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Nutrição Aplicada a Medicina Estética

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Nutrição Aplicada à Medicina Estética 01.pdf
 
 
 
 
 
Programa de Educação 
Continuada a Distância 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso de Nutrição 
Aplicada à Medicina Estética 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
 
 
EAD - Educação a Distância 
 Parceria entre Portal Educação e Sites Associados 
 
 
 
 
 
 
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Curso de Nutrição 
Aplicada à Medicina Estética 
 
 
 
 
 
MÓDULO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
MÓDULO I 
Considerações sobre a beleza 
Evolução dos hábitos alimentares 
Envelhecimento 
Desarmonia corporal 
Compulsão alimentar 
Anorexia 
Bulimia 
Ortorexia 
 
MÓDULO II 
Carboidratos 
Fibras 
Proteínas 
Lipídios 
Vitaminas e sais minerais 
Água 
 
MÓDULO III 
Equilíbrio alimentar em estética 
Influência da dieta nos tratamentos estéticos 
Celulite 
Flacidez 
Estrias 
Gordura localizada 
Saúde da pele 
Obesidade 
Emagrecimento 
 
 
 
 
 
 
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MÓDULO IV 
Dietas da “moda” 
Shakes e substitutos alimentares 
Nutrientes específicos em estética 
Alimentos premiados 
Nutricosméticos 
Fitoestrógenos 
Alimentos termogênicos 
Simbióticos, probióticos e prebióticos 
Orgânicos 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 
 
 
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MÓDULO I 
 
Considerações sobre a Beleza 
 
Na história da humanidade, o conceito de estética sofreu muitas transformações, 
mas a busca pela manutenção da juventude sempre esteve presente. A valorização da 
imagem se alterou ao longo do tempo. No século XVI, o conceito de belo estava 
associado ao excesso de peso, uma vez que ser magro era sinal de pobreza. Com o 
surgimento do espartilho, o corpo estilo “violão” ganhou destaque e a cintura fina 
começou a ser valorizada. Nos anos 70 a mulher passou a adotar a silhueta magra. 
Nas décadas de 70 e 80 as atenções se voltaram para o corpo e a estética, como 
um contraponto à despreocupação dos hippies. A cirurgia facial se popularizou. O objetivo 
principal era a redução da flacidez e das rugas, razão pela qual era comum em indivíduos 
maiores de 60 anos. As técnicas de Medicina Estética ganharam importância com a busca 
pela prevenção dos sinais de envelhecimento, por ser menos invasiva e por apresentar 
resultados satisfatórios. Destaca-se o laser, peeling, toxina botulínica e substâncias de 
preenchimento. 
Na década de 90, as próteses de silicone ganharam destaque, assim como o 
corpo modelado pela atividade física. Houve em alguns momentos a valorização da 
magreza absoluta, mas prevalece hoje a silhueta “escultural”, modelada pela atividade 
física, alimentação especializada e pelos modernos procedimentos estéticos. 
A beleza já pode ser moldada. Próteses, lipoaspiração, limpeza de pele, 
maquiagem definitiva, unhas postiças, tinturas capilares, são hoje comuns e acessíveis à 
maior parte do público preocupado com a valorização da imagem e/ou autoestima. Neste 
contexto, o profissional de saúde precisa ser muito cauteloso e ter a sensibilidade de 
identificar o objetivo do cliente quando o mesmo procura tratamentos na área estética. A 
popularização de tais técnicas pode favorecer a busca desenfreada pelo corpo perfeito, 
comprometendo severamente a saúde física e principalmente a saúde emocional. 
O perigo está quando as emoções estão confusas, influenciadas por questões 
existenciais, frustrações, etc. A busca pela beleza pode muitas vezes sinalizar conflitos 
internos e, neste caso, a indicação de terapia especializada é fundamental. Por outro 
 
 
 
 
 
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lado, a busca pela beleza sadia aumenta satisfatoriamente a autoestima, favorecendo a 
qualidade de vida e potencializando o bem estar físico e mental. 
 
Evolução dos Hábitos Alimentares 
 
É através do alimento que o ser humano retira os nutrientes para a sustentação 
de seu organismo e da sua combinação depende um corpo saudável ou doente. A história 
da alimentação é antiga. Acredita-se que o homem teria começado a se alimentar de 
frutos e raízes após observar o comportamento de outros animais. Com a evolução da 
espécie, começou a ingerir carne crua e moluscos, até que aprendeu a assar e cozinhar. 
Descobriu outros alimentos e formas de consumi-los. Passou a selecionar, modificar e 
evoluiu tanto que hoje já utiliza o alimento como potente colaborador no tratamento de 
doenças e como principal responsável pela saúde e qualidade de vida. 
Estudos mostram que o homo sapiens, por exemplo, alimentava-se de carne de 
caça, que eram abatidas diariamente e assadas. O homem de Neanderthal parece ter 
sido antropófago, segundo a análise de fósseis. Acredita-se que a primeira “sobremesa” 
tenha sido o mel de abelhas, que já existia há milhões de séculos antes do homem. 
Profundas mudanças climáticas e ambientais estimularam a migração de homens 
e animais. Andando de um lugar para outro, os homens primitivos perceberam que 
sementes que caíam, germinavam. Desenvolveram a agricultura, arco e flecha e 
passaram de nômades a moradores em pequenas aldeias. No período paleolítico 
passaram a se organizar em sociedade. 
No período neolítico (10.000 a 4.000 a. C.), se inicia a base de nossa alimentação 
tradicional. Os povos egípcios associavam a saúde e longevidade aos prazeres da mesa. 
Eram conhecedores dos segredos da farmacopeia e propriedades das ervas medicinais e 
já ligavam a alimentação com a cura de moléstias. 
Por volta dos séculos V a X d. C., já eram considerados os efeitos preventivos da 
alimentação. Textos de Hipócrates já evidenciavam a associação de alimentos com o 
combate a doenças. Na Idade Média se destacavam três sabores fundamentais: forte, 
doce e ácido. Na Idade Moderna a agricultura passa a ser utilizada também para fins 
 
 
 
 
 
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comerciais. Na Idade Contemporânea a agricultura cresceu e o açúcar, antes privilégio da 
elite, se difundiu na alimentação popular. 
Observando-se a evolução do processo alimentar, conclui-se que a cultura tem 
forte influência
nos hábitos alimentares. O homem pré-histórico comia de tudo. Já o 
homem moderno age de forma bem diferente. Os israelitas podiam comer gafanhotos e 
esses são ainda apreciados em toda a África do Norte. No Nordeste, os sertanejos 
comem preás e camaleões. Nativos da Amazônia comem macacos assados. Hindus não 
comem carne de vaca, pois acreditam serem sagradas. Já os europeus acham que a 
mesma é indispensável na mesa. 
A relação entre alimentação e religião está na Bíblia. As religiões proíbem o 
consumo de certos alimentos e tornam outros sagrados. O pão há mais de dois mil anos é 
tido como alimento sagrado por muitos povos. A cozinha brasileira sofreu influência da 
cozinha portuguesa, indígena e africana, sendo obviamente adaptada de acordo com a 
cultura local. 
Africanos trouxeram uma cozinha de “miscigenação”. Com os europeus, 
principalmente os portugueses, foram aprendidas técnicas de agricultura e criação de 
animais. Também houve contribuição no ensinamento de produtos derivados de leite, 
como o queijo, além dos embutidos, defumados e fabricação dos doces. 
Nas últimas décadas ocorreram mudanças importantes nos hábitos alimentares 
dos brasileiros. O alimento, que antes era utilizado para saciar a fome, passou a ser parte 
integrante de reuniões, festas, etc. O conhecimento sobre eles também evoluiu bastante. 
Antes, coadjuvante, hoje tem papel principal na longevidade e qualidade de vida. Estudos 
científicos comprovam o poder de certos alimentos e sua influência na saúde humana. 
Com períodos de fome e doenças, nossos ancestrais acabaram por realizar 
experimentos alimentares que hoje vem à tona, com a comprovação científica de seus 
efeitos benéficos sobre a saúde. Povos romanos descreveram as propriedades protetoras 
do repolho. As sementes da abóbora são apontadas por estudiosos como benéficas para 
a saúde da próstata. Fato este já descrito pela tradição herbal europeia. 
Em contrapartida, o aumento no número de alimentos industrializados associado 
à vida moderna, falta de tempo e stress do dia a dia, favoreceu alterações no padrão 
alimentar que nem sempre correspondem ao ideal. É cada vez maior o número de 
 
 
 
 
 
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indivíduos acima do peso e/ou com problemas de saúde relacionados à alimentação 
desequilibrada. Esta não está necessariamente relacionada à alta ou baixa ingestão 
alimentar, mas a inadequada ingestão de nutrientes necessários à qualidade de vida. 
 
