Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 DIREITO FINANCEIRO Juliana Rocha Schiaffino Mestre em direito, pós graduada em direito da economia e da empresa, professora universitária e advogada. DIREITO FINANCEIRO Objeto do Direito Financeiro - atividade financeira do Estado Orçamento; Receita Pública; Despesa Pública; Crédito Público; Mecanismos de responsabilização dos maus administradores (LRF 101/2000). Proteção da ‘coisa pública’. DIREITO FINANCEIRO Panorama Constitucional e Legal do Direito Financeiro: Constituição Federal - arts. 70 a 75 e arts. 163 a 169; Lei 4320/64 - Lei Orçamentária; Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF - LC 101/2000. DIREITO FINANCEIRO INTRODUÇÃO - Para que o estado atenda os objetivos de sua função administrativa, observando os princípios da legalidade, moralidade, publicidade, impessoalidade e eficiência (art 37 da CF), é fundamental o Planejamento das atividades conforme o art. 174 da CF que é determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. O sistema orçamentário Brasileiro é estruturado com base em uma lei completar, de caráter financeiro (art. 165 § 9º), que orienta a elaboração do orçamento. A execução orçamentária e a prestação de contas também são matérias a serem definidas em lei complementar, com previsão de controle interno e externo (Poder Legislativo com auxilio do Tribunal de Contas). Artigo 163 da CF 2 DIREITO FINANCEIRO Art. 163 – Exigência de Lei Complementar para: finanças públicas, dívida pública interna e externa, concessão de garantias pelas entidades públicas, emissão e resgate de títulos da dívida pública, fiscalização financeira da administração pública direta e indireta, operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União. DIREITO FINANCEIRO Orçamento -É o instrumento de que dispõe o poder público (em qualquer das esferas) para expressar, em determinado período de tempo, o seu programa de atuação, discriminando a origem e o montante dos recursos a serem obtidos, bem como os dispêndios a serem efetuados. LEIS ORÇAMENTÁRIAS Lei do Plano Plurianual (PPA); Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO); Lei Orçamentária Anual (LOA). LEIS ORÇAMENTÁRIAS Art. 165 - Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias; III - os orçamentos anuais. Art. 84 - Compete privativamente ao Presidente da República: XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição; 3 LEIS ORÇAMENTÁRIAS Poder Executivo elabora (Ministério do Planejamento e Orçamento e Secretaria do Orçamento Federal), realiza a compatibilização final de todas as propostas (MP e Judiciário com autonomia orçamentario-financeira elaboram a sua proposta e enviam ao Executivo para Unificação – art. 99, CF 99, § 1º. E 127, § 3º.) que remete para o Congresso. São apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional na forma do regimento comum. Previsão de uma comissão mista permanente de Senadores e Deputados, que emitirá parecer, conforme art. 166, §§ 1o e 2o. LEIS ORÇAMENTÁRIAS "A Prefeitura Municipal de Recife, ao provocar a propositura da presente Ação DiretA de Inconstitucionalidade, pela Procuradoria-Geral da República, não pretendeu se eximir da responsabilidade, que também lhe cabe, de zelar pela criança e pelo adolescente, na forma do art. 227 da Constituição Federal e do artigo 227, caput, e seus incisos da Constituição Estadual. Até porque se trata de 'dever do Estado', no sentido amplo do termo, a abranger a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Sucede que, no caso, o parágrafo único do art. 227 da Constituição Estadual estabelece, para tal fim, uma vinculação orçamentária, ao dizer: 'para o atendimento e desenvolvimento dos programas e ações explicitados neste artigo, o Estado e os Municípios aplicarão, anualmente, no mínimo, o percentual de um por cento dos seus respectivos orçamentos gerais'. Mas a Constituição Federal atribui competência exclusiva ao Chefe do Poder Executivo (federal, estadual e municipal), para a iniciativa da lei orçamentária anual (artigo 165, inciso III). Iniciativa que fica cerceada com a imposição e automaticidade resultantes do texto em questão. (...) De qualquer maneira, Mesmo que não se considere violada a norma do art. 168, inciso IV, da CF, ao menos a do art. 165, inciso III, resta inobservada. Assim, também, a relativa à autonomia dos Municípios, quanto à aplicação de suas rendas." (ADI 1.689, Rel. Min. Sydney Sanches, julgamento em 12-3-03, DJ de 2-5-03) LEI DO PLANO PLURIANUAL Art. 165, § 1º da CF - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Tem natureza formal mas sua eficácia depende da lei orçamentária anual Programas e metas a longo prazo Deve refletir o projeto que o governante, quando candidato, apresentou ao povo como objetivo de seu governo LEI DO PLANO PLURIANUAL Artigo 35, § 2º, ADCT – vigencia até o final do primeiro exercicio financeiro do mandato seguinte; deve ser encaminhado 4 meses antes do encerramento do primeiro exercicio financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa Inicia sua execução no segundo ano do mandato do Chefe do Poder Executivo 4 LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS Art. 165, § 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS Em suma (LDO): - Refere-se ao exercício financeiro subseqüente; - Orienta a elaboração da LOA; - Despesas de Capital exercício financeiro subseqüente; - Alteração na Legislação Tributária; - Agências de Fomento. Despesa com pessoal (casos de vantagem, aumento, criação de cargos, etc – art. 165, § 1º., II) LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS