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Técnicas de Construções Materiais de Construção Civi l Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Civil Disciplina: Construções Rurais 1 1 – Introdução “Da qualidade dos materiais empregados irá depender a solidez, a durabilidade, o custo e o acabamento da obra. Uma parede pode ser feita com diferentes materiais, mas a cada um corresponderão diferentes qualidades e diferentes aparências.” 2 1 – Introdução Cabe aos materiais atender as condições pedidas com uma aparência agradável e durabilidade. Exemplo: Estruturas de Concreto Requisitos NBR15.575/2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho Tabela - Prazos de vida útil de projeto 3 1 – Introdução Para alcançar o objetivo desejado é preciso conhecer: Forças atuantes (vento, clima, carga, etc) Forças internas (tensões) É importante atentar-se à resistência do material 4 Caixa d’água - Indaiatuba 1 – Introdução 5 Estrutura metálica - Arena Corinthians, em Itaquera 1 – Introdução 6 Estrutura de concreto – Belo Horizonte 1 – Introdução 7 Estrutura de madeira - Canguçu 1 – Introdução Os materiais de construção são definidos como todo e qualquer material utilizado na construção de uma edificação, desde a locação e infraestrutura da obra até a fase de acabamento. Podem ser simples ou compostos. Com a evolução do homem surgem necessidades que levam à transformação desses materiais de uma maneira simplificada, a fim de facilitar seu uso ou de criar novos materiais a partir deles. 8 1 – Introdução A escolha dos materiais deve levar em consideração: Condições técnicas Condições econômicas Condições estéticas O material deve possuir propriedades que o tornem adequado ao uso. Ex.: Resistência, trabalhabilidade, durabilidade. O material deve satisfazer as necessidades de sua aplicação com custo reduzido de aquisição, aplicação e manutenção. O material deve proporcionar uma aparência agradável e conforto ao ambiente onde for aplicado. 9 1 – Introdução Os materiais podem ser classificados de acordo com diferentes critérios. As principais classificação referem-se à origem e à função dos materiais. 10 1 – Introdução Classificação quanto à origem: Naturais Artificiais Combinados São aqueles encontrados na natureza, pronto para serem utilizados. Ex.: areia, pedra e madeira. São os materiais obtidos por processos industriais. Ex.: tijolos, telhas e aço. São os materiais obtidos pela combinação entre materiais naturais e artificiais. Ex.: concreto e argamassa. 11 1 – Introdução Classificação quanto à função: Materiais de vedação Materiais de proteção Materiais com função estrutural São aqueles que não tem função estrutural, servindo para isolar e fechar os ambientes nos quais são empregados. Ex.: tijolo de vedação e vidros São utilizados para proteger, aumentar a durabilidade e a vida útil da edificação. Ex.: tintas e produtos de impermeabilização. São aqueles que suportam as cargas e demais esforços atuantes na estrutura. Ex.: madeira, aço e concreto. 12 2 – Propriedades gerais dos corpos Extensão: propriedade dos corpos de ocuparem um lugar no espaço (volume). Dureza: definida como a resistência que os corpos opõem ao serem riscados. Tenacidade: resistência que o material opõem ao choque, ou seja, o impacto necessário para levar um material à ruptura (energia que um material pode absorver antes de fraturar). Ductibilidade: é a propriedade que representa o grau de deformação que um material suporta até o momento de sua fratura. Materiais que suportam pouca ou nenhuma deformação no processo de ensaio de tração são considerados materiais frágeis. 13 2 – Propriedades gerais dos corpos Porosidade: propriedade que tem a matéria de não ser contínua, havendo espaço entre as massas (vazios). Durabilidade: capacidade que os corpos apresentam de permanecerem inalterados com o tempo. Desgaste: perda de qualidades ou de dimensões com o uso contínuo. Plasticidade ou Maleabilidade: capacidade que têm os corpos de se reduzirem a fios sem se romperem. Elasticidade: tendência que os corpos apresentam de retornar à forma primitiva após a aplicação de um esforço. Impenetrabilidade: propriedade que indica não ser possível que dois corpos ocupem o mesmo lugar no espaço. 14 2 – Propriedades gerais dos corpos Tensão: P/S (relação entre esforço aplicado e área da seção resistente). Massa: quantidade de matéria constante em um corpo. Peso: força que a massa é atraída para o centro da terra. Volume: espaço que ocupa determinada quantidade de matéria. 