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MEDICINA NUCLEAR

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UNIGRANRIO – TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA 
EXAMES CINTILOGRÁFICOS – Parte 1 
Prof Kleber Couto 
1 
 
MEDICINA NUCLEAR 
 
Especialidade médica relacionada à Imaginologia que se ocupa das técnicas de 
imagem, diagnóstica e terapêutica com a utilização de partículas ou nuclídeos 
radioativos. 
 
É um ramo da Radiologia que se fundamenta na utilização da energia nuclear para 
fins médicos de diagnóstico e de terapia mediante o uso de substâncias conhecidas na 
física como isótopos radioativos, ou seja, que emitem radiações. 
 
A Organização Mundial da Saúde assim define a Medicina Nuclear: 
 
“A Medicina Nuclear é a especialidade que se ocupa do diagnóstico, 
tratamento e investigação médica mediante o uso de radioisótopos 
como fontes radioativas abertas.” 
 
A Sociedade Brasileira de Biologia, Medicina Nuclear e Imagem 
Molecular a define como “a especialidade médica que emprega fontes 
abertas de radionuclídeos com finalidade de diagnóstico e de terapia.” 
 
Como recurso diagnóstico, é um meio seguro e eficiente, em geral indolor e não 
invasivo, onde se obtém informações que, de outra maneira, seriam impossíveis de 
conseguir, ou seja, é um conjunto de procedimentos de alta sensibilidade para 
encontrar anormalidades na estrutura e na função dos órgãos estudados, com a 
virtude de identificar, precocemente, numerosas alterações orgânicas e funcionais em 
relação a outros métodos diagnósticos. 
 
"A Medicina Nuclear está para a Fisiologia como a Radiologia para a Anatomia". 
 
Permite observar o estado fisiológico dos tecidos de forma não invasiva, através da 
marcação de moléculas participantes nesses processos fisiológicos com isótopos 
radioativos. 
 
Estes denunciam sua localização com a emissão de partículas detectáveis, sob a forma 
de raios gama (fóton). 
 
A detecção localizada de muitos fótons gama com uma câmara gama permite formar 
imagens ou filmes que informem acerca do estado funcional dos órgãos. 
 
A maioria das técnicas usa ligações covalentes ou iónicas entre os elementos 
radioativos e as substâncias alvo, mas hoje já existem marcadores mais sofisticados, 
como o uso de anticorpos específicos para determinada proteína, marcados 
radioativamente. 
 
UNIGRANRIO – TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA 
EXAMES CINTILOGRÁFICOS – Parte 1 
Prof Kleber Couto 
2 
 
A emissão de partículas beta ou alfa, que possuem alta energia, pode ser útil do ponto 
de vista terapêutico, para destruir células ou estruturas indesejáveis. 
 
Além de seu uso no diagnóstico, o método permite avaliar lesões recidivas, 
acompanhar a evolução, a remissão ou a progressão de certas enfermidades. 
 
Os procedimentos utilizados tem a virtude de substituir outros testes que submetem 
o paciente a um maior risco iatrogênico, à maior exposição às radiações, que lhes 
causam maior desconforto. Também substituem outras formas de exames mais 
onerosos usados em diagnóstico, portanto sendo indispensável para diagnóstico e 
acompanhamento de enfermidades cardíacas, oncológicas, endócrinas, 
traumatológicas, renais, pulmonares, etc. 
 
Como recurso usado na terapia, também é um meio seguro, eficiente e de “baixo 
custo” para tratar certas afecções benignas e malignas curáveis com irradiação. 
 
 
EXAMES CINTILOGRÁFICOS 
 
 
A radiologia diagnostica cria uma imagem pela passagem da radiação através do 
corpo a partir de uma fonte externa. 
 
Diferentemente da radiologia diagnostica, a cintilografia cria uma imagem a partir da 
medição da radiação emitida por marcadores internamente. 
 
A imagem é produzida portanto pela emissão de radiação vinda do 
paciente. 
 
As doses de radiação são comparáveis e variam dependendo do exame. Também 
difere das outras modalidades radiológicas ao demonstrar a função de uma área 
especifica do corpo. 
 
Em algumas ocasiões, esta informação fisiológica pode ser combinada a imagens 
mais anatômicas da TC e RM, o que melhora a capacidade diagnostica. 
 
Em lugar do meio de contraste são usados compostos radiofarmacêuticos que são 
marcados por radionuclídeo. 
 
As administrações dos radiofarmacos são por via intravenosa, ingestão ou inalação. 
 
O método de administração depende do tipo de exame, órgão ou processo orgânico a 
ser estudado. 
 