Art. 35, §2o, II do ADCT II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa; Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS "Lei de diretrizes orçamentárias, que tem objeto determinado e destinatários certos, assim sem generalidade abstrata, é lei de efeitos concretos, que não está sujeita à fiscalização jurisdicional no controle concentrado." (ADI 2.484-MC, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 19-12-01, DJ de 14-11-03) 5 LEI ORÇAMENTARIA ANUAL Realiza previsão das receitas e fixa a destinação, as despesas(dotação orçamentária) na implementação da política governamental de forma anual; Lei de efeito concreto com vigência determinada; Formada por três espécies de orçamento: Orçamento fiscal; Orçamento de investimento; Orçamento da Seguridade Social. LEI ORÇAMENTARIA ANUAL Art. 165. (...) § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos,órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. § 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. § 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. LEI ORÇAMENTARIA ANUAL A proposta da Lei Orçamentária Anual deverá ser enviada ao Congresso Nacional pelo Presidente da República até quatro meses antes do encerramento da sessão legislativa e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa, nos termos do inciso III, do §2o, do art. 35 do ADCT. LEIS ORÇAMENTARIAS Natureza Jurídica – lei em sentido formal e ato condição em sentido material, não é lei em sentido material por não ter força de ato normativo, não altera o ordenamento jurídico e não gera direitos subjetivos, é lei com efeitos concretos, lei autorizativa, não se sujeita ao controle jurisdicional concentrado; 6 LEIS ORÇAMENTARIAS CONCEITO DE LEI ORCAMENTARIA. O SIMPLES FATO DE SER INCLUIDA UMA VERBA DE AUXILIO, NO ORCAMENTO, QUE DEPENDE DE APRECIAÇÃO DO GOVERNO, NÃO CRIA DIREITO A SEU RECEBIMENTO. (STF RExt 34581 / DF - DISTRITO FEDERAL Rel.: Min. CANDIDO MOTTA Julg.: 10/10/1957 Órgão:PRIMEIRA TURMA) (...) a previsão de despesa, em lei orçamentária, não gera direito subjetivo a ser assegurado por via judicial” REXT 75.908-PR. LEIS ORÇAMENTARIAS EMENTA: - CONSTITUCIONAL. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI COM EFEITO CONCRETO. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS: Lei 10.266, de 2001. I. - Leis com efeitos concretos, assim atos administrativos em sentido material: não se admite o seu controle em abstrato, ou no controle concentrado de constitucionalidade. II. - Lei de diretrizes orçamentárias, que tem objeto determinado e destinatários certos, assim sem generalidade abstrata, é lei de efeitos concretos, que não está sujeita à fiscalização jurisdicional no controle concentrado. III. - Precedentes do Supremo Tribunal Federal. IV. - Ação direta de inconstitucionalidade não conhecida. (ADI-MC 2484 / DF - DISTRITO FEDERAL MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO Julgamento: 19/12/2001 Órgão Julgador: Tribunal Pleno LEIS ORÇAMENTARIAS PROJETO ENCAMINHAMENTO AO PL DEVOLUÇÃO AO PE PPA 4 MESES ANTES DO ENCERRAMENTO DO PRIMEIRO EXERCICIO FINANCEIRO DO MANDATO PRESIDENCIAL (31 DE AGOSTO) ATÉ O ENCERRAMENTO DA SESSÃO LEGISLATIVA (22 DE DEZEMBRO) DO EXERCICIO EM QUE FOR ENCAMINHADO LDO 8 MESES E MEIO ANTES DO ENCERRAMENTO DO EXERCICIO FINANCEIRO (15 DE ABRIL) ATÉ O ENCERRAMENTO DO PRIMEIRO PERÍODO DA SESSÃO LEGISLATIVA (17 DE JULHO) LOA 4 MESES ANTES DO ENCERRAMENTO DO EXERCICIO FINANCEIRO (31 DE AGOSTO) ATÉ O ENCERRAMENTO DA SESSÃO LEGISLATIVA (22 DE DEZEMBRO) DO EXERCICIO EM QUE FOR ENCAMINHADO LEIS ORÇAMENTÁRIAS Conforme art. 32 da Lei 4320/64, não recebendo o poder Legislativo a proposta encaminhada no prazo fixado na Constituição, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente. 7 LEIS ORÇAMENTÁRIAS O cabimento de emenda ao projeto de Lei Orçamentária deverá ocorrer conforme previsto no art. 166, §§ 3o, 4o e 5o a saber: “§ 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos Projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os Provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: a) dotações para pessoal e seus encargos; b) serviço da dívida; c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou III - sejam relacionadas: a) com a correção de erros ou omissões; ou b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. § 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual. § 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. LEIS ORÇAMENTÁRIAS EMENTAS AS LEIS ORÇAMENTÁRIAS: Podem ser apresentadas tanto pelos Parlamentares quanto pelo Chefe do Poder Executivo (art. 63, I, CF) A emenda parlamentar não poderá implicar em aumento de despesa! É vedada a edição de Medida Provisória sobre matérias relativas a plano plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e crédito adicionais e suplementares , ressalvado os créditos extraordinários, art. 167, §3o da CRFB/1988, conforme dispõe o art. 62, I, d da CRFB/1988 Ementas as leis orçamentárias “Por entender usurpada a iniciativa reservada ao Chefe do Poder Executivo para instauração do processo legislativo em tema concernente ao aumento de remuneração e ao regime jurídico dos servidores públicos, de observância obrigatória pelos Estados-membros (CF, art. 61, § 1º, II, a e c), bem como violado o princípio a separação de poderes (CF, art. 2º), o Tribunal julgou procedente pedido formulado em ação direta proposta pelo Governador do Estado de Santa Catarina para declarar a inconstitucionalidade do § 5º do art. 1º, do § 2º do art. 3º e do art. 9º, todos da Lei estadual 1.115/88, que dispõem sobre reajuste de remuneração (os