COMPARATIVO DA DIETA DO HOMEM PRIMITIVO X HOMEM MODERNO 
 
HOMEM PRIMITIVO HOMEM MODERNO 
Alimentos integrais Alimentos refinados 
Alimentos ricos em fibras Alimentos pobres em fibras 
Alimentos ricos em nutrientes Alimentos empobrecidos em nutrientes 
Alimentos consumidos crus Alimentos processados pelo calor 
Menor teor de gordura saturada Alto teor de gordura saturada 
Ausência da adição de açúcar e sódio Excesso de açúcar e sódio 
Ausência de fermentos e antibióticos Excesso de fermentos e antibióticos 
Ausência de agrotóxicos e aditivos 
químicos 
Excesso de agrotóxicos e aditivos 
químicos 
 
A chamada “fome oculta” está se expandindo em toda a população, independente 
de classe social, idade ou sexo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 
“fome oculta” é a necessidade orgânica de um ou mais nutriente, mesmo não existindo 
sinais de carência. Na realidade existem alterações silenciosas que deixam sequelas, 
independente do peso do indivíduo. 
Os sintomas são geralmente percebidos em longo prazo ou até mesmo ignorados 
e podem culminar com o desenvolvimento de doenças como câncer, osteoporose, 
hipertensão, doenças cardiovasculares entre outras. 
São comuns: 
- Dores musculares; 
- Fraqueza, cansaço, indisposição; 
- Dificuldade de concentração; 
- Maior vulnerabilidade a infecções. 
 
Estudos indicam que ao mesmo tempo em que declina a ocorrência da 
desnutrição em crianças e adultos num ritmo acelerado aumenta a prevalência de 
sobrepeso e obesidade na população brasileira. Estabelece-se, desta forma, um 
antagonismo de tendências temporais entre desnutrição e obesidade, definindo uma das 
 
 
 
 
 
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características marcantes do processo de transição nutricional no país (Batista Filho, M. & 
Rissin, A., 2003). 
Dados epidemiológicos têm demonstrado que o sobrepeso e obesidade, antes 
prevalentes nas regiões mais ricas, hoje são comuns em regiões de baixa renda. A 
transição epidemiológica no campo da nutrição é hoje resultado de uma série de fatores 
que influenciam diretamente na saúde e qualidade de vida. Merece destaque a melhora 
na habitação e saneamento, a mudança de hábitos alimentares, níveis de ocupação 
regional, renda, acesso a informações, escolaridade, melhor acesso aos serviços de 
saúde entre outros. 
A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) relativa aos anos de 2008 e 2009 
trará pela primeira vez informações sobre a evolução dos hábitos alimentares da família 
brasileira. Serão considerados dados como o consumo de alimentos orgânicos, DIET e 
LIGHT e ainda hábitos considerados de desenvolvimento sustentável. 
 
Envelhecimento 
 
Com o avanço da Medicina, a expectativa de vida tem aumentado bastante e 
associado a este aumento está a preocupação com a saúde e qualidade de vida. Estima-
se que em 2025 o Brasil será a sexta nação do mundo com pessoas maiores de 70 anos 
e o contingente que mais crescerá é o dos cidadãos acima de 80 anos. 
Hoje, cerca de 13,5 milhões de idosos já somam 8% da população e a expectativa 
para os próximos 20 anos será de 31,8 bilhões. Ainda não existe uma definição precisa 
acerca do envelhecimento fisiológico normal. O envelhecimento é determinado 
basicamente por fatores como hereditariedade, ambiente e estilo de vida. Corresponde a 
um processo contínuo, onde ocorre um declínio progressivo de todas as funções 
fisiológicas. Envolve alterações de peso, redução na velocidade dos reflexos, aumento da 
gordura corporal, redução de massa muscular, diminuição da quantidade de água 
corporal, etc. 
Muitas teorias tentam explicar o mecanismo de envelhecimento, mas nenhuma 
delas, até o momento, consegue compreender satisfatoriamente todo o processo. Em 
relação às funções fisiológicas, as mudanças são relevantes. 
 
 
 
 
 
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Tab 1: declínio das funções de acordo com a idade 
SISTEMA ORGÂNICO DECLÍNIO FUNCIONAL 
 
 
 
Presbiopia 
Sentidos Redução da capacidade auditiva 
 Diminuição do paladar e olfato 
 
 Deterioração da função contrátil intrínseca 
Sistema Cardiovascular Redução da condutividade 
 Redução do enchimento ventricular 
 Aumento da pressão arterial 
 
 Diminuição da elasticidade pulmonar 
Sistema Respiratório Redução da capacidade respiratória 
 Menor eliminação de muco 
 Diminuição da PO2 arterial 
 
 
 
 
Aumento do risco de infecção secundária 
 Diminuição da imunidade celular 
 Diminuição do número de células T 
Sistema Imunológico Aumento das células T supressoras 
 Redução das células T auxiliares 
 Perda das
células de memória 
imunológica 
 Redução nos títulos de anticorpos contra 
antígenos conhecidos 
 Aumento da autoimunidade 
 
 
 
 
 
 
 
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Redução das respostas hormonais a 
estímulos 
Sistema Endócrino Deterioração da tolerância à glicose 
 Diminuição dos androgênios e estrogênios 
 Diminuição das respostas da 
noradrenalina 
 
 Deterioração da resposta a privação de 
líquidos 
Sistema Nervoso Declínio de reflexos 
Autônomo Aumento da suscetibilidade à hipotermia 
 Redução da motilidade gastrointestinal 
 
 
Os sinais externos mais comuns do envelhecimento se refletem na pele, cabelos, 
unhas e ainda na distribuição de gordura corporal. Já está bem documentado que a 
exposição solar é a causa mais significativa de aceleração do processo de 
envelhecimento cutâneo. O envelhecimento da pele pode ser de dois tipos: 
 
- INTRÍNSECO (natural), mais suave, lento e gradual. A textura da pele é lisa, 
homogênea, tem pouco número de manchas e discreta formação de rugas. 
 
- FOTOENVELHECIMENTO (devido aos danos causados pela radiação 
ultravioleta), mais agressivo e responsável pelo aparecimento de rugas, manchas e até 
câncer de pele. A cútis é áspera, nodular e espessada. 
 
Observando-se a figura abaixo é possível identificar os sinais da exposição solar. 
A pele das mãos, mais exposta ao sol, é bem mais enrugada e envelhecida que a pele 
das coxas, normalmente menos exposta à radiação ultravioleta. 
 
 
 
 
 
 
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 Fonte: www.revistauptodate.com.br 
 
 
A luz visível e a radiação infravermelha também causam prejuízos à pele e suas 
ações vêm sendo muito pesquisadas nos últimos anos. Os cabelos perdem a tonalidade 
natural e na pele são observadas rugas, perda de elasticidade e ressecamento. O 
aparecimento destas características é mais precoce em indivíduos de pele seca quando 
comparados aos pacientes de pele oleosa. 
O tabagismo também está relacionado com a quantidade de rugas profundas. 
Entre outras alterações clínicas, são frequentes o aparecimento de coloração acinzentada 
da pele, maior ressecamento e o aumento do número de neoplasias malignas cutâneas. 
Com a menopausa há redução nos níveis de estrógeno, consequentemente com 
diminuição na síntese do colágeno e aumento do envelhecimento da pele. 
No corpo há o aparecimento ou aumento da gordura localizada e a redução de 
massa magra reflete perda do tônus e da força muscular, ocasionando flacidez. O 
combate ao envelhecimento é a grande preocupação de quem procura procedimentos no 
campo da estética. Através de cosméticos, tratamentos e até cirurgias, busca-se a todo o 
momento retardar os efeitos da idade. 
A alimentação também deve ser associada aos protocolos de tratamento, sendo 
indispensável para garantir resultados adequados. A ingestão de alimentos antioxidantes 
deve ser valorizada e não pode faltar na dieta do cliente. Com os avanços da medicina, 
muitas das alterações comuns ao envelhecimento podem ser prevenidas e/ou 
amenizadas, com o intuito de garantir saúde e qualidade de vida. No entanto, deve-se ter 
bom-senso e atenção especial a fim de identificar a grande diferença existente entre 
vaidade e obsessão. 
 
 
 
 
 
 
 
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Desarmonia Corporal 
 
Antes de ser um problema de “gente fútil”, a autoimagem está associada à 
autoestima, que por sua vez tem forte relação com a qualidade de vida. Obviamente é 
necessário um bom-senso quando se trata da aparência estética, mas não há como negar 
a sua importância na vida moderna. 
O conjunto de alterações que afetam a estética corporal, em especial de 
mulheres, recebe o nome de “Síndrome da Desarmonia Corporal”, descritas pela primeira 
vez pelo Prof. Dr. Miguel Francischelli Neto. Caracteriza-se pela presença, muitas vezes 
associada, de celulite, estrias, flacidez, além da gordura localizada e alterações 
musculares. Não apresenta relação com o excesso de peso e também não tem faixa 
etária prevalente. 
O descontrole alimentar tem sido descrito como forte responsável por este tipo de 
problema, também merecendo atenção fatores como hereditariedade, ação hormonal, 
sedentarismo, etc. O preconizado como ideal para a distribuição corporal é o percentual 
de gordura em torno de 20% e o de massa magra (formada por músculos, ossos e 
órgãos) em torno de 80%. 
A recuperação da forma corporal e a correção dos problemas presentes na 
Síndrome da Desarmonia Corporal envolvem tratamentos estéticos e/ou cirúrgicos 
associados à alimentação equilibrada e atividade física regular e orientada. 
 
