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Adim Depto Pessoal Caderno 3

Prévia do material em texto

Responsável pelo Conteúdo: 
Prof. Ms. José Carlos Pereira de Almeida 
 
Revisão Textual: 
Prof. Ms. Magnólia Gonçalves Mangolini 
 
 
 
 
 
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Comece lendo o conteúdo teórico, e se possível, utilize os exemplos citados para treinar os 
cálculos. Este conhecimento será muito importante quando da realização de sua avaliação 
Faça as atividades de sistematização e acesse o Fórum, dando sua opinião sobre a 
situação problema proposta. Não se esqueça de visualizar o pensamento de seus colegas, pois 
cada pessoa possui uma percepção diferente sobre um mesmo assunto, podendo ajudar na 
formação de sua ideia. 
E como de costume, veja os materiais complementares sugeridos e efetue pesquisas 
diversas caso queira conhecer mais os assuntos apresentados. 
 
 
• Adicional de Transferência 
 
• Adicional de Periculosidade 
• Adicional de Insalubridade 
• Adicional Noturno 
 
• Horas Extras 
 
• Horas Extras Noturnas 
 
• Gratificação 
• Prêmios 
 
• Salário Família 
 
• Salário Maternidade 
• Gorjetas 
 
• Ajuda de custo 
 
• Adiantamento Salarial - 
Vencimento 
 
Continuando o assunto abordado na unidade anterior, veremos os 
principais adicionais e vencimentos que compõem a remuneração 
dentro da folha de pagamento. Após a explicação teórica, serão 
aplicados exemplos práticos, que normalmente são encontrados em 
nosso cotidiano. 
 
 
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Na unidade III, conhecemos os diversos tipos de proventos pagos aos empregados. 
Dentre estes, um gera bastante confusão quando calculado, devido às conversões de horas e 
aplicações de alíquotas. Estamos falando da hora extra noturna. Sendo assim, aplicaremos 
mais um exemplo prático para exercício: 
Um funcionário que recebe mensalmente R$ 1.420,00 realizou horas extras noturnas 
nos seguintes dias: 
 
 01/02  das 22h00 as 01h10 = 03h10 
 02/02  das 22h00 as 04h20 = 06h20 
 02/02  das 23h00 as 05h00 = 06h00 
 
 Antes de efetuarmos a conversão para horas noturnas, temos de converter os minutos 
relógio para minutos centesimais, em que temos: 
 
 10 minutos x 1,66666 = 0,17 – portanto teremos 3,17 horas 
 20 minutos x 1,66666 = 0,33 – portanto teremos 6,33 horas 
 
Com estes dados, já podemos gerar a conversão das horas relógio para horas noturnas 
reduzidas, conforme segue: 
 
 01/02  3,17 / 52,50 x 60 = 3,62 
 02/02  6,33 / 52,50 x 60 = 7,23 
 02/02  6,00 / 52,50 x 60 = 6,86 
 
Total de horas noturnas = 17,71. 
 
Agora que temos o total de horas noturnas realizadas, teremos de encontrar o salário 
hora do empregado e a este acrescentar o adicional noturno de 20%: 
 Para encontrar o valor da hora normal 
 Salário mensal de R$ 1.420,00 / 220 horas trabalhada no mês = R$ 6,4545... 
 
 
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 Para encontrar o valor do adicional noturno 
 Valor da hora normal R$ 6,4545... x 0,20 (adicional noturno 20%) = R$ 1,2909... 
 Para encontrar a base de cálculo da hora extra noturna (hora normal + ad. noturno) 
 Valor da hora normal R$ 6,4545... + valor do ad. noturno R$ 1,2909... = R$ 7,75 
 
Tendo o valor base da hora noturna, basta aplicarmos o acréscimo de 50% previsto 
para as horas extras e multiplicarmos o resultado pelo total de horas extras realizadas a noite: 
 R$ 7,75 x 1,50 (acréscimo de 50%) x 17,71 horas extras noturnas = R$ 205,76 
 
