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PROJETO DE CONSTITUIÇÃO DE EMPRESA

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UNIVERSIDADE UNIGRANRIO
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
TURMA EEC281-80
ALUNOS:
Fernanda Machado Campos
Fabiana de Souza da Silva
Guilherme Costa Brandao Santoro
Deolindo da Silva Oliveira
Renata de Oliveira Pinto
PROJETO CURRICULAR ARTICULADOR
PROFESSOR ANDRÉ DA SILVA
CONSTITUIÇÃO DE EMPRESA 
1ª FASE
TIPIFICAÇÃO SOCIETÁRIA
ENQUADRAMENTO FISCAL
CONTRATO SOCIAL
RIO DE JANEIRO
SETEMBRO/2018
SUMÁRIO:
1 – INTRODUÇÃO 										 2
2 - TIPIFICAÇÃO SOCIETÁRIA 							 3 à 15
3 - ENQUADRAMENTO FISCAL 							 16 à 19
4 - CONTRATO SOCIAL 									 19 à 36
5 – CONCLUSÃO 											 37
6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS								 38
1 – INTRODUÇÃO
Além das pessoas físicas, a lei confere ainda personalidade jurídica, distinta da de seus membros, a certos agrupamentos de pessoas ou bens que se organizam para a realização de determinado fim. Tais agrupamentos surgem como fruto das necessidades sociais inerentes aos homens.
O objetivo deste trabalho é abordar os fundamentos legais e fiscais para constituição de uma pessoa jurídica, apontando também o instrumento que a formaliza com as suas principais características e todos os seus pré-requisitos. Essas regras estão fixadas na Lei nº 10.406, de 10 de Janeiro de 2002 (Código Civil), mais precisamente no Livro I Título II Art. 40 a 6 – Das Pessoas Jurídicas. 
2 – TIPIFICAÇÃO SOCIETÁRIA
A sociedade é um agrupamento organizado de pessoas, físicas, ou jurídicas, com a finalidade de desenvolver uma atividade empresária voltada para a produção ou circulação de bens ou de serviços para posterior distribuição dos lucros aos seus sócios. Observando os interesses diretos e imediatos de seus membros a doutrina classificou as sociedades na forma a seguir.
Sociedade Simples
Um dos tipos de sociedades existentes na atualidade é a sociedade simples. Este tipo societário nada mais é do que uma sociedade constituída por sócios de uma determinada classe profissional, onde as mais comuns são as que envolvem atividades de cunho intelectual, artísticas, técnicas ou literárias.
A sociedade simples é identificada quando diferencia a atividade empresarial da não empresarial. De mesmo modo, a sociedade civil distingue as sociedades não comerciais das que praticam o comércio profissionalmente e habitualmente. A sociedade simples possui, ainda, o papel de distinguir o objeto social da atividade, que será sempre não empresarial e o de servir de modelo para os demais tipos de sociedades.
No primeiro caso, ou seja, quando a sociedade for diferenciada das sociedades empresariais, pode revestir-se de outras formas, porém as sociedades por ações são excluídas deste caso. Assim sendo, uma sociedade de classe, como a sociedade de médicos e contadores, por exemplo, pode ser simples quanto ao objeto, mas pode ser sociedade limitada quanto à forma se adotar esse modelo de constituição.
Quanto ao segundo papel, no que se refere a servir de modelo a outras sociedades, as regras das sociedades simples serão utilizadas para os outros tipos de sociedades, nos aspectos não previstos em contrato, não específicos ou as que ainda não foram tratadas pelo legislador. Isso acontece com questões que envolvem a relação com terceiros, a administração da sociedade, a dissolução da sociedade ou na resolução da sociedade em relação a um sócio.
O contrato social para uma sociedade simples deve ser escrito, podendo constituir de caráter particular entre os contratantes ou público, mas que seja lavrado pelo tabelião. Após a data de assinatura do contrato social, o prazo para levá-lo a registro no órgão competente é de trinta dias e é necessário que seja registrado no cartório da sede. Além disso, as sociedades comanditas por ações e os demais tipos jurídicos são regulados pela sociedade simples, exceto as companhias.
Neste tipo de sociedade a representação frente a terceiros é de responsabilidade de seus administradores, observando o fato de que se deve transcrever no contrato a esse respeito. Sendo assim, a representação da sociedade compete a um ou mais ad impõe a responsabilidade ilimitada, mas não deve ser executado nada dos administradores antes de executar os bens da sociedade. Sendo que a dívida pode ser cobrada somente de um sócio, mas posteriormente, os outros sócios devem compensá-lo dos prejuízos de forma que se iguale as perdas no valor da participação de cada sócio.
Sendo assim, pode-se entender que a sociedade simples é a sociedade constituída por pessoas que se obrigam reciprocamente na forma do direito, a contribuir com bens ou serviços ao exercício da atividade econômica e da divisão dos resultados e suas obrigatoriedades. Neste caso, não se têm por objeto o exercício de atividade própria de empresário.
Partindo do princípio de que as espécies mais comuns de sociedades simples são as que exercem profissões intelectuais, cientificas, técnicas, literárias ou artísticas, o capital social, além de poder ser integralizado com capital, poderão ser realizadas com bens e serviços, podendo ser expresso em moeda corrente ou outra espécie de bem, como imóveis, terrenos, etc. Os sócios, no entanto, podem responder, ou não, subsidiariamente pelas obrigações sociais contraídas, sendo que a responsabilidade destes é ilimitada e sempre deverá ser seguindo o que está previsto no contrato social.
Sociedade em Nome Coletivo
A sociedade em nome coletivo pode ser entendida como aquela constituída por pessoas físicas e capazes que respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais. A sociedade em nome coletivo também teve origem na época medieval e surgiu nas cidades italianas substituindo as antigas sociedades familiares. Reunia, no entanto, a responsabilidade ilimitada pelos atos administrativos praticados por quaisquer sócios. Embora as sociedades simples tenham sido consideradas as sociedades mais antigas já existentes, as normas das sociedades em nome coletivo aparecem em estatutos das sociedades nas cidades italianas antes mesmo de surgirem as primeiras sociedades simples. Neste caso, alguns autores defendem que as sociedades em comandita simples é que são as primeiras de que se têm registro.
Podemos afirmar ainda que a sociedade em nome coletivo é formada por duas ou mais pessoas, onde os sócios respondem subsidiariamente e de forma solidária e ilimitada pelas obrigações sociais. Sendo assim, o que caracteriza este tipo de sociedade, conforme os ministradores, podendo ser de modo individual ou coletivo. 
É justamente a responsabilidade solidária e ilimitada de todos os sócios e de cada um perante as obrigações sociais. Porém, os bens particulares dos sócios, só podem ser executados após a execução dos bens da sociedade. Este tipo de sociedade deve ainda, possuir uma firma ou razão social a qual fará obrigar-se com terceiros. Pode conter o nome de todos os sócios ou pelo menos de um com o aditamento da expressão companhia por extenso ou abreviado. Deve ser obrigatório seu arquivamento no registro do comércio.
A sociedade em nome coletivo é o tipo societário em que todos os sócios respondem ilimitadamente pelas obrigações sociais. Qualquer um dos sócios pode ser o administrador e seu nome pode ser usado na composição do nome empresarial. O autor cita também que os herdeiros que pretendem ingressar na sociedade, mesmo contra a vontade dos sócios existentes, só poderão entrar se existir cláusula expressa no contrato social que assim o autorize.
Composta somente por pessoas físicas que respondem ilimitada e solidariamente pelas obrigações sociais. Estipulando-se no contrato o peso da responsabilidade de cada sócio, podendo alguns ter mais responsabilidades do que outros. Neste caso, no que for omisso à sociedade em nome coletivo, valem as normas do código das sociedades simples.
A sociedade em nome coletivo deve adotar firma composta pelos nomes de seus sócios e a administração da sociedade não deve conter componentes que estejam fora do quadro social. Sendo que as relações com terceirosse traduzem pelo uso exclusivo da firma pelo administrador e o sócio que não for administrador e fazer uso desta firma será responsabilizado pelo ato.
Este tipo societário rege-se pelas normas dos arts. 1.039-1.044 e, nas matérias omitidas por estes dispositivos, pelas regras da sociedade simples. Admite-se na sociedade somente o sócio que tenha capacidade civil de acordo com os termos da lei e a característica principal deste tipo de sociedade é a responsabilidade ilimitada e solidária de todos os sócios pelas obrigações sociais. É necessário que o sócio tenha capacidade para contratar nos termos da lei civil. Em caso de morte ou incapacidade de qualquer sócio, a sociedade poderá ser dissolvida, mas se for de consentimento de todos a sua continuidade, a entrada de qualquer sócio fica condicionada ao consentimento dos demais.
