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Direito financeiro resumo - Direito financeiro e tributario

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1
DIREITO FINANCEIRO
Juliana Rocha Schiaffino
Mestre em direito, pós graduada em direito da economia 
e da empresa, professora universitária e advogada.
DIREITO FINANCEIRO
Objeto do Direito Financeiro - atividade 
financeira do Estado 
 Orçamento; 
 Receita Pública;
 Despesa Pública;
 Crédito Público; 
 Mecanismos de responsabilização dos 
maus administradores (LRF 101/2000).
Proteção da ‘coisa pública’.
DIREITO FINANCEIRO
Panorama Constitucional e Legal do Direito 
Financeiro:
Constituição Federal - arts. 70 a 75 
e arts. 163 a 169;
Lei 4320/64 - Lei Orçamentária;
Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF 
- LC 101/2000.
DIREITO FINANCEIRO
INTRODUÇÃO - Para que o estado atenda os objetivos de sua 
função administrativa, observando os princípios da legalidade, 
moralidade, publicidade, impessoalidade e eficiência (art 37 da 
CF), é fundamental o Planejamento das atividades conforme o 
art. 174 da CF que é determinante para o setor público e 
indicativo para o setor privado.
O sistema orçamentário Brasileiro é estruturado com 
base em uma lei completar, de caráter financeiro (art. 
165 § 9º), que orienta a elaboração do orçamento. A 
execução orçamentária e a prestação de contas também são 
matérias a serem definidas em lei complementar, com previsão 
de controle interno e externo (Poder Legislativo com auxilio do 
Tribunal de Contas).
Artigo 163 da CF
2
DIREITO FINANCEIRO
Art. 163 – Exigência de Lei
Complementar para: finanças
públicas, dívida pública interna e
externa, concessão de garantias pelas
entidades públicas, emissão e resgate de
títulos da dívida pública, fiscalização
financeira da administração pública direta
e indireta, operações de câmbio
realizadas por órgãos e entidades da
União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios e compatibilização das
funções das instituições oficiais de crédito
da União.
DIREITO FINANCEIRO
Orçamento -É o instrumento de 
que dispõe o poder público (em 
qualquer das esferas) para 
expressar, em determinado período 
de tempo, o seu programa de 
atuação, discriminando a origem e o 
montante dos recursos a serem 
obtidos, bem como os dispêndios a 
serem efetuados.
LEIS ORÇAMENTÁRIAS
 Lei do Plano Plurianual (PPA); 
 Lei das Diretrizes Orçamentárias 
(LDO); 
 Lei Orçamentária Anual (LOA). 
LEIS ORÇAMENTÁRIAS
Art. 165 - Leis de iniciativa do Poder Executivo 
estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais.
Art. 84 - Compete privativamente ao Presidente da 
República: 
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano 
plurianual, o projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias e as propostas de orçamento 
previstos nesta Constituição; 
3
LEIS ORÇAMENTÁRIAS
Poder Executivo elabora (Ministério do 
Planejamento e Orçamento e Secretaria do 
Orçamento Federal), realiza a compatibilização final 
de todas as propostas (MP e Judiciário com 
autonomia orçamentario-financeira elaboram a sua 
proposta e enviam ao Executivo para Unificação –
art. 99, CF 99, § 1º. E 127, § 3º.) que remete para 
o Congresso.
São apreciados pelas duas Casas do Congresso 
Nacional na forma do regimento comum. Previsão 
de uma comissão mista permanente de Senadores e 
Deputados, que emitirá parecer, conforme art. 166, 
§§ 1o e 2o. 
LEIS ORÇAMENTÁRIAS
"A Prefeitura Municipal de Recife, ao provocar a propositura da
presente Ação DiretA de Inconstitucionalidade, pela Procuradoria-Geral
da República, não pretendeu se eximir da responsabilidade, que também
lhe cabe, de zelar pela criança e pelo adolescente, na forma do art. 227
da Constituição Federal e do artigo 227, caput, e seus incisos da
Constituição Estadual. Até porque se trata de 'dever do Estado', no
sentido amplo do termo, a abranger a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios. Sucede que, no caso, o parágrafo único do art.
227 da Constituição Estadual estabelece, para tal fim, uma vinculação
orçamentária, ao dizer: 'para o atendimento e desenvolvimento dos
programas e ações explicitados neste artigo, o Estado e os Municípios
aplicarão, anualmente, no mínimo, o percentual de um por cento dos
seus respectivos orçamentos gerais'. Mas a Constituição Federal
atribui competência exclusiva ao Chefe do Poder Executivo
(federal, estadual e municipal), para a iniciativa da lei
orçamentária anual (artigo 165, inciso III). Iniciativa que fica
cerceada com a imposição e automaticidade resultantes do texto em
questão. (...) De qualquer maneira, Mesmo que não se considere violada
a norma do art. 168, inciso IV, da CF, ao menos a do art. 165, inciso III,
resta inobservada. Assim, também, a relativa à autonomia dos
Municípios, quanto à aplicação de suas rendas." (ADI 1.689, Rel. Min.
Sydney Sanches, julgamento em 12-3-03, DJ de 2-5-03)
LEI DO PLANO PLURIANUAL
 Art. 165, § 1º da CF - A lei que instituir o plano 
plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, 
as diretrizes, objetivos e metas da administração 
pública federal para as despesas de capital e 
outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração continuada. 
 Tem natureza formal mas sua eficácia depende da 
lei orçamentária anual
 Programas e metas a longo prazo
 Deve refletir o projeto que o governante, quando 
candidato, apresentou ao povo como objetivo de 
seu governo
LEI DO PLANO PLURIANUAL
 Artigo 35, § 2º, ADCT –
 vigencia até o final do primeiro exercicio 
financeiro do mandato seguinte; 
 deve ser encaminhado 4 meses antes do 
encerramento do primeiro exercicio 
financeiro e devolvido para sanção até o 
encerramento da sessão legislativa
 Inicia sua execução no segundo ano do 
mandato do Chefe do Poder Executivo
4
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS
Art. 165, § 2º - A lei de diretrizes 
orçamentárias compreenderá as metas e 
prioridades da administração pública 
federal, incluindo as despesas de capital 
para o exercício financeiro subseqüente, 
orientará a elaboração da lei orçamentária 
anual, disporá sobre as alterações na 
legislação tributária e estabelecerá a 
política de aplicação das agências 
financeiras oficiais de fomento. 
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS
Em suma (LDO): 
- Refere-se ao exercício financeiro 
subseqüente;
- Orienta a elaboração da LOA;
- Despesas de Capital exercício 
financeiro subseqüente;
- Alteração na Legislação Tributária;
- Agências de Fomento.
Despesa com pessoal (casos de vantagem, 
aumento, criação de cargos, etc – art. 165, 
§ 1º., II)
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS
Art. 35, §2o, II do ADCT 
II - o projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias será encaminhado até oito 
meses e meio antes do encerramento do 
exercício financeiro e devolvido para sanção 
até o encerramento do primeiro período da 
sessão legislativa;
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, 
anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 
de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS
"Lei de diretrizes orçamentárias, que
tem objeto determinado e
destinatários certos, assim sem
generalidade abstrata, é lei de efeitos
concretos, que não está sujeita à
fiscalização jurisdicional no controle
concentrado." (ADI 2.484-MC, Rel.
