Buscar

Direito Empresarial resumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO EMPRESARIAL RESUMO DE AULAS
OBSERVAÇÃO: um resumo de aulas não substitui os livros, a leitura de artigos especializados, os debates em sala de sala, sobretudo. Enfim, é somente um roteiro, um guia que nos mostra o caminho a seguir . 
Prof. João Marcos Brito Martins: Administrador, pós-graduado em Administração pela PUC-RIO, onde foi professor e coordenador de curso de pós-graduação em Administração. Advogado, Mestre em Direito Empresarial, membro da Associação Internacional de Direito de Seguro e autor de vários livros publicados pela Editora Forense Universitária-RJ. 
PARTE GERAL (TÓPICOS EXTRAÍDOS PARCIALMENTE)
CAMPINHO. Sérgio. O direito de Empresa. 4ª ed. Rio de Janeiro: Renovar. 2004. 
REQUIÃO. Rubens, Curso de Direito Comercial, Vol I. 25ª ed. São Paulo: Saraiva. 2003.
LOBO, Jorge. Sociedades Limitadas – Vol. I. Rio de Janeiro: Forense. 2004.
COELHO. Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial – vol. 2 – 7ª ed.. São Paulo: Saraiva. 2004.
COELHO. Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial, 15ª ed. São Paulo: Saraiva. 2004. 
BORBA. José Edwaldo Tavares. Direito Societário.9º ed.Rio de Janeiro: Renovar.2004.
MARTINS. Fran. Curso de Direito Comercial – 29ª ed. Rio de Janeiro: Forense. 2005. 
OLIVEIRA. Celso Marcelo de. Direito Empresarial à luz do Novo Código Civil. Campinas: LZN Editora. 2003. 
DIREITO EMPRESARIAL 
O direito empresarial visa regular o exercício profissional de atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens e serviços. Por este motivo ganha relevância o conceito jurídico de empresa uma vez que esta atividade irá delinear toda a aplicação das normas relativas à matéria. 
Natureza 
Embora contenha normas de direito público, o direito empresarial é um ramo do direito privado. Os princípios fundamentais do direito público buscam a supremacia do interesse público no exercício da atividade econômica, ou seja, as normas e as leis estabelecem desigualdades nas relações jurídicas, para que o interesse geral prepondere 
sobre o particular. Já os princípios do direito privado são os da autonomia da vontade e 
o da igualdade. 
Relações com outros ramos do direito 
O direito empresarial é autônomo (possui institutos, regras e princípios jurídicos próprios) em relação aos demais ramos do direito privado, com eles guardando afinidades uma vez que se aplicam as regras gerais de contratos e obrigações na esfera empresarial. Assim, tem influência, por vezes direta, por indireta, no direito econômico, no direito do trabalho, no direito penal, civil, constitucional, enfim, em se tratando de empresas, não é fácil imaginar tais relações.
 Fontes do direito empresarial 
 As fontes primárias do direito empresarial são: 
- A Constituição Federal 
- O Código Civil: que trata da sociedade nos artigos 981 a 1.195.
- O Código Comercial: segunda parte, que trata do direito marítimo 
- Leis especiais, tais como: a lei de falências (Lei 11.101/2005), lei das sociedades anônimas (lei nº 6.404/76 e alterações da 10.303/01); lei das duplicatas (nº 5.474/68); lei da propriedade industrial (lei nº 9.279/96), etc. 
 As fontes secundárias do direito empresarial são: 
- os usos e costumes: a lei não distingue o uso do costume, mas boa parte da doutrina entende que o uso é estabelecido por convenção das partes (prática uniforme, constante e por certo tempo e exercido de boa-fé), enquanto o costume é mais imperativo (regra subsidiária às normas). O art. 8º, VI da lei 8934 determina que as Juntas Comerciais devem fazer o assentamento dos usos e práticas mercantis revelando-os como fonte secundária do direito empresarial. 
 - A doutrina, a jurisprudência, analogia, princípios gerais do direito, tratados e convenções internacionais. 
 
Conceito jurídico de empresa (tópicos)
 Vivante identificou a empresa pelo aspecto econômico descrevendo-a como um organismo que, sob o seu próprio risco, recolhe e põe em atuação sistematicamente os elementos necessários para obter riquezas. Para Vivante, a combinação do capital, trabalho e risco são requisitos indispensáveis de toda empresa. 
 Alberto Asquini identificou quatro sentidos para a palavra Empresa: 
1. Sentido subjetivo: empresa identificada como empresário 
2. Sentido objetivo ou patrimonial: Empresa como sendo o conjunto de bens corpóreos e incorpóreos organizado para o exercício da atividade 
3. Sentido institucional: Empresa como uma corporação formada pelo empresário e seus colaboradores.
4. Sentido técnico – funcional: empresa como atividade econômica organizada de maneira profissional para a produção ou circulação de bens ou de serviços. O sentido técnico funcional é o que apresenta maior relevância, uma vez que diferencia empresa dos atos de comércio. 
O Código civil Brasileiro, dispõe: Art. 966: “Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção e circulação de bens ou de serviços”. 
 A atividade econômica congrega os três principais setores da economia (extrativismo, indústria de transformação; e, comércio ou serviços). A organização se revela na conjugação dos fatores de produção : capital, trabalho, tecnologia e insumos.
O profissionalismo abrange a habitualidade e a onerosidade com intuito lucrativo. Já a produção envolve a transformação de matéria prima em produto acabado, fato que se relaciona tanto com os bens como com os serviços. A circulação se traduz na tradição econômica dos produtos, técnicas ou processos de gestão. 
Na categoria dos bens encontramos as mercadorias que são as coisas disponíveis para a negociação. Estas podem ser materializadas em bens móveis, imóveis, materiais ou imateriais. Por sua vez os serviços se resumem em obrigação de fazer, ou seja, atividade realizada no mercado de consumo.
Assim, o que diferencia a atividade empresarial das demais atividades é o objeto a ser explorado. Em razão desta distinção, afastam-se do conceito de empresa todas as atividades que não tenham o cunho econômico a saber: atividades intelectuais, de natureza artística, científica ou literária (p. único do art. 966), as atividades rurais (art. 971 e 984 do CC/02), as atividades esportivas, beneficentes, religiosas ou partidárias, salvo se estas atividades constituírem mais um dos elementos de empresa 
Empresário 
 O Empresário é aquele que exerce a empresa, é sujeito de direito que pratica atividades mais amplas do que o comerciante, daí o principal intuito da unificação promovida pelo novo Código Civil foi o de ampliar a incidência do Direito de Empresa àquelas pessoas e atividades que antes ficavam fora da proteção do direito comercial tal como ocorria com os que se dedicavam à prestação de serviços. 
 Empresário Individual 
 O empresário individual é a pessoa natural que se obriga, em seu próprio nome, no exercício das atividades da empresa, respondendo com seus bens pessoais pelas obrigações da atividade empresarial. O patrimônio pessoal do empresário individual responde direta e ilimitadamente pelas obrigações da atividade empresarial uma vez que não há separação entre o patrimônio afetado à empresa e o patrimônio particular do empresário. Assim, diz-se que o patrimônio do empresário individual é único e indivisível. 
 
Requisitos para ser empresário individual: 
1. Exercício da atividade de empresa: art. 966 do CC/02 
Para ser empresário a pessoa tem que exercer a empresa, ou seja, uma atividade econômica organizada profissionalmente para a produção ou a circulação de bens ou de 
serviços com intuito lucrativo. 
2. Capacidade Civil: art. 972 CC/02. O empresário individual, para exercer sua profissão, deverá estar em pleno gozo de sua capacidade civil. Assim, em princípio, qualquer pessoa com 18 anos completos (art. 5º do CC), mulher ou homem, nacional ou estrangeiro, pode exercer a atividade empresária no Brasil. 
Relativamente à incapacidade, o incapaz permanente e o menor absolutamenteincapaz não podem ser empresários individuais, porque agem por intermédio de representantes ou assistentes, ou seja, não podem exercer em nome próprio a empresa, logo, não podem ser empresários. Já o menor emancipado, por qualquer das causas previstas no 
parágrafo único do art. 5º do CC, pode ser empresário haja vista que adquire a capacidade, mesmo não deixando de ser menor. No rol das causas de emancipação previstas no parágrafo único do art. 5º do código civil, ganha relevo a do inciso V, uma 
vez que o menor, com dezesseis anos completos pode, ao se estabelecer no comércio e de lá retirando seu sustento, se emancipar por ato próprio, hipótese em que a sua inscrição no registro do comércio servir á como prova de sua emancipação (art . 976 do 
CC/02). 
A continuidade das atividades empresariais – art. 974 do CC/02. 
Se ocorrer a incapacidade posterior ao início da atividade da empresa, ou ainda o recebimento de empresa como herança, o incapaz, permanente ou temporário (menor), pode continuar as atividades antes exercidas por ele quando era capaz ou por seus antecessores, desde que, devidamente representados (incapacidade absoluta) ou assistidos (incapacidade relativa), obtenham autorização judicial, esta precedida de estudo da viabilidade e dos riscos do negócio, para a continuação da empresa. 
Permissões e proibições ao exercício da atividade empresária.
No tocante à mulher casada, cabe afirmar que desde 1962 com o Estatuto da Mulher Casada, não é mais preciso obter autorização do marido para se estabelecer no comércio. Vale dizer que o art. 5º da Constituição Brasileira pôs fim a esta controvérsia 
ao proclamar a igualdade entre os indivíduos. 
