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Terminologia e nomenclatura
Última actualização Sexta, 02 Novembro 2012
A prática da radioterapia implica a utilização de regras e de uma nomenclatura específica para definir a forma como os
tratamentos devem ser descritos. Só desta forma será possível a comparação de tratamentos entre diferentes instituições e
a avaliação de resultados tendo em vista a melhoria dos processos de tratamento. É este o objectivo dos reports ICRU 50 e
62. 
Procedimento para Radioterapia
International Commission on Radiation Units and Measurements (ICRU) 
 - definição de regras
 - medir, registar e partilhar dados de forma clara e inequívoca. 
 ICRU 50 
 - enumera e detalha a terminologia e a metrologia a usar em radioterapia externa
 - base obrigatória de trabalho para este procedimento.ICRU 62 
 - extensão de alguns conceitos e definições do ICRU 50
Avaliação clínica completa
(local e extensão tumoral, estadiamento, tipo morfológico, etc.)
 - Decisão de efectuar radioterapia externa e prescrição do tratamento
 - Localização/simulação - Aquisição de dados anatómicos adicionais para o planeamento de dose
 - Determinação dos volumes
 - Selecção provisória da disposição dos feixes e computação das distribuições de dose correspondentes
 - Comparação das distribuições de dose e selecção do melhor plano
 - Computação definitiva/total do plano de tratamento seleccionado
 - Verificação/simulação
 - Transposição de dados para o aparelho de tratamento
 - Verificação do tratamento
 - Seguimento
 - Análise de resultadosTodos os passos, à excepção do último, implicam a colecção de dados – documentação
Esta é a base de trabalho do último passo.
A especificação de volumes e doses
Pode ser feita com três objectivos diferentes: 
 - prescrição,
 - registo/documentação 
 - relato final do tratamento.
Prescrição
 - definição da intenção terapêutica, curativo vs. paliativo;
 - definição de volumes
 - especificação das doses a administrar
 - outros parâmetros (fraccionamento, etc).A prescrição de dose é uma decisão clínica devendo basear-se na experiência
da utilização de determinados níveis de dose e nos resultados com eles obtidos.
Deve ser feita uma descrição provisória do tratamento, na altura em que for decidido efectuar radioterapia.
Nos casos em que a técnica de tratamento obedece a um protocolo anteriormente delineado, esta prescrição provisória
muitas vezes é já a definitiva.
 
Apesar da liberdade que o radioterapeuta tem de prescrever os parâmetros do tratamento, a prescrição deverá obedecer
a um mínimo de regras, de modo a 
 - não produzir ambiguidades, 
 - ser comprensivel por qualquer elemento da equipa de tratamento, 
 - permitir uma descrição posterior para fins de relatório final do tratamento.
radioterapia@pt
http://ruirodrigues.net/radioterapia Powered by Joomla! Versão PT by RR Gerado: 25 May, 2014, 21:21
Registo
Deve ser efectuado o registo de todos os parâmetros relacionados com o tratamento que permita uma posterior
reconstrução de todo o processo terapêutico.
 
