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PARTES

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PARTICIPAÇÃO NO PROCESSO: 
Princípio da colaboração. Visa organizar o papel das partes e do juiz na conformação do processo estruturando-o como uma comunidade de trabalho. 
É o novo papel do juiz: isonômico na condução do processo e assimétrico apenas quando impõe suas decisões.
O juiz deverá dialogar com as partes.
É nova diretriz do processo (art. 6º 7º, 9º 10º)
DAS PARTES. Art. 70 a 72
Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo.
 1) Capacidade processual ou de agir em juízo de forma direta, sem necessidade de representação ou assistência; 
2) Capacidade de ser parte é a possibilidade de demandar e ser demandado, mesmo aqueles que não tem capacidade processual (como menores e loucos) podem ser partes;
3) Capacidade postulatória é a de postular em juízo ou formular requerimentos e defesa, somente advogados e membros do MP possuem.
4) Capacidade civil é a aptidão genérica para prática de atos civis. Toda pessoa jurídica ou física maior de 18 e capaz detém essa capacidade (arts. 1º e 2º do CC). 
A capacidade processual é mais ampla que a civil, pois entes despersonalizados como massa falida, espólio, condomínios podem agir em juízo.
 
Matéria de ordem pública. A incapacidade processual ou a falha de representação é matéria de ordem pública e pode ser conhecida em qualquer tempo e grau de jurisdição (art. 485 § 3º).
Nulidade sanável (art. 76). Constatada a irregularidade o juiz deverá abrir prazo para que se sane o vício (art. 76) .
No CPC/2015 art. 76 § 2º, permite-se regularizar a representação em grau recursal até perante os Tribunais Superiores com a juntada de procuração por advogado).
Representação e assistência: 
Representação: são absolutamente incapazes para a prática de atos da vida civil os menores de 16 e aqueles que por doença mental ou enfermidade não tiverem discernimento ou não puderem expressar sua vontade. A atuação destes em juízo depende de representação dos pais, tutores ou curadores.
Assistência: são relativamente incapazes os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos, os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, os deficientes com discernimento reduzido ou com que não tenham desenvolvimento mental completo e os pródigos. Nessas hipóteses, a capacidade processual dependerá de assistência dos pais, tutores ou curadores.
 
A representação ou assistência pelos pais se dará por ambos se detiverem o poder familiar e podem representar ou assistir os filhos em juízo.
Um deles poderá representar ou assistir se detiver a guarda em caso de divórcio ou separação ou o outro for impedido.
Havendo divergência entre os pais, o juiz solucionará o desacordo.
Para a alienação ou oneração de bens imóveis em nome dos filhos menores deve haver autorização judicial, embora os pais os representem ou assistam, assim como não podem contrair obrigações que ultrapassem os atos de administração.
Tutela se aplica aos filhos menores em caso de morte, ausência ou em casos que os pais tenham decaído do poder familiar.
O curador é quem representa os demais casos de incapacidade absoluta ou relativa.
Os menores quando réus serão representados ou assistidos pelos pais para receber a citação, sob pena de nulidade ou anulação.
Para validade do processo sempre que os incapazes figurarem como parte deverá ocorrer a intervenção do Ministério Público (art. 178, II).
Contra o absolutamente incapaz não flui prazo prescricional. 
Curador especial (nomeado para determinado processo):
Art. 72:
Representação do incapaz (inciso I), se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade;
Defesa do réu preso ou nos casos do réu ausente (citado por edital ou com hora certa), enquanto não for constituído advogado.
 A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública.
Cessa com a constituição de advogado pelo réu no caso do inciso II.
Integração da capacidade processual 
O art. 73 trata das hipóteses de integração da capacidade das pessoas casadas por consentimento (como autores) ou litisconsórcio (como réus).
Quando se tratar de:
I - direito real imobiliário (usucapião, reivindicatória): , salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens;
II - resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles;
III - fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família;
IV - que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges.
Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado.
Aplica-se à união estável comprovada nos autos (sob pena de ferir-se o princípio da segurança jurídica).
Se um dos cônjuges não for citado, o juiz extinguirá o processo por ausência de pressuposto processual (art. 485, IV) 
A integração da capacidade pode ser suprida ou seja, o consentimento pode ocorrer por força judicial conforme artigo 74 do CPC.
A ausência de suprimento invalida o processo.

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