Min. Carlos Velloso, julgamento em
19-12-01, DJ de 14-11-03)
5
LEI ORÇAMENTARIA ANUAL
 Realiza previsão das receitas e fixa a 
destinação, as despesas(dotação 
orçamentária) na implementação da política 
governamental de forma anual;
 Lei de efeito concreto com vigência 
determinada;
 Formada por três espécies de orçamento:
 Orçamento fiscal;
 Orçamento de investimento;
 Orçamento da Seguridade Social.
LEI ORÇAMENTARIA ANUAL
 Art. 165. (...) 
 § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: 
 I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos,órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público; 
 II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a
 maioria do capital social com direito a voto;
 III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e 
órgãos a ela vinculados, da 
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e 
mantidos pelo Poder 
Público. 
 § 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo 
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, 
anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e 
creditícia. 
 § 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados 
com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades 
inter-regionais, segundo critério populacional. 
LEI ORÇAMENTARIA ANUAL
 A proposta da Lei Orçamentária 
Anual deverá ser enviada ao 
Congresso Nacional pelo Presidente 
da República até quatro meses 
antes do encerramento da sessão 
legislativa e devolvido para sanção 
até o encerramento da sessão 
legislativa, nos termos do inciso III, 
do §2o, do art. 35 do ADCT. 
LEIS ORÇAMENTARIAS
 Natureza Jurídica – lei em sentido 
formal e ato condição em sentido 
material, não é lei em sentido 
material por não ter força de ato 
normativo, não altera o 
ordenamento jurídico e não gera 
direitos subjetivos, é lei com efeitos 
concretos, lei autorizativa, não se 
sujeita ao controle jurisdicional 
concentrado;
6
LEIS ORÇAMENTARIAS
CONCEITO DE LEI ORCAMENTARIA. O SIMPLES FATO 
DE SER INCLUIDA UMA VERBA DE AUXILIO, NO 
ORCAMENTO, QUE DEPENDE DE APRECIAÇÃO DO 
GOVERNO, NÃO CRIA DIREITO A SEU RECEBIMENTO. 
(STF RExt 34581 / DF - DISTRITO FEDERAL
Rel.: Min. CANDIDO MOTTA Julg.: 10/10/1957 
Órgão:PRIMEIRA TURMA)
(...) a previsão de despesa, em lei 
orçamentária, não gera direito subjetivo a 
ser assegurado por via judicial” REXT 
75.908-PR. 
LEIS ORÇAMENTARIAS
EMENTA: - CONSTITUCIONAL. AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE. LEI COM EFEITO CONCRETO. LEI DE
DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS: Lei 10.266, de 2001. I. - Leis com
efeitos concretos, assim atos administrativos em sentido material:
não se admite o seu controle em abstrato, ou no controle
concentrado de constitucionalidade. II. - Lei de diretrizes
orçamentárias, que tem objeto determinado e destinatários
certos, assim sem generalidade abstrata, é lei de efeitos
concretos, que não está sujeita à fiscalização jurisdicional no
controle concentrado. III. - Precedentes do Supremo Tribunal
Federal. IV. - Ação direta de inconstitucionalidade não conhecida.
(ADI-MC 2484 / DF - DISTRITO FEDERAL MEDIDA CAUTELAR NA
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Relator(a): Min.
CARLOS VELLOSO Julgamento: 19/12/2001 Órgão
Julgador: Tribunal Pleno
LEIS ORÇAMENTARIAS
PROJETO ENCAMINHAMENTO AO PL DEVOLUÇÃO AO PE
PPA 4 MESES ANTES DO ENCERRAMENTO DO PRIMEIRO 
EXERCICIO FINANCEIRO DO 
MANDATO PRESIDENCIAL (31 DE 
AGOSTO)
ATÉ O ENCERRAMENTO 
DA SESSÃO LEGISLATIVA 
(22 DE DEZEMBRO) DO 
EXERCICIO EM QUE FOR 
ENCAMINHADO
LDO 8 MESES E MEIO ANTES DO ENCERRAMENTO DO EXERCICIO 
FINANCEIRO (15 DE ABRIL)
ATÉ O ENCERRAMENTO 
DO PRIMEIRO PERÍODO 
DA SESSÃO LEGISLATIVA 
(17 DE JULHO)
LOA 4 MESES ANTES DO ENCERRAMENTO DO EXERCICIO 
FINANCEIRO (31 DE AGOSTO)
ATÉ O ENCERRAMENTO 
DA SESSÃO LEGISLATIVA 
(22 DE DEZEMBRO) DO 
EXERCICIO EM QUE FOR 
ENCAMINHADO
LEIS ORÇAMENTÁRIAS
Conforme art. 32 da Lei 4320/64,
não recebendo o poder
Legislativo a proposta
encaminhada no prazo fixado na
Constituição, o Poder Legislativo
considerará como proposta a Lei
de Orçamento vigente.
7
LEIS ORÇAMENTÁRIAS
O cabimento de emenda ao projeto de Lei Orçamentária deverá ocorrer 
conforme previsto no art. 166, §§ 3o, 4o e 5o a saber: 
“§ 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos 
Projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de 
diretrizes orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os 
Provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito 
Federal; ou 
III - sejam relacionadas: 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
§ 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser 
aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual. 
§ 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional 
para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não 
iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. 
LEIS ORÇAMENTÁRIAS
EMENTAS AS LEIS ORÇAMENTÁRIAS:
Podem ser apresentadas tanto pelos 
Parlamentares quanto pelo Chefe do Poder 
Executivo (art. 63, I, CF)
A emenda parlamentar não poderá implicar em 
aumento de despesa!
É vedada a edição de Medida Provisória sobre 
matérias relativas a plano plurianuais, diretrizes 
orçamentárias, orçamento e crédito adicionais e 
suplementares , ressalvado os créditos 
extraordinários, art. 167, §3o da CRFB/1988, 
conforme dispõe o art. 62, I, d da CRFB/1988 
Ementas as leis orçamentárias
“Por entender usurpada a iniciativa reservada ao Chefe do Poder Executivo para 
instauração do processo legislativo em tema concernente ao aumento de 
remuneração e ao regime jurídico dos servidores públicos, de observância 
obrigatória pelos Estados-membros (CF, art. 61, § 1º, II, a e c), bem como violado o 
princípio a separação de poderes (CF, art. 2º), o Tribunal julgou procedente pedido 
formulado em ação direta proposta pelo Governador do Estado de Santa Catarina 
para declarar a inconstitucionalidade do § 5º do art. 1º, do § 2º do art. 3º e do art. 
