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JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA

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JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA 
Conceito: jurisdição 
É a função atribuída a terceiro imparcial de realizar o direito de modo imperativo e criativo, reconhecendo e efetivando, protegendo situações jurídicas concretamente deduzidas em decisão insuscetível de controle externo e com aptidão para tornar-se indiscutível (Fredie Didier Júnior).
Análise do conceito: 
Terceiro imparcial: heterocomposição um terceiro substitui a vontade das partes e determina a solução do problema apresentado.
Distingue a função jurisdicional das demais funções estatais. . Imparcialidade: o juiz não pode ter interesse no litígio.
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JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA 
Imperatividade por ser manifestação de um Poder Estatal.
Criatividade ou reconstrução: recria-se a norma jurídica do caso concreto, o juiz/Tribunal recria a norma abstrata.
Proteção de situações jurídicas ou tutela de direitos: conhecimento, executiva segurança, cautelar e jurisdição voluntária. Esse exercício se faz por meio do processo, com garantias do devido processo legal.
Situação jurídica concreta: a atuação da jurisdição é para solução de problemas concretos.
Sem controle externo, o Poder Judiciário dará a palavra final ao caso apresentado sem interferência de outros poderes.
Aptidão para coisa julgada.
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Princípios da jurisdição:
Territorialidade: o juiz só tem autoridade nos limites territoriais do seu Estado ou de sua jurisdição. A jurisdição exercer-se sempre em um dado território.
Indelegabilidade: O exercício da função jurisdicional não pode ser delegado.
Inafastabilidade: decorre do art. 5º do inc. XXXV da CF “ a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário leão ou ameaça de direito
Juiz natural: proibição de um Tribunal de exceção. É o competente de acordo com as regras gerais e abstratas previamente estabelecidas.
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Jurisdição voluntária:
Atividade estatal de integração e fiscalização.
O Poder Judiciário integra a vontade para torná-la apta a produzir determinada situação jurídica.
Exemplos: alienação judicial; separação e divórcio consensual; interdição; alteração consensual de regime de bens do matrimônio; 
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Conceito: competência é o resultado de critérios para distribuir entre vários órgãos as atribuições relativas ao desempenho da jurisdição. 
É o âmbito dentro do qual o juiz pode exercer a jurisdição; é a medida da jurisdição ou quantidade de jurisdição cujo exercício é atribuído a cada órgão.
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Critérios de distribuição da competência:
Legislação: normas constitucionais inclusive estaduais;
Legais regimentais (regimentos internos dos Tribunais);
E negociais (foro de eleição);
Artigo 44 do CPC/2015. Regras do CPC.
CF distribui a competência do Poder Judiciário Federal: STF, STJ, Justiça Federal: Militar, Eleitoral, Trabalhista e Federal Comum.
A Justiça Estadual possui competência residual.
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Princípios da tipicidade da competência, indisponibilidade da competência e inexistência de vácuo de competência.
JJ Canotilho aponta esses princípios como decorrentes da Constituição e do juiz natural:
1) Da tipicidade da competência: será em regra, expressamente enumerada na Constituição;
2) Da indisponibilidade da competência fixada pela CF não pode ser transferida a outros órgãos diferentes;
3) Inexistência de vácuo de competência: sempre haverá um juízo competente para processar e julgar determinada demanda.
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JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA 
Todo juiz tem competência para julgar sua própria competência.
Perpetuação da jurisdição (perpetuatio jurisdictionis):
Regra do artigo 43 do CPC/2015: a competência é fixada pelo registro ou distribuição (onde houver mais de uma Vara) da petição inicial e continuará a mesma até a prolação da decisão/sentença.
Nenhuma modificação do estado de fato (mudança de domicílio do réu) ou de direito (ampliação do tetor de competência do órgão em razão do valor da causa);
 
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Exceções a perpetuação da jurisdição, acarretam a redistribuição da causa:
Supressão do órgão judiciário. Ex.: extinção de uma vara ou comarca;
 alteração superveniente da competência absoluta. Ex.: Justiça comum para a justiça do trabalho. Se a alteração ocorrer após a sentença não haverá redistribuição. 
 
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Competência por distribuição: art. 284 CPC 2015: onde houver mais de um juiz com a mesma competência os processos serão distribuídos de modo aleatório e alternado, fixando-se a competência. A distribuição é efetuada imediatamente.
A distribuição fixa a competência concreta transformando a competência cumulativa em exclusiva de só um dentre todos.
A fraude na distribuição viola o princípio do juiz natural.
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