15 2 – Propriedades gerais dos corpos Peso específico: é o peso da unidade de volume aparente, isto é, incluindo no volume os vazios entre os grãos. [g/cm³] Peso específico γ = peso volume Determinação: através de recipientes cilíndricos ou paralelepípedos; Importância: permite converter as composições das argamassas e concretos em peso para volume e vice-versa; Valor médio: − areia média em estado seco: g = 1,5 g/cm³ ou 1.500 kg/m³; − areia fina em estado seco: g = 1,4 g/cm³ ou 1.400 kg/m³. 16 2 – Propriedades gerais dos corpos Massa específica: é a massa da unidade de volume, excluindo deste os vazios permeáveis e os vazios entre os grãos. [g/cm³] Massa específica γo = massa volume Determinação: através do picnômetro, balança hidrostática ou frasco de Chapman; Valor médio: 𝛾𝑜= 2,65 g/cm³ ou 2650 kg/m³. 17 2 – Propriedades gerais dos corpos Esforços mecânicos Compressão: esforço aplicado na mesma direção e sentido contrário que leva a um “encurtamento” do objeto na direção em que está aplicado Tração: esforço aplicado na mesma direção e sentido contrário que leva a um alongamento do objeto na direção em que está aplicado 18 2 – Propriedades gerais dos corpos Esforços mecânicos Flexão: esforço que provoca uma deformação na direção perpendicular ao qual é aplicado Torção: esforço aplicado no sentido da rotação do material. Cisalhamento: esforço que provoca a ruptura por cisalhamento. 19 3 – Aglomerantes Um aglomerante ou ligante é um material que tem a finalidade a aglutinação de outros materiais (agregados), influenciando desta forma a resistência do material resultante. Asfaltos Cal Gesso Cimento Portland 20 3 – Aglomerantes São produtos empregados para rejuntar alvenarias ou para execução de revestimentos de peças estruturais. Apresenta-se sob a forma pulverulenta e, quando misturados com água, formam pasta capaz de endurecer por simples secagem, ou, o que é mais geral em consequência de reações químicas, aderindo às superfícies com as quais foram postas em contato. Classificação: Quimicamente inertes: barro cru. Quimicamente ativos: cal, gesso, cimento. 21 3 – Aglomerantes Asfaltos: Matéria hidrocarbonada da cor preta, presente em muitos petróleos crus. Removendo os óleos solventes, obtém o asfalto. Poderoso ligante (elemento aglutinante ativo) Altamente impermeável Consistência plástica empresta uma flexibilidade controlável Rapidamente adesivo Alta durabilidade Elevada resistência ao ataque da maioria dos ácidos, álcalis e sais 22 3 – Aglomerantes Asfaltos: Cimento asfáltico: termoplástico, variando a consistência de firme a duro, em temperatura normais, devem ser aquecidos até atingir a condição de fluídos convenientes ao seu emprego. Aplicados em tratamento especial e construção de camadas asfálticas de pavimentos rodoviários e urbanos. Asfalto líquido: a fase semi-sólida de materiais se encontra dissolvidaem óleos de graus de volatilidade variada, conforme sejam as variedades de cura (lenta, média ou rápida). Aplicado em preenchimento de trincas couro de jacaré. Emulsões asfálticas: misturas homogêneas de cimento asfáltico e água com uma pequena quantidade de agente emulsificador, normalmente usado como ajuda no processo de fabricação. Aplicadas em pintura de ligação e tratamentos superficiais simples. 23 3 – Aglomerantes Asfaltos: Aplicações: Pavimentação, impermeabilização, isolamento elétrico e outras... 24 3 – Aglomerantes Cal: Aglomerante simples resultado da calcinação de rochas calcárias Aglomerantes aéreos: necessitam da presença do ar para endurecer. Gesso Cal aérea Aglomerantes hidráulico: são materiais pulverulentos (pó fino) que, misturados com água, formam uma pasta capaz de endurecer por secagem natural. Provocam reação química que libera calor. Estes resistem satisfatoriamente à presenção de água. Não necessitam da presença de ar para endurecer. Cal hudráulica Cimento 25 3.1 – Aglomerantes aéreos Gesso Sulfatos mais ou menos hidratados e anidros de cálcio Produto da calcinação da gipsita Matéria prima: Gipsita, um sulfato de cálcio com duas moléculas de água, acompanhado de impurezas, não ultrapassando 6%; Produto com jazidas escassas no Brasil Propriedades: Solubilização em água Boa aderência Bom isolante térmico e acústico Considerável resistência ao fogo Utilização: Cobrir paredes, chapas para