O art. 972 do CC/02 elenca a ausência de proibição legal como requisito para o exercício da profissão de empresário. Contudo tais proibições são personalíssimas e só 
afastam o sujeito da atividade empresária quando se verificam os requisitos legais que as impõem. 
São proibidos de exercer a empresa como empresários individuais: 
- Os incapazes (o ato é nulo); 
- Os chefes e agentes do Poder Executivo (federal, estadual, municipal) e os seus 
auxiliares (ministros e secretários); 
- Os membros dos Tribunais de Contas (ministros e conselheiros); 
- Os órgãos do Legislativo (deputados e senadores): art. 54, II, CRFB/88; 
- Os magistrados art. 47, II, LOMAN; 
- Os membros do MP: art. 36, I, lei 8625/93 c/c art. 44, III LONMP, 
- Os funcionários públicos: art. 117, X, lei 8112/90, c/c art. 195, VI e VII da lei 1711/52; 
- Os estrangeiros com visto provisório: lei 6815/80; 
- Os militares na ativa (das três armas) e corpos policiais: arts. 180 e 204 do CPM 
e art. 35 do Dec-lei 1.029/69, c/c art. 29 da lei 6.880/80 (Estatuto dos Militares); 
- Os falidos, enquanto não-reabilitados (art. 102 da lei 11.101/2005). 
- Os corretores oficiais: (art. 36, do dec. 2.191/32 ); 
- Os leiloeiros (dec. 2.198/36, art. 36); 
- Os prepostos comerciais: (CLT, art. 482); 
- Os devedores do INSS: (Lei 8.212/91, art. 95, §2º); 
- Os cônsules remunerados, nos seus distritos: (dec. 4.868/82, art. 11 e dec. 3529/89, art. 42); 
- Os médicos para o comércio farmacêutico: dec. 19.606/31 c/c dec. 20.877 e lei 
5991/73. 
 Exercício da empresa pelo estrangeiro 
É vedado ao estrangeiro não residente no país, exercer a atividade empresarial. Não há restrição, no entanto, para que o estrangeiro, mesmo o não residente, ostente a condição de sócio de sociedade empresária. Por outro lado, os estrangeiros com visto permanente e os oriundos de países de língua portuguesa que estejam há mais de um ano no país (art. 12, II, “a” CRFB), podem exercer a profissão de empresário. 
A validade do negócio jurídico
Por fim, o art. 104 do Código Civil traz os últimos requisitos a serem atendidos pela pessoa que deseja ser empresário: I- agente capaz; II- objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III- forma prescrita ou não defesa em lei.
Quem não é considerado empresário pela lei.
O parágrafo único do art. 966 do Código Civil afasta da condição de empresário “quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento da empresa”. Portanto, a realização de atividade intelectual aliada aos demais elementos de empresa (atividade econômica, organização, profissionalismo, produção ou circulação de bens ou de serviços) não desnatura a empresa nem desqualifica a pessoa para ser empresário. Desse modo, se a atividade intelectual for incorporada aos demais elementos da empresa, a pessoa que a exerce não perde a condição de empresário nem a organização o status de empresa. 
Para as pessoas naturais, a ausência da condição de empresário não traz maiores implicações, a não ser a vinculação ao regime da insolvência civil em vez do regime da 
falência. Para as pessoas jurídicas, no entanto, a lei reservou a denominação “sociedade empresária”, para aquelas que exercem atividade própria de empresário e a expressão “sociedade simples” para as entidades que não preenchem os requisitos exigidos para a caracterização da figura do empresário. 
 Pessoa jurídica 
São entidades as quais a lei empresta personalidade jurídica própria, distinta da de seus sócios, capacitando-as, para assumir direitos e obrigações na vida civil. A sua natureza jurídica, segundo a doutrina tradicional, assim se classifica: 
- Ficção legal ou doutrinária (Savigny): criação artificial da lei ou da doutrina. 
- Realidade Técnica (Ihering) Forma encontrada pelo direito para reconhecer a existência de grupos que se unem na busca de fins determinados. 
O nosso ordenamento jurídico reconhece a existência de pessoas jurídicas de direito público e de direito privado. 
OBS:ENTES DESPERSONALIZADOS (ARTIGO 12 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL): MASSA FALIDA, ESPÓLIO, HERANÇA JACENTE, HERANÇA VACANTE, SOCIEDADE IRREGULAR E O CONDOMÍNIO EDILÍCIO.
Sociedades 
As sociedades se formam pela manifestação da vontade de duas ou mais pessoas, que se propõem através de um contrato a unir esforços e recursos para a consecução de uma atividade econômica e a partilha entre si dos resultados. O art. 981 do Código Civil aderiu à teoria contratualista ao dizer: “celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados”. Logo se vê que a única categoria de pessoa jurídica que está autorizada a perseguir atividade econômica é a sociedade. 
Pressupostos de uma sociedade (de existência, de validade e de regularidade)
Os pressupostos da sociedade são os aspectos que fundamentam a sua existência, validade e regularidade de atuação e se identificam através dos diversos caracteres. Pressupostos de existência.
Para a existência de uma sociedade é preciso que concorram (i) a affectio societatis e (ii) a pluralidade de sócios. Affectio societatis é a vontade firme de os sócios unirem-se, por comungarem de idênticos interesses, manterem-se coesos, motivados por propósitos comuns, e colaborarem, de forma consciente, na consecução do objeto social da sociedade.
Já a pluralidade de sócios demanda a presença de ao menos duas pessoas, físicas ou jurídicas para a formação do contrato social. Vale ressaltar que o direito brasileiro não admite a sociedade originariamente unipessoal, salvo a hipótese da subsidiária integral prevista no art. 251 da Lei 6.404/76. 
A unipessoalidade é admitida de maneira superveniente por prazo certo de 180 (cento e oitenta) dias, conforme dispõe o art. 1.033, IV do CC ou pelo prazo de 1 (um) ano nas sociedades anônimas, na forma do art. 206, I, d da Lei 6.404/76. Assim, em caso de remanescer apenas um sócio na sociedade, seja por qual motivo for, este terá os prazos acima mencionados para restabelecer a pluralidade de sócios,sob pena de dissolução de pleno direito da sociedade. 
Pressupostos de validade (capital social e participação) 
Como requisitos de validade decorrentes da natureza das sociedades, encontramos a contribuição dos sócios para a constituição do capital (art. 981 do CC) e a participação nos resultados (art.1.008 do NCC). 
O capital social 
O capital da sociedade, o qual consta no contrato, é a cifra correspondente ao valor dos bens que os sócios transferiram ou se obrigaram a transferir à sociedade. O capital social é regido por dois princípios básicos: o princípio da realidade que prescreve ser necessário a correta atribuição de valores aos bens que forem transferidos à sociedade a titulo de integralização do capital, e o princípio da intangibilidade que inibe qualquer distribuição de valores que não se apóie em um excesso patrimonial frente ao capital constituído, uma vez que este é a garantia dos credores. O capital social pode ser formado com contribuições em dinheiro ou em qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro
Por expressa determinação do §2º do art . 1.055 do CC, a sociedade limitada não admite a constituição do capital social com serviços, nem tampouco com bens ou direitos indissociáveis do patrimônio de seu titular, uma vez que a lei não admite o sócio de trabalho ou de indústria. 
Por ser o capital dividido em quotas, a sua realização é feita através da subscrição ou da integralização. A mera subscrição significa que o sócio apenas se comprometeu a aportar recursos ou bens em um momento futuro, na forma e no prazo previstos no contrato. A integralização da quota revela o pagamento do preço ou a efetiva transferência dos bens ou direitos à sociedade, investindo o subscritor na qualidade de sócio cotista. 
A participação nos resultados 
O último requisito de validade das sociedades é a distribuição dos resultados. O Código Civil no art. 1008, fulmina de nulidade a cláusula contratual que exclui qualquer dos sócios de participar das perdas ou dos lucros. A distribuição dos resultados deve ser proporcional à participação de cada sócio na composição do capital, mas nada obsta que, por disposição contratual expressa, os sócios estabeleçam a participação igualitária nos lucros e nas perdas (art.1.007 CC). Vale lembrar que a cláusula que exclui qualquer sócio da participação nos lucros é reputada leonina, posto que estabelece uma vantagem exagerada para contratantes, em prejuízo para o excluído, daí exsurge a negativa legal de sua validade (Art. 1.008 CC). 
Pressupostos de regularidade.
Tal como qualquer negócio jurídico, o contrato de sociedade deve atender aos requisitos contidos no art. 104 do CC (agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou determinável; e, forma prescrita ou não defesa em lei). Contudo, o contrato social deve ainda afastar de qualquer restrição os direitos e obrigações dos sócios, expressamente contidas na lei. 
Principais características da sociedade empresária 
a) Constitui-se por contrato ou estatuto; 
b) Nasce com o registro do contrato no Registro geral das empresas mercantis a cargo das Juntas Comerciais; 
c) Tem por nome uma firma ou denominação; 
d) Extingue-se pela dissolução, por expirado o prazo de duração, por iniciativa dos sócios ou por ato de autoridade; 
e) É uma pessoa jurídica distinta de seus sócios; 
f) Tem vida, direitos, patrimônio e obrigações próprios; 
g) É representada por Administrador indicado no contrato ou em ato em separado; 
h) Pode modificar a sua estrutura, por alteração do quadro social ou mudança de objeto; 
i) Será nacional se a sociedade for organizada de acordo com as leis brasileiras e que tenha no país a sede da sua administração ( art . 1.126 CC); 
As sociedades empresárias devem se constituir segundo um dos tipos previstos nos artigos 1.039 a 1.092, nestes são encontrados diversos tipos societários: 
1) Sociedade em nome coletivo (N/C) – art. 1.039; 
2) Sociedade em comandita simples (C/S) -1.045; 
3) Sociedade limitada (LTDA) – 1.052; 
4) Sociedade anônima (S/A) – 1.088; e, 
5) Sociedade comandita por ações (C/A) – 1.090. 