O Código Comercial brasileiro transparece em seu art. 315 que a sociedade em nome coletivo existe quando duas ou mais pessoas, ainda que algumas não sejam comerciantes, se unem para comerciar em comum debaixo de uma firma social. Não pode fazer parte da firma social nome de pessoas que não sejam sócios comerciantes.
Pode-se entender, no entanto, que a sociedade em nome coletivo é a sociedade formada por duas ou mais pessoas por meio de acordo de vontades, ainda que algumas não sejam comerciantes e sendo que todos os sócios respondem subsidiariamente pelas obrigações de forma solidária e ilimitada. É permitido nesta forma social que o sócio responda com bens pelas obrigações contraídas.
Sociedade em Comandita Simples
A sociedade em comandita simples é um tipo de sociedade mista, onde existem os sócios comanditados e os sócios comanditários. A diferença entre um e outro é que o primeiro possui responsabilidade ilimitada e o segundo responde limitadamente por suas obrigações.
Este tipo de sociedade surgiu quando iniciou o comércio marítimo na Idade Média nas cidades italianas. Trata-se da mais antiga das sociedades onde eram firmados os contratos de comenda, ou seja, os capitalistas firmavam um contrato com os capitães de navios, emprestando dinheiro para que estes capitães comprassem e vendessem mercadorias e dividissem os lucros. Porém, se ao invés de lucro tivessem prejuízos, os capitães eram obrigados a devolver o montante no valor que foi emprestado.
A sociedade simples ocorre quando um conjunto de pessoas, sendo no mínimo duas e ao menos um comerciante, associam-se para praticar o comércio. Alguns são sócios solidariamente responsáveis e outros são os prestadores que assumem a responsabilidade até os valores expressos no contrato. A autora afirma ainda que se trata de uma sociedade mista, onde se encontram os sócios com responsabilidade ilimitada e os sócios com responsabilidade limitada que não querem expor seus bens particulares para pagamento de eventuais despesas ou prejuízos que possam ocorrer durante as transações.
Este tipo de sociedade possui natureza contratual que deve reunir as cláusulas do art. 302 do Código Comercial e ter seu ato constitutivo arquivado no registro do comércio, contendo o nome e assinatura de todos os sócios, excluindo-se apenas os sócios comanditários se for de vontade destes. Porém, para exercer as atividades do comércio a sociedade simples deve ter ainda uma firma ou razão social constituída a partir de um nome ou do nome dos sócios comanditados acrescidos da expressão “e companhia” por extenso ou abreviado.
Este tipo societário em que um ou alguns dos sócios denominados comanditados, têm responsabilidade ilimitada pelas obrigações sociais, e outros, os sócios comanditários, respondem limitadamente por essas obrigações. Somente os sócios comanditados podem ser administradores. Os sócios comanditários, no entanto, não podem praticar atos de gestão da sociedade, mas podem receber procuração para alguns negócios específicos. Porém, os sócios comanditários, assim como os comanditados, podem fiscalizar a administração da sociedade.
Em caso de morte do sócio comanditado a sociedade é parcialmente dissolvida, a menos que exista cláusula expressa no contrato que determine o ingresso de sucessores. Já no caso da morte de um sócio comanditário, a sociedade não se dissolve, ela pode continuar com o ingresso de seus sucessores. Porém se houver cláusula expressa em contrato, os sócios poderão liquidar as quotas do sócio comanditário falecido.
A sociedade em comandita simples possui duas categorias de sócios: os comanditados, que podem ser somente pessoas naturais e com responsabilidade solidária e ilimitada, e os comanditários, que podem ser compostos por pessoas naturais ou pessoas jurídicas obrigando-se em relação aos negócios sociais até o valor de sua quota.
É facultado aos sócios que não participem da administração, mas possuem o direito de fiscalizá-la nos termos da lei e do contrato social. Porém, o sócio comanditário fica sujeito às responsabilidades dos sócios comanditados se praticarem qualquer ato de gestão. No entanto, o sócio comanditário pode ser nomeado procurador para resolver assuntos pertinentes à sociedade, desde que não seja de forma continuada e que abrange os negócios sociais. Em caso de morte do sócio comanditário, assumem seus sucessores, salvo disposições do contrato e na morte do sócio comanditado os comanditários nomearão administrador provisório sem assumir a condição de sócio.
A principal característica da sociedade em comandita simples é a exigência de o contrato social discriminar categorias de sócios. Uma categoria é aquela constituída por um sócio ou mais, responder solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, subsidiariamente ao patrimônio social. E a outra por um sócio, ou mais, ser obrigado, tão somente, pelo valor de sua cota.
Para reforçar, o Código Comercial Brasileiro esclarece no art. 311 que este tipo de sociedade acontece quando duas ou mais pessoas, sendo ao menos uma comerciante, associam-se para fim comercial, obrigando-se uns como os outros solidariamente responsáveis, e sendo outros simples prestadores de capitais, com a condição de não serem obrigados além dos fundos que forem declarados no contrato.
O Código Comercial Brasileiro refere-se ainda ao tema nos dois artigos seguintes, afirmando que não é necessário que o sócio comanditário inscreva-se no registro do comércio, mas é essencial que se registre neste mesmo órgão a quantia dos fundos postos em comandita. Além disso, os sócios comanditários são responsáveis somente até o limite dos fundos os quais entraram na sociedade e ficam impedidos de praticar quaisquer atos de gestão ou mesmo atuarem como empregados ou procuradores.
Entende-se, portanto, que sociedade em comandita é formada mediante contrato por sócios que possuem responsabilidade solidária, subsidiária e ilimitada. Porém, dentro da responsabilidade, existem os sócios comanditados, que têm responsabilidade ilimitada, e os sócios comanditários, que têm responsabilidade limitada e não podem assumir cargo de gerência.
Sociedade Comandita por Ações
Já a Sociedade comandita por ações possui o seu capital dividido em ações, assim como na Sociedade Anônima, porém ela não opera em conjunto com seus acionistas e sim por firma ou denominação.
Sendo assim, as responsabilidades sociais ficam a cargo de um diretor que é nomeado para isso. Porém, é possível que seja nomeado mais de um diretor, desde que eles recebam esse título no ato da constituição da sociedade.
Obviamente que situações mais delicadas podem ocorrer, tal como a necessidade de destituir um diretor. Nesse caso, o ato deverá ser feito por deliberação de acionistas que representem no mínimo dois terços do capital social total do negócio.
Sociedade Cooperativa
A Sociedade Cooperativa já é um modelo bem peculiar por vários motivos, sendo um deles a obrigatoriedade de no mínimo a participação de 20 pessoas para formar essa sociedade.
Outro fato que faz esse tipo de sociedade empresarial ser diferente é  por ser organizado de forma bem democrática na questão da economia. Além disso, a cooperativa permite a participação livre de todos,sempre pregando pelo respeito dos direitos e deveres de cada sócio.
Podemos dizer também que na sociedade cooperativa, as responsabilidades dos sócios podem ser limitadas ou ilimitadas. 
É limitada na questão de que um sócio responde somente pelo valor de suas quotas e eventuais prejuízos que podem ocorrer. Agora, quando falamos que ela é ilimitada, nos referimos quando o sócio responde solidariamente pelas obrigações sociais do negócio.
Sociedade Limitada
A sociedade limitada, por ser mais simples e por apresentar uma série de benefícios, como a limitação da responsabilidade dos sócios ao montante do capital social, vem sendo o tipo de sociedade mais utilizada atualmente.
Este tipo de sociedade surgiu na Alemanha em 1892, sob o nome de sociedade de responsabilidade limitada, com a intenção de atingir o comerciante de médio porte com as vantagens das sociedades de pessoas e das sociedades por ações sem o inconveniente de ambas. Trata-se da reunião de duas ou mais pessoas debaixo de uma firma ou denominação social para prática de atividades do comércio, assumindo responsabilidade solidária de forma subsidiária, pelo total do capital social.
A limitação da responsabilidade dos sócios ao montante do capital social é o que caracteriza este tipo de sociedade segundo a autora. Sua constituição, por meio público ou particular, deverá conter as cláusulas à que se refere o artigo 302 do Código Comercial, expressando em valor monetário e estipulando a medida em quotas que cada sócio se responsabilizará ao capital social. Além disso, deve-se acrescentar a firma ou razão social e estar sempre acompanhada da expressão “limitada”.
A sociedade limitada foi introduzida em nosso direito em 1919 e atualmente é o tipo de sociedade mais utilizada. Cerca de noventa por cento das sociedades registradas nas juntas comerciais são deste tipo. Isso se deu devido à limitação da responsabilidade dos sócios e da contratualidade.
Sendo assim, a limitação da responsabilidade do sócio faz com que, em caso de falência, os bens pessoais dos sócios sejam preservados. Além disso, com a contratualidade, a margem para negociação dos sócios aumentou, já que eles tiveram mais liberdade para expor suas vontades.