? Celulite 
 
A celulite (lipodistrofia ginoide), definida como uma inflamação celular, atualmente 
é considerada doença e não uma simples deformação estética. Manifesta-se no tecido 
conjuntivo localizado embaixo da pele, devido à soma de várias alterações que são 
acionadas por fatores como: 
- herança genética; 
- sedentarismo; 
- problemas circulatórios; 
- alimentação inadequada; 
 
 
 
 
 
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- cigarro; 
- álcool; 
- estresse; 
- desequilíbrio hormonal. 
 Estes fatores determinam modificações, como a compressão dos vasos locais e 
a projeção do tecido gorduroso, o que ocasiona as conhecidas ondulações. As 
manifestações da celulite são de acordo com o estágio em que a mesma se encontra. 
 
Estágio I: ocorre uma alteração das células do tecido adiposo, porém a região 
afetada não apresenta modificação circulatória e nem dos tecidos de sustentação. Não há 
sinais visíveis na pele e também não há dor. 
 
 
 Fonte: www.mesoclin.com.br 
 
 
Estágio II: já existe alteração circulatória por compressão das microveias e vasos 
linfáticos. O sangue e a linfa (líquido que banha as células) ficam “represados” e, 
consequentemente, ocorre um edema intercelular. Também há um endurecimento do 
tecido de sustentação e as irregularidades na pele ficam aparentes, mas ainda não existe 
dor. 
 
 
 Fonte: www.mesoclin.com.br 
 
 
 
 
 
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 Estágio III: a celulite neste estágio apresenta o aspecto “casca de laranja” e fica 
dolorida. A fibrose se instala e a circulação acaba comprometida. Podem aparecer 
vasinhos e microvarizes, além da sensação de peso e cansaço nas pernas. 
 
 
 Fonte: www.mesoclin.com.br 
 
 
Estágio IV: é a fase considerada mais grave, com as fibras duras, formando 
nódulos e a circulação prejudicada. A pele apresenta depressões e tem aspecto 
acolchoado. As pernas ficam pesadas, inchadas e doloridas e a sensação de cansaço é 
frequente, mesmo sem esforço. 
 
 
 Fonte: www.mesoclin.com.br 
 
 
? FLACIDEZ 
A flacidez é provocada pela perda
de elementos do tecido conjuntivo como 
fibroblastos, elastina e colágeno. Esta perda faz com que a rede de elementos se torne 
menos densa, tirando a firmeza entre as células. É comum ocorrer em um mesmo 
indivíduo a flacidez muscular, mais profunda (resultante da menor tonicidade do músculo) 
 
 
 
 
 
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junto à tissular ou dérmica (resultado do rompimento das fibras de colágeno, por 
exemplo). 
As causas podem ser herança genética, excesso de sol (fotoenvelhecimento), 
falta de exercícios, excesso de peso, alimentação inadequada, emagrecimento acelerado 
e até má postura. Outro fator que ocasiona esse processo é o aumento do tecido 
gorduroso em detrimento da massa muscular. O indivíduo sedentário que passa muitas 
horas sentado, por exemplo, tem grande facilidade para o desenvolvimento da flacidez. O 
tecido adiposo, por ser de preenchimento, aumenta o volume na tentativa de minimizar o 
trauma mecânico e o músculo flácido facilita a deposição da gordura. 
Hábitos alimentares inadequados geralmente vêm acompanhados de acúmulo de 
gordura, o que também favorece a flacidez cutânea devido à dificuldade no processo de 
nutrição da pele. Vestuário inadequado contribui para o desenvolvimento da flacidez, 
devido à má circulação sanguínea e linfática. 
 
? ESTRIAS 
Estrias também apresentam relação com a flacidez. Diferentemente de outros 
problemas como celulite e obesidade, elas não estão diretamente ligadas à gordura 
localizada. Manifestam-se em pessoas de todas as idades e portes físicos. Suas causas 
são variadas e envolvem o crescimento acelerado (em especial na puberdade), aumento 
de peso, gravidez ou uso crônico de medicamentos à base de corticosteroide. 
A estria se forma quando a pele, excessivamente estirada, ultrapassa sua 
capacidade de distensão e se rompe. Suas bordas, ao cicatrizarem, formam uma linha 
deprimida na superfície da pele. Ao contrário do que muitos acreditam, não há cura total 
para o problema. As estrias avermelhadas, mais recentes, apresentam maior resposta ao 
tratamento estético, uma vez que suas células possuem maior capacidade regenerativa. 
Já as estrias brancas, consideradas mais antigas, terão sua aparência amenizada com o 
tratamento. 
 
 
Fonte: www.acorporalle.com.br/ESTETICA/corporais.htm 
 
 
 
 
 
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? GORDURA LOCALIZADA 
 Segundo Kacth & McArdle (1996), apud TRIBESS et al (2003), a gordura 
corporal pode ser classificada no organismo humano sob duas formas: 
 
- GORDURA ESSENCIAL: consiste na gordura armazenada internamente nos 
principais órgãos, intestinos, músculos e nos tecidos ricos em lipídios presentes no 
sistema nervoso central. Este tipo de gordura é indispensável para o funcionamento 
fisiológico satisfatório do organismo. 
 
- GORDURA ARMAZENADA: consiste na gordura estocada no tecido adiposo, 
internamente revestindo vários órgãos e em grande volume na camada de gordura 
subcutânea. 
 
Uma questão importante a ser comentada e que merece destaque nas clínicas de 
estética é justamente a gordura localizada. Bastante comum na população, não é 
encontrada apenas nos indivíduos acima do peso. Pelo contrário, muitas pessoas com 
peso adequado apresentam acúmulo de gordura em determinada região corporal e a 
mesma não sofre muita variação com a prática de atividade física, massagens ou 
emagrecimento. 
 
 
Fonte: http:// www.jiunlimited.com/em/sign_in/índex Acesso em: 17/07/2009 
 
 
 
 
 
 
 
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As causas da gordura localizada são variadas e envolvem alimentação 
inadequada, alterações hormonais, hereditariedade, sedentarismo, etc. A localização da 
“gordura extra” vai depender da característica genética de cada um, sendo mais comum 
na região abdominal, culote, coxas, glúteos, dorso, axilas e joelhos. 
 
Compulsão Alimentar 
 
Objeto de estudo desde 1959, a compulsão alimentar é considerada uma 
patologia dentro do grupo dos transtornos alimentares. Em resumo, foi descrita como 
sendo a ingestão de enormes quantidades de comida em um pequeno espaço de tempo, 
seguida de sentimentos de desconforto físico e autocondenação. 
Ela pode estar presente em vários transtornos do comportamento alimentar, como 
na anorexia, bulimia nervosa e no transtorno da compulsão alimentar periódica. A forma 
mais incontrolável de compulsão alimentar é chamada em inglês de “binge eating” e o 
diagnóstico é comprovado quando há relato de episódios de excesso alimentar pelo 
menos duas vezes por semana nos três últimos meses. 
Estudos demonstram um ciclo característico da doença, onde há a vontade de 
comer algo seguido da ingestão rápida, exagerada e escondida. Após, vem o 
arrependimento, a sensação de raiva de si mesmo, depressão e assim ciclicamente. 
Deve-se ter o cuidado para não incluir no grupo de indivíduos com o problema, todos 
aqueles que se encontram acima do peso ideal e que ingerem grande quantidade de 
alimentos eventualmente. 
Tal comportamento pode ser reflexo da restrição alimentar proporcionada por 
dietas de emagrecimento muito limitadas e não caracterizam a doença. Por outro lado, a 
compulsão pode surgir em indivíduos não obesos e também por ocasião da mesma 
proposta de dieta restrita, associada a uma alimentação desequilibrada. 
Longos períodos de jejum também podem levar a ataques compulsivos, como é o 
caso dos indivíduos que fazem grande privação alimentar durante o dia e que a noite 
comem exageradamente. A “Síndrome do Comer Noturno” vem recebendo a atenção de 
especialistas e suas principais características são o excesso alimentar a noite, a falta de 
 
 
 
 
 
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apetite pela manhã e/ou durante o dia e a insônia. Na realidade, é uma combinação de 
transtorno alimentar, transtorno do sono e do humor. 
O indivíduo com a compulsão alimentar periódica apresenta desequilíbrio 
bioquímico dos neurotransmissores responsáveis pelo controle da saciedade. Quando os 
níveis de serotonina estão baixos, a tendência a ingestão alimentar principalmente de 
doces ou energéticos aparece como um mecanismo de compensação. Sabe-se que 
esses alimentos são estimulantes naturais da serotonina e dopamina. Indivíduos 
depressivos podem desenvolver uma espécie de dependência química com a comida, 
uma vez que a mesma auxilia no equilíbrio dos níveis bioquímicos do cérebro. 
O tratamento da compulsão alimentar envolve equipe multidisciplinar. Há 
necessidade de reeducação alimentar, atividade física regular e orientada, uso de 
medicações quando necessário, terapia e mudança nos hábitos de vida. 
 