Sociedade simples (não empresárias) 
O conceito de sociedade simples se dá por exclusão, todas as sociedades que não forem empresárias serão simples, incluindo-se aí as cooperativas por expressa determinação legal. As sociedades simples exploram atividades profissionais ou técnicas (art. 997 CC) e podem adotar os tipos societários previstos para as sociedades empresárias (Art .983 CC). 
Cooperativas 
As cooperativas são sociedades sem objetivo de lucro, constituídas em benefício dos associados, podendo operar em qualquer ramo de atividade. Regulam-se pela Lei 5.764 de 1971 e são sempre consideradas como sociedades simples, qualquer que seja o seu objeto (Art. 982, p. único do CC) 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
O estabelecimento empresarial vem a ser o complexo de bens, corpóreos e incorpóreos, organizados pelo empresário ou pela sociedade empresária para o exercício da empresa (art. 1.142 do CC/02) . Por ser um conjunto de bens à serviço do empresário para o exercício da empresa o estabelecimento empresarial faz parte do patrimônio do empresário, ao lado do capital investido e dos resultados auferidos ao longo do tempo. O estabelecimento empresarial é caracterizado por ser uma universalidade de fato, ou seja, “a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária”, na forma do art. 90 do CC/02. 
Também integram o estabelecimento empresarial o nome empresarial e os seus acessórios tais como as insígnias, os sinais de propaganda, o título do estabelecimento, o nome fantasia e ponto comercial. 
O ponto comercial tem tamanha relevância para o empresário que o ordenamento jurídico o protege através do mecanismo da renovação compulsória dos contratos de locação não residenciais previsto no art. 51 da Lei 8.245/91.Este complexo de bens pode ser verificado em apenas um local ou em diversas 
localidades, o que resulta em uma relação de subordinação entre os diversos elementos 
do estabelecimento empresarial. 
Estabelecimento principal, sede, filial, agência e sucursal 
O estabelecimento principal é aquele que abriga a administração da empresa, é neste que está o centro de negócios do empresário e da sociedade empresária e se encontra a escrituração do empresário. Assume especial relevância na medida em que o local onde se situa o estabelecimento principal estabelecer á a competência do juízo falimentar (art. 3º da Lei 11.101/05). 
Note-se que a sede da empresa é o domicílio eleito pelo empresário na inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis. Em alguns casos pode não haver coincidência entre o local da sede e o lugar do estabelecimento empresarial, mas, na grande maioria dos casos, confundem-se em um só lugar a sede e o estabelecimento empresarial. 
As filiais, sucursais e agências são estabelecimentos secundários que se relacionam com o estabelecimento principal através da subordinação hierárquica. As filiais são estabelecimentos acessórios totalmente vinculados ao principal, nelas não há autonomia e os prepostos atuam sobre as ordens diretas do empresário. As agências são estabelecimentos que detém autonomia no desenvolvimento da atividade-meio da empresa, mas não há a possibilidade de uma atuação autônoma em relação à atividade-
fim. As sucursais são estabelecimentos secundários, cujo gerente tem certa autonomia nas atividades-fim da empresa, sempre atua sobre as instruções da matriz, mas há 
a possibilidade de celebrar negócios autônomos. Tais conceitos, por vezes, não têm limites precisos, hoje em dia, haja vista as corporações chamadas virtuais, as coligadas, as controladas, enfim, um sem-número de relações societárias, diretas ou indiretas, digamos assim, que permeiam o ambiente negocial. 
NOME EMPRESARIAL 
Nome empresarial é o elemento de identificação do empresário, sejaele individual ou coletivo. 
 Princípios informadores do nome empresarial (novidade e veracidade)
Os princípios informadores do nome empresarial são encontrados no art. 34 da 
lei 8934/94: (i) Princípio veracidade ou da autenticidade; e, (ii) Principio da novidade. 
O princípio da novidade significa que o nome deve ser novo, ou seja, ele não pode ser igual ou semelhante a um nome já existente. Não pode haver homônimos ou homófonos entre empresários, porque a confusão entre nomes empresariais pode dar ensejo a desvios de clientela e também a prejuízos ao crédito. 
A anterioridade do registro confere exclusividade (art. 33 da lei 8934/94 e 1.166 do CC) ao nome empresarial, logo, o princípio da novidade se verifica em relação aos demais nomes empresariais registrados na Junta Comercial.
O princípio da veracidade indica que o nome empresarial deve corresponder invariavelmente à pessoa do empresário individual ou dos sócios que compõem a sociedade empresária. Existem vários sistemas de verificação do princípio da veracidade no direito comparado, mas o Brasil adotou um sistema próprio que prima pela autenticidade. Cumpre-nos ressaltar que o princípio da veracidade/autenticidade aplica-se diretamente à formação das firmas individuais e coletivas. 
O Art. 1.155 do CC, diz que se considera nome empresarial a firma ou a denominação adotada para o exercício da empresa. 
NOME EMPRESARIAL
www.jucesc.sc.gov.br/arq/download/faqpdf/nomeempresarial.pdf 
• O que é denominação social, razão social, firma social e nome empresarial?
NOME EMPRESARIAL = DENOMINAÇÃO SOCIAL E FIRMA SOCIAL.
DENOMINAÇÃO SOCIAL é diferente de FIRMA SOCIAL
Razão social: com o advento do novo código civil, não se utiliza mais esta expressão. Hoje chama-se de firma social.
• Como se deve formar uma denominação social?
A denominação social deve ser composta por expressão indicativa de seu objeto social, de modo específico, não se admitindo expressões genéricas isoladas, tais como: comércio, indústria, serviços. Havendo mais de uma atividade, poderão ser escolhidas uma ou mais dentre elas. Ver IN 98, item 1.2.15, p. 15.
Pelas razões acima é que não estará correto a formação da denominação das seguintes formas: Justo Comércio LTDA ou Justo Indústria LTDA ou Justo Serviços LTDA Sempre que formos utilizar as expressões comércio, indústria ou serviços, elas deverão estar acompanhadas da descrição "de que". O correto então seria: Justo Comércio de Alimentos LTDA ou Justo Indústria de Papel LTDA ou Justo Serviços Médicos LTDA. Além disso deve-se observar que, em respeito ao princípio da veracidade, se no nome empresarial constar a atividade de bar, na cláusula do objeto social também deve constar de forma expressa "bar". A regra básica seria "nem tudo que está no objeto precisa estar no nome, mas tudo que está no nome precisa estar no objeto".
Outros exemplos de formação correta da denominação social:
- Justo Comércio de Confecções LTDA; - Justo Confecções LTDA; - Indústria de Alimentos Leila LTDA; Flores Verdes Floricultura LTDA; - Carro Rápido Transportes Limitada; - Justo Comércio e Transportes LTDA.
• Como se deve formar uma firma social?
A firma social é formada pelo nome de um ou mais sócios, admitindo-se o uso da expressão "& Cia" quando for o caso. Ela também deve atender ao princípio da veracidade. Vejamos alguns exemplos:
a) José Carlos da Silva & Cia. Ltda. (quando um dos sócios é o José Carlos da Silva e há outros sócios);
b) Silva & Silva Ltda. (quando os dois sócios tem o sobrenome Silva)
c) Irmãos Silva Ltda. (quando os sócios são irmãos)
d) J. C da Silva & Filhos LTDA (quando a sociedade é formada somente por pai e filhos, neste caso sendo, José Carlos da Silva o pai e os demais, filhos).
• Uma empresa tem 2 sócios: um chama-se José da Silva Pereira e o outro chama-se Carlos Eduardo Valente. Quais as possibilidades de formação de firma social que pode ser adotada?- Resposta: Eis os exemplos de firma social que podem ser adotados:
a) José da Silva Pereira & Cia LTDA.
b) J. da Silva Pereira & Cia LTDA.
c) Carlos Eduardo Valente & Cia LTDA.
d) C. E. Valente & Cia LTDA.
e) Silva Pereira & Valente LTDA.
• Pode-se usar a expressão Limitada de forma abreviada?
Resposta: Pode-se usar Ltda. (abreviado) ou Limitada (por extenso), mas a mudança desta escolha em ato posterior implica em alteração de nome empresarial, uma vez que o artigo 1.158 do Código Civil/2002 dá à empresa a opção de utilizar de uma forma ou de outra.
• Pode-se abreviar expressões como: Ind. E Com.?
Resposta: Não, pois não atenderia ao disposto no artigo 1.158 § 2° da Lei 10406/2002. Mesmo em alterações contratuais, não se admite a utilização do nome empresarial de forma abreviada. A utilização no contrato primitivo da expressão abreviada e na alteração por extenso, implica em alteração do nome empresarial.
• Com o advento da Lei Complementar 123/06, como ficam as regras para o uso e formação do nome empresarial?
Resposta: De fato houve uma única alteração: a de que as empresas que se enquadrarem como ME ou EPP não precisarão mais informar o objeto no nome empresarial.
