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Extorsão (158) – coagir, forçar, obrigar; Sujeito Ativo: Qualquer pessoa; Sujeito Passivo: Qualquer pessoa; Objeto Jurídico: Patrimônio, Integridade Física e Liberdade do Indivíduo; Admite Tentativa? Sim; Momento de Consumação: Existem duas correntes. Majoritária: Crime formal. Basta que a vítima, constrangida pelo emprego de violência ou grave ameaça, faça, tolere que se faça, ou deixe de fazer alguma coisa, para que o crime seja consumado. Não se exige a obtenção da indevida vantagem econômica pelo agente; Aumento de pena: Cometimento de duas ou mais pessoas; emprego de arma; Qualificadoras: Se resulta em Lesão Corporal grave ou morte (este é crime hediondo); Ação Penal: Ação Penal Pública Incondicionada Diferenciação: - Concussão: Sujeito ativo é um funcionário público; - Estelionato: este se dá mediante fraude, aquele mediante coação; - Constrangimento ilegal: Não visa a vantagem econômica; - Roubo: Este não depende do comportamento da vítima; Extorsão Mediante Sequestro (159) – Privar a vítima da sua liberdade de locomoção; Sujeito Ativo: Qualquer pessoa; Sujeito Passivo: Qualquer pessoa; Objeto Jurídico: Patrimônio e Liberdade do Indivíduo; Admite Tentativa? Sim; Momento de Consumação: No momento da privação da liberdade, independentemente da obtenção da vantagem almejada; Qualificadoras: Se dura + 24 horas; se é contra menor de 18 ou maior de 60; se é cometido por bando ou quadrilha; Lesões Corporais graves; Resulta em morte. CAPUT E §§ são crimes hediondos. Delação premiada: o concorrente que denunciar a autoridade, facilitando a libertação, tem sua pena reduzida. Deve haver o nexo causal entre a denuncia e a efetiva libertação; Ação Penal: Ação Penal Pública Incondicionada Extorsão Indireta (160) Sujeito Ativo: Credor de uma dívida; Sujeito Passivo: Devedor; Objeto Jurídico: Patrimônio e Liberdade do Indivíduo; Admite Tentativa? Sim; Momento da Consumação: Momento em que se exige, ou que se recebe o documento em garantia de uma dívida; Ação Penal: Ação Penal Pública Incondicionada Alteração de Limites (161, “caput”) Sujeito Ativo: Aquele que suprime ou altera a marca divisória; Sujeito Passivo: Proprietário ou possuidor do imóvel que teve a linha demarcatória modificada; Objeto Jurídico: Patrimônio; Admite Tentativa? Sim; Momento da Consumação: Quando ocorrer a supressão ou alteração da marca divisória; Ação Penal: Ação Penal Pública Incondicionada Usurpação de águas (161, I) Sujeito Ativo: Aquele que desvia ou represa águas alheias; Sujeito Passivo: Proprietário ou possuidor do imóvel que tenha leito ou curso de água; Objeto Jurídico: Patrimônio; Admite Tentativa? Sim; Momento da Consumação: Quando ocorrer o desvio ou a represa da água; Ação Penal: Se a propriedade é particular e não houve emprego de violência, a ação penal é privada. Caso contrário, a ação penal será pública (como não há previsão se condicionada ou não, entendo que é incondicionada). No caso de emprego de violência, o agente também responderá pela pena deste delito. Supressão ou alteração de marca em animais (162) Sujeito Ativo: Qualquer pessoa; Sujeito Passivo: Dono do animal; Objeto Jurídico: Patrimônio; Admite Tentativa? Sim; Momento da Consumação: Quando ocorre a supressão ou alteração da marca ou sinal, independentemente de conseguir a inversão da posse dos animais; Ação Penal: Ação Penal Pública Incondicionada. Dano (163) Sujeito Ativo: Qualquer pessoa; Sujeito Passivo: Qualquer pessoa; Objeto Jurídico: Patrimônio; Admite Tentativa? Sim; Momento da Consumação: Quando ocorrer a efetiva destruição, inutilização ou deterioração da coisa alheia; Qualificadoras: se houver emprego de violência ou grave ameaça; se houver utilização de substância inflamável ou explosiva, desde que o fato não constitua crime mais grave; se o agente se voltar contra patrimônio da União, Estado, Município, etc; por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima Ação Penal: Nas 3 primeiras qualificadoras, ação penal pública incondicionada, para as demais, ação penal privada. Introdução ou Abandono de animais em propriedade alheia (164) Sujeito Ativo: Qualquer pessoa; Sujeito Passivo: Proprietário do local que recebe os animais; Objeto Jurídico: Patrimônio; Admite Tentativa? Não; Momento da Consumação: Momento em que o animal introduzido ou abandonado em propriedade alheia resulte