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Conceito “ O direito das coisas abrange o conjunto das normas que regulam asrelações jurídicasreferentes ascoisas suscetíveis de apropriação,estabelecendo umvínculo imediato e diretoentre osujeito ativo ou titular do direitoe a coisa, sobre a qual recai, criando umdever jurídico para todos os membros da sociedade.”(W. Barros Monteiro) “ O direito das coisas visa regulamentar as relações entre os homens e as coisas traçando normas tanto para aquisição, exercício e perda do poder dos homens sobre esses bens como para os meios de sua utilização econômica.”(M.H.Diniz) AULA 1: INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS COISAS (DIREITOS REAIS) – Prof. Paulo Henrique de Oliveira - coisas suscetíveis de apropriação vínculo imediato e direto sujeito ativo ou titular do direito relação jurídica dever jurídico para todos os membros da sociedade Direitos das coisas–Direitosreais (res–coisa) Reais Reais Posse Coisas Reais 1 Direitos das coisas (CC – livro III, parte especial) Posse Reais Propriedade Gozo ou fruição Superfície Servidão Usufruto Uso Habitação Direito do promitente comprador Concessão de uso especial para fins de moradia Concessão de direito real de uso Garantia Penhor Hipoteca Anticrese Diferenças entre direitos reais e obrigacionais Reais Obrigacionais Sujeito Ergaomnes Parte –parte Fonte Legal (direitos reaisnumerusclausus–taxativo) Legal – contratual Abandono – liberação Possível Condicionada INTRODUÇÃO ÀTEORIA DA POSSE Conceito de posse “Posseé o exercício de fato de um ou mais poderes característicos do direito de propriedade.”(F.UlhoaCoelho) Relação de fato entre a pessoa e coisa – proteção da aparência Posse e propriedade institutos diferentes Autonomia da posse - propriedade “A distinção entre posse e propriedade é feita tendo em vista a origem do poder de sujeição sobre a coisa.”(F.UlhoaCoelho) “O amor tem jardim, cerca, projeto. O sexo invade tudo. Sexo é contra a lei. Amor é propriedade. Sexo é posse. Amor é casa; sexo é invasão de domicílio. Amor é o sonho por um romântico latifúndio; já o sexo é o MST”. (Arnaldo Jabor,amor é prosa, sexo é poesia) Teorias da posse Teoria (subjetiva ) Savigny Elementos P=C+A:corpus + Animus(elemento subjetivo) –animusdomini: intenção de possuir como dono como proprietário Teoria (objetiva ) Ihering Elementos P=C :Corpus(conduta de dono, uso econômico) CC 2002 – adotoua teoria objetiva Artigo:1.196: “Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não de um dos poderes inerentes a propriedade”. Proteçãoda posse Iuspossidendi(posse causal):Possuidor + proprietário Iuspossessionis(posse formal):Possuidor (posse autônoma) Função social da posse CC Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. § 4º O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante. DistinçãoentrePOSSE E DETENÇÃO “[...] o que distingue a posse da detenção é um elemento externoe, portanto, objetivo que se traduz no dispositivo legal que, com referência a certas relações que preenchem os requisitos da posse e têm aparência de posse, suprime delas os efeitos possessórios. A detenção é, pois, uma posse degrada: uma posse que, em virtude de lei, avilta-se em detenção.” (C.R.Gonçalves) Detenção Gestor, servidores, fâmulos posse CC Artigo: 1.198: “Considera-se detentor aquele que achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste em cumprimento de ordens ou instruções.” Ex.: Caseiro, bibliotecária, empregada, motorista [...] Atos de mera permissão ou tolerância CC Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância [...] Atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade CC Art. 1.208. Não induzem posse [...] assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade. Coisas insuscetíveis de apropriação: bens públicos Desdobramento da posse Posse direta ou imediata Posse indireta ou mediata Artigo: 1.197: “A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direito defender a sua posse contra o indireto.” Defesa da posse Possuidor direto e indireto - Terceiro Possuidor direito em face do indireto e vice-versa (Enunciado 76 CJF:O possuidor direto tem de defender sua posse contra o indireto, e este, contra aquele . ESPÉCIESDE POSSE Desdobramento Posse direta ou imediata Posse indireta ou mediata Sujeitos Exclusiva: Exercida por um único sujeito Composse,compossessãoou posse comum Artigo 1.199: “Se duas ou mais pessoas possuírem a coisa indivisa, poderá cada um exercer sobre ela atos possessórios contando que não excluam os dos outroscompossuidores.” Composse Simples (única admitida no direito brasileiro) Em mão comum (todosjuntos) Composse Prodivisa (coisa divisa) divisão de fato Proindivisa (coisa indivisa)parte indefinida – todos exercem a posse sobre a totalidade Posseparalelas ou sobreposição de posse – posses de natureza diversas (desdobramento da posse) Existência de vício Posse justa Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária. Posse injusta Boa-fédo possuidor Posse de má-fé Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa. Posse de boa-fé Tempo Posse nova CPC Art. 924. Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de posse as normas da seção seguinte, quando intentado dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho; passado esse prazo, será ordinário, não perdendo, contudo, o caráter possessório. Possa velha Defesa PosseAdinterdicta Fins de interdito possessório PosseAdusucapionem Fins de aquisição por usucapião
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