Todavia, se informarem, continua valendo, além do princípio da novidade (não pode ter nome igual), o princípio da veracidade, ou seja, "nem tudo que está no objeto precisa estar no nome, mas tudo que está no nome precisa estar no objeto". Ou seja, todas as demais regras continuam sendo aplicadas, com exceção a do artigo 1.158, parágrafo 2º da Lei 10.406/2002.
NOME EMPRESARIAL "FONTE: SITE SEBRAE-SP".
Cláudio Roberto Vallim. Consultor - Sebrae-SP. Março de 2008 
Nome empresarial é a firma ou a denominação adotada, para o exercício de empresa, segundo o Código Civil(1). O Departamento Nacional de Registro do Comércio(2) ao tratar da matéria esclarece que nome empresarial é aquele sob o qual o empresário e a sociedade empresária exercem suas atividades e se obriga nos atos a elas pertinentes, e compreende a firma e a denominação. Sendo que Firma é o nome empresarial utilizado pelo empresário(3) e, facultativamente, pela sociedade limitada; a sociedade anônima e cooperativa utilizar-se-á da Denominação e opcionalmente pela sociedade limitada, e atenderá aos princípios da veracidade e da novidade e identificará, quando houver exigência legal, o tipo jurídico da sociedade, não pode conter palavras ou expressões que sejam atentatórias à moral e aos bons costumes.
Em relação ao princípio da veracidade:
I) o empresário adotará como firma seu próprio nome, aditando, se quiser ou quando já existir nome empresarial idêntico, designação mais precisa de sua pessoa ou de sua atividade;
II) a firma da sociedade limitada, se não individualizar todos os sócios, conterá o nome de pelo menos um deles, acrescido do aditivo "e companhia" e da palavra "limitada"(4) , por extenso ou abreviado;
III) a denominação é formada com palavras de uso comum ou vulgar na língua nacional ou estrangeira e/ou com expressões de fantasia, indicando o objeto da sociedade, na sociedade limitada, será seguida da palavra "limitada"(5) , por extenso ou abreviada.
Cumpre destacar que a firma observará:
a) o nome do empresário figurará de forma completa, podendo ser abreviados os prenomes;
b) os nomes dos sócios poderão figurar de forma completa ou abreviada, admitida a supressão de prenomes;
c) o aditivo "e companhia" ou "ª Cia." poderá ser substituído por expressão equivalente, tal como "e filhos" ou "e irmãos", dentre outras.
Quanto ao princípio da novidade, não se admite na mesma unidade federativa dois nomes idênticos ou semelhantes, a firma ou denominação idêntica ou semelhante à de outra empresa já registrada será modificada ou acrescida de designação que a distinga, admite-se o uso da expressão de fantasia incomum, desde que expressamente autorizada pelos sócios da sociedade anteriormente registrada.
Os nomes empresariais que incluam ou reproduzam, em sua composição, siglas ou denominações de órgãos públicosda administração direta ou indireta e de organismos nacionais e internacionais não são registráveis, bem como não poderão conter palavras ou expressões que denotem atividade não prevista no objeto da sociedade.
Para fins de proteção não são exclusivas, palavras ou expressões que denotem:
a) denominações genéricas de atividades;
b) gênero, espécie, natureza, lugar ou procedência;
c) termos técnicos, científicos, literários e artísticos do vernáculo nacional ou estrangeiro, e quaisquer outros de uso comum ou vulgar;
d) nomes civis. Não são suscetíveis de exclusividade letras ou conjunto de letras, desde que não configurem siglas.
Havendo modificação do nome civil de empresário, averbada no competente Registro Civil das Pessoas Naturais, arquivar-se-á a alteração com a nova qualificação, modificando-se o nome empresarial. Se a designação diferenciadora se referir à atividade, havendo mudança, deverá ser registrada a alteração da firma.
Também importa esclarecer que no caso de transferência de sede ou de abertura de filial de empresa com sede em outra unidade federativa, havendo identidade ou semelhança entre nomes empresariais, a Junta Comercial não procederá ao arquivamento do ato, salvo se:
I - na transferência de sede a empresa arquivar na Junta Comercial da unidade federativa de destino, concomitantemente, ato de modificação de seu nome empresarial;
II - na abertura de filial arquivar, concomitantemente, alteração de mudança do nome empresarial, arquivada na Junta Comercial da unidade federativa onde estiver localizada a sede.
A proteção ao nome empresarial decorre, automaticamente, do ato de inscrição de empresário ou do arquivamento de ato constitutivo de sociedade empresária, bem como de sua alteração nesse sentido, e circunscreve-se à unidade federativa de jurisdição da Junta Comercial que o tiver procedido. A proteção na jurisdição de outra Junta Comercial decorre, automaticamente, da abertura de filial nela registrada ou do arquivamento de pedido específico, instruído com certidão da Junta Comercial da unidade federativa onde se localiza a sede da sociedade interessada. Uma vez arquivado o pedido de proteção ao nome empresarial, deverá ser expedida comunicação do fato à Junta Comercial da unidade federativa onde estiver localizada a sede da empresa.
Em 14 de dezembro de 2006, foi sancionada a Lei Complementar nº 123 que estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, especialmente no que se refere:
I - à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive obrigações acessórias;
II - ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive obrigações acessórias;
III - ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão. Destaque-se que esta lei visa a atender as disposições contidas nos artigos 170, IX; 179 e 146, III, d, da Constituição Federal de 1988.
Consideram-se microempresas (ME) ou empresas de pequeno porte (EPP) a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o artigo 966 da Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:
I - no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00;
II - no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00, para fins do disposto considera-se receita bruta, o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
A Lei Complementar em questão menciona que as microempresas e as empresas de pequeno porte, nos termos da legislação civil, acrescentarão à sua firma ou denominação as expressões "Microempresa" ou "Empresa de Pequeno Porte", ou suas respectivas abreviações, "ME" ou "EPP", conforme o caso, sendo facultativa a inclusão do objeto da sociedade. 
Em observância a este comando legal, o Departamento Nacional do Registro do Comércio - DNRC, esclarece que para as sociedades enquadradas como microempresa ou empresa de pequeno porte, inclusive quando o enquadramento se der juntamente com a constituição, é facultativa a inclusão do objeto da sociedade, porém, ocorrendo o desenquadramento da sociedade da condição de microempresa ou empresa de pequeno porte, é obrigatória a inclusão do objeto da sociedade empresária no nome empresarial, mediante arquivamento da correspondente alteração contratual.
Ressalte-se que o enquadramento do empresário ou da sociedade simples ou empresária como microempresa ou empresa de pequeno porte, bem como o seu desenquadramento não implicará em alteração, denúncia ou qualquer restrição em relação a contratos por elas anteriormente firmados.
É importante também mencionar que o Código Civil de 2002(7) dispõe que o nome empresarial não pode ser objeto de alienação e que o adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor.
Referências feitas pelo autor:
FUNDAMENTO LEGAL (NOME EMPRESARIAL) 
Código Civil/2002  
Instrução Normativa DNRC nº 104/2007  
Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006
(1) Lei nº 10.406 de 2002 (Código Civil) 
Art. 1.155. Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adotada, de conformidade com este Capítulo, para o exercício de empresa. 
Parágrafo único. Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da proteção da lei, a denominação das sociedades simples, associações e fundações.
(2) Instrução Normativa DNRC nº 104/2007
(3) Lei nº 10.406 de 2002 (Código Civil) 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
(4) Lei nº 10.406 de 2002 (Código Civil) 
Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura. 
§ 1o A firma será composta com o nome de um ou mais sócios, desde que pessoas físicas, de modo indicativo da relação social. 
§ 2o A denominação deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela figurar o nome de um ou mais sócios. 
§ 3o A omissão da palavra "limitada" determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade.
(5) Vide nota 4
(6) Vide nota 3
(7) Lei nº 10.406 de 2002 (Código Civil) 
Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. 
Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor.
 
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 104, 30 DE ABRIL DE 2007 DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE REGISTRO DO COMÉRCIO - DNRC
DISPÕE SOBRE A FORMAÇÃO DE NOME EMPRESARIAL, SUA PROTEÇÃO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
Art. 1º Nome empresarial é aquele sob o qual o empresário e a sociedade empresária exercem suas atividades e se obrigam nos atos a elas pertinentes. 
Parágrafoúnico. O nome empresarial compreende a firma e a denominação. 
 Art. 2º Firma é o nome utilizado pelo empresário, pela sociedade em que houver sócio de responsabilidade ilimitada e, de forma facultativa, pela sociedade limitada. 
 Art. 3º Denominação é o nome utilizado pela sociedade anônima e cooperativa e, em caráter opcional, pela sociedade limitada e em comandita por ações. 
 Art. 4º O nome empresarial atenderá aos princípios da veracidade e da novidade e identificará, quando assim exigir a lei, o tipo jurídico da sociedade. 
 Parágrafo único. O nome empresarial não poderá conter palavras ou expressões que sejam atentatórias à moral e aos bons costumes. 