 Agora que temos o valor das horas extras noturnas realizadas, podemos calcular o 
Descanso semanal remunerado e o total a ser pago para o funcionário: 
 DSR  considerando um mês com 25 dias úteis, 5 domingos e 1 feriado 
 R$ 205,76 / 25 x 6 = R$ 49,38 
 R$ 205,76 (total de horas extras noturnas) + R$ 49,38 (DSR) = R$ 255,14 
 
Apesar de extenso e complexo, quando praticado, o cálculo das horas extras noturnas 
torna-se fácil de ser feito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Na unidade anterior, estudamos o salário e suas diversas formas de pagamento. 
Apesar de o salário ser o principal vencimento que integra a remuneração, existem 
também outros adicionais e proventos que a compõem. 
Dentre estes, podemos citar os adicionais de insalubridade, periculosidade, horas 
extras, adicional noturno, gratificações, entre muitos outros. 
A seguir, entenderemos quando utilizar cada um destes proventos e qual a forma 
de calculá-los. 
 
 
 
 
 
O adicional de insalubridade está previsto na CLT, em seu art. 192, que diz: 
 
“Art. 192 – O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de 
tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de 
adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% 
(dez por cento) do salário mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus 
máximo, médio e mínimo.” 
 
Para tanto, o Ministério do Trabalho, como órgão fiscalizador, encaminhará um médico 
do trabalho ou ainda um engenheiro do trabalho (ambos registrados no MTE) para a 
elaboração de uma perícia na empresa, com a finalidade de verificar se os empregados estão 
sujeitos a agentes nocivos à sua saúde, se estes agentes estão acima dos limites permitidos, e 
ainda sua intensidade e tempo de exposição. 
Os agentes que podem ser encontrados nestes casos são: 
 Químicos – como o chumbo, por exemplo; 
 Físicos – tal como exposição ao calor ou frio; 
 Biológicos – qualquer tipo de doença infecto-contagiosa. 
 
Encontrando estes agentes, caberá definir o grau de insalubridade, observando que o 
pagamento será sobre as alíquotas de 40%, 20% e 10% para os graus de risco máximo, 
médio e mínimo, respectivamente. 
 
 
 
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Abaixo, exemplo de como seria o pagamento deste provento, considerando o salário 
mínimo Federal de R$ 622,00: 
 Grau máximo  R$ 622,00 x 40%  R$ 248,80 
 Grau médio  R$ 622,00 x 20%  R$ 124,40 
 Grau mínimo  R$ 622,00 x 10%  R$ 62,20 
 
Vale lembrar que a base deste pagamento é o salário mínimo da região onde o 
empregado exerce suas funções, podendo este variar conforme cada Estado. 
O adicional de insalubridade integra-se ao salário do trabalhador, ou seja, quando o 
mesmo receber horas extras, por exemplo, estas deverão ser calculadas com o acréscimo do 
referido adicional ao salário. 
 
 
 
 
 
A legislação que trata deste assunto é o art. 193, da CLT, como segue: 
 
Art. 193 - Serão consideradas atividades ou operações perigosas, na forma de 
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza 
ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou 
explosivos em condições de risco acentuado. 
§ 1.º O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional 
de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de 
gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. 
§ 2.º O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que por ventura lhe 
seja devido. 
 
Neste caso, também será responsabilidade do Ministério do Trabalho efetuar uma 
perícia no local de trabalho dos empregados, por meio de um médico ou engenheiro do 
trabalho, registrado no respectivo órgão, para caracterizar e classificar a periculosidade. 
Como citado no artigo 193, em seu § 1º, o cálculo da periculosidade se diferencia da 
insalubridade, uma vez que sua base de cálculoé o salário efetivo do trabalhador, e não o 
mínimo da região. 
Segue exemplo: 
 Salário do empregado – R$ 1.000,00 
 
 R$ 1.000,00 x 30% = R$ 300,00 
 Total a receber R$ 1.300,00 
 
 
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Tendo o empregado direito aos dois adicionais (insalubridade e periculosidade), caberá 
ao mesmo escolher qual será o mais vantajoso. 
 