dois primeiros) e abono de faltas (o último) do pessoal civil e militar dos quadros da Administração Direta e Autárquica dos Poderes Executivo e Legislativo e do Tribunal de Contas do referido Estado-membro. Asseverou-se, no que se refere ao art. 9º da lei em questão, que a Corte tem reconhecido a faculdade de o Poder Legislativo emendar projetos de lei de iniciativa exclusiva do Chefe do Poder Executivo, desde que a emenda não implique aumento de despesa, guarde afinidade lógica com a proposição original e, tratando-se de projetos orçamentários (CF, art. 165, I, II e III), observe as restrições fixadas no art. 166, §§ 3º e 4º, da CF. Considerou-se que, no caso em exame, faltaria o requisito da aludida pertinência lógica, pois o projeto de lei originalmente enviado pelo Governador versava exclusivamente sobre reajuste de remuneração, tendo o Legislativo inserido, portanto, via emenda, matéria completamente diversa. Precedentes citados: ADI 2.619/RS (DJ de 5-5-06); ADI 1.470/ES (DJ de 10-3-06); ADI 2.705/DF (DJ de 31-10-03); ADI 233-MC/RJ (DJ de 19-5-95); ADI 1.333 MC/RS (DJ de 13-10-95).” ( ADI 13, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 17-9-07, Informativo 480). Ementas as leis orçamentárias “"O poder de emendar projetos de lei que se reveste de natureza eminentemente constitucional qualifica-se como prerrogativa de ordem político-jurídica inerente ao exercício da atividade legislativa. Essa prerrogativa institucional, precisamente por não traduzir corolário do poder de iniciar o processo de formação das leis (RTJ 36/382, 385 — RTJ 37/113 — RDA 102/261), pode ser legitimamente exercida pelos membros do Legislativo, ainda que se cuide de proposições constitucionalmente sujeitasà cláusula de reserva de iniciativa (ADI 865/MA, Rel. Min. Celso de Mello), desde que respeitadas as limitações estabelecidas na Constituição da República as emendas parlamentares (a) não importem em aumento da despesa prevista no projeto de lei, (b) guardem afinidade lógica (relação de pertinência) com a proposição original e (c) tratando-se de projetos orçamentários (CF, art. 165, I, II e III), observem as restrições fixadas no art. 166, §§ 3º e 4º da Carta Política." (ADI 1.050 - MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 21-9-94, DJ de 23-4-04) "Dispositivo que, ao submeter à Câmara Legislativa distrital a autorização ou aprovação de convênios, acordos ou contratos de que resultem encargos não previstos na lei orçamentária, contraria a separação de poderes, inscrita no art. 2º da Constituição Federal." (ADI 1.166, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 5-9-02, DJ de 25-10-02) 8 PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS P. da Publicidade P. do Equilíbrio Orçamentário P. da Eficiência P. da Anterioridade P. da Anualidade P. da Universalidade P. da Unidade P. da Legalidade P. da Não afetação da receita de impostos P. da Exclusividade P. da Especialidade P. da Programação P. da vedação de despesa com pessoal alem do limite legal P. da Clareza ou Transparência P. da Exatidão DESPESA PÚBLICA Conforme a Lei 4.320/64, as despesas públicas podem ser correntes e de capital. Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas: DESPESAS CORRENTES Despesas de Custeio Transferências Correntes DESPESAS DE CAPITAL Investimentos Inversões Financeiras Transferências de Capital DESPESA PÚBLICA DESPESAS CORRENTES Despesas correntes são aquelas que não enriquecem o patrimônio público, mas são necessárias à execução dos serviços públicos e à vida do Estado. As Despesas de Custeio (art. 12, §1°) são as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis. Estão entre elas as despesas do pessoal civil, salários, pessoal militar, despesas com compra de material de consumo, remuneração de serviços prestados por pessoas físicas, locação de imóveis, etc. É o custeio da máquina pública. As Transferências Correntes (art. 12, §2°) são as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado. Estão entre elas as transferências feitas de um nível de governo para outro, as transferências decorrentes da lei do orçamento e destinadas a atender a despesas correntes de autarquias e fundações, pagamento de inativos, juros da dívida pública, pensionistas, etc. DESPESA PÚBLICA Despesas de Capital: Despesas de capital são as que determinam uma modificação no patrimônio público por meio de seu crescimento. Os Investimentos (art.12, §4°) são as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro. Estão entre elas as aquisições de material permanente, aeronaves, automóveis, mobiliário, obras de arte, equipamentos hospitalares, aumento de capital em empresas agrícolas e industriais. 9 DESPESA PÚBLICA Despesas de Capital: As Inversões Financeiras (art. 12, §5°) são as dotações destinadas a I -aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização; II -aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; III -constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros. DESPESA PÚBLICA Despesas de Capital: As Transferências de Capital (art. 12, §6°) são as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública. Estão entre elas a Amortização da Dívida Pública, Auxílios para Obras Públicas e Auxílios para Equipamentos e Instalações DESPESA PÚBLICA A despesa é realizada em 4 etapas: o empenho pelo qual é autorizada, a liquidação que é o ato de controle prévio da conclusão da despesa, a ordem de pagamento o pagamento. DESPESA PÚBLICA EMPENHO - art 58 da Lei n. 4.320/64 "o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição". No ato do empenho fica deduzido do orçamento o valor da transação. Tem-se um bloqueio formal da parcela envolvida que reduz o saldo até então disponível. Para cada empenho é extraída a nota de empenho. É proibida a realização de despesa sem prévio empenho, ressalvados casos especiais (art. 60 da Lei 4.320/64). 