 Art. 5º Observado o princípio da veracidade: 
 I - o empresário só poderá adotar como firma o seu próprio nome, aditando, se quiser ou quando já existir nome empresarial idêntico, designação mais precisa de sua pessoa ou de sua atividade; 
 II - a firma: 
a) da sociedade em nome coletivo, se não individualizar todos os sócios, deverá conter o nome de pelo menos um deles, acrescido do aditivo “e companhia”, por extenso ou abreviado; 
 b) da sociedade em comandita simples deverá conter o nome de pelo menos um dos sócios comanditados, com o aditivo “e companhia”, por extenso ou abreviado; 
 c) da sociedade em comandita por ações só poderá conter o nome de um ou mais sócios diretores ou gerentes, com o aditivo “e companhia”, por extenso ou abreviado, acrescida da expressão “comandita por ações”, por extenso ou abreviada; 
 d) da sociedade limitada, se não individualizar todos os sócios, deverá conter o nome de pelo menos um deles, acrescido do aditivo “e companhia” e da palavra “limitada”, por extenso ou abreviados; 
 III - a denominação é formada com palavras de uso comum ou vulgar na língua nacional ou estrangeira e ou com expressões de fantasia, com a indicação do objeto da sociedade, sendo que: 
 a) na sociedade limitada, deverá ser seguida da palavra “limitada”, por extenso ou abreviada; 
 b) na sociedade anônima, deverá ser acompanhada da expressão “companhia” ou “sociedade anônima”, por extenso ou abreviada, vedada a utilização da primeira ao final; 
 c) na sociedade em comandita por ações, deverá ser seguida da expressão “em comandita por ações”, por extenso ou abreviada; 
 d) para as sociedades enquadradas como microempresa ou empresa de pequeno porte, inclusive quando o enquadramento se der juntamente com a constituição, é facultativa a inclusão do objeto da sociedade; 
 e) ocorrendo o desenquadramento da sociedade da condição de microempresa ou empresa de pequeno porte, é obrigatória a inclusão do objeto da sociedade empresária no nome empresarial, mediante arquivamento da correspondente alteração contratual. 
 § 1º Na firma, observar-se-á, ainda: 
 a) o nome do empresário deverá figurar de forma completa, podendo ser abreviados os prenomes; 
 b) os nomes dos sócios poderão figurar de forma completa ou abreviada, admitida a supressão de prenomes; 
 c) o aditivo “e companhia” ou “& Cia.” poderá ser substituído por expressão equivalente, tal como “e filhos” ou “e irmãos”, dentre outras. 
 § 2º O nome empresarial não poderá conter palavras ou expressões que denotem atividade não prevista no objeto da sociedade. 
Art. 6º Observado o princípio da novidade, não poderão coexistir, na mesma unidade federativa, dois nomes empresariais idênticos ou semelhantes. 
 § 1º Se a firma ou denominação for idêntica ou semelhante a de outra empresa já registrada, deverá ser modificada ou acrescida de designação que a distinga. 
 § 2º Será admitido o uso da expressão de fantasia incomum, desde que expressamente autorizada pelos sócios da sociedade anteriormente registrada. 
 Art. 7° Não são registráveis os nomes empresariais que incluam ou reproduzam, em sua composição, siglas ou denominações de órgãos públicos da administração direta ou indireta e de organismos nacionais e internacionais. 
 Art. 8º Ficam estabelecidos os seguintes critérios para a análise de identidade e semelhança dos nomes empresariais, pelos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis - SINREM: 
 I - entre firmas, consideram-se os nomes por inteiro, havendo identidade se homógrafos e semelhança se homófonos; 
 II - entre denominações: 
 a) consideram-se os nomes por inteiro, quando compostos por expressões comuns, de fantasia, de uso generalizado ou vulgar, ocorrendo identidade se homógrafos e semelhança se homófonos; 
 b) quando contiverem expressões de fantasia incomuns, serão elas analisadas 
isoladamente, ocorrendo identidade se homógrafas e semelhança se homófonas. 
 
Art. 9º Não são exclusivas, para fins de proteção, palavras ou expressões que denotem: 
 a) denominações genéricas de atividades; 
 b) gênero, espécie, natureza, lugar ou procedência; 
 c) termos técnicos, científicos, literários e artísticos do vernáculo nacional ou estrangeiro, assim como quaisquer outros de uso comum ou vulgar; 
d) nomes civis. 
 Parágrafo único. Não são suscetíveis de exclusividade letras ou conjunto de letras, desde que não configurem siglas. 
Art. 10. No caso de transferência de sede ou de abertura de filial de empresa com sede em outra unidade federativa, havendo identidade ou semelhança entre nomes empresariais, a Junta Comercial não procederá ao arquivamento do ato, salvo se: 
I - na transferência de sede a empresa arquivar na Junta Comercial da unidade federativa de destino, concomitantemente, ato de modificação de seu nome empresarial; 
II - na abertura de filial arquivar, concomitantemente, alteração de mudança do nome empresarial, arquivada na Junta Comercial da unidade federativa onde estiver localizada a sede. 
 Art. 11. A proteção ao nome empresarial decorre, automaticamente, do ato de inscrição de empresário ou do arquivamento de ato constitutivo de sociedade empresária, bem como de sua alteração nesse sentido, e circunscreve-se à unidade federativa de jurisdição da Junta Comercial que o tiver procedido. 
 § 1º A proteção ao nome empresarial na jurisdição de outra Junta Comercial decorre, automaticamente, da abertura de filial nela registrada ou do arquivamento de pedido específico, instruído com certidão da Junta Comercial da unidade federativa onde se localiza a sede da sociedade interessada. 
 § 2º Arquivado o pedido de proteção ao nome empresarial, deverá ser expedida comunicação do fato à Junta Comercial da unidade federativa onde estiver localizada a sede da empresa. 
Art. 12. O empresário poderá modificar a sua firma, devendo ser observadas em sua composição, as regras desta Instrução. 
 § 1º Havendo modificação do nome civil de empresário, averbada no competente Registro 
Civil das Pessoas Naturais, deverá ser arquivada alteração com a nova qualificação do empresário, devendo ser, também, modificado o nome empresarial. 
 § 2º Se a designação diferenciadora se referir à atividade, havendo mudança, deverá ser registrada a alteração da firma. 
 Art. 13. A expressão “grupo” é de uso exclusivo dos grupos de sociedades organizados, mediante convenção, na forma da Lei das Sociedades Anônimas. 
 Parágrafo único. Após o arquivamento da convenção do grupo, a sociedade de comando e as filiadas deverão acrescentar aos seus nomes a designação do grupo. 
 Art. 14. As microempresas e empresas de pequeno porte acrescentarão à sua firma ou denominação as expressões “Microempresa” ou “Empresa de Pequeno Porte”, ou suas respectivas 
abreviações, “ME” ou “EPP”. 
Art. 15. Aos nomes das Empresas Binacionais Brasileiro-Argentinas deverão ser aditadas “Empresa Binacional Brasileiro-Argentinas”, “EBBA” ou “EBAB” e as sociedades estrangeiras autorizadas a funcionar no Brasil poderão acrescentar os termos “do Brasil” ou “para o Brasil” aos seus nomes de origem. 
 Art. 16. Ao final dos nomes dos empresários e das sociedades empresárias que estiverem em processo de liquidação,após a anotação no Registro de Empresas, deverá ser aditado o termo “em liquidação”. 
Art. 17. Nos casos de recuperação judicial, após a anotação no Registro de Empresas, o empresário e a sociedade empresária deverão acrescentar após o seu nome empresarial a expressão “em recuperação judicial”, que será excluída após comunicação judicial sobre a sua recuperação. 
 Art. 18. Esta Instrução entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 19. Fica revogada a Instrução Normativa N° 99, de 21 de dezembro de 2005. Publicada no D.O.U de 22/5/2007
______________________________________________________________________
 (ARTIGO) SOCIEDADE EM NOME COLETIVO
(José Gabriel Assis de Almeida: Doutor em Direito pela Universidade de Paris II. Sócio de Siqueira Castro – Advogados. Professor da Uni-Rio e da Univ. Candido Mendes)
O novo Código Civil têm inúmeros detratores e críticos. E certamente que o novo Código Civil tem inúmeros defeitos, principalmente na parte relativa ao Direito de Empresa. No entanto, uma leitura atenta do texto legal, também apelidado de “Constituição do Cidadão Comum” revela que o NCC tem também diversas agradáveis surpresas. 
Uma delas diz respeito à sociedade em nome coletivo. Este tipo societário ficou um esquecido com o advento das sociedades por quotas, de responsabilidade limitada (agora denominadas, pelo NCC, de sociedades limitadas). Com efeito, a sociedade por quotas, de responsabilidade limitada, apresentava uma enorme vantagem em comparação com a sociedade em nome coletivo: A limitação da responsabilidade dos sócios, perante terceiros, em razão das dívidas da sociedade. 
Na sociedade em nome coletivo, os sócios respondiam pessoalmente, de forma ilimitada e subsidiária, pelas dívidas contraídas pela sociedade perante terceiros. Já nas sociedades por quotas, de responsabilidade limitada, os sócios somente respondiam, perante terceiros, pelas dívidas da sociedade, até ao montante total do capital social, ainda que essa responsabilidade fosse solidária. Assim, uma vez integralizada a totalidade do capital social, dos sócios nada mais poderia ser exigido.
No entanto, as sociedades em nome coletivo continuaram a ser constituídas. Tanto assim é que as estatísticas do DNRC Departamento Nacional de Registro de Comércio indicam que no período entre 1985 e 2001 foram constituídas, no Brasil, 3.500 sociedades de tipo em nome coletivo, em comandita e de capital e indústria. A maior utilidade das sociedades em nome coletivo, nesse período, era o aproveitamento de benefícios fiscais. Com efeito, os lucros apurados por sociedades em nome coletivo brasileiras e distribuídos aos sócios domiciliados em certos Países, eram considerados – pela legislação desses Países – como rendimentos não sujeitos a tributação. 
Desta forma, por exemplo, durante muitos anos a Gillete do Brasil adotou a forma de sociedade em nome coletivo.