 
 
 
O adicional de transferência ocorre quando a empresa possui uma necessidade de 
transferência do empregado para outro local, diferente daquele acordado em contrato de 
trabalho. 
Previsto no art. 469, da CLT, em seu § 3º, o valor a ser pago equivale a 25% do 
salário nominal, sendo devido apenas pelo período em que a transferência ocorrer. 
Lembrando que o deslocamento deverá ser de forma provisória. 
Abaixo, exemplo do cálculo deste adicional: 
 Salário do empregado – R$ 900,00 
 
 R$ 900,00 x 25% = R$ 225,00 
 Total a receber R$ 1.125,00 
 
 
 
 
O horário noturno é aquele compreendido entre às 22h00 de um dia e às 05h00 do dia 
seguinte, conforme art. 73 da CLT, em seu § 2º. 
Por ser considerado mais desgastante, dentro deste período de tempo é devido o 
adicional noturno, que equivale a um acréscimo mínimo de 20% sobre a hora diurna, 
podendo variar para maior, conforme Convenções Coletivas de Trabalho ou Acordos 
Coletivos. 
Seu cálculo é totalmente diferenciado, visto que a hora relógio de 60 minutos, quando 
realizada a noite, é reduzida para 52 minutos e 30 segundos, conforme § 1º do art. 73, que 
diz: “A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 
(trinta) segundos”. 
Sendo assim, antes de aplicarmos o adicional noturno, temos de efetuar as devidas 
conversões nos horários realizados. 
 
 
 
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Abaixo alguns exemplos de horários realizados a noite: 
 
 1º caso - das 22h00 as 23h45 = 01h45 
 2º caso - das 22h00 as 01h00 = 03h00 
 3º caso - das 22h00 as 05h00 = 07h00 
 
Como vimos na unidade anterior, para calcularmos o 1º caso, precisamos inicialmente 
converter os minutos relógio para minutos centesimais, aplicando a alíquota de 1,666666... 
em que: 
 45 minutos x 1,66666... = 75 minutos 
 então no 1º caso temos 01h75 
 
A partir daí, aplicamos a seguinte fórmula para conversão: 
“Horário realizado / 52,50 x 60 = horário noturno” 
 
Observando que 52,50 é o mesmo que 52 minutos e 30 segundos considerado no § 1º, 
do art. 73, da CLT. 
Então temos: 
 
 1º caso – 1,75 horas / 52,50 x 60 = 2,00 horas 
 2º caso – 3,00 horas / 52,50 x 60 = 3,42 horas 
 3º caso – 7,00 horas / 52,50 x 60 = 8,00 horas 
 
Deve-se tomar muito cuidado ao criar uma jornada de trabalho noturna, pois a mesma 
nunca poderá ser superior a 44 horas semanais e 220 horas mensais, e para esta jornada 
devemos considerar o período noturno já convertido e não o horário efetivamente realizado. 
Após estes cálculos, podemos aplicar o adicional noturno de 20%, como segue: 
 
Salário base – R$ 6,00 por hora 
 1º caso 
Valor do adicional R$ 6,00 x 20% = R$ 1,20 x 2,00 horas = R$ 2,40 
Valor da hora normal R$ 6,00 x 2,00 horas = R$ 12,00 
Total R$ 14,40 
 
 2º caso 
Valor do adicional R$ 6,00 x 20% = R$ 1,20 x 3,24 horas = R$ 3,89 
Valor da hora normal R$ 6,00 x 3,24 horas = R$ 19,44 
Total R$ 23,33 
 
 3º caso 
Valor do adicional R$ 6,00 x 20% = R$ 1,20 x 8,00 horas = R$ 9,60 
Valor da hora normal R$ 6,00 x 8,00 horas = R$ 48,00 
Total R$ 57,60 
 
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Sobre o adicional noturno, também é pago o descanso semanal remunerado, que varia 
conforme a quantidade de dias úteis no mês. 
Tanto o adicional noturno como o Descanso Semanal Remunerado integram ao salário 
do empregado, seja para fins de 13º salário, como para férias, aviso prévio indenizado, entre 
outros. 
Empregados menores de idade nunca poderão realizar trabalho dentro do horário 
noturno. 
 
