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CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 1 de 53 AULA 04 Saudações, caro aluno! Hoje trataremos de um dos principais conteúdos relativos a orçamento público, a despesa. Na verdade, desdobraremos esta aula em duas; a próxima parte tratará de tópicos especiais do tema: restos a pagar, despesas de exercícios anteriores e suprimento de fundos. Nesta primeira parte, trataremos das classificações a ela aplicáveis , entre as quais se destaca a classificação pela natureza da despesa, e da execução orçamentária. Porém, inicialmente, veremos alguns conceitos preliminares, que servirão de subsídio para questionamentos mais básicos e para o próprio entendimento progressivo do conteúdo. Então, vamos em frente. Boa aula! GRACIANO ROCHA DESPESA PÚBLICA Despesa orçamentária e extraorçamentária Como princípio, a despesa pública deve ser aplicada numa finalidade pública. Isso pode envolver tanto atendimento direto a necessidades de segmentos da população quanto a necessidades de estruturas do próprio governo. Também é necessário que a execução da despesa se dê por ordem de pessoal responsável, com legitimidade estabelecida por atos normativos para manejo dos recursos públicos. CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 2 de 53 O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) traz dois conceitos complementares a respeito da despesa, com os quais iniciaremos nosso estudo: “[despesas orçamentárias] dependem de autorização legislativa para sua efetivação. As despesas de caráter orçamentário necessitam de recurso público para sua realização e constituem instrumento para alcançar os fins dos programas governamentais”. “despesa orçamentária é fluxo que deriva da utilização de crédito consignado no orçamento da entidade, podendo ou não diminuir a situação líquida patrimonial”. Esses conceitos nos permitem separar, inicialmente, as despesas orçamentárias das despesas extraorçamentárias. Como os trechos do MCASP acima permitem antever, a despesa orçamentária depende de autorização legislativa para sua execução. Essa autorização ocorre ora por meio dos créditos iniciais, veiculados na LOA, ora por meio dos créditos adicionais (suplementares, especiais e extraordinários). As despesas autorizadas na LOA ou nos créditos adicionais refletem a aplicação de recursos pretendida pelo governo, nos programas escolhidos no âmbito de seu planejamento e de suas prioridades. Como resta evidente, para a execução da despesa orçamentária, é necessária a existência de recursos públicos para suportá-la. Portanto, para realizar a despesa, é preciso que haja tanto o crédito orçamentário (que representa a permissão para o gasto) quanto o respaldo financeiro correspondente. Crédito X recurso Vale a pena deixar bem diferenciadas essas palavras, que têm uma relação muito próxima. A palavra “crédito”, na contabilidade pública, tem a ver com a autorização orçamentária para o gasto, e a palavra “recurso” corresponde ao aspecto financeiro do orçamento, ou seja, ao dinheiro cuja utilização foi autorizada mediante o crédito. CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 3 de 53 Assim, no estudo da matéria orçamentária, verificamos fatos ligados ao orçamento que envolvem reflexos financeiros e outros que implicam apenas lançamentos contábeis (fatos estritamente orçamentários). No caso da execução da despesa, inicialmente ocorrem fatos orçamentários, no nascimento e na confirmação da obrigação a pagar, e o impacto financeiro é registrado ao final, com a quitação junto ao credor. Por outro lado, tal qual ocorre com a receita, também existem as despesas extraorçamentárias. Essas despesas representam a devolução de recursos que estavam em poder do ente público, mas que não pertenciam realmente ao erário, e que, portanto, não podem ser executados em favor de ações governamentais. Para essa devolução de recursos que caracteriza as despesas extraorçamentárias, não é necessária qualquer autorização legislativa. Basta a liberação financeira ao favorecido. As despesas extraorçamentárias, segundo o MCASP, decorrem de saídas compensatórias no ativo e no passivo financeiro, tais como: • devolução dos valores de terceiros, anteriormente depositados; • recolhimento de consignações/retenções; • pagamento das operações de crédito por antecipação de receita (ARO). Desse modo, as despesas extraorçamentárias serão, muitas vezes, a contrapartida de receitas extraorçamentárias, cuja devolução é exigida. Por sua própria natureza, o foco de nosso estudo repousará sobre as despesas orçamentárias, que caracterizam a aplicação de recursos nos programas instituídos pelo governo. Como isso cai na prova? CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 4 de 53 1. (CESPE/CONSULTOR/SEFAZ-ES/2009) Em sua acepção financeira, despesa pública é a aplicação de recursos pecuniários em forma de gastos ou em forma de mutação patrimonial, com o fim de realizar as finalidades do Estado. 2. (FCC/ANALISTA/TRE-PI/2009) Uma despesa extraorçamentária caracteriza-se por (A) provocar uma redução efetiva na situação líquida patrimonial. (B) modificar, simultaneamente, contas do ativo financeiro e do passivo permanente. (C) modificar, simultaneamente, contas do ativo financeiro e do ativo permanente. (D) provocar uma redução do superávit financeiro. (E) não precisar de autorização legislativa para a sua ocorrência. 3. (FCC/ANALISTA/MP-SE/2009) É uma despesa extraorçamentária o pagamento de (A) juros da dívida. (B) pessoal. (C) contribuição patronal ao RPPS. (D) devolução de caução. (E) serviços de terceiros. 4. (CESPE/CONSULTOR/SEFAZ-ES/2009) Enquanto a execução orçamentária se refere à utilização dos recursos consignados no orçamento ou na LOA, a execução financeira representa a utilização de créditos financeiros. Na técnica orçamentária, reserva-se o termo recurso para designar o lado orçamentário e crédito para o lado financeiro. A questão 1 está CERTA. Sendo efetiva ou não, a despesa pública necessariamente está ligada à concretização dos objetivos programados pelo governo. CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 5 de 53 Na questão 2, devemos observar que despesa extraorçamentárias, por serem operações compensatórias (devoluções de recursos de terceiros), não implicam redução patrimonial, já que o Estado não chega a se apoderar desses recursos, e representam fatos apenas financeiros. Das alternativas, a afirmação correta é a de que não é necessária autorização legislativa para a realização da despesa extraorçamentária. Gabarito: E. Das opções da questão 3, a que representa recursos de terceiros e, portanto, exemplo de despesa extraorçamentária, é a devolução de caução. Gabarito: D. No caso da questão 4, inverteram-se os conceitos: “crédito” é orçamentário e “recurso” é financeiro. Questão ERRADA. CLASSIFICAÇÃO PELA NATUREZA DA DESPESA A classificação por natureza da despesa, ou classificação econômica da despesa, é correspondente à classificação por natureza da receita, que já estudamos. Também agora, todos os entes federados são obrigados a adotar os padrões indicados pela Lei 4.320/64. E isso permite que se conheça a dimensão e o perfil do gasto público, agregadonacionalmente. A receita, quanto a essa classificação econômica, era desmembrada em categoria econômica, origem, espécie, rubrica, alínea e subalínea, confere? No âmbito da despesa, originalmente, a Lei 4.320/64 trouxe a classificação por natureza em categorias econômicas, subcategorias econômicas e elementos de despesa. Detalhe: esse último nível, o elemento de despesa, devia constar obrigatoriamente da LOA, tornando a despesa muito “amarrada” (tratamos disso ao falar do princípio da discriminação). Conforme a Lei, elemento de despesa é o “desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração pública para consecução dos seus fins”. Entretanto, por meio de uma portaria (Portaria Interministerial STN/SOF 163/2001), foi alterada a classificação da despesa da Lei 4.320/64. Nessa Portaria 163/2001, o elemento de despesa deixou de ser obrigatório na CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 6 de 53 LOA, podendo ser discriminado apenas no momento da execução orçamentária, e acrescentou-se mais um “nível” de classificação (a Portaria chamou esse nível apenas de “informação gerencial”): a modalidade de aplicação. Portanto, atualmente, a classificação pela natureza da despesa é composta por: • categoria econômica; • grupo de natureza da despesa; • modalidade de aplicação (indicada como “informação gerencial”); • elemento de despesa; • desdobramento do elemento (facultativo). Em seguida, vamos conversar mais detalhadamente sobre esses níveis de classificação. Categoria econômica. Assim como afirmamos ao estudar a receita, a categoria econômica da despesa indica o efeito que ela terá sobre a economia (transferências de recursos, montante de gastos com custeio – consumo do governo, nível de investimentos etc.). Temos, assim como na receita, as categorias despesas correntes e despesas de capital. As despesas correntes representam gastos de manutenção da máquina estatal. Portanto, as atividades normais, cotidianas, que garantem a prestação dos serviços e o funcionamento dos órgãos/entidades são custeadas por essa categoria de despesa. Segundo o MCASP, as despesas correntes são aquelas que “não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital”. As despesas de capital relacionam-se com a aquisição/modificação do patrimônio público. Trata-se da aplicação de recursos em bens/serviços que resultarão na expansão, ou, ao menos, na transformação do patrimônio estatal. Novamente conforme o MCASP, despesas de capital são as que “contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital”. CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 7 de 53 Como isso cai na prova? 