Anorexia 
 
A doença ficou conhecida nos anos 70, quando a cantora Karen Carpenter 
morreu de desnutrição causada pela anorexia. Considerada como uma disfunção 
alimentar, não tem uma causa única e envolve aspectos fisiológicos, psicológicos e 
sociais. Afeta principalmente as mulheres, em
especial adolescentes entre 12 e 20 anos e 
sua principal característica é a extrema restrição de alimentos devido ao medo exagerado 
de engordar. 
 
 
 
 
 
 
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Fonte: http://duard.com.br/blog/fotos-anorexia-nervosa 
 
 
Muitas vezes silenciosa, a doença pode levar à morte por carência de nutrientes. 
Implica em tratamento por equipe multidisciplinar e vigilância constante, uma vez que o 
risco de recaída é grande. O uso de medicamentos como os antidepressivos muitas vezes 
é necessário, assim como o acompanhamento nutricional e de terapia psicológica. 
 
 
 Fonte: http://duard.com.br/blog/fotos-anorexia-nervosa 
 
 
 
 Fonte: http://duard.com.br/blog/fotos-anorexia-nervosa 
 
 
 
 
 
 
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O grande empecilho encontrado pelos profissionais de saúde é justamente o fato 
das anoréxicas não entenderem ou não aceitarem que estão doentes. Tal comportamento 
leva geralmente à recusa ao tratamento. 
A questão emocional não deve ser esquecida. Especialistas observaram que 
muitas vezes a repulsa ao alimento, a distorção da imagem corporal e a obsessão pela 
magreza tem fundamentos em situações vividas na infância. Os transtornos alimentares 
podem estar em muitos casos relacionados com separações, violência dentro de casa 
e/ou excesso de insegurança agravado pela família ou ambiente escolar. 
São sintomas comuns na anorexia: 
- Medo exagerado de ganhar peso; 
- Imagem corporal distorcida, excesso de perfeccionismo; 
- Excesso de exercícios físicos; 
- Hábitos alimentares muito severos; 
- Uso de diuréticos, laxantes, hormônios e pílulas para emagrecer; 
- Depressão, tristeza, sentimentos de culpa, tendências suicidas, transtornos de 
ansiedade e alterações de humor, isolamento da família e amigos. 
 
É consequência da desordem causada pela baixa ingestão alimentar: 
- Desnutrição (algumas chegam a pesar cerca de 36 kg ou até menos), pele seca 
e amarelada, cabelos secos, finos e quebradiços; 
- Desidratação; 
- Hipotermia; 
- Hipotensão, bradicardia, arritmia cardíaca; 
- Baixa resistência a infecções; 
- Anemia; 
- Perda de massa muscular; 
- Amenorreia (falta de menstruação); 
- Intolerância ao frio; 
- Infertilidade nos casos mais graves; 
- Redução da motilidade gástricas, constipação crônica; 
 
 
 
 
 
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- Osteoporose, desmineralização óssea; 
- Erosão do esmalte dentário (provocado pelos vômitos), cáries. 
 
Não se pode esquecer a influência do “mundo moderno”, onde muitas vezes a 
beleza está associada ao padrão de magreza acentuada. O profissional de saúde precisa 
ter cuidado redobrado quando se trabalha com a questão estética. Com tantos 
tratamentos e facilidades existentes, é necessário cautela e bom-senso para identificar a 
grande diferença existente entre vaidade e doença. 
 
Bulimia 
 
Muito frequente em mulheres jovens, pode ocorrer também em homens e 
mulheres de mais idade. Embora seja difícil mapear o número real de pessoas que sofrem 
da doença, estima-se que a mesma atinja de 3 a 7% da população. Em 1743 foi descrito 
no Dicionário Médico da Universidade de Londres um quadro clinico denominado “True 
Boulimus” (verdadeira bulimia, em uma tradução livre), caracterizado por intensa 
preocupação com a comida e pela ingestão voraz em um curto espaço de tempo, 
seguidos de períodos de jejum. Também se destacou uma segunda variante “Caninus 
Appetitus”, onde os episódios de voracidade são seguidos pelo comportamento 
compensatório de vômito. 
Nos termos atuais a bulimia corresponde a um transtorno alimentar caracterizado 
por episódios frequentes de grande ingestão de alimentos seguidos de forte sentimento 
de culpa e de um comportamento voltado para se evitar o ganho de peso. Os bulímicos 
provocam vômitos e/ou fazem uso de laxantes ou diuréticos em uma tentativa de 
“eliminar” o que foi consumido. É frequente o excesso de exercícios físicos e/ou períodos 
de restrição alimentar severas. 
Os vômitos autoinduzidos representam o comportamento compensatório mais 
comumente utilizado pelos pacientes que sofrem de bulimia e são provocados geralmente 
após os episódios de compulsão ou várias vezes ao dia. Muitas vezes na bulimia o 
paciente não apresenta redução de peso, o que acaba por dificultar a detecção da 
doença. Ao contrário das anoréxicas, a bulímica geralmente tem bom comportamento 
 
 
 
 
 
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social, afetivo e profissional. Estudos demonstram que muitos pacientes levam até 10 
anos para buscar tratamento. 
O problema envolve uma série de questões e pode trazer consequências sérias 
de saúde se não for descoberto a tempo. São complicações clínicas comuns: 
- Arritmia cardíaca; 
- Inflamação na garganta, esofagite; 
- Vômitos com sangue; 
- Distúrbios eletrolíticos; 
- Face inchada e dolorida, devido à hipertrofia das glândulas parótidas; 
- Cáries dentárias e até perda de dentes; 
- Desidratação; 
- Dores musculares e câimbras. 
 
A causa da doença é multifatorial e envolve questões biológicas, psicológicas, 
familiares e culturais. O tratamento também é multidisciplinar e inclui psicoterapia 
individual ou em grupo, ajuste e acompanhamento nutricional e uso de medicamentos 
quando necessário. Têm sido descritos resultados satisfatórios com o uso de inibidores de 
apetite, mas os estudos ainda não são conclusivos para embasar uma conduta 
terapêutica. 
 
Ortorexia 
 
O termo Ortorexia foi usado pela primeira vez pelo médico americano Steven 
Bratman, em 1998, para designar um grupo de indivíduos que apresentavam uma grande 
preocupação em comer corretamente. O nome deriva das palavras gregas ortho (correto) 
e orexis (apeptite). Considerada um distúrbio psicológico ainda não reconhecido pela 
Organização Mundial de Saúde, a Ortorexia é caracterizada pela obsessão pelos 
alimentos naturais associada a uma forte preocupação com a alimentação saudável. 
O paciente com tal distúrbio começa a restringir da sua dieta todo e qualquer 
alimento que contenha açúcar, agrotóxicos, conservantes, enlatados, substâncias 
 
 
 
 
 
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artificiais e de procedência duvidosa ou desconhecida. Muitos não comem carne por 
duvidarem da ração ingerida pelo animal. 
Geralmente leem atentamente os rótulos de tudo o que compram, mastigam 
dezenas de vezes antes de engolir os alimentos e ainda evitam comer fora de casa por 
não confiarem na procedência da comida. Acreditam verdadeiramente que apenas as 
comidas naturais fazem bem ao organismo. 
Outra característica da doença é o grande problema que esses indivíduos têm 
com a vida social. Por evitarem comer fora de casa, acabam se distanciando de familiares
e amigos. É comum adquirirem comportamento irritadiço e isolamento social. A 
insatisfação afetiva e emocional acaba desencadeando uma preocupação cada vez maior 
com a alimentação, gerando um círculo vicioso. 
Valendo-se da busca incansável pela saúde e com a comprovação dos benefícios 
da alimentação saudável, os ortoréxicos não conseguem encontrar o limite entre o 
cuidado com a dieta e a falta de controle ou obsessão. Tal comportamento acaba gerando 
prejuízos físicos e psíquicos, além da perda da sociabilidade. 
Alguns estudiosos do assunto encontram semelhança entre a anorexia e a 
ortorexia, uma vez que as duas envolvem forte preocupação com alimentos e a sensação 
de culpa quando os “objetivos” não são cumpridos. Os ortoréxicos, no entanto, não têm 
preocupação com o excesso de peso ou percepção errada de seu aspecto físico. 
Alguns estudiosos relatam que muitos ortoréxicos foram anoréticos e ao se 
recuperarem desenvolveram a compulsão por alimentos que supostamente não possam 
lhe causar danos. A ortorexia pode levar a problemas de saúde quando a dieta não 
consegue atingir as necessidades nutricionais. Entre as consequências mais comuns 
estão: 
- desnutrição; 
- anemia; 
- carência de vitaminas e sais minerais. 
 