 
 
 
São consideradas extraordinárias as horas excedentes a carga horária diária 
estabelecida em contrato de trabalho, não podendo estas ultrapassar a duas horas ao dia. 
As empresas devem observar que para haver a prorrogação de duas horas diárias de 
trabalho, no momento da admissão, o empregado deve concordar e assinar um acordo de 
prorrogação de horas. 
Segundo a Constituição Federal, as horas extras devem ser acrescidas de no mínimo 
50% do valor da hora normal. 
Alguns sindicatos, quando da celebração da Convenção Coletiva de Trabalho ou do 
Acordo Coletivo, optam por conceder aos empregados um acréscimo maior sobre estas horas 
extras. Sempre prevalecerá aquele que for mais benéfico ao funcionário. 
Abaixo, algumas simulações do cálculo de horas extras: 
 Salário base de R$ 1.000,00 ao mês 
Total de 15 horas extras realizadas de segunda a sexta-feira 
Neste caso, a empresa paga as horas extras conforme Constituição Federal, ou seja, 
com acréscimo de 50%. 
O mês possuía 26 dias úteis e 5 domingos 
 
 R$ 1.000,00 / 220 = R$ 4,545454... 
 R$ 4,545454... x 1,50 (valor da hora + 50% de acréscimo) = R$ 6,818... 
 R$ 6,8181... x 15 horas = R$ 102,27 
DSR  R$ 102,27 / 26 x 5 = R$ 19,67 
Total  R$ 102,27 + R$ 19,67 = R$ 121,94 
 
 
 
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 Salário base de R$ 7,80 por hora 
Total de 7 horas extras realizadas ao domingo 
Nesta simulação, as horas extras serão acrescidas de 100%, visto que se trata de um 
domingo 
O mês possuía 25 dias úteis, 5 domingos e 1 feriado. 
 
 R$ 7,80 x 2,00 (valor da hora + 100% de acréscimo) = R$ 15,60 
 R$ 15,60 x 7 horas = R$ 109,20 
DSR  R$ 109,20 / 25 x 6 = R$ 26,21 
Total  R$ 109,20 + R$ 26,21 = R$ 135,41 
 
 Salário base de R$ 12,60 por hora 
Total de 12 horas extras realizadas de segunda a sexta-feira 
Neste exemplo, a empresa paga um acréscimo de 75% sobre horas extras, 
conforme Convenção Coletiva de Trabalho. 
O mês possuía 24 dias úteis, 4 domingos e 2 feriado. 
 
 R$ 12,60 x 1,75 (valor da hora + 75% de acréscimo) = R$ 22,05 
 R$ 22,05 x 12 horas = R$ 264,60 
DSR  R$ 264,60 / 24 x 6 = R$ 66,15 
Total  R$ 264,60 + R$ 66,15 = R$ 330,75 
 
Lembrando que da mesma forma que o adicional noturno, as horas extras e DSR 
integram ao salário do empregado para fins de férias, 13º salário e outros. 
 
 
 
 
 
Da mesma forma que as horas extras normais, a hora extra noturna é paga quando o 
empregado excede sua jornada de trabalho. Porém, neste caso, as horas excedentes são 
realizadas dentro do período compreendido entre às 22h00 de um dia e às 05h00 do dia 
seguinte. 
Sendo assim, além do acréscimo de no mínimo 50%, a base de cálculo a ser utilizada 
será a hora normal com o adicional noturno de 20%. Segue exemplo abaixo: 
 Salário base de R$ 800,00 ao mês 
Hora extra em apenas um dia das 22h00 as 03h00 
Acréscimo da hora extra – 50% / Acréscimo do adicional noturno – 20% 
O mês possuía 25 dias úteis e 5 domingos 
 
 
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1º passo – conversão para horas noturnas: 
Das 22h00 até 03h00 são 5 horas relógio 
Aplicando a fórmula para conversão em horas noturnas teremos: 
 5,00 horas / 52,50 x 60 = 5,71 horas 
 
2º passo – encontrar o valor da hora extra noturna: 
 R$ 800,00 / 220 = R$ 3,636363... 
 R$ 3,636363... x 0,20 = R$ 0,727272 
 R$ 3,63... (hora normal) + R$ 0,72... (adicional noturno) = R$ 4,3636... 
 R$ 4,3636... x 1,50 (valor da hora + acréscimo de 50%) = R$ 6,5454... 
 