9º, todos da Lei estadual 1.115/88, que dispõem sobre reajuste de 
remuneração (os dois primeiros) e abono de faltas (o último) do pessoal civil e 
militar dos quadros da Administração Direta e Autárquica dos Poderes Executivo e 
Legislativo e do Tribunal de Contas do referido Estado-membro. Asseverou-se, no 
que se refere ao art. 9º da lei em questão, que a Corte tem reconhecido a 
faculdade de o Poder Legislativo emendar projetos de lei de iniciativa 
exclusiva do Chefe do Poder Executivo, desde que a emenda não implique 
aumento de despesa, guarde afinidade lógica com a proposição original e, 
tratando-se de projetos orçamentários (CF, art. 165, I, II e III), observe as 
restrições fixadas no art. 166, §§ 3º e 4º, da CF. Considerou-se que, no caso 
em exame, faltaria o requisito da aludida pertinência lógica, pois o projeto de lei 
originalmente enviado pelo Governador versava exclusivamente sobre reajuste de 
remuneração, tendo o Legislativo inserido, portanto, via emenda, matéria 
completamente diversa. Precedentes citados: ADI 2.619/RS (DJ de 5-5-06); ADI 
1.470/ES (DJ de 10-3-06); ADI 2.705/DF (DJ de 31-10-03); ADI 233-MC/RJ (DJ de 
19-5-95); ADI 1.333 MC/RS (DJ de 13-10-95).” 
( ADI 13, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 17-9-07, Informativo 480). 
Ementas as leis orçamentárias
“"O poder de emendar projetos de lei que se reveste de natureza 
eminentemente constitucional qualifica-se como prerrogativa de 
ordem político-jurídica inerente ao exercício da atividade legislativa.
Essa prerrogativa institucional, precisamente por não traduzir corolário do 
poder de iniciar o processo de formação das leis (RTJ 36/382, 385 — RTJ 
37/113 — RDA 102/261), pode ser legitimamente exercida pelos 
membros do Legislativo, ainda que se cuide de proposições 
constitucionalmente sujeitasà cláusula de reserva de iniciativa (ADI 
865/MA, Rel. Min. Celso de Mello), desde que respeitadas as limitações 
estabelecidas na Constituição da República as emendas parlamentares 
(a) não importem em aumento da despesa prevista no projeto de lei,
(b) guardem afinidade lógica (relação de pertinência) com a proposição 
original e (c) tratando-se de projetos orçamentários (CF, art. 165, I, II e III), 
observem as restrições fixadas no art. 166, §§ 3º e 4º da Carta Política." (ADI 
1.050 - MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento 
em 21-9-94, DJ de 23-4-04) 
"Dispositivo que, ao submeter à Câmara Legislativa distrital a 
autorização ou aprovação de convênios, acordos ou contratos de que 
resultem encargos não previstos na lei orçamentária, contraria a 
separação de poderes, inscrita no art. 2º da Constituição Federal." 
(ADI 1.166, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 5-9-02, DJ de 25-10-02)
8
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
P. da Publicidade
P. do Equilíbrio Orçamentário
P. da Eficiência
P. da Anterioridade
P. da Anualidade
P. da Universalidade
P. da Unidade
P. da Legalidade
P. da Não afetação da receita de impostos
P. da Exclusividade
P. da Especialidade
P. da Programação
P. da vedação de despesa com pessoal alem do limite legal
P. da Clareza ou Transparência
P. da Exatidão
DESPESA PÚBLICA
Conforme a Lei 4.320/64, as despesas 
públicas podem ser correntes e de capital. 
Art. 12. A despesa será classificada nas 
seguintes categorias econômicas: 
DESPESAS CORRENTES 
 Despesas de Custeio 
 Transferências Correntes 
DESPESAS DE CAPITAL 
 Investimentos 
 Inversões Financeiras 
 Transferências de Capital 
DESPESA PÚBLICA
DESPESAS CORRENTES
Despesas correntes são aquelas que não enriquecem o patrimônio 
público, mas são necessárias à execução dos serviços públicos e à 
vida do Estado. 
As Despesas de Custeio (art. 12, §1°) são as dotações para 
manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as 
destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens 
imóveis. Estão entre elas as despesas do pessoal civil, salários, pessoal 
militar, despesas com compra de material de consumo, remuneração de 
serviços prestados por pessoas físicas, locação de imóveis, etc. 
É o custeio da máquina pública. 
As Transferências Correntes (art. 12, §2°) são as dotações para 
despesas as quais não corresponda contraprestação direta em 
bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções 
destinadas a atender à manifestação de outras entidades de 
direito público ou privado. Estão entre elas as transferências feitas de 
um nível de governo para outro, as transferências decorrentes da lei do 
orçamento e destinadas a atender a despesas correntes de autarquias e 
fundações, pagamento de inativos, juros da dívida pública, 
pensionistas, etc. 
DESPESA PÚBLICA
Despesas de Capital:
Despesas de capital são as que determinam uma 
modificação no patrimônio público por meio de seu 
crescimento. 
Os Investimentos (art.12, §4°) são as dotações para o 
planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas 
à aquisição de imóveis considerados necessários à realização 
destas últimas, bem como para os programas especiais de 
trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material 
permanente e constituição ou aumento do capital de 
empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro. 
Estão entre elas as aquisições de material permanente, 
aeronaves, automóveis, mobiliário, obras de arte, 
equipamentos hospitalares, aumento de capital em empresas 
agrícolas e industriais. 
9
DESPESA PÚBLICA
Despesas de Capital:
As Inversões Financeiras (art. 12, §5°) são as
dotações destinadas a 
I -aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em 
utilização; 
II -aquisição de títulos representativos do capital de 
empresas ou entidades de qualquer espécie, já 
constituídas, quando a operação não importe aumento do 
capital; 
III -constituição ou aumento do capital de entidades ou 
empresas que visem a objetivos comerciais ou 
financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros. 
DESPESA PÚBLICA
Despesas de Capital:
As Transferências de Capital (art. 12, §6°) são as 
dotações para investimentos ou inversões financeiras que 
outras pessoas de direito público ou privado devam 
realizar, independentemente de contraprestação direta 
em bens ou serviços, constituindo essas transferências 
auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente 
da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, 
bem como as dotações para amortização da dívida 
pública.

Estão entre elas a Amortização da Dívida Pública, 
Auxílios para Obras Públicas e Auxílios para 
Equipamentos e Instalações
DESPESA PÚBLICA
A despesa é realizada em 4
etapas:
 o empenho pelo qual é autorizada,
 a liquidação que é o ato de controle
prévio da conclusão da despesa,
 a ordem de pagamento
 o pagamento.
DESPESA PÚBLICA
EMPENHO - art 58 da Lei n. 4.320/64 "o ato 
emanado de autoridade competente que cria para o 
Estado obrigação de pagamento pendente ou não de 
implemento de condição".
No ato do empenho fica deduzido do orçamento o valor 
da transação. Tem-se um bloqueio formal da parcela 
envolvida que reduz o saldo até então disponível.
Para cada empenho é extraída a nota de empenho. 
É proibida a realização de despesa sem prévio 
empenho, ressalvados casos especiais (art. 60 da 
Lei 4.320/64). 
