ano. Outra opção do senhor era conservar o filho da escrava até os 21 anos completos, caso em que não haveria indenização alguma.
Já a Lei Áurea (13 de maio de 1888) determinou a extinção definitiva do trabalho escravo no Brasil sem qualquer referência ao pagamento de indenização aos proprietários dos escravos alforriados pelo Governo Imperial ou qualquer meio, garantido pelo Governo Imperial na forma da Lei, quanto à subsistênciados libertos.
É possível correlacionar a abolição da escravatura com a crise vivenciada pelo Segundo Reinado que levou a queda da Monarquia no Brasil? Justifique sua resposta.
A abolição da escravidão é também considerada um dos principais motivos pela queda do Império e o advento da proclamação da República. As elites escravocratas (principalmente a cafeeira do Rio de Janeiro), que sempre apoiaram o Império, demonstram seu descontentamento com aquilo que consideraram espoliação de suas propriedades, sem direito a ressarcimento (pois nas duas leis abolicionistas anteriores, havia a preocupação em criar um fundo indenizatório por parte do Estado em prl do ressarcimento dos proprietários de escravos em razão de possíveis emancipações. Sem o apoio desses grupos políticos, somado à ausência de apoio da Igreja e do Exército, o Império, enfraquecido, é derrubado.
Caso C
Em um curto espaço de tempo o país experimentou mudanças muito importantes: primeiro, com a Abolição da Escravatura ainda no Império e, logo após, a Proclamação da República. Diante de fatos históricos de tanta relevância, as elites políticas e econômicas do período viram a necessidade de buscar a reorganização das estruturas jurídicas do país, levando em consideração as novas realidades política, social e econômica que se apresentavam.
Analisando algumas características da Constituição de 1891, tais como: Unidade Federativa, Sistema Presidencialista, divisão de poderes, separação entre Estado/Igreja Católica e casamento civil, é possível correlacionar estas posições assumidas pelo Estado brasileiro com o modelo de organização política adotado pelos Estados Unidos?
 Originalmente esta questão foi construída sobre a charge acima que demonstra algumas das características assumidas pela República e que entram em colisão com características presentes no Período Imperial:
Primeiramente diz respeito a assunção da forma federativa de Estado em detrimento da forma Unitária em que se fundamentava o império ou governo monárquico.
No tocante a forma de governo – a adoção do típico presidencialismo americano em detrimento do parlamentarismo europeu (vide implantação da Monarquia Parlamentarista no Segundo Reinado pelo Imperador D. Pedro II) como forma de governar.
No tocante a Organização Política do Estado – a adoção da tripartição de Poderes, abolindo a atípico Poder Moderador, instrumento mais útil a um sistema absolutista do que a um Estado de Direito, caracterizado pela divisão de Poderes.
b)	O regime do Padroado foi mantido pela Constituição de 1891? Justifique.
Não. A Constituição de 1891 assume a laicidade como princípio, desarticulando o antigo regime do Padroado, que era o fundamento da estreita relação mantida entre Estado e Igreja, típica de todo período colonial (Estado português/Igreja) e do período monárquico (Estado brasileiro/Igreja).
c)	Que razões teriam levado o governo republicano a produzir o Código Penal mesmo antes de organizar o Estado republicano por meio de uma constituição?
Uma das questões de Estado com que o primeiro Governo Provisório da República, chefiado pelo Deodoro da Fonseca, imediatamente se deu conta foi a necessidade de se defrontar com uma nova realidade social, consequência direta da abolição da escravatura. A visão conservadora do Estado enxergou na abolição definitiva da escravatura no País uma ameaça à ordem social, sendo a repressão policial e legal os mecanismos para se relacionar com os problemas gerados pela profunda injustiça social derivada por mais de três séculos de escravidão negra, a prova cabal disto é a redução da maioridade penal para os 9 anos.
Caso Concreto do Plano de Aula 7 (versão 2014.1): Analise a seguinte afirmativa: Os constituintes responsáveis pela elaboração da Constituição Brasileira de 1891 optaram pela manutenção do perfil unitário e confessional do então recém-configurado Estado Republicano brasileiro, ao mesmo tempo em definiu que a República teria um perfil parlamentarista, estabelecendo que o Parlamento seria unicameral, renovável por meio de eleições convocadas a critério do Presidente da República. Esta afirmativa está CORRETA ou ERRADA?
Resolução - A afirmativa está errada. Já no decreto nº 1 do Governo Provisório da República de 15 de novembro de 1889, o Estado brasileiro adquiria o perfil Federativo, enquanto que a separação entre Estado e Igreja foi definido pelo Decreto nº 119-A de 7 de janeiro de 1890. A República brasileira se organizou sob o modelo presidencialista norte-americano, com o Poder Legislativo bicameral (no nível federal), renovável por meio de eleições realizadas a cada três anos, enquanto que as eleições para o Executivo federal ocorriam a cada 04 anos sem reeleição imediata.
Você lembra que no Império o voto era censitário? Pois é... Porém, nos Capítulos 4 e 5 do nosso Livro Didático, você poderá perceber que na República as coisas mudaram e a Constituição de 1891 consagrou o chamado "voto universal", que em princípio aumentaria a possibilidade de que os representantes do povo fossem legítimos representantes da vontade popular. Pois é, mas parece que não foi bem assim na chamada "República Oligárquica".
Feitas estas considerações, responda as perguntas abaixo:
O que é o voto de cabresto e o que é curral eleitoral?