prejuízo a propriedade; Ação Penal: Ação Penal Privada. Dano em coisa de valor artístico, arqueológico ou histórico (165) Sujeito Ativo: Qualquer pessoa; Sujeito Passivo: O Estado, que tombou a coisa, e em segundo plano, o proprietário da coisa; Objeto Jurídico: Patrimônio artístico, arqueológico ou histórico do Estado; Admite Tentativa? Sim; Momento da Consumação: Quando ocorrer a destruição, inutilização ou deterioração da coisa tombada; Ação Penal: Ação Penal Pública Incondicionada. Alteração de local especialmente protegido (166) Sujeito Ativo: Qualquer pessoa; Sujeito Passivo: Em primeiro plano, o Estado que protegeu a coisa, e em segundo, o proprietário da coisa; Objeto Jurídico: Patrimônio histórico, cultural, ecológico, paisagístico, turístico, artístico, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental do Estado; Admite Tentativa? Sim; Momento da Consumação: Quando ocorrer a alteração do local; Ação Penal: Ação Penal Pública Incondicionada. Apropriação Indébita (168) Sujeito Ativo: É a pessoa que tem a posse ou detenção de coisa alheia; Sujeito Passivo: É o proprietário da coisa que está em poder do sujeito ativo; Objeto Jurídico: Patrimônio; Admite Tentativa? Sim; Momento da Consumação: Quando ocorre a apropriação de coisa alheia; Aumento de pena: §1, I, II e III Diminuição de pena: Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa; Ação Penal: Ação Penal Pública Incondicionada. Apropriação Indébita Previdenciária (168-A) Sujeito Ativo: O substituto tributário, que é aquele que tem o dever legal de repassar a Previdência Social as contribuições recolhidas dos contribuintes; Sujeito Passivo: O Estado, na pessoa da Previdência Social; Objeto Jurídico: Patrimônio; Admite Tentativa? Não; Momento da Consumação: Ocorre no momento em que se exaure o prazo legal ou convencional assinalado para o repasse das contribuições recolhidas; Aumento de pena: quando o agente recebeu a coisa em depósito necessário, na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial ou em razão de ofício, emprego ou profissão; Extinção da punibilidade: É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal; OBS: é facultado ao juiz aplicar apenas a multa, ou deixar de aplicar a pena desde que o réu tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais; Ação Penal: Ação Penal Pública Incondicionada. Apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito ou força da natureza (169) Sujeito Ativo: Qualquer pessoa; Sujeito Passivo: Proprietário ou legítimo possuidor da coisa desviada ou perdida; Objeto Jurídico: Patrimônio; Admite Tentativa? Sim, mas não se admite no § único, inciso II; Momento da Consumação: Quando ocorrer a apropriação da coisa ou tesouro, com a ressalva do prazo de quinze dias para a devolução feita no inciso II; Ação Penal: Ação Penal Pública Incondicionada. Estelionato (171) - conduzir, manter alguém em erro (falsa percepçãoda realidade), mediante o emprego de artifício (fraude no sentido material), ardil (fraude no sentido imaterial, criando uma motivação ilusória). Só será caracterizado o estelionato se houver idoneidade do meio fraudulento empregado que cause vício na manifestação de vontade. Sujeito Ativo: qualquer pessoa Sujeito Passivo: qualquer pessoa, podendo ser terceiro que não a pessoa enganada Objeto Jurídico: patrimônio Momento da Consumação: consuma-se com a obtenção da vantagem indevida, em prejuízo alheio. Admite Tentativa? sim Fraude Bilateral: A corrente majoritária crê que ainda sim existirá crime, pois no direito penal não existe a compensação de condutas. Ação Penal: Ação Penal Pública Incondicionada Estelionato <> Furto Mediante emprego de fraude: este último. há .... Forma Privilegiada: se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o art. 155, §2°. a jurisprudência considera pequeno valor o prejuízo aquele que não ultrapassa um salário mínimo. Formas Equiparadas (§2°): I) Disposição de coisa algeia como própria: vender (transferência do domínio de certa coisa mediante o pagamento do preço), permuta (troca), dá em pagamento (havendo o consentimento do credor, este pode receber coisa que não seja dinheiro, em substituiçãoda prestação que lhe era devida. hipótese em que o devedor entrega coisa alheia como própria), dar em locação (o agente cede a outra parte o uso e gozo da coisa, por certa retribuição, excuídas as hipóteses autorizadas pelo