10
DESPESA PÚBLICA
RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃOCONTRA A FAZENDA
PÚBLICA. NOTA DE EMPENHO. TÍTULO EXTRAJUDICIAL. 1. O empenho cria
para o Estado obrigação de pagamento, máxime com a prova da
realização da prestação empenhada, por isso que a sua exigibilidade
opera-se através de processo de execução de cunho satisfativo. Raciocínio
inverso implicaria impor ao credor do Estado por obrigação líquida e certa
instaurar processo de conhecimento para definir direito já consagrado pelo
próprio devedor através de ato da autoridade competente. O empenho é
documento público que se enquadra na categoria prevista no artigo
584, II, do CPC. 2. A moderna tendência processual é prestigiar as
manifestações de vontade de caráter público ou privado e emprestar-
lhes cunho executivo para o fim de agilizar a prestação jurisdicional,
dispensando a prévia cognição de outrora. 3. A emissão do empenho
pressupõe obrigação realizada cuja despesa respectiva deve ser
satisfeita pelo Estado sob pena de locupletamento sem causa
(Precedentes: REsp n.º 793.969/RJ, Rel. p/ Acórdão Min. José Delgado, DJU de
26/06/2006; REsp n.º 704.382/AC, Rel. Min. Eliana Calmon, DJU de
19/12/2005; REsp n.º 331.199/GO, deste Relator, DJU de 25/03/2002; e REsp
n.º 203.962/AC, Rel. Min. Garcia Vieira, DJU de 21/06/1999).4. Recurso
especial desprovido.(Resp 801632, Ministro Luiz Fux, 17/05/2007)
DESPESA PÚBLICA
LIQUIDAÇÃO: 
É a segunda etapa da execução da despesa. A liquidação torna líquida e certa 
a obrigação preexistente. É a verificação do direito adquirido pelo credor. 
Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito 
adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos 
comprobatórios do respectivo crédito. 
O processo de liquidação procura verificar:
-a origem e o objeto do que se deve pagar;
-a importância exata a pagar;
-a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.
Terá por base, o contrato, ajuste ou acordo respectivo, a nota de empenho e 
os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço. 
DESPESA PÚBLICA
ORDEM DE PAGAMENTO:
É a terceira etapa da execução da despesa pública, 
caracteriza-se pelo despacho da autoridade 
competente determinando o pagamento da despesa.
Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho 
exarado por autoridade competente, determinando 
que a despesa seja paga. 
Parágrafo único.A ordem de pagamento só poderá 
ser exarada em documentos processados pelos 
serviços de contabilidade 
O processamento contábil é providencial para 
manter o acompanhamento e preservar a 
estabilidade financeira 
DESPESA PÚBLICA
 PAGAMENTO:
 É a última etapa da despesa pública.
 Conforme art. 65 da Lei 4320, o pagamento da 
despesa será efetuado por tesouraria ou pagadoria 
regularmente instituídas, por estabelecimentos 
bancários credenciados e, em casos 
excepcionais, por meio de adiantamento. 
 Adiantamento para os casos de serviços 
extraordinários e urgentes, que não permitam delongas 
na satisfação de despesas, quando se tratar de 
despesa a ser paga em lugar distante de qualquer 
estação pagadora ou no exterior, quando se tratar de 
despesas miúdas e de pronto pagamento, nas diversas 
repartições públicas. 
11
DESPESA PÚBLICA
A Despesa Pública e a LRF – LC 101/2000
A Lei de Responsabilidade Fiscal vem impor um equilíbrio fiscal ao 
orçamento e a responsabilidade no que tange à execução de 
despesa, estabelecendo: 
A despesa só deve ser realizada, havendo dotação específica 
e suficiente na LOA, sendo compatível com a PPA e a LDO. 
Não verificada a receita, os empenhos devem ser limitados. 
Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação 
governamental que acarrete aumento da despesa será 
acompanhado de: 
I -estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício 
em que deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes; 
II -declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem 
adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária 
anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de 
diretrizes orçamentárias. 
DESPESA PÚBLICA
 Novas despesas de caráter continuado 
devem ser compensadas por aumento 
permanente de receita.
 Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter 
continuado a despesa corrente derivada de lei, 
medida provisória ou ato administrativo 
normativo que fixem para o ente a obrigação 
legal de sua execução por um período superior a 
dois exercícios. 
 §1o Os atos que criarem ou aumentarem 
despesa de que trata o caput deverão ser 
instruídos com a estimativa prevista no 
inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos 
recursos para seu custeio.
DESPESA PÚBLICA
Criação de Limites com despesas de pessoal, 
em relação à receita corrente líquida, 
discriminada por Ente e por Poder 
Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 
169 da Constituição, a despesa total com pessoal, 
em cada período de apuração e em cada ente da 
Federação, não poderá exceder os percentuais da 
receita corrente líquida, a seguir discriminados: 
I -União: 50% (cinqüenta por cento);
II -Estados: 60% (sessenta por cento);
III -Municípios: 60% (sessenta por cento) 
DESPESA PÚBLICA
Proibição do aumento de 
despesas com pessoal nos últimos 
180 dias de mandato 
Art. 21. Parágrafo único. Também é nulo de 
pleno direito o ato de que resulte aumento 
da despesa com pessoal expedido nos 
cento e oitenta dias anteriores ao final 
do mandato do titular do respectivo Poder 
ou órgão referido no art. 20.
12
DESPESA PÚBLICA
 Restos a Pagar – Art. 42 da LRF 
 Consideram-se restos a pagar as despesas 
empenhadas, mas não pagas, até 31 de dezembro, 
estando sua execução condicionada aos limites fixados 
à conta das fontes de recursos correspondentes. 
 Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido 
no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu 
mandato, contrair obrigação de despesa que não possa 
ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha 
parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que 
haja suficiente disponibilidade de caixa para este 
efeito. 
 Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de 
caixa serão considerados os encargos e despesas 
compromissadas a pagar até o final do exercício. 
DESPESA PÚBLICA - PRECATÓRIOS
Disciplina dos Precatórios – Débitos Oriundos 
de Condenação Judicial 
Em relação aos pagamentos de débitos oriundos de 
condenação judicial, devem-se observar os 
requisitos previstos no art. 100 e parágrafos da 
CFRB/1988. 
Art. 100. À exceção dos créditos de natureza 
alimentícia, os pagamentos devidos pela Fazenda 
Federal, Estadual ou Municipal, em virtude de 
sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na 
ordem cronológica de apresentação dos 
precatórios e à conta dos créditos respectivos, 
proibida a designação de casos ou de pessoas nas 
dotações orçamentárias e nos créditos adicionais 
abertos para este fim. 
DESPESA PÚBLICA - PRECATÓRIOS
O precatório entregue até o dia 1° de julho deve 
ter o respectivo valor consignado no orçamento do 
exercício seguinte, para pagamento atualizado 
até o final desse exercício, dentro da ordem 
cronológica de sua apresentação.