5. (FCC/ANALISTA/TRT-04/2006) A classificação da despesa, segundo a sua natureza, compõe-se de (A) categoria econômica, grupo de natureza de despesa e elemento de despesa. (B) categoria econômica, função e elemento de despesa. (C) função, programa e subprograma. (D) órgão orçamentário, função e categoria econômica. (E) órgão orçamentário, unidade orçamentária e unidade de despesa. 6. (CESPE/ANALISTA/ANCINE/2006) A classificação pela natureza da despesa se dá em diversos níveis de agregação: categoria econômica, grupos de despesas, modalidade de aplicação e elemento de despesa. 7. (CESPE/ANALISTA/STF/2008) São denominadas despesas de capital as que respondem pela manutenção das atividades da entidade governamental. Na questão 5, a sequência correta de níveis da classificação econômica da despesa é categoria – grupo – elemento (podendo-se acrescentar a modalidade de aplicação, como informação adicional). Gabarito: A. A questão 6 espelha os níveis de classificação pertencentes à natureza da despesa. Questão CERTA. A questão 7 inverte os conceitos: os gastos de manutenção das atividades estatais representam despesas correntes. Questão ERRADA. Grupo de natureza da despesa. Originalmente, na Lei 4.320/64, o nível de classificação abaixo das categorias econômicas não recebeu denominação específica, mas a doutrina instituiu a figura das “subcategorias econômicas”. A partir da Portaria 163/2001, substituiu-se a subcategoria econômica pelo grupo de natureza da despesa. CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 8 de 53 Os grupos de natureza da despesa constituem, conforme a Portaria 163, “a agregação de elementos de despesa que apresentam as mesmas características quanto ao objeto de gasto”. Nessa classificação econômica, temos os seguintes grupos, distribuídos segundo as categorias: “Dentro” de cada grupo relacionado acima, encontram-se os correspondentes elementos de despesa, que trarão a dimensão concreta da despesa no momento de sua execução. Os grupos de 1 a 3 acima correspondem à categoria das despesas correntes, e os de 4 a 6, às despesas de capital. Vejamos os conceitos trazidos pelo MCASP sobre os grupos de natureza da despesa: Pessoal e encargos sociais: despesas orçamentárias de natureza remuneratória, decorrentes de: • efetivo exercício de cargo, emprego ou função de confiança no setor público; • pagamento dos proventos de aposentadorias, reformas e pensões; • obrigações trabalhistas de responsabilidade do empregador, incidentes sobre a folha de salários; • contribuição a entidades fechadas de previdência; • outros benefícios assistenciais classificáveis neste grupo de despesa; • outras parcelas de cunho remuneratório. CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 9 de 53 Juros e encargos da dívida: despesas orçamentárias com o pagamento de juros, comissões e outros encargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária (pagamento relativo ao resgate de títulos públicos). Outras despesas correntes: Despesas orçamentárias com aquisição de material de consumo, pagamento de diárias, contribuições, subvenções, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, além de outras despesas da categoria econômica "Despesas Correntes" não classificáveis nos demais grupos de natureza de despesa. Investimentos: despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente. Inversões financeiras: despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas. Amortização da dívida: despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária. Quanto aos “investimentos” e “inversões financeiras”, a forma mais simples de tentar diferenciar esses grupos de despesas de capital é a seguinte: investimentos significam injeção de recursos em bens de capital novos, ou criação de bens de capital, que aumentam o produto interno bruto; inversões financeiras implicam a aquisição de bens de capital já existentes, sem alteração do PIB. Se você não lembra imediatamente, bens de capital são “bens produtivos”, por meio dos quais sãoobtidos novos bens e serviços. Ou seja, são bens dos quais decorrem novas atividades econômicas e, por CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 10 de 53 isso mesmo, aumento da riqueza. Eles se opõem aos bens de consumo, que atendem diretamente as necessidades e desejos dos consumidores. Como isso cai na prova? 8. (FCC/ANALISTA/TJ-SE/2009) O agregador de elementos de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto, denomina-se: (A) Grupo de Elementos da Despesa. (B) Categoria Econômica. (C) Categoria Programática. (D) Grupo Modalidade Econômica. (E) Grupo de Natureza da Despesa. 9. (CESPE/ANALISTA/TRE-MT/2010) Geralmente, a despesa efetiva coincide com a despesa de capital. Entretanto, há despesa de capital que não é efetiva, como, por exemplo, as transferências de capital que causam decréscimo patrimonial. 10. (FCC/ANALISTA/TCE-GO/2009) Segundo o critério da categoria econômica, nos termos do art. 12 da Lei nº 4.320/64, as despesas serão classificadas em despesas correntes e despesas de capital. Representa uma despesa de capital (A) o salário do professor da rede pública. (B) a aquisição de ações de empresas em funcionamento. (C) o dispêndio relacionado com a conservação de ruas. (D) o pagamento de juros e encargos da dívida pública. (E) a aquisição de material de consumo. 11. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2009) A categoria econômica denominada investimentos contribui para a formação ou aquisição de um bem de capital. CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 11 de 53 12. (CESPE/AUDITOR/FUB/2009) A aquisição de material de limpeza para estoque é uma despesa não efetiva, porém classificada, segundo sua categoria econômica, como despesa corrente. 13. (CESPE/TÉCNICO SUPERIOR/IPAJM-ES/2010) As inversões financeiras são uma espécie de despesa de capital em que ocorre acréscimo no capital do governo. Na questão 8, conforme estabelecido na Portaria 163/2011, o conceito trazido pelo enunciado corresponde ao grupo de natureza da despesa. Gabarito: E. A questão 9 está ERRADA. As transferências de capital são despesas efetivas, justamente por gerarem o “decréscimo patrimonial” referido na questão. Na questão 10, temos o seguinte: o salário do professor é uma despesa com pessoal (corrente); a aquisição de ações é uma despesa de capital, do grupo inversões financeiras; a conservação de ruas envolve gastos com “outras despesas correntes”; o pagamento de juros e encargos é um dos grupos da despesa corrente; e a aquisição de material de consumo também se trata de “outras despesas correntes”. Gabarito: B. A questão 11 está ERRADA: “investimentos” é um grupo de natureza da despesa, e não uma categoria econômica. A questão 12 indica uma despesa corrente, de manutenção das atividades estatais (classificada no grupo Outras Despesas Correntes). No caso, é uma despesa não efetiva, porque o recurso gasto na aquisição dos bens é compensado pelo registro desses bens no Ativo. Questão CERTA. A questão 13 está ERRADA: as inversões financeiras, como seu próprio nome indica, envolvem a aquisição de bens ou direitos “em uso”, não se gerando, portanto, aumento patrimonial, mas uma mutação patrimonial. Modalidade de aplicação. A modalidade de aplicação indica a forma como a despesa será executada: ou diretamente pelos órgãos e entidades do ente público responsável pela despesa, ou mediante transferências. A despesa pode ser executada por meio de transferências a Municípios, a Estados/DF, a entidades privadas, à União etc. CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 12 de 53 A