Ocorre que o NCC conferiu uma nova vantagem – e das mais importantes – à sociedade em nome coletivo. Com efeito, determina o art. 1.043 que: “O credor particular de sócio não pode, antes de dissolver-se a sociedade, pretender a liquidação da quota do devedor.” Isto significa que as quotas do sócio de uma sociedade em nome coletivo não podem ser penhoradas, pelos credores desse sócio, em virtude de dívidas pessoais contraídas por esse sócio. Os credores particulares do sócio serão obrigados a aguardar a dissolução e liquidação da sociedade em nome coletivo para só então penhorarem a parte dos haveres sociais que for atribuída ao sócio da referida sociedade em nome coletivo. 
Este dispositivo cria um interessante e importante instrumento para a preservação do patrimônio. Com efeito, antes de se lançar num negócio, o empreendedor poderá constituir uma sociedade em nome coletivo. Como integralização do capital social dessa sociedade em nome coletivo, o empreendedor transferirá à sociedade em nome coletivo o seu patrimônio pessoal, reservando a parte que irá investir no empreendimento. 
Após regularmente constituída a sociedade em nome coletivo, e transferido o patrimônio pessoal, o empreendedor constituirá então uma outra sociedade, provavelmente uma sociedade limitada, para a realização do empreendimento. Nesta sociedade limitada, o empreendedor investirá a parte do seu patrimônio pessoal destinada ao empreendimento. 
Se os negócios da sociedade limitada correrem desfavoravelmente, e esta vir a falir, os credores dessa sociedade, após esgotado o patrimônio da sociedade limitada, certamente tentarão, via desconsideração da personalidade jurídica ou outro instrumento de efeito equivalente, penhorar os bens pessoais dos sócios da sociedade limitada. No entanto, esses bens do empreendedor consistirão apenas numa quota da sociedade em nome coletivo. Quota essa que, por força do art. 1.042 do NCC é impenhorável. 
Assim, nada mais restará aos credores do sócio em questão do que aguardar uma eventual dissolução e liquidação dessa sociedade em nome coletivo. Portanto, os bens pessoais do empreendedor estarão protegidos, sob a titularidade da sociedade em nome coletivo, da qual o empreendedor é sócio e, por sua vez, titular de uma quota. 
Com este dispositivo, o NCC resolveu um conflito de interesses. Por um lado, o interesse dos demais sócios e da própria sociedade em serem preservados da intervenção dos terceiros, credores particular de um sócio. Por outro lado, o interesse dos credores particulares do sócio em receber o seu crédito.
 A solução do NCC foi em favor do interesse dos demais sócios e da própria sociedade. Esta regra, impõe, assim, um maior rigor aos credores, que deverão verificar, antes de conceder o crédito, qual (quais) a(s) participações societárias do devedor. 
CONTRATO SOCIAL: SOCIEDADE EM NOME COLETIVO 
(http://www.dji.com.br/contratos_modelos/contrato_social_sociedade_em_nome_coletivo.htm)
Os abaixo assinados, W.V e C.C. (qualificação, etc.), pelo presente instrumentos particular têm justo e contratado, entre si, a organização de uma sociedade solidária ou em nome coletivo, para a exploração do comércio de __, a varejo, a qual se regulará pelas cláusulas seguintes e, nos casos omissos, segundo os princípios e regras das leis comerciais vigentes: 
Cláusula 1ª - A sede do estabelecimento da Sociedade que adota a forma solidária ou em nome coletivo, será à Rua __, nº __, nesta cidade, com filiais, para a exploração do comércio varejista de __, sendo sócios solidáriós W.V. M.C. e C.C. 
 Cláusula 2ª - A Sociedade girará sob a razão social de W.V. & Companhia e dela poderão usar todos os sócios, que exercerão, em igualdade de condições, a gerência do estabelecimento e das filiais que se vierem a criar. 
 Cláusula 3ª - O prazo da Sociedade será indeterminado (ou: será de anos, contados da data do presente contrato e, terminado o prazo; não acordando os sócios na sua continuação, deverá ser a mesma liquida nos termos das leis vigentes). 
 Cláusula 4ª - O capital social de R$ __ (por extenso), divididos em partes iguais para cada um, que entram desde logo em moeda corrente (ou: entrando os sócios W.V. e M.C. com R$ __, (por extenso) cada um, obrigando-se o sócio C.C. a entrar com a parte que lhe toca, no prazo máximo de __). Este capital poderá ser aumentado em qualquer tempo, segundo deliberação dos sócios e necessidade da Sociedade, podendo mesmo, para tanto, serem admitidos novos sócios. 
 Cláusula 5ª - Cada sócio retirará mensalmente, pró-labore, a importância de R$ __, (por extenso), que será levado a débito de despesas gerais, levando-se o excedente à remuneração aqui fixada a débito da conta-corrente particular do sócio, para encontro de contas com os lucros que lhe couberem em balanço. 
 Cláusula 6ª - Anualmente, aos __, dias do mês de __, de cada ano, proceder-se-á ao balanço geral do estabelecimento, sendo os lucros líquidos verificados distribuídos entre os sócios, na proporção do capital de cada um. 
 Cláusula 7ª - O caso de falecimento de um dos sócios não dissolve a Sociedade, que continuará com os sóciosremanescentes, sendo os herdeiros do sócio falecido pagos de seu capital e lucros, segundo a respectiva apuração de haveres e pela maneira seguinte: (especificar se à vista ou em parcelas, de quanto e com que vencimentos, etc.).
 Cláusula 8ª - Para dirimir qualquer questão oriunda deste contrato, fica estabelecido o juízo arbitral, nomeado na forma da lei. 
E por assim terem justo e contratado livremente, se obrigam a cumprir as cláusulas do presente contrato e, em presença das testemunhas abaixo, assinam este instrumento em quatro vias, sendo a primeira selada com R$ __, (por extenso) e destinada ao arquivamento na forma da lei, e as demais, depois de anotadas, para uso dos sócios e da sociedade. 
 (datar, assinar e reconhecer as firmas). 
 ______________________________________________________________________
(ARTIGO) SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES
(http://professor.ucg.br/siteDocente/admin/arquivosUpload/12970/material/Sociedade%20em%20comandita%20simples..doc)
CONCEITO: é a sociedade simples ou empresária que possui dois tipos de sócios: os comanditados, somente pessoas físicas, os quais respondem ilimitadamente pelas obrigações sociais e são encarregados da administração da sociedade; e os comanditários, que respondem apenas nos limites do capital investido, e não tem poderes para participar da gerência. (art. 1.045)
CARACERÍSTICAS:
Aos comanditados cabem os mesmos direitos e obrigações dos sócios da sociedade em nome coletivo. (art. 1.046, par. Único) – obs.: inclusive em relação ao art. 1.043? (dúvida) – doutrina entende que sim.
Se o sócio comanditário intervier na administração da sociedade ou se seu nome constar na firma social, responderá solidariamente com o sócio comanditado, sendo-lhe facultado, porém, fiscalizar as operações e ser nomeado procurador da sociedade para fim específico. (art. 1.047 e parágrafo único).
Firma social apenas com os nomes dos comanditados.
Interessante: O sócio comanditário não é obrigado à reposição de lucros recebidos de boa-fé e de acordo com o balanço. (art. 1.049)
Extinção da sociedade: art. 1.051
CONSEQUÊNCIAS DE MORTE DOS SÓCIOS
3.1. Sócio Comanditado: Ocorrendo a morte do sócio comanditado, liquida-se a sua cota segundo a regra geral das Sociedades simples, isto é, os herdeiros só entram na sociedade se o contrato previr, com consentimento dos sócios.
3.2. Sócio Comanditário: No caso de morte de sócio comanditário, a sociedade, salvo disposição do contrato, continuará com os seus sucessores, que designarão quem os represente. (o contrato tem que vedar).
Comentário:
Antes de abordarmos este tipo de sociedade, examinemos o verbo comanditar. Segundo o Dicionário do Aurélio, comanditar tem dois significados: a) entrar com fundos para, ou gerir os negócios de (uma sociedade em comandita); e b) encarregar da administração dos fundos de uma sociedade em comandita. 
Pelo próprio significado do verbo comanditar, percebe-se que existem dois tipos de pessoas que participam da sociedade, sendo um tipo caracterizado como investidor e outro como gestor dos negócios.
Na sociedade em comandita simples, também tipicamente de pessoas, existem dois tipos de sócios: os comanditados, que são somente pessoas físicas que representam, administram e respondem de forma ilimitada pelas obrigações da sociedade, e os comanditários, que podem ser pessoas físicas ou jurídicas. Estes sócios não administram e nem representam a sociedade, tendo sua responsabilidade limitada ao valor de sua quota no capital social.
A sociedade em comandita simples pode ser empresária, dedicando-se a exploração de atividade típica de empresário, a exemplo de indústria, comércio, etc, ou não empresária quando explora trabalho de natureza civil, a exemplo de atividade científica, literária ou artística.
Embora não tendo poder de gerência, o sócio comanditário, em negócios determinados, pode atuar como procurador da sociedade com poderes especiais, sem contudo perder sua condição originária de sócio comanditário. 
De forma proposital, o código civil não apresenta detalhadamente alguns aspectos importantes que estão presentes em qualquer tipo societário. Para suprir esta lacuna, aplica- se supletivamente no que não for incompatível com o específico, o disposto para a sociedade em nome coletivo.