§1ºÉ obrigatória a inclusão, no orçamento das 
entidades de direito público, de verba necessária 
ao pagamento de seus débitos oriundos de 
sentenças transitadas em julgado, constantes de 
precatórios judiciários, apresentados até 1º de 
julho, fazendo-se o pagamento até o final do 
exercício seguinte, quando terão seus valores 
atualizados monetariamente.(Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 30, de 2000) 
DESPESA PÚBLICA - PRECATÓRIOS
Súmula 655 do STF: 
A EXCEÇÃO PREVISTA NO ART. 100, "CAPUT", 
DA CONSTITUIÇÃO, EM FAVOR DOS CRÉDITOS 
DE NATUREZA ALIMENTÍCIA, NÃO DISPENSA A 
EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO, LIMITANDOSE A 
ISENTÁ-LOS DA OBSERVÂNCIA DA ORDEM 
CRONOLÓGICA DOS PRECATÓRIOS 
DECORRENTES DE CONDENAÇÕES DE OUTRA 
NATUREZA.
13
DESPESA PÚBLICA - PRECATÓRIOS
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. EXECUÇÃO 
JUDICIAL CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. § 5º, art. 98, da 
Constituição Estado do Paraná. Precatórios judiciais. Créditos de 
natureza alimentar. EXECUÇÃO JUDICIAL CONTRA A FAZENDA 
PÚBLICA. CRÉDITOS DE NATUREZA ALIMENTÍCIA. Pagamento. Prazo 
de trinta dias da apresentação do precatório. Inconstitucionalidade 
por ofensa aos parágrafos 1º e 2º, do art. 100, da CF. Necessidade 
de inclusão no orçamento. Os precatórios judiciais, apresentados até 
1º de julho e nesta data atualizados, devem ser incluídos na 
proposta orçamentária que, submetida ao crivo do Poder Legislativo 
(art. 48, II, e 166 da CF.), transformar-se-á na lei orçamentária do 
exercício seguinte. Somente se nela estiverem previstas dotações 
orçamentárias para tal fim é que os requisitórios poderão ser pagos; 
pois é vedada a realização de qualquer despesa sem que haja 
previsão no orçamento (art. 167, II, CF.). Ação direta julgada 
procedente para declarar inconstitucional a norma impugnada.
 ADI 225 / PR - PARANÁ
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Relator(a): Min. PAULO BROSSARD
Julgamento: 31/08/1994 Órgão Julgador: Tribunal Pleno 
DESPESA PÚBLICA - PRECATÓRIOS
 PRECATÓRIOS:
 § 2º As dotações orçamentárias e os créditos
abertos serão consignados diretamente ao Poder
Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que
proferir a decisão exeqüenda determinar o
pagamento segundo as possibilidades do
depósito, e autorizar, a requerimento do
credor, e exclusivamente para o caso de
preterimento de seu direito de precedência, o
seqüestro da quantia necessária à satisfação
do débito.(Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 30, de 2000)
DESPESA PÚBLICA - PRECATÓRIOS
PRECATÓRIOS:
Esgotados os recursos orçamentários, não está o 
Executivo obrigado a solicitar abertura de crédito 
adicional suplementar para atendimento dos 
precatórios. Nessas hipóteses cabe à Administração 
Pública demonstrar perante o órgão judiciário 
competente a impossibilidade de cumprir a decisão 
judicial.
Art. 167. São vedados:V - a abertura de crédito 
suplementar ou especial sem prévia autorização 
legislativa e sem indicação dos recursos 
correspondentes;
DESPESA PÚBLICA - PRECATÓRIOS
 EMENTA:AGRAVO REGIMENTAL EM INTERVENÇÃO 
FEDERAL. PRECATÓRIO. DESCUMPRIMENTO 
INVOLUNTÁRIO. 1. Descumprimento voluntário e 
intencional de decisão transitada em julgado. Pressuposto 
indispensável ao acolhimento do pedido de intervenção 
federal. 2. Precatório. Não pagamento do título judicial 
em virtude da insuficiência de recursos financeiros para 
fazer frente às obrigações pecuniárias e à satisfação do 
crédito contra a Fazenda Pública no prazo previsto no § 1º 
do artigo 100 da Constituição da República. Exaustão 
financeira. Fenômeno econômico/financeiro vinculado à 
baixa arrecadação tributária, que não legitima a medida 
drástica de subtrair temporariamente a autonomia 
estatal. Precedentes. Agravo regimental a que se nega 
provimento. IF -Agr 506/SP - São Paulo 
14
DESPESA PÚBLICA - PRECATÓRIOS
EMENTA: INTERVENÇÃO FEDERAL. 2. Precatórios 
judiciais. 3 . Não configuração de atuação dolosa e 
deliberada do Estado de São Paulo com finalidade de 
não pagamento. 4. Estado sujeito a quadro de 
múltiplas obrigações de idêntica hierarquia. 
Necessidade de garantir eficácia a outras normas 
constitucionais, como, por exemplo, a continuidade 
de prestação de serviços públicos. 5. A intervenção , 
como medida extrema, deve atender à máxima da 
proporcionalidade. 6. Adoção da chamada relação de 
precedência condicionada entre princípios 
constitucionais concorrentes. 7. Pedido de 
intervenção indeferido. IF - 171/SP - São Paulo 
DESPESA PÚBLICA - PRECATÓRIOS
EMENTA: CONSTITUCIONAL. RECLAMAÇÃO. 
DEFERIMENTO DE SEQÜESTRO DE VERBAS 
PÚBLICAS COM FUNDAMENTO NO § 2º DO ARTIGO 
100 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. 
ALEGADO DESRESPEITO À DECISÃO TOMADA NA 
ADI 1.098. A tese não merece acolhimento, dado 
que o seqüestro de verbas foi decretado com 
fundamento no § 2º do artigo 100 da Constituição, 
ante a verificação de que a fazenda estadual 
havia quebrado a ordem cronológica de 
pagamento de precatórios. Reclamação 
improcedente. Rcl 3071/SP - São Paulo. 
DESPESA PÚBLICA - PRECATÓRIOS
RPV, Requisição de Pequeno Valor 
§ 3º O disposto no caput deste artigo, 
relativamente à expedição de precatórios, 
não se aplica aos pagamentos de 
obrigações definidas em lei como de 
pequeno valor que a Fazenda Federal, 
Estadual, Distrital ou Municipal deva fazer 
em virtude de sentença judicial transitada 
em julgado. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 30, de 2000) 
DESPESA PÚBLICA - PRECATÓRIOS
 Impossibilidade de Fracionamento do 
Precatório 
 § 4º São vedados a expedição de 
precatório complementar ou 
suplementar de valor pago, bem como 
fracionamento, repartição ou quebra do 
valor da execução, a fim de que seu 
pagamento não se faça, em parte, na 
forma estabelecida no § 3º deste artigo e, 
em parte, mediante expedição de 
precatório. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 37, de 2002) 
15
DESPESA PÚBLICA
Dos Créditos Adicionais 
São créditos adicionais as autorizações de 
despesa não computadas ou insuficientemente 
dotadas na Lei de Orçamento. Regulados nos art. 40 
a 46 da Lei 4320/64. 