ideia, ao se adotar a modalidade de aplicação, foi eliminar a dupla contagem de recursos e despesas nos casos de transferência ou descentralização. Como assim “dupla contagem”? Por exemplo, caso o Ministério da Educação comprasse livros editados por uma universidade federal, teríamos o registro de uma despesa, por parte do MEC, e de uma receita, por parte da universidade federal. Entretanto, para a União como um todo, não teria havido nem receita nem despesa, pelo simples fato de não ter havido entrada ou saída de recursos do Tesouro Nacional. Se o registro de receitas e despesas, nesse tipo de operação, fosse feito do modo “tradicional”, seria criado um volume irreal de entradas e saídas financeiras, prejudicando a exatidão das informações sobre a execução do orçamento. Diante disso, para evitar esse risco de “desinformação”, utilizam-se as receitas intraorçamentárias e, em contrapartida, as “despesas intraorçamentárias”, que representam uma modalidade de aplicação específica (modalidade 91: “Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social”). Com isso, os órgãos e entidades que participam de operações financeiras recíprocas (aquisições de bens/serviços, pagamento de tributos etc.) registram suas respectivas receitas e despesas, mas a União, ao agregar as informações, não considerará tais movimentações de recursos para fechar seus balanços. Como isso cai na prova? 14. (FCC/TÉCNICO SUPERIOR/PGE-RJ/2009) Para a classificação da despesa quanto à sua natureza deve ser analisada a categoria econômica, o grupo ao qual pertence, a modalidade de aplicação e o objeto de gasto. Quanto à modalidade de aplicação, pode ser classificada como despesa (A) direta ou por transferência. CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 13 de 53 (B) corrente ou de capital. (C) com pessoal, encargos sociais ou da dívida. (D) com investimentos, inversões financeiras ou amortização de dívida. (E) de custeio, transferências correntes, investimentos ou transferências de capital. 15. (FCC/ANALISTA/MP-SE/2009) Elemento de despesa tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de governo ou por outro ente da federação. 16. (CESPE/AUDITOR/AUGE-MG/2009) A modalidade de aplicação objetiva possibilita a eliminação da dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados. 17. (CESPE/CONSULTOR/SEFAZ-ES/2009) A natureza da despesa será complementada pela modalidade de aplicação, que indicará se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades da mesma esfera de governo ou por outro ente da Federação. Na questão 14, considerando que a modalidade de aplicação indica se a execução da despesa se dará pelo próprio ente público ou por agente que receba transferência, o gabarito é A. A questão 15 está ERRADA, já que o conceito reproduzido é de modalidade de aplicação, e não de elemento de despesa. A questão 16 repete a noção utilizada no MCASP, destacando a função principal da modalidade de aplicação. Questão CERTA. A questão 17 está CERTA também, mais uma vez utilizando os conceitos do MCASP. Elemento de despesa e desdobramento facultativo: relembrando a lição vista acima, atualmente, na lei orçamentária, a despesa, quanto à classificação pela natureza, é classificada no mínimo em categoria econômica, grupo de natureza da despesa e modalidade de aplicação (codificação em 4 dígitos: C.G.MM). O elemento de despesa pode surgir também na LOA, mas não obrigatoriamente (codificação em seis dígitos: C.G.MM.EE). CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.brPágina 14 de 53 Além disso, se for necessário, o ente público poderá desdobrar, facultativamente, o elemento de despesa, para tornar a classificação ainda mais fiel ao gasto a ser realizado. Nessa hipótese, a codificação da despesa terá 8 dígitos, com o acréscimo do desdobramento facultativo (C.G.MM.EE.DD). Como isso cai na prova? 18. (FCC/ANALISTA/TRF-02/2007) Tratando-se de despesa pública, na Lei de Orçamento a discriminação da despesa orçamentária será feita, no mínimo, por elementos. Entende-se por elementos: (A) a despesa paga à margem da Lei Orçamentária, independente de autorização legislativa. (B) ao desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração pública para a consecução dos seus fins . (C) o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias. (D) a despesa cuja realização depende de autorização legislativa mas pode ser realizada sem crédito orçamentário. (E) a despesa cuja realização não depende de autorização legislativa e pode ser realizada sem crédito orçamentário. 19. (FCC/ANALISTA/TRT-24/2006) Tendo em vista o Princípio da Transparência Pública, existe a obrigatoriedade do desdobramento suplementar dos elementos de despesa para atendimento das necessidades da escrituração contábil e controle da execução orçamentária. 20. (FCC/ANALISTA/MP-PE/2006) No orçamento, a classificação econômica da despesa deve ser desdobrada até o nível de categoria. 21. (CESPE/ANALISTA/ANA/2006) Mesmo que a lei de orçamento discrimine a despesa de capital em nível de elemento, poderá a administração pública, para sua execução, utilizar desdobramento que melhor atenda suas necessidades. CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 15 de 53 O conceito de elemento de despesa, como disposto na Lei 4.320/64, é o “desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração pública para consecução dos seus fins”. Gabarito: B. Não há obrigatoriedade de desdobrar os elementos de despesa em níveis inferiores de classificação econômica. Essa é uma faculdade posta à disposição das unidades executoras do orçamento. A questão 19 está ERRADA. A questão 20 está ERRADA: a classificação econômica, no orçamento, deve ser desdobrada em categoria, grupo e modalidade de aplicação, conforme disciplinado pela Portaria 163/2001. A questão 21 está CERTA. Como vimos, é possível desdobrar, se necessário, o elemento de despesa, para enquadrar ainda melhor o gasto a ser realizado. CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL DA DESPESA A classificação institucional identifica quem são as estruturas responsáveis (ou, na linguagem do edital, os agentes responsáveis) pela execução da despesa. Nessa classificação, apontam-se o órgão orçamentário e a unidade orçamentária, subordinada àquele. Apesar da sugestão do nome, “órgão orçamentário” não corresponde sempre a “órgão” no sentido dado pelo Direito Administrativo. Tanto órgãos, significando “estruturas da administração direta”, quanto entidades da administração indireta submetem-se a essa categorização. Na verdade, “órgão orçamentário” é um agrupamento ainda mais aberto. Segundo o Manual Técnico de Orçamento (MTO), editado pela Secretaria de Orçamento Federal (SOF/MPOG), Um órgão ou uma unidade orçamentária não corresponde necessariamente a uma estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais e com os “órgãos” “Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios”, “Encargos Financeiros da União”, “Operações Oficiais de Crédito”, “Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal” e “Reserva de Contingência”. CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 16 de 53 Nesse sentido, às vezes o órgão orçamentário não corresponderá a um “agente” ou estrutura responsável pela execução de despesas, mas a agrupamentos de despesas. Assim, geralmente, a classificação institucional aponta “quem realiza” a despesa. Atenção: já houve questões que tentaram misturar a classificação institucional com a “classificação por esfera orçamentária”. A classificação por esfera, pouco cobrada em provas, indica qual dos três orçamentos instituídos pela CF/88 (fiscal, da seguridade e de investimento das estatais) abrange a despesa a se classificar. As unidades orçamentárias são aquelas indicadas na LOA como “titulares” das dotações. Assim, no momento de executar a despesa, os procedimentos pertinentes à execução se darão por agentes dessa unidade orçamentária. Antes de prosseguir nesse assunto, vamos tratar de diferenciar os tipos de unidades que integram os órgãos e entidades da Administração, conforme os conceitos da STN: Unidade Orçamentária: unidade à qual o orçamento da União consigna dotações especificas para a realização de seus programas de trabalho e sobre os quais exerce o poder de disposição. Unidade Administrativa: unidade à qual a lei orçamentária anual não consigna recursos e que depende de destaques ou provisões para executar seus programas de trabalho. Unidade Gestora: Unidade orçamentária ou administrativa investida do poder de gerir recursos orçamentários e financeiros, próprios ou sob descentralização. Portanto, para diferenciar esses tipos de unidades, vamos repisar que a unidade orçamentária é aquela que surge na LOA como titular da dotação. As unidades administrativas não são beneficiárias diretas de dotações da LOA. Por isso, para executarem suas atribuições, precisam de transferências orçamentárias e financeiras, com o que poderão efetuar os pagamentos das despesas. Por fim, as unidades gestoras podem ser tanto orçamentárias (titulares das dotações na LOA) quanto administrativas. Seu diferencial é o poder de CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 17 de 53 gerir (transferir, receber, controlar e executar) dotações orçamentárias e recursos financeiros, ultrapassando a simples execução dos estágios da despesa. Assim, como a execução do orçamento também fica a cargo de unidades administrativas e gestoras sem presença na LOA, é frequente a transferência, por parte das unidades orçamentárias, de dotações e seus recursos correspondentes para essas unidades administrativas e gestoras. Assim, elas são favorecidas indiretamente pela autorização de gastos da LOA. Como isso cai na prova? 