3º passo – calcular as horas extras noturnas e o DSR 
 R$ 6,5454... x 5,71horas = R$ 37,38 
DSR  R$ 37,38 / 25 x 5 = R$ 7,48 
Total  R$ 37,38 + R$ 7,48 = R$ 44,86 
 
 
 
 
As gratificações são valores pagos aos empregados em decorrência de diversos 
motivos. Estes podem ser por algum trabalho extra realizado, para motivação dos 
empregados, ou em qualquer outra circunstância especial. 
O seu valor poderá ser um percentual sobre o salário efetivo, ou ainda uma 
importância fixa, cabendo ao empregador determiná-la. 
Seu pagamento pode ocorrer esporadicamente, não integrando ao salário, ou ainda 
habitualmente, integrando desta forma ao salário. Caso a empresa não desejar que a 
gratificação incorpore à remuneração, deverá estar muito atenta aos pagamentos, para não 
caracterizar a habitualidade. 
 
 
 
 
Os prêmios estão relacionados com a lucratividade da empresa. São vantagens 
recebidas pelo empregado, quando há sua colaboração ou participação para atingir as metas 
e objetivos da organização. 
Quando pago eventualmente, não incorpora ao salário, porém se for pago 
habitualmente, será considerado como um “salário-prêmio” e integrará ao salário nominal. 
Por estar diretamente ligado às metas, seu pagamento normalmente é feito por meio de 
percentuais. 
 
 
 
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O salário família é um benefício pago aos empregados que possuem filhos com até 
quatorze anos de idade, ou ainda inválidos de qualquer faixa etária. 
Para ganharem o direito ao benefício, deverão apresentar ao empregador a certidão de 
nascimento dos filhos ou documentos equivalente, para o caso de enteados ou menores sob 
tutela do trabalhador. 
Após ganharem o direito ao benefício, deverão ainda apresentar à empresa: 
 Anualmente - caderneta de vacinação dos dependentes até seis anos de idade 
(normalmente no mês de novembro); 
 Semestralmente - comprovante de frequência escolar para os filhos a partir de 
sete anos (normalmente nos meses de maio e novembro). 
 
 Para os inválidos que não frequentem a escola, poderá ser apresentado, em 
substituição, atestado médico que informe a invalidez do mesmo. 
 Deixando de entregar esta documentação, o benefício poderá ser cessado, até nova 
apresentação de documentos atualizados. 
Apesar de o salário família ser pago pela empresa, o seu custeio é integralmente da 
Previdência Social, uma vez que o empregador poderá abater o total do valor pago deste 
benefício da contribuição previdenciária – INSS recolhido mensalmente. 
O salário família não é estendido aos contribuintes individuais (autônomos e sócios 
com retirada de pró-labore), assim como também para trabalhadores e empregados avulsos 
que já estejam recebendo qualquer outro tipo de benefício da Previdência Social (tais como 
aposentadoria, auxílio doença e outros). 
Abaixo, um exemplo de como calcular o salário família: 
Tabela de Salário Família 
1 - Até R$ 608,80 R$ 31,22 
2 - De R$ 608,81 até R$ 915,05 R$ 22,00 
3 - Acima de R$ 915,06 Não possui direito 
Fonte: Ministério da Previdência Social 
 
 Funcionário com salário de R$ 850,00 
Possui 1 filho de 10 anos e 1 filha de 7 anos 
 Enquadra-se na segunda linha da tabela, sendo R$ 22,00 por filho 
 R$ 22,00 x 2 = R$ 44,00 
 
 
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As empregadas que, por ocasião de parto, adoção ou ainda guarda judicial para fins de 
adoção, necessitarem se afastar da empresa, receberão um benefício chamado de salário 
maternidade. 
Este é previsto no art. 393, conforme segue: 
“Art. 393 - Durante o período a que se refere o Art. 392, a mulher terá direito ao 
salário integral e, quando variável, calculado de acordo com a média dos 6 (seis) 
últimos meses de trabalho, bem como aos direitos e vantagens adquiridos, sendo-lhe 
ainda facultado reverter à função que anteriormente ocupava.” 
 