CC/02) ou dar em garantia (direitos reais: penhor, hipotéca, anticrese). II) Alienação ou oneração fraudulenta: idem a anterior, só que nesta hipótese a coisa é pröpria, porém, inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu a terceiro, mediante pagamento em prestações, silenciando-se sobre qualquer dessas circunstâncias. III) Defraudação de penhor: defraudar (privar com dolo), mediante alienação (venda, doação, etc) ou por outro modo ( destruição, abandono, ocultação e etc) a garantua pignoratícia. IV) Fraude na entrega da coisa: defraudar (modificar) substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve ser entregue a alguém. V) Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro: destruir (causar dano a coisa) total ou parcialmente a coisa, ou oculta (esconde) a coisa própria, lesar o corpo ou saúde, agravar lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro. VI) Fraude no pagamento por meio de cheque: não poderá falar em ilícito penal quando o sujeito emite um cheque na certeza de que tem fundos disponíveis para o devido pagamento pelo banco, ante a ausência da má-fé. Aumento de pena: a pena é aumentada. um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficiência. Duplicata Simulada (172) - Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponda a mercadoria vendida, em quantidade ou qualidade, ou ao serviço prestado, lesando assim, o patrimônio do sujeito passivo com um débito diferente do que aquele realmente existente do negócio jurídico realizado. Sujeito ativo: aquele que emite a duplicata, fatura ou nota de venda. Sujeito passivo: aquele contra quem é emitida a duplicata, fatura ou nota de venda. Objeto jurídico: patrimônio; Admite tentativa? Não Momento da consumação: consuma-se no momento da emissão da fatura, duplicata ou nota de venda, ou seja, da sua criação. Forma Equiparada (§ único): trata-se de uma forma de falsidade documental, que o legislador optou por classificar como crime patrimonial, que consiste em falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de Registro de Duplicatas. Ação Penal: Ação Penal Pública Incondicionada Receptação Própria (180, "caput" - 1 parte) - adquirir (obtenção do domínio da coisa de forma onerosa [compra] ou gratuita [doação]), receber (qualquer forma de obtenção da posse do produto de um crime), transportar (deslocamento da coisa. um local para o outro), conduzir (dirigir qualquer meio de transporte de locomoção) ou ocultar (esconder), em proveito próprio ou alheio, coisa que se sabe ser produto de crime. Receptação Imprópria (180, "caput" - 2 parte) - influir para que terceiro de boa-fé a adquira, receba ou oculte. Pressuposto: existência de crime anterior, pois trata-se de um delito acessório. Sujeito ativo: Qualquer pessoa, salvo o autor, co-autor ou partícipe do delito antecedente. Sujeito passivo: a vítima do crime antecedente. Momento da consumação: Na receptação própria o crime é matrial, logo, se dá no momento da realização de uma das condutas típicas. Na receptação imprópria o crime é forma, bastando o sujeito ativo influencir o terceiro de boa-fé, não sendo necessário que ele efetivamente a adquira. Admite Tentativa? Na receptação própria, admite-se tentativa, na imprópria, não. Qualificadora (§1): as mesmas hipóteses do caput, acrecisdas. vender, expor a venda, desmontar, montar, remontar, ter em depósito ou de qualqer forma utilizar em proveito próprio ou alheii, no exercício. comercial ou industrial (comércio clandestino ou irregular também é considerado - §2°), coisa que deve saber produto de crime. Receptação culposa (§3°): o legislador não incluiu a conduta. ocultar, sendo esta atípica. Privilegiada (§5°): na receptação culposa o juiz poderá deixar de aplicar a pena ao réu primário, ou utilizar-se da regra dl art. 155, §2°, na receptação dolosa. Qualificada em razão do objeto material (§6): se o crime for praticado em detrimento de bens e instalações do patrimônio da União, Estado ou municípios, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista, a pena prevista no caput deve ser dobrada. - Lei de crimes hediondos prevê o aumento de metade da pena se o crime é cometido contra menor de 14 anos, alienado ou débil mental, sendo que o agente conhecia tal circunstância ou aquele que não pode, por qualquer outra causa, oferecer resistência.
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