22. (FCC/ANALISTA/MP-PE/2006) A classificação institucional indica em que função e subfunção de governo os recursos orçamentários serão aplicados. 23. (FCC/CONTADOR/ARCE-CE/2006) Na classificação funcional-programática, a despesa pública desdobra-se em órgão orçamentário, unidade orçamentária e unidade de despesa. 24. (CESPE/ANALISTA/MIN. INTEGRAÇÃO/2009) A classificação institucional da receita representa a estrutura orgânica e administrativa governamental, correspondendo a dois níveis hierárquicos: o órgão e a unidade orçamentária. 25. (CESPE/ANALISTA/TRE-MT/2010) Toda unidade orçamentária tem uma estrutura administrativa correspondente, o que pode ser exemplificado por alguns fundos especiais e pela unidade orçamentária denominada transferências a estados, Distrito Federal e municípios. A função e a subfunção em que se enquadram as despesas são indicadas pela classificação funcional, como se verá mais adiante, e não pela classificação institucional. A questão 22 está ERRADA. A questão 23 tem dois problemas: a classificação funcional-programática, já abandonadahá alguns anos no Brasil, era uma mescla entre as classificações funcional e a estrutura programática. Além disso, não existe o nível de classificação “unidade de despesa”. Questão ERRADA. CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 18 de 53 A questão 24 espelha corretamente os dois níveis da classificação da despesa sob o critério institucional. Questão CERTA. A questão 25 contraria uma das observações que fizemos sobre a classificação institucional: nem sempre uma unidade orçamentária (ou órgão orçamentário) corresponde a uma estrutura administrativa. Questão ERRADA. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL A classificação funcional da despesa, aplicável a todos os entes federados, é composta de dois níveis: funções e subfunções. Nos dizeres da Portaria MOG 42/99, que estabeleceu a atual classificação funcional, entende-se por função “o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público. A função quase sempre se relaciona com a missão institucional do órgão, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que, na União, guarda relação com os respectivos Ministérios”. Assim, funções correspondem aos maiores setores de atuação do governo: educação, transporte, saúde, segurança pública etc. As subfunções são o detalhamento das funções. Segundo a mesma Portaria, a subfunção trata-se de “uma partição da função, visando a agregar determinado subconjunto de despesa do setor público”. Por exemplo, compreendidas na função Energia, temos as subfunções Conservação de Energia; Energia Elétrica; Petróleo; e Álcool. Um detalhe interessante, e importante para concursos, é que as subfunções podem ser cruzadas com funções diferentes da sua “matriz”. Por exemplo, a subfunção Desenvolvimento Científico, da função Ciência e Tecnologia, pode se relacionar com a função Educação, para discriminar uma despesa referente ao apoio concedido a universidades federais, para publicação de pesquisas. Em sentido contrário a essa possibilidade de cruzamentos, as subfunções pertencentes à função “Encargos Especiais” só podem ser combinadas CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 19 de 53 com esta última. É que, diferentemente das outras, a função Encargos Especiais e suas subfunções dizem respeito a uma atuação genérica do governo, ou, como disse a questão, englobam despesas às quais não se podem associar bens ou serviços. A finalidade da classificação funcional, segundo o professor James Giacomoni, é “fornecer as bases para a apresentação de dados e estatísticas sobre os gastos públicos nos principais segmentos em que atuam as organizações do Estado”. Como isso cai na prova? 26. (FCC/TÉCNICO SUPERIOR/PGE-RJ/2009) Se os cidadãos estiverem interessados em conhecer os dados e estatísticas sobre os gastos públicos nos principais segmentos em que atuam as organizações do Estado, ou seja, no maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público deverão consultar a classificação da despesa (A) por elementos de despesa. (B) funcional. (C) por programas. (D) institucional. (E) por categorias econômicas. 27. (FCC/ANALISTA/TRF-03/2007) Entende-se como o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público: (A) projeto. (B) categoria econômica da despesa. (C) natureza da despesa. (D) programa. (E) função. CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 20 de 53 28. (CESPE/ANALISTA/MCT/2008) A classificação funcional busca responder, basicamente, à indagação em que área de ação governamental a despesa será realizada, sendo que a função encargos especiais engloba as despesas às quais não se pode associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente. 29. (CESPE/TÉCNICO SUPERIOR/MIN. SAÚDE/2008) A classificação funcional é composta por um rol de funções e subfunções prefixadas e padronizadas para a União, os estados, o DF e os municípios, as quais servirão de agregador dos gastos públicos por área de ação governamental. 30. (FCC/ANALISTA/TCE-AM/2008) Na classificação funcional, a despesa pública obedece à seguinte hierarquia: (A) função, subfunção, programa, projeto, atividade e operação especial. (B) função, subprograma, programa, projeto e atividade. (C) programa, categoria econômica, natureza de despesa e elemento. (D) órgão orçamentário, unidade orçamentária e unidade de despesa. (E) categoria, natureza de despesa, modalidade de aplicação e elemento. 31. (CESPE/ANALISTA/TCE-AC/2009) A classificação funcional da despesa tem subfunções que não podem ser combinadas com funções diferentes daquelas a que estejam vinculadas. O enunciado da questão 26, ao tratar das “áreas que competem ao setor público”, refere-se à classificação funcional da despesa. Gabarito: B. Na questão 27, o conceito do maior nível de agregação das áreas de despesa é justamente o de função. Gabarito: E. A questão 28 resume apropriadamente o objetivo da classificação funcional da despesa, e destaca bem o caráter neutro da função “Encargos Especiais”. Questão CERTA. A questão 29 indica os dois níveis da classificação funcional e a obrigação de todos os entes federados adotarem tal classificação. Questão CERTA. A questão 30 traz um “costume” estranho da FCC: algumas vezes, ela considera que a classificação funcional abrange também a estrutura programática (que é composta de programas e ações – estas últimas se CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 21 de 53 subdividindo em projetos, atividades e operações especiais, como indicado adiante). Não é correto fazer essa associação, mas, como isso já ocorreu mais de uma vez, é bom abrir o olho para a insistência da banca. Gabarito: A. A questão 31 contraria a possibilidade que estudamos de subfunções poderem ser combinadas com funções diferentes daquela de sua vinculação (exceto quanto às subfunções da função Encargos Especiais). Questão ERRADA. CLASSIFICAÇÃO POR PROGRAMAS Segundo o MCASP, programa é “o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores instituídos no plano, visando à solução de um problema ou ao atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade”. A estrutura programática do orçamento reflete a vinculação entre as atividades de planejamento e de orçamentação. Do lado da estratégia, o Plano Plurianual é o instrumento em que se concretiza o planejamento do governo, tendo, como resultado, uma lista de programas, com a visão de médio prazo para a atuação governamental. Do lado operacional, o programa é o ponto de partida para a execução da Lei Orçamentária; as classificações de despesa e de receita que estamos estudando são, na verdade, complementares à organização programática. Os programas, na forma como está estruturada