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Os distúrbios ácido-base estão associados a maioria dos riscos das disfunções de órgãos e sistemas, como também ao óbito em pacientes internados em terapia intensiva. Arterial Venosa Gasometria arterial é um exame invasivo que mede as concentrações de oxigênio, a ventilação e o estado ácido-básico. Principais indicações: › 1) Avaliação do distúrbio do equilíbrio ácido-base; › 2) Avaliação da oxigenação pulmonar do sangue arterial › 3) Avaliação da ventilação alveolar (PaCO2). pH = HCO3 PaCO2 ASSIM: Alterações nos valores de PaCO2 e/ou nas concentrações de HCO3 podem levar a alterações no pH. PaO2 - exprime a eficácia das trocas de oxigênio entre os alvéolos e os capilares pulmonares. PaCO2 - A pressão parcial de CO2 do sangue arterial exprime a eficácia da ventilação alveolar. HCO3- - As alterações na concentração de bicarbonato no plasma Base Excess - Representa a diferença entre o total de bases no fluido extracelular do paciente (plasma, interstício, hemácias) e a quantidade de bases normal. Ramon Handerson Highlight pH - É o co-logaritmo da concentração do íon H+. Acidemia - pH do sangue arterial menor que 7,35. Alcalemia - pH do sangue arterial maior que 7,45. Ácido = PaCO2 Base = HCO3- Ácido = PaCO2 Base = HCO3- Ácido = PaCO2 Base = HCO3- Acidose: Aumento do trabalho respiratório; Diminuição da resposta a catecolaminas e depressão cardíaca; Vasoconstrição renal; Resistência a insulina. Alcalose: Aumento da afinidade da hemoglobina pelo O2, gerando hipoxia tecidual; Piora das condições neurológicas por acidose paradoxal do líquor; Alterações nos eletrólitos, aumentando a possibilidade de arritmias. PH: 7.35 a 7.45 PaCO2: 35 a 45 mmHg PaO2: 80 a 100 mmHg › PaO2 esperada = 109 – (0,43 x idade) SatO2: > 92% HCO3 -: 22 a 28 mEq/L BE: +2 a -2 mEq/L Parâmetros Avaliados Valores de referência pH Adulto/criança Recèm-nascido 2 meses – 2anos 7,35 a 7,45 7,32 a 7,49 7,34 a 7,46 PaO2 Adulto/criança Recém-nascido 80 a 100 mmHg 60 a 70 mmHg PaCO2 Adulto/criança Criança < 2 anos 35 a 45 mmHg 26 a 41 mmHg SaO2 Indivíduo idoso Adulto/criança Recém-nascido 95% >92% 40 a 90% HCO3 Adulto/criança Recém-nascido 22 a 28 mEq/L 16 a 24 mEq/L BE - 3 a + 3 mmol/L Valores Críticos: › pH < 7,25 ou > 7,55; › PaCO2 < 20 ou > 60 mmHg; › PaO2 < 40 mmHg; › HCO3 < 20 ou > 60 mEq/L › SaO2 < 75% › BE < - 3 ou > +3 mmol/L 1. Avalie o pH Se pH < 7,35 – acidemia Se pH > 7,45 – alcalemia 2. Avalie o HCO3- e PaCO2 Para determinar qual o distúrbio primário, basta observar qual o componente que se encontra no mesmo lado do distúrbio do pH. Acidose respiratória: PH e PaCo2 Hipoventilação ↑ PaCO2 ↓pH = Acidose Causas: VM inadequada, Edema Pulmonar, Atelectasia, SARA, Obstrução de VAS, Fibrose. Alcalose respiratória: PH e PaCo2 Hiperventilação ↓PaCO2 ↑pH = Alcalose Causas: VM inadequada, Dor, Altitude, Lesão do SNC Acidose