Relatório
O relato final do tratamento deve ser
 - claro,
 - desprovido de ambiguidades e
 - suficientemente detalhado
Em claro contraste com a prescrição, não há qualquer liberdade no relato dos dados basais relativos a volumes e a
doses.
 Objectivo do Tratamento
Tratamento Radical de Neoplasias MalignasO tratamento com intenção curativa ou radical
 Objectivo: reduzir o número de células no tumor e obter um controle local permanente.
Implica a irradiação de diferentes volumes com doses diferentes.
O volume constituído pelo tumor macroscópico, clinicamente demonstravel, será objecto de uma dose superior à
administrada no volume que inclui doença infraclínica.
Por vezes é impossível demonstrar inequivocamente os limites anatómicos da zona a tratar:§ quando a radioterapia é
administrada após a remoção do tumor primitivo
§ sobre as referidas áreas de doença subclínica.
Tratamento Paliativo de Neoplasias MalignasObjectivo: controle de sinais ou sintomas devidos ao crescimento tumoral.
Pode incluir todo ou apenas parte do volume tumoral macroscópico
Patologia BenignaPode ou não incluir a totalidade dos tecidos afectados
 As recomendações do ICRU 50 / ICRU 62 
baseadas nas situações abrangidas nos dois primeiros pontos e aplicáveis às restantes.
 Volume interior
GTV Volume tumoral
CTV I * + margem de segurança (incerteza clínica)
CTV II * + doença sub-clínica / gânglios em risco
ITV * + movimento dos órgãos internos (IM)
PTV + incertezas no posicionamento e feixe (SM)
TV + considerações práticas (exquibilidade das protecções)
Volume exteriorIV + corredores de entrada dos feixes (tolerância, ef.tardios)
Orgãos de risco
OR Volume do órgão de tolerância incluído no VI (DVH)TRV + incertezas (IM, SM)
VolumesO processo de determinação dos volumes a tratar consiste numa série de passos distintos
Podem ser definidos vários volumes
Correspondem a diferentes ´concentrações´, demonstradas ou suspeitas, de células malignas.
radioterapia@pt
http://ruirodrigues.net/radioterapia Powered by Joomla! Versão PT by RR Gerado: 25 May, 2014, 21:21
Considerar as alterações previsíveis das suas relações com os feixes de tratamento durante a sua administração:
 - mobilidade do doente durante o tratamento
 - movimentos respiratórios
 - possíveis erros no posicionamento inicial.
A aquisição de dados anatómicos adicionais deverá ser efectuada
 - na posição de tratamento
 - com os dispositivos de imobilização adequados,
 - com recurso a RX convencional (simulador) ou TAC de planeamento.
Volume Tumoral Demonstrável (GTV - gross tumor volume)
 - Tumor ou extensão tumoral visível ou demonstrável clinicamente.
 - Devem ser indicados os métodos utilizados para a avaliação deste volume
 - Os valores podem variar para diferentes métodos (e.g. manual, ECO ou TAC).
Razões para definir este volumeO GTV deve receber uma dose adequada em cada tratamento (controlo tumoral)
Permite o registo e seguimento da resposta do tumor ao tratamento.
Volume (Alvo) Clínico (CTV - clinical target volume I & II) (ICRU 62)
 - É o volume de tecido que engloba o GTV e/ou doença maligna subclínica ou microscópica
 - O êxito terapêutico depende da eliminação do tumor e doença sub-clínica
Inclui:
I: uma margem finita em redor do tumor demonstrável (risco clínico demonstrado)II: áreas de doença infraclínica (zonas
de drenagem ganglionar não atingidas).
O CTV (I e II) é um conceito anátomo-clínico
Deve ser definido antes da escolha da modalidade e técnica de tratamento a usar.
Volume Alvo de Planeamento (PTV - planning target volume)
No caso da radioterapia externa terão que ser adicionadas margens ao CTV para compensar :
 - alterações motivadas pela mobilidade dos órgãos internos ou do próprio doente e
 - pequenas imprecisões no posicionamento do doente e localização dos feixes de tratamento
(IM: internal organ motion / SM: setup margin)
 O PTV é um conceito geométrico
 - Permite a escolha adequada das dimensões e disposição relativa dos feixes de tratamento
 - Tem em conta o efeito global de todas as variações geométricas e imprecisões
 - Garante que a dose prescrita é de facto absorvida no VAC.
 - A sua forma e tamanho dependem do CTV e da técnica usada para o tratamento
 - De acordo com a situação clínica o PTV pode ser muito similar (e.g. tumores cutâneos) ou muito diferente (e.g. tumores
do pulmão) do CTV
 - Para um mesmo CTV, o PTV pode variar bastante para diferentes disposições de campos.
 - Dependendo ainda da técnica de tratamento podem ser definidos mais dois volumes, o Volume Tratado e o Volume
Irradiado.
Volume Tratado (TV – Treated volume)
 - Volume envolvido por uma determinada superfície de isodose, seleccionada e especificada pelo radioterapeuta comosendo a mais adequada para atingir os objectivos do tratamento.
 - Idealmente, a dose deveria ser administrada apenas no PTV
 - Devido a limitações na técnica de tratamento este objectivo pode não ser atingido, levando à definição do TV
 - A relação entre a forma e tamanho do TV e do PTV, é um parâmetro importante para a optimização do tratamento (índice
de conformidade)
 - Uma recorrência dentro do TV mas fora do PTV pode ser considerada uma recorrência "verdadeira", devida a uma
dose inadequada e não a um volume desadequado.
radioterapia@pt
http://ruirodrigues.net/radioterapia Powered by Joomla! Versão PT by RR Gerado: 25 May, 2014, 21:21
Volume Irradiado (IV – Irradiated volume)
 - É o volume de tecido que recebe uma dose considerada significativa em termos de tolerância dos tecidos sãos
 - A dose pode ser expressa em valores absolutos ou relativos à dose especificada no Alvo
 - A comparação de diferentes Volumes Irradiados, correspondendo a diferentes técnicas de tratamento para a mesma
situação, permite uma estimativa da qualidade do tratamento, podendo ser usada como parte de um processo de
optimização.
Órgãos de Risco (Organ at risk (OR)
Tecidos normais, cuja sensibilidade pode influenciar o planeamento e/ou prescrição da dose.As margens entre volumes
podem ser influenciadas por órgãos de extrema sensibilidade
 - Classe I: em série (medula)
 - Classe II: em paralelo (pulmão)
 - Classe III: mistos - séries em paralelo (rim) ou combinados (coração) – série (coronárias) e paralelos
(miocárdio)
Localização dos orgãos de tolerância (mesmo método que GTV)
Planning organ at risk volume (PRV)
Inclui margem de segurança em função da mobilidade do órgão e incertezas no posicionamento
 PTV = CTV + (IM + SM)a (IM: internal organ motion; SM: setup margin) (a - adição não linear)
 Índice de conformidade: IC = TV /PTV (® 1) (menor é melhor)
 