Os créditos adicionais classificam-se em: 
- suplementares, destinados a reforço da 
dotação orçamentária;
- especiais, os destinados a despesas para as 
quais não haja dotação orçamentária específica;
- extraordinários, os destinados a despesas 
urgentes e imprevistas , em caso de guerra, 
comoção interna ou calamidade pública. 
DESPESA PÚBLICA
Os créditos suplementares e especiais serão 
autorizados por lei e abertos por decreto executivo. 
Geralmente, a Lei Orçamentária Anual veicula a 
autorização para a abertura de créditos 
suplementares.
A abertura dos créditos suplementares e especiais 
depende da existência de recursos disponíveis para 
ocorrer à despesa e será precedida de exposição 
justificativa. Tais recursos provêm do superávit 
financeiro6, os provenientes de excesso de 
arrecadação7, os resultantes de anulação de 
dotações orçamentárias, etc. .
DESPESA PÚBLICA
 Quanto ao crédito extraordinário, aplica-se o disposto 
no art. 167, §3°: 
 § 3º - A abertura de crédito extraordinário 
somente será admitida para atender a despesas 
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de 
guerra, comoção interna ou calamidade pública, 
observado o disposto no art. 62. 
 Art. 167, § 2º - Os créditos especiais e 
extraordinários terão vigência no exercício 
financeiro em que forem autorizados, salvo se o 
ato de autorização for promulgado nos últimos quatro 
meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos 
limites de seus saldos, serão incorporados ao 
orçamento do exercício financeiro subseqüente. 
DESPESA PÚBLICA – CRÉDITOS ADICIONAIS
Características Suplementares Especiais Extraordinários
Finalidade Reforço de dotação 
orçamentária insuficiente
Viabilizar e atender 
despesas não 
contempladas no 
orçamento
Atender despesas 
imprevisíveis e/ou urgentes
Autorização legislativa Previa autorização q pode ser 
na LOA
Prévia autorização 
em lei especial
Independe de prévia 
autorização legal
Forma de Abertura Decreto do Poder Executivo Decreto do Poder 
Executivo
Decreto do Poder Executivo 
ou MP com remessa imediata 
ao Legislativo
Indicação de recursos Obrigatória deve constar da 
lei de autorização
Obrigatória deve 
constar da lei de 
autorização
Independe de indicação
Indicação de limite Obrigatória deve constar da 
lei de autorização
Obrigatória deve 
constar da lei de 
autorização
Obrigatória, devendo constar 
do Decreto de abertura
Vigência Exercício em que foi aberto Exercício em que foi 
aberto
Exercício em que foi aberto
Possibilidade de 
prorrogação
Jamais admitida Permitida p/ exercício 
seguinte desde que 
autorizada nos 
últimos 4 meses e 
tendo lei que assim 
permita
Permitida p/ exercício 
seguinte desde que 
autorizada nos últimos 4 
meses e tendo lei que assim 
permita
16
DESPESA PÚBLICA
Desvios na Operacionalização dos Gastos 
Públicos 
Instrumentos utilizados por maus 
administradores para camuflar os dados no 
orçamento público, ensejando
maiores possibilidades de gastos públicos, a 
saber:
- super-estimação de receitas;
- contingenciamento (congelamento) de 
despesas;
- anulação de valores empenhados (restos 
a pagar)
DESPESA PÚBLICA
PROCESSUAL CIVIL. JUIZ. DIREÇÃO DO PROCESSO. COMPETÊNCIA.
DILIGÊNCIAS. INDEFERIMENTO. CERCEAMENTO DE DEFESA. 
INEXISTÊNCIA.
DOCUMENTOS. JUNTAS COMERCIAIS. REQUISIÇÃO. PREÇO. 
RECOLHIMENTO PRÉVIO. LEI N. 8.934/1994. DECRETO N. 1800/1996. 
UNIÃO FEDERAL.
PAGAMENTO.
1. Cabendo ao juiz a direção do processo, incumbe-lhe a avaliação da 
real necessidade das provas e diligências requeridas pelas partes, não 
constituindo cerceamento de defesa o seu indeferimento por decisão 
suficientemente fundamentada.
2. O recolhimento prévio do preço instituído para o fornecimento de 
cópias de documentos em poder das Juntas Comerciais decorre de 
imperativo legal (Lei n. 8.934, de 1994, art. 29 e Decreto n. 1800, de 
1996, arts. 80, 81 e 89), não estando a União Federal isenta desse 
procedimento.
3. As dificuldades alegadas pela União Federal quanto à indisponibilidade 
orçamentária para o pagamento prévio desse serviço, em face das 
disposições da Lei n. 4.320, de 1964, são óbices que não podem ser 
invocados para obrigar outros entes a descumprirem a legislação 
aplicável à espécie, restando-lhe adequar as suas normas às suas 
necessidades operacionais. (TRF1 AG 2000.01.00.135619-4/BA)
RECEITA PÚBLICA
 RECEITA PÚBLICA – é produzida pela 
renda de seus bens ou pela sua atividade 
ou arrecadada do povo coercitivamente, 
em caráter definitivo, ou tomando por 
empréstimo.
 são aqueles pertencentes ao ente público, 
arrecadados exclusivamente para a 
aplicação em programas e ações governa 
 Nem todo oingresso é uma receita, 
ingresso é qualquer dinheiro recebido 
pelos cofres públicos. 
RECEITA PÚBLICA
Classificação da Receita Pública - Lei 
4320/64 
Baseada em critérios econômicos. 
Art. 11 - A receita classificar-se-á nas 
seguintes categorias econômicas: 
Receitas Correntes 
Receitas de Capital.
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RECEITA PÚBLICA
Receitas Correntes: 
As receitas correntes abarcam as decorrentes do poder 
impositivo do Estado, bem como aquelas decorrentes da 
exploração de seu patrimônio e as resultantes de 
exploração de atividade econômica. São receitas de 
natureza contínua. 
Os tributos em geral são classificados como receita 
corrente. 
Art. 11, § 1º - São Receitas Correntes as receitas 
tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, 
industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes 
de recursos financeiros recebidos de outras 
pessoas de direito público ou privado, quando destinadas 
a atender despesas classificáveis em Despesas 
Correntes. 
RECEITA PÚBLICA
Receitas Correntes: 
As receitas correntes abarcam as decorrentes do poder 
impositivo do Estado, bem como aquelas decorrentes da 
exploração de seu patrimônio e as resultantes de exploração de 
atividade econômica. São receitas de natureza contínua. 
Art. 11, § 1º - São Receitas Correntes:
 Receita Tributária
 Impostos
 Taxas
 Contribuições de Melhoria
Receita de Contribuições
Receita Patrimonial
Receita Agropecuária
Receita Industrial
Receita de Serviços
Transferências Correntes 
RECEITA PÚBLICA
Receitas Correntes: 
Transferências Correntes são recursos recebidos de 
outras pessoas de direito público ou privado, 
independentemente de contraprestação direta em bens e 
serviços. Ex.: Fundos de Participação dos Estados e 
Municípios. 