UNIGRANRIO – TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA 
EXAMES CINTILOGRÁFICOS – Parte 1 
Prof Kleber Couto 
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Por definição todos os radiofarmacos emitem radiação. A radiação emitida é 
detectada e sua imagem é obtida por equipamentos especializados como câmeras 
gama, tomografia por emissão de pósitrons (PET) e tomografia computadorizada por 
emissão de fóton único (SPECT). 
 
Em alguns exames, a radiação pode ser medida pelo uso de sondas, ou pode-se colher 
amostras dos pacientes e medi-las em contadores. 
 
A premissa envolve a biologia funcional, razão pela qual se pode não apenas 
documentar um processo mórbido, mas também investigar doenças. 
 
Os compostos radiofarmacêuticos que são usados na aquisição das imagens emitem 
raio gama (γ), e aqueles usados para tratamento emitem partícula beta (β). 
 
Os raios γ tem energia mais alta para atravessar o corpo e ser detectados por uma 
câmera de detecção, enquanto as partículas β percorrem apenas distancias pequena e 
emitem sua dose de radiação no órgão alvo. 
 
Por exemplo, pode-se usar tecnécio-99m ou iodo 123 para detecção de doenças da 
tireoide, mas cânceres ou doenças da glândula tireoide só podem ser tratados 
unicamente com pelo iodo 131. 
 
OBS: Na maioria das vezes, a cintilografia da tireoide é realizada através de tecnécio-
99m, pois a qualidade de imagem é superior e apresenta menor dose de radiação para 
o paciente em comparação à realizada com iodo 131, devido às suas características 
físicas (energia mais baixa e meia vida mais curta de 6 horas) e é suficiente para 
avaliar a funcionalidade dos nódulos palpáveis ou identificados ao ultrassom, 
podendo ser diferenciados entre nódulos hipocaptantes ou hipercaptantes; para 
avaliar bócios difusos, multinodulares, tireoidites ou malformações em geral. No 
entanto, vale lembrar que o tecnécio-99m é captado pela tireoide, mas não é 
organificado e, portanto, alguns nódulos podem captar tecnécio-99m, mas não o iodo 
131. 
 
O iodo 131 foi o primeiro isótopo utilizado para avaliação da tireoide, mas devido à 
maior dose de radiação para o paciente e pior qualidade de imagem, tem sido pouco 
utilizado. Eventualmente é empregado para caracterizar melhor casos de bócio 
mergulhante ou tecido ectópico. 
 
O iodo 123 é uma boa alternativa para a cintilografia tireoidiana, devido à sua menor 
meia vida física e qualidade de imagem, porém, seu custo é mais elevado. 
 
O preparo para os exames é semelhante, independente do radiotraçador utilizado 
para a cintilografia (tecnécio-99m, iodo 123 ou iodo 131), pois todos eles competem 
com o iodeto circulante que será captado pela célula folicular. Portanto, deve-se fazer 
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o preparo habitual com a suspensão de substâncias iodadas ou alimentação rica em 
iodo. 
(Dra. Tomoco Watanabe, médica nuclear Centro de Medicina Nuclear do HCFMUSP - São Paulo-SP). 
 
Os radionuclídeos, usados estão ligados quimicamente a um complexo designado 
como marcador, de modo que, quando administrados, eles possam agir de maneira 
característica no corpo. 
 
A maneira como o corpo lida com esse marcador pode diferir em doenças ou 
processos patológicos, demonstrando assim imagens diferentes do normal em 
estados mórbidos. 
 
Por exemplo, o marcador ósseo é o metileno-difosfonato(MPD), que é ligado ao 
tecnécio-99m para a aquisição das imagens ósseas. 
 
O MDP se liga a hidroxiapatita dos ossos. Se houver no osso alteração fisiológica por 
uma fratura, um acometimento metastático ou uma alteração artrítica haverá um 
aumento na atividade óssea e, portanto, um acumulo maior do marcador nessa região 
em comparação com o osso “normal”. 
 
Isso ocasionará um “ponto quente” focal do composto radiofarmacêutico em uma 
cintilografia óssea. 
 
Os Radionuclídeos intravenosos mais comuns são leucócitos marcados com iodo: 
iodo 123, tálio 201, gálio 67, índio 111. 
 
Os Radionuclídeos gasosos/ em aerosol mais comuns são xenônio 133, criptônio 81m, 
tecnécio 99m e tecnécio-99m DTPA. 
 
O SPECT é um conjunto de imagens em sequencia temporal ou sequencias espaciais 
em que a câmera gama se move ao redor do paciente. 
 