atualmente a classificação programática, são compostos por ações. As ações orçamentárias se dividem em três tipos, conforme estabelecido pela Portaria MOG 42/99: Projeto: um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo; Atividade: um instrumento de programação para alcançaro objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 22 de 53 contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo; Operações Especiais: as despesas que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. Perceba, inicialmente, a grande semelhança entre as definições de projeto e de atividade. Vamos distinguir esses conceitos. A primeira diferença reside nos termos “expansão e aperfeiçoamento” da ação de governo, no tocante aos projetos, e na “manutenção” da ação do governo, relativa às atividades. A partir disso, entende-se que os projetos envolvem uma atuação mais intensiva do poder público, aumentando o nível de esforços empreendidos no alcance dos objetivos de governo. Já as atividades, como se conclui da redação da Portaria, dizem respeito à continuidade dos serviços e das atribuições normais do Estado, também em direção ao alcance dos objetivos governamentais. A outra diferença entre projetos e atividades está na duração. Os projetos são “limitados no tempo”; as atividades se realizam “de modo contínuo e permanente”. Assim, projetos são esporádicos: aumentam ou aperfeiçoam a ação governamental e se extinguem. Por outro lado, as atividades mantêm a atuação governamental no nível e na qualidade executados. A partir desses comentários, podemos seguir o entendimento de que, normalmente, projetos estão ligados a despesas de capital, sobretudo investimentos, e que atividades estão ligadas a despesas correntes (custeio). As operações especiais foram conceituadas pela Portaria MOG 42/99 com uma série de negações. Não contribuem para manutenção das ações de governo, não resultam num produto e não geram contraprestação. Normalmente, operações especiais são transferências e pagamentos diversos, sem retorno direto (contraprestação) para o governo, como indenizações, aposentadorias, benefícios, precatórios, juros etc. CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 23 de 53 Por fim, na codificação da classificação programática, há mais um nível a se destacar. Além dos programas e das ações que os compõem, existe o subtítulo, ou localizador do gasto. A definição do subtítulo depende da localização geográfica dos beneficiados pela ação programática. Assim, quanto mais restrito o público beneficiário de uma ação, mais o subtítulo refletirá essa regionalização. Nesse sentido, pode haver ações de alcance nacional (subtítulo 0001) até ações restritas a municípios (cada município tem seu código de subtítulo). Conforme o Manual de Elaboração do PPA 2008-2011, “a adequada localização do gasto permite maior controle governamental e social sobre a implantação das políticas públicas adotadas, além de evidenciar a focalização, os custos e os impactos da ação governamental”. Como isso cai na prova? 32. (ESAF/AUDITOR/TCE-GO/2007) O projeto é um instrumento de organização da ação governamental que articula um conjunto de ações e concorre para um objetivo comum preestabelecido, visando a solucionar um problema ou a atender uma necessidade ou demanda da sociedade. 33. (FCC/TÉCNICO/MPU/2007) O instrumento de ação governamental que é utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, necessárias à manutenção da referida ação, é denominado (A) subfunção. (B) função. (C) operação especial. (D) projeto. (E) atividade. 34. (FCC/ANALISTA/TCE-GO/2009) No orçamento público, vários critérios são considerados na classificação das despesas. As categorias “Projeto” e “Operações Especiais” fazem parte da classificação CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 24 de 53 (A) funcional. (B) por programas. (C) por categorias econômicas. (D) por modalidade de aplicação de recursos. (E) por elementos. 35. (CESPE/AUDITOR/UNIPAMPA/2009) No âmbito do PPA, o programa pode ser entendido como um conjunto de operações limitadas no tempo, ou seja, que serão executadas ao longo dos orçamentos que integram o plano. Essas operações resultam em atividade ou projeto, que corroboram para a expansão e o aperfeiçoamento da ação do governo. 36. (FCC/ANALISTA/TJ-SE/2009) São classificadas como Operações Especiais as despesas que (A) geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. (B) resultam em um produto. (C) contribuem para manutenção das ações de governo. (D) não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. (E) concorrem para expansão da ação de governo. A questão 32 está ERRADA: o enunciado tratou do conceito de programa, e não de projeto. Na questão 33, o conjunto de operações contínuas e permanentes caracteriza a ação orçamentária do tipo atividade. Gabarito: E. Na questão 34, projetos e operações especiais são ações orçamentárias, que compõem, portanto, a classificação por programas. Gabarito: B. A questão 35 traz o conceito de “projeto”, que é uma ação formadora dos programas. Questão ERRADA. Por fim, sobre a questão 36, que exige o reconhecimento de características das operações especiais, devemos lembrar da “série de negativas” que se aplicam a esse conceito. Gabarito: D. CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 25 de 53 ETAPAS DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA A partir de agora, vamos tratar da execução da despesa orçamentária. O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público indica a existência de três etapas referentes à despesa orçamentária: o planejamento, a execução em si mesma e o controle/avaliação. Planejamento A principal fase do planejamento da despesa é a fixação. No Manual, a fixação é discriminada nos seguintes termos: A fixação da despesa refere-se aos limites de gastos, incluídos nas leis orçamentárias com base nas receitas previstas, a serem efetuados pelas entidades públicas. A fixação da despesa orçamentária insere-se no processo de planejamento e compreende a adoção de medidas em direção a uma situação idealizada, tendo em vista os recursos disponíveis e observando as diretrizes e prioridades traçadas pelo governo. A fixação da despesa ganha corpo nas dotações da LOA e dos créditos adicionais, e representa o teto máximo que pode ser atingido pelos gastos públicos durante o exercício. As provas tratam a fixação como um dos “estágios” percorridos pela despesa orçamentária. Assim, sendo chamada de fase, ou de estágio, considere a fixação como parte do processamento da despesa, ligada ainda à etapa de planejamento. O MCASP informa que a fixação é finalizada com a autorização dada pelo Legislativo ao aprovar o projeto de lei orçamentária ou de créditos adicionais. A etapa de planejamento da despesa compreende ainda os seguintes passos: • descentralização de créditos: nem sempre a despesa será executada diretamente pela unidade beneficiada pelo crédito orçamentário (detalharemos isso mais adiante, nesta aula). Antes da execução da CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 26 de 53 despesa, pode haver movimentações de créditos entre unidades do mesmo órgão/entidadeou de órgãos/entidades diferentes, por razões quaisquer. Isso não altera a finalidade ou o objeto do gasto; como diz o MCASP, “a única diferença é que a execução da despesa orçamentária será realizada por outro órgão ou entidade”; • programação orçamentária e financeira: consiste na compatibilização do fluxo dos pagamentos com o fluxo dos recebimentos, visando ao ajuste da despesa fixada às novas projeções de resultados e da arrecadação; • processo de licitação e contratação: como regra, os entes públicos deverão realizar procedimentos licitatórios para a aquisição de bens e serviços, por ordem constitucional (art. 37, inc. XXI). Assim, a partir de uma licitação, ou de um processo de dispensa/inexigibilidade de licitação, define-se o profissional ou empresa a se contratar, junto a quem serão obtidos os bens/serviços de necessidade do ente público. Entretanto, deve-se considerar que nem toda despesa será executada a partir de um procedimento licitatório: nesse ponto, pode-se citar, por exemplo, o pagamento de pessoal e de encargos sociais, ou a amortização da dívida. Como isso cai na prova? 37. (FCC/ANALISTA/TRE-SE/2007) A fixação da despesa é caracterizada pela Lei do Orçamento. 