Pode ocorrer ainda: 
- baixa imunidade; 
- predisposição a osteoporose devido à carência de cálcio; 
 
 
 
 
 
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- problemas renais; 
- ressecamento da pele; 
- distúrbios digestivos; 
- depressão, ansiedade, insônia, hipocondria, fraqueza muscular e apatia crônica. 
 
O profissional de saúde precisa ter sensibilidade para perceber tal problema e 
saber diferenciar a preocupação saudável com a saúde e a obsessão pela mesma. A 
recomendação de tratamento passa por acompanhamento nutricional a fim de corrigir os 
erros e restrições alimentares. É necessário também acompanhamento médico e 
psicológico. 
 
 
 
 
 
------------------FIM DO MÓDULO I------------------ 
 
Nutrição Aplicada à Medicina Estética 02.pdf
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso de Nutrição 
Aplicada à Medicina Estética 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MÓDULO II 
 
Carboidratos 
 
A maior parte da energia consumida pelo organismo no desempenho de 
suas tarefas vem dos carboidratos, também chamados de hidratos de carbono. Na 
dieta, devem suprir de 45 a 65% das necessidades energéticas diárias, podendo 
chegar a 70% em praticantes de exercícios físicos. 
O termo “carboidrato” refere-se a compostos orgânicos constituídos de 
carbono, hidrogênio e oxigênio. Variam de açúcares simples a compostos 
complexos, sendo divididos, conforme o tamanho da molécula em: 
- monossacarídeos 
- dissacarídeos 
- polissacarídeos 
O carboidrato, sob condições normais, é a única fonte de energia utilizada 
pelo cérebro. É a menos dispendiosa, de mais fácil digestão e mais prontamente 
digerida forma de combustível. É importante para o funcionamento do coração e 
todo sistema nervoso. Além da função energética, desempenha função estrutural e 
de reserva. Cada grama fornece 4 Kcal, independente da fonte. 
São armazenados no fígado, músculo (sob a forma de glicogênio) e sangue 
(sob a forma de glicose). São fontes de carboidratos o açúcar, massas, arroz, 
legumes, frutas, cereais e grãos, pão, biscoitos e doces. A baixa ingestão de 
carboidratos implica em uma série de consequências à saúde. Pode ocorrer 
fraqueza, dificuldade de concentração e raciocínio, mau humor, depressão e baixo 
rendimento nas tarefas do dia a dia. 
Na estética, ao contrário do que muitos pensam, a falta deste nutriente 
colabora com a flacidez muscular e aumento da gordura localizada, além de dificultar 
imensamente a redução de peso e os resultados do tratamento. O metabolismo dos 
carboidratos no corpo humano envolve uma grande participação hormonal. 
Destacam-se: 
 
 
 
 
 
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- INSULINA: reduz a glicose sanguínea por aumentar a taxa de utilização da 
glicose para oxidação, glicogênese e lipogênese. 
 
- GLUCAGON: causa aumento da glicemia pelo aumento da glicogenólise e 
neoglicogênese. 
 
- EPINEFRINA: favorece a glicogenólise e reduz a liberação de insulina pelo 
pâncreas, aumentando a glicemia. Em situações de raiva ou medo, é liberada para 
“produção” de energia extra. 
 
- GLICOCORTICOIDES: estimula a neoglicogênese. Reduz a utilização da 
glicose e favorece a proporção na qual a proteína é convertida em glicose, “contra-
atacando” a ação da insulina. 
 
- TIROXINA: sua secreção é aumentada devido a uma redução intensa na 
concentração de glicose sanguínea. Aumenta a glicogenólise e a neoglicogênese, 
aumentando então a concentração de glicose. 
 
 - HORMÔNIO DO CRESCIMENTO: aumenta a glicose sanguínea por 
aumentar a captura de aminoácidos e síntese proteica em todas as células. Desta 
forma, reduz a captura celular de glicose e aumenta a mobilização de gordura para a 
produção de energia. 
 
Nos últimos anos muito tem se falado nas implicações dos carboidratos nas 
dietas de redução de peso e/ou gordura. Atualmente o alvo de maior comentário é o 
chamado Índice Glicêmico dos alimentos (IG), indicador que retrata o impacto 
provocado por um determinado alimento na glicemia pós-prandial. Fatores como a 
composição nutricional, principalmente em relação às fibras solúveis, o nível do 
processamento do alimento, entre outros, podem influenciar os valores do Índice 
Glicêmico. 
 
 
 
 
 
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Alimentos de alto índice glicêmico (> 85) 
Alimentos de moderado índice glicêmico (60-85) 
Alimentos de baixo índice glicêmico (< 60) 
Os carboidratos com baixo índice glicêmico atingem a corrente sanguínea de 
forma lenta e contínua, promovendo a estabilidade da glicemia. Alguns estudos 
sugerem que uma alimentação composta por carboidratos de baixo IG pode reduzir 
os riscos de sobrepeso, diabetes tipo II e câncer de cólon. 
Já os de alto índice glicêmico fazem o pâncreas trabalhar mais para produzir 
insulina e provocam picos de glicemia (hiperglicemia), seguidos de quedas bruscas 
da concentração de glicose no sangue (hipoglicemia). O quadro de hiperinsulinemia 
leva também à redução na mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo para a 
circulação e respectiva oxidação. A hipoglicemia, por sua vez, acarreta sintomas 
como sonolência, tensão nervosa, irritabilidade e estímulo à compulsão
alimentar. 
Pães, massas e cereais refinados são considerados alimentos com alto 
índice glicêmico e devem ser ingeridos com moderação e em horários determinados. 
Já os alimentos ricos em fibras, grãos, massas e pães integrais ou pouco refinados 
possuem baixo ou moderado índice glicêmico e podem ser ingeridos em maior 
quantidade, de acordo com a proposta alimentar. 
 
TABELA DE ÍNDICE GLICÊMICO (IG) 
Fonte: adaptado FAO/WHO, 1998 (www.rgnutri.com.br) 
 
ALIMENTO IG 
cookies 90±3 
cream cracker 99±4 
muffins 88±9 
bolo 87±5 
trigo branco 101±0 
grão de cevada 49±5 
farinha de cevada 95±2 
ALIMENTO IG 
Batata-assada 121±16
Batata-cozida 80±2 
Batata-frita 107 
Batata-doce 77±11 
 milho-fubá 98±1 
arroz branco 81±3 
arroz - baixo teor 126±4 
 
 
 
 
 
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grão de centeio 71±3 
farinha de centeio 92±3 
farinha integral 99±3 
all bran 60±7 
corn flakes 119±5 
musli 80±14 
aveia oat bran 78±8 
mingau de aveia 87±2 
banana 83 ±6 
banana verde 51±8 
banana madura 82±8 
kiwi 75±8 
laranja 62±6 
maçã 52±3 
manga 80±7 
pêssego em calda 67±12 
pera 54±4 
suco de maçã 58±1 
suco de laranja 74±4 
iogurte c/ açúcar 48±1 
iogurte c/ adoçante 27±7 
leite integral 39±9 
leite desnatado 46 
sorvete 84±9 
espaguete branco 59±4 
macarrão 64 
 
amilose 
arroz - alto teor 
amilose 3±5 
arroz instantâneo 
28±4 
arroz parboilizado 
8±4 
mandioca 
15±9 
feijão-cozido 
9±12 
grão-de-bico 
7±2 
grão-de-bico 
enlatado 9±1 
feijão-fava 
2±6 
feijão-fava enlatado 
4 
lentilha 
8±3 
lentilha-verde 
2±6 
lentilha-verde 
enlatada 4 
ervilha-verde-seca 
6±12 
ervilha-verde 
8±7 
soja 
3±3 
 
 
 
 
 
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batata-chips 
7±4 
chocolate 
4±14 
nozes 
1±12 
pipoca 
9 
frutose 
2±2 
glicose 
38±4 
lactose 
5±4 
mel 
04±21 
sacarose 
7±2 
 
 
Fibras 
 
Fibras são componentes vegetais resistentes à ação das enzimas digestivas. 
Logo, embora fundamentais, não são digeríveis pelo organismo humano. A maioria 
são polissacarídeos não amiláceos, exceto a lignina (polímero de alcoóis fenilpropil e 
ácidos). 
São classificadas de acordo com sua solubilidade em água, em solúveis e 
insolúveis. 
- SOLÚVEIS: pectinas, mucilagens, gomas, certas hemiceluloses e psyllium. 
Tem função principal de aumentar o tempo de trânsito intestinal, diminuir o 
 
 
 
 
 
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esvaziamento gástrico, retardar a absorção de glicose, diminuir a glicemia pós-
prandial e reduzir o colesterol sanguíneo. 
- Fonte: frutas, vegetais, aveia, cevada, leguminosas (feijão, ervilha, lentilha), 
farelo de aveia, nozes, sementes. 
 
- INSOLÚVEIS: celulose, algumas pectinas, muitas hemiceluloses e ligninas. 
Tem como principal função a redução do tempo de trânsito intestinal. Por 
aumentarem o volume das fezes, estimulam a propulsão do bolo fecal. Também 
retardam a absorção de glicose e a hidrólise do amido. 
- Fonte: todos os alimentos vegetais, especialmente nos cereais e grãos, 
principalmente os não refinados e frutas consumidas com casca. 
 