10 DESPESA PÚBLICA RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃOCONTRA A FAZENDA PÚBLICA. NOTA DE EMPENHO. TÍTULO EXTRAJUDICIAL. 1. O empenho cria para o Estado obrigação de pagamento, máxime com a prova da realização da prestação empenhada, por isso que a sua exigibilidade opera-se através de processo de execução de cunho satisfativo. Raciocínio inverso implicaria impor ao credor do Estado por obrigação líquida e certa instaurar processo de conhecimento para definir direito já consagrado pelo próprio devedor através de ato da autoridade competente. O empenho é documento público que se enquadra na categoria prevista no artigo 584, II, do CPC. 2. A moderna tendência processual é prestigiar as manifestações de vontade de caráter público ou privado e emprestar- lhes cunho executivo para o fim de agilizar a prestação jurisdicional, dispensando a prévia cognição de outrora. 3. A emissão do empenho pressupõe obrigação realizada cuja despesa respectiva deve ser satisfeita pelo Estado sob pena de locupletamento sem causa (Precedentes: REsp n.º 793.969/RJ, Rel. p/ Acórdão Min. José Delgado, DJU de 26/06/2006; REsp n.º 704.382/AC, Rel. Min. Eliana Calmon, DJU de 19/12/2005; REsp n.º 331.199/GO, deste Relator, DJU de 25/03/2002; e REsp n.º 203.962/AC, Rel. Min. Garcia Vieira, DJU de 21/06/1999).4. Recurso especial desprovido.(Resp 801632, Ministro Luiz Fux, 17/05/2007) DESPESA PÚBLICA LIQUIDAÇÃO: É a segunda etapa da execução da despesa. A liquidação torna líquida e certa a obrigação preexistente. É a verificação do direito adquirido pelo credor. Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. O processo de liquidação procura verificar: -a origem e o objeto do que se deve pagar; -a importância exata a pagar; -a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação. Terá por base, o contrato, ajuste ou acordo respectivo, a nota de empenho e os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço. DESPESA PÚBLICA ORDEM DE PAGAMENTO: É a terceira etapa da execução da despesa pública, caracteriza-se pelo despacho da autoridade competente determinando o pagamento da despesa. Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa seja paga. Parágrafo único.A ordem de pagamento só poderá ser exarada em documentos processados pelos serviços de contabilidade O processamento contábil é providencial para manter o acompanhamento e preservar a estabilidade financeira DESPESA PÚBLICA PAGAMENTO: É a última etapa da despesa pública. Conforme art. 65 da Lei 4320, o pagamento da despesa será efetuado por tesouraria ou pagadoria regularmente instituídas, por estabelecimentos bancários credenciados e, em casos excepcionais, por meio de adiantamento. Adiantamento para os casos de serviços extraordinários e urgentes, que não permitam delongas na satisfação de despesas, quando se tratar de despesa a ser paga em lugar distante de qualquer estação pagadora ou no exterior, quando se tratar de despesas miúdas e de pronto pagamento, nas diversas repartições públicas. 11 DESPESA PÚBLICA A Despesa Pública e a LRF – LC 101/2000 A Lei de Responsabilidade Fiscal vem impor um equilíbrio fiscal ao orçamento e a responsabilidade no que tange à execução de despesa, estabelecendo: A despesa só deve ser realizada, havendo dotação específica e suficiente na LOA, sendo compatível com a PPA e a LDO. Não verificada a receita, os empenhos devem ser limitados. Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de: I -estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes; II -declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias. DESPESA PÚBLICA Novas despesas de caráter continuado devem ser compensadas por aumento permanente de receita. Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios. §1o Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que trata o caput deverão ser instruídos com a estimativa prevista no inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos recursos para seu custeio. DESPESA PÚBLICA Criação de Limites com despesas de pessoal, em relação à receita corrente líquida, discriminada por Ente e por Poder Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados: I -União: 50% (cinqüenta por cento); II -Estados: 60% (sessenta por cento); III -Municípios: 60% (sessenta por cento) DESPESA PÚBLICA Proibição do aumento de despesas com pessoal nos últimos 180 dias de mandato Art. 21. Parágrafo único. Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão referido no art. 20. 12 DESPESA PÚBLICA Restos a Pagar – Art. 42 da LRF Consideram-se restos a pagar as despesas empenhadas, mas não pagas, até 31 de dezembro, estando sua execução condicionada aos limites fixados à conta das fontes de recursos correspondentes. Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício. DESPESA PÚBLICA - PRECATÓRIOS Disciplina dos Precatórios – Débitos Oriundos de Condenação Judicial Em relação aos pagamentos de débitos oriundos de condenação judicial, devem-se observar os requisitos previstos no art. 100 e parágrafos da CFRB/1988. Art. 100. À exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos pela Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. DESPESA PÚBLICA - PRECATÓRIOS O precatório entregue até o dia 1° de julho deve ter o respectivo valor consignado no orçamento do exercício seguinte, para pagamento atualizado até o final desse exercício, dentro da ordem cronológica de sua apresentação. §1ºÉ obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários, apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 30, de 2000) DESPESA PÚBLICA - PRECATÓRIOS Súmula 655 do STF: A EXCEÇÃO PREVISTA NO ART. 100, "CAPUT", DA CONSTITUIÇÃO, EM FAVOR DOS CRÉDITOS DE NATUREZA ALIMENTÍCIA, NÃO DISPENSA A EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO, LIMITANDOSE A ISENTÁ-LOS DA OBSERVÂNCIA DA ORDEM CRONOLÓGICA DOS PRECATÓRIOS DECORRENTES DE CONDENAÇÕES DE OUTRA NATUREZA. 