O limite da responsabilidade do sócio é o capital subscrito e não integralizado. Depois que este for alcançado, a perda é do credor. Porém, como a responsabilidade dos sócios é solidária, o credor poderá cobrar de todo e qualquer sócio até este limite. Neste momento, entende-se que a sociedade limitada é aquela formada por documento público ou particular, por duas ou mais pessoas, assumindo todas, de forma subsidiária, responsabilidade solidária pelo total do capital social. Deve ser acrescida ao final do nome empresarial a palavra limitada ou a frase sociedade de responsabilidade limitada, por extenso ou abreviada.
A sociedade limitada inovou no que diz respeito a administração, criou o conselho fiscal e a assembléia ou reunião dos sócios. Além disso, na sociedade limitada quando o capital social ainda não estiver todo integralizado, todos os sócios são solidariamente responsáveis para com o montante.
Podemos salientar que este tipo de sociedade pode ser composto por somente pessoas naturais, somente pessoas jurídicas ou por ambas. Sendo que, o capital social é dividido em quotas iguais ou desiguais para os sócios. No entanto, além dos lucros indevidamente distribuídos, o art. 1.059 veda a retirada pelos sócios de quantias que reduzam ou causem prejuízos ao capital social, ficando, os sócios, igualmente obrigados à restituição.
A sociedade limitada é caracterizada pela possibilidade da escolha de sua natureza, de capital ou de pessoa, que se define pela vontade dos sócios, ao elaborarem as cláusulas do contrato social.
Em relação à constituição, devem obedecer aos preceitos dos arts. 300 a 302 do Código Comercial e é necessário um acordo escrito dos sócios, onde cada um aporta uma parcela do capital social. Já na exclusão de sócio, se for violado o dever de lealdade ou colaboração, o sócio que cometeu o ato pode ser excluído da sociedade.
Entende-se, portanto, que a sociedade limitada é aquela composta por dois ou mais sócios, podendo ser pessoas físicas ou jurídicas, onde o capital social é dividido em quotas e cada sócio tem responsabilidade solidária e limitada ao valor da quota que o mesmo aplicou na sociedade. O termo “limitada” é justamente porque quando o sócio for obrigado por liquidação da sociedade ou mesmo por obrigação de terceiro, deve responder somente sobre o valor de sua quota. Não estando, portanto, o sócio obrigado a pagar as dívidas com seu patrimônio.
Sociedade Anônima
É o tipo de sociedade mais utilizado pelas grandes corporações, onde o capital social é fracionado em ações e cada acionista fica responsável limitadamente até o montante do capital que investiu em sua aquisição ou subscrição.
Existem divergências quanto à origem do surgimento das sociedades anônimas, porém a maioria dos autores, concorda que este tipo de sociedade surgiu na Holanda por volta de 1602, com a fundação da hodierna sociedade anônima com a companhia das Índias Orientais. Este tipo de sociedade ocorre quando o capital social é dividido em frações conhecidas como ações, onde os sócios ou acionistas respondem limitadamente pelo preço destas subscritas ou adquiridas.
A sociedade anônima é constituída por assembléia geral ou escritura pública que depende do registro da Comissão de Valores Mobiliários e se submete a fiscalização deste mesmo órgão após ter seu registro aprovado. No entanto, se a sociedade for constituída em asse registro do comércio de sua sede. Além do estatuto, deve ser arquivada a relação dos subscritores do capital, documento que comprove os depósitos da entrada, ata de assembléia realizada para avaliação de bens (se o capital tiver integralização de bens) e a ata de assembléia geral dos subscritores que deliberaram a constituição da companhia. Porém, se a sociedade se constituir por escritura pública, bastará o arquivamento desta certidão no registro do comércio.
Sujeita às regras da Lei das Sociedades por Ações. Trata-se de uma sociedade de capital, onde os títulos que representam a participação no capital são livremente negociáveis. Com o falecimento do titular da ação, seus sucessores não poderão ser impedidos de entrar no quadro associativo.
Neste tipo de sociedade o capital social é fracionado em ações. O portador da ação é chamado de acionista e poderá negociar estes títulos a qualquer instante, mas respondem pelas obrigações sociais até o limite do que falta para integralização das ações de que sejam titulares. A sociedade poderá ser de capital aberto ou fechado. A diferença é que, para ser considerada aberta, a sociedade terá seus valores mobiliários negociados na bolsa ou mercado de balcão, onde quem fiscaliza é uma autarquia de propriedade do governo chamada Comissão de Valores Mobiliários, que tem por objetivo proteger o investidor popular em especial.
Na sociedade anônima, o capital social é dividido em ações e os participantes da companhia são os sócios ou acionistas, sendo que o sócio é aquele que forma sociedade com outro ou outros e o acionista é o titular de ações de uma companhia, sendo que a obrigação é restrita ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.
No que se refere ao tipo jurídico, as sociedades anônimas são regidas pelo decreto lei 2.627 de 26.09.1940, pela lei 6.385, de 07.12.1976, lei nº 6.404, de 15.12.1976, lei nº 9.457, de 05.05.1997, lei nº 10.194, de 14.02.2001 e pela lei nº 10.303, de 31.10.2001. O código não menciona especificamente sobre as companhias, salvo quando estabelece o que são consideradas sociedades empresárias.
Sociedade em Conta de Participação
Este tipo de sociedade não possui personalidade jurídica, entretanto as negociações devem ser feitas em nome do sócio ostensivo que assume em seu nome as responsabilidades da sociedade de forma ilimitada.
As sociedades em conta de participação têm suas origens nas antigas sociedades em comandita. Foi recolhidapelo Código Comercial português como associação em conta de participação em 1833 e transladou para o Código Comercial do Brasil ocupando os artigos 325 a 328. Este tipo de sociedade é formado quando duas ou mais pessoas, sendo pelo menos uma comerciante, reúnem-se sem firma social para realizar transações do comércio. Sendo assim, não lhe confere personalidade jurídica e por esse motivo, vários autores não a consideram como sociedade.
A sociedade em conta de participação é formada mediante contrato, mas não necessita ser escrito e nem arquivado no registro do comércio. Como não é necessário ter firma ou razão social, as operações de uma sociedade submetem- se, em termos de responsabilidade, ao nome do sócio ostensivo, devendo o nome dos demais sócios permanecerem ocultos.
Quando duas ou mais pessoas se associam para um empreendimento comum, poderão fazê-lo na forma de sociedade em conta de participação, ficando um ou mais sócios em posição ostensiva e outro ou outros em posição oculta (chamam-se estes sócios participantes). Por não possuir personalidade jurídica, este tipo de sociedade não assume obrigação em seu nome. Quem assume esta obrigação perante a sociedade e a terceiros são os sócios ostensivos e o fazem por responsabilidade ilimitada. Os sócios participantes apenas se obrigam perante os demais sócios.
Podemos destacar algumas inovações no novo código, dentre elas:
a) não está reservado o papel de sócio ostensivo ao empresário ou a sociedade empresária – o que antes correspondia ao comerciante do Código Comercial – podendo tal papel agora ser desempenhado também pela sociedade simples; 
b) a possibilidade de existir mais de um sócio ostensivo.
Destacamos ainda a permanência no código da designação do sócio ostensivo para aquele que exerce a atividade constitutiva do objeto social. Sendo assim, somente o sócio ostensivo pode exercer a atividade constitutiva do objeto social ficando sob sua exclusiva responsabilidade.
Ao sócio participante compete sua percepção nos resultados no valor destinado à sua quota e a fiscalização dos negócios sociais, cabendo-lhe, ainda, a prestação das contribuições e o que mais o contrato disser, para com o sócio ostensivo. Sem contar que o sócio participante não pode tomar intervir nos negócios do sócio ostensivo com terceiros que digam respeito ao objeto social, sob pena de responder solidariamente com o sócio ostensivo por tal intervenção.
A sociedade em conta de participação acontece quando duas ou mais pessoas se constituem em sociedade para realização de determinado empreendimento. Este é exercido em nome de um dos sócios- o ostensivo que aparece assim, para terceiros, como o único responsável pelas operações realizadas. Os demais sócios que são ocultos, também denominados por sócios participantes, não aparecem nem tratam com terceiros.
Para o Código Comercial brasileiro, trata-se de uma sociedade onde duas ou mais pessoas, se reúnem sem firma social para obter lucros em uma ou mais operações do comércio, sendo que pelo menos um sócio tem que ser comerciante. Neste caso, pode trabalhar um, alguns ou todos os sócios em nome individual para o fim social, não necessitando submeter a sociedade a formalidades as quais as outras são obrigadas. Além disso, o sócio ostensivo é quem obriga-se com terceiros ficando os outros sócios com obrigações entre si e perante os termos do contrato.