Devido às diferenças entre as quantidades de suas frações nos alimentos e 
a magnitude de seus efeitos, a National Academy of Sciences Panel propôs uma 
nova classificação, sugerindo a substituição dos termos solúveis e insolúveis pelos 
termos “viscosas” e “fermentativas”. 
A recomendação atual da DRI (Dietary Reference Intake) é a ingestão diária 
de cerca de 38g para homens e 25g para mulheres, ambos em idade adulta. Outro 
efeito benéfico das fibras são os “prebióticos”, compostos que promovem a saúde, 
estimulando seletivamente o crescimento e/ou atividade de bactérias benéficas da 
flora intestinal. 
Nos tempos modernos, tem se destacado os benefícios dos alimentos ricos 
em fibras para aqueles que desejam reduzir peso. Por serem mais fibrosos, exigem 
maior tempo de mastigação, que por sua vez implica em maior salivação e produção 
de suco gástrico. O resultado é um aumento da sensação de saciedade. Também 
retardam a absorção de calorias e embora apresentem densidade energética menor, 
possuem maior volume, contribuindo para menor ingestão de alimentos. 
Apesar de seus efeitos benéficos, é conhecido que as fibras contêm fitatos, 
componentes antinutricionais que, quando em excesso, prejudicam a 
biodisponibilidade de nutrientes. Seu consumo deve ser incentivado, mas a 
quantidade varia de acordo com as características de cada indivíduo. 
 
 
 
 
 
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TABELA DE FIBRAS 
Fonte: www.fcf.usp.br/tabela 
 
Cereais e derivados 
Alimento Fibra total (g) 
Arroz integral cozido 1,50 g 
Arroz cozido 0,90 g 
Flocos de aveia 6,40 g 
Cereal matinal de milho com 
açúcar 
3,11 g 
Mistura de cereais 8,64 g 
Macarrão cozido 1,20 g 
Farelo de milho 62,75 g 
Milho-verde cozido 2,88 g 
Pão de fôrma (centeio) 5,24 g 
Pão de fôrma (glúten) 2,75 g 
Pão de fôrma integral (trigo) 5,03 g 
Pão de fôrma tradicional (trigo) 2,27 g 
Pão francês (trigo) 3,20 g 
Vegetais e derivados 
Alimento Fibra total (g) 
Alface-lisa 1,20 g 
Batata-cozida 1,90g 
Batata-doce cozida 3,90 g 
Berinjela crua 2,51 g 
Beterraba cozida 1,77 g 
Brócolis cozido 2,86 g 
Cebola crua 1,60 g 
Cenoura crua 1,54 g 
Chuchu cozido 2,10 g 
 
 
 
 
 
34 
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Feijão-carioca cozido 5,90 g 
Feijão-preto cozido 6,00 g 
Grão-de-bico cozido 6,17g 
Lentilha cozida 5,02 g 
Mandioca cozida 1,80 g 
Tomate 1,46 g 
Frutas e derivados 
Alimento Fibra total (g) 
Acerola (polpa) 2,49 g 
Banana maçã-verde 3,63 g 
Banana-nanica 1,80 g 
Banana-prata 2,98 g 
Goiaba branca 5,63 g 
Goiaba vermelha 4,95 g 
Graviola (polpa) 4,31 g 
Laranja 2,20 g 
Maçã 2,20 g 
Manga (polpa) 3,28 g 
 
 
Proteínas 
 
Primeiras substâncias a serem reconhecidas como uma parte vital dos 
tecidos vivos, seu nome tem origem grega e significa “de primordial importância”. A 
base da sua estrutura é o aminoácido, dos quais 20 foram reconhecidos como 
constituintes da maioria das proteínas. Apresentam também, além do carbono, 
hidrogênio e oxigênio, cerca de 16% de nitrogênio, juntamente com enxofre e outros 
elementos como fósforo, ferro e cobalto. 
Os aminoácidos que intervêm na composição das proteínas (existem outros) 
obedecem à estrutura geral representada na figura abaixo: 
 
 
 
 
 
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As proteínas constituem a base estrutural de todos os tecidos e órgãos, além 
de formarem neurotransmissores e hormônios como a insulina e hormônio do 
crescimento. São encontradas ainda no núcleo da célula, transmitem as 
características hereditárias e são responsáveis pela síntese proteica contínua. 
Apresentam ainda função imunológica. 
Na forma de lipoproteínas participam no transporte de triglicerídeos, 
colesterol, fosfolipídios e vitaminas lipossolúveis. Outra função importante é a 
manutenção no equilíbrio ácido-base do sangue e tecidos. Como fonte energética, 
cada grama de proteína fornece 4 kcal e podem ser encontradas sob duas formas: a 
globular e a fibrosa. 
 
- FIBROSA: apresentam pouca solubilidade em água e grande força 
mecânica. Estão em elementos estruturais como colágeno, queratina do cabelo e 
unhas. Apresentam estrutura em zig-zag (figura 1) ou em hélice (figura 2) 
 
 FIG 1 FIG 2 
 Fonte: www.cienciaviva.pt.doc 
 
 
 
 
 
 
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- GLOBULAR: são muito solúveis e facilmente desnaturadas. As principais 
são a caseína do leite, albumina do ovo e albuminas e globulinas do sangue, plasma 
e hemoglobina. 
 
 
 Fonte: www.cienciaviva.pt.doc 
 
 
As proteínas globulares formam as quase 2.000 enzimas diferentes que são 
responsáveis por desempenhar funções específicas, acelerando e regulando 
reações químicas e conferindo a determinados tecidos sua capacidade metabólica. 
Apesar das proteínas apresentarem estruturas e funções bastante diversificadas, 
elas são sintetizadas, conforme dito anteriormente, a partir de apenas 20 
aminoácidos diferentes. 
Todos estes, devem estar simultaneamente presentes na célula para que 
aconteça a síntese proteica. Nove deles não podem ser sintetizados pelo organismo 
humano, portanto deverão ser obtidos através da dieta. Recebem o nome de 
aminoácidos essenciais. Além disso, o corpo sintetiza cisteína e tirosina a partir de 
dois outros aminoácidos essenciais, a metionina e fenilalanina respectivamente. 
Outros nove podem ser produzidos pelo corpo, a partir de compostos 
intermediários, oriundos do metabolismo de carboidratos e lipídios. Estes nove 
aminoácidos sintetizados pelo organismo e os dois que são sintetizados a partir de 
aminoácidos essenciais são chamados de aminoácidos não-essenciais. 
As propriedades que melhor definem a qualidade nutricional de um alimento 
em termos proteicos são sua digestibilidade e seu valor biológico. A digestibilidade é 
a medida do percentual da proteína ingerida e efetivamente absorvida no trato 
gastrointestinal. Já o valor biológico refere-se à integridade com que o alimento 
fornece os aminoácidos essenciais. 
 
 
 
 
 
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Carnes, leite e derivados, ovos e soja são os alimentos mais ricos em 
proteínas, seguido de longe por alguns grãos e cereais e por último frutas e 
tubérculos. A deficiência da ingestão proteica leva o organismo a uma série de 
problemas. Dentre eles, destaca-se a desnutrição proteico-energética, agravada 
muitas vezes por processos infecciosos e outras deficiências nutricionais. 
 
Lipídios 
 
As gorduras (lipídios) são substâncias abundantes em animais e vegetais, 
oleosas, insolúveis em água e não-voláteis. Compreendem os óleos, as gorduras e 
outras substâncias semelhantes. Desempenham funções importantes como 
transportar e armazenar as vitaminas lipossolúveis (A, D, E,e K). 
As gorduras fornecem elementos essenciais para a formação de células do 
sistema imunológico, são constituintes das membranas das células e reduzem a 
perda de calor no organismo, funcionando como isolante térmico. Além disso, a 
gordura serve como fonte eficiente de energia quando armazenada no tecido 
adiposo. 
O teor de gordura do tecido nervoso é particularmente elevado. Modulam 
ainda os níveis sanguíneos de testosterona e outros hormônios sexuais, que 
também desempenham papel na hipertrofia muscular. A maioria dos lipídios é 
derivada ou possui em sua estrutura ÁCIDOS GRAXOS. Estes são a maior fonte de 
energia para o tecido muscular, mesmo quando a glicose está disponível. Também 
são considerados lipídios os triglicerídeos, lipídios compostos, esteróis e lipídios 
sintéticos. 
Quanto à extensão da cadeia, os ácidos graxos classificam-se em: 
- ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA CURTA: com 4 a 8 átomos de carbono. 
Ex: gorduras de laticínios 
- ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA MÉDIA: de 8 a 12 carbonos. 
Ex: óleo de coco e de palmeira 
- ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA LONGA: mais de 12 átomos de carbono. 
Ex: muitos tipos de gorduras de origem animal. 
 
