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Embargos de Divergência Finalidade: Esse recurso tem a finalidade de uniformizar a jurisprudência dentro dos próprios tribunais superiores. Cabimento: Caberá os embargos de divergência quando houver decisões atuais conflitantes de diferentes órgãos dentro do STF (pleno e turmas) ou STJ (corte especial, seções e turmas). Prazo: 15 dias; "Interposição: Perante o relator do acórdão embargado, visando mostrar o dissídio jurisprudencial." (Dani Toste) Efeitos: Não é dotado de efeito suspensivo, apenas devolutivo no limite da divergência. "Tramitação: Semelhante ao Recurso Especial e ao Recurso Extraordinário, as partes devem ser intimadas com 48hs de antecedência e cabe sustentação oral." (Dani Toste) Competência: Embargos de divergência de competência do STF será julgado pelo Pleno, e aqueles de competência do STJ será de competência da seção, caso sejam entre suas turmas ou da corte especial caso sejam divergências entre turmas de seções diferentes ou a divergência se dê entre turmas e seções. Da decisão dos embargos de divergência não caberá mais recursos, salvo Embargos de Declaração, caso estejam presentes os requisitos. Deverá ser realizado o cotejo analítico das decisões, transcrevendo e demonstrando os trechos onde houver a divergência, demonstrando a semelhança da decisão impugnada e da decisão paradigma. Deve acompanhar os embargos de divergência cópias de repositórios oficiais da íntegra do acórdão utilizado como paradigma. Anexos: "Os embargos de divergência representam recurso próprio contra acórdãos proferidos nos julgamentos de recurso especial ou extraordinário, como meio para unificar a jurisprudência interna dos respectivos tribunais. Assim, têm cabimento os embargos de divergência quando: a) em recurso especial, o acórdão proferido divergir do julgamento de outra turma, seção ou do órgão especial do próprio Superior Tribunal de Justiça; b) em recurso extraordinário, o acórdão proferido divergir do julgamento da outra turma ou do plenário do Supremo Tribunal Federal. Como bem se nota nas hipóteses de cabimento, trata-se de recurso fundamentado em divergência da jurisprudência interna dos tribunais - STJ ou STF. No STJ existem seis turmas de julgamento, cada uma integrada de cinco ministros. Assim, se o acórdão proferido pela primeira turma for divergente do outro proferido pela segunda turma, poderá haver embargos de divergência para a seção que pertencem as duas turmas decida qual tese jurídica deve prevalecer (se da primeira ou da segunda turma do STJ). Sendo a divergência entre seções, os embargos seguirão para o órgão especial. O mesmo ocorre no Supremo Tribunal Federal, que é composto por duas turmas e pelo Tribunal Pleno (as duas turmas reunidas); logo, havendo divergência no julgamento, caberá a interposição de embargos de divergência para que o plenário do tribunal decida qual deve prevalecer. A forma de interposição e processamento dos embargos de divergência é regulada pelos regimentos do Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal, conforme autoriza o parágrafo único do art. 546 do Código de Processo Civil" Manual de Processo Civil - Volume 2. Darlan Barroso, pág. 129. Código de Processo Civil - DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO E DO RECURSO ESPECIAL Art. 546. É embargável a decisão da turma que: I - em recurso especial, divergir do julgamento de outra turma, da seção ou do órgão especial; Il - em recurso extraordinário, divergir do julgamento da outra turma ou do plenário. Parágrafo único. Observar-se-á, no recurso de embargos, o procedimento estabelecido no regimento interno.
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