A essência desta regra está prevista no artigo 1.046, completando ainda seu parágrafo único que aos comanditados cabem os mesmos direitos e obrigações dos sócios da sociedade em nome coletivo.
Assim, por via de conseqüências a sociedade em comandita simples também se utiliza supletivamente das normas da sociedade simples, haja vista que estas mesmas regras são também supletivas para a sociedade em nome coletivo.
 Destacamos ainda que sem prejuízo da faculdade de participar das deliberações da sociedade, assim como de lhe fiscalizar as operações, não pode o sócio comanditário praticar qualquer ato de gestão, nem ter seu nome constando na firma social, sob pena de ficar sujeito às responsabilidades de sócio comanditado, passando a responder de forma ilimitada pelas obrigações da sociedade.
 Pela regra do artigo 1.049, o sócio comanditário não é obrigado à reposição de lucros recebidos de boa-fé e de acordo com o balanço. Isto se deve ao fato dele não participar da administração e embora possa fiscalizar a gestão do negócio, entende-se que este tipo de sócio não tem poder de interferir gerencialmente nos destinos da sociedade, não lhe cabendo a obrigação ou a percepção do que está correto ou não nos balanços patrimonial e econômico da empresa.
Quanto à morte de sócios, o tratamento é diferenciado em relação ao comanditário e ao comanditado. De acordo com o artigo 1.050, havendo a morte de sócio comanditário, a sociedade, salvo disposição do contrato, continuará com os seus sucessores, que designarão quem os represente. 
Portanto, e muito importante observar a questão de morte de sócio na elaboração do contrato social. Havendo morte de sócio comanditado, aplica-se o mesmo tratamento previsto para os sócios de sociedade simples.
Sobre a dissolução da sociedade em comandita simples, as regras são as mesmas da sociedade em nome coletivo (artigo 1.051, inciso I). Assim, além dos casos que podem ser previstos no contrato social, a sociedade em nome coletivo pode dissolver-se ainda, de acordo com o artigo 1.044, de pleno direito por qualquer das causas enumeradas no art. 1.033, quais sejam, I - o vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição de sócio, não entrar a sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo indeterminado; II - o consenso unânime dos sócios; III - a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado; IV - a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e oitenta dias; e V - a extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar. Se a sociedade for do tipo empresária, também será dissolvida pela declaração da falência.
O inciso II do artigo 1.051 determina ainda que é motivo de dissolução da sociedade em comandita simples, quando por mais de cento e oitenta dias perdurar a falta de uma das categorias de sócio. Neste período de 180 dias, na falta de sócio comanditado, os comanditários nomearão administrador provisório para praticar, e sem assumir a condição de sócio, os atos de administração.
CONTRATO DE SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES
(http://www.direitonet.com.br/contratos/exibir/270/Constituicao-de-sociedade-em-comandita-simples)
Partes 
pode ser adicionado e/ou reduzido n° de pessoas, mas sempre deverá conter ao menos um comanditado e um comanditário 
Dos Sócios Comanditados somente pessoas físicas 
Nome do Sócio, Nacionalidade, Profissão, Estado Civil, RG, CPF, capaz, residente e domiciliado em Endereço completo; 
Nome do Sócio, Nacionalidade, Profissão, Estado Civil, RG, CPF, capaz, residente e domiciliado em Endereço completo; e 
Nome do Sócio, Nacionalidade, Profissão, Estado Civil, RG, CPF, capaz, residentee domiciliado em Endereço completo. 
Estes são responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, na forma da lei. 
Dos Sócios Comanditários 
Nome do Sócio, Nacionalidade, Profissão, Estado Civil, RG, CPF, capaz, residente e domiciliado em Endereço completo; 
Nome do Sócio, Nacionalidade, Profissão, Estado Civil, RG, CPF, capaz, residente e domiciliado em Endereço completo; e 
Nome do Sócio, Nacionalidade, Profissão, Estado Civil, RG, CPF, capaz, residente e domiciliado em Endereço completo; 
Estes são somente responsáveis ao valor de sua quota, e, caso estes sócios vierem a praticar atos de gestão, ficarão responsáveis como sócios comanditados, na forma da lei. 
Todos têm, de maneira justa e acordada, o presente CONTRATO DE CONSTITUIÇÃO DE SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES, ficando desde já aceito, pelas cláusulas descritas abaixo. 
Cláusula 1ª - Objeto do Contrato 
O presente contrato tem como OBJETO a constituição da sociedade Razão Social, que deverá conter o nome de, pelo menos, um dos sócios comanditados, situada em endereço completo. 
Parágrafo Único: O objeto da sociedade é a exploração de Atividade comercial a ser realizada, atividade comercial que terá o ramo específico de comercialização de bens, tais como Bens a serem comercializados pela sociedade. Podendo, inclusive, trabalhar com produtos relacionados ou similares a estes. 
Cláusula 2ª - Da Vigência da Sociedade 
A presente sociedade terá o prazo de duração indeterminado. 
Cláusula 3ª - Do Capital Social 
O capital social integralizado da empresa constituída neste contrato totaliza um valor de R$ Valor expresso total do capital social integralizado em moeda corrente. O referido valor se encontra dividido em partes iguais para cada sócio (comanditados e comanditários), ou seja, R$ valor expresso para cada um. Este capital poderá ser aumentado em qualquer tempo, segundo deliberação dos sócios comanditados e necessidade da Sociedade, podendo mesmo, para tanto, serem admitidos novos sócios. 
Cláusula 4ª - Do Pro Labore dos Sócios 
Os Sócios terão o direito de uma retirada mensal de valor em reais, a título de pro labore, podendo ser modificado todo mês de especificar mês de cada ano de exercício social. 
Cláusula 5ª - Do Balanço e Balancetes 
No dia especificar data exata, por exemplo, 31 (trinta e um) de dezembro de cada ano, os sócios juntamente com o representante da empresa responsável pela contabilidade, procederão com a elaboração do balanço anual. 
Parágrafo Primeiro: Depois de elaborado balanço serão contabilizados os lucros e os prejuízos os quais serão divididos ou tolerados pelos sócios, proporcionalmente na medida de suas cotas sociais. 
Parágrafo Segundo: Caso haja prejuízo superior, as cotas sociais, somente os sócios comanditados, proporcionalmente, os suportará. 
Parágrafo Terceiro: Os balancetes serão elaborados especificamente pela empresa de contabilidade, ora contratada. 
Parágrafo Quarto: O sócio comanditário não será obrigado à reposição de lucros recebidos de boa-fé e que esteja de acordo ao balanço. 
Cláusula 6ª - Das Disposições finais 
O presente contrato passa a vigorar entre as partes a partir da assinatura do mesmo, as quais elegem o foro da cidade de Nome da cidade onde está situada a matriz, onde se situa a matriz, para dirimirem quaisquer dúvidas provenientes da execução e cumprimento do mesmo. 
Parágrafo Primeiro: Em caso de falecimento de um dos sócios comanditados, os seus sucessores assumirão imediatamente à parte que cabia ao mesmo na sociedade, ficando responsáveis por tudo que consta neste, facultando aos mesmos, o interesse de repassar as cotas nas condições previstas no presente instrumento. Caso queiram permanecer na sociedade decidirão quem fará a representação no cargo de sócio-gerente. 
Parágrafo Segundo: A hipótese de falecimento, retirada, incapacidade ou quaisquer outras que vierem a prejudicar a representação pessoal perante a sociedade, não implicarão em dissolução da mesma. 
Parágrafo Terceiro: Caso haja falta de sócio comanditado, os comanditários, sem assumir condição de sócio, nomearão administrador provisório para praticar os atos de administração pelo período não superior a 180 (cento e oitenta) dias, caso ocorra, a sociedade será dissolvida de pleno direito. 
Paragrafo Quarto: Na ausência de sócios comanditários por um período exato de 180 (cento e oitenta) dias, a sociedade será transformada em SOCIEDADE EM NOME COLETIVO, sendo assim, não implicará na sua dissolução. 
Por estarem de pleno acordo, as partes assinam o presente CONTRATO DE CONSTITUIÇÃO DE SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES, em seis vias de igual teor, juntamente com 2 (duas) testemunhas. 
______________________________________________________________________
SOCIEDADE LIMITADA
 CONTRATO SOCIAL- ELABORAÇÃO-COMO FAZER
(http://www.dnrc.gov.br/Servicos_dnrc/Orientacoes_e_modelos/elaboracao_contrato.htm)
1. Qualificação completa dos sócios: (art. 997, I, do CC/2002)
solteiro menor de 18 anos: (art. 1.690, CC/2002)
  maior de 16 anos - deve ser assistido pelo pai, pela mãe ou tutor; constar também do preâmbulo a expressão “ASSISTIDO POR”, e a qualificação completa do(s) assistente(s);
  menor de 16 anos - deve ser representado pelo pai, pela mãe ou tutor; constar também do preâmbulo a expressão “REPRESENTADO POR” e a qualificação completa dos representantes.
se emancipado (maior 16 anos) constar da qualificação a forma da emancipação, arquivando, em separado, a prova da emancipação (art. 976, do CC/2002), feita antes o registro no Registro Público no caso de outorga pelos pais ou por sentença. (art. 9º)
sócio analfabeto: também o nome e a qualificação completa do procurador constituído, com poderes específicos, por instrumento público.