Parcela das receitas federais arrecadadas pela União é 
repassada aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. 
O rateio da receita proveniente da arrecadação de impostos 
entre os entes federados representa um mecanismo 
fundamental para amenizar as desigualdades regionais, na 
busca incessante de promover o equilíbrio sócio-econômico 
entre Estados e Municípios.
Cabe ao Tesouro Nacional, em cumprimento aos 
dispositivos constitucionais, efetuar as transferências desses 
recursos aos entes federados, nos prazos legalmente 
estabelecidos.
RECEITA PÚBLICA
Receitas de Capital:
São todas as outras receitas que 
compreendem as provenientes de 
realização de recursos financeiros 
oriundos e constituição de dívidas, as 
oriundas das conversões em espécie de 
bens e direitos, os recursos recebidos 
de outras pessoas de direito público ou 
privado para atender as despesas de 
capital e o superávit do orçamento 
corrente.
18
RECEITA PÚBLICA
RECEITAS DE CAPITAL 
Operações de Crédito 
Alienação de Bens Móveis e 
Imóveis 
Amortização de Empréstimos 
Concedidos 
Transferências de Capital 
Outras Receitas de Capital
RECEITA PÚBLICA
Receitas ordinárias são as 
que possuem ocorrência 
rotineira.
Receitas extraordinárias –
esporádicas, de caráter 
temporário ou irregular.
RECEITA PÚBLICA
 Receita Originária
 A receita originária é auferida pelo Estado em 
decorrência da exploração de seu próprio 
patrimônio e sem o exercício de seu poder 
soberano. 
 Ex: preços públicos, aluguéis de prédios públicos, 
aplicações financeiras, etc.
 Receita Derivada 
 As receitas públicas derivadas são as 
provenientes de patrimônio de particulares, 
impostas coercitivamente aos cidadãos, em 
decorrência do poder soberano do Estado. 
 Ex: Receita Tributária é Receita Derivada 
RECEITA PÚBLICA
Receita Derivada - Espécies 
Tributárias:
Impostos
Taxas
Contribuição de Melhoria
Empréstimo Compulsório
Contribuições Especiais
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RECEITA PÚBLICA
TAXA PREÇO PUBLICO
Regime jurídico de dir. Público Regime jur. de dir.privado
Vinculo obrigacional de natureza 
tributária
Vinculo obrigacional de natureza 
contratual
Sujeito ativo – PJ de dir. Público Suj. ativo – PJ de dir. Público ou 
Privado
Independe de manifestação de 
vontade (compulsório) 
Necessária manifestação de 
vontade (facultativo)
Cobrada por utilização efetiva ou 
potencial do serviço público
Cobrada pela utilização efetiva
Receita derivada Receita Originária
Sujeita-se aos princípios 
tributários 
Não se sujeito aos princípios 
tributários
RECEITA PÚBLICA
Receita Pública e a LRF - LC 101/2000:
Art. 11. Constituem requisitos essenciais da 
responsabilidade na gestão fiscal a instituição, 
previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos 
da competência constitucional do ente da 
Federação. 
Parágrafo único. É vedada a realização de 
transferências voluntárias para o ente que não 
observe o disposto no caput, no que se refere aos 
impostos. 
RECEITA PÚBLICA
Receita Pública e a LRF - LC 101/2000:
Uma vez não cumprida a arrecadação de todos os 
impostos, fica vedada a realização de transferências 
voluntárias. 
Conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal, 
entende-se por transferência voluntária "a 
entrega de recursos correntes ou de capital a outro 
ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou 
assistência financeira, que não decorra de 
determinação constitucional, legal ou os destinados 
ao Sistema Único de Sa 
RECEITA PÚBLICA
Receita Pública e a LRF - LC 101/2000:
Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou 
benefício de natureza tributária da qual decorra 
renúncia de receita deverá estar acompanhada de 
estimativa do impacto orçamentário-financeiro no 
exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois 
seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes 
orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes 
condições: 
II - estar acompanhada de medidas de 
compensação, no período mencionado no caput, por 
meio do aumento de receita, proveniente da 
elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, 
majoração ou criação de tributo ou contribuição. 
20
RECEITA PÚBLICA
RENÚNCIA DE RECEITA - A concessão de
anistia, remissão, subsídio, crédito
presumido, isenção de caráter não geral,
alteração de alíquota - (exceto a dos
impostos do art 153, I, II, IV e V da CF ) ou
modificação de base de cálculo que implique
redução discriminada de tributos ou
contribuições, e outros benefícios que
correspondam a tratamento diferenciados,
são considerados como renúncia de receitas
pela LRF (art. 14).
RECEITA PÚBLICA
ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. EMPRÉSTIMO BANCÁRIO. ANTECIPAÇÃO DE 
RECEITA. EXIGÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA ESPECÍFICA.
DESCUMPRIMENTO. IMPROBIDADE.
1. O acórdão manteve a condenação de Prefeito Municipal por improbidade administrativa, 
por entender necessário procedimento licitatório, bem como autorização legislativa 
específica para a contratação de empréstimos bancários por antecipação de receita.
2. Embora seja dispensável, na hipótese, o procedimento licitatório para a realização de 
operação bancária, já que realizada antes da Lei de Responsabilidade Fiscal, subsiste o 
acórdão ao reconhecer a irregularidade das operações de empréstimo sem autorização do 
Legislativo Municipal.
3. A lei do orçamento anual (ato-regra) pode autorizar, genericamente, as operações de 
crédito por antecipação de receita (art. 165, § 8º), o que não afasta a necessidade de 
aprovação, em cada caso, por ato legislativo de inferior hierarquia (ato-condição).
4. Assim, para as operações de crédito por antecipação de receita não basta a autorização 
genérica contida na lei orçamentária, sendo indispensável autorização específica em cada 
operação. A inobservância de tal formalidade, ainda que não implique em enriquecimento 
ilícito do recorrente ou prejuízo para o erário municipal, caracteriza ato de improbidade, nos 
termos do art.11 da Lei n.º 8.429/92, à mingua de observância dos preceitos genéricos 
que informam a administração pública, inclusive a rigorosa observância do princípio da 
legalidade.
5. Recurso especial improvido.
(REsp 410414/SP, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 
19.08.2004, DJ 27.09.2004 p. 301)
renúncia de receitas pela LRF (art. 14).
RECEITA PÚBLICA
RENÚNCIA DE RECEITA:
 estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício 
em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, 
 demonstração pelo proponente de que a renúncia foi 
considerada na estimativa de receita da lei orçamentária e de 
que não afetará as metas de resultados fiscais; 
 estar acompanhada de medidas de compensação por meio 
do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, 
ampliação. de base de cálculo, majoração ou criação de 
tributo ou contribuição. Não se aplica este dispositivo quando 
houver o cancelamento do débito cujo montante seja inferior 
ao custo de cobrança 
CRÉDITO PÚBLICO
 CRÉDITO PÚBLICO 
 “Processo financeiro consistente em vários métodos de 
obtenção de dinheiro pelo Estado, sob condição de 
devolver, em geral, acrescidos de juros e dentro de um 
determinado prazo preestabelecido” (Kiyoshi Harada) 
 O crédito público é aquele ato, pelo qual o Estado 
beneficia-se de uma transferência de recursos face à 
liquidez existente no mercado e fica com a obrigação 
de restituí-los no futuro, normalmente com pagamento 
de juros. 
