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QUESTIONÁRIO_Alienação_parental

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COM BASE NA LEI 12.318/2010 E NO DOCUMENTÁRIO, RESPONDAM AO SEGUINTE ROTEIRO DE PERGUNTAS:
Qual o conceito jurídico de alienação parental?
Qual o objetivo da Lei 12.318/2010?
Faça a distinção entre alienação parental e síndrome da alienação parental.
Destaque da Lei quem pode promover a prática de alienação parental.
Cite quatro formas exemplificativas que configuram alienação parental, segundo a Lei 12.318/2010.
A prática de alienação parental fere qual direito da criança e do adolescente?
Com base no documentário, destaque em que contexto é mais comum a prática da alienação parental?
Com fundamento em que o juiz pode caracterizar indícios de prática de alienação parental? 
Cite três medidas que o juiz pode aplicar ao alienador, segundo determina a Lei.
Faça uma relação do filme e Lei com as disciplinas ministradas no curso até o presente momento.
Discorra sobre a relação do documentário e da Lei com o seu processo de formação acadêmica.
Qual a importância de estudar o tema alienação parental sobre o viés do Direito e do Serviço Social?
RESPOSTAS:
01. A Alienação Parental é a campanha de desmoralização feita por um genitor em relação ao outro, geralmente a mulher (uma vez que esta normalmente detém a guarda do filho) ou por alguém que possua a guarda da criança. É utilizada uma verdadeira técnica de tortura psicológica no filho, para que esse passe a odiar e desprezar o pai e, dessa maneira, afaste-se do mesmo. Isso é feito como forma de vingança após a separação, quando uma das partes não se conforma ou não se satisfaz com a mesma. O desejo de que o outro se torne infeliz é tão forte que a pessoa utiliza o próprio filho como meio de retaliação, pois nada pior do que ser odiado pela sua prole. As consequências para as crianças, por sua vez, são devastadoras e muitas vezes irreversíveis, trazendo-lhes transtornos psicológicos para o resto da vida.
02. Como o direito não pode abster-se da realidade nem ignorá-la, diante de tantas ocorrências, fazia-se mais que necessária a aprovação de texto normativo disciplinando essa matéria. A alienação parental já vinha acontecendo nas relações familiares, antes mesmo da aprovação da lei. Coibi-la e assegurar maior proteção às potenciais vítimas – crianças e adolescentes - é, sem dúvida, um dos maiores objetivos da Lei 12.318/2010.
03. Cabe destacar a diferença entre Alienação Parental e a Síndrome da Alienação Parental, sendo a primeira a campanha denegritória feita pelo alienador com intuito de afastar os filhos do alienado, e a segunda consiste nos problemas comportamentais, emocionais e em toda desordem psicológica que surge na criança após o afastamento e a desmoralização do genitor alienado.
04.  Quem tenha a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância, inclusive os avós.
05. Verificada a prática de alienação parental, o juiz poderá aplicar as seguintes sanções de forma cumulativa ou não:
1ª. Advertência do genitor alienador;
2ª. Ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado;
3ª. Estipular a multa ao genitor alienador;
4ª. Determinar acompanhamento psicológico;
5ª. Alterar o sistema de guarda;
6ª. Fixar de forma cautelar o domicílio do menor;
7ª. Suspender o poder familiar do genitor alienante.
Pode ocorrer que o genitor alienante já tenha suspensão em outro processo, o juiz pode, de acordo com o Código Civil, destituir o poder familiar por incidência em
causa de suspensão do poder familiar. 
06. A lei que dispõe sobre a Alienação Parental (Lei nº 12.318/10), em seu artigo 3º dispõe: “A prática de ato de alienação parental fere direito fundamental da criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica a realização de afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar, constitui abuso moral contra a criança ou o adolescente e descumprimento dos deveres inerentes à autoridade parental ou decorrentes de tutela ou guarda”. E deste, tem-se o entendimento de que a alienação parental, dentre os diversos tipos de violação às garantias da criança e do adolescente, é motivo de suspensão do poder familiar.
07. Em relação ao contexto mais particular, ele é, em geral, marcado pela ruptura da vida conjugal de um casal, não aceita por um deles, que se sente abandonado, rejeitado ou traído pelo outro e, sem conseguir elaborar adequadamente o luto da separação, desencadeia uma tendência vingativa, que o leva a querer punir o outro, tirando dele o que tem de mais precioso: a convivência com o filho. Cego pelo ciúme – principalmente quando o outro já está em uma nova relação amorosa -, pela dor ou pela cólera, e, às vezes, também por sentimentos gerados por questões econômicas -, sentindo-se injusta e cruelmente tratado pelo outro, que pôs fim à relação ou aceitou com facilidade o término proposto, o genitor alienador, emocionalmente frágil, chega a mudar repentinamente de cidade ou mesmo de país, sob o pretexto de um encontro amoroso ou uma oportunidade de trabalho, para afastar o filho da vida do outro em quem só enxerga defeitos. Muitas vezes faz isso com o apoio de sua família, também disfuncional, o que reforça seu sentimento de estar com a verdade. Algumas vezes, a Alienação Parental ocorre por superproteção do genitor alienador. É natural haver certa preocupação por parte do guardião quando o filho vai, pelas primeiras vezes, visitar o outro.