13 DESPESA PÚBLICA - PRECATÓRIOS EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. EXECUÇÃO JUDICIAL CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. § 5º, art. 98, da Constituição Estado do Paraná. Precatórios judiciais. Créditos de natureza alimentar. EXECUÇÃO JUDICIAL CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. CRÉDITOS DE NATUREZA ALIMENTÍCIA. Pagamento. Prazo de trinta dias da apresentação do precatório. Inconstitucionalidade por ofensa aos parágrafos 1º e 2º, do art. 100, da CF. Necessidade de inclusão no orçamento. Os precatórios judiciais, apresentados até 1º de julho e nesta data atualizados, devem ser incluídos na proposta orçamentária que, submetida ao crivo do Poder Legislativo (art. 48, II, e 166 da CF.), transformar-se-á na lei orçamentária do exercício seguinte. Somente se nela estiverem previstas dotações orçamentárias para tal fim é que os requisitórios poderão ser pagos; pois é vedada a realização de qualquer despesa sem que haja previsão no orçamento (art. 167, II, CF.). Ação direta julgada procedente para declarar inconstitucional a norma impugnada. ADI 225 / PR - PARANÁ AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Relator(a): Min. PAULO BROSSARD Julgamento: 31/08/1994 Órgão Julgador: Tribunal Pleno DESPESA PÚBLICA - PRECATÓRIOS PRECATÓRIOS: § 2º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exeqüenda determinar o pagamento segundo as possibilidades do depósito, e autorizar, a requerimento do credor, e exclusivamente para o caso de preterimento de seu direito de precedência, o seqüestro da quantia necessária à satisfação do débito.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 30, de 2000) DESPESA PÚBLICA - PRECATÓRIOS PRECATÓRIOS: Esgotados os recursos orçamentários, não está o Executivo obrigado a solicitar abertura de crédito adicional suplementar para atendimento dos precatórios. Nessas hipóteses cabe à Administração Pública demonstrar perante o órgão judiciário competente a impossibilidade de cumprir a decisão judicial. Art. 167. São vedados:V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes; DESPESA PÚBLICA - PRECATÓRIOS EMENTA:AGRAVO REGIMENTAL EM INTERVENÇÃO FEDERAL. PRECATÓRIO. DESCUMPRIMENTO INVOLUNTÁRIO. 1. Descumprimento voluntário e intencional de decisão transitada em julgado. Pressuposto indispensável ao acolhimento do pedido de intervenção federal. 2. Precatório. Não pagamento do título judicial em virtude da insuficiência de recursos financeiros para fazer frente às obrigações pecuniárias e à satisfação do crédito contra a Fazenda Pública no prazo previsto no § 1º do artigo 100 da Constituição da República. Exaustão financeira. Fenômeno econômico/financeiro vinculado à baixa arrecadação tributária, que não legitima a medida drástica de subtrair temporariamente a autonomia estatal. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento. IF -Agr 506/SP - São Paulo 14 DESPESA PÚBLICA - PRECATÓRIOS EMENTA: INTERVENÇÃO FEDERAL. 2. Precatórios judiciais. 3 . Não configuração de atuação dolosa e deliberada do Estado de São Paulo com finalidade de não pagamento. 4. Estado sujeito a quadro de múltiplas obrigações de idêntica hierarquia. Necessidade de garantir eficácia a outras normas constitucionais, como, por exemplo, a continuidade de prestação de serviços públicos. 5. A intervenção , como medida extrema, deve atender à máxima da proporcionalidade. 6. Adoção da chamada relação de precedência condicionada entre princípios constitucionais concorrentes. 7. Pedido de intervenção indeferido. IF - 171/SP - São Paulo DESPESA PÚBLICA - PRECATÓRIOS EMENTA: CONSTITUCIONAL. RECLAMAÇÃO. DEFERIMENTO DE SEQÜESTRO DE VERBAS PÚBLICAS COM FUNDAMENTO NO § 2º DO ARTIGO 100 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. ALEGADO DESRESPEITO À DECISÃO TOMADA NA ADI 1.098. A tese não merece acolhimento, dado que o seqüestro de verbas foi decretado com fundamento no § 2º do artigo 100 da Constituição, ante a verificação de que a fazenda estadual havia quebrado a ordem cronológica de pagamento de precatórios. Reclamação improcedente. Rcl 3071/SP - São Paulo. DESPESA PÚBLICA - PRECATÓRIOS RPV, Requisição de Pequeno Valor § 3º O disposto no caput deste artigo, relativamente à expedição de precatórios, não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em lei como de pequeno valor que a Fazenda Federal, Estadual, Distrital ou Municipal deva fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 30, de 2000) DESPESA PÚBLICA - PRECATÓRIOS Impossibilidade de Fracionamento do Precatório § 4º São vedados a expedição de precatório complementar ou suplementar de valor pago, bem como fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução, a fim de que seu pagamento não se faça, em parte, na forma estabelecida no § 3º deste artigo e, em parte, mediante expedição de precatório. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002) 15 DESPESA PÚBLICA Dos Créditos Adicionais São créditos adicionais as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento. Regulados nos art. 40 a 46 da Lei 4320/64. Os créditos adicionais classificam-se em: - suplementares, destinados a reforço da dotação orçamentária; - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica; - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas , em caso de guerra, comoção interna ou calamidade pública. DESPESA PÚBLICA Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo. Geralmente, a Lei Orçamentária Anual veicula a autorização para a abertura de créditos suplementares. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer à despesa e será precedida de exposição justificativa. Tais recursos provêm do superávit financeiro6, os provenientes de excesso de arrecadação7, os resultantes de anulação de dotações orçamentárias, etc. . DESPESA PÚBLICA Quanto ao crédito extraordinário, aplica-se o disposto no art. 167, §3°: § 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62. Art. 167, § 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente. DESPESA PÚBLICA – CRÉDITOS ADICIONAIS Características Suplementares Especiais Extraordinários Finalidade Reforço de dotação orçamentária insuficiente Viabilizar e atender despesas não contempladas no orçamento Atender despesas imprevisíveis e/ou urgentes Autorização legislativa Previa autorização q pode ser na LOA Prévia autorização em lei especial Independe de prévia autorização legal Forma de Abertura Decreto do Poder Executivo Decreto do Poder Executivo Decreto do Poder Executivo ou MP com remessa imediata ao Legislativo Indicação de recursos Obrigatória deve constar da lei de autorização Obrigatória deve constar da lei de autorização Independe de indicação Indicação de limite Obrigatória deve constar da lei de autorização Obrigatória deve constar da lei de autorização Obrigatória, devendo constar do Decreto de abertura Vigência Exercício em que foi aberto Exercício em que foi aberto Exercício em que foi aberto Possibilidade de prorrogação Jamais admitida Permitida p/ exercício seguinte desde que autorizada nos últimos 4 meses e tendo lei que assim permita Permitida p/ exercício seguinte desde que autorizada nos últimos 4 meses e tendo lei que assim permita 16 DESPESA PÚBLICA Desvios na Operacionalização dos Gastos Públicos Instrumentos utilizados por maus administradores para camuflar os dados no orçamento público, ensejando maiores possibilidades de gastos públicos, a saber: - super-estimação de receitas; - contingenciamento (congelamento) de despesas; - anulação de valores empenhados (restos a pagar) DESPESA PÚBLICA PROCESSUAL CIVIL. JUIZ. DIREÇÃO DO PROCESSO. COMPETÊNCIA. DILIGÊNCIAS. INDEFERIMENTO. CERCEAMENTO DE DEFESA. INEXISTÊNCIA. DOCUMENTOS. JUNTAS COMERCIAIS. REQUISIÇÃO. PREÇO. RECOLHIMENTO PRÉVIO. LEI N. 8.934/1994. DECRETO N. 1800/1996. UNIÃO FEDERAL. PAGAMENTO. 1. Cabendo ao juiz a direção do processo, incumbe-lhe a avaliação da real necessidade das provas e diligências requeridas pelas partes, não constituindo cerceamento de defesa o seu indeferimento por decisão suficientemente fundamentada. 2. O recolhimento prévio do preço instituído para o fornecimento de cópias de documentos em poder das Juntas Comerciais decorre de imperativo legal (Lei n. 8.934, de 1994, art. 29 e Decreto n. 1800, de 1996, arts. 80, 81 e 89), não estando a União Federal isenta desse procedimento. 3. As dificuldades alegadas pela União Federal quanto à indisponibilidade orçamentária para o pagamento prévio desse serviço, em face das disposições da Lei n. 4.320, de 1964, são óbices que não podem ser invocados para obrigar outros entes a descumprirem a legislação aplicável à espécie, restando-lhe adequar as suas normas às suas necessidades operacionais. (TRF1 AG 2000.01.00.135619-4/BA) RECEITA PÚBLICA RECEITA PÚBLICA – é produzida pela renda de seus bens ou pela sua atividade ou arrecadada do povo coercitivamente, em caráter definitivo, ou tomando por empréstimo. são aqueles pertencentes ao ente público, arrecadados exclusivamente para a aplicação em programas e ações governa Nem todo oingresso é uma receita, ingresso é qualquer dinheiro recebido pelos cofres públicos. RECEITA PÚBLICA Classificação da Receita Pública - Lei 4320/64 Baseada em critérios econômicos. Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes Receitas de Capital. 17 RECEITA PÚBLICA Receitas Correntes: As receitas correntes abarcam as decorrentes do poder impositivo do Estado, bem como aquelas decorrentes da exploração de seu patrimônio e as resultantes de exploração de atividade econômica. São receitas de natureza contínua. Os tributos em geral são classificados como receita corrente. Art. 11, § 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes. RECEITA PÚBLICA Receitas Correntes: As receitas correntes abarcam as decorrentes do poder impositivo do Estado, bem como aquelas decorrentes da exploração de seu patrimônio e as resultantes de exploração de atividade econômica. São receitas de natureza contínua. Art. 11, § 1º - São Receitas Correntes: Receita Tributária Impostos Taxas Contribuições de Melhoria Receita de Contribuições Receita Patrimonial Receita Agropecuária Receita Industrial Receita de Serviços Transferências Correntes RECEITA PÚBLICA Receitas Correntes: Transferências Correntes são recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, independentemente de contraprestação direta em bens e serviços. Ex.: Fundos de Participação dos Estados e Municípios. Parcela das receitas federais arrecadadas pela União é repassada aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. O rateio da receita proveniente da arrecadação de impostos entre os entes federados representa um mecanismo fundamental para amenizar as desigualdades regionais, na busca incessante de promover o equilíbrio sócio-econômico entre Estados e Municípios. Cabe ao Tesouro Nacional, em cumprimento aos dispositivos constitucionais, efetuar as transferências desses recursos aos entes federados, nos prazos legalmente estabelecidos. RECEITA PÚBLICA Receitas de Capital: São todas as outras receitas que compreendem as provenientes de realização de recursos financeiros oriundos e constituição de dívidas, as oriundas das conversões em espécie de bens e direitos, os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado para atender as despesas de capital e o superávit do orçamento corrente. 