38. (CESPE/CONTADOR/IPAJM-ES/2010) As descentralizações, a exemplo das transferências e transposições, modificam o valor da programação ou de suas dotações orçamentárias. A questão 37 está CERTA. Como visto, a fixação da despesa é um processo plural, realizado a partir de diretrizes e prioridades fixadas pelo governo, e que se finaliza com a autorização do Legislativo, com a aprovação do projeto de LOA. A questão 38 também está ERRADA. Como visto, as descentralizações de créditos alteram apenas a unidade responsável pela execução orçamentária. CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 27 de 53 Execução da despesa Desde a Lei 4.320/64, a execução da despesa é subdividida em três estágios, que são “fregueses frequentes” em provas de concursos: o empenho, a liquidação e o pagamento. Vamos estudá-los com calma. Primeiro estágio: empenho. Como já falamos, a despesa deve ser executada a partir das deliberações de um agente legitimado para tanto. A legislação dá a esse agente a denominação de “ordenador de despesas”. O empenho foi conceituado pela lei como uma obrigação pendente para o Estado. As pendências que transformarão o empenho numa despesa efetiva serão resolvidas no próximo estágio, a liquidação. Vejamos o que a Lei 4.320/64 fala sobre o estágio do empenho: Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. Art. 59 - O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos. (...) Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. § 1º Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a emissão da nota de empenho. § 2º Será feito por estimativa o empenho da despesa cujo montante não se possa determinar. § 3º É permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento. Art. 61. Para cada empenho será extraído um documento denominado "nota de empenho" que indicará o nome do credor, a representação e a importância da despesa bem como a dedução desta do saldo da dotação própria. CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 28 de 53 O “limite dos créditos concedidos”, citado no art. 59, significa o total autorizado para o tipo de despesas executado. Se a autorização destinada a um órgão, para compra de material de expediente, por exemplo, foi de R$ 10 milhões, os empenhos não poderão ultrapassar esse valor. Atualmente, com a utilização do SIAFI, há suficiente controle contábil/eletrônico sobre o total autorizado para os diferentes tipos de despesa, de forma que essa preocupação da lei, expedida em 1964, encontra‐se suprida. A nota de empenho é o documento que comprova a emissão do empenho, e que atesta a reserva de dotação para atender a despesa. É um comprovante de “fundos orçamentários”. Entretanto, há situações em que, por permissão legal, a nota pode não ser emitida (por exemplo, pagamento da remuneração de servidores públicos). A nota de empenho, além de garantia de crédito disponível para executar a despesa, pode ser utilizada como documento substituto de termos de contratos da Administração com particulares. Essa é uma possibilidade prevista no art. 62 da Lei 8.666/93: Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço. ATENÇÃO! Já é uma questão manjada em provas misturar a possibilidade de “não emissão da nota de empenho” com a “não emissão do empenho”. Não há despesa sem prévio empenho, sem exceções. Não perca esse ponto fácil. CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 29 de 53 Vamos tecer também alguns comentários sobre os tipos de empenho: ordinário, global e por estimativa. Empenho ordinário. O empenho ordinário, como faz pensar seu nome, é entendido como o empenho “normal”, “comum”. Mas, nesse âmbito, o que é normal ou comum? Vamos pensar em despesas as mais simples: há uma contratação, cujo valor já está determinado, e sua quitação se dará por meio de um só pagamento. A Administração contrata o fornecedor, este entrega o bem ou serviço e recebe por ele. Pá-pum. Assim, empenhos ordinários se referem a despesas de valor determinado, para pronto pagamento. Empenho por estimativa. Por sua vez, os empenhos por estimativa são empregados para processamento de despesas sem valor conhecido previamente. Os exemplos mais comuns são de despesas recorrentes, de prestação variável, como contas de telefone, água e luz. Nesses casos, o empenho por estimativa é registrado e vai sendo executado aos poucos, para cobrir as faturas que vão chegando. Pelo fato de conter apenas uma estimativa de gasto, o empenho por estimativa implica ajustes à sua execução. Se, ao final, para cobrir a despesa, for necessário um montante maior que o saldo do empenho por estimativa, será necessário reforçar o empenho; se, após a finalização da despesa, restar um saldo do empenho por estimativa, procede-se à anulação desse saldo. Empenho global. No empenho global, temos acumuladas características dos dois outros, já vistos: o pagamento é feito em parcelas, assim como ocorre com o empenho por estimativa, mas o valor da despesa é determinado, tal qual na hipótese de empenho ordinário. O empenho global é utilizado para execução de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento, como prestação de serviços contínuos ou realização de obras, que tiveram a fixação de seu valor no instrumento contratual assinado entre a Administração e o fornecedor. CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 30 de 53 Como isso cai na prova? 39. (FCC/ANALISTA/TRE-AM/2009) A nota de empenho indicará o nome do credor, a especificação ea importância da despesa, bem como a dedução desta do saldo da dotação própria. 40. (FCC/ANALISTA/TCE-AM/2008) A realização de despesa sem prévio empenho é permitida quando não se pode determinar o montante exato da despesa. 41. (FCC/ANALISTA/TRE-SP/2006) O empenho da despesa poderá exceder o limite dos créditos concedidos à unidade orçamentária, desde que autorizado pelo Poder Legislativo. 42. (FCC/AUDITOR/TCE-SP/2008) Não é permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento. 43. (FCC/PROCURADOR/TCE-AL/2008) Será feito por estimativa o empenho da despesa cujo montante não se possa determinar. A questão 39 reproduziu o teor do art. 61 da Lei 4.320/64. Questão CERTA. Como já falamos, não existe despesa sem prévio empenho, sem exceção. A questão 40 está ERRADA. A questão 41 toca em outra vedação da Lei 4.320/64: os empenhos não podem ultrapassar o limite concedido pelas dotações orçamentárias. Questão ERRADA. O empenho global é destinado justamente a atender despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento. A questão 42 também está ERRADA. A questão 43 indicou a previsão correta para a utilização do empenho por estimativa. Questão CERTA. Segundo estágio: liquidação. Vejamos os dispositivos legais aplicáveis à liquidação: CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 31 de 53 Lei 4.320/64, Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação. Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. § 1° Essa verificação tem por fim apurar: I - a origem e o objeto do que se deve pagar; II - a importância exata a pagar; III - a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação. § 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por base: I - o contrato, ajuste ou acordo respectivo; II - a nota de empenho; III - os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço. Como visto nas disposições acima, na liquidação, faz-se uma conferência documental para atestar que a despesa empenhada foi realizada, ou seja, confirmar a ocorrência do fato gerador da despesa: um serviço foi prestado, um produto foi entregue, uma obra foi construída etc. É necessário, para tanto, que sejam verificados pela unidade responsável os documentos fiscais, atestados de recebimento, comprovantes de prestação de serviço, nota de empenho etc., conforme o caso. Como isso cai na prova? 44. (FCC/AUDITOR/TCE-MG/2005) A liquidação de despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. Com relação a essa verificação é INCORRETO afirmar que tem por fim apurar CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 32 de 53 (A) a origem e o objeto do que se deve pagar. (B) os comprovantes da entrega do material ou da prestação do serviço. (C) a importância exata a pagar. (D) a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação. (E) a origem e o objeto do que se deve pagar e a importância exata a pagar. 