paredes e tetos. Usados exclusivamente para interiores e não podem ter função estrutural; Resistência: - tração: 14 kgf/cm²; - compressão: 70 kgf/cm². 26 3.1 – Aglomerantes aéreos Cal: Aglomerante simples resultado da calcinação de rochas calcárias Composição química: Cal cálcica: mínimo 75% de CaO CaO + MgO = =95% Cál magmesiana: mínimo 20%MgO 5% componentes argilosos Cal viva: Conhecida como “cal virgem” ou “cal aérea”. Fabricação: CaCO3 + Calor CaO + Co2 Não tem aplicação direta em construções, sendo necessário antes de usá-la, fazer a “extinção” ou “hidratação” pelo menos 48 horas antes do uso. Utilização: sob a forma de pasta ou mistura com areia (argamassa), para revestimento e rejuntamento de alvenarias. Pega: faz-se ao ar. Resitência: - tração: 2 a 5 kgf/cm² - compressão: 30 kgf/cm² em 28 dias A hidratação da cal viva é extremamente violenta 27 3.2 – Aglomerantes hidráulicos Cal: Cal Hidratada (utilizada na construção civil) CaO + H2O Ca(OH)2 + 63.7kJ/mol de CaO + Aumento de Vol Os aglomerantes hidráulicos, como a cal hidráulica e os cimentos, resistem satisfatoriamente quando empregados dentro d'água. Nos aglomerantes hidráulicos, o endurecimento resulta da ação da água. Na categoria dos aglomerantes hidráulicos, a denominação aplica-se aos que precisam ser moídos depois do cozimento. Pega: Dá-se o nome de pega aos aglomerantes que endurecem sob a ação da água à fase inicial do processo, ou seja, a transformação da pasta plástica em corpo sólido. 28 3 – Aglomerantes Cal Trabalhabilidade Reduz efeitos da retração Cuidados no armazenamento Local fechado Longe do solo 29 3 – Aglomerantes Gesso 30 3.2 – Aglomerantes hidráulicos Cimento O cimento Portland é um material pulverulento, constituído de silicatos e aluminatos de cálcio, praticamente sem cal livre. Esses silicatos e aluminatos complexos, ao serem misturados com água, hidratam-se e produzem o endurecimento da massa, que oferece, então, elevada resistência mecânica. Resultado da pulverização do Clinker 31 3.2 – Aglomerantes hidráulicos Cimento Fabricação: É obtido pelo cozimento da mistura calcário-argilosa, convenientemente proporcionada, até a fusão parcial (cerca de 1.450 oC), seguida de moagem e de pequena adição de gesso para regular a pega. Consta de silicatos e aluminatos de cálcio, praticamente sem cal livre, predominando em quantidade e importância os silicatos. Etapas de fabricação: Extração da matéria prima (materiais calcários e argilosos) Britagem Moedura e mistura Queima Moedura do Clinker Expedição 32 3 – Aglomerantes hidráulicos Cimento Pega: momento em que a pasta adquire certa consistência que a torna imprópria ao trabalho Aditivos: Aceleradores de pega Retardadores de pega Endurecimento (reação exotérmica) Elementos agressivos: água e solo 33 3 – Aglomerantes hidráulicos Cimento 34 3 – Aglomerantes hidráulicos Tipos de Cimento Cimento Portland comum (CP-I) O CP-I, é o tipo mais básico de cimento Portland, indicado para o uso em construções que não requeiram condições especiais e não apresentem ambientes desfavoráveis como exposição à águas subterrâneas, esgotos, água do mar ou qualquer outro meio com presença de sulfatos. A única adição presente no CP-I é o gesso (cerca de 3%, que também está presente nos demais tipos de cimento Portland). O gesso atua como um retardador de pega, evitando a reação imediata da hidratação do cimento. ABNT NBR 5732. 35 3 – Aglomerantes hidráulicos Tipos de Cimento Cimento portland comum com adição (CP I-S) O CP I-S, tem a mesma composição do CP I (clínquer+gesso), porém com adição reduzida de material pozolânico (de 1 a 5% em massa). Este tipo de cimento tem menor permeabilidade devido à adição de pozolana. ABNT NBR 5732 36 3 – Aglomerantes hidráulicos Tipos de Cimento Cimento portland composto com escória (CP II-E) Os cimentos CP II são ditos compostos pois apresentam, além da sua composição básica (clínquer+gesso), a adição de outro material. O CP II-E, contém adição de escória granulada de alto-forno, o que lhe confere a propriedade de baixo calor de hidratação. O CP II-E é composto de 94% à 56% de clínquer+gesso e 6% à 34% de escória, podendo ou não ter adição de material carbonático no limite máximo de 10% em massa. O CP II-E, é recomendado para estruturas que exijam um desprendimento de calor moderadamente lento. ABNT NBR 11578. 