  PESSOA JURÍDICA: nome empresarial, endereço completo da sede, e se sediada no Brasil, NIRE (número de identificação do registro de empresas) ou número atribuído no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas e o nº do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas); qualificação completa dos representantes da empresa no ato; (art. 997, I, CC/2002)
sócio domiciliado no exterior: nomear procurador no Brasil, com poderes para receber citação;
procurador: constar do preâmbulo, após o nome e qualificação completa do sócio: “REPRESENTADO POR SEU PROCURADOR, NOME E QUALIFICAÇÃO COMPLETA, juntado ao processo o respectivo instrumento de mandato”.
2. Indicação do tipo jurídico da sociedade: sociedade limitada.
3. Nome empresarial: (art. 997, II e art. 1.158, CC/2002)
  observar os princípios da veracidade e da novidade;
  não pode ser idêntico ou semelhante a nome já protegido isto é, anteriormente registrado;
  a composição do nome deve observar as regras gerais e as próprias do tipo escolhido (firma social ou denominação).
4. Endereço comercial da sede e de filiais declaradas: (art. 997, II, CC/2002)
  Tipo e nome do logradouro, número, complemento, bairro/distrito, município, UF e CEP.
5. Objeto social: (art. 997, II, CC/2002)
  Declaração precisa e detalhada das atividades a serem desenvolvidas, mencionando gênero e espécie. (art. 56, ll, da Lei nº 8.884, de 11.7.94).
6. Capital social (art. 997, III e IV, CC/2002)
  indicação numérica e por extenso do total do capital social;
  mencionar o valor nominal de cada quota, que pode ter valor desigual;
  mencionar o total de quota(s) de cada sócio;
  declarar a forma e o prazo de integralização do capital;
  se houver sócio menor, o capital deverá estar totalmente integralizado;
  integralização com bem imóvel: descrição e identificação do imóvel, sua área, dados relativos a sua titulação, número de matrícula no Registro de Imóveis e autorização do cônjuge no instrumento contratual com a referência pertinente, salvo se o regime de bens for o de separação absoluta.
7. Responsabilidade dos sócios: (art. 1.052, CC/2002)
  Declaração da responsabilidade dos sócios ser restrita ao valor de suas quotas e, solidariamente, pelaintegralização do capital social.
8.  Prazo de duração da sociedade: (art. 997, ll, CC/2002)
  Indicar o prazo de duração indeterminado ou determinado (neste caso indicar o início e o fim da sociedade).
9.  Administração: (art. 997, VI, art. 1.060, art. 1.061, 1.062, art. 1.063 e 1.064 todos do CC/2002)
  Designar pessoa(s) naturais, caso não se ajuste esta indicação em ato separado, para administrador(es) da sociedade, as atribuições e poderes, entre eles o de usar do nome empresarial. Indicar o prazo de gestão, se determinado.
  O contrato pode estabelecer a designação de administrador NÃO sócio. Dependerá de aprovação de todos os sócios, se o capital não estiver integralizado e de no mínimo dois terços, se totalmente integralizado. (art. 1.061, CC/2002)
  sócio menor – somente se emancipado;
  estrangeiro, apresentar a carteira de identidade com o visto permanente.
10. Cessão de quotas. (artigos 1.003 e 1.056, CC/2002)
11. Falecimento/interdição de sócio. (artigos 1.028 e 1.031, CC/2002)
12. Data de encerramento do exercício social: indicar a data do término de cada exercício, para a elaboração do inventário, do balanço patrimonial e do balanço do resultado econômico (art. 1.065, CC/2002) e a referência ao julgamento das contas no primeiro quadrimestre seguinte ao término do exercício social pelos sócios (art. 1.078, CC/2002) e à colocação destes documentos à disposição dos sócios não administradores, até trinta dias antes da reunião ou da assembléia de sócios. (art. 1.078, § 1º, CC/2002 )
13. Participação dos sócios nos lucros e perdas: indicação da participação proporcional dos sócios nos lucros se outro ajuste não for estipulado. (art. 997, Vll, CC/2002)
14. Cláusula de inexistência de impedimento para o(s) administrador(es) se não apresentada esta declaração em separado. (art. 1.011, CC/2002)
15. Foro: indicar o domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes. (arts. 53, III, “e” do Dec. 1.800/96)
16. Inserir cláusulas facultativas desejadas.
17. Local e data (dia, mês e ano).
18. Assinatura dos sócios ou dos seus procuradores no fecho do contrato social, com a reprodução de seus nomes. Observação: sócio menor de 16 anos, o ato será assinado pelo representante do sócio; - sócio maior de 16 e menor de 18 anos, o ato será assinado, conjuntamente, pelo sócio e seu assistente.
19. Visto de advogado: visto/assinatura de advogado, com a indicação do nome e do número de inscrição na OAB/Seccional (este visto é dispensado para o contrato social de microempresa e de empresa de pequeno porte). (art. 1º, § 2º, da Lei nº 8.906, de 4.7.94 e art. 6º, parágrafo único, da Lei nº 9.841, de 5.10.99)
20. Rubricar as demais folhas não assinadas. (inciso I, art. 1o, Lei 8.934/94).
Observação: o documento não pode conter rasuras, emendas ou entrelinhas sem expressa ressalva dos sócios.
  
CONTRATO SOCIAL (SOCIEDADE LIMITADA- MODELO)
Contrato de Constituição de: _____________________
1.    Fulano de Tal, (nome completo), nacionalidade, naturalidade, estado civil, regime de bens (se casado), data de nascimento (se solteiro), profissão, nº do CPF, documento de identidade, seu número, órgão expedidor e UF onde foi emitida (documentos válidos como identidade: carteira de identidade, certificado de reservista, carteira de identidade profissional, Carteira de Trabalho e Previdência Social, Carteira Nacional de Habilitação – modelo com base na Lei nº 9.503, de 23.9.97), domicílio e residência (tipo e nome do logradouro, número, bairro/distrito, município, Unidade Federativa e CEP) e
2.    Beltrano de Tal .................................................. (art. 997, l, CC/2002) constituem uma sociedade limitada, mediante as seguintes cláusulas:
1ª    A sociedade girará sob o nome empresarial ............................. e terá sede e domicilio na (endereço completo: tipo, e nome do logradouro, número, complemento, bairro/distrito, município, Unidade Federativa e CEP).  (art. 997, II, CC/2002)
2ª    O capital social será R$ .................................. (............................... reais) dividido em .............. quotas de valor nominal R$ .............. (................ reais), integralizadas, neste ato em moeda corrente do País, pelos sócios:
Fulano de Tal .................nº de quotas............. R$....................
Beltrano de Tal............... nº de quotas............. R$.....................(art. 997, III, CC/2002) (art. 1.055, CC/2002)
3ª    O objeto será ....................................................
4ª    A sociedade iniciará suas atividades em ...................... e seu prazo de duração é indeterminado. (art. 997, II, CC/2002)
5ª    As quotas são indivisíveis e não poderão ser cedidas ou transferidas a terceiros sem o consentimento do outro sócio, a quem fica assegurado, em igualdade de condições e preço direito de preferência para a sua aquisição se postas à venda, formalizando, se realizada a cessão delas, a alteração contratual pertinente. (art. 1.056, art. 1.057, CC/2002)
6ª    A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. (art. 1.052, CC/2002)
7ª    A administração da sociedade caberá .a ................................................ com os poderes e atribuições de........................................... autorizado  o uso do nome empresarial, vedado, no entanto,  em atividades estranhas ao interesse social ou assumir obrigações seja em favor de qualquer dos quotistas ou de terceiros, bem como onerar ou alienar bens imóveis da sociedade, sem autorização do outro sócio. (artigos 997, Vl; 1.013. 1.015, 1064, CC/2002)
8ª    Ao término da cada exercício social, em 31 de dezembro, o administrador prestará contas justificadas de sua administração, procedendo à elaboração do inventário, do balanço patrimonial e do balanço de resultado econômico, cabendo aos sócios, na proporção de suas quotas, os lucros ou perdas apurados. (art. 1.065, CC/2002)
9ª    Nos quatro meses seguintes ao término do exercício social, os sócios deliberarão sobre as contas e designarão administrador(es) quando for o caso. (arts. 1.071 e 1.072, § 2o e art. 1.078, CC/2002)
10    A sociedade poderá a qualquer tempo, abrir ou fechar filial ou outra dependência, mediante alteração contratual assinada por todos os sócios. 
11    Os sócios poderão, de comum acordo, fixar uma retirada mensal, a título de “pro labore”, observadas as disposições regulamentares pertinentes. 
12    Falecendo ou interditado qualquer sócio, a sociedade continuará suas atividades com os herdeiros, sucessores e o incapaz. Não sendo possível ou inexistindo interesse destes ou do(s) sócio(s) remanescente(s), o valor de seus haveres será apurado e liquidado com base na situação patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em balanço especialmente levantado. 
Parágrafo único - O mesmo procedimento será adotado em outros casos em que a sociedade se resolva em relação a seu sócio. (art. 1.028 e art. 1.031, CC/2002)
13    (Os) Administrador(es) declara(m), sob as penas da lei, de que não est(ão) impedidos de exercer a administração da sociedade, por lei especial, ou em virtude de condenação criminal, ou por se encontrar(em) sob os efeitos dela, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, fé pública,ou a propriedade. (art. 1.011, § 1º, CC/2002)
Inserir cláusulas facultativas desejadas.
14    Fica eleito o foro de ............ para o exercício e o cumprimento dos direitos e obrigações resultantes deste contrato. 
E por estarem assim justos e contratados assinam o presente instrumento em _______ vias. (data, assinaturas dos sócios, assinatura do advogado e testemunhas )

Outros materiais