O exame em sequencias espacial permite que a documentação seja apresentada como 
uma pilha de imagens em fatias, de modo muito semelhante a TC e RM. 
 
Podendo ser fundidas com elas produzindo imagens fisiológicas e anatômicas 
combinadas. 
 
O PET mede as funções corporais importantes como fluxo sanguíneo, uso de oxigênio 
e metabolismo da glicose para avaliar quão bem vão os órgãos e tecidos, estão 
funcionando. 
 
No PET, isótopos marcadores radioativos de vida curta são incorporados 
quimicamente a moléculas biológicas ativas (fluorodesoxiglicose- FDG que é um 
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açúcar), depois de injetado no corpo essas moléculas ativas se concentram nos 
tecidos de interesse. 
 
Depois de uma hora se pode adquirir as imagens, ao ser emitido o pósitron pelo 
isótopo ele declina, ao ser emitido percorre alguns milímetros e se aniquila 
juntamente com um elétron. 
 
Secundariamente há a produção de um par de fótons γ que se movem em direções 
opostas, os detectores do exame PET processam unicamente esses pares de fótons. 
 
Esses dados são processados e criam uma imagem da atividade do tecido em relação 
ao isótopo especifico. 
 
Então essas imagens podem ser fundidas com as de TC e RM. Os isótopos utilizados 
são carbono 11 (~20min), nitrogênio 13(~10min), oxigênio 13(~2min) e flúor-
18(~110min). 
 
OBS: A parte mais difícil e sofisticada da instalação PET é o cíclotron. 
Esta é uma máquina usada para produzir os radioisótopos (elementos químicos 
radioativos) , que são usados para sintetizar os radiofármacos (as substâncias que 
serão usadas na realidade para fazer a imagem do cérebro ). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O cíclotron é um acelerador de partículas nucleares subatômicas. Ele produz uma 
grande quantidade de prótons (partículas pesadas com uma carga elétrica positiva) e 
coloca-os em movimento a uma taxa acelerada ao longo de uma órbita circular, 
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dentro de uma câmara controlada por campos eletromagnéticos poderosos 
alternantes. 
Assim, as partículas ganham energia e são esmagadas/colididas contra um alvo a 
uma velocidade quase igual a da luz. 
Os átomos, em uma substância colocada neste alvo, são transformados pelo seu 
bombardeamento em isótopos instáveis e radioativos, por meio de uma reação 
nuclear. 
Existem muitos isótopos radioativos que 
podem ser produzidos no cíclotron. De modo a 
usá-los no equipamento PET para obter 
imagens do corpo, eles precisam: 
 Ser capazes de emitir pósitrons quando 
eles decaiam radioativamente, ou seja, 
quando eles se transformam em 
isótopos instáveis em outros, estáveis. O 
pósitron é a anti-partícula de um 
elétron, ou seja, nós podemos pensar 
que ele é como se fosse um tipo de 
elétron com uma carga elétrica positiva 
ao invés de uma negativa. 
 Ter um período curto de estabilidade, 
ou seja, eles devem demorar poucos 
minutos para que qualquer átomo determinado de seu isótopo emita um 
pósitron e se transforme em um elemento instável. 
 Ser facilmente incorporados em um radiofármaco útil, através de síntese 
química. Como o carbono, o nitrogênio e o oxigênio existem em praticamente 
todas as substâncias que ocorrem naturalmente no corpo, muitas moléculas 
diferentes podem ser sintetizadas, e usadas para obter imagens funcionais 
específicas. 
A medida média de estabilidade é chamada de meia vida, que é o tempo que 
demora a diminuir pela metade os números de isótopos radioativos daquele 
elemento. 
Este é o motivo porque muitas das instalações PET do mundo tem o cíclotron bem ao 
lado do tomógrafo PET. 
É uma verdadeira corrida contra o relógio, pois assim que o radioisótopo é obtido, 
restam poucos minutos para sintetizar o radiofármaco e injetá-lo no paciente, de 
modo que o PET e o cíclotron não devem estar muito distantes um do outro. 
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O cíclotron de marca RDS, fabricado pela empresa CTI, do grupo multinacional 
Siemens, e que é mostrado na figura superior, é um dos mais usados em centros de 
PET no mundo. 
Ele incorpora um terminal de computador, que é usado para controlar o fluxo de 
produção, e uma unidade de biossíntese, que tem diversos tipos de aparelhos 
especializados para realizar as sínteses químicas dos radiofármacos. 
(Créditos das imagens: The Crump Institute for Biological Imaging, Department of Pharmacology, 
University of California at Los Angeles. The Center for Positron Emission Tomography, State 
University of New York at Buffalo, USA)

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