37 3 – Aglomerantes hidráulicos Tipos de Cimento Cimento portland composto com pozolana (CP II-Z) O CP II-Z contém adição de material pozolânico que varia de 6% à 14% em massa, o que confere ao cimento menor permeabilidade, sendo ideal para obras subterrâneas, principalmente com presença de água, inclusive marítimas. O cimento CP II-Z, também pode conter adição de material carbonático (fíler) no limite máximo de 10% em massa. ABNT NBR 11578. 38 3 – Aglomerantes hidráulicos Tipos de Cimento Cimento portland composto com fíler (CP II-F) O CP II-E é composto de 90% à 94% de clínquer+gesso com adição de 6% a 10% de material carbonático (fíler) em massa. Este tipo de cimento é recomendado desde estruturas em concreto armado até argamassas de assentamento e revestimento, porém não é indicado para aplicação em meios muito agressivos. ABNT NBR 11578. 39 3 – Aglomerantes hidráulicos Tipos de Cimento Cimento portland de alto-forno (CP III) O cimento portland de alto-forno contém adição de escória no teor de 35% a 70% em massa, que lhe confere propriedades como baixo calor de hidratação, maior impermeabilidade e durabilidade. Recomendado para obras de grande porte e agressividade (barragens, fundações de máquinas, obras em ambientes agressivos, tubos e canaletas para condução de líquidos agressivos, esgotos e efluentes industriais, concretos com agregados reativos, obras submersas, pavimentação de estradas, pistas de aeroportos, etc), para aplicação geral em argamassas de assentamento e revestimento, estruturas de concreto simples, armado ou protendido,etc. ABNT NBR 5735. 40 3 – Aglomerantes hidráulicos Tipos de Cimento Cimento portland Pozolânico (CP IV) O cimento portland Pozolânico contém adição de pozolana no teor que varia de 15% a 50% em massa. Este alto teor de pozolana confere ao cimento uma alta impermeabilidade e consequentemente maior durabilidade. O concreto confeccionado com o CP IV apresenta resistência mecânica à compressão superior ao concreto de cimento Portland comum à longo prazo. É especialmente indicado em obras expostas à ação de água corrente e ambientes agressivos. ABNT NBR 5736. 41 3 – Aglomerantes hidráulicos Tipos de Cimento Cimento portland de alta resistência inicial (CP V-ARI) O CP V-ARI assim como o CP-I não contém adições (porém pode conter até 5% em massa de material carbonático). O que o diferencia do CP IV é processo de dosagem e produção do clínquer. O CP V-ARI é produzido com um clínquer de dosagem diferenciada de calcário e argila se comparado aos demais tipos de cimento e com moagem mais fina. Esta diferença de produção confere a este tipo de cimento uma alta resistência inicial do concreto em suas primeiras idades, podendo atingir 26MPa de resistência à compressão em apenas 1 dia de idade. É recomendado o seu uso, em obras onde seja necessário a desforma rápida de peças de concreto armado. ABNT NBR 5733. 42 3 – Aglomerantes hidráulicos Tipos de Cimento Cimento Portland Resistente a Sulfatos (RS) É recomendado para meios agressivos sulfatados, como redes de esgotos de águas servidas ou industriais, água do mar e em alguns tipos de solos. Qualquer um dos tipos de cimento Portland anteriormente citados podem ser classificados como resistentes a sulfatos, desde se enquadrem dentro de uma das características abaixo: Teor de aluminato tricálcico (C3A) do clínquer e teor de adições carbonáticas de no máximo 8% e 5% em massa, respectivamente; Cimentos do tipo alto-forno que contiverem entre 60% e 70% de escória granulada de alto-forno, em massa; Cimentos do tipo pozolânico que contiverem entre 25% e 40% de material pozolânico, em massa; 43 3 – Aglomerantes hidráulicos Cimento Armazenamento: Evitar qualquer risco de hidratação Não se recomenda armazenar por mais de 3 meses Locais cobertos, bem fechados e acima do nível do piso Pilhas de no máximo 10 sacos 44 3 – Aglomerantes hidráulicos Cimento Pega: Podemos adotar para o cimento, nas condições brasileiras, as seguintes ordenações: pega rápida < 30 minutos; pega semi-rápida 30 a 60 minutos; pega normal > 60 minutos. A duração da pega é influenciada: pela quantidade de água empregada; pela quantidade e ou presença de alguns compostos; pela temperatura; pela quantidade de gesso. 45 3 – Aglomerantes hidráulicos Cimento Resistência à compressão: resistência da pasta de cimento à compressão 46 4 – Agregados Entende-se por agregado o material granular, sem forma e volume definidos, geralmente inerte (não reagem com o cimento), de dimensões e propriedades adequadas para uso em obras de engenharia. São agregados as rochas britadas, os fragmentos rolados no leito dos cursos d’água e os materiais encontrados em jazidas, provenientes de alterações de rochas. 