Entende-se, portanto, que a sociedade em conta de participação não está sujeita a formalidades exigidas para as outras sociedades comerciais, pois não possui personalidade jurídica, nome, capital, estabelecimento ou contrato social registrado. Ela simplesmente acontece quando duas ou mais pessoas se reúnem para a realização de uma ou mais operações comerciais. Sendo que, pelo menos uma pessoa deve ser comerciante e que as operações podem ser feitas em nome de um ou mais sócios comerciantes chamados de sócios ostensivos e os demais são chamados sócios ocultos. Trata-se de uma espécie de sociedade, constituída mediante contrato particular entre os sócios, não tendo validade perante terceiros.
Sociedade de Advogados
Este tipo de sociedade deverá seguir o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (Lei 8906 /94).
Da mesma maneira, os atos deverão ser registrados e arquivados na Seccional da OAB onde for a atuação da empresa, ao invés de serem na Junta Comercial ou no Cartório de Registro das Pessoas Jurídicas.
Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada nesta Lei e no regulamento geral.
A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia adquirem personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede. 
Aplica-se à sociedade de advogados e à sociedade unipessoal de advocacia o Código de Ética e Disciplina, no que couber.
A sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da concentração por um advogado das quotas de uma sociedade de advogados, independentemente das razões que motivaram tal concentração. 
Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional. 
A denominação social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo.
A denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser obrigatoriamente formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a expressão ‘Sociedade Individual de Advocacia’.
O licenciamento do sócio para exercer atividade incompatível com a advocacia em caráter temporário deve ser averbado no registro da sociedade, não alterando sua constituição.
É proibido o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia. Não são admitidas a registro nem podem funcionar todas as espécies de sociedades de advogados que apresentem forma ou características de sociedade empresária, que adotem denominação de fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou titular de sociedade unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de advogar.
Além da sociedade, o sócio e o titular da sociedade individual de advocacia respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possam incorrer.  
Os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional não podem representar em juízo clientes de interesses opostos.
3 - ENQUADRAMENTO FISCAL
O regime tributário é o conjunto de normas e leis que define a forma de tributação das empresas, determinando como será realizada a cobrança de impostos conforme o volume de arrecadação.
A definição do regime a ser usado varia de acordo com o tipo de negócio e faturamento.
Tipos de regimes tributários: 
Listamos os principais tipos de regimes tributários previstos na legislação tributária para recolhimento dos tributos:
Simples Nacional
Este regime é indicado para microempresas ou empresas de pequeno porte. A sua proposta é simplificar a burocracia para estas organizações, de forma a reduzir a carga tributária e unificar os impostos em uma única guia a pagar, tanto Municipais, quanto Estaduais e Federais.
O valor do faturamento para enquadramento no Simples Nacional até 31.12.2017 é de R$ 3.600.000,00 anual. Para 2018, o limite da receita bruta passa para R$ 4.800.000,00 por ano.
A opção pelo Regime para empresas que já estão em atividade somente poderá ser realizada até o último dia útil do mês de janeiro. Para empresas que iniciaram sua atividade em outromês diferente de janeiro, poderão aderir em qualquer mês, desde que não ultrapasse 180 dias da liberação do cadastro de CNPJ.
Para se enquadrar nesse regime, além da avaliação do faturamento anual da empresa e o do prazo para adoção, é preciso verificar se o tipo de atividade da empresa é permitido pelo Simples e se o sócio não possui restrição que impeça de aderir ao regime.
As empresas que mais se beneficiam do Simples são aquelas que:
· Possuem margens de lucro médias e altas
· Possuem baixos custos operacionais
· Têm altas despesas com folha de pagamento
· Não são beneficiadas com a redução da base de cálculo do ICMS
· Seus consumidores são clientes finais
Lucro Real
A apuração dos impostos pelas empresas que optam por este regime é baseado no faturamento mensal ou trimestral da empresa e o cálculo dos impostos incide sobre o lucro efetivo da mesma. A apuração dos resultados se baseia no cálculo das receitas subtraindo as despesas e custos.
Para alguns tipos de empresas a opção por este regime se torna obrigatória em razão da atividade exercida, negócios como: bancos comerciais, sociedades de créditos, corretoras de Títulos, factoring, investimentos e financiamentos. Incluindo também aquelas empresas cujo Faturamento Bruto Anual seja superior a R$ 48 milhões.
Diferente do SIMPLES, este regime não tem a proposta de simplificar a apuração dos tributos e as declarações. As alíquotas dos impostos não possuem seus valores reduzidos, sendo alíquotas diferenciadas para cada operação com guias para recolhimento dos impostos individualizadas.
Ao escolher este regime, o empresário deve estar atento para o cumprimento das obrigações acessórias e deve preocupar em manter todos os lançamentos financeiros de receitas e despesas contábeis em dia e comprovados.
Esse fato se dá pelo motivo da Receita Federal exigir que, neste regime, o Lucro apurado seja declarado por meio das obrigações acessórias como o Sped Contábil, LALUR, Inventário, Demonstrativo de Resultados (DRE), Relatório de Lançamentos no Caixa, ECF, entre outras declarações.
Características das empresas que se beneficiam do Lucro Real:
· Margem de lucro baixa ou prejuízo
· Altos custos operacionais
· Recebimento de incentivos fiscais
· Faturamento acima de R$78 milhões
Lucro Presumido
Neste regime, visando simplificar o cálculo dos impostos, é utilizado um valor de “Lucro Presumido”.
De forma mais clara, a Receita Federal presume qual será o Lucro da empresa baseado na atividade exercida, gerando um valor médio de lucro e alíquota que estas empresas teriam que pagar. Uma vez que a legislação estabelece as alíquotas a serem usadas para o cálculos baseadas no faturamento da empresa e por atividade exercida.
Este regime é indicado para a empresa cujo faturamento anual seja menor que R$ 78 milhões e maior que R$ 4 milhões.
Diferente de outros tipos de regimes tributários, como o Lucro Real, as empresas que atuam no mercado financeiro (corretoras, bancos, factoring, entre outras) não podem se enquadrar nesse regime.
A opção por este regime pode ser realizada no ano da constituição da empresa, desde que o valor da receita bruta não ultrapasse o limite anual.
Como o Lucro Real, a empresa que opta por este regime tem que pagar várias guias específicas e diversas declarações acessórias, mas mesmo assim, é o regime tributário com mais empresas enquadradas no Brasil, perdendo somente para o Simples Nacional, pois ele acaba gerando menos impostos e obrigações acessórias que o Lucro Real.
Empresas que se beneficiam desse regime tributário:
· Têm margens de lucro acima do valor presumido
· Possuem baixos custos operacionais
· Têm poucas despesas com folha de pagamento
· Que recebem incentivos fiscais
· Com faturamento de até R$78 milhões
· Possuem mercadorias no regime de Substituição Tributária
Aspectos para analisar antes de definir o enquadramento fiscal
A lógica mais utilizada pelos empreendedores é modificar o enquadramento fiscal de acordo com o faturamento da empresa: ficar dentro do Simples Nacional até R$4,8 milhões; dentro do Lucro Presumido com o faturamento até R$78 milhões; e optar pelo Lucro Real com o faturamento acima de R$78 milhões.
Apesar de ser uma relação que funciona em diversos casos, não é apenas com base nesse fator que deve ser tomada a decisão pelo enquadramento fiscal de um supermercado. Veja quais são os aspectos a serem levados em consideração nessa análise:
1. Faturamento médio
Como vimos, o faturamento é um dos principais aspectos que deve ser analisado. Afinal, os tributos mais onerosos para a empresa são calculados com base no valor recebido pelas vendas de mercadoria.
2. Despesas operacionais
As despesas operacionais são descontadas do faturamento para o cálculo do lucro líquido. Isso significa que empresas que possuem altos custos operacionais têm um lucro menor – o que pode compensar uma decisão pelo Lucro Real.
3. Margem de lucro
A margem de lucro obtida pelo supermercado também é muito importante no momento da análise. Imagine que você opte pelo Lucro Presumido e tenha uma margem de lucro superior à presumida para a atividade desenvolvida. Isso significa uma grande vantagem financeira, não é? 
4. Despesas com funcionários
O percentual das despesas com folha de pagamento em relação ao faturamento exerce influência sobre a alíquota do Lucro Presumido, mudando a percepção de vantagem em relação aos demais regimes tributários. Por essa razão, esse é outro aspecto que deve ser considerado na sua decisão.
4 - CONTRATO SOCIAL
O contrato social pode ser entendido como o instrumento formal que reúne as informações que atendem as obrigações da sociedade e a vontade dos sócios.
Ele surge do encontro das vontades de seus sócios. Sendo assim, este encontro, de acordo com o tipo societário que se pretende criar, será concretizado por meio de um contrato social, onde serão definidas as normas disciplinadoras da vida societária.