Este benefício, nada mais é que o pagamento do salário normal às funcionárias, 
durante o período em que estiverem afastadas, seja pelo parto, ou para adaptação nos caso 
de adoção. O prazo máximo pago atualmente é de 120 dias. 
Para as trabalhadoras regidas pela CLT, não há nenhum tipo de carência. Já para 
contribuintes facultativos ou individuais, é necessária a comprovação de no mínimo 10 
contribuições. 
Nos casos de aborto espontâneo, ou ainda abortos previsto em Lei, a trabalhadora terá 
direito a duas semanas de salário maternidade. 
 
 
 
 
As gorjetas são valores pagos aos trabalhadores da área de serviços (tal como o 
garçom, por exemplo), pela contraprestação de serviço que realizam, conforme previsto no 
art. 457: 
 
“Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos 
legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como 
contraprestação do serviço, as gorjetas que receber”. 
 
O seu fornecimento pode ser obrigatório, no caso dos estabelecimentos que cobram 
juntamente com a conta do cliente, um adicional que normalmente é de 10%, com a 
finalidade de futura divisão entre os funcionários, ou ainda facultativa, para os casos em que o 
cliente não é obrigado a pagar o adicional em sua conta, fornecendo as gorjetas de forma 
espontânea e esporádica. 
Não há um valor específico para o seu pagamento, exceto para os casos em que exista 
qualquer tipo de determinação em Convenção Coletiva de Trabalho ou Acordos Coletivos. 
 
 
 
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A ajuda de custo possui caráter indenizatório, ou seja, deve ser pago apenas uma única 
vez, para cobrir qualquer tipo de despesa que um empregado tenha sofrido, para a realização 
trabalhos externos. 
Normalmente é concedido para funcionários que realizem viagens a trabalho, sendo 
devido o reembolso das diárias gastas, para os casos de comparecimento em reuniões fora da 
sede, onde exerce habitualmente suas funções, ou ainda quando necessita utilizar seu carro 
particular para deslocamento, sendo devido o pagamento das despesas com gasolina. 
Não deve ser integrado ao salário por se tratar apenas de uma indenização. 
 
 
 
 
O adiantamento salarial, também conhecido como “vale” é uma forma de antecipação 
de salário dos trabalhadores. Não é obrigatória por lei, salvo para alguns casos em que esteja 
previsto em Convenção Coletiva de Trabalho ou Acordo Coletivo. 
Desejando a empresa realizar o adiantamento, deverá ser definido qual o valor da 
antecipação. O mais recomendado e utilizado atualmente são 40% do salário contratual. Este 
é calculado da seguinte forma: 
 Salário mensal R$ 1.200,00 
 Adiantamento = R$ 1.200,00 x 40% = R$ 480,00 
 
 Salário hora R$ 8,90 (mês de abril, por exemplo – 30 dias) 
 R$ 8,90 x 220 horas = R$ 1.958,00 
  Adiantamento = R$ 1.958,00 x 40% = R$ 783,20 
 
As datas de pagamento do adiantamento deverão acompanhar as datas de pagamento 
dos salários. Quando a empresa optar por efetuar o pagamento dos salários todo dias 30, o 
adiantamento salarial deverá ocorrer até o dia 15 de cada mês. Optando pelo quinto dia útil, 
o adiantamento deverá ser realizado até o dia 20 de cada mês. 
 
 
 
 
 
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Seguem algumas sugestões de material completar, para pesquisa e aprofundamento 
dos conhecimentos: 
 O livro “Cálculos Trabalhistas” de Aristeu de Oliveira é uma ótima sugestão para 
aqueles que querem entender sobre a folha de pagamento. Não somente trata de 
assuntos pertinentes a unidade III, mas também de assunto que falaremos mais a 
frente, como férias, rescisão, afastamentos, entre outros. 
 Indico mais uma vez que acessem site do Ministério da Previdência Social 
(www.mpas.gov.br), pois nele constam informações sobre o salário família, assim como 
a tabela utilizada para o seu cálculo. Constam ainda informações sobre o saláriomaternidade, tanto de empregadas regidas pela CLT, como para contribuintes 
individuais e de outras modalidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm. Acessado em 21/02/2012. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm. Acessado em 21/02/2012. 
 
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