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CÁLCULO NUMÉRICO - EAMB018 / ECIV019 - Período Letivo: 2013-1 Carga Horária: 60h Horários: 2ª feira (11:10 – 12:50) 4ª feira (11:10 – 12:50) Professor: Eduardo Toledo de Lima Junior limajunior@lccv.ufal.br INTEGRAÇÃO NUMÉRICA 2 Caracterização matemática • Sabe-se do cálculo diferencial e integral que se f(x) é uma função contínua em [a,b], então existe F(x) tal que F’(x) = f(x). Assim: • No entanto, pode não ser fácil expressar essa função por meio de combinações finitas de funções elementares. INTEGRAÇÃO NUMÉRICA 3 Caracterização matemática • Existe ainda o caso em que o valor de f(x) é conhecido apenas em alguns pontos. • Como não conhecemos a expressão analítica de f(x), não temos condições de calcular a sua integral. • Uma forma de se obter uma aproximação para a integral de f(x) em um intervalo [a,b] é através dos Métodos Numéricos. INTEGRAÇÃO NUMÉRICA 4 Caracterização matemática • Assim, três aspectos resumem a importância do estudo de técnicas para integração numérica: – A dificuldade na obtenção da integral analítica de funções f(x) complexas; – A função a ser integrada é dada por um conjunto de pontos, sendo a função f(x) desconhecida; – A implementação computacional do cálculo de integrais. INTEGRAÇÃO NUMÉRICA 5 Idéia Básica • Consiste na substituição da função f(x) por um polinômio que a aproxime razoavelmente no intervalo [a,b]. • Assim, o problema fica resolvido pela integração de polinômios, o que é trivial de fazer. • A escolha desses polinômios e de pontos utilizados na sua determinação definem o método de integração utilizado. INTEGRAÇÃO NUMÉRICA 6 Idéia básica • Uma vez estabelecida a aproximação polinomial convenientemente, sua integração pode ser realizada a partir de fórmulas de integração do tipo: FÓRMULAS DE NEWTON-COTES 7 Idéia básica • Nas fórmulas de Newton-Cotes a idéia de polinômio que aproxime f(x) razoavelmente é que este polinômio interpole f(x) em pontos [a,b] igualmente espaçados. • Subdividindo o intervalo [a,b] em n intervalos de comprimento h=(b-a)/n, os pontos de integração de Newton-Cotes são definidos por: FÓRMULAS DE NEWTON-COTES 8 Idéia básica • Além disso, usando o polinômio interpolador de Lagrange de grau n para aproximar a integral, obtém-se a fórmula geral de Newton-Cotes, dada por: ou: FÓRMULAS DE NEWTON-COTES 9 Regra do trapézio • Esta regra corresponde à interpolação da função a ser integrada por um polinômio de grau n=1. • Como este tipo de interpolação linear requer 2 pontos, usa-se os extremos do intervalo como pontos de integração. a b x f(x) FÓRMULAS DE NEWTON-COTES 10 Regra do trapézio • A partir das formulas de Newton-Cotes, pode-se encontrar os pesos usados no polinômio: FÓRMULAS DE NEWTON-COTES 11 Regra do trapézio • Assim, a integração dada pela regra do trapézio é dada por: x0=a x1=b x f(x) f(x0) f(x1) h FÓRMULAS DE NEWTON-COTES 12 Regra do trapézio • A regra do trapézio integra exatamente funções polinomiais com grau igual ou menor que 1. • Para funções que não atendem essa restrição, um erro numérico é introduzido. • Este erro pode ser avaliado pela expressão: onde b é um valor contido no intervalo [a,b]. Vem do Teorema do Valor Médio FÓRMULAS DE NEWTON-COTES 13 Exercício: • Considere a seguinte função: • Deseja-se integrá-la no intervalo [0,1]. A integral analítica é dada por: • Calcule a sua integral definida no intervalo [a,b]= [0,1] usando a regra do trapézio. FÓRMULAS DE NEWTON-COTES 14 Exercício: • Para a regra do trapézio devamos usar a sua fórmula: • Substituindo na função dada: FÓRMULAS DE NEWTON-COTES 15 Regra de Simpson • Esta regra corresponde à interpolação da função a ser integrada por um polinômio de grau n=2. • Como este tipo de interpolação linear requer 3 pontos, usa-se os extremos do intervalo e também o ponto central como pontos de integração. a b x f(x) (b-a)/2 FÓRMULAS DE NEWTON-COTES 16 Regra de Simpson • A partir das formulas de Newton-Cotes, pode-se encontrar os pesos usados no polinômio: FÓRMULAS DE NEWTON-COTES 17 Regra de Simpson • Assim, a integração dada pela regra de Simpson é dada por: x0=a x2=b x f(x) f(x0) f(x1) h f(x2) x1=(b-a)/2 h FÓRMULAS DE NEWTON-COTES 18 Regra de Simpson • A regra de Simpson integra exatamente funções polinomiais com grau igual ou menor que 2. • Caso a função integrante não atenda esta restrição, um erro numérico é introduzido. • Este erro pode ser avaliado pela expressão: onde b é um valor contido no intervalo [a,b]. Também vem do Teorema do Valor Médio FÓRMULAS DE NEWTON-COTES 19 Exercício: • Considere a seguinte função: • Deseja-se integrá-la no intervalo [0,1], usando a regra de Simpson. • A integral analítica já foi calculada no exercício anterior e tem valor: 1,246 • Para a regra de Simpson devamos usar a sua fórmula: FÓRMULAS DE NEWTON-COTES 20 Exercício: • Substituindo na função dada: FÓRMULAS DE NEWTON-COTES 21 Exercício: • Comparando os dois métodos: Analítico: 1,246 Trapézio: 1,155 Simpson: 1,2455 FÓRMULAS DE NEWTON-COTES 22 Outros casos: • Da mesma forma como mostrado anteriormente, pode-se descrever regras de integração, a partir da fórmula de Newton-Cotes, utilizando polinômios com grau n = 3, 4, 5, etc.
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