 
 
 
 
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A existência ou não de duplas ligações na cadeia determina o grau de 
saturação do ácido graxo em: 
- saturado: nenhuma dupla ligação 
- insaturado: com uma ou mais duplas ligações. Este ainda se subdivide 
em: 
 - monoinsaturados: com apenas uma dupla ligação 
- poli-insaturados: contém duas ou mais duplas ligações 
 
 
 
 
A ênfase dada aos ácidos graxos poli-insaturados ocorre devido ao fato do 
organismo humano não poder sintetizá-lo. As duas classes de ácidos poli-
insaturados essenciais são o ômega-6 (ácido linoleico) e o ômega-3 (ácido 
linolênico e derivados). O ácido linoleico é comum no reino vegetal, especialmente 
em sementes vegetais, enquanto que o linolênico e derivados podem ser 
encontrados em folhas, em poucas sementes oleaginosas, mas principalmente em 
peixe de águas geladas de grande profundidade. 
Em resumo, existem 4 tipos de gorduras nos alimentos, todas fornecendo 9 
Kcal por grama, mas com atuações diferentes: 
- Gorduras saturadas: estão presentes naturalmente nos alimentos de 
origem animal (carnes, leite integral, manteiga, creme de leite, iogurte integral, 
queijos amarelos, bacon), azeite de dendê, coco, óleo de coco e banha; 
 
 
 
 
 
 
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- Gorduras Poli-insaturadas: estão presentes na maioria dos óleos 
vegetais e margarinas; 
 
- Gorduras Monoinsaturadas: encontram-se no azeite de oliva extravirgem 
e processado a frio, óleo de canola, abacate, nozes, castanhas e sementes (linhaça, 
girassol, abóbora, gergelim); 
 
 - Gorduras "Trans" / Hidrogenadas: são produzidas artificialmente e 
adicionadas à maioria dos produtos industrializados. 
 
 As Gorduras Saturadas e Hidrogenadas têm ação semelhante e não são 
saudáveis. “Entopem” artérias, elevam o colesterol e os triglicérides do sangue. No 
planejamento de uma alimentação saudável devem estar numa proporção abaixo de 
7% do valor calórico total diário. As Gorduras Poli-insaturadas e as Monoinsaturadas 
são benéficas. As Poli-insaturadas devem estar numa proporção abaixo de 10% do 
valor calórico total diário e as Monoinsaturadas, acima de 10%. 
As gorduras Monoinsaturadas têm
a vantagem de proteger as artérias, 
aumentar o "bom" colesterol (HDL-Colesterol) e diminuir o colesterol "ruim" (LDL - 
Colesterol). Sabe-se que quase todos os lipídios da dieta são absorvidos da mucosa 
intestinal para o sistema linfático, exceto os ácidos graxos de cadeia média, que são 
absorvidos diretamente para circulação portal. 
O transporte para a linfa ocorre através dos quilomícrons (são as 
lipoproteínas sintetizadas pelas células intestinais, contendo cerca de 70% de 
triglicerídeos, fosfolipídios, colesterol e seus ésteres) com uma pequena quantidade 
de proteínas (MONTEIRO & ROSADO, 1993; SCHAUF, MOFFET & MOFFETT, 
1993; KATCH & McARDLE, 1996; McARDLE, KATCH & KATCH, 1998). 
As lipoproteínas A e B são absorvidas para sua superfície externa e 
conduzidas pelo sangue venoso para o fígado ou removidas para o tecido adiposo. 
No fígado, os lipídios podem ser metabolizados, armazenados ou convertidos a 
lipoproteínas que são transportadas no sangue para os tecidos. 
As lipoproteínas são classificadas em quatro tipos: 
 
 
 
 
 
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- Quilomícrons 
 
- Alfalipoproteínas ou HDL (high density lipoprotein) ou LAD (lipoproteína de 
alta densidade): contêm mais proteína e menor quantidade de colesterol e 
triglicerídeos. Atua “retirando” o colesterol da circulação. Seus níveis aumentados 
estão relacionados com o menor risco de doenças cardiovasculares. 
 
- Betalipoproteínas ou LDL (low density lipoprotein) ou LBD (lipoproteína de 
baixa densidade): contêm mais colesterol e triglicerídeos do que proteínas. É a 
principal transportadora de colesterol e seus níveis aumentados no sangue 
aumentam o risco de doenças cardiovasculares. 
 
- Prebetalipoproteínas ou VLDL (very low density lipoprotein) ou LMBD 
(lipoproteína de muito baixa densidade) contêm mais triglicerídeos do que colesterol. 
 
A alta densidade da HDL tem uma ação protetora na aterosclerose. Estudos 
comprovam que estas lipoproteínas removem colesterol sérico para o fígado antes 
que eles se depositem nas artérias. 
Hormônios estão envolvidos no metabolismo dos lipídios: 
- INSULINA: aumenta a lipogênese e inibe lipólise pelo tecido adiposo, o que 
também reduz a ação da lípase hormônio sensível; 
- TIROXINA: aumenta a taxa de metabolismo celular e, portanto, a 
mobilização de gordura; 
- GLICOCORTICOIDE: aumenta a taxa de mobilização de gordura por 
majorar a permeabilidade da membrana celular adiposa; 
- EPINEFRINA/NOREPINEFRINA/ADRENOCORTICOIDES: aumentam a 
mobilização de gordura por estimular a atividade da lípase hormônio sensível; 
- HORMÔNIO DO CRESCIMENTO: tem efeito lipolítico. 
 
 
 
 
 
 
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O avanço da ciência propiciou uma série de mudanças e o surgimento de 
uma análise diferenciada dos lipídios em todo aporte calórico do indivíduo. Uma 
busca incansável tenta definir da melhor forma possível as cotas dietéticas 
consideradas ideais. 
 
Vitaminas e Sais Minerais 
 
Vitaminas são elementos nutritivos essenciais para a vida (VITA), que na 
sua maioria possuem na estrutura compostos nitrogenados (AMINAS), os quais o 
corpo não é capaz de sintetizar e que, se faltarem na dieta, levam ao aparecimento 
de manifestações de carência no organismo. 
O corpo humano recebe vitaminas através da alimentação, por 
administração exógena (injeção ou via oral), ou por aproveitamento das vitaminas 
formadas pela flora intestinal (algumas vitaminas podem ser produzidas nos 
intestinos de cada indivíduo pela ação da flora intestinal sobre restos alimentares). 
Embora apresentem estruturas químicas diferentes, algumas características 
são comuns a todas as vitaminas, como por exemplo, o fato de não liberarem 
energia e não sofrerem alterações estruturais durante o processo metabólico. 
Também são indispensáveis ao desenvolvimento dos processos químicos que 
constituem o metabolismo humano, atuando como substâncias reguladoras das 
reações químicas celulares. 
As vitaminas são armazenadas em pequeno grau por todas as células. 
Algumas são armazenadas em maior grau no fígado. A vitamina “A” armazenada no 
fígado, por exemplo, pode ser suficiente para manter uma pessoa sem qualquer 
ingestão da mesma durante cinco a dez meses. 
As vitaminas são classificadas em dois grupos, de acordo com a sua 
solubilidade: 
- lipossolúveis: A, D, E, K 
- hidrossolúveis: vitamina C e do Complexo B 
 
 
 
 
 
 
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Pessoas saudáveis, que seguem uma dieta balanceada, não necessitam de 
suplementação de vitaminas. No entanto, a mesma pode ser necessária em 
momentos de vida específicos, como: 
- velhice; 
- gestação; 
- amamentação; 
- adolescência; 
- existência de determinadas patologias; 
- atletas e praticantes de exercícios intensos; 
- pacientes que realizam regimes rigorosos e que não conseguem através da 
dieta atingir as necessidades nutricionais. 
 
As principais causas da deficiência de vitaminas são a ingestão insuficiente 
e/ou a absorção deficiente. A manifestação clínica da deficiência vitamínica é 
raramente observada, e as deficiências sub-clínicas são difíceis de serem 
detectadas. O uso excessivo de uma ou mais vitaminas pode causar deficiência 
relativa de outros nutrientes essenciais. Vale ainda ressaltar que altas doses de 
minerais, vitaminas lipossolúveis e algumas hidrossolúveis são tóxicas. 
Veja abaixo a descrição das vitaminas e suas fontes: 
 - VITAMINA A: atua sobre a pele, retina e mucosas. Aumenta ainda a 
resistência a agentes infecciosos. 
 Fontes: manteiga, leite, iogurte, gema de ovo, fígado, espinafre, 
chicória, tomate, mamão, batata, cará, abóbora, cenoura, sardinha e demais 
vegetais de coloração alaranjada. 
 
 - VITAMINA D: promove a absorção do cálcio, sendo essencial para a 
saúde de ossos e dentes. 
 Fontes: óleo de fígado de peixes, leite, manteiga, gema de ovo, 
salmão, sardinha, atum. 
 