18 RECEITA PÚBLICA RECEITAS DE CAPITAL Operações de Crédito Alienação de Bens Móveis e Imóveis Amortização de Empréstimos Concedidos Transferências de Capital Outras Receitas de Capital RECEITA PÚBLICA Receitas ordinárias são as que possuem ocorrência rotineira. Receitas extraordinárias – esporádicas, de caráter temporário ou irregular. RECEITA PÚBLICA Receita Originária A receita originária é auferida pelo Estado em decorrência da exploração de seu próprio patrimônio e sem o exercício de seu poder soberano. Ex: preços públicos, aluguéis de prédios públicos, aplicações financeiras, etc. Receita Derivada As receitas públicas derivadas são as provenientes de patrimônio de particulares, impostas coercitivamente aos cidadãos, em decorrência do poder soberano do Estado. Ex: Receita Tributária é Receita Derivada RECEITA PÚBLICA Receita Derivada - Espécies Tributárias: Impostos Taxas Contribuição de Melhoria Empréstimo Compulsório Contribuições Especiais 19 RECEITA PÚBLICA TAXA PREÇO PUBLICO Regime jurídico de dir. Público Regime jur. de dir.privado Vinculo obrigacional de natureza tributária Vinculo obrigacional de natureza contratual Sujeito ativo – PJ de dir. Público Suj. ativo – PJ de dir. Público ou Privado Independe de manifestação de vontade (compulsório) Necessária manifestação de vontade (facultativo) Cobrada por utilização efetiva ou potencial do serviço público Cobrada pela utilização efetiva Receita derivada Receita Originária Sujeita-se aos princípios tributários Não se sujeito aos princípios tributários RECEITA PÚBLICA Receita Pública e a LRF - LC 101/2000: Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação. Parágrafo único. É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe o disposto no caput, no que se refere aos impostos. RECEITA PÚBLICA Receita Pública e a LRF - LC 101/2000: Uma vez não cumprida a arrecadação de todos os impostos, fica vedada a realização de transferências voluntárias. Conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal, entende-se por transferência voluntária "a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Sa RECEITA PÚBLICA Receita Pública e a LRF - LC 101/2000: Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições: II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição. 20 RECEITA PÚBLICA RENÚNCIA DE RECEITA - A concessão de anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, isenção de caráter não geral, alteração de alíquota - (exceto a dos impostos do art 153, I, II, IV e V da CF ) ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciados, são considerados como renúncia de receitas pela LRF (art. 14). RECEITA PÚBLICA ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. EMPRÉSTIMO BANCÁRIO. ANTECIPAÇÃO DE RECEITA. EXIGÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA ESPECÍFICA. DESCUMPRIMENTO. IMPROBIDADE. 1. O acórdão manteve a condenação de Prefeito Municipal por improbidade administrativa, por entender necessário procedimento licitatório, bem como autorização legislativa específica para a contratação de empréstimos bancários por antecipação de receita. 2. Embora seja dispensável, na hipótese, o procedimento licitatório para a realização de operação bancária, já que realizada antes da Lei de Responsabilidade Fiscal, subsiste o acórdão ao reconhecer a irregularidade das operações de empréstimo sem autorização do Legislativo Municipal. 3. A lei do orçamento anual (ato-regra) pode autorizar, genericamente, as operações de crédito por antecipação de receita (art. 165, § 8º), o que não afasta a necessidade de aprovação, em cada caso, por ato legislativo de inferior hierarquia (ato-condição). 4. Assim, para as operações de crédito por antecipação de receita não basta a autorização genérica contida na lei orçamentária, sendo indispensável autorização específica em cada operação. A inobservância de tal formalidade, ainda que não implique em enriquecimento ilícito do recorrente ou prejuízo para o erário municipal, caracteriza ato de improbidade, nos termos do art.11 da Lei n.º 8.429/92, à mingua de observância dos preceitos genéricos que informam a administração pública, inclusive a rigorosa observância do princípio da legalidade. 5. Recurso especial improvido. (REsp 410414/SP, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 19.08.2004, DJ 27.09.2004 p. 301) renúncia de receitas pela LRF (art. 14). RECEITA PÚBLICA RENÚNCIA DE RECEITA: estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária e de que não afetará as metas de resultados fiscais; estar acompanhada de medidas de compensação por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação. de base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição. Não se aplica este dispositivo quando houver o cancelamento do débito cujo montante seja inferior ao custo de cobrança CRÉDITO PÚBLICO CRÉDITO PÚBLICO “Processo financeiro consistente em vários métodos de obtenção de dinheiro pelo Estado, sob condição de devolver, em geral, acrescidos de juros e dentro de um determinado prazo preestabelecido” (Kiyoshi Harada) O crédito público é aquele ato, pelo qual o Estado beneficia-se de uma transferência de recursos face à liquidez existente no mercado e fica com a obrigação de restituí-los no futuro, normalmente com pagamento de juros. É um processo de obtenção de recursos para o Erário, fonte de receita adicional para o Estado O crédito público resulta de uma relação bilateral voluntária, em que o particular empresta dinheiro ao Estado. Não se confunde com o empréstimo compulsório. 