45. (CESPE/ANATEL/ANALISTA/2006) O pagamento de despesas poderá existir sem a apresentação de documentos processados pela contabilidade. Nesse caso, a autoridade competente apresentará, ao ordenador de despesas, posteriormente, sua justificativa e autorização da unidade gestora para tal atitude. Das opções da questão 44, o único item não apurado no estágio da liquidação diz respeito aos “comprovantes da entrega do material ou da prestação do serviço”. Esses comprovantes servem justamente para legitimar as informações que se verificam na liquidação. Gabarito: B. A questão 45 peca ao assumir a possibilidade de pagamento de despesas sem certificação documental (feita na liquidação). Questão ERRADA. Terceiro estágio: pagamento. Novamente, vamos começar pela legislação: Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa seja paga. Art. 65. O pagamento da despesa será efetuado por tesouraria ou pagadoria regularmente instituídos por estabelecimentos bancários credenciados e, em casos excepcionais, por meio de adiantamento. Nesse estágio, novamente, temos a autoridade competente (o ordenador de despesas) determinando a execução dos atos relativos à despesa orçamentária. No caso da efetivação do pagamento, a redação do art. 65 da Lei está meio “atrasada”; tesourarias e pagadorias funcionando junto aos órgãos públicos CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 33 de 53 não correspondem mais à realidade. Hoje em dia, maciçamente, os pagamentos se dão por via bancária. Como isso cai na prova? 46. (FCC/PROCURADOR/TCE-MG/2007) O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação. 47. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) As despesas não liquidadas poderão ser pagas no próprio exercício se houver disponibilidade financeira suficiente. A questão 46 reproduz corretamente o espírito da lei, que não permite sequência diferente na execução da despesa. Questão CERTA. A questão 47 está ERRADA: “pulou-se” o estágio da liquidação para se realizar o pagamento, o que é vedado pela legislação. Muito bem, caro aluno, chegamos ao fim desta primeira parte. Muita informação importante foi vista hoje! Na próxima parte, trataremos de alguns tópicos especiais relativos à despesa pública. Um abraço, bons estudos! GRACIANO ROCHA CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 34 de 53 RESUMO DA AULA 1. Na contabilidade geral, a despesa representa uma baixa no patrimônio, que pode envolver ou não a saída de recursos do caixa. No setor público, ao se falar de despesa, consideraremos fluxos de recursos saindo do caixa (embora o registro da despesa seja anterior à saída financeira). 2. No caso da despesa orçamentária, diferentemente da receita, o regime contábil é de competência, sempre. 3. A palavra “crédito”, na contabilidade pública, tem a ver com a autorização orçamentária para o gasto, e a palavra “recurso” corresponde ao aspecto financeiro do orçamento. 4. A categoria econômica da despesa indica o efeito que ela terá sobre a economia. Assim, existem as categorias “despesa corrente” e “despesa de capital”. 5. Os grupos de natureza da despesa constituem, conforme a Portaria 163, “a agregação de elementos de despesa que apresentam as mesmas características quanto ao objeto de gasto”. 6. A modalidade de aplicação indica a forma como a despesa será executada: ou diretamente pelos órgãos e entidades do ente público responsável pela despesa, ou mediante transferências. 7. Atualmente, na lei orçamentária, a despesa, quanto à classificação econômica, é classificada no mínimo em categoria econômica, grupo de natureza da despesa e modalidade de aplicação. O elemento de despesa pode surgir também na LOA, mas não obrigatoriamente. Além disso, se for necessário, a unidade executora da despesa poderá desdobrar, facultativamente, o elemento de despesa, para tornar a classificação ainda mais fiel ao gasto realizado. 8. As despesas correntes representam gastos de manutenção da máquina estatal. Já as despesas de capital envolvema aplicação de recursos em bens/serviços que resultarão na expansão, ou, ao menos, na transformação do patrimônio estatal. 9. As despesas correntes são, via de regra, efetivas; despesas de custeio normalmente resultam em baixas patrimoniais. Por outro lado, despesas de capital envolvem permutação de elementos patrimoniais, como regra. CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 35 de 53 10. Simplificadamente, investimentos significam injeção de recursos em bens de capital novos, ou criação de bens de capital, que aumentam o produto interno bruto; inversões financeiras implicam a aquisição de bens de capital já existentes, sem alteração do PIB. 11. A classificação por esfera indica qual dos três orçamentos instituídos pela CF/88 (fiscal, da seguridade e de investimento das estatais) abrange a despesa a se classificar. 12. A classificação institucional identifica quem são as estruturas responsáveis pela execução da despesa. Nessa classificação, apontam-se o órgão orçamentário e a unidade orçamentária, subordinada àquele. Entretanto, “órgão orçamentário” não corresponde sempre a “órgão” no sentido dado pelo Direito Administrativo. 13. A classificação funcional, obrigatória para todos os entes, é composta de dois níveis: funções e subfunções. 14. Entende-se por função “o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público”. A subfunção é “uma partição da função, visando a agregar determinado subconjunto de despesa do setor público”. 15. Subfunções podem ser cruzadas com funções diferentes da sua função “matriz”. A exceção ocorre quanto às subfunções pertencentes à função Encargos Especiais, que só podem ser combinadas com esta última. 16. Os programas, na forma como está estruturada atualmente a classificação programática, são compostos por ações. As ações orçamentárias se dividem em três tipos: projetos, atividades e operações especiais. 17. Projetos, que constituem ações limitadas no tempo, envolvem uma atuação mais intensiva do poder público, aumentando o nível de esforços empreendidos no alcance dos objetivos de governo. 18. Atividades, que se realizam de modo contínuo e permanente, dizem respeito à continuidade dos serviços e das atribuições normais do Estado, também em direção ao alcance dos objetivos governamentais. 19. Normalmente, operações especiais são transferências e pagamentos diversos, sem retorno (contraprestação) ao governo, como indenizações, aposentadorias, benefícios, precatórios, juros etc. CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 36 de 53 20. Na codificação da classificação programática, além dos programas e das ações que os compõem, existe o subtítulo, ou localizador do gasto. A definição do subtítulo depende da localização geográfica dos beneficiados pela ação programática. 21. A Lei 4.320/64 estabelece três estágios percorridos pela receita orçamentária em sua execução, mas a doutrina e as provas entendem existir mais um, que antecede todos eles: a previsão, que se caracteriza como um estágio de planejamento. 22. Segundo o art. 53 da Lei 4.320/64, “O lançamento da receita é o ato da repartição competente que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta”. Nem todas as receitas percorrem o estágio do lançamento. 23. A arrecadação envolve a entrega dos recursos devidos pelos contribuintes aos agentes arrecadadores ou às instituições financeiras autorizadas pelo ente recebedor, ainda sem chegada à conta do Tesouro. Segundo a Lei 4.320/64, a arrecadação é o estágio em que se registra o pertencimento da receita ao exercício financeiro. 24. O estágio do recolhimento consiste na entrega, pelos agentes arrecadadores e pela rede bancária autorizada, do produto da arrecadação ao caixa do Tesouro, correspondendo à efetiva disponibilização de recursos ao ente público. 25. Os estágios da despesa relacionados na Lei 4.320/64 são o empenho, a liquidação e o pagamento, mas é pacífica a existência do estágio da fixação, anterior a todos eles. 26. A fixação da despesa, com a publicação da lei orçamentária, representa a definição das ações para serem executadas durante o exercício, com a quantificação dos recursos necessários para atender às realizações programadas. 27. O empenho das despesas é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. 28. Não há despesa sem prévio empenho, mas, em casos especiais, previstos na legislação específica, será dispensada a emissão da nota de empenho. CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 37 de 53 29. O empenho ordinário se destina a despesas de valor determinado, para pronto pagamento. 30. O empenho por estimativa é empregado para processamento de despesas sem valor conhecido previamente. Os exemplos mais comuns são de despesas recorrentes, de prestação variável, como contas de telefone, água e luz. 31. O empenho global tem características dos dois outros: o pagamento é feito em parcelas, assim como ocorre com o empenho por estimativa, mas o valor da despesa é determinado, tal qual na hipótese de empenho ordinário. 32. No estágio da liquidação, faz-se uma conferência documental para atestar que a despesa empenhada foi realizada, ou seja, confirmar a ocorrência do fato gerador da despesa. 33. A ordem de pagamento é o documento exarado por autoridade competente, determinando que a despesa seja paga. CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 38 de 53 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 1. (CESPE/CONSULTOR/SEFAZ-ES/2009) Em sua acepção financeira, despesa pública é a aplicação de recursos pecuniários em forma de gastos ou em forma de mutação patrimonial, com o fim de realizar as finalidades do Estado. 