É o ato jurídico onde há um mutuo consenso entre duas pessoas ou mais sobre o mesmo objeto. Onde elas se obrigam a dar, fazer ou não fazer algo.
Segundo o Código Civil (2002), o contrato social é aquele onde duas ou mais pessoas, sendo elas físicas ou jurídicas, obrigam-se a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício da atividade econômica, partilhando entre si dos resultados sociais.
Pode-se entender, no entanto, que o contrato social é um documento que formaliza a constituição de uma sociedade. Nele, os sócios descrevem suas responsabilidades diante da empresa a ser constituída expondo suas vontades, seus direitos e obrigações.
A sociedade nasce com a assinatura do contrato social. Depois do seu registro pelo órgão competente, pode-se aplicar as leis favoravelmente ou contra a própria sociedade, pois com este registro ficam arquivadas as informações referente aos sócios, suas vontades e obrigações.
De acordo com o Art. 45 da Lei n. 10.406/2002: “Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.” (BRASIL, 2002)
Sendo assim, a sociedade só se personaliza por meio do registro de seu contrato social nos órgãos competentes.
As finalidades de um contrato social são de formalizar e resguardar os direitos e deveres dos sócios entre si e perante terceiros. Trata-se do documento que torna público o ato de constituir uma empresa, fornecendo informações sobre os sócios, sobre o capital e sobre a própria empresa.
O contrato social deve prever as normas disciplinadoras da vida societária. Qualquer assunto que diga respeito ao sócio e à sociedade pode e deve ser objeto de vontades entre os membros da pessoa jurídica. A lei que exige do contrato social que atenda as determinadas condições para o registro junto a Junta Comercial.
O contrato social contém diversas cláusulas que o regem. Além das cláusulas que organizam o contrato e expõem as vontades dos sócios, existem as cláusulasobrigatórias que devem ser expostas neste documento. Segundo o Art. 997 da Lei n. 10.406/2002 (BRASIL, 2002):
Todas as cláusulas de um contrato social devem estar subordinadas as leis do país, fornecendo informações essenciais para que a sociedade possa ser registrada nos órgãos competentes. A seguir mostraremos as regras para a confecção do contrato social de uma sociedade empresarial limitada.
Elementos do Contrato Social
O contrato social deverá conter, no mínimo, os seguintes elementos: título (Contrato Social); preâmbulo; corpo do contrato: cláusulas obrigatórias; e fecho.
Contrato por Instrumento Particular
O Contrato Social não poderá conter emendas, rasuras e entrelinhas, admitida, porém, nesses casos, ressalva expressa no próprio instrumento, com assinatura das partes.
Nos instrumentos particulares, não deverá ser utilizado o verso das folhas do contrato, cujo texto será grafado na cor preta ou azul, obedecidos os padrões de indelebilidade e nitidez para permitir sua reprografia, microfilmagem e/ou digitalização.
Preâmbulo do Contrato Social
Deverão constar do preâmbulo do contrato social:
a) qualificação dos sócios e de seus representantes:
· sócio pessoa física (brasileiro ou estrangeiro) residente e domiciliado no País ou no exterior:
· nome civil, por extenso;
· nacionalidade;
· estado civil e regime de casamento (no caso de união estável, incluir o estado civil)
· data de nascimento, se solteiro;
· profissão;
· documento de identidade, número e órgão expedidor/UF;
· CPF;
· endereço residencial (tipo e nome do logradouro, nº, complemento, bairro/distrito, município, unidade federativa e CEP, se no País);
· sócio pessoa jurídica com sede no País:
· nome empresarial;
· nacionalidade;
· endereço da sede (tipo e nome do logradouro, nº, complemento, bairro/distrito, município, unidade federativa e CEP);
· Número de identificação do Registro de Empresa – NIRE ou número de inscrição no Cartório competente;
· CNPJ;
· sócio pessoa jurídica com sede no exterior:
· nome empresarial;
· nacionalidade;
· endereço da sede;
· CNPJ;
b) tipo jurídico da sociedade 
Cláusulas Obrigatórias do Contrato Social
O corpo do contrato social deverá contemplar, obrigatoriamente, o seguinte:
a) nome empresarial, que poderá ser firma social ou denominação social;
b) capital da sociedade, expresso em moeda corrente, a quota de cada sócio, a forma e o prazo de sua integralização;
c) endereço completo da sede (tipo e nome do logradouro, número, complemento, bairro/distrito, município, unidade federativa e CEP) bem como o endereço das filiais;
d) declaração precisa e detalhada do objeto social;
e) prazo de duração da sociedade;
f) data de encerramento do exercício social, quando não coincidente com o ano civil;
g) as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições;
h) qualificação do administrador não sócio, designado no contrato;
i) participação de cada sócio nos lucros e nas perdas; e
j) foro ou cláusula arbitral.
Cláusula: pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, seus poderes e atribuições
Sendo os administradores nomeados no contrato, é obrigatória a indicação de seus poderes e atribuições.
Caso não haja nomeação dos administradores, deverá constar no contrato que o serão em ato separado. Oportunidade em que deverá averbá-lo à margem da inscrição da sociedade, e, pelos atos que praticar, antes de requerer a averbação, responde pessoal e solidariamente com a sociedade. (art. 1.012 do CC)
Caso não haja designação de administrador, competirá separadamente a todos os sócios. (art.
1.013 do CC)
Cláusulas Facultativas do Contrato Social
a) regras das reuniões de sócios (art.1.072 do CC);
b) previsão de regência supletiva da sociedade pelas normas da sociedade anônima (parágrafo único, art. 1.053 do CC);
c) exclusão de sócios por justa causa (art. 1.085 do CC);
d) designação de pessoa não sócia como administrador (art. 1.061 do CC);
e) instituição de conselho fiscal (art. 1.066 do CC); e
f) outras, de interesse dos sócios.
Fecho do Contrato Social
Do fecho do contrato social deverá constar:
a) localidade e data do contrato; e
b) nomes dos sócios e respectivas assinaturas.
Capacidade para ser Sócio
Pode ser sócio de sociedade limitada, desde que não haja impedimento legal:
a) maior de 18 (dezoito) anos, brasileiro(a) ou estrangeiro(a), que se achar na livre administração de sua pessoa e bens;
b) menor emancipado:
c) por concessão dos pais, ou de um deles na falta de outro se o menor tiver 16 (dezesseis) anos completos;
 Menor de 18 e maior de 16 anos, emancipado
A prova da emancipação do menor de 18 (dezoito) anos e maior de 16 (dezesseis) anos, anteriormente averbada no registro civil, correspondente a um dos casos a seguir, deverá instruir o processo ou ser arquivada em separado, simultaneamente, com o contrato:
a) pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, ou por sentença judicial;
b) casamento;
c) exercício de emprego público efetivo;
d) colação de grau em curso de ensino superior; e
e) estabelecimento civil ou comercial ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com 16 (dezesseis) anos completos tenha adquirido economia própria.
Impedimento para ser Sócio
Não podem ser sócios de sociedade limitada a pessoa impedida por norma constitucional ou por lei especial, observando-se, ainda, que:
· português, no gozo dos direitos e obrigações previstos no Estatuto da Igualdade, comprovado mediante Portaria do Ministério da Justiça, pode participar de sociedade limitada, exceto na hipótese de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens;
· os cônjuges casados em regime de comunhão universal de bens ou de separação obrigatória, não podem ser sócios entre si, ou com terceiros; e
· pessoa jurídica brasileira:
· em empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens, exceto partido político e sociedade cujo capital pertença exclusiva e nominalmente a brasileiros e desde que essa participação se efetue através de capital sem direito a voto e não exceda a 30% do capital social;
Restrições e impedimentos para arquivamento de atos de empresas em que participem estrangeiros residentes e domiciliados no Brasil, pessoas físicas, brasileiras ou estrangeiras, residentes e domiciliadas no exterior e pessoas jurídicas com sede no exterior
	RESTRIÇÕES E IMPEDIMENTOS
	FUNDAMENTO LEGAL
	EMPRESA DE CAPITAIS ESTRANGEIROS NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde, salvo através de doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações Unidas, de entidades de Cooperação Técnica e de Financiamento e Empréstimos.
	
Constituição da República de 1988: art. 199, parágrafo 3o, e Lei no 8.080, de 19/9/90, art. 23 e parágrafos.
	
EMPRESA DE NAVEGAÇÃO DE CABOTAGEM
Somente brasileiro poderá ser titular de firma mercantil individual de navegação de cabotagem. Tratando-se de sociedade mercantil, cinquenta por cento mais uma quota ou ação, no mínimo, deverão pertencer a brasileiros. Em qualquer caso, a administração deverá ser constituída com a maioria de brasileiros, ou a brasileiros deverão ser delegados todos os poderes de gerência.
	
Constituição da República de 1988: art. 178, Parágrafo único; EC no 7/95; e Decreto- lei no 2.784, de 20/11/40: art. 1o, alíneas "a" e "b" e art. 2o.
