Buscar

Rede venosa periferica

Prévia do material em texto

Sintomas Vasculares Comuns
Dor nos braços ou pernas.
Claudicação intermitente.
Extremidades frias, pálidas, parestésicas 
e com perda de pelos.
Alteração de cor dos dedos em tempo 
frio.
Edema de panturrilhas, pernas e pés.
Edema com eritema ou dor.
Técnica de Exame
MMSS:
Tamanho, simetria e cor da pele
Pulso radial e pulso braquial
Gânglios linfáticos epitrocleares
MMII:
Tamanho, simetria e cor da pele
Pulso femoral e gg. Inguinais
Pulso poplíteo, pedioso e tibial posterior
Edema periférico - cacifo
Classificação dos Pulsos
Célere ! 4+
Aumentado ! 3+
Normal ! 2+
Reduzido ! 1+
Ausente ! 0
Anatomia e Fisiologia
Em relação as principais artérias, devemos 
destacar as seguintes, ressaltando as áreas 
em que podem ser palpadas:
Braquial: localizada na dobra do cotovelo e 
logo acima dela, medialmente ao tendão do 
bíceps.
Radial: localizada na região lateral da 
superfície flexora do punho.
Ulnar: localizada na região medial da 
superfície flexora do punho.
Femoral: localizada abaixo do ligamento 
inguinal, entre a crista ilíaca ântero-superior 
e a sínfise pubiana.
Poplítea: localizada atrás do joelho.
Pediosa: localizada no dorso do pé 
(lateralmente ao tendão extensor do 1º 
MTF).
Tibial posterior: localizada atrás do maléolo 
medial do tornozelo.
No que se refere as veias, as de maior 
significado clínico estao localizadas nos 
embros inferiores, sendo elas:
Veia Safena Interna (magna), que drena 
para a veia Femoral.
Veia Safena Externa (menor), que drena 
para o sistema venoso profundo e daí para 
a veia Femoral.
Veias Comunicantes, que unem a safena 
interna e externa.
E importante lembrarmos que as veias 
profundas (femoral e poplítea) transportam 
90% do retorno venoso, enquanto as veias 
superficiais (safenas interna e externa) 
transportam 10% do retorno venoso.
No qe se refere ao sistema linfático 
devemos saber que o mesmo é uma 
extensa rede de canais vasculares que 
drenam linfa do tecido para a circulação 
venosa. Já os Gânglios linfáticos são 
estruturas arredondados com 1 a 2cm e 
que tem por função englobar restos 
celulares e bactérianos, sendo que os mais 
acessíveis ao exame clínico sao os 
cervicais, axilares e dos braços e pernas. 
Os gânglios axilares drenam maior parte 
do membro super ior, enquanto os 
epitrocleares drenam a superfície ulnar do 
antebraço, os dedos mínimo e anular e a 
superfície adjacente do dedo médio. 
Em relação aos membros inferiores temos 
a cadeia horizontal, que drena as porções 
superficiais da região inferior do abdome, 
nádegas, genitál ia externa (exceto 
testículos), o canal anal e a região perianal, 
bem como a porção inferior da vagina. A 
cadeia vertical, por sua vez, drena todo o 
membro inferior. exceto o calcanhar e a 
face externa do pé.
No que se refere as trocas líquidas entre o 
interstício e o leito vascular capilar, o 
mesmo se dá basicamente por diferenças 
nos gradientes pressóricos e osmóticos 
destas estruturas. Assim, a pressão 
hidrostática arterial é maior do que a 
venosa e a pressão coloidosmótica 
intersticial e maior na parte arterial do que 
na parte venosa, favorecendo assim a 
remoção dos excessos de fluídos e de 
protéinas do interstício.