2. (FCC/ANALISTA/TRE-PI/2009) Uma despesa extraorçamentária caracteriza-se por (A) provocar uma redução efetiva na situação líquida patrimonial. (B) modificar, simultaneamente, contas do ativo financeiro e do passivo permanente. (C) modificar, simultaneamente, contas do ativo financeiro e do ativo permanente. (D) provocar uma redução do superávit financeiro. (E) não precisar de autorização legislativa para a sua ocorrência. 3. (FCC/ANALISTA/MP-SE/2009) É uma despesa extraorçamentária o pagamento de (A) juros da dívida. (B) pessoal. (C) contribuição patronal ao RPPS. (D) devolução de caução. (E) serviços de terceiros. 4. (CESPE/CONSULTOR/SEFAZ-ES/2009) Enquanto a execução orçamentária se refere à utilização dos recursos consignados no orçamento ou na LOA, a execução financeira representa a utilização de créditos financeiros. Na técnica orçamentária, reserva-se o termo recurso para designar o lado orçamentário e crédito para o lado financeiro. 5. (FCC/ANALISTA/TRT-04/2006) A classificação da despesa, segundo a sua natureza, compõe-se de CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 39 de 53 (A) categoria econômica, grupo de natureza de despesa e elemento de despesa. (B) categoria econômica, função e elemento de despesa. (C) função, programa e subprograma. (D) órgão orçamentário, função e categoria econômica. (E) órgão orçamentário, unidade orçamentária e unidade de despesa. 6. (CESPE/ANALISTA/ANCINE/2006)A classificação pela natureza da despesa se dá em diversos níveis de agregação: categoria econômica, grupos de despesas, modalidade de aplicação e elemento de despesa. 7. (CESPE/ANALISTA/STF/2008) São denominadas despesas de capital as que respondem pela manutenção das atividades da entidade governamental. 8. (FCC/ANALISTA/TJ-SE/2009) O agregador de elementos de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto, denomina-se: (A) Grupo de Elementos da Despesa. (B) Categoria Econômica. (C) Categoria Programática. (D) Grupo Modalidade Econômica. (E) Grupo de Natureza da Despesa. 9. (CESPE/ANALISTA/TRE-MT/2010) Geralmente, a despesa efetiva coincide com a despesa de capital. Entretanto, há despesa de capital que não é efetiva, como, por exemplo, as transferências de capital que causam decréscimo patrimonial. 10. (FCC/ANALISTA/TCE-GO/2009) Segundo o critério da categoria econômica, nos termos do art. 12 da Lei nº 4.320/64, as despesas serão classificadas em despesas correntes e despesas de capital. Representa uma despesa de capital (A) o salário do professor da rede pública. (B) a aquisição de ações de empresas em funcionamento. CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 40 de 53 (C) o dispêndio relacionado com a conservação de ruas. (D) o pagamento de juros e encargos da dívida pública. (E) a aquisição de material de consumo. 11. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2009) A categoria econômica denominada investimentos contribui para a formação ou aquisição de um bem de capital. 12. (CESPE/AUDITOR/FUB/2009) A aquisição de material de limpeza para estoque é uma despesa não efetiva, porém classificada, segundo sua categoria econômica, como despesa corrente. 13. (CESPE/TÉCNICO SUPERIOR/IPAJM-ES/2010) As inversões financeiras são uma espécie de despesa de capital em que ocorre acréscimo no capital do governo. 14. (FCC/TÉCNICO SUPERIOR/PGE-RJ/2009) Para a classificação da despesa quanto à sua natureza deve ser analisada a categoria econômica, o grupo ao qual pertence, a modalidade de aplicação e o objeto de gasto. Quanto à modalidade de aplicação, pode ser classificada como despesa (A) direta ou por transferência. (B) corrente ou de capital. (C) com pessoal, encargos sociais ou da dívida. (D) com investimentos, inversões financeiras ou amortização de dívida. (E) de custeio, transferências correntes, investimentos ou transferências de capital. 15. (FCC/ANALISTA/MP-SE/2009) Elemento de despesa tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de governo ou por outro ente da federação. 16. (CESPE/AUDITOR/AUGE-MG/2009) A modalidade de aplicação objetiva possibilita a eliminação da dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados. 17. (CESPE/CONSULTOR/SEFAZ-ES/2009) A natureza da despesa será complementada pela modalidade de aplicação, que indicará se os recursos CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 41 de 53 são aplicados diretamente por órgãos ou entidades da mesma esfera de governo ou por outro ente da Federação. 18. (FCC/ANALISTA/TRF-02/2007) Tratando-se de despesa pública, na Lei de Orçamento a discriminação da despesa orçamentária será feita, no mínimo, por elementos. Entende-se por elementos: (A) a despesa paga à margem da Lei Orçamentária, independente de autorização legislativa. (B) ao desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração pública para a consecução dos seus fins . (C) o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias. (D) a despesa cuja realização depende de autorização legislativa mas pode ser realizada sem crédito orçamentário. (E) a despesa cuja realização não depende de autorização legislativa e pode ser realizada sem crédito orçamentário. 19. (FCC/ANALISTA/TRT-24/2006) Tendo em vista o Princípio da Transparência Pública, existe a obrigatoriedade do desdobramento suplementar dos elementos de despesa para atendimento das necessidades da escrituração contábil e controle da execução orçamentária. 20. (FCC/ANALISTA/MP-PE/2006) No orçamento, a classificação econômica da despesa deve ser desdobrada até o nível de categoria. 21. (CESPE/ANALISTA/ANA/2006) Mesmo que a lei de orçamento discrimine a despesa de capital em nível de elemento, poderá a administração pública, para sua execução, utilizar desdobramento que melhor atenda suas necessidades. 22. (FCC/ANALISTA/MP-PE/2006) A classificação institucional indica em que função e subfunção de governo os recursos orçamentários serão aplicados. CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 42 de 53 23. (FCC/CONTADOR/ARCE-CE/2006) Na classificação funcional-programática, a despesa pública desdobra-se em órgão orçamentário, unidade orçamentária e unidade de despesa. 24. (CESPE/ANALISTA/MIN. INTEGRAÇÃO/2009) A classificação institucional da receita representa a estrutura orgânica e administrativa governamental, correspondendo a dois níveis hierárquicos: o órgão e a unidade orçamentária. 25. (CESPE/ANALISTA/TRE-MT/2010) Toda unidade orçamentária tem uma estrutura administrativa correspondente, o que pode ser exemplificado por alguns fundos especiais e pela unidade orçamentária denominada transferências a estados, Distrito Federal e municípios. 26. (FCC/TÉCNICO SUPERIOR/PGE-RJ/2009) Se os cidadãos estiverem interessados em conhecer os dados e estatísticas sobre os gastos públicos nos principais segmentos em que atuam as organizações do Estado, ou seja, no maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público deverão consultar a classificação da despesa (A) por elementos de despesa. (B) funcional. (C) por programas. (D) institucional. (E) por categorias econômicas. 27. (FCC/ANALISTA/TRF-03/2007) Entende-se como o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público: (A) projeto. (B) categoria econômica da despesa. (C) natureza da despesa. (D) programa. (E) função. 28. (CESPE/ANALISTA/MCT/2008) A classificação funcional busca responder, basicamente, à indagação em que área de ação governamental a despesa CURSO ONLINE - AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 43 de 53 será realizada, sendo que a função encargos especiais engloba as despesas às quais não se pode associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente. 29. (CESPE/TÉCNICO SUPERIOR/MIN. SAÚDE/2008) A classificação funcional é composta por um rol de funções e subfunções prefixadas e padronizadas para a União, os estados, o DF e os municípios, as quais servirão de agregador dos gastos públicos por área de ação governamental. 30. (FCC/ANALISTA/TCE-AM/2008) Na classificação funcional, a despesa pública obedece à seguinte hierarquia: (A) função, subfunção, programa, projeto, atividade e operação especial. (B) função, subprograma, programa, projeto e atividade. (C) programa, categoria econômica, natureza de despesa e elemento. (D) órgão orçamentário, unidade orçamentária e unidade de despesa. (E) categoria, natureza de despesa, modalidade de aplicação e elemento. 31. (CESPE/ANALISTA/TCE-AC/2009) A classificação funcional da despesa tem subfunções que não podem ser combinadas com funções
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