 
 
 
 
 
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 - VITAMINA E: antioxidante, favorece o bom funcionamento do tecido 
muscular, auxilia na fertilidade. 
 Fontes: gérmen de trigo, nozes, carnes, amendoim, óleo, gema de ovo, 
avelãs, castanhas, folhas verdes, batata-doce, leite, cereais integrais, aveia, 
abacate. 
 
 - VITAMINA K: indispensável para a coagulação sanguínea. 
 Fontes: fígado, ovo, vegetais de folhas verdes, couve-flor, tomate, arroz 
integral, óleos vegetais, sementes de soja, chá-verde, aveia, trigo integral, etc. 
 
 - VITAMINA B1 OU TIAMINA: auxilia no metabolismo dos carboidratos, 
favorece absorção de oxigênio pelo cérebro, equilibra sistema nervoso e assegura o 
crescimento. 
 Fontes: Carne de porco, cereais integrais, nozes, lentilha, soja, gema 
de ovo, ervilhas, feijão, pão integral, fígado, rins, peixes, amendoins, verduras 
amargas. 
 
 - VITAMINA B2 OU RIBOFLAVINA: favorece o metabolismo de 
açúcares, gorduras e proteínas. É importante para a saúde dos olhos,
pele, boca e 
cabelos. 
 Fontes: fígado, rim, levedo de cerveja, arroz, aveia, cevada, trigo, leite, 
ovos, semente de girassol, ervilhas, couves e repolho. 
 
 - VITAMINA B3 OU NIACINA: favorece o metabolismo de carboidratos 
e gorduras. 
 Fontes: levedo de cerveja, fígado, rim, ovo, coração, cereais integrais. 
 
 - VITAMINA B6 OU PIRIDOXINA: permite assimilação de proteínas e 
gorduras. 
 Fontes: carne de vaca e porco, fígado, cereais integrais, batata, 
banana, gérmen de trigo, aveia, leite. 
 
 
 
 
 
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 - VITAMINA B12 OU CIANOCOBALAMINA: necessária para boa 
manutenção do sistema nervoso. Colabora na formação de glóbulos vermelhos e na 
síntese do ácido nucleico. 
 Fontes: carne vermelha, fígado, ovo, leite, peixes, aveia. 
 
 - ÁCIDO FÓLICO: atua na formação de glóbulos vermelhos. 
 Fontes: carnes, fígado, leguminosas, vegetais de folhas escuras, 
melão, banana. 
 
- VITAMINA B5 OU ÁCIDO PANTOTÊNICO: ajuda a controlar a 
resposta do organismo ao stress e ainda auxilia no metabolismo das proteínas, 
gorduras e carboidratos. 
 Fontes: fígado, cogumelos, milho, abacate, frango, ovos, leite, vegetais, 
legumes em geral, cereais de grão. 
 
 - VITAMINA B7 OU BIOTINA: participa do metabolismo das proteínas 
e carboidratos. 
 Fontes: fígado e rim, gema de ovo, batata, banana, amendoim. 
 
 - VITAMINA C OU ÁCIDO ASCÓRBICO: conserva vasos sanguíneos e 
tecidos, aumenta a absorção do ferro, melhora as defesas imunológicas, favorece 
cicatrização e crescimento de ossos. 
 Fontes: acerola, mamão, laranja, limão, melão, brócolis, morangos, 
manga, kiwi, pimentão, couve, grapefruit, caju, goiaba, ervilha, abacaxi, agrião, etc. 
 
 - VITAMINA B15 OU ÁCIDO PANGÂNICO: sua forma estrutural não é 
conhecida. Intervém como biocatalisador nos processos de transmetilação, como 
antianóxico na anoxia histiotóxica. 
 Fontes: sementes do damasco e alimentos ricos nas demais vitaminas 
do complexo B. 
 
 
 
 
 
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 - VITAMINA F: considerada vitamina por ser vital e depender de 
suprimento externo. Designa a atividade de vários ácidos graxos essenciais poli-
insaturados, atuando especialmente na prevenção de aterosclerose em animais. 
Não são descritas deficiência de vitamina F em humanos. 
 
 - “VITAMINA P” OU BIOFLAVONOIDES, CITRINA: constituem um 
grupo de compostos que contribui para a manutenção das condições normais dos 
vasos sanguíneos, reduzindo a permeabilidade capilar. 
 Fontes: vegetais, pigmentos de flores e frutas, laranja, limão, etc. 
 
Os sais minerais são elementos que desempenham diversas funções 
essenciais no organismo, tanto como íons dissolvidos em líquidos orgânicos como 
constituintes de compostos essenciais. Alguns minerais como sódio, potássio, cálcio, 
fósforo, cloro e magnésio são considerados macronutrientes por serem necessários 
em grande quantidade ao organismo (100 mg/dia ou mais). São chamados de 
macrominerais. 
Outros micronutrientes como ferro, zinco, cobre, manganês, molibdênio, 
selênio, iodo e flúor, necessários ao organismo em pequenas quantidades, sendo, 
portanto chamados de microminerais. Podem estar presentes no corpo combinados 
como compostos orgânicos (proteínas, vitaminas, lipídios etc), na forma de 
compostos inorgânicos (outros minerais) e na forma livre. 
Os sais minerais encontram-se livremente na natureza, nas águas dos rios, 
lagos e oceanos, e entre as camadas superficiais da terra. A ação dos sais minerais 
no organismo é a de participar na constituição dos ossos e dentes, de certos tecidos 
moles do organismo (músculos, por exemplo), agir como cofatores de certas 
enzimas, atuar no processo de contração vascular, controlar os movimentos dos 
fluídos do corpo etc. Cada órgão, tecido, célula de nosso corpo necessita de 
minerais. 
Abaixo, os principais: 
 
 
 
 
 
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- CÁLCIO: atua na estruturação de tecidos, ossos e dentes, age na 
coagulação do sangue e oxigenação dos tecidos. É importante (junto com o fósforo) 
no equilíbrio e ainda tem importância no controle dos batimentos cardíacos. 
Fontes: leite e derivados, vegetais de coloração verde-escura, aveia, 
beterraba, milho, etc. 
 
- COBALTO: constituinte da cianocobalamina, é essencial para a função 
normal de todas as células. 
Fontes: fígado, rins, ostras, mariscos, aves, leite e na vitamina B12. 
 
- FÓSFORO: atua na formação de ossos e dentes. É indispensável para 
sistema nervoso e muscular. Também participa do funcionamento dos rins, 
manutenção da regularidade dos batimentos cardíacos. 
Fontes: carnes, miúdos, aves, peixes, ovos, leguminosas, queijo, cereais 
integrais, frutas secas e soja. 
 
- FERRO: indispensável na formação do sangue. Atua como veiculador de 
oxigênio para todo o organismo. 
Fontes: fígado, coração, gema de ovo, leguminosas, verduras, nozes, frutas 
secas, carne (principalmente vermelhas), melaço, pão de trigo integral. 
 
- IODO: papel importante no funcionamento da glândula tireoide. Ativa 
também funcionamento cerebral, permite que músculos armazenem oxigênio e evita 
a deposição de gordura nos tecidos. 
Fontes: agrião, alcachofra, alface, alho, cebola, cenoura, ervilha, aspargo, 
rabanete, tomate, vagem, nabo, peixes, frutos do mar, sal marinho. 
 
- POTÁSSIO: atua associado ao sódio, regularizando batimentos cardíacos 
e sistema muscular. Contribui para formação de células. Tem papel importante na 
excitabilidade neuromuscular e na regulação do teor de água no organismo. 
 
 
 
 
 
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Fontes: Azeitona verde, ameixa seca, ervilha, figo, lentilha, espinafre, 
banana, laranja, tomate, carnes, vinagre de maçã, arroz integral. 
 
- MAGNÉSIO: necessário para mais de 300 processos biológicos, atua na 
produção de ATP e contração muscular. Tem participação na formação de tecidos, 
ossos e dentes, ajuda a metabolizar os carboidratos. 
Fontes: amêndoas, nozes, frutas, leite, cereais em grãos e vegetais. Existem 
também suplementos de magnésio. 
 
- MANGANÊS: importante para o crescimento, metabolismo de açúcares e 
lipídios, intervém no aproveitamento do cálcio, fósforo e vitamina B1, ativa diversas 
enzimas. 
Fontes: folha de beterraba, cereais integrais, castanhas, legumes, frutas, 
chás. 
 
- ZINCO: constituinte de diversas enzimas e insulina, importante no 
metabolismo dos ácidos nucleicos. 
Fontes: farelo de trigo, carnes, fígado, peixe, ovo, leguminosas, nozes. 
 
- SILÍCIO: age na formação dos vasos e artérias e é responsável pela sua 
elasticidade. Atua na formação da pele, das membranas, unhas e cabelos. 
Fontes: Amora, aveia, escarola, alface, abóbora, azeitona, cebola. 
 
- FLÚOR: forma ossos e dentes, pode minimizar perdas ósseas. 
Fontes: Agrião, alho, aveia, brócolis, beterraba, cebola, couve-flor, maçã, 
trigo integral. 
 
- COBRE: Age na formação da hemoglobina

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