Devem ser sempre descritas relativamente ao PTV:
 - A dose no seu centro
 - As doses máxima e mínima
Podem ser úteis:
 - A dose média
 - Desvio padrão
 - Histogramas de volume/dose
Ponto de Referência ICRU
 - Base do sistema de relato de doses e volumes recomendado
 - Localizado dentro do PTV
O ponto ICRU será seleccionado de acordo com os seguintes critérios gerais:
 - dose clinicamente relevante e representativa da dose em todo o PTV
 - deve ser fácil de definir, de uma forma clara e sem ambiguidades,
 - deve ser seleccionado num local onde a dose possa ser determinada com precisão,
 - deve ser seleccionado numa região onde não haja um gradiente de dose acentuado. 
O cumprimento destas recomendações será facilitado se o ponto ICRU estiver localizado no centro do PTV, ou perto
dele e no eixo central do ou dos feixes de tratamento, ou perto dele.
 
Variação de Dose no Volume de PlaneamentoNo mínimo serão descritas as doses máxima e mínima no PTV, bem como
a dose no Ponto de Referência ICRU.
Outros valores considerados relevantes poderão ser reportados, quando existam (dose média, histogramas
dose/volume, doses biológicas equivalentes)
 - Distribuição Tridimensional de Dose
 - Dose Máxima (D max)
 - Dose Mínima (D min)
radioterapia@pt
http://ruirodrigues.net/radioterapia Powered by Joomla! Versão PT by RR Gerado: 25 May, 2014, 21:21
 - Dose Média (D average)
 - Dose Mediana (D median)
 - Dose Modal (D modal)
 - Pontos Quentes
 - Pontos frios
Níveis de avaliação de dose para o relatório de tratamento
Detalhe e precisão no relato do tratamento dependem: 
 - das condições existentes em cada departamento e
 - do objectivo do tratamento.Nível 1 - são descritas a dose no Ponto ICRU e a variação de dose no eixo central
Nível 2 - podem ser calculadas distribuições de doses em planos (2D)
Nível 3 - podem ser calculadas distribuições de doses em volumes (3D)
Nível 1: Técnicas básicas
 - Os requisitos mínimos para o relatório final podem ser seguidos por todos os centros, (mesmo com restrições relativas
aos aparelhos de tratamento, dosimetria, e pessoal)
 - Este nível pode ser suficiente, independentemente das disponibilidades tecnológicas, quando são efectuados
tratamentos simples (e.g. alguns tratamentos paliativos).
 - São determinados a dose no Ponto de Referência ICRU e uma estimativa das doses máxima e mínima no VAP
Nível 2: Técnicas avançadas
 - Os padrões de planeamento a este nível permitem o registo de informação mais completa
 - Existe a possibilidade de troca entre diferentes centros de informação mais completa
 - Assume-se que o GTV, CTV e PTV podem ser definidos em um ou mais planos
 - Pressupõe o uso de ferramentas fiáveis na aquisição de dados anatómicos, debaixo de condições técnicas controladas e
fiáveis (e.g. TAC e RMN)
 - É igualmente assumido que são efectuados:
o Cálculos de dose no plano central do PTV
o Cálculos de dose em outros planos relevantes
o Correcção de heterogeneidades, quando indicado.
Nível 3: Técnicas em desenvolvimento
 - A efectivação do planeamento no nível 3 proporcionará material para o desenvolvimento de novas técnicas e
investigação clínica em radioterapia.
 - A este nível, o cálculo de doses em três dimensões (3D) de qualquer disposição de feixes (tal como feixes não
coplanares) e de histogramas dose/volume, são possíveis.
 
radioterapia@pt
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