Sistema Vascular Periférico
Dr. Ivan Paredes
Dr. Carlos Caron
Dr. Joachim Graff
Dr. Carlos Borges
Dr. Carlos Cardoso
Faculdade Evnagélica 
do Parana (FEPAR)
Grupo de Estudos em 
Semiologia e 
Propedeutica (GESEP)
 Dr. Carlos Caron e Dr. Ivan Paredes
Agosto/2007
P r o p e d ê u t i c a I I
O Sistema Vascular Periférico
Neste módulo estudaremos as alterações circulatórias periféricas, 
enfatizando as técnicas para o reconhecimento clínico das lesões 
venosas e arteriais periféricas. Iniciaremos estudando os 
elementos essenciais da anatomia vascular periférica.
Exame Físico Vascular
Pulso Radial ! Face lateral da superfície flexora do punho com a ponta dos dedos A 
flexão parcial do punho pode ajudar a otrnar o pulso mais evidente.
Pulso Braquial ! Medialmente ao tendão do bíceps na prega antecubital ou entre os 
tendões do músculos bíceps e tríceps. Uma discreta flexao do cotovelo facilita a análise.
Gânglios Epitrocleares ! Cotovelo a 90º com o antebraço apoiado, palpando-se sulco 
do bíceps e tríceps, a 3cm do epicôndilo medial.
Pulso Femoral ! Comprima logo abaixo do ligamento inguinal, entre a crista ilíaca 
ântero-superior e a sínfise pubiana.
Pulso Poplíteo ! Com o joelho fletido e relaxado, comprimir a fossa poplítea para sentir 
o pulso. Pode-se também proceder a flexão do joelho a 90º, estando a região inferior da 
perna relaxada sobre o braço do examinador, que faz a compressão profunda do oco 
poplíteo com os polegares. 
Pulso Pedioso ! Palpar no dorso do pé, na região imediatamente lateral ao tendão 
extensor do grande artelho.
Tibial Posterior ! Localizado abaixo do maléolo medial do tornozelo.
Gânglios Inguinais ! Avaliar os grupos horizontal e vertical, no que se refere ao 
tamanho, consistência, dor e mobilidade.
Testes e Manobras Especiais
Teste de Allen ! Utilizado para verificar a permeabilidade da artéria radial ou da ulnar 
antes da realização da punção da artéria radial para coleta de amostras de sangue. Para 
este teste, o paciente deve estar em pé com os membros superiores erguidos e a palma 
das mãos voltadas para a frente. Comprime-se então a artéria radial para estudar a ulnar 
e vice-versa. O resultado é negativo se ambas as mãos permanecem cm a mesma 
coloração, pois isto significa permeabilidade da artéria não comprimida. Será positivo 
quando ocorrer maior palidez da mão cuja artéria está comprimida, pois isto significa 
obstrução da outra artéria.
Alterações Posturais da Cor ! Eleve as 2 pernas a 60º até induzir um pico de palidez 
nos pés (geralmente em 1 min), sendo que palidez acentuada, sugere IAC. Após elevar os 
pé, peça para o paciente ficar sentado e reto com as 2 pernas pendentes. Compare os 2 
pés, avaliando o retorno da coloração rósea à pele (n ! 10s) e o enchimento das vv. dos 
pés e tornozelos (n ! 15s).
Mapeamento de Veias Varicosas ! Uma onda de pressão palpável indica que as duas 
partes das veia estão conectadas.
Teste do Enchimento Retrógrado ou de Trendelemburg ! O Paciente inicialmente 
permanece em decúbito dorsal. Soliciata-se que eleve uma perna a 90º para esvaziá-la de 
sangue venoso. O examinador oclue a safena interna na região superior da coxa. Solicita-
se ao paciente para ficar em pé, enquanto a veia é mantida ocluída. Observe o 
enchimento venoso da perna: normal ou negativo é quando o enchimento de baixo para 
cima ocorre em ± 35s. Se se for mais rápido, indica que as veias comunicantes estão 
com as válvulas incompetentes. Depois de ficar em pé por 20s, libere a compressão e 
pesquise o surgimento de novos enchimentos venosos (normal ou negativo é não 
ocorrer). Enchimento adicional súbito das vv. Superficiais indica válvulas incompetentes 
na veia safena. 