	EMPRESA JORNALÍSTICA E EMPRESAS DE RADIODIFUSÃO SONORA E DE SONS E IMAGENS
As empresas jornalísticas e as empresas de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverão ser de propriedade privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, aos quais caberão a responsabilidade por sua administração e orientação intelectual. É vedada a participação de pessoa jurídica no capital social, exceto a de partido político e de sociedade cujo capital pertença exclusiva e nominalmente a brasileiros. Tal participação só se efetuará através de capital sem direito a voto e não poderá excedera 30% do capital social. Tratando-se de estrangeiro de nacionalidade portuguesa, segundo o Estatuto de Igualdade, são vedadas a responsabilidade e a orientação intelectual e administrativa, em empresas jornalísticas e de empresas de radiodifusão sonora e de sons e imagens.
	
Constituição da República de 1988: arts. 12, § 1o, e 222 e
§§; e Decreto no 70.436, de 18/4/72: art. 14, § 2o, inciso I.
	EMPRESAS DE MINERAÇÃO E DE ENERGIA HIDRÁULICA
A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais de energia hidráulica somente poderão ser efetuados mediante autorização ou concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e administração no País.
	
Constituição da República de 1998: art. 176, § 1o; EC no
6/95.
	EMPRESA DE TRANSPORTES RODOVIÁRIOS DE CARGA
A Empresa de Transporte Rodoviário de Carga deverá ter sede no Brasil.
	
Lei no 11.442, de 5/1/07: art. 2º, § 2º, inciso I.
	SOCIEDADE ANÔNIMA - QUALQUER ATIVIDADE
O estrangeiro somente poderá ser administrador, com visto permanente e membro de conselho fiscal de sociedade anônima se residir no Brasil. A subsidiária integral terá como único acionista sociedade brasileira. Tratando-se de grupo de sociedades, a sociedade controladora, ou de comando do grupo, deverá ser brasileira.
	
Lei no 6.404, de 15/12/76 com a nova redação dada pela Lei no 9.457, de 5/5/97: arts. 146,
162, 251 e 164, § 1o.
	EMPRESA AÉREA NACIONAL
A concessão somente será dada à pessoa jurídica brasileira que tiver sede no Brasil; pelo menos quatro quintos do capital com direito a voto, pertencentes a brasileiros, prevalecendo essa limitação nos eventuais aumentos do capital social; a direção confiada exclusivamente a brasileiros.
	
Lei no 7.565, de 19/12/86: art. 181, incisos I a III.
	EMPRESAS EM FAIXA DE FRONTEIRA
EMPRESA DE RADIODIFUSÃO SONORA E DE SONS E IMAGENS
O capital da empresa de radiodifusão sonora e de sons e imagens, na faixa de fronteira, pertencerá somente a pessoas físicas brasileiras. A responsabilidade e orientação intelectual e administrativa caberão somente a brasileiros. As quotas ou ações representativas do capital social serão inalienáveis e incaucionáveis a estrangeiros ou a pessoas jurídicas.
EMPRESA DE MINERAÇÃO
A sociedade mercantil de mineração deverá fazer constar expressamente de seu estatuto ou contrato social que, pelo menos, cinquenta e um por cento do seu capital pertencerá a brasileiros e que a administração ou gerência caberá sempre a maioria de brasileiros, assegurados a estes poderes predominantes. No caso de firma mercantil individual, só a brasileiro será permitido o estabelecimento ou exploração das atividades de mineração na faixa de fronteira. A administração ou gerência caberá sempre a brasileiros, sendo vedada a delegação de poderes, direção ou gerência a estrangeiros, ainda que por procuração outorgada pela sociedade ou firma mercantil individual.
EMPRESA DE COLONIZAÇÃO E LOTEAMENTOS RURAIS
Salvo assentimento prévio do órgão competente, será vedada, na Faixa de Fronteira, a prática dos atos referentes a: colonização e loteamentos rurais. Na Faixa de Fronteira, as empresas que se dedicarem às atividades acima, deverão obrigatoriamente ter pelo menos cinquenta e um por cento pertencente a brasileiros e caber à administração ou gerência à maioria de brasileiros, assegurados a estes os poderes predominantes.
	
Lei no 6.634, de 02/5/79: art. 3o, I e III; e Decreto no 85.064, de 26/8/80:arts. 10, 15 e §§,
17, 18, 23 e §§.
Comunicação ao Departamento de Polícia Federal local
A Junta Comercial, ao arquivar ato de empresa mercantil em que participe estrangeiro, em relação a este deverá informar ao Departamento de Polícia Federal local: nome, nacionalidade, estado civil e endereço residencial; número do documento de identidade emitido no Brasil e órgão expedidor; e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF.
Impedimentos para ser Administrador
Não pode ser administrador de sociedade limitada a pessoa:
a) condenada a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perduraram os efeitos da condenação;
b) impedida por norma constitucional ou por lei especial:
c) brasileiro naturalizado há menos de 10 (dez) anos:
d) em empresa jornalística e de radiodifusão sonora e radiodifusão de sons e imagens;
e) estrangeiro:
f) estrangeiro sem visto permanente;
A indicação de estrangeiro para cargo de administrador poderá ser feita, sem ainda possuir “visto permanente”, desde que haja ressalva expressa no contrato de que o exercício da função somente ocorrerá com a comprovação do visto permanente, quando no ato da posse e investidura.
a) natural de país limítrofe, domiciliado em cidade contígua ao território nacional e que se encontre no Brasil;
b) em empresa jornalística de qualquer espécie, de radiodifusão sonora e de sons e imagens;
c) em pessoa jurídica que seja titular de direito real sobre imóvel rural na Faixa de Fronteira (150 Km de largura ao longo das fronteiras terrestres), salvo com assentimento prévio do órgão competente;
d) português, no gozo dos direitos e obrigações previstos no Estatuto da Igualdade, comprovado mediante Portaria do Ministério da Justiça, pode ser administrador de sociedade limitada, exceto na hipótese de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens;
e) pessoa jurídica;
f) o cônsul, no seu distrito, salvo o não remunerado;
g) o funcionário público federal civil ou militar da ativa. Em relação ao funcionário estadual e municipal, observar as respectivas legislações.
h) o Chefe do Poder Executivo, federal, estadual ou municipal;
i) o magistrado;
j) os membros do Ministério Público da União, que compreende:
k) Ministério Público Federal;
l) Ministério Público do Trabalho;
m) Ministério Público Militar;
n) Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
o) os membros do Ministério Público dos Estados, conforme a Constituição respectiva;
p) o falido, enquanto não for legalmente reabilitado;
q) o leiloeiro;
r) a pessoa absolutamente incapaz:
s) o menor de 16 (dezesseis) anos;
t) o que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiver o necessário discernimento para a prática desses atos;
u) o que, mesmo por causa transitória, não puder exprimir sua vontade
v) a pessoa relativamente incapaz:
w) o maior de 16 (dezesseis) anos e menor de 18 (dezoito) anos. O menor de 18 (dezoito) anos e maior de 16 (dezesseis) anos pode assumir a administração de sociedade, desde que emancipado;
x) o ébrio habitual, o viciado em tóxicos, e o que, por deficiência mental, tenha o discernimento reduzido;
y) o excepcional, sem desenvolvimento mental completo.
Observação: a capacidade dos índios é regulada por lei especial (Estatuto do Índio).
Qualificação de Sócio
- Menor de 18 e maior de 16 anos, emancipado
Deverá constar da qualificação de sócio emancipado o motivo da emancipação.
A prova da emancipação do menor de 18 (dezoito) anos e maior de 16 (dezesseis) anos, anteriormente averbada no registro civil, correspondente a um dos casos a seguir, deverá instruir o processo ou ser arquivada em separado, simultaneamente, com o contrato:
a) pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, ou por sentença judicial;
b) casamento;
c) exercício de emprego público efetivo;
d) colação de grau em curso de ensino superior; e
e) estabelecimento civil ou comercial ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com 16 (dezesseis) anos completos tenha adquirido economia própria.
Número oficial de identidade e órgão expedidor
Sócio residente no País
Deverá ser indicado o número da identidade e as siglas do órgão expedidor e da respectiva unidade da federação mencionadasno documento de identidade. No caso de identidade de estrangeiro, não indicar a UF. São aceitos como documento de identidade: cédula de identidade, certificado de reservista, carteira de identidade profissional, Carteira de Trabalho e Previdência Social ou carteira nacional de habilitação (modelo com base na Lei nº 9.503, de 23/9/97).
Quando o sócio estrangeiro for administrador, é exigida identidade com a prova de visto permanente e dentro do período de sua validade ou documento fornecido pelo Departamento de Polícia Federal com a indicação do número de registro.