21 CRÉDITO PÚBLICO Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas no art. 32 e mais as seguintes: I - realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício; II - deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano; IV - estará proibida: a) enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada; b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal. § 2o As operações de crédito por antecipação de receita realizadas por Estados ou Municípios serão efetuadas mediante abertura de crédito junto à instituição financeira vencedora em processo competitivo eletrônico promovido pelo Banco Central do Brasil. Requerimento a partir de 10 de janeiro e pagamento até 10 de dezembro do mesmo exercício financeiro. Dívida Pública A dívida pública é uma decorrência das operações creditícias levadas a cabo pelo Estado, quando tomador de empréstimos. A Dívida Pública pode ser classificada em Flutuante e Fundada. Dívida Pública Flutuante é a dívida decorrente de empréstimo a curto prazo, oscilando muito rapidamente. Fica dentro do exercício financeiro e é lastreada na previsão da arrecadação. Dívida Pública Fundada/Consolidada é aquela contraída a longo prazo, ou até sem prazo certo. Financiamento de bens e contratação de serviços cuja dívida superar a um exercício financeiro. Ex.: Precatórios integram o conceito de dívida fundada/consolidada. da inicial por inépcia. CONTROLE DO ORÇAMENTO Controle Interno, Externo e Privado da Execução Orçamentária art. 70 ao 75 da CF Pessoas submetidas ao Controle: Art. 70, Parágrafo Único: Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. CONTROLE DO ORÇAMENTO "Advogado de empresa estatal que, chamado a opinar, oferece parecer sugerindo contratação direta, sem licitação, mediante interpretação da lei das licitações. Pretensão do Tribunal de Contas da União em responsabilizar o advogado solidariamente com o administrador que decidiu pela contratação direta: impossibilidade, dado que o parecer não é ato administrativo, sendo, quando muito, ato de administração consultiva, que visa a informar, elucidar, sugerir providências administrativas a serem estabelecidas nos atos de administração ativa. Celso Antônio Bandeira de Mello, Curso de Direito Administrativo, Malheiros Ed., 13ª ed., p. 377. O advogado somente será civilmente responsável pelos danos causados a seus clientes ou a terceiros, se decorrentes de erro grave, inescusável, ou de ato ou omissão praticado com culpa, em sentido largo: Cód. Civil, art. 159; Lei 8.906/94, art. 32." (MS 24.073, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 6-11-02, DJ de 31-10-03 ato que deva ser praticado pelo réu. 22 CONTROLE DO ORÇAMENTO Modalidades de Controle Controle Interno, Externo Privado; Os mecanismos de controle objetivam a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos entes constitucionais e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação de subvenções e renúncia de receitas. CONTROLE DO ORÇAMENTO Controle Interno: CONTROLE HIERARQUICO O superior hierárquico revisa e controla os atos dos subalternos. O controle interno está Art. 74 da CF “Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União; IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.” CONTROLE DO ORÇAMENTO Controle Externo: Exercido exclusivamente pelo Congresso Nacional, nos termos do art. 70 e 49, X da CF, com o auxílio do Tribunal de Contas da União. TCU TCU é órgão auxiliar - competência fiscalizadora. Controle da legitimidade (moralidade pública) e da economicidade (eficácia e eficiência) do ato.12 O campo de atuação do controle externo, a ser efetuado pelo Poder Legislativo com auxílio do Tribunal de Contas, está delimitado nos arts. 71 e 72 da CF CONTROLE DO ORÇAMENTO - TCU Principais funções do TCU: - função auxiliar do Poder Legislativo; (art. 71, I e VII) - atividade fiscalizadora de natureza preventiva ou repressiva; (art. 71,IV, V, VI, IX, X e XI) - função contenciosa; (art. 71, II e VIII) - função de julgamento. “Julgar as contas” não lhe confere o exercício da atividade jurisdicional, privativo do Poder Judiciário. Decisão técnica - regular/irregular. Sua decisão tem força meramente administrativa, não faz coisa julgada, podendo a matéria ser reapreciada pelo Judiciário, art 5°, XXXV e XXXVII da CFRB/1988.13 O TCU não tem função jurisdicional. . 23 CONTROLE DO ORÇAMENTO - TCU As decisões tomadas pelo TCU não fazem coisa julgada, podendo ser reapreciadas pelo Poder Judiciário, conforme art. 5º, incisos XXXV e XXXVII, da CRFB/1988, eis que introduzem o princípio da inafastabilidade da jurisdição e repelem o juízo ou tribunal de exceção CONTROLE DO ORÇAMENTO - TCU A Súmula 347 do STF estabelece: “O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade dasleis e atos do Poder Público”. Tal súmula, entretanto, não confere natureza jurisdicional das decisões proferidas pelo TCU. CONTROLE DO ORÇAMENTO Controle Privado: Exercido por qualquer cidadão. Art. 74, §2o da CF. § 2º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
Compartilhar