08. Se o juiz verificar e declarar a existência de indício de ato de alienação parental, o processo terá tramitação prioritária, e, ouvido o Ministério Público, serão determinadas, com urgência, as medidas provisórias necessárias para preservação da integridade psicológica da criança ou do adolescente, inclusive para assegurar sua convivência com genitor ou viabilizar a efetiva reaproximação entre ambos, se for o caso.
Assegurar-se-á à criança ou adolescente e ao genitor garantia mínima de visitação assistida, ressalvados os casos em que há iminente risco de prejuízo à integridade física ou psicológica da criança ou do adolescente, atestado por profissional eventualmente designado pelo juiz para acompanhamento das visitas.
O juiz, se entender necessário, poderá determinar a realização de perícia psicológica ou biopsicossocial.
O laudo pericial terá base em ampla avaliação psicológica ou biopsicossocial, conforme o caso, compreendendo, inclusive, entrevista pessoal com as partes, exame de documentos dos autos, histórico do relacionamento do casal e da separação, cronologia de incidentes, avaliação da personalidade dos envolvidos e exame da forma como a criança ou adolescente se manifesta acerca de eventual acusação contra genitor.
A perícia será realizada por profissional ou equipe multidisciplinar habilitados, exigido, em qualquer caso, aptidão comprovada por histórico profissional ou acadêmico para diagnosticar atos de alienação parental. 
O perito ou equipe multidisciplinar designada para verificar a ocorrência de alienação parental terá prazo de 90 (noventa) dias para apresentação do laudo, prorrogável exclusivamente por autorização judicial baseada em justificativa circunstanciada.
09.
I - advertir o alienador;
II - ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado;
III - estipular multa ao alienador;
IV-determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial;
V - determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão;
VI - determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente;
VII - declarar a suspensão da autoridade parental.
10. O Direito de Família, responsável por tratar de temas como o casamento, a união estável, as relações de parentesco e os institutos do direito protetivo, cada vez mais, tem reconhecido a importância de uma atuação interprofissional daqueles que direta ou indiretamente participam das questões familiares, que se encontram na seara judicial. Assim, no moderno Direito de Família, torna-se indispensável a figurado Psicólogo Jurídico (Psicologia Jurídica) para dar suporte aos temas conflituosos e complexos presentes no julgamento judicial. A atuação do psicólogo na Justiça é, em grande parte, determinada por legislações específicas na área e por previsões nos regimentos internos dos Tribunais de Justiça (Costa, Penso, Legnani & Sudbrack, 2009). Martins (2011) complementa ao referir que a atuação do psicólogo na área de família é ampla e abrange várias questões como, por exemplo, guarda de filhos, regulamentação de visitas, maus-tratos e abuso sexual, destituição do poder familiar, exoneração de alimentos, interdição, separação e divórcio, adoção, alienação parental, entre outras. 
Vivemos numa sociedade complexa em que fatos e eventos bastante diferenciados fazem com que as pessoas tentem algum esboço de resposta. Estudiosos de vários níveis de saber procuram entender a tensão que atravessa atualmente a sociedade. Assim, a filosofia, a antropologia, a sociologia e a psicanálise, dentre outras ciências, atuam nos seus respectivos campos com esse difícil objetivo.
11. Em razão da lei 12.318/10, o processo de alienação parental passou a receber discussões mais efetivas nos últimos tempos. O artigo 2º da lei em vigor “Considera ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de
vínculos com este.”
Em sequência, seu parágrafo único, relaciona maneiras que a alienação parental ocorre: “São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros: realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; dificultar o exercício da autoridade parental; dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós.”
Comumente situamos a alienação parental a cenários pós­separação, porém, em muitos casos, o processo se dá durante a união, momento em que surgem dúvidas acerca da possibilidade do agir por omissão, do silêncio e do deixar de agir serem tipificados como atos de alienação.
No tocante às sanções aos praticantes da alienação parental, o artigo 6º da lei 12.318/10 estabelece que: “[...] o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da decorrente responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, segundo a gravidade do caso: declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador; ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado; estipular multa ao alienador;
determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente; declarar a suspensão da autoridade parental’’.
12. O tema alienação parental vem sendo amplamente discutido tanto pelos operadores do direito, assim como por psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais.
No que se refere à realidade brasileira, a alienação parental (inicialmente utilizava-se o termo SAP – Síndrome da Alienação Parental) passou a ser comumente citada e discutida a partir do ano de 2006, quando estudos sobre esta temática começaram a adquirir visibilidade no país.
Observou-se nas pesquisas que muitos profissionais da área do direito/infância e juventude têm discorrido sobre a alienação parental, entretanto, o Judiciário ainda carece de um maior aprofundamento teórico a respeito desta temática.
E a partir das experiência profissionais de assistentes sociais do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, foi que surgiu o interesse em pesquisar e refletir sobre a alienação parental.
Isto porque nos casos de atuação nas Varas de Famílias, por exemplo, o assistente social é convocado a avaliar situações de disputas de guarda/modificação de guarda, avaliações para regulamentação de visitas, tutela, interdição/curatela, geralmente situações em que há litigio, ou seja, uma das partes envolvidas não concorda com o pedido que está sendo feito perante o juiz. E é justamente nestes tipos de demandas que o fenômeno alienação parental pode estar presente, e, exclusivamente nas questões relativas a guarda e visitação.
Quando convocado a atuar nas demandas de disputa de guarda, o papel do assistente social é o de avaliar a convivência entre os pais e o menor, verificando as condições e a realidade social existentes, ponderando qual será o melhor para a criança ou adolescente.

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