Buscar

Linfadenite caseosa

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LINFADENITE CASEOSA
O que é: Doença causada por uma bactéria chamada Corynebacterium pseudotuberculosis.
Quem adoece: ovinos e caprinos de qualquer idade ou sexo.
Como adoece: entrando em contato com a bactéria através do pus de animais doentes, alimento, água ou instalações contaminados.
Sintomas: aumento dos linfonodos (caroços) em região de cabeça, pré-escapulares, da virilha ou até mesmo internamente, nos intestinos e nos pulmões.
Tratamento: abertura dos abscessos externos:
1. Tirar os pêlos da região com uma lâmina de barbear;
2. Limpar bem a área com solução de álcool iodado (1 parte de iodo 10% com 1 parte de álcool 70%);
3. Fazer o corte na parte mais baixa do abscesso, de cima para baixo, para facilitar a saída do pus e limpeza;
4. Pressionar o abscesso com o uso de luvas ou saco plástico, retendo o pus neste saco, até a retirada de todo o conteúdo. Não deixe o pus entrar em contato com as mãos e nem com o ambiente;
5. Limpar o restante internamente com uma gaze ou algodão enrolado uma pinça ou instrumento de madeira;
6. Aplicar solução de iodo a 10% interna e externamente;
7. Embeber uma gaze com a mesma solução de iodo e deixar dentro do corte para ajudar a drenar o material restante, prevenindo a contaminação do meio ambiente. Além disso, prevenirá o aparecimento de bicheiras;
8. Passar repelente, se necessário;
9. Isolar o animal em uma área própria e retirar a gaze após 24 horas;
10. Repetir os procedimentos dos itens 6, 7 e 8 durante dois dias;
11. Queimar e enterrar o material purulento;
12. Desinfetar os instrumentos mergulhando-os em álcool iodado e flambando (deixar o instrumento sob o fogo até ficar vermelho) a cada abscesso aberto;
13. Os instrumentos que forem utilizados para a abertura dos abscessos deverão ser usados somente para este propósito.
Solução de iodo (tintura de iodo) a 10%: -Iodo ressublimado 100 g - Iodeto de potássio 60 g - Água destilada (ou água potável) 50 mL - Álcool absoluto 950 mL
Solução de álcool iodado a 1%: -Tintura de iodo a 10% 100 mL - Álcool comum 900 mL.
Perdas econômicas: redução de 6,6% no peso da lã limpa, diminuição da taxa decrescimento, 3 – 5% de condenação de carcaças para o consumo humano.
Prevenção: A prevenção da doença pode ser realizada adotando medidas gerais e específicas de controle. 
Medidas Gerais:
1. Observar o rebanho diariamente para verificar o surgimento de animais com “caroços” ou outros sintomas de doenças;
2. Isolar e tratar animais doentes;
3. Perfurar e limpar abscessos, evitando que o seu conteúdo contamine o ambiente;
4. Eliminar, sempre que possível, animais com abscesso ou com doença crônica;
5. Desinfetar o umbigo dos animais recém-nascidos e qualquer outra ferida com iodo a 10%;
6. Não adquirir animais com sintomas da doença;
7. Realizar desinfecção periódica de instalações;
8. Evitar o uso comum de utensílios que possam veicular o microrganismo entre os animais e do ambiente para os animais (cordas, brincadores, tatuadores, agulhas, aparelhos de tosquia)
Medidas Específicas: Estão disponíveis no mercado vacinas inativadas (bactéria morta) e vacinas atenuadas (bactéria viva). Estes dois tipos de vacinas conferem boa proteção aos rebanhos. A adoção de vacinação dos animais deve, preferencialmente, ser adotada sob consulta do médico veterinário. 
IMPORTANTE
Não adianta só vacinar! É preciso utilizar a vacina aliada a procedimentos gerais de controle, evitando assim a propagação da doença na propriedade, o contato de animais sadios com doentes e o uso indiscriminado de utensílios que possam contaminar outros animais. 
Referências: RADOSTITS, O.M., GAY, C.C., BLOOD, D.C., HINCHCLIFF, K.W. Clínica Veterinária. Tratado de doenças dos bovinos, ovinos, suínos, caprinos e eqüinos. 9.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 
Sociedade Nacional da Agricultura - http://www.snagricultura.org.br 
http://www.icb.ufmg.br/~vasco/coryne/lac.htm 
Revisão: Prof. Márcio Garcia Ribeiro – UNESP/Botucatu

Outros materiais