metabólica: PH e HCO3 Causas: Insuficiência renal, Doenças Infecciosas, Febre. Alcalose metabólica: PH e HCO3 Causas: Oferta excessiva de bicarbonato, Perda excessiva de conteúdo gástrico. Acidose Metabólica: PaCO2esperada = (HCO3 x 1,5) + 8 +/- 2 Alcalose Metabólica: PaCO2esperada = (HCO3 x 0,9) + 9 +/- 2 OBS: PaCO2gaso > PaCO2esp = Ac. Respiratória PaCO2gaso < PaCO2esp = Alc. Respiratória PaCO2gaso = PaCO2esp = Dist. Puro Metabólico Acidose: pH ↓ 7,35 Mista: PaCO2 ↑ 45mmHg e HCO3 ↓ 22 mEq/L Alcalose: pH ↑ 7,45 Mista: PaCO2 ↓ 35mmHg HCO3 ↑ 28 mEq/L Alteração = Crônico BE = Alcalose BE = Acidose Agudos = não sofre alteração Embolia pulmonar alcalose respiratória Hipotensão / choque acidose metabólica Vômitos alcalose metabólica Diarréia grave acidose metabólica Cirrose hepática alcalose respiratória Insuficiência renal acidose metabólica Sepse alcalose respiratória acidose metabólica Gravidez alcalose respiratória Uso de diuréticos alcalose metabólica DPOC acidose respiratória 3. Avalie a Oxigenação do paciente: Quando a gasometria arterial é coletada com o paciente respirando ar ambiente (FIO2=21%), considera-se hipoxemia quando a PaO2 está abaixo do valor esperado para a idade. Quando o paciente está recebendo alguma suplementação de oxigênio, seja em ventilação mecânica ou por cateter ou máscara de oxigênio, a análise isolada da PaO2 não é suficiente, sendo necessário o cálculo da relação PaO2/FIO2. 3. Avalie a Oxigenação do paciente: A relação PaO2/FIO2 permite a avaliação da oxigenação em diferentes condições de oferta de oxigênio. PaO2/FIO2>300 mmHg – normal; PaO2/FIO2>200-300 mmHg –IRpA (Aguda); PaO2/FIO2 <200 mmHg – IRpA (Crônica). 3. Avalie a Oxigenação do paciente: A FiO2 com aporte de O2 é totalmente variável; Cada Litro de O2 aumenta a FiO2 em ≈ 4%: › Paciente com CN= 3 L/min => FiO2 = 21 + (4 x 3) ≈ 33% (?) Paciente 33 anos com diagnóstico de TCE grave, 5 dias na UTI, utilizando VM, apresenta à seguinte gasometria arterial: › pH: 7,32 › HCO3: 20 › PaCO2: 39 › PaO2: 72 › SpO2: 80% › BE: +1 QUAL O DISTÚRBIO GASOMÉTRICO? Paciente com choque hipovolêmico, apresenta a seguinte gasometria: › pH: 7,25 › HCO3: 10,7 › PaCO2: 24 › PaO2: 85 › SaO2: 93% › BE: -2 Qual o distúrbio gasométrico? Mesmo paciente anterior (choque hipovolêmico) foi colocado em VM, tendo à gasometria: › pH: 7,33 › HCO3: 10,7 › PaCO2: 43 › PaO2: 76 › SaO2: 89% Qual o distúrbio ácido-básico do paciente? Paciente com insuficiência respiratória, apresenta a gasometria: › pH: 7,33 › HCO3: 20 › PaCO2: 48 › PaO2: 95 › SpO2: 98% › BE: -3 Qual o distúrbio ácido-básico? Paciente com quadro álgico agudo e intenso na região abdominal, apresenta a gasometria: › pH: 7,48 › HCO3: 20 › PaCO2: 29 › BE: +4 › PaO2: 92 › SaPO2: 93% Qual o distúrbio? pH: 7,38 HCO3: 25 PaCO2: 37 PaO2: 72 SpO2: 90% BE: +1 Qual o distúrbio?
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