Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
COMO REALIZAR DIAGNÓSTICO DE DELIRIUM FONTE: Bruno Lagoeiro – pebmed.com.br Definição: Distúrbio agudo da consciência associado a alteração da cognição, não atribuída a quadro demencial prévio, com flutuação ao longo do dia. O delirium costuma acompanhar um sofrimento orgânico difuso, no qual o SNC é apenas um dos órgãos afetados. A presença dedelirium é um sinal de prognóstico ruim, indicando aumento da morbimortalidade associada ao quadro subjacente. Não há consenso sobre a distinção entre delírio e estados de confusão mental. Os termos “estado confusional agudo” e “encefalopatia” são muitas vezes usados como sinônimo de delirium. O termo mais geral “confusão” é usado para indicar um problema com o pensamento coerente. Pacientes confusos são incapazes de pensar com velocidade normal, clarezaou coerência. Confusão é tipicamente associada com um sensório deprimido e uma reduzida capacidade de atenção. Suspeita Clínica: O diagnóstico parte da suspeita do quadro de desorientação. Em geral, os principais sinais e sintomas apresentados são: Alteração do nível de consciência; Comprometimento da atenção; Alteração do funcionamento cognitivo; Aumento ou diminuição das atividades psicomotoras; Alteração do ciclo sono-vigília; Transtorno emocional associado. COMO REALIZAR DIAGNÓSTICO DE DELIRIUM FONTE: Bruno Lagoeiro – pebmed.com.br Quadro Clínico: Presença das três características fundamentais: Distúrbio do estado de vigilância e aumento da distração; incapacidade de realizar série de movimentos com objetivo definido; incapacidade de manter pensamento coerente; Pródromo: Queixas de fadiga, distúrbios do sono (sonolência diurna excessiva ou insônia), depressão, ansiedade, inquietação, irritabilidade e hipersensibilidade à luz ou som. Com a progressão há distúrbios de percepção e de comprometimento cognitivo; Curso temporal: Desenvolve-se ao longo de horas a dias e tipicamente persiste por dias a meses. A agudeza da apresentação é o recurso mais útil em diferenciá-lo da demência. Além disso, apresenta características instáveis, tornando-se geralmente mais grave durante a noite; Quadro psiquiátrico pode vir acompanhado de alucinações ou ilusões (principalmente visuais e táteis), desorientação, agitação ou apatia, déficit de memória e distúrbios do sono; Podem ocorrer tremores, flapping e mioclonias; Sinais da doença subjacente. Exames Complementares: Glicemia capilar (1º exame): Deve ser solicitada em todo paciente admitido com rebaixamento do nível de consciência, confusão e agitação; Exames específicos para causa subjacente; Exames úteis para rastreio da causa subjacente: Hemograma completo; Eletrólitos; Uréia e creatinina; EAS + Urocultura; Radiografia de tórax; Eletrocardiograma. Diagnóstico diferencial: Algumas doenças psiquiátricas apresentam importante diagnóstico diferencial com o delirium, devendo ser excluídas na suspeita do mesmo: Demência; Esquizofrenia; Depressão; Psicose de Korsakoff; Afasia de Wernicke.
Compartilhar