Observação: A revalidação da identidade é dispensada para estrangeiros portadores de visto permanente que tenham participado de recadastramento anterior desde que: (a) tenham completado sessenta anos de idade, até a data do vencimento do documento de identidade , ou (b) que sejam portadores de deficiência física. Na oportunidade, será necessária a prova da participação no recadastramento e, se for o caso, da condição de pessoa portadora de deficiência física . (Lei nº 9.505, de 15/10/1997)
Sócio não residente no País
No caso de sócio não residente no País, será necessária a comprovação das informações contidas em seu documento de identidade.
A sociedade, constituída apenas por pessoas físicas residentes no exterior e ou por pessoas jurídicas estrangeiras, deverá ser dirigida por administrador residente no Brasil.
Representação legal de sócio
Quando o sócio for representado, a condição do representante e sua qualificação deverão ser indicadas, em seguida à qualificação do sócio, no preâmbulo e no fecho.
Qualificação de Representante de Condomínio de Quotas
No caso de condomínio de quotas, deverá ser qualificado o representante do condomínio e indicada a sua qualidade de representante dos condôminos.
Nome Empresarial
O nome empresarial obedecerá ao princípio da veracidade e da novidade, incorporando os elementos específicos ou complementares exigidos ou não proibidos em lei.
O nome empresarial pode ser de dois tipos: DENOMINAÇÃO SOCIAL ou FIRMA SOCIAL.
A denominação social deve designar o objeto da sociedade, de modo específico, não se admitindo expressões genéricas isoladas, como: comércio, indústria, serviços. Havendo mais de uma atividade, deverá ser escolhida qualquer delas. É facultativa a indicação do objeto no nome, se a sociedade for Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte (art. 72 da Lei Complementar nº 123/06).
É permitido figurar na denominação social o nome de um ou mais sócios.
Microempresa/Empresa de Pequeno Porte
A adição ao nome empresarial da expressão ME ou MICROEMPRESA e EPP ou EMPRESA DE PEQUENO PORTE não pode ser efetuada no contrato social.
Somente depois de procedido o arquivamento do contrato e efetuado pela Junta Comercial o enquadramento da sociedade na condição de microempresa, ou empresa de pequeno porte, mediante declaração em instrumento próprio para essa finalidade, é que, nos atos posteriores, se deve fazer a adição de tais termos ao nome empresarial.
O enquadramento de microempresa e empresa de pequeno porte pelas Juntas Comerciais será efetuado, conforme o caso, mediante arquivamento de declaração procedida pela sociedade em instrumento específico para essa finalidade.
A declaração a que se refere conterá, obrigatoriamente:
1. - Título da Declaração: DECLARAÇÃO DE ENQUADRAMENTO DE ME ou EPP.
2. - Requerimento da sociedade, dirigido ao Presidente da Junta Comercial da Unidade da Federação a que se destina, requerendo o arquivamento da declaração, da qual constarão os dados e o teor da declaração em conformidade com as situações a seguir:
Enquadramento:
As empresas já enquadradas na condição de microempresas ou empresas de pequeno porte, antes do advento da Lei Complementar nº 123, de 2006, permanecerão nessa condição, caso não incorram em alguma das situações impeditivas do § 4º do art. 3º da referida lei. Quando presente uma das situações do mencionado dispositivo, a empresa deverá promover o seu desenquadramento.
As microempresas e empresas de pequeno porte, nos termos da legislação civil, acrescentarão à sua firma ou denominação as expressões “Microempresa” ou “Empresa de Pequeno Porte”, ou suas respectivas abreviações “ME” ou “EPP”, conforme o caso, sendo–lhes facultativa a inclusão do objeto da sociedade na denominação social.
Capital
Quotas de capital
As quotas de capital poderão ser:
1. de valor desigual, cabendo uma ou diversas a cada sócio; e
2. de valor igual, cabendo uma ou diversas a cada sócio.
Valor de quota inferior a centavo
Não é cabível a indicação de valor de quota social inferior a 1 (um) centavo.
Quota preferencial
Não cabe para sociedade limitada a figura da quota preferencial.
Co-propriedade de quotas
Embora indivisa, é possível a co-propriedade de quotas com designação de representante.
Sócio menor de 18 anos, não emancipado
Participando da sociedade sócio menor, não emancipado, o capital social deverá estar totalmente integralizado, e este não pode fazer parte da administração.
Realização do capital com lucros futuros
Não poderá ser indicada como forma de integralização do capital a sua realização com lucros futuros que o sócio venha a auferir na sociedade.
Integralização com bens
Poderão ser utilizados para integralização de capital quaisquer bens, desde que suscetíveis de avaliação em dinheiro.
No caso de imóvel, ou direitos a ele relativo, o contrato social por instrumento público ou particular deverá conter sua descrição, identificação, área, dados relativos à sua titulação, bem como o número de sua matrícula no Registro Imobiliário.
No caso de sócio casado, salvo no regime de separação total de bens, deverá haver a anuência do cônjuge no contrato ou declaração arquivada em separado, oportunidade em que será cobrado pelo serviço.
A integralização de capital com bens imóveis de menor depende de autorização judicial.
A integralização de capital com quotas de outra sociedade implicará na correspondente alteração contratual modificando o quadro societário da sociedade cujas quotas foram conferidas para integralizar o capital social, consignando a saída do sócio e ingresso da sociedade que passa a ser titular das quotas. Se as sedes das empresas envolvidas estiverem situadas na mesma unidade da federação, os respectivos processos de constituição e de alteração tramitarão vinculados. Caso as sociedades envolvidas estejam sediadas em unidades da federação diferentes, deverá ser primeiramente, promovido o arquivamento da alteração contratual, e em seguida, promover o arquivamento do contrato social com o ingresso do sócio, juntando para comprovação, a alteração contratual já arquivada.
Não é exigível a apresentação de laudo de avaliação para comprovação dos valores dos bens declarados na integralização de capital de sociedade limitada.
Contribuição com prestação de serviços
É vedada a contribuição ao capital que consista em prestação de serviços.
Participação de empresa pública, sociedade de economia mista
A participação no capital de sociedade limitada, por empresa pública ou sociedade de economia mista, depende de autorização legislativa, em cada caso.
Empresa jornalística ou de radiodifusão
A propriedade de empresas jornalísticas e de empresas de radiodifusão sonora e de sons e imagens, bem como a responsabilidade editorial e as atividades de seleção e direção da programação veiculada, em qualquer meio de comunicação social são privativas de brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 (dez) anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País. Em qualquer caso, pelo menos 70% (setenta por cento) do capital social votante das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverá pertencer direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 (dez) anos, que exercerão obrigatoriamente a gestão das atividades e estabelecerão o conteúdo da programação. Tratando-se de estrangeiro de nacionalidade portuguesa, segundo o Estatuto de Igualdade, são vedadas a responsabilidade e orientaçãointelectual e administrativa, em empresas jornalísticas e de empresas de radiodifusão sonora e de sons e imagens.
Observar vedações e restrições legais. (Vide Item 1.2.11.1)
Local da Sede, Endereço e Filais
Deverá ser indicado, no contrato social, o endereço completo da sede (tipo e nome do logradouro, no, complemento, bairro/distrito, município, UF e CEP).
Havendo filiais, para cada uma delas, também deverá ser indicado o respectivo endereço completo.
Objeto Social
O objeto social não poderá ser ilícito, impossível, indeterminado ou indeterminável, ou contrário aos bons costumes, à ordem pública ou à moral.
O contrato social deverá indicar com precisão e clareza as atividades a serem desenvolvidas pela sociedade, sendo vedada a inserção de termos estrangeiros, exceto quando não houver termo correspondente em português ou já incorporado ao vernáculo nacional.
Restrições e impedimentos para certas atividades
É vedado o arquivamento na Junta Comercial de sociedade cujo objeto inclua a atividade de advocacia, inclusive cobrança judicial.
Responsabilidade dos Sócios
Poderá constar do contrato social que “a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social”.
Prazo de Duração
Deverá ser indicada a data de término do prazo da sociedade, quando o mesmo for determinado ou declarado que o prazo da sociedade é indeterminado.
Data de Encerramento do Exercício Social
Indicar a data de encerramento do exercício social, quando não coincidente com o ano civil.
Declaração de Inexistência de Impedimento para o Exercício de Administração da Sociedade
Preferencialmente, deverá constar do contrato social, em cláusula própria, declaração, sob as penas da lei, de que o administrador não está impedido, por lei especial, e nem condenado ou encontrar- se sob efeitos da condenação, que o proíba de exercer a administração de sociedade empresária.
Administração
A administração da sociedade será exercida por uma ou mais pessoas designadas no contrato ou em ato separado.
Quando o administrador for nomeado em ato separado, este deverá conter seus poderes e atribuições.
A administração atribuída no contrato a todos os sócios não se estende de pleno direito aos que posteriormente adquiram essa qualidade.