O voto de cabresto seria um método tradicional de controle de poder político por meio do abuso de autoridade, da compra de votos ou mesmo utilização da máquina pública. É um mecanismo ainda recorrente nos rincões mais pobres do Brasil como característica do não de todo superado coronelismo ou mesmo do chamado "neocoronelismo", com a utilização de formas mais modernas para implementação de práticas antigas. Já o "curral eleitoral" designa região, cidade, bairro ou local na qual o político possui grande influência e é, por isso, muito bem votado. De qualquer forma, a origem da expressão está relacionada à Velha República, tempo em que o voto era aberto e os coronéis mandavam capangas para os locais de votação, com objetivo de intimidar os eleitores e angarinhar votos. Essas regiões controladas politicamente por esses coronéis eram conhecidas como currais eleitorais.
b)	Por que razão, a adoção do voto universal na Constituição de 1891 não possibilitou a eleição de autênticos representantes da vontade popular?
Ressaltando que o termo universal referente ao sufrágio caracterizado no texto constitucional de 1891 apenas refere-se à exclusão de direito político com base no critério da alfabetização e não com base no gênero, pois apenas possuíam direito político na fase da República Velha, homens maiores de 21 anos alfabetizados. Isto posto, no que se refere à impossibilidade de se extrair a verdadeira vontade popular dos sufrágios realizados sob a égide da Constituição de 1891, era exatamente pelo fato de ser o voto aberto, a imposição dos coronéis impediam a escolha autônoma por parte dos eleitores. 
c)	É possível afirmar que o chamado "voto de cabresto" ainda seja utilizado em pleno Século XXI? Justifique sua resposta.
Ainda hoje, de forma ilegal e ilegítima, infelizmente detectamos a pratica do voto de cabresto em comunidades pobres, aonde o eleitor é obrigado a comprovar que votou em determinado candidato, sob pena de represália, ou mesmo para receber algum tipo de vantagem. A prática vem sendo coibida pelos Tribunais Eleitorais, que proibiram acesso às urnas de posse de aparelhos que possam fotografar, mas é difícil afirmar que o Poder Público tenha atingido pleno sucesso em seu intento.
Você deve lembrar que as ideias iluministas do Século XVIII divulgavam que os homens eram iguais perante a lei. Esse reconhecimento da igualdade (formal) foi muito importante, mas deixava de responder a uma questão fundamental: como fazer valer essa igualdade em condições sócioeconômicas tão díspares entre os seres humanos? A desigualdade na distribuição de riqueza e oportunidades colocaram em xeque alguns dos dogmas do capitalismo, sendo que, no decorrer do Século XIX, as classes trabalhadoras começarama se organizar em busca da ampliação da igualdade formal, mas também em busca da chamada igualdade material. A Constituição de 1934 trouxe algumas importantes novidades que fizeram com que fosse considerada uma constituição moderna para a época. Dois temas parecem ser de grande relevância no período: o voto feminino e os direitos sociais. Todavia, essas conquistas não estão desconectadas da conjuntura internacional: pelo contrário, parece que nosso país tende a se alinhar com tendências externas.
Neste sentido, responda as questões abaixo formuladas:
Que acontecimentos (internos e externos) são determinantes para que a Carta de 1934 reconhecesse direitos sociais como direitos de índole constitucional?
Alguns acontecimentos externos podem ser levantados, tais como a Carta da República Alemã de Weimar de 1919, mas também a Constituição Mexicana de 1917. A questão pode ser enfrentada a partir da pressão imposta pelos movimentos socialistas, comunistas, sindicalistas, anarquistas, anarco-sindicalista, entre outros. O fato é que o estado de bem-estar social ou assistencialista também chega ao Brasil por força destes movimentos. Além do mais, a política varguista ao fazer a opção de apoiar-se na classe trabalhadora, tendo-a como aliada para o exercício do poder, pôde dar-se, inclusive, ao luxo de prescindir do apoio de partidos políticos, pois se voltou para uma política de proteção legislativa aos trabalhadores urbanos.
b)	Quem está autorizado a votar, segundo a Constituição de 1934? O voto feminino era obrigatório ou facultativo, segundo a Constituição de 1934?
A Constituição promulgada em 16 de julho de 1934, que representa o governo constitucional de Vargas – Estado Social, garantidor do bem estar social, dispôs da seguinte forma a respeito do sufrágio eleitoral: 
Art.108 - São eleitores os brasileiros de um e de outro sexo, maiores de 18 anos, que se alistarem na forma da lei. Parágrafo único - Não se podem alistar eleitores: 
a) os que não saibam ler e escrever; 
b) as praças-de-pré, salvo os sargentos, do Exército e da Armada e das forças auxiliares do Exército, bem como os alunos das escolas militares de ensino superior e os aspirantes a oficial; 
c) os mendigos; 
d) os que estiverem, temporária ou definitivamente, privados dos direitos políticos. 
Sendo em conformidade com o Art. 109 - O alistamento e o voto são obrigatórios para os homens e para as mulheres, quando estas exerçam função pública remunerada, sob as sanções e salvas as exceções que a lei determinar.(grifo nosso) 
Portanto, em razão do que informava o Art. 109 da Constituição Republicana de 1934, foi somente a partir da Constituição Republicana de 1946 que o voto feminino passaria a ser obrigatório também para as mulheres, independentemente de exercerem atividade pública laborativa remunerada.
Embora o sufrágio feminino já estivesse assegurado na forma da Lei ainda no Governo Provisório de Getúlio Vargas por força do Decreto nº 21.076, de 24 de fevereiro de 1932, ou seja, o primeiro Código Eleitoral do País que considerou consoante o art. 2º eleitor o cidadão maior de 21 anos, sem distinção de sexo, alistado na forma deste Código. Além de introduzir o voto secreto e a Justiça Eleitoral.

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