47 4 – Agregados Aplicação: são utilizados em lastros de vias férreas, bases para calçamentos, pistas de rolamento das estradas, revestimento betuminoso e como material para a confecção de argamassas e concretos. Importância: Em argamassas e concretos os agregados são importantes do ponto de vista econômico e técnico, e exercem influência benéfica sobre algumas características importantes, como: retração, aumento da resistência aos esforços mecânicos, pois os agregados de boa qualidade têm resistência mecânica superior à da pasta de aglomerante. 48 4 – Agregados Classificação: Segundo a origem: Naturais: composição particulada natural (Ex: areia, cascalho) Industrializados: composição particulada a partir de processos industriais (Ex: rocha, escória de alto forno) Segundo as dimensões das partículas: Miúdo: areias Graúdo: cascalho e brita Segundo a massa específica aparente: Leves: vermiculita, argila expandida e outros Médios (Normais): cascalho, granito, areia, basalto e outros Pesados: barita, hematita, magnetita e outros 49 4 – Agregados Agregado miúdo: Entende-se por agregado miúdo normal ou corrente a areia natural quartzosa ou pedrisco resultante do britamento de rochas estáveis, com tamanhos de partículas tais que no máximo 15% ficam retidas na peneira de 4,8 mm. Agregado graúdo: É o pedregulho natural, seixo rolado ou pedra britada, proveniente do britamento de rochas estáveis, com um máximo de 15% passando na peneira de 4,8 mm. Forma dos grãos: Tem grande importância com fator de qualidade dos concretos. • seixo: melhor forma é a que se aproxima da esfera; • britas: melhor forma é a que se aproxima de um cubo. 50 4 – Agregados Granulometria: é a proporção relativa, expressa em porcentagem, dos diferentes tamanhos de grãos que se encontram constituindo o todo. Importância: grande influência nas propriedades futuras das argamassas. Determinação: através de peneiras de malha quadrada da série de Tyler- americanas 0,15; 0,3; 1,2; 2,4; 4,5 mm. Escolha da amostra: nas jazidas e indústrias são retiradas amostras; depois reunidas, homogeneizadas, secas ao ar e peneiradas; 51 4 – Agregados 52 4 – Agregados Classificação das areias A classificação é função do módulo de finura. Módulo de finura: é a soma das porcentagens retidas acumuladas, dividida por 100. 53 4 – Agregados Cálculo do módulo de finura 54 4 – Agregados Cálculo do módulo de finura 55 4 – Agregados Classificação das britas Naturais: É proveniente da erosão, transporte e decomposição de detritos de desagregação das rochas pelos agentes de intemperismo; Artificiais: Obtida da trituração mecânica de rochas, pedra britada e cascalho. As britas, no Brasil, são obtidas principalmente pela trituração mecânica de rochas de granito, basalto e gnaisse. 56 Classificação das britas de acordo com suas dimensões nominais 4 – Agregados Impurezas nas areias Material pulverulento: é constituído de partículas de argila (< 0,002 mm) e silte (0,002 a 0,06 mm), principalmente argila. Este material pulverulento envolve os grãos do agregado enfraquecendo as argamassas e concretos. Impurezas orgânicas: as impurezas orgânicas da areia, normalmente formadas por partículas de húmus, exercem uma ação prejudicial sobre a pega e o endurecimento das argamassas e concretos. Impurezas nas britas Prejudicam as reações e o endurecimento do aglomerante nos concretos. torrões de argila: absorvem água e originam vazios; material pulverulento: dificulta a aderência do aglomerante ao agregado; material orgânico: proporciona reações ácidas indesejáveis. 57 ATIVIDADE Exercícios: Classifique os materiais apresentados na tabela. 58 ATIVIDADE Exercícios: A tabela a seguir apresenta o resultado de um ensaio granulométrico de amostra de agregado. Faça o cálculo do módulo de finura e classifique a amostra (areia: muito fina, fina, média e grossa). 59 ATIVIDADE Exercícios: LISTA 01...... 1. Cite aplicações dos seguintes agregados: a)agregados naturais b)Agregados artificiais 2. Por que é importante saber o teor de umidade da areia? 3. Cite 4 aplicações da cal e do gesso. 4. O que são aglomerantes aéreos e hidráulicos? Dê exemplos. 60
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