Fenômeno de Raynoud
É uma a l t e ração da 
coloração da pele das 
mãos, caracterizada pela 
sequenc ia Pa l i dez – 
Cianose – Vermelhidão.
Gangrena 
Insuficiência Venosa
Sinal de Cacifo
Sinais e sintomas da Insuficiência Vascular Periférica
Claudicação intermitente, podendo evoluir para ocorrência de dor em repouso
Pulsos reduzidos ou ausentes
Cor pálida (elevação do membro) e vermelho-escura (membro pendente)
Temperatura fria
Edema ausente
Alterações tróficas
Pode ocorrer gangrena
Úlceras em artelhos e áreas de trauma
Sinais e Sintomas de Insuficiência Venosa Crônica
Ausência de dor ou dor discreta.
Pulsos normais.
Cor normal ou cianótica
Temperatura normal
Edema acentuado
Dermatite ocre
Úlceras em tornozelo (face interna)
Não ocorre gangrena
Prova de Adson (Manobra do Escaleno) ! Este exame serve para comprovar a 
compressãoda artéria subclávia, causando o assim chamado Síndrome do desfiladeiro 
toráxico. Para esta manobra o paciente deve estar em posição anatômica, sendo que o 
examinador, postado atrás do paciente, toma o pulso radial. O paciente então roda a cabeça 
para o lado oposto ao do braço examinado, sendo que o examinador, com a outra mão, por 
trás, traciona o queixo dop paciente, para assim forçar a rotação e concomitante 
hiperextensão da cabeça. Procede-se então ao levantamento de todo o membro superior 
até a horizontal, com afastamento do membro para trás. A prova será positiva quando, 
durante esta manobra, desaparecer o pulso radial com ausculta de sopro na região de 
projeção da artéria subclávia ou ocorrer dor em choque. A prova será negativa se o pulso 
radial permanecer e não ocorrer sopro ou choque.
Pesquisa de Edemas
É necessário estabelecer uma compressão por aproximadamente 5 segundos na região 
selecionada (dorso do pé, atrás dos maléolos distais, sobre a regiao pré-tibial e na região 
sacral), em busca do sinal de cacifo, que se caracteriza pela ocorrência de depressão na 
pele à compressão. O edema pode ser classificado de acordo com o tamanho do cacifo (1+ 
2mm, 2+ 4mm, 3+ 6mm, 4+ 8mm).
Lembre-se de que edema sem cacifo sugere linfedema ou mixedema. 
Linfedema
Professores
Dr. Ivan Paredes
Dr. Carlos Caron
Dr. Joachim Graf
Dr. Carlos Borges
Dr. Carlos Cardoso
Bibliografia Básica: 
BATES, B. Propedêutica Médica. 8
a
 ed. Guanabara Koogan, 2004.
EPSTEIN, O.; et al. Exame Clínico. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 
TALLEY, N.J., O’CONNOR, S. Exame Clínico – Um guia do diagnóstico 
físico. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
Sites de Interesse:
http://www.martindalecenter.com/MedicalClinical_Exams.html: site tipo 
“portal” sobre propedêutica e semiologia, contendo vídeos, textos, imagens, 
etc. 
http://www.conntutorials.com/video.html: vídeos de propedêutica separados 
por áreas como cabeça e pescoço, cardiovascular, neurológico, etc.
GESEP (Grupo de Estudos de Semiologia e Propedêutica) 
Faculdade Evangélica do Paraná
Padre Anchieta, 2770. Campina do Siqueira
80730-000
Curitiba - PR
Contato com o grupo de professores:
gesep@googlegroups.com
Home Page da Disciplina:
http://web.mac.com/ivanjose/GESEP

Continue navegando