 É um processo de obtenção de recursos para o Erário, 
fonte de receita adicional para o Estado 
 O crédito público resulta de uma relação bilateral 
voluntária, em que o particular empresta dinheiro ao 
Estado. Não se confunde com o empréstimo 
compulsório.
21
CRÉDITO PÚBLICO
Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita 
destina-se a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro 
e cumprirá as exigências mencionadas no art. 32 e mais as seguintes: 
I - realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício; 
II - deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o 
dia dez de dezembro de cada ano; 
IV - estará proibida: 
a) enquanto existir operação anterior da mesma natureza não 
integralmente resgatada; 
b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito 
Municipal. 
§ 2o As operações de crédito por antecipação de receita realizadas por 
Estados ou Municípios serão efetuadas mediante abertura de crédito 
junto à instituição financeira vencedora em processo competitivo 
eletrônico promovido pelo Banco Central do Brasil. 
Requerimento a partir de 10 de janeiro e pagamento até 10 de dezembro 
do mesmo exercício financeiro.
Dívida Pública
 A dívida pública é uma decorrência das operações 
creditícias levadas a cabo pelo Estado, quando 
tomador de empréstimos. 
 A Dívida Pública pode ser classificada em Flutuante e 
Fundada. 
 Dívida Pública Flutuante é a dívida decorrente de 
empréstimo a curto prazo, oscilando muito 
rapidamente. Fica dentro do exercício financeiro e é 
lastreada na previsão da arrecadação. 
 Dívida Pública Fundada/Consolidada é aquela 
contraída a longo prazo, ou até sem prazo certo. 
Financiamento de bens e contratação de serviços cuja 
dívida superar a um exercício financeiro. Ex.: 
Precatórios integram o conceito de dívida 
fundada/consolidada. da inicial por inépcia.
CONTROLE DO ORÇAMENTO
Controle Interno, Externo e Privado da 
Execução Orçamentária art. 70 ao 75 da CF 
Pessoas submetidas ao Controle: 
Art. 70, Parágrafo Único: Prestará contas 
qualquer pessoa física ou jurídica, pública 
ou privada, que utilize, arrecade, guarde, 
gerencie ou administre dinheiros, bens e 
valores públicos ou pelos quais a União 
responda, ou que, em nome desta, assuma 
obrigações de natureza pecuniária. 
CONTROLE DO ORÇAMENTO
"Advogado de empresa estatal que, chamado a opinar, 
oferece parecer sugerindo contratação direta, sem licitação, 
mediante interpretação da lei das licitações. Pretensão do 
Tribunal de Contas da União em responsabilizar o advogado 
solidariamente com o administrador que decidiu pela 
contratação direta: impossibilidade, dado que o parecer não 
é ato administrativo, sendo, quando muito, ato de 
administração consultiva, que visa a informar, elucidar, 
sugerir providências administrativas a serem estabelecidas 
nos atos de administração ativa. Celso Antônio Bandeira de 
Mello, Curso de Direito Administrativo, Malheiros Ed., 13ª 
ed., p. 377. O advogado somente será civilmente 
responsável pelos danos causados a seus clientes ou a 
terceiros, se decorrentes de erro grave, inescusável, ou de 
ato ou omissão praticado com culpa, em sentido largo: Cód. 
Civil, art. 159; Lei 8.906/94, art. 32." (MS 24.073, Rel. Min. 
Carlos Velloso, julgamento em 6-11-02, DJ de 31-10-03 ato 
que deva ser praticado pelo réu. 
22
CONTROLE DO ORÇAMENTO
 Modalidades de Controle
 Controle Interno, 
 Externo 
 Privado; 
 Os mecanismos de controle objetivam a 
fiscalização contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial 
dos entes constitucionais e das entidades 
da administração direta e indireta, quanto 
à legalidade, legitimidade, 
economicidade, aplicação de subvenções 
e renúncia de receitas. 
CONTROLE DO ORÇAMENTO
Controle Interno: CONTROLE HIERARQUICO
O superior hierárquico revisa e controla os atos dos subalternos. O 
controle interno está 
Art. 74 da CF 
“Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de 
forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: 
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a 
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; 
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à 
eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial 
nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da 
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; 
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e 
garantias, bem como dos direitos e haveres da
União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão 
institucional.” 
CONTROLE DO ORÇAMENTO
Controle Externo:
Exercido exclusivamente pelo Congresso 
Nacional, nos termos do art. 70 e 49, X da CF, 
com o auxílio do Tribunal de Contas da União. 
TCU 
TCU é órgão auxiliar - competência 
fiscalizadora. Controle da legitimidade 
(moralidade pública) e da economicidade 
(eficácia e eficiência) do ato.12 
O campo de atuação do controle externo, a 
ser efetuado pelo Poder Legislativo com auxílio 
do Tribunal de Contas, está delimitado nos arts. 
71 e 72 da CF
CONTROLE DO ORÇAMENTO - TCU
Principais funções do TCU:
- função auxiliar do Poder Legislativo; (art. 71, 
I e VII)
- atividade fiscalizadora de natureza preventiva 
ou repressiva; (art. 71,IV, V, VI, IX, X e XI)
- função contenciosa; (art. 71, II e VIII)
- função de julgamento. “Julgar as contas” não 
lhe confere o exercício da atividade jurisdicional, 
privativo do Poder Judiciário. Decisão técnica -
regular/irregular. Sua decisão tem força meramente 
administrativa, não faz coisa julgada, podendo a 
matéria ser reapreciada pelo Judiciário, art 5°, 
XXXV e XXXVII da CFRB/1988.13 O TCU não tem 
função jurisdicional. .
23
CONTROLE DO ORÇAMENTO - TCU
As decisões tomadas pelo TCU não 
fazem coisa julgada, podendo ser 
reapreciadas pelo Poder Judiciário, 
conforme art. 5º, incisos XXXV e 
XXXVII, da CRFB/1988, eis que 
introduzem o princípio da 
inafastabilidade da jurisdição e repelem 
o juízo ou tribunal de exceção 
CONTROLE DO ORÇAMENTO - TCU
A Súmula 347 do STF estabelece:
“O Tribunal de Contas, no 
exercício de suas atribuições, pode 
apreciar a constitucionalidade dasleis e atos do Poder Público”. 
Tal súmula, entretanto, não confere 
natureza jurisdicional das decisões 
proferidas pelo TCU.
CONTROLE DO ORÇAMENTO
Controle Privado:
 Exercido por qualquer cidadão. Art. 
74, §2o da CF. 
§ 2º - Qualquer cidadão, partido 
político, associação ou sindicato é 
parte legítima para, na forma da lei, 
denunciar irregularidades ou 
ilegalidades perante o Tribunal de 
Contas da União.

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