Não há obrigatoriedade de previsão de prazo do mandato de administrador nomeado no contrato, que, não estando previsto, entender-se-á ser de prazo indeterminado.
Não é exigível a apresentação do termo de posse de administrador nomeado, quando do arquivamento do ato de sua nomeação.
Administrador sócio designado em ato separado
O administrador sócio designado em ato separado investir-se-á no cargo mediante termo de posse no livro de atas da administração.
Se o termo de posse não for assinado nos 30 (trinta) dias seguintes à designação, esta se tornará sem efeito.
Administrador não sócio
A sociedade só poderá ser administrada por não sócio, desde que observados os quóruns legais para designação.
A designação do administrador dar-se-á no contrato ou em ato separado.
A designação de administrador não sócio em ato separado (ata de reunião ou assembleia de sócios ou documento de nomeação do administrador) ou em contrato dependerá da aprovação da unanimidade dos sócios, enquanto o capital não estiver totalmente integralizado, e de dois terços, no mínimo, após a integralização.
O administrador não sócio designado em ato separado investir-se-á no cargo mediante termo de posse no livro de atas da administração.
Se o termo de posse não for assinado nos 30 (trinta) dias seguintes à designação, esta se tornará sem efeito.
Quando nomeado e devidamente qualificado no contrato, o administrador não sócio considerar- se-á investido no cargo mediante aposição de sua assinatura no próprio instrumento.
A declaração de inexistência de impedimento para o exercício de administração da sociedade, se não constar do contrato, deverá ser apresentada em ato separado, que instruirá o processo.
Administrador – pessoa jurídica
A pessoa jurídica não pode ser administradora.
Administrador - estrangeiro
Administrador estrangeiro deverá ter visto permanente e não estar enquadrado em caso de impedimento para o exercício da administração.
Averbação da nomeação de administrador (sócio ou não) designado em ato separado
Nos 10 (dez) dias seguintes ao da investidura, deve o administrador requerer seja averbada na Junta Comercial sua nomeação, utilizando o modelo abaixo ou outro, desde que contenha os dados nele citados, o qual poderá conter a Declaração de Inexistência de Impedimento para o Exercício de Administração da Sociedade, caso não conste do documento de nomeação.
O requerimento deverá ser apresentado para arquivamento em uma Capa de Processo, com os dados do campo destinado ao Requerimento preenchidos e indicando o ATO: 234 – AVERBAÇÃO DE NOMEAÇÃO DE ADMINISTRADOR, porém sem necessidade de assinatura, juntamente com:
a) cópia autenticada da identidade (se estrangeiro, identidade com visto permanente e dentro do prazo de sua validade);
b) Declaração de Inexistência de Impedimento para o Exercício de Administração da Sociedade, se não constar do ato de nomeação ou do requerimento de averbação da nomeação;
c) guia de recolhimento do preço do serviço a favor da Junta Comercial;
d) Ficha de Cadastro Nacional – FCN, Folha 2.
Conselho de Administração
Fica facultada a criação de Conselho de Administração na Sociedade Empresária Limitada.
Sócio menor de 18anos, não emancipado
Não poderão ser atribuídos ao sócio menor de 18 (dezoito) anos, não emancipado, poderes de administração.
Denominação atribuída ao administrador
Não é cabível a designação de “gerente” em correspondência a administrador, em face do disposto no art. 1.172 do CC.
Participação nos lucros e perdas
Não é permitida a exclusão de sócio na repartição de lucros ou prejuízos (arts. 1.006, 1.007 e 1.008 do CC).
Abertura de filiais na unidade da federação ou em outra unidade da federação
Dados obrigatórios
Quando constar do contrato social a informação da existência de filiais, é obrigatória a indicação dos respectivos endereços completos.
Dados facultativos
A indicação de destaque de capital para a filial é facultativa. Se indicado algum valor, a soma dos destaques de capital para as filiais deverá ser inferior ao capital da empresa.
A indicação de objeto para filial é facultativa, porém, quando efetuada, deverá reproduzir os termos do texto do objeto da empresa, integral ou parcialmente.
Ficha de Cadastro Nacional de Empresas - FCN
Relativamente a cada filial aberta, deverá ser juntada à documentação a Ficha de Cadastro Nacional de Empresas - FCN correspondente, além da que se referir à sede.
Foro ou cláusula arbitral
Indicar o foro para o exercício e o cumprimento dos direitos e obrigações resultantes do contrato (alínea “e”, inciso III, art. 53 do Decreto nº 1.800/96) ou indicar eleição do juízo arbitral para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis (art. 1o da Lei nº 9.307/96 e art. 853 do CC).
Assinatura do contrato social
Todos os sócios, ou seus representantes, deverão assinar o contrato.
As assinaturas serão lançadas com a indicação do nome do signatário, por extenso, de forma legível, podendo ser substituído pela assinatura autenticada com certificação digital ou meio equivalente que comprove a sua autenticidade, ressalvado o disposto no inciso I do § 1º do art. 4º da Lei Complementar 123, de 14 de dezembro de 2006.
Não é necessário o reconhecimento das firmas dos sócios.
Na dúvida quanto à veracidade da assinatura aposta, DEVERÁ a Junta Comercial EXIGIR o RECONHECIMENTO DE FIRMA (Lei no 9.784/99).
Assinatura das testemunhas
Não são obrigatórias as testemunhas, que, entretanto, se lançadas deverá conter obrigatoriamente a indicação do nome do signatário, por extenso, de forma legível, do número de identidade, órgão expedidor, UF e as respectivas assinaturas.
Analfabeto
Havendo sócio analfabeto, o contrato deverá ser assinado por seu procurador, nomeado atravésde procuração passada por instrumento público, contendo poderes específicos para assinar o contrato (§ 2º do art. 215 do CC), devendo ser arquivado em processo autônomo, mediante pagamento pelo serviço.
Representados e assistidos
Havendo sócio absolutamente incapaz, o contrato deverá ser assinado pelos representantes legais. Sendo relativa a incapacidade o contrato deverá ser assinado pelos sócios e por quem o assistir.
No caso de representação ou assistência de sócio menor, se o poder familiar for exercido somente por um dos pais, o instrumento deverá conter, razões da não representatividade e assistência do outro, antes das assinaturas, que poderá ser em função da perda, destituição ou extinção do poder familiar, por falecimento.
Visto de Advogado
O contrato social deverá conter o visto de advogado, com a indicação do nome por extenso e número de inscrição na Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil.
Observação: Fica dispensado o visto de advogado no contrato social de sociedade que, juntamente com o ato de constituição, apresentar declaração de enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno porte.
Rubrica
As folhas do contrato, não assinadas, deverão ser rubricadas por todos os sócios ou seus representantes (inciso I do art. 1º da Lei nº 8.934/94).
Assinatura do requerimento de arquivamento
O requerimento de arquivamento deverá ser assinado por administrador, sócio, terceiro interessado ou por procurador com poderes específicos, devendo ser indicado o nome do signatário por extenso, de forma legível e, em querendo, o número do telefone.
No caso de procurador, deverá ser arquivada a procuração em processo separado, como pagamento do preço do serviço devido, com firma reconhecida, se por instrumento particular (art. 1.153 do CC).
Têm legitimidade para requerer o arquivamento de atos perante a Junta Comercial:
a) o administrador, designado na forma da lei;
b) os sócios; e
c) o interessado, conceituado na forma abaixo.
Compete principalmente aos administradores da sociedade providenciar o encaminhamento dos atos sujeitos a registro para que seja procedido o arquivamento. No caso de omissão ou demora, o sócio ou qualquer interessado passará a ter legitimidade.
Configura-se omissão ou demora, independentemente de notificação, o não arquivamento do ato no prazo de trinta dias, contados da lavratura do mesmo (§1° do art. 1.151 do CC).
Tem-se como interessado, toda pessoa que tenha direitos ou interesses que possam ser afetados pelo não arquivamento do ato.
Empresas sujeitas a controle de órgãos de fiscalização de exercício profissional
O arquivamento do contrato social de empresas sujeitas a controle de órgãos de fiscalização de exercício profissional não dependerá de aprovação prévia desses órgãos.
5 - CONCLUSÃO
No presente estudo abordamos mais especificamente a sociedade limitada, sendo ela o tipo societário da nossa constituição, na 2ª fase da nossa disciplina. 
	Analisando bem o tema proposto, podemos observar a importância dessas informações no rumo de uma entidade. E como um planejamento tributário correto, pode fazer com que o início da atividade de um empreendimento empresarial seja bem sucedido. 
6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NORMAS LEGAIS. “lei nº 10.406 DE 10 DE JANEIRO DE 2002”. Disponível <http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei10406.htm> Acesso em 02 abr. 2018.
Estatuto da OAB - Lei 8.906/1994 - artigos 15 a 21.

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