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2. TEORIA DA EMPRESA E A DICOTOMIA NO DIREITO PRIVADO

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TEORIA DA EMPRESA E A DICOTOMIA NO DIREITO PRIVADO:
O comercio teve inicio na antiguidade, sendo marcado pelas trocas de bens. Foram expoentes desse período os fenícios e babilônios. As primeiras normas surgiram apenas para regular essas trocas.
Na idade média, as cidades se desenvolveram ao redor dos feudos, intensificando-se o comercio.
Com o crescimento e desenvolvimento dos estados, despontaram-se as grandes expedições marítimas tendo como consequência a necessidade de se regular suas atividade. Segundo a doutrina foi nesse período que apareceu o direito comercial.
O 1º período ou fase do D. comercial a principio foi produto da reunião de artesões e comerciantes que uniram-se em corporações “corporações de oficio”, buscando uma tutela jurídica para suas atividade. Foi marcado por um extremo subjetivismo, era um direito classista, corporativo, que amparava apenas a classe dos comerciantes e artesões vinculados a corporação.
Com o liberalismo e com ele as grandes revoluções as normas subjetivistas do primeiro estágio não correspondia aos ideias de “igualdade política, social e jurídica” e que estavam eclodindo naquela época.
Surge o 2º período do direito comercial que teve como expoente o Code de commerce, elaborado em 1808 por Napoleão Bonaparte, passando a existir uma objetividade dos atos legais de comercio. Era baseada na TEORIA DOS ATOS DE COMERCIO e o direito comercial passou a definir quais atos seriam considerados comerciais e, portanto, regido pelas normas mercantis. 
Essa teoria foi adotada por muito tempo, no entanto, não acompanhou a evolução da sociedade. Na lista de atividades não estavam atividades importantes como prestação de serviços em maça e as atividades agrícolas, as quais, por essa razão, eram regidas pela legislação comum. Por essa razão foi se alargando o campode incidência normativo comercial. Seguidas leis foram promulgadas, como o CDC, Lei de S.A., relacionadas a títulos de crédito....
Já na década de 40, na Itália, foi consagrado a “TEORIA DA EMPRESA” iniciando a 3º e atual fase do direito comercial.
De acordo com essa teoria o amparo do direito comercial recai sobre a atividade empresarial. Considera-se atividade empresarial aquela desenvolvida profissionalmente e com habitualidade , seja por um empresário invidual, seja por uma sociedade empresária, de forma economicamente organizada, voltada à produção ou circulação de mercadorias ou serviços.
A teoria da empresa, que inspirou a reforma legislativa comercial de diversos países, teve sua inserão no ordenamento nacional apenas com o código de 2002 CC.
INTERESSANTE que mesmo o direito positivo brasileiro ainda se mantivesse ligado à segunda fase do direito comercial, tanto a doutrina quanto a jurisprudência já defendiam a “Teoria da empresa”
TEORIA DA EMPRESA E SUA DICOTOMIA NO DIREITO PRIVADO
Nas antiguidade fases do direito comercial fazia total sentindo a criação de um sistema apartado do direito comum, que lhes garantisse o adequado exercício de suas atividades, tendo em vista que os comerciantes eram sujeitos a um regime jurídico monárquico absolutista que não lhes traziam segurança. Mas, com o passar do tempo, Com o passar do tempo, observou-se a ausência de critérios científicos que sustentassem a separação entre os ramos civil e comercial. Outrossim, observou-se o desvio do eixo do comércio para a Empresa, fazendo com que novas teorias tivessem de ser formuladas. Não havia mais razão de ser daquele ramo apartado do direito havia a necessidade de fazer com que o direito privado fosse tido hoje como uno, embora respeite as particularidades de seus ramos, tais como o direito de Empresa.
o SISTEMA ITALIANO com a teoria da empresa cria uma espécie de regime geral para a regulação das atividades de natureza privada, não mais existindo a arcaica divisão entre matéria civil e comercial, salvo as especificidades de cada caso. No entanto, no Brasil, mesmo com a tentativa de unificar com a entrada do novo CC DE 2002, é ilusória a unificação do direito obrigacional se permanecer a falência como instituto especificamente mercantil. Segundo REALE esta unificação é parcial